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Música e Imagem - rolandbrasil.com.br · Ex p E d i E n t E Pa r c e rai s v e r da d eri a s Quando a Roland Brasil decidiu lançar a revista Música & Imagem, já durante a fase

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2 Música e Imagem

ExpEdiEntE

Parcerias verdadeiras

Quando a Roland Brasil decidiu lançar a revista Música & Imagem, já durante a fase

de definição do conceito e do projeto gráfico, resolvemos que sempre teríamos

pessoas e não produtos como foco da capa. Convidaríamos preferencialmente os

parceiros. São artistas que amam a música, vivem dela e, por que não dizer, para

ela. Mas quem são eles? Quanto pagamos para aparecerem?

Desde a sua fundação, a Roland nunca teve endorsers profissionais, isto é, aqueles

que são pagos para falar que usam o equipamento. A filosofia da empresa sempre

foi a de parceria. São artistas e músicos profissionais escolhidos pela afinidade

com o produto e um ótimo relacionamento com as pessoas da companhia. E isso

está acima do dinheiro.

No entanto, quando o assunto é trabalho, ou seja, fazer

uma apresentação ou workshop, o artista recebe por

isso. Da mesma forma, a Roland não doa produtos para

serem usados por eles, pois os parceiros utilizam por-

que querem e precisam para executar seus projetos.

Na lista, existem pessoas famosas e outras não tão

populares. Mas, para nós, ambos têm seu valor. Temos

parceiros que conhecemos há muitos anos e outros

que chegaram há pouco tempo.

Luiz Schiavon, nosso convidado para a capa desta

edição, seguramente é um dos usuários mais antigos

de equipamentos Roland no Brasil. Ele cresceu com

a marca, desde os synths analógicos (claro, na época

não tinha digital!). A partir disso, muitos produtos da empresa passaram pelas suas

mãos. E ele continua utilizando esses instrumentos em seus trabalhos.

A parceria com artistas gera uma grande exposição da marca e isso é bom para a

Roland. Mas o aspecto mais importante é que, com esse vínculo, cria-se um canal

de comunicação entre o profissional e a empresa em que os assuntos tratados

são essenciais. Recebemos um feedback sobre o modelo e sua utilização: o que

agradou ou poderia ser melhorado. E de que forma o instrumento agregou valor ao

trabalho. Por outro lado, quem atende os parceiros são os gerentes de produtos,

que conhecem a fundo os equipamentos e que estão à disposição para orientá-los

e dar as melhores dicas. Nessa relação saudável, os dois lados ganham.

A base desse relacionamento está no respeito e na valorização da pessoa com

quem lidamos. E esse é o mesmo alicerce com que a Roland trata todos os seus

usuários, sejam artistas ou não. Para nós, essa é a verdadeira parceria.

J. Takao Shirahata – Presidente, CEO – Roland Brasil

Revista Roland Brasil Presidente

Takao Shirahata

Vice-Presidente

Celso Bento

editor

Nilton Corazza

redação

Rafael Furugen

colunistas

Jether Garotti Jr. e Michael Kenneth Alpert

colaboradores

Alex Lameira, Amador Rubio, Gino Seriacopi, Pakito, Sérgio Motta, Sergio Terranova Jr., Renan Dias, Arthur Cunha, Júnior Alves, Leandro Justino, Michel Brasil, Pedro Lobão e Raphael Daloia Neto

FotograFia

Mário Moreno

conteúdo on-line

Mário Moreno e William Antony

diagramação

Detonart´s Criações

imPressão/acabamento

Oceano Indústria Gráfica e Editora

Jornalista resPonsáVel

Nilton Corazza (MTb 43.958)

música & imagem

Revista Roland Brasil na internetwww.musicaeimagem.com.br

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[email protected]

Visite nosso site

www.roland.com.br

Os editores não se responsabilizam por opiniões emitidas por colaboradores em artigos assinados. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas.

4 Música & Imagem

06cartas

Opiniões e sugestões dos leitores

08turnê

Artistas e eventos Roland Brasil

11Mundo roland

A presença da Roland Corporation na mídia

12Perfil

A integração de vídeos no trabalho de Fernanda Porto

14clássico

Roland JC-120: o amplificador preferido dos guitarristas

16novos Produtos

As novidadas da Roland Corporation para o início de 2010

22interação

A praticidade do Cakewalk VS-100 em produções musicais

24caPa

A paixão de Luiz Schiavon pelos sintetizadores Roland

28td-20KXA bateria dos profissionais

5Música & Imagem

32fr-7X

A evolução do acordeon digital

36ve-20

O melhor em efeitos para voz

40rodgers

A solução para que a tradição não se perca

44esPecial

V-Drums HD-1: perfeito para

pequenos estúdios

46Pergunte ao esPecialista

As respostas para as dúvidas mais frequentes

48carreira

Uso de ferramentas digitais para a

criação musical

49educação

A preparação de um recital

50fronteiras

A importância da música nos trabalhos

de Orlando Paes Filho

6 Música & Imagem

Cartas

OBS.: As mensagens publicadas aqui tiveram os e-mails omitidos para privacidade de seus autores.

este esPaço é seu! envie sugestões, críticas e elogios eM relação à Música & iMageM - revista roland Brasil.

Por carta: Música & iMageM - revista roland Brasil

rua teodoro saMPaio, 727 – Pinheiros, são Paulo – sPceP: 05405-050

Por e-Mail: [email protected]

Sempre fui usuário dos produtos BOSS, tanto que

meu primeiro pedal foi um dos modelos desenvol-

vidos pela marca. Entre os inúmeros equipamentos

que possuo, destaca-se o TU-12H, que ainda funciona

perfeitamente mesmo após eu ter derrubado, molha-

do e pisado. Recentemente, comprei uma GT-10 e

estou satisfeitíssimo, pois atende plenamente minhas

necessidades como professor, sideman e músico de

estúdio. E minha última aquisição foi um CUBE-20X,

que utilizo em minhas aulas.

Além de todos esses produtos, também fiquei muito

feliz com o atendimento que recebi dos profissionais

da Roland Brasil, principalmente de Sérgio Motta e

Cecília Lucena, na Expomusic 2009. Depois desse

contato, ficou evidente que, ao comprar equipamen-

tos desenvolvidos pela Roland Corporation, estou

adquirindo um aparelho de altíssima qualidade, além

de atendimento personalizado.

Na minha opinião, a qualidade e a versatilidade dos

produtos chegaram a um ponto em que a única

limitação acaba sendo o próprio usuário. Tanto que a

Roland Corporation desenvolveu todas as ferramentas

necessárias para qualquer indivíduo realizar-se musi-

calmente. Realmente vocês criam o futuro.

Esta carta é para expressar meu agradecimento e ad-

miração pela Roland Corporation. Para mim, vocês são

exemplos de conduta e profissionalismo. Obrigado

por tudo que fizeram e pelo que ainda farão.

Alex Poliver

(por e-mail)

Alex, ficamos muito felizes em saber que os produtos

desenvolvidos pela Roland Corporation fazem parte

de sua trajetória artística. Esperamos poder auxiliá-lo

em muitos outros projetos, criando equipamentos

que possam facilitar o trabalho, além de incitar sua

criatividade musical.

Distribuição

Na Expomusic 2009, recebi um exemplar de Música &

Imagem quando estava visitando o estande da Roland Brasil.

No momento, pensei que fosse mais um catálogo, com da-

dos superficiais sobre os produtos da empresa. Mas, para a

minha surpresa, era uma revista completa, com entrevistas,

notícias e muitas informações relevantes para os músicos.

Agora, quero saber quando sai a próxima e como posso fazer

para conseguir uma edição. Sucesso!

William Borsato

(por e-mail)

William, a revista Música & Imagem é uma publicação

semestral da Roland Brasil. Ela é distribuída gratuitamente

por seus dealers, além de escolas de música e estúdios.

A maneira mais simples de ter acesso a ela é procurar

um revendedor oficial da empresa ou visitar o site

www.musicaeimagem.com.br.

Cubos

Pessoal, acompanho a revista Música & Imagem desde a

primeira edição e estou muito satisfeito com a qualidade da

publicação. No entanto, gostaria de saber quando vocês farão

uma matéria sobre os cubos desenvolvidos pela Roland. São

tantos modelos e, pelas características expostas no site, um

parece ser melhor que o outro. Fico no aguardo!

Márcio Ferrari

(por e-mail)

Márcio, primeiramente, gostaríamos de agradecer seu

interesse pelas matérias publicadas nas edições de Música

& Imagem. Quanto à sua sugestão, ela está anotada. Em

breve, você encontrará uma reportagem sobre a linha de

cubos Roland. Enquanto isso, acompanhe uma matéria sobre

o JC-120 Jazz Chorus nesta edição. Fique ligado!

7Música & Imagem

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8 Música & Imagem

Turnê

ProdígioEm 2 de fevereiro de 2010, ocorreu a final da primeira

edição do V-Drums Contest EM&T. E o vencedor do

concurso organizado pela Roland Brasil, em parceria

com a EM&T (Escola de Música e Tecnologia), foi Maick

Souza Cruz, de apenas 15 anos. O adolescente superou

cinco concorrentes – todos mais velhos – e, com isso,

acabou premiado com um kit TD-4K, um monitor pessoal

PM-10 e um pacote de acessórios DAP-3, além de tornar-

se parceiro da empresa.

Meses antes de celebrar esse título, Cruz, assim como

todos os outros concorrentes, precisou justificar o seu

talento com as baquetas, realizando inúmeras tarefas.

A primeira foi gravar um vídeo caseiro demonstrando

suas técnicas e habilidades. Aprovado, teve que enfrentar

as câmeras novamente, mas utilizando um kit TD-4K.

O material foi analisado pelos organizadores do

evento e o jovem acabou classificado para a decisão,

juntamente com Bruno Valverde dos Santos, Gabriel

Caressato de Carvalho, Júlio César Fernandes, Mi-

chel Maeda Cavalcante Sá e Rodrigo Star Tagliassachi

Budemberg.

