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FELIPE RODRIGUES MÚSICA BRASILEIRA 1960 A 2014: UMA BIBLIOGRAFIA 1

Música Brasileira, 1960 a 2014: Uma bibliografia

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MÚSICA BRASILEIRA 1960 A 2014: UMA BIBLIOGRAFIA 1

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FELIPE RODRIGUES

MÚSICA BRASILEIRA, 1960 A 2014: UMA BIBLIOGRAFIAdez. 2014

Brasília – 2014ISSN 1234-5678 MÚSICA BRASILEIRA, 1960 A 2014: UMA BIBLIOGRAFIA, Brasília, dez. 2014

Disciplina BibliografiaFaculdade de Ciência da InformaçãoUniversidade de BrasíliaEditora Universdade de BrasíliaCruzeiro, Brasília-DF - [email protected]

Capa e conteúdo: Felipe RodriguesDiagramação: Thalita OliveiraRevisão: Jane Pinheiro Preparação de originais: Fernanda GonçalvesRadatores: Isabella Silva e Jonathan Vínicios

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Tiragem1 exemplar©Editora UnBNenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio, sem prévia autorização.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Música Brasileira (1960-2014) - Uma bibliografia / Disciplina Catalogação - UnB - Vol. 1, n. 1 (2014) - Brasília, DF, Brasil: Editora da UnB, 2014

ISBN: 978-8565149-00-6

1. MÚSICA. I. Bibliografia. II. Disciplina Catalogação.

CDD 015.7

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Sumário

Introdução...............................................................................................................................................................................................................................5Contexto Histórico..................................................................................................................................................................................................................7Bibliografias sobre música.....................................................................................................................................................................................................9Conclusão.............................................................................................................................................................................................................................14Fontes consultadas................................................................................................................................................................................................................15

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IntroduçãoEssa bibliografia visa mostrar uma parte superficial do que foi produzido na área literária da música a partir da década de 60, passando pelo

escasso período de publicações durante a ditadura militar, o aumento considerável na década de 80, a exploração mais aprofundada da música regional

na década de 90 e as novas abordagens com viés tecnológico do século 21.

O regime militar no Brasil foi instaurado em 1 de abril de 1964 e durou até 15 de março de 1985. De caráter autoritário e nacionalista, teve início

com o golpe militar que derrubou o governo de João Goulart, o então presidente democraticamente eleito. O regime acabou quando José Sarney

assumiu a presidência, o que deu início ao período conhecido como Nova República. Apesar das promessas iniciais de uma intervenção breve, a

ditadura militar durou 21 anos. Além disso, o novo governo pôs em prática vários Atos Institucionais, culminando com o AI-5 de 1968, que vigorou

por dez anos. A Constituição de 1946 foi substituída pela Constituição de 1967 e, ao mesmo tempo, o Congresso Nacional foi dissolvido, liberdades

civis foram suprimidas e foi criado um código de processo penal militar que permitia que o Exército brasileiro e a Polícia Militar pudessem prender e

encarcerar pessoas consideradas suspeitas, além de impossibilitar qualquer revisão judicial.

O novo regime adotou uma diretriz nacionalista, desenvolvimentista e de oposição ao comunismo. A ditadura atingiu o auge de sua popularidade

na década de 1970, com o "milagre brasileiro", no mesmo momento em que o regime censurava todos os meios de comunicação do país e torturava e

exilava dissidentes. Na década de 1980, assim como outros regimes militares latino-americanos, a ditadura brasileira entrou em decadência quando o

governo não conseguiu mais estimular a economia, controlar a inflação crônica e os níveis crescentes de concentração de renda e pobreza provenientes

de seu projeto econômico, o que deu impulso ao movimento pró-democracia. O governo aprovou uma Lei de Anistia para os crimes políticos

cometidos pelo e contra o regime, as restrições às liberdades civis foram relaxadas e, então, eleições presidenciais foram realizadas em 1984, com

candidatos civis.