No dia 10 de novembro de 2009, os concorrentes se

reuniram no Auditório Mix Hall, em São Paulo, para

disputar a decisão do V-Drums Contest EM&T. O

evento transcorria normalmente até que aconteceu o

apagão que assolou 18 Estados brasileiros. Por conta

desse problema, a final foi cancelada e agendada para

o ano seguinte.

Quase três meses após o fatídico problema energético,

os seis candidatos voltaram a se encontrar, mas, dessa

vez, no Auditório Roland, também localizado na capital

paulista. A decisão foi bastante acirrada, com todos

os participantes realizando performances impecáveis,

além de demonstrarem a versatilidade e a potência

do kit V-Drums TD-4KX. No final, o corpo de jurados –

formado pelos bateristas Giba Favery, Albino Infantozzih

e Beto Caldas; pelo diretor da EM&T Célio Ramos; e

pelo engenheiro de som Guilherme Canaes – escolheu

Maick Souza Cruz como o grande vencedor, mas por

uma margem muito pequena em relação ao segundo e

terceiro colocados.

Como ficou sabendo do concurso?Foi na Escola de Música do Estado de São Paulo

(EMESP). Tinha um cartaz avisando sobre o concurso.

Fiquei interessado e resolvi mandar um vídeo que gravei

com a ajuda de um amigo.

Como foi a preparação para a decisão?Estudei bastante a parte da música e o solo, que foi ba-

seado em um que meu professor costuma tocar. Assim,

só precisei fazer um “resumo”.

O que achou do kit V-Drums TD-4K?Gostei muito. As características que mais

chamaram a minha atenção foram os timbres

e a sensibilidade. Havia testado outros mo-

delos de baterias eletrônicas anteriormente,

mas nunca tinha me adaptado.

Precisou alterar alguma configuração no módulo para se adaptar à bateria?Somente a sensibilidade e os timbres da

caixa e dos pedais.

E foi difícil configurá-la para sua dis-posição física?Não. E esse é outro ponto que chamou minha

atenção. Ela é muito simples de mexer.

9Música & Imagem

Parcerias

A Roland Brasil continua ampliando o número de parceiros. Na área de

cordas, por exemplo, destacam-se Heraldo do Monte e Roberto Me-

nescal, ícones da música popular nacional. O primeiro está utilizando o

pedal BOSS DD-3 Digital Delay, ao passo que o segundo conta com o

auxílio do amplificador Roland AC-60. Outro instrumentista consagrado

que se tornou parceiro da empresa foi Miltinho Batera. Integrante mais

antigo da banda que acompanha o apresentador Jô Soares, o músico

possui um kit V-Drums TD-12KV e um controlador de percussão HPD-10.

“Costumo utilizar o Handsonic tanto com o sexteto quanto com meus

projetos paralelos. A bateria, por sua vez, fica em Juiz de Fora para en-

saios e apresentações”, explica.

A cantora, compositora e multi-instrumentista Fernanda Porto também

passou a utilizar produtos desenvolvidos pela Roland e Edirol - como o

sampler percussivo SPD-S, o pad metrônomo RPM-5A, o mixer de vídeo

V-8 e o sampler de vídeo P-10 - principalmente para ajudá-la na divulgação

de seu novo álbum, intitulado Auto-Retrato. O produtor musical Maurício

Monteiro, responsável por alguns projetos da Igreja Bola de Neve, por sua

vez, conta com o sistema de gravação Cakewalk VS-700 para auxiliá-lo

em seus trabalhos. “Sei que essa solução integrada é realmente muito

boa e tenho certeza que tende a ficar ainda melhor”, disse.

Heraldo do Monte

Roberto Menescal

Maurício Monteiro

Miltinho

Fernanda Porto

10 Música & Imagem

Turnê

solitários

No início de 2010, o SBT (Sis-

tema Brasileiro de Televisão)

estreou o reality show Solitá-

rios, no qual nove participantes

ficam isolados em pequenas

cabines e precisam cumprir

alguns desafios físicos e psico-

lógicos para não serem elimi-

nados. E a Roland Brasil está

presente nessa empreitada,

especificamente na área que

envolve o gerenciamento de

áudio, por meio de produtos

desenvolvidos pela RSS, como

o mixer de monitoração pessoal

M-48, o sistema Digital Snake

e a console V-Mixer M-400.

Esta última é sucesso entre

os profissionais responsáveis

pela sonorização do programa.

“É a união perfeita entre um

mixer de fácil operação com

uma sonoridade excelente,

além de um custo-benefício

extremamente convidativo”,

explicou o consultor técnico

Antônio Lorenzetti.

clássico

Entre os inúmeros eventos que a Roland Brasil organizou no segundo semestre

de 2009, destaca-se o Roland Classic Concert, que promoveu um encontro entre

a tradição e a tecnologia. Realizado no Auditório Roland, o recital de música de

câmara contou com apresentação do Concerto Versatile, grupo que tem como

proposta a pesquisa e a difusão de composições do período barroco. Formado

por Luana Fernandes Barros (flauta-doce) Carolina Rosati Colepicolo (violino bar-

roco e canto – mezzo soprano), Ivan Ferreira do Nascimento (fagote), Carla Rosati

Colepicolo (canto – soprano), Rebeca Friedmann Zetzsche (violoncelo) e Fernando

Cardoso (cravo), o grupo executou repertório camerístico dos séculos 17 e 18, com

obras de J.J. Forberger, Joseph Bodin de Boismortier e George Philipp Telemann,

utilizando, entre outros instrumentos, o cravo digital C-30.

Na ocasião, Cardoso também apresentou as qualidades do instrumento desenvol-

vido pela Roland e os recursos que fazem dele uma opção viável para o estudo e

a apresentação de música barroca.

rePresentação

Em 21 de novembro, a cidade de Roma sediou a

decisão do 3º Festival Internacional Roland de Acor-

deon. E o grande vencedor foi o neozelandês Grayson

Masefield, que recebeu um prêmio de cinco mil euros,

além do título de melhor acordeonista do mundo. O

chinês Xiaonan Xu terminou em segundo lugar e o

francês Nicolas Koch foi o terceiro colocado.

O catarinense Orimar Hess Júnior também esteve pre-

sente no Auditorium Parco della Musica, já que venceu

a etapa brasileira do 3º Festival Internacional Roland

de Acordeon. “Foi uma experiência sem igual. Como

todos os participantes eram exímios acordeonistas,

aproveitamos para trocar ideias. Acabei aprendendo

muito com eles”, disse o músico de Joinville.

11Música & Imagem

Mundo Roland

reconheciMento

Três instrumentos de teclas

desenvolvidos pela Roland

conquistaram importantes

prêmios internacionais.

O s m o d e l o s d a l i n h a

RD - RD-300GX e RD-700GX

- foram escolhidos como os

melhores pianos digitais de 2009 no MMR Dealer’s

Choice Award. O V-Piano, por sua vez, foi o vencedor

da categoria “Produto Mais Inovador” no Electronic

Musician Editors’ Choice Award.

Além deles, o AX-Synth foi considerado

pelo site MusicRadar.com como o

melhor sintetizador de 2009.

De acordo com o veículo,

“a Roland não se preocu-

pou apenas em lançar um

instrumento expressivo e

fácil de ser executado, mas

também em reacender

um gênero inteiro.”

cirque du soleil

Tem instrumento Roland no picadeiro mais famoso do mundo.

Steve Bach, um dos músicos presentes no espetáculo ZAIA,

atração do Cirque du Soleil, está utilizando o V-Accordion FR-2.

Em entrevista ao site Accordions Worldwide, o artista contou

detalhes sobre o modelo, inclusive a respeito da adaptação.

“Após pouco tempo estava apto a conseguir um bom som”,

disse. A confiança é tanta que o instrumentista nem levou um

acordeon acústico para Macau, China, local onde ocorreram

algumas apresentações. “A umidade é tanta que senti que a

manutenção requerida pelo instrumento tradicional seria um

problema por aqui”, explicou.

O músico falou também so-

bre as gravações que fez com

o acordeon Roland. “Fiquei

impressionado com a flexi-

bilidade que o instrumento

oferece. Estou planejando

adquirir um FR-5 ou FR-7X

em breve para ter acesso a

mais recursos e um teclado

maior”, comentou.

sustentaBilidade

O Japão é um país pequeno, quase do

tamanho do Estado de São Paulo, mas

com população de mais de 127 milhões

de habitantes. Os recursos naturais

daquela nação são limitados e, por ques-

tões de sobrevivência, algumas práticas

como reciclagem, economia de energia

e cuidados com o meio ambiente são

rotineiras ali há muitos anos.

É nesse contexto que as companhias

nipônicas desenvolvem tecnologias e so-

luções para as mais diversas finalidades:

levam em conta que o benefício trazido

pela ciência não deve colocar em risco a

sustentabilidade do planeta e da vida.

A Roland Corporation é uma dessas

empresas. Sempre atenta às melhores

práticas, há alguns anos ajustou toda a

linha para estar de acordo com as

normas diretivas Restrição de Certas

Substâncias Perigosas (RoHS). Esse

código proíbe o uso de elementos

como cádmio, mercúrio, chumbo e

outros no processo de fabricação de

produtos. E assim que a ISO 14.000

(gestão ambiental) foi estabelecida, em

2004, a corporação aderiu ao programa

e incorporou essa filosofia como parte

de sua cultura.

Como resultado, os engenheiros da Ro-

land Corporation, cada vez mais preocu-

pados com o meio ambiente, dedicam-se

a criar produtos dentro dessa filosofia.

A linha de equipamentos que funcionam

alimentados por pilhas ou baterias re-

carregáveis é fruto de extensa pesquisa

para reduzir o consumo de

energia. Mesmo para os ins-

trumentos que necessitam

de eletricidade, como os

pianos digitais, tal esforço se traduz em

resultados surpreendentes: o recém-lan-

çado HP-203 usa apenas 24W, enquanto

o modelo anterior utilizava 70W.