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O regime militar brasileiro inspirou o modelo de outras ditaduras por toda a América Latina, através da sistematização da "Doutrina de Segurança

Nacional", a qual justificava ações militares como forma de proteger o "interesse da segurança nacional" em tempos de crise. Desde a aprovação da

Constituição de 1988, o Brasil voltou à normalidade institucional. Segundo a Carta, as Forças Armadas voltam ao seu papel institucional: a defesa do

Estado, a garantia dos poderes constitucionais e (por iniciativa desses poderes) da lei e da ordem.

Apesar de o combate aos opositores do regime ter sido notoriamente marcado por torturas e mortes, as Forças Armadas admitiram oficialmente

que possa ter havido tortura e assassinatos, pela primeira vez, em setembro de 2014, em resposta à Comissão da Verdade. O documento, assinado pelo

Ministro da Defesa, Celso Amorim, menciona que “o Estado brasileiro [...] já reconheceu a ocorrência das lamentáveis violações de direitos humanos

ocorridas no passado”. No entanto, apesar das várias provas, os ofícios internos da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea

Brasileira, foram uníssonos em afirmar que em suas investigações não encontraram evidências que corroborassem ou negassem a tese de que houve

“desvio formal” de finalidade no uso de instalações militares.

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Contexto Histórico

Década de 1960

Com o golpe militar em 64 se iniciou um clima de tensão que automaticamente interferiu na visão e em como se produzia música, A censura

limita violentamente a liberdade de expressão e atividade editorial, mas, mesmo assim, foi uma década bastante farta em edições sobre música popular.

Década de 1970

O Fantasma do AI-5 ainda pairava sobre o País, e entre os oprimidos continuavam os escritores, atores, músicos, cineastas e quem batia de frente

era torturado e exilado, porém, Uma década também pródiga em lançamentos com vários títulos de Tinhorão e Ary Vasconcelos. O Museu da Imagem

e do Som do Rio de Janeiro lança seu caderno de depoimentos com As Vozes desassombradas do museu: Pixinguinha, Donga e João da Bahiana com

prefácio de Ricardo Cravo Albin. Sérgio Cabral lança em 1974 As escolas de samba: o que, quem, como e por que. Sai a Enciclopédia da música

brasileira, erudita, popular e folclórica, pela Art Editora, em 1972, o trabalho mais extenso até aquele momento realizado.

Década de 1980

Após a ditadura militar, o país viveu um momento de entropia política, marcada por uma democracia incipiente, que teve suas bases lançadas na

Constituição de 1988. Era necessário atender às demandas sociais oriundas da nova realidade e organização nas quais a sociedade brasileira se

encontrava. Ou seja, já na década de 80, o país vivenciava um intenso processo de urbanização. É dessa forma, que podemos entender, a emergência de

diversos movimentos sociais e suas respectivas reivindicações. Estas ajudaram a fortalecer a campanha que se construía em torno dos ideais

democráticos em detrimento do autoritarismo vigente. Foi assim que se elaborou a Carta de 1988, marcada pela ampliação “das franquias democráticas

e dos direitos sociais”.

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Sob a coordenação de Hermínio Bello de Carvalho que lá permaneceu de 1977 a 1989, a Funarte, através do concurso de monografias Lúcio

Rangel, realizou um trabalho de proporções inéditas até aquele momento, quer pela qualidade quer pela quantidade de livros lançados sobre música

popular.

A volta à democracia trouxe consigo a liberdade de expressão e o direito de contestar publicamente o governo vigente. Exemplo disto foram as

manifestações que pediam o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. A partir dos governos de Fernando Henrique

Cardoso, percebe-se que houve a consolidação dos direitos democráticos e a estabilização política brasileira, havendo já consolidada uma rotina

democrática.

Anos de 1990

O cenário musical nos anos 90 se apresenta extremamente diversificado. Tal situação se dá pela presença de diferentes estilos e ritmos musicais;

novos e velhos numa convivência indicativa de uma realidade chamada de mercado fonográfico segmentado. Para além da lógica capitalista de

mercado, a multiplicidade musical dos anos 90 é reveladora da condição social e política que o Brasil passava até então nesta década.