Esse e outros exemplos provam que,

sem se deixar levar por modismos ou

ações de marketing, a Roland Corpora-

tion adota práticas de sustentabilidade

por questões de consciência e sobrevi-

vência. E o consumidor deve, cada vez

mais, questionar não apenas a qualidade

do produto, mas também a origem e a

forma como é fabricado. Afinal, música

não combina com poluição, destruição

do meio ambiente ou desrespeito às

pessoas e à natureza. Musica é vida!

12 Música & Imagem

Perfil

Fernanda Porto revolucionou a músi-

ca brasileira ao incorporar batidas ele-

trônicas em alguns clássicos nacionais,

como “Roda Viva”, de Chico Buarque

de Holanda, e “Só Tinha de Ser com

Você”, de Antonio Carlos Jobim e Aloy-

sio de Oliveira. Atualmente, a cantora e

multi-instrumentista continua realizando

trabalhos nesse mesmo segmento, mas

agregando novas tecnologias para enri-

quecer ainda mais suas performances.

Com o lançamento do quarto disco

de sua vitoriosa carreira, intitulado Auto-

Retrato, Fernanda começou a utilizar

recursos de vídeo em suas apresenta-

ções. E, de acordo com a artista, isso

facilita o acompanhamento do público,

que consegue visualizar melhor a exe-

cução das músicas. “Acredito na ideia

de sincronizar imagens, vídeos e fotos

com a música”, explicou.

Para auxiliá-la nessa complicada tarefa,

a cantora conta com dois equipamentos

desenvolvidos pela Edirol: o mixer V-8 e

o sampler P-10. Com esses produtos, ela

consegue controlar oito câmeras simulta-

neamente e pode disparar vídeos, imagens

e letras das músicas. Além disso, Fernanda

também utiliza outros dois instrumentos

fabricados pela Roland: o sampler percus-

sivo SPD-S e o pad metrônomo RMP-5A.

“Isso garante uma maior qualidade sonora

para minhas apresentações”, explica.

Precursora

12 Música & Imagem

Uma das principais responsáveis pela mistura de batidas eletrônicas com estilos brasileiros, Fernanda Porto está utilizando recursos de vídeo para incrementar suas performances

Por que decidiu utilizar os equipamentos Roland na turnê do disco Auto-Retrato?Estou fazendo apresentações juntamente com a Christianne Neves. Enquanto

canto e toco violão, guitarra, teclados, pads eletrônicos, sax alto e soprano, além

de disparar algumas bases pré-gravadas no computador, ela fica responsável por

teclados, cavaquinho, percussão e baixo. Então, é muito importante que o público

possa acompanhar os detalhes de execução desses instrumentos no telão. Com o

mixer V-8, consigo misturar oito câmeras ao vivo. Já o sampler P-10, permite que eu

dispare vídeos, fotos e textos das letras, entre outras coisas. Esses equipamentos

foram fundamentais para essa formação. Sempre trabalhei com trilhas sonoras,

portanto acredito na ideia de sincronizar imagens, vídeos e fotos com música.

E quais são os recursos mais marcantes desses equipamentos?No caso do P-10, destaco a quantidade de pads disponíveis que possibilitam o

disparo de samples ao vivo. O V-8, por sua vez, chama a atenção pelos efeitos de

imagens e a possibilidade de sincronizar tudo com oito câmeras ao vivo.

Em relação aos instrumentos de percussão, como eles ajudaram na criação, na definição do conceito sonoro e na sonorização de seus shows?Consegui substituir as percussões acústicas pelo pad metrônomo RMP-5A e,

agora, posso disparar os loops ao vivo com o sampler percussivo SPD-S. Além

disso, não preciso me preocupar com a microfonação da caixa. Isso garante uma

maior qualidade sonora para a minha apresentação.

Além da turnê, pretende utilizar esses equipamentos em outras ocasiões?Com certeza. Um bom exemplo é o meu sampler groovebox Roland MC-808.

Costumo utilizá-lo muito na hora de compor.

13Música & Imagem 13Música & Imagem

Por que resolveu firmar parceria com a Roland Brasil?Para mim, é muito importante poder contar com toda a

assessoria que a Roland Brasil oferece. Mas existe outro

fator essencial: os equipamentos.

E como conheceu os equipamentos desenvolvidos pela Roland?Indicações de amigos que também trabalham com música

eletrônica.

Qual foi o seu primeiro instrumento Roland?Um Juno-106. Falando nele, foi o meu primeiro teclado.

Quais os equipamentos Roland pretende utilizar futuramente?Gostaria muito de contar com a bateria eletrônica V-Drums

TD-20 em meu estúdio. Experimentei esse instrumento

e adorei. E como sou apaixonada por tecnologia musical,

certamente minha lista de produtos é enorme. E não

citei outro equipamento de que também gosto muito,

a pedaleira BOSS RC-50 Loop Station. É sensacional.

(Rafael Furugen)

Roland RMP-5ADesenvolvido para atender as

necessidades dos músicos em inú-

meras ocasiões – como gravações,

apresentações ou aprendizados

–, o mais recente pad metrônomo

lançado pela Roland apresenta

diversos recursos que facilitam a

vida do usuário. Além de contar

com 50 sons internos no formato

PCM (Pulse Code Modulation), o

RMP-5A possui visor LCD e entrada

de áudio, possibilitando que o instru-

mentista acompanhe suas canções

preferidas diretamente de um CD

ou mp3 player.

Os interessados em utilizar o

equipamento especificamente para

treinar ou estudar, podem usufruir do

recurso Rhythm Coach, que possui

inúmeros exercícios para aprimorar

a técnica. E para ampliar ainda mais

suas possibilidades, o RMP-5A for-

nece uma entrada de trigger duplo

que pode ser usado para conectar

os controladores fabricados pela

Roland, como o bumbo KD-8 ou os

pratos CY-8 ou CY-5.

Roland SPD-SPara facilitar a introdução de sam-

plers durante uma apresentação, a

Roland desenvolveu o módulo de

percussão SPD-S. Com seis pads

na superfície e mais três na borda, o

equipamento permite que o músico

dispare sons com qualidade de CD

da maneira mais simples e intuitiva

possível.

Além disso, o equipamento

oferece 12 minutos de gravação

(em 44.1 kHz) para que o músico

personalize ainda mais a ferramenta.

Se não bastasse isso, conta com

espaço para até 399 waves, além

de possuir 181 amostras de fábricas

prontas para usar. Para completar, o

SPD-S funciona com mídia do tipo

Compact Flash – fazendo a expansão

de tempo de amostras e armaze-

namento de sons e importando e

exportando arquivos .wav/aiff.

Edirol V-8A Edirol desenvolveu inúmeros

equipamentos para facilitar a utiliza-

ção de imagens em apresentações

musicais, entre outras tarefas. E

um dos destaques é o mixer de

vídeo Edirol V-8, que conta com oito

entradas e três saídas. Com pro-

cessamento interno em full-frame

digital 4:2:2, esse produto possui

conversor de varredura, oferecendo

entrada direta de sinais RGB (VGA -

UXGA) por meio de dois terminais

D-Sub.

O V-8, que conta com inúmeros

efeitos gráficos, possibilita a transi-

ções entre o bus A e B com múltiplas

tonalidades e mixagens. Além disso,

o equipamento pode ser controlado

remotamente a partir de um apre-

sentador de vídeo da série Edirol

PR, assim como por outros mixers

de vídeo da marca.

Edirol P-10O reprodutor portátil de vídeos

Edirol P-10 possui inúmeros recur-

sos que, certamente, atenderão

as necessidades dos usuários

mais exigentes. O modelo grava e

reproduz em cartões de memória

SD ou SDHC, além de contar com

visor LCD colorido de 3.5 polegadas

incorporado, dispensando monitor

externo.

O equipamento desenvolvido

pela Edirol também apresenta bo-

tões visuais para disparar vídeos e

conexão V-Link, que permite contro-

le MIDI a partir de produtos Roland.

Além disso, conta com conexão USB

de alta velocidade, possibilitando

transferência rápida de dados.

14 Música & Imagem

Preferido por guitarristas das mais variadas vertentes,

o amplificador de 35 anos continua imbatível

Clássico

Roland JC-120

Jazz Chorus

Em 1975, apenas três anos

após sua fundação, a Roland

Corporation lançou um dos

maiores ícones da indústria de

instrumentos musicais e equipa-

mentos de áudio: o JC-120. De

imediato constituiu uma verda-

deira revolução na tecnologia de

amplificadores de guitarra, pois

o Jazz Chorus tinha a aparência

e soava como nenhum outro.

Por conta disso, continua em

produção e é um dos sucessos

de venda da empresa.

A ideia dos engenheiros ao

desenvolverem esse produto era

que fosse um amplificador ex-

tremamente potente, mas com

timbre muito “limpo” e definido

para que os efeitos embutidos -

chorus estéreo, vibrato e reverb

- fossem valorizados.

O primeiro elemento a chamar

a atenção foi a presença de dois

alto-falantes de núcleo de prata

em formato de cone. Mas as ino-

vações não se resumiam à parte

estética. O circuito do JC-120,

formado por dois amplificadores

de 60 watts cada, foi o grande

15Música & Imagem

FICHA TÉCNICA

Potência 120 watts RMS (60W + 60W)

Alto-falantes R&P Custom 12”(30cm) x 2

Line Out (L-mono/R), Channel 1 input (HIGH/LOW),

Channel 2 (HIGH/LOW), Footswitch (Chorus/Vibrato,

Conexões Reverb e Distorsion, Channel 2 Effect Loop Send Jack,

Channel 2 Effect Loop Return Jacks (L-mono/R),

Line Out Jacks (L-mono/R)

Controles Channel 1 Brigth Switch, Volume, Treble, Middle, Bass, Distortion,

Reverb, Vibrato Speed, Vibrato Depth, VIB/OFF/Chorus Switch

Dimensões 760 x 280 x 622 mm

Peso 31,2Kg

trunfo do projeto, colocando o

modelo no topo da lista dos am-

plificadores tipo “solid state”, ou

seja, 100% transistorizados.

Para os guitarristas, o Jazz

Chorus tem como ponto forte a

reprodução perfeita de todas as

características tonais do instru-

mento plugado a ele. Além dis-

so, a distorção é extremamente

baixa e a resposta de frequên-

cias precisa. O modelo oferece

um loop de efeitos estéreo com

opção de circuito em série ou

paralelo - verdadeira raridade em

qualquer projeto.

O destaque do equipamento

é o chorus estéreo, utilizado em

inúmeras gravações e perfor-

mances por guitarristas dos mais

variados gêneros musicais, do

jazz ao funk e do reggae ao rock.

Mas também oferece vibrato

com controles de profundidade

e velocidade, além de distorção

e reverb. E todos podem ser

acionados via footswitch. Cada

canal conta com um equalizador

de três bandas e entradas de alta

e baixa impedância.

Apesar de ser um equipa-

mento refinado, o JC-120,

assim como toda a linha Jazz

Chorus, é solidamente cons-

truído, garantindo a qualidade

dos modelos mesmo sob as

mais severas condições de

transporte durante as turnês.

Há muitas unidades em perfei-

tas condições, mesmo após 30

anos de uso, sem necessidade

de maiores reparos.

GRANDES NOMES

A lista de artistas encantados

com o JC-120 é extensa. Desde

John Scofield e Alan Holdswor-

th, passando por Andy Summers

(The Police), Joe Strummer

(The Clash), Mark Knopfler (Dire

Straits), Robert Smith (The Cure),

Robert Frip e Adrian Belew (King

Crimson). O produto atende às

necessidades dos mais diversos

gêneros. Até os metaleiros mais

famosos do Metallica utilizam o

equipamento de forma similar a

Wes Borland (do Limp Bizkit) que

possui um amplificador para os

drives e o Jazz Chorus para os

timbres limpos. Mais jovem que

o próprio JC-120, o guitarrista

tinha à disposição três modelos

nos shows da banda.

Na lista de fãs do equipamen-

to, nem os “bluseiros” escapam,

apesar de torcerem o nariz pelo

fato do Jazz Chorus não ter vál-

vulas em seus circuitos. Mesmo

assim, Albert King, no início da

década de 1980, utilizava um em

suas viagens pelo mundo.

No Brasil não é diferente.

Heraldo do Monte, Lulu Santos,

Edgar Scandurra, Victor Biglio-

ne, Armandinho e mais uma

infinidade de artistas, empresas

de locação de som e estúdios

profissionais são fãs do JC-120.

Roberto Menescal é um dos

mais entusiastas: “Em minhas

apresentações, sempre peço

um”, diz o músico. “Se alguém

perguntar qual o amplificador

da minha vida, respondo que é

o Jazz Chorus.”(Nilton Corazza e

Sérgio Motta)

16 Música & Imagem

Novos Produtos

Kc-110O KC-110 é o primeiro amplificador estéreo para teclados

alimentado a pilhas. A Roland tem investido nesta solução

alternativa para oferecer praticidade aos consumidores, além

de auxiliar na luta para gerar menos consumo de energia

elétrica.

O equipamento mantém o padrão de qualidade da linha, ge-

rando 30 watts RMS de potência sonora, com dois falantes de

6,5 polegadas e dois tweeters. Quando usado com oito pilhas

AA, sua potência fica em torno dos 20 watts. Os três canais

independentes permitem não apenas a conexão de teclados

e pianos digitais, mas também players de mp3, microfones,

samplers e outros instrumentos.

O modelo apresenta uma seção de efeitos com reverb, chorus,

wide chorus - que podem ser acionados por um pedal foot

switch - e um equalizador com knobs para controle de graves e

agudos. Possui ainda mecanismo de inclinação embutido, que

permite posicionamento em

um ângulo favorável ao mú-

sico. Mas, por se tratar de

um amplificador compacto

(pesa somente 7,3 quilos),

também é possível utilizá-

lo em um pedestal para

caixas acústicas.

sP-404sXO SP-404SX, a evolução do SP-404, amplia a

qualidade de resolução do sampler (16 bit linear),

apresenta novos efeitos DSP, aprimora o sequencer

para criação de patterns e facilita o armazenamen-

to de dados, utilizando mídias SD e SDHC de até

32Gb. Os 12 pads iluminados (em conjunto com

um sub pad) auxiliam nos momentos em que a

luminosidade no palco for precária. Utilizando o

sequencer interno, é fácil registrar um loop ou

criar um groove. Durante a gravação dos patterns,

o display do SP pisca no beat do metrônomo, faci-

litando o processo.

Um dos pontos fortes desta máquina é a unidade

de efeitos DSP: as 29 opções disponíveis permitem

que o músico dê um colorido especial nos sam-

plers da memória interna, do cartão ou de algum

equipamento externo. Na entrada de linha estéreo,

pode-se, por exemplo, conectar uma pickup ou um

CD/mp3 player e usar o modelo como um proces-

sador de efeitos. Destaque para o Looper, em que

é possível, por meio dos knobs, criar um “reverse

playback”.

O SP também funciona com seis pilhas

AA, tornando-se um sampler portátil que

pode ser usado em qualquer momento.

E basta utilizar o microfone embutido

para samplear o que desejar. Um

software acompanha o produto

para gerenciamento dos dados

do cartão e conversão de ar-

quivos do modelo anterior

para o atual.

rd-700gXsuPernaturalPiano Kit

O kit de expansão é baseado na tecnologia

SuperNATURAL, presente em equipamentos

de ponta da empresa. Essa geração sonora

proporciona timbres orgânicos e naturais,

com as “imperfeições” que um instrumento

acústico possui e que, normalmente, são

eliminadas nos sons sintetizados.

Os 17 patches de piano disponíveis atingem o

que parecia impossível: melhorar ainda mais

a qualidade de timbre do RD-700GX - piano

digital de palco líder de mercado. As respos-

tas das notas não possuem emendas e o

músico pode transitar entre diferentes níveis

de expressão, tal qual em um instrumento

acústico.

Todos os sons foram sam-

pleados em 88 notas, com

diversos níveis de sensibili-

dade e com o decay natural,

sem cortes abruptos. O kit

é composto de uma placa

(motor sonoro) e um pen

drive com o novo sistema

operacional.

17Música & Imagem

v-coMBovr-700

rP-201O RP-201 apresenta o timbre de piano Roland

de 88 teclas multissampleadas em estéreo, no

qual cada detalhe acústico de um instrumento

de cauda foi fielmente reproduzido. Junto à po-

lifonia de 128 vozes, o controle de ressonância

de tecla solta, damper e cordas possibilita a

sonoridade de um modelo acústico. Entre os

recursos disponíveis estão metrônomo, gravador

e Twin Piano, em que professor e aluno tocam

lado a lado.

O painel apresenta acesso fácil a todas

as funções e permite interação rápida, ao

passo que o baixo consumo de energia faz

dele um equipamento que não prejudica o

meio ambiente e nem o resultado sonoro.

O teclado Progressive Hammer Action

Alpha II oferece toque real e resposta de

um piano acústico de cauda. O instrumento

está disponível em duas versões de acaba-

mento: Satin Black e Rosewood.

Quem é tecladista, pro-

vavelmente precisa

de três componentes

para suas gigs: bons

timbres de pianos

acústicos e elétricos, instrumentos sintetizados, como

metais e leads, e sons realísticos de órgão. O modelo

VR-700 remete aos clássicos órgãos, com acabamento

em madeira, juntamente com as tradicionais barras

harmônicas, responsáveis por comandar as tecnologias

Virtual Tone Wheel e COSM. Por meio delas, são gerados

sons fiéis, proporcionando timbres que vão desde os

suaves, para bossa-nova e jazz, aos mais agressivos,

para rock e blues.

O produto também trabalha como um piano, tendo

excelentes timbres acústicos e elétricos. Como padrão,

a Roland inseriu um piano com multissamples em 88

notas com diversas camadas de sensibilidade.

A outra seção presente no V-Combo é a que agrupa

sons sintetizados, como metais, synths e pads. Para

os timbres orquestrais, há um recurso que diferencia

o modelo dos concorrentes: com o Tone Remain,

a troca de patches não apresenta corte. O VR-700

possui polifonia ilimitada para a seção de órgão e 128

notas para os sons orquestrais. As teclas waterfall

proporcionam glissandos suaves e resposta rápida

nas execuções de passagens complexas. Além de

tudo isso, o V-Combo reproduz arquivos de áudio e

SMF diretamente de um pen drive.

18 Música & Imagem

td-12KXReestruturado para apresentações

mais exigentes e gravações, o kit

V-Drums TD-12KX possui bumbo e

surdo (KD-120 e PD-105) maiores que

seus antecessores. E isso foi feito

para aperfeiçoar a performance e a

resposta sonora. Os pads são feitos

com peles mesh head patentea-

das pela Roland, que

podem ser ajustadas

com uma chave de

afinação comum. O

novo rack (MDS-12X)

é incrivelmente resis-

tente. O sistema ball-

clamp para montagem

de caixa, tons, surdo e

pratos permite maior

versatilidade para ajus-

tes de posição.

Com a mesma qualida-

de sonora do topo de linha TD-20X,

o módulo TD-12 tem centenas de

sons expressivos, além de instru-

mentos para acompanhamento no

sequenciador. Muitos deles foram

modelados com a tecnologia COSM

para proporcionar mais expressivida-

de e realismo. Com o mesmo display

em LCD do seu irmão maior, o equi-

pamento é montado em um chassi

forte e resistente de metal, com

botões e controles de fácil acesso,

além de faders para ajuste de volu-

me dos pads. Doze entradas trigger

pads estão disponíveis, mais quatro

saídas de áudio e conectores MIDI In/

Out. A função V-Edit

permite alterar de

forma virtual o tama-

nho dos tambores,

assim como tipos de

material, posições de

microfone, adição de

rebites nos pratos,

tensão da esteira da

caixa e muito mais.