A produção editorial voltada para a música popular nos anos 1990 é gigantesca se comparada aos anos anteriores. O levantamento dos títulos do

período, mesmo uma lista básica, demandaria muito mais espaço e tempo de pesquisa do que aqui nos propusemos. Como a produção é recente, a

grande maioria dos títulos continua em catálogo nas editoras.

O Brasil passava por sua consolidação democrática, o que representou experiências de liberdade possibilitadoras de livre expressão. Desde então,

tudo passou a ser ouvido, na medida em que a censura foi silenciada, e o cotidiano não é mais marcado por uma necessidade de engajamento político

(tão necessário na época da ditadura). Os diversos grupos emergidos no pós-ditadura ganharam suas representações no campo musical, ouvindo-se e se

fazendo ouvir.

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Bibliografias sobre música

1962RANGEL, Lúcio. Sambistas e chorões. ANDRADE, Mario de. Ensaio sobre a música brasileira.

1963DOMINGUES, Henrique Foréis (o Almirante). No Tempo de Noel Rosa. ANDRADE, Mario de. Música, doce música. ANDRADE, Mario de. Música de feitiçaria no Brasil.ARAUJO, Mozart de. A Modinha e o Lundu do século 18, uma pesquisa histórica e bibliográfica. Reproduções De Partituras. ABREU, Bricio de. Esses populares tão desconhecidos. SARAIVA, Gumercindo. Adagiário musical brasileiro. SARAIVA, Gumercindo. Antologia da Canção brasileira.

1965 ANDRADE, Mario de. Aspectos da Música Brasileira. CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico de Música Popular. ALENCAR. Edgar de. O Carnaval carioca através da música. 2 volumes. EFEGÊ, Jota. Ameno resedá, o rancho que foi escola.. GOMES, Martins. Carnaval carioca e outros flagrantes do Rio. NASCENTES, Antenor. Poesias completas de Laurindo Rabelo, o Lagartixa. NETO, Ramalho. Historinha do desafinadoRIBEIRO, Silvio Solema G. A música na cidade do Rio de Janeiro.

1966NASSER, David. A vida trepidante de Carmen Miranda.BRITTO, Jomard Muniz de. Do modernismo à bossa nova.

1967ALENCAR, Edigar de. A modinha cearense.

1968SARAIVA, Gumercindo. A canção popular brasileira em 3 tempos. ALENCAR, Edigar de. Nosso Sinhô do Samba. ALVES, Henrique Losinskas. Sua excelência o samba. RANGEL, Lúcio (editado pela Pirelli). Cinquenta anos de samba. CAMPOS, Augusto de. Balanço da Bossa. PASSOS, Claribalte. Música popular Brasileira.

1969SIQUEIRA, Baptista. 3 vultos históricos da música brasileira. BARBOSA, Abelardo. Chacrinha é o desafio. JÓRIO, Amaury. ARAÚJO, Hyram. Escolas de samba em desfile. JR Tinhorão. O samba agora vai... a farsa da música popular no exterior. HOLANDA, Nestor de. Memórias do Café Nice: subterrâneos da música popular e da vida boêmia do Rio de Janeiro. DUARTE, Rui. História Social do Frevo.

1970LUCIANA, Dalila. Ary Barroso, um turbilhão.

1971BOSCOLI, Geysa. A pioneira Chiquinha Gonzaga.

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1972JR Tinhorão. Música popular, de índios negros e mestiços. JR Tinhorão. Música popular, teatro e cinema.PASSOS, Claribalte. Vultos e temas da música brasileira.

1973MUGGIATI, Roberto. Rock, o grito e o mito. C.A. Medina. Música popular e comunicação

1974EFEGÊ, Jota. Maxixe, a dança excomungada. (houve uma tentativa de Hermínio Bello de Carvalho de editar a segunda parte desse livro pela Funarte. Os originais inéditos -foram doados a Biblioteca Nacional.)DORNELLAS, Homero. Rio Musical 1894-1974 - orquestras em desfile e pequenos conjuntos.

1975GOLDWASSER, Maria Julia. O palácio do samba. SANTOS, Turíbio. Heitor Villa-Lobos e o violão. JORIO, Amaury. ARAUJO, Hiram. Natal, o homem de um braço só.