E o TD-12 também é

compatível com vas-

sourinhas de nylon.

Novos Produtos

v-Piano evolution

Desde o lançamento, o V-Piano tem sido prestigiado

e reverenciado como sendo o primeiro piano digital a

alcançar um novo patamar na geração sonora e na ação

das teclas. A atualização de sistema operacional do

equipamento traz quatro novos timbres com diferentes

texturas. Com eles, o instrumento torna-se ainda mais

realístico. Os usuários têm à disposição uma recriação

perfeita de um piano de armário, o Vertical Piano, som

produzido a partir do modelo Vintage. Outro timbre

baseado nesse modelo é o V1 Impactance, que possui

mais presença dos ruídos dos martelos, o que faz dele

poderoso, perfeito para músicas clássicas e pop.

As outras duas recriações foram desenvolvidas tendo

como raiz o modelo Vangard. O Triple Large apresenta

o som de um piano com a cauda longa e três cordas

revestidas de cobre para todas as teclas. O som Metallic

SB oferece um timbre baseado na combinação de placas

de metal fino no meio da tábua harmônica de madeira

do instrumento, proporcionando uma tonalidade suave-

mente metálica.

Os interessados em fazer a atualização de software

devem entrar em contato com uma revenda autori-

zada ou com o suporte técnico da Roland pelo site

www.roland.com.br

19Música & Imagem

sPd-30O pad de percussão SPD-30 é um controlador com um ge-

neroso pacote de sons em sua memória. Cada pad é uma

parte independente, fornecendo um nível de sensibilidade

definitivo. Adicionalmente, é possível conectar quatro pads

dual-trigger e um controlador de chimbal (compatível com

FD-8 e VH-11), para criar um minikit de bateria, usando pads

(KD, PD, PDX e CY series da Roland) ou inserindo triggers de

tambores acústicos (com a linha RT Series Roland).

Estão disponíveis 50 kits que podem ser configurados com

controles de afinação, abafamento de tambores, ataque,

mudanças tonais, curvaturas e muitos outros. Além disso, o

produto oferece mais de 30 tipos de multiefeitos na memória

interna, além de EQ, limiter e sete simulações de ambientes.

A função Phrase Loop permite criar instantaneamente frases

e loops de ritmos, além de gravar e memorizar internamente

50 delas, cada qual contendo até três pistas diferentes. É

possível também salvar suas programações em um pen drive.

Com display LCD com backlit e luz indicadora de pad para

fácil operação em ambientes escuros,

o SPD-30 possui design

robusto para

uso em pal-

cos por pro-

fissionais.

vP-7O VP-7 é um mó-

dulo que, utilizando

a tecnologia Vocal

Designer, gera, além de

backing vocals, sons realistas de dife-

rentes tipos de coral para músicos que necessitam

de um equipamento com modelagem vocal. Conectado

via MIDI a um teclado ou piano digital, o modelo pro-

duz harmonias vocais comandado pelas notas tocadas

nesses instrumentos. Basta ao usuário cantar para de-

terminar as nuances. O equipamento permite escolher

backing vocals em duetos e trios, além de possuir sons

presetados de coral feminino, de crianças, gregoriano e o

tradicional jazz scat. Está disponível, também, o recurso

de Vocoder, para gerar timbres robotizados e sintéticos,

ideais para música eletrônica ou funk.

No painel do módulo há um knob dedicado para o

controle de ambiência. Graças ao processador utilizado

pela Roland na linha VP, não existe latência na gera-

ção dos backing vocals. É a ferramenta perfeita para

tecladistas que tocam em bandas de baile, em que é

necessário reproduzir clássicos de artistas cujos vocais

são marcantes, como Queen, Bee Gees e Ray Conniff.

É ideal, também, para produtores e arranjadores que

não possuem uma sala adequada, tampouco orçamento

para contratar um coral, assim como para artistas-

solo que necessitam incrementar suas performances.

Supercompacto - pesa menos de 1 quilo -, o produto

é acompanhado do novo microfone Roland DR-HS5,

projetado especialmente para a linha VP, que capta

todas as nuances da voz, além de possuir excelente

sistema antifeedback..

Ba-330O sistema digital de PA estéreo portátil

BA-330 proporciona uma sonoridade de al-

tíssima performance, tanto utilizando pilhas

quanto conectado à energia elétrica. Trata-se

de um amplificador que alimenta quatro alto-

falantes de 6,5 polegadas e dois tweeters,

posicionados para uma ampla projeção.

Configurado para quatro canais (dois para

mic/instrumentos e dois estéreo), oferece

EQ, reverb, delay e wide (on/off por canal),

além de função antifeedback inteligente

e avançada. Possui suporte para otimizar

o ângulo de inclinação para monitoração

e adaptador para instalação em pedestais

regulares de caixas acústicas.

20 Música & Imagem

Novos Produtos

Me-25O processador de efeitos ME-25 possui pode-

rosos recursos BOSS que farão sua guitarra

soar como a de um profissional, mesmo sendo

tão fácil de usar quanto um pedal compacto.

As simulações de amplificadores geradas pela

tecnologia COSM fazem dele um equipamento

de primeira classe e, derivadas do modelo BOSS

ME-70, cobrem uma ampla faixa de estilos, do

clássico ao moderno.

Entre as ferramentas de criação de timbres, está

o recurso SUPER STACK que transforma um

pequeno amplificador de estudo em um sistema

valvulado de cabeça e caixa. É possível, ainda,

editar os efeitos com a simples modificação

dos knobs DRIVE, TONE e VOLUME. O SOUND

LIBRARY (biblioteca de sons) oferece vários

timbres prontos para tocar, mas que também

podem ser rapidamente editados com os botões

da ME-25. Além disso, um programa disponível

gratuitamente no site da BOSS permite que os

timbres criados pelo usuário sejam editados

e salvos facilmente usando um computador.

Conectada a esse equipamento, a pedaleira fun-

ciona como interface de áudio, transformando o

PC em um estúdio de produção musical, junta-

mente com o programa Sonar 8.5 LE, fornecido

gratuitamente com o produto.

A ME-25 ainda traz a ferramenta Phrase Looper

que permite gravar e reproduzir loops de até 38

segundos e infinitos overdubs e funciona com

seis pilhas tipo AA ou fonte de alimentação.

ac-33 Equipado com tecnologia DSP ROLAND de última

geração, o AC-33 fornece timbres acústicos ricos e

puros com uma projeção sonora que vai além de seu

tamanho. E é o primeiro amplificador para violão e voz

do mundo que funciona com fonte de alimentação

ou oito pilhas AA. O sistema de dois falantes de 15

watts cada cria sons reais de chorus estéreo, além de

reverb cristalino e efeitos de ambiência desenvolvidos

especificamente para esse ele.

O produto oferece dois canais com controles indepen-

dentes de volume, equalizador multibanda e chorus.

O mic/line possui entrada tipo P10 ou XLR, e a entrada

AUX IN permite conectar mp3 players ou outros equi-

pamentos do tipo.

Controles MASTER LEVEL, REVERB, AMBIENCE e

ANTIFEEDBACK também contribuem para os ajustes

do timbre. Além disso, o re-

curso Phrase Looper permite

gravar e reproduzir loops de

até 38 segundos e infinitos

overdubs tanto do instrumen-

to quanto da entrada AUX IN.

tu-3Resistente como um tanque de guerra, o afinador

cromático TU-3 possui display indicador formado

por 21 LEDs e exclusivo modo ALTO BRILHO, que

atravessa a iluminação de qualquer palco. Com

modos CHROMATIC ou GUITAR/BASS, o equipa-

mento mostra o nome da nota tocada e afina com

precisão guitarras de até sete cordas e contrabaixos

de seis. Já o FLAT-TUNNING permite afinações em

até seis semitons abaixo de forma direta e rápida.

A função ACCU-PITCH, por sua vez, ofe-

rece verificação visual quando a afina-

ção está completa e o sinal pode

ser automaticamente “mutado”

quando o produto for ligado. O

equipamento ainda fornece

alimentação para até sete

pedais compactos BOSS.

21Música & Imagem

hP-302, hP-305, hP-307Os novos integrantes da linha de pianos digitais HP apresentam o

SuperNATURAL Piano Sound. Embora o HP-302 seja o modelo inicial

da série, os cuidados com som, toque do teclado e design foram

atentamente observados. O metrônomo e o gravador com três

pistas também são importantes aliados ao progresso nos estudos,

assim como a função Twin Piano. O HP-305 é o padrão e conta com

todos os elementos dessa linha, como porta USB para arquivos de

memória externa e leitor de CD opcional. O gabinete possui a opção

Classic Position, em que a tampa esconde o painel de controle para

melhor concentração na execução. O HP-307, por sua vez, é equipado

com teclado PHA III Ivory Feel com Escapement, que oferece maior

expressão e desempenho superior em respostas rápidas das teclas.

A função Piano Designer proporciona total controle dos timbres de

piano com equalizador.

a-300Pro, a-500Pro, a-800ProOs novos controladores USB da Cakewalk oferecem 32, 49 e 61 teclas, e um conjunto de recursos que atende

a todas as necessidades de uma produção. O A-800PRO apresenta mecanismo com after touch e sensibilidade

aprimorada, além de curvas de velocidade selecionáveis. As conexões estão situadas na lateral, o que facilita

utilizar tanto as portas USB e MIDI quanto plugar pedais (Hold e Expression). Nove sliders, nove knobs, quatro

botões e seção de transporte dedicada colocam nas mãos do músico tudo de que ele precisa para gravar ou

mesmo se apresentar. Os modelos são acompanhados do Production Plus Pack, pacote de softwares que inclui

Sonar LE, Rapture LE, Cakewalk Sound Center e Studio Instruments Drums.

rh-5 Os fones de ouvido RH-5 são

perfeitos para uso com instru-

mentos musicais eletrônicos,

como baterias V-Drums ou pianos

digitais Roland. Equipados com

alto-falantes de 40mm de alta

performance e grandes almofa-

das, o modelo reúne qualidade

e conforto, e oferece resposta

flat em todas as frequências do

espectro sonoro. Um plugue

conversor permite o uso com

conector mini.