1976PEREIRA, Marcus. A história do jogral. JR Tinhorão. Música popular: os sons que vem da rua.KIEFER, Bruno. História da música brasileira, dos primórdios ao início do século 20. J. Muniz Jr. Do batuque a escola de samba.

MELO, Zuza. Homem de Música Popular Brasileira. SOUZA, Tárik de(coord.). O Som do Pasquim, entrevistas de MPBMURCE, Renato. Bastidores do Rádio.

1977KIEFER, Bruno. A modinha e o lundu. LEOPOLDI, José Savio. Escola de samba, ritual e sociedade. VASCONCELOS, Gilberto. Música popular, de olho na fresta. WISNIK, José Miguel. O coro dos contrários: a música em torno da semana de 22.

1978HERD, Erika Franziska e ARAUJO, Ary. As escolas de samba.CABRAL, Sergio. Pequena história do samba Candeia e Isnard. Escola de samba, árvore que esqueceu a raiz SILVA, Ismael. MEDEIROS, Luiz Fernando de. Samba e resistência A. Cardoso Jr. Carmen Miranda, a cantora do Brasil J. Muniz Jr.. X9, escola pioneiraSANT'ANNA, Afonso Romano de. Música popular brasileira e moderna poesia brasileiraEFEGÊ, Jota. Figuras e coisas da música popular. v. 1FILHO, Claver. Waldemar Henrique, o canto da AmazôniaCABRAL, Sergio. Pixinguinha, vida e obra

1979BARBOZA, Marilia. Arthur Oliveira Fº. Filho de Ogum BexiguentoMORAES, Mario de. Recordações de Ary BarrosoALENCAR, Edigar de. O fabuloso e harmonioso Pixinguinha

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WISNIK, José Miguel. BAHIANA, Ana Maria. Anos 70: música popularCABRAL, Sergio. ABC do Sérgio Cabral FAVARETTO, Celso F. Tropicália, alegoria alegria MIRANDA, Ronaldo. Waldemar Henrique, compositor brasileiroSODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo SOUZA, Tárik de. ANDREATO, Elifas. Rostos e gostos da música popular brasileira

1980EFEGÊ, Jota. Figuras e coisas da música popular. v. 2 BARBOZA, Marilia. SANTOS, Lygia. Paulo da PortelaANDRADE, Mario de. Nova edição de Modinhas Imperiais MOTTA, Nelson. Música, humana músicaGOLDFEDER, Miriam. Por trás das ondas da Rádio NacionalBAHIANA, Ana Maria. Nada será como antes: MPB anos 70

1981ALENCAR, Edgar de. Nosso Sinhô do SambaVALENÇA, Suetônio. Trá-lá-lá, Lamartine BARBOZA, Marilia. OLIVEIRA, Arthur. Silas de Oliveira LOPES, Nei. O Samba na realidade VALENÇA, Raquel. SUETÔNIO. Serra, serrinha, serranoMATTA, Roberto da. Carnavais, malandros e heróis J.R. Tinhorão. Música popular: do gramofone ao rádio e TV

1982Discografia da música brasileira em 78rpm (tudo: 1902-1964) em 5 vol.

EFEGÊ, Jota. Figuras e coisas do carnaval cariocaANTONIO, Irati. PEREIRA, Regina. Garoto, sinal dos temposLEAL, José de S. BARBOSA, Arthur L. João Pernambuco, arte de um povoMATOS, Claudia Neiva de. Acertei no milhar: malandragem e sambano tempo EPAMINONDAS, Antonio. Brasil, brasileirinho J. Caldeira. Noel Rosa: de costas para o mar WISNIK, José Miguel. SQUEFFE, Enio. Música: o nacional e o popular na cultura brasileira CARVALHO, Gilberto de. Chico Buarque, análise poético-musical