22 Música & Imagem

Interação

Ao vivo, no estúdio ou no ensaio, para gravar, compor ou

mixar. O novo Cakewalk VS-100 oferece tudo isso em um pro-

duto compacto e cheio de opções. Podendo ser usado como

mixer digital, gravador em SD ou SDHC card, superfície de

controle para softwares multipista e interface de áudio e MIDI,

os recursos existentes fazem dele uma solução completa para

músicos, DJs, produtores e compositores.

Com o VS-100, o usuário, seja hobbista ou profissional, não

precisará mais ter vários aparelhos para atender às suas exi-

gências de gravação, composição e ensaio. O lançamento da

Cakewalk elimina a necessidade de diversos cabos de conexão.

Os recursos do modelo permitem que seja utilizado de duas

formas. Uma delas é independente do computador, funcionan-

do como mixer e, também, como gravador/reprodutor. Outra

é ser conectado a desktops ou laptops via porta USB. Neste

caso, o produto se transforma em uma interface de áudio com

qualidade superior e em superfície de controle para operação

de programas multipista, plug-ins e instrumentos virtuais.

PEquENO NO tAMANhO, GRANDE NOS REcuRSOS

O VS-100 é um mixer digital compacto, leve e de fácil

transporte. Oferece oito entradas (duas mono e três estéreo),

sendo duas delas com pré-amplificadores e Phantom Power

para utilização com microfones condensadores. É possível,

também, conectar instrumentos de cordas tais como guitarra,

contrabaixo e violão elétrico diretamente na entrada de alta

impedância do equipamento.

O lançamento da Cakewalk ainda possui processador de efei-

tos interno de alta qualidade, que inclui quatro tipos de reverb,

compressor e equalizador para os canais de 1 a 6. Com esses

recursos, os músicos poderão alcançar timbres e sonoridades

desejados de forma rápida e prática. O modelo é excelente

para utilização em set de teclados e DJs, pequenas bandas,

artistas-solo, palestras e como mixer auxiliar, entre outras for-

mas. Também funciona como gravador e reprodutor de áudio

utilizando cartões de até 8 GB (vendidos separadamente). Este

recurso dispensa a utilização de mais equipamentos e conexões

para registrar e tocar arquivos de áudio. Basta acionar o modo

WAVE RECORDER e pressionar os botões REC e PLAY para

começar a armazenar, diretamente no cartão SDHC, o áudio

de todos os instrumentos.

Também é possível utilizar a mídia para reproduzir playbacks

e músicas. Para isto, é preciso conectar o VS-100 a um compu-

tador através da porta USB 2.0 e enviar arquivos diretamente

para ela. Neste caso, também pode-se transferir os áudios

gravados do cartão para o desktop Outra característica muito

importante desse modo é o fato de que é permitido gravar sobre

arquivos de áudio enquanto os mesmos são executados pelo

equipamento. Dessa forma, professores poderão registrar as

performances dos alunos ou compositores conseguirão arma-

zenar um violão-guia, por exemplo, e, depois, gravar uma voz

sobre ele. Durante a execução de arquivos no VS-100, é possível

inserir “markers” e criar pontos de loops, função muito útil para

estudos e ensaios. Outro recurso fundamental é o metrônomo

incluso, que possui ajuste de volume e andamento.

Quando conectado a um computador, o VS-100 também

pode ser utilizado como interface de áudio que permite grava-

ções com qualidade superior à dos DVDs, graças aos poderosos

conversores de alta resolução de 24bit/96kHz, dispondo de oito

entradas de instrumentos e seis saídas. Além disso, o modelo

possui conexões MIDI para uso com teclados, módulos de

som, baterias eletrônicas e outros equipamentos que possuem

essa opção.

Graças à exclusiva tecnologia Cakewalk ACT e a controles

dedicados que incluem um fader deslizante motorizado de

O Cakewalk VS-100 oferece recursos equalidade para praticamente qualquer utilização em produção musical

22 Música & Imagem

PolivalentePolivalentePolivalente

23Música & Imagem

100mm e sensível ao toque, o VS-100

pode ajustar os parâmetros de mixagens

do software de gravação multipista, bem

como dos plug-ins e instrumentos virtu-

ais. A função de superfície de controle,

aliada ao fader, otimiza todas as etapas

envolvidas em qualquer produção musi-

cal: composição, arranjo, captação, mi-

xagem e masterização. Essa ferramenta

é compatível com diversos programas,

como Sonar, Logic, Live, Cubase e Digi-

tal Performance.

uSO INtEGRADOOs diversos recursos do VS-100

podem ser usados de forma integrada.

Ao utilizar o equipamento como mixer

digital, inserindo um cartão SDHC na

unidade, por exemplo, é possível gravar

os instrumentos conectados durante

ensaios ou apresentações. Isto é ex-

tremamente útil para registros rápidos

em um único canal estéreo. O material

pode ser transferido posteriormente

para o computador via porta USB para

ser tratado, editado ou, ainda, servir de

guia para futuras produções.

Existe também a opção de usar o

VS-100 simultaneamente como mixer

digital e interface de áudio conectada

a um desktop ou laptop. Dessa for-

ma, será possível empregá-lo como

um mixer para o show e, ao mesmo

tempo, gravar canais separados no

Sonar VS ou qualquer outro software

de produção musical. Posteriormente

cada track poderá ser editada, regrava-

da e tratada de maneira independente.

“Usamos o equipamento para registrar

as ideias que aparecem nos ensaios”,

diz o cantor, compositor e guitarrista

Rinaldo Santos, da Soda Acústica, que

explora praticamente todas as formas de

utilização do modelo. “Também criamos

algumas trilhas e spots musicais com

ele. Além disso, pretendemos fazer

a pré-produção do próximo disco e

registrar nossos shows com o VS-100”,

comenta Santos.

PAcOtE DE SOftwARESO VS-100 vem equipado com o ex-

clusivo Sonar VS, software de gravação

multipista completo, que grava até 64

canais de áudio e ilimitados tracks MIDI.

Possui interface gráfica extremamente

intuitiva, o que facilita e maximiza a

utilização das diversas ferramentas de

composição, arranjo, gravação, edição

e masterização. O programa ainda

conta com ferramentas de criação e

manipulação de loops de áudio e MIDI,

fundamentais na composição de trilhas,

jingles e acompanhamento musical para

apresentações ao vivo.

Além do Sonar VS, o VS-100 apresen-

ta seis instrumentos virtuais de altíssima

qualidade. O Dimension LE é um VST

que inclui 400 sons de piano elétrico,

baixo, órgão, synths e grooves de bateria

prontos para usar. O Rapture LE é um

VST de sintetizador de formas de onda

perfeito para criação de timbres de synth

para música pop e eletrônica. Os demais

são Studio Instruments Bass, Studio

Instruments Drums, Studio Instruments

Eletric Piano e o Studio Instruments

Strings, responsáveis pela geração de

sons de baixo, bateria, piano elétrico e

cordas respectivamente. Este conjunto

oferece uma biblioteca de timbres mui-

to vasta que permite gravar, produzir e

compor trilhas para os mais variados

gêneros.

Mas o pacote de softwares do

VS-100 ainda inclui os plug-ins VX-64

Vocal Strip (processador dedicado à

melhoria de timbres de voz que inclui de-

esser, compressor, delay, equalizador, e

simulação de preamp valvulado), Boost

11 Peak Limiter (plug-in de masterização

de qualidade profissional), Channel Tools

(ferramenta para alterar de forma rápida

o pan e a imagem estéreo de canais

de áudio) e o aclamado plug-in Guitar

Rig LE com efeitos e simulações de

amplificadores.

Em um universo em que a produ-

ção musical se torna cada vez mais

comum, o VS-100 oferece recursos e

qualidade para praticamente qualquer

utilização. Unindo hardware e software

de forma inteligente e integrada, este

produto Cakewalk, renomada marca de

programas para Computer Music, pode

auxiliar muitos instrumentistas, bandas

e produtores a alcançarem novos níveis

de criação. (Renan Dias)

23Música & Imagem

SODA ACÚSTICAPioneirismo e uso frequente

24 Música & Imagem

Capa

24 Música & Imagem

Fã delonga data

25Música & Imagem 25Música & Imagem

Pianista de formação, roqueiro por afinidade, pop por

natureza. Luiz Schiavon é a síntese do artista moderno,

que reúne o melhor de cada gênero para a criação de sua

linguagem sonora. Atualmente no comando da Banda

Domingão, e nos lares de milhões de brasileiros, ficou

conhecido na década de 1980, pilotando os teclados do

RPM. A banda, ícone daquela geração e marco na história

do rock nacional, atingiu o topo das paradas e inaugurou

uma nova forma de fazer música.

As influências começaram a fazer efeito desde cedo.

Apesar de ter estudado em conservatório e se dedicado

ao erudito, foi atraído pela sonoridade dos Beatles e dos

Rolling Stones. Daí ao fascínio com o rock progressivo

de Rick Wakeman, YES! e Emerson, Lake & Palmer, foi

um passo. “Na época, tinha 17 anos e tocava em uma

banda cover de Deep Purple”, conta. “Comprei meu

primeiro órgão eletrônico e, depois, um teclado italiano

muito difícil de afinar. Foi assim que entrei no mundo

dos sintetizadores.”

Em um País de literatura escassa e produtos idem, a

busca por novidades levou Schiavon ao encontro de um

sintetizador Roland SH-1000. “Daí para frente, me envolvi

com teclados eletrônicos e synths”, afirma. Essa união

pode ter marcado para sempre a preferência do músico:

“Tive dezenas de equipamentos da marca: Jupiter 6, Ju-

piter 8 - que tenho até hoje -, Juno-6, Juno-60, Juno-106,

a família Juno quase toda”, confessa.

Dedicando-se a segmentos tão variados quanto show

business, trilhas sonoras, jingles e música ao vivo, o

arsenal sonoro de Schiavon já contou com dezenas

de modelos de teclados. Apesar disso, a paixão pelos

produtos Roland continua: “Não vou falar que só tive

teclados Roland, mas a maioria dos equipamentos bons

era da marca.”

Fã delonga data

Luis Schiavon, um dos mais importantes músicos brasileiros, fala de sua paixão pelos sintetizadores Roland

26 Música & Imagem

Capa

26 Música & Imagem

Quais eram seus objetivos com os sintetizadores?Meu principal objetivo sempre foi fazer música pop com

synth. Mas houve uma época em que precisei parar para

aprender síntese. Foi um ano sabático, que fiquei sem tocar

em banda, apenas pesquisando e estudando. Nesse período,

troquei todo meu set, colocando sequenciador, bateria eletrô-

nica. E, para me aprofundar ainda mais, acabei entrando na

área da música eletrônica não pop, como Tangerine Dream e

Tomita, gente que usava o instrumento para emular orquestra

e compor trilhas.

E como era seu setup na época do RPM?No início, eu tinha um Juno-106 e um JX-3P. Foi o primeiro

teclado MIDI que usei. Após um tempo, ampliei um pouco

mais o set e comprei dois outros sintetizadores. Toda a fase

underground do RPM foi com esse sistema. Quando começa-

mos com a turnê mais pesada, incorporei um Apple 2, com 48k

de memória, e uma placa de expansão de 128k. Íamos para a

estrada com isso e com um software Roland de oito canais.

Disparavam alguma coisa?Sim. Tinha dois floppy. Carregava com um,

rodava a sequência, tirava, usava o outro.

Aquilo para dar problema era um espetáculo.

Mas funcionava. Nessa época, comecei a so-

fisticar mais. Comprei um Jupiter-8 e, depois,

um Jupiter-6.

Como surgiu a ideia daquele timbre do riff de “Rádio Pirata”?

Na época, rádio pirata era a designação de uma estação

que tocava música alternativa. É preciso situar isso para não

dizer que estamos fazendo apologia. A intenção era emular

uma sirene, como se houvesse alguém correndo atrás dos

piratas. Programei e ficou muito chato. Irritava. Dei uma secada,

deixei o timbre mais limpo e, o que era para fazer com bend,

acabei usando o recurso do Juno-6 que fazia o portamento

polifônico.

De qual equipamento era o timbre?O polifônico era do Juno-106. Já o do solinho era do JX-3P.

Não usava timbres pressetados. Era tudo refeito.

Como você lidou com o lançamento dos sintetizadores digitais?

No set, utilizava as duas coisas, digital e analógico. Nessa

primeira geração dos digitais, o que eu sentia é que a diferen-

ça de peso sonoro era muito grande. Depois, os algoritmos

foram mudando, os sistemas se sofisticando e, hoje, é difícil

ver disparidades entre eles.

Quais foram as outras melhorias marcantes?A mais marcante foi a comunicação entre modelos de

diferentes marcas. E os multitimbrais. Isso foi um divisor de

águas, pois era possível diminuir muito o set. Não precisava ter

11 ou 12 teclados no palco. Outro ponto importante foi quando

começaram a inserir os efeitos built-in.

Acredita que ainda faltam recursos nos sintetizadores atuais?

Houve uma “involução”. Alguns teclados atuais têm uma

forma de programação tão complicada que o grande barato da

síntese, que era ter uma forma intuitiva de interferir no som,

deixou de existir.

Como concilia o trabalho do estúdio com o da banda?

Por falta de tempo, não componho mais

jingles. O que faço são vinhetas para a Rede

Globo. Além disso, acumulo a direção musical

do programa e da Banda Domingão. Então,

uma parte do meu trabalho é desenvolver as

vinhetas para os quadros.

Por que investiu no ramo de jingles?Tinha um estúdio desde a época que tocava no RPM. Quan-

do a banda acabou, não estava com vontade de fazer outra.

Nesse período, conheci um profissional da McCann Erickson.

Ele me perguntou se eu não gostaria de compor uma peça

publicitária meio rock. Fiz e o pessoal gostou. Depois, ele

descobriu que eu tinha também influências de piano erudito

e começou a me dar outros trabalhos. Fiquei 10 anos nesses

projetos.

E as trilhas?Em um desses jingles, conheci o Marcelo Barbosa, filho

de Benedito Ruy Barbosa. Ficamos amigos e ele começou

a me pedir algumas peças. Após dois anos, acabamos nos

associando. Um dia, ele disse que seu pai queria escrever

uma novela com trilha diferente, sem essa prática de usar

um monte de canções. Então, fiz um teste. Conversei com o

Ruy, peguei a sinopse da trama e isso me serviu como brie-

“Não vou falar que só tive teclados

Roland, mas a maioria dos

equipamentos bonsera da marca”

27Música & Imagem 27Música & Imagem

fing. Destaquei o tema principal e mais três personagens.

Compus uma música específica para cada. A novela foi Rei

do Gado. Depois, comecei a trabalhar para a Rede Globo

na área de produção. Fiz Terra Nostra, Esperança, Cabocla,

Mad Maria e outras.

Como começou a trabalhar no Domingão?Conheço o Fausto há quase 30 anos, bem no começo

do RPM, quando ele trabalhava no Balancê, um programa

de rádio com o Osmar Santos. Também fizemos algumas

apresentações no Perdidos na Noite. Sempre nos encon-

trávamos em restaurantes. Há uns seis anos, ele renovou o

contrato com a Rede Globo e tinha o projeto de modificar a

maneira de fazer música no Domingão. Montamos a banda,

passamos no teste e ela foi se tornando parte da atração.

O que você acha das bandas atuais? Há coisas boas?

Sim, mas fora do rock, que empobreceu muito em termos

de sonoridade. É só power trio ou duas guitarras e voz. Não

busca muita sofisticação. Bandas que continuam fazendo

coisas interessantes são Jota Quest e Skank. As outras

desistiram mesmo. E isso também acontece na parte das

letras. Mas acho que tem muita coisa boa no cenário de mú-

sica eletrônica, como tecladistas que trabalham com DJ.

Quais as principais diferenças dos produtos Roland para os demais?

O custo-benefício sempre foi imbatível. Um Jupiter-8

custava metade de um equivalente. O segundo ponto é

a facilidade de programação. E acho muito legal o design.

Os modelos sempre foram muito bonitos, bem acabados.

Você botava um Jupiter no palco, ele era elegante, chamava

atenção. Na época, a Roland definiu um novo padrão para

esses instrumentos.

E atualmente? O custo-benefício ainda faz dife-rença?

Houve um achatamento nos valores. Então, os preços

estão equivalentes. E muito baixos em relação ao que

era cobrado nas décadas de 1970 e 1980. Acredito que a

diferença fundamental não é mais o custo. O que define a

compra, para mim, é a arquitetura, a facilidade de progra-

mação e o peso.

Quais equipamentos Roland utiliza atualmente no studio?

O XV-88, que ainda uso muito, o SH-201 e, quando preciso,

o V-Synth. Mas, normalmente, ele fica no set do Domingão.

Por incrível que pareça, no momento de fazer alguma trilha,

coloco o velho Jupiter-8 com um som bem analógico.

Como conheceu o V-Synth?A primeira vez que vi foi na sala de demonstração da

Roland. Fiquei impressionado com a variedade de recursos

que possui. É um teclado compacto, leve. E um bom synth

de recursos. O Vocoder é muito simples de usar, intuitivo.

Tem algum equipamento que acha indispensável em seu trabalho?

Como tenho formação clássica, costumo compor ao pia-

no. Então, no estúdio, uso o XV-88. É um bom instrumento

e tem um set básico para trilhas: cordas, metais e synths

pré-programados que, se não forem o que quero, estão bem

próximo. Faço todo o esqueleto nele. Depois, quando vou

para o detalhamento, coloco outros teclados para timbrar.

Mas o “pau para toda obra” é o XV-88. (Rafael Furugen e

Nilton Corazza)

28 Música & Imagem

TD-20KX

28 Música & Imagem

A bateria dos

profissionaisCom o lançamento da TD-20KX, a linha V-Drums oferece o que de mais avançado existe em baterias eletrônicas

29Música & Imagem

O desenvolvimento das baterias ele-

trônicas Roland disponibilizou ao mer-

cado soluções inovadoras e produtos

revolucionários que facilitaram o traba-

lho de músicos dedicados a shows e a

gravações, assim como de estudantes.

Apesar do preconceito inicial causado

pela inclusão da tecnologia digital em

um instrumento basicamente percussi-

vo, diversos profissionais renderam-se

à sonoridade e à facilidade que os kits

V-Drums oferecem e muitos têm esses

modelos como seus preferidos.

Um grande entusiasta desse con-

ceito é Albino Infantozzih, um dos ba-

teristas mais requisitados do País, seja

para gravações ou shows, atualmente

compondo, além de outros trabalhos, a

Banda Domingão, que faz a trilha sonora

do programa dominical de maior audiên-

cia da TV brasileira. “As características

que mais chamaram a atenção quando

conheci o kit TD-20 foram o nível de

dinâmica e a tecnologia de tocar em

diferentes regiões da pele e ela respon-

der semelhante a um tambor acústico”,

atesta o músico. “Me apaixonei por ele

e comprei o instrumento” .

O que era bom, no entanto, ficou

ainda melhor. Diversos aprimoramen-

tos foram feitos para aperfeiçoar o kit

topo da linha V-Drums, tanto na parte

de hardware quanto no novo módulo, o

TD-20X, resultando no lançamento da

TD-20KX. Os pads, neste modelo, são

mais robustos e com sistema de canoas

que permite a troca do revestimento.

Ele vem de fábrica na cor prata, mas

pode tornar-se azul ou vermelho com

o uso dos acessórios CV-20KX-BU ou

CV-20KX-RD, dois pacotes vendidos

separadamente. Se o músico preferir, é

possível customizar os pads, colocando

nome, figuras ou símbolo de sua banda

impresso em material semelhante. Com

esse recurso, ele pode modificar o ins-

trumento quantas vezes desejar.