1983SEVERIANO, Jairo. Getulio Vargas e a música popularSOUZA, Tárik de. O Som nosso de cada diaCOSTA, Haroldo. Salgueiro, academia de sambaNASSER, David. Da glória: 45 anos da música popularKRAUSCHE, Valter. Música popular brasileira, da cultura de roda amúsica de massaCECHINI, Sinclair. [et. al]. Patápio Silva, músico erudito ou popular BARBOZA, Marilia. OLIVEIRA, Arthur de. Cartola, tempos idosSARGENTO, Nelson. [et. al]. Um certo Geraldo PereiraMOURA, Roberto (cineasta). Tia Ciata e a pequena África no BrasilRODRIGUES, Sonia Calazans. Jararaca e Ratinho

1984RUIZ, Roberto. Aracy Cortes, linda florDINIZ, Edinha. Chiquinha Gonzaga, uma história de vidaALENCAR, Edigar de. Claridade e sombra na música do povo

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RODRIGUES, Ana Maria. Samba negro, espoliação branca FRANCESCHI, Humberto. Registro sonoro por meios mecânicos no Brasil

1985ORTIZ, Renato. Cultura brasileira e identidade nacionalVASCONCELOS, Ary. A nova música da república velha EFEGÊ, Jota. Meninos, eu vi. (Prefácio de Carlos Drummond de Andrade)SOARES, Maria Thereza Mello. São Ismael do EstácioVIEIRA, Jonas. Orlando Silva, o cantor das multidões GOMES, Bruno Ferreira. Wilson Batista

1986GOMES, Bruno Ferreira. Custódio Mesquita, prazer em conhecê-lo J.R. Tinhorão. Pequena História da Música popular: da modinha ao tropicalismo. 5ª ed.

1987J.L. Ferrete. Capitão FurtadoGOMES, Bruno. Adoniran, um sambista diferenteSEVERIANO, Jairo. Yes, nós temos Braguinha

1988BARBOSA, Valdinha. DEVOS, Anne M.. Radamés Gnattali, o eternoexperimentador

1990MÁXIMO, João. DIDIER, Carlos. Biografia de Noel Rosa

José Ramos, TINHORÃO. História social da música popular brasileiraJosé Ramos, TINHORÃO. A música popular no romance brasileiro CABRAL, Sergio. No tempo de Almirante

1992LOPES, Nei. O Negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical

1993CARLINI, Álvaro. Cachimbo e maracá: o catimbó da missão

1995GARDEL, André. O Encontro entre Bandeira e Sinhô CASTRO, Ruy. Chega de Saudade VIANNA, Hermano. O mistério do sambaCASÉ, Rafael. Programa Casé - o rádio começou aqui

1997BRANDÃO, Heliana; FROESELER, Maria das Graças V. G.. O livro dos jogos e das brincadeiras para todas as idadesCABRAL, Sérgio. Antônio Carlos Jobim: uma biografia

1998Enciclopédia da Música Popular, Erudita e Folclórica, revista e ampliada.

1999LAZARONI, Dalva. Chiquinha Gonzaga: sofri e chorei, tive muito amor. Rio de Janeiro: Nova FronteiraESSINGER, Silvio. Punk: Anarquia Planetaria E a Cena Brasileira

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2000FRÓES, Marcelo. Jovem Guarda: em ritmo de aventura. São Paulo: Editora 34.

2001GIRON, Luís Antônio. Mário Reis: o fino do samba

2002CAZES, Henrique. Suíte gargalhadas. Rio de Janeiro.OLYMPO, José. Jazz Panorama

2003LEME, Mônica Neves. Que Tchan é Esse? Indústria e produção musical no Brasil dos anos 90. São Paulo: Annablume

2004CORRÊA, Roberto. Composições para viola caipira. Edição do autor, 55 p., 2004

2006ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss ilustrado: música popular brasileiraEBOLI, João Carlos de Camargo. Pequeno mosaico do direito autoral.

2007GUERRA-PEIXE, César. Guerra-Peixe: um músico brasileiro CALDEIRA, Jorge. A construção do samba. São Paulo: Mameluco

2009COSTA, Haroldo. Catullo da Paixão - Vida e obra DUNN, Christopher. Brutalidade Jardim: a Tropicália e o surgimento da contracultura Brasileira. Editora UNESP, São Paulo, 2009

2012LAGO, Manoel Aranha Corrêa do (Organizador). O boi no telhado: Darius Milhaud e a música brasileira no modernismo francês. São Paulo: Instituto Moreira Salles (IMS)DAHER, Miriam Hanna. Ernesto, o fantasminha

2013O Baú do Animal: Alexandre Gonçalves Pinto e 'O Choro'. 280 p. Rio de Janeiro: Folha Seca

2014BRANCO, Sidney Castello. Benedicto Lacerda: O Flautista de Ouro - Um Gênio na Orfandade

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ConclusãoQuem, então, dirige o olhar para a realidade empírica da vida comum e medita sobre como a mediocridade da alegria barata da música de"entretenimento" tornou-se um fenômeno geral e público, vê a correspondência fiel - no âmbito da existência interior - de sua banalidade de auto-enganar-se e apresentar o bem como já alcançado: "a gente vai tocando", no fundo "está tudo em ordem".O mesmo se dá em quem considera o espaço que os ritmos de uma música primitiva de ruído, uma música "para escravos" (como diz Aristóteles) vaiconquistando e exigindo - na medida em que ambas as formas (a música das "alegres melodias baratas" e a do ruído surdo) se legitimam como músicade entretenimento, isto é um meio de preencher o vazio e a monotonia da existência. E mais: há aí um ciclo vicioso entre o vazio existencial e abanalização da música, um clamando pelo outro e ascendendo como acontecimentos públicos e gerais.Nessa mesma linha, deve-se meditar também sobre a procura e o gozo de uma música possivelmente de nível incomparavelmente elevado como ummeio de encantamento, de evasão da realidade, como uma espécie de pseudo-salvação, como um deslumbramento "de fora para dentro" (como disseRilke) e que há música, mesmo grande música, que pode nos propiciar isto.Quem finalmente reflete sobre o fato de que a paródia da criação, a música niilista do desespero de grandes virtuoses, não existe somente em romancescomo «Doutor Fausto», de maneira que foi possível dizer, com toda a seriedade, que a história da música ocidental seria a «história do desvirtuamentodas almas»; quem, assustado, medita nisto tudo, tendo como base o fato de que na música, a existência interior se desvela em sua nudez e se mostra (eprecisa mostrar-se) sem simulação; enquanto ela - a existência interior - recebe em troca, da mesma música, impulsos diretos, tanto construtivos comodestrutivos; quem vê isto e pondera estes fatos, experimenta a sensação especial e nova de felicidade que dá a música de Johann Sebastian Bach(também ela, precisamente ela e ainda ela).Certamente isto não acontece em nós assim sem mais, por si só: depende de nós percebermos o caráter desta música; experimentarmos este caráter naimediação de nossa alma, como resposta a cordas que vibram por sintonia – num energia nova, clara, fresca, da existência interior; na rejeição de merasrealidades aparentes, na sóbria vigilância do olhar que, no gozo de harmonias arrebatadoras, não se afasta da realidade da vida atual. E no voltar-seperseverante, inabalável, esperançoso para o "Bem", bem sereno, cheio de graça, ao qual a música de Bach glorifica com sua "voz sem palavras" e suabem-aventurada alegria sonante.

Josef Pieper

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Fontes consultadas

Bibliografia da música. Disponível em: < http://www.bibliografiadamusica.com.br/ >. Acesso em: 20 nov 2014. 10:47:55

LAUS, Egeu. Construindo uma bibliografia básica de MPB. Disponível em: <http://www.samba-choro.com.br/noticias/arquivo/4226>. Acesso em: 15 nov 2014.

EGG, André. História da Música Brasileira: Uma bibliografia.

NAPOLITANO, Marcos. A historiografia da música popular brasileira (1970-1990): Síntese bibliográfica e desafios atuais da pesquisa histórica. São Paulo, 2001

BARBOSA, José Rodrigues. Um século de música Brasileira. UNESP: São Paulo, 2005

BARROS, Cleyton Souza. DORNELAS, Juliana Gomes. SILVA, Maíra Carvalho Carneiro. Por Entre Fragmentações E Resistências: A Música Brasileira Nos Anos 90. Universidade Federal de Juiz de Fora. Disponível em: <http://www.ufjf.br/virtu/files/2010/03/artigo-1a8.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2014.

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