Os pads de tons PD-105X estão

com as mesmas medidas do modelo

anterior, 10 polegadas. Isso também

ocorre com o surdo PD-125X, com 12

polegadas. O PD-125XS, para a caixa,

apresenta dimensão igual à de seu

antecessor, 12 polegadas, porém a es-

trutura de sustentação é diferente: ele

não vem com o suporte para conexão

em clamps, como nos pads de surdo,

e deve ser apoiado em uma estante de

caixa que aceite esse diâmetro.

Uma grande mudança foi feita no

bumbo, que agora tem 14 polegadas

de diâmetro, 11 quilos e uma estrutura

nova, forte e maciça para total sus-

tentação e fixação no chão, além de

acabamento cromado do aro principal

que está ligado aos pés. É totalmente

compatível com pedais comuns e

duplos e está preparado para aceitar

performances bastante agressivas.

“É difícil encontrar no segmento de

baterias eletrônicas um bumbo que

não escorregue”, confessa Infantozzih.

“Esse é o primeiro que se pode tocar

com certa força ou violência, e se

comporta como um tambor acústico

de 20 polegadas” .

SENSIBILIDADEAs melhorias nos pads não ficaram

somente no visual. Todos estão com a

sensibilidade aprimorada por causa das

mudanças nos triggers e parâmetros

do módulo.

Mantendo o sistema mesh head -

criado e desenvolvido pela Roland em

parceria com a mais importante fábrica

de peles do mundo, a Remo -, as peles

simulam perfeitamente o rebote do

impacto das baquetas. Essa diferen-

ciação é importantíssima para músicos

acostumados com modelos acústicos.

“Minha primeira bateria eletrônica foi

uma Roland R-8 com Octapad. Eu toca-

va em uma superfície dura e o rebote

vinha para o pulso”, conta Infantozzih.

“As empresas, então, foram desenvol-

vendo uma borracha mais mole, que

gerava rebote semelhante ao de uma

bateria tradicional. Mas o grande avanço

foram os mesh head, que aliviaram todo

esse impacto no punho e, também,

no corpo” . Graças a essa tecnologia,

a evolução da técnica e o contato das

baquetas nos dedos são semelhantes

aos de um instrumento acústico, sem a

necessidade de grandes mudanças ou

adaptações para tocar.

Por se tratar de um sistema dife-

rente, o ruído emitido pelos pads é

mínimo, perfeito para quem quer tocar

com fones de ouvido sem incomodar

parentes e vizinhos. O ajuste da tensão

das peles é feito com uma chave de

afinação padrão, respeitando a tensão

necessária para um melhor disparo dos

sons pelos triggers. A durabilidade é

inquestionável, mas se necessário, elas

podem ser substituídas facilmente,

como é feito em kits acústicos. A troca

deve ser feita apenas por mesh head

originais, que podem ser encontradas

em assistências técnicas autorizadas

Roland.

Os pratos continuam com as mes-

mas medidas, tanto para os dois de

ataque CY-14C-SV (14 polegadas) quan-

to para o de condução CY-15R-SV (15

polegadas). Mas, para combinar me-

lhor com o novo visual, são feitos com

borracha cinza na superfície, imitando

a cor prata. A parte inferior também foi

modificada, fabricada agora em preto.

O chimbal VH-12-SV também é cinza e

mantém a mesma medida de 12 pole-

gadas. Como no modelo anterior, ele

pode ser montado em uma máquina

de chimbal padrão do mercado. A sen-

sibilidade e a velocidade de resposta

em conjunto com o módulo TD-20X

foram melhoradas, graças a mudanças

nos parâmetros de trigger. “Foi a pri-

meira vez que encontrei sensibilidade

em hi-hat em um instrumento” , con-

fessa Infantozzih.

29Música & Imagem

30 Música & Imagem

TD-20KX

30 Música & Imagem

RAcK E MÓDuLOPara alguns bateristas, o formato do rack MDS-20, utiliza-

do na TD-20K, não era muito convincente. Por causa dessa

opinião, a Roland trocou as ferragens e criou o MDS-25. O

novo suporte conta com estrutura de apoio dos pads total-

mente modificada, usando clamps e suportes mais longos

e robustos, além de sistema de ajustes ball clamp para um

posicionamento mais preciso dos tons, surdos e pratos.

Memórias nos encaixes, pés com borrachas mais espessas

e tubos, braçadeiras e clamps em acabamento cromado,

complementam o conjunto de alterações.

Como no modelo anterior, os cabos, transparentes e com

plugues mais resistentes, passam por dentro dos tubos. Para

fácil conexão, são nomeados com uma pequena borracha

colorida, de acordo com o nome dos pads. Para Infantozzih,

a robustez das ferragens é um dos pontos altos do novo kit:

“Finalmente o rack foi aprimorado, deixando a bateria com

um visual mais vigoroso e menos chocante para quem está

acostumado com a acústica”. Com todas essas mudanças, o

novo MDS-25 completa o TD-20KX, elevando o instrumento

ao patamar de bateria que pode ser usada em situações

profissionais, para grandes palcos e estúdios.

O novo módulo, chamado TD20X, conta com a placa de

expansão TDW-20, lançada em 2009, embutida. Com visual

remodelado, na cor cinza escuro, conta com 920 sons de

instrumentos de percussão, tambores e pratos, 262 de acom-

panhamento, como pianos, synths, baixos e outros, para o

sequenciador, além de cem kits editáveis. O exclusivo V-Edit

ALBINO INFANTOZZIH“A TD-20KX me permitiu ver a música com outra dimensão”

31Música & Imagem

permite a customização dos sons com

parâmetros de troca de peles, corpo

dos tambores, ajustes de esteira da

caixa, profundidade dos tambores,

mudança de microfones e de posição

deles, adição de sons extras no aro,

afinação, configurações de ressonân-

cia, escolha do tipo de batedor do

pedal de bumbo, tamanho dos pratos,

instalação de rebites ou correntes de

metal nos pratos, fixação gradual do

chimbal e diversos outros parâmetros

para timbres eletrônicos, permitindo

a criação de até 21.657.039 variações.

“Em vez de carregar 40 baterias, o

músico leva um módulo”, diz Infanto-

zzih, que confessa não conhecer ainda

todos os recursos do modelo.

O TD-20X permite a conexão de um

pedal foot switch FS-6 (BOSS) para

troca de sons, disparo e mudança de

patterns, alterações de kit programadas

no modo Chain, fixação do chimbal,

efeitos e acionamento da esteira e do

som de aro da caixa, além de adição de

ambiência. Para backup das alterações

e programações pessoais, há um slot

para uso de Compact Flash de até 4 Gb,

podendo ser salvos até 9.900 kits.

Os ajustes de ambiência foram

modificados, com mais opções de

salas, materiais de construção, pro-

fundidade (física) e posições de mi-

crofones, além de um controle ainda

melhor de volume e endereçamento

de sinal de áudio independente. Para

conferir essa poderosa ferramenta

individualmente, é possível monito-

rar a ambiência no modo solo. Esse

recurso é essencial quando usado

em estúdios de gravação, onde esse

elemento completa o som da bateria

na mixagem, deixando o resultado

ainda mais real.

As configurações de trigger no

módulo TD-20X também foram mo-

dificados, fazendo que nuances de

dinâmica fiquem ainda melhores,

principalmente nos pratos. A sensi-

bilidade e a velocidade de resposta

do chimbal sofreram alterações im-

portantes, em conjunto com o novo

VH-12-SV, que permitem resposta

mais rápida e precisa.

Todas as mudanças feitas pela

Roland na TD-20KX, principalmente no

que tange ao hardware, aumentam

o potencial para uso em situações

profissionais. A praticidade e a qua-

lidade são fatores essenciais para

bateristas poderem tocar com con-

fiança, em circunstâncias em que,

anteriormente, não era possível o

uso de kits eletrônicos. Novos sons e

controle total de dinâmica permitem

possibilidades inéditas até para os

instrumentistas mais exigentes. “A

TD-20KX me permitiu ver a música

com outra dimensão, não apenas

como baterista, mas como pintor,

com cores e timbres” , conclui Infan-

tozzih. (Gino Seriacopi)

31Música & Imagem

32 Música & Imagem

FR-7X

32 Música & Imagem

A chegada do V-Accordion FR-7X alimenta a paixão pelo instrumento digital desenvolvido pela Roland

Tradição emodernidade

33Música & Imagem 33Música & Imagem

Em 2004, a Roland lançou o primeiro

acordeon 100% digital da história. E,

mesmo após cinco anos, o V-Accordion

ainda causa reações diversas em mú-

sicos e amantes do instrumento por

todo o planeta. É importante afirmar,

no entanto, que assim como a guitarra

não tirou o espaço do violão, o modelo

digital não substituirá o acústico, pois

veio se juntar a ele e oferecer novos

caminhos para os artistas, que podem

se expressar de forma diferente.

Neste ano, a Roland está celebrando

mais de dez mil unidades vendidas de

sua linha V-Accordion - formada pelos

modelos FR-1, FR-2, FR-3S e o novo

FR-7X. E a fábrica responsável pela

produção da série, em San Benedetto,

Itália, trabalhou intensamente nos úl-

timos meses para aperfeiçoar o FR-7.

Uma das grandes vantagens

da multinacional é ter contato

com as filiais pelo mundo que

transmitem o que os músicos

desejam. Pode-se dizer, então,

que o FR-7X é resultado de

pesquisas com artistas de todas

as regiões.

Um dos pontos aperfei-

çoados foi o fole. Além do

aprimoramento do sensor que

transforma a pressão do ar em sinais

digitais, há uma válvula que permite

regular a tensão e retirar o ar dele.

Com isso, técnicas muito usadas por

músicos do Sul e do Nordeste do Brasil

podem ser executadas sem grandes

dificuldades. A Roland já havia colo-

cado sistema semelhante em outros

modelos da linha V-Accordion e, agora,

pôde aperfeiçoar o mecanismo para

este novo instrumento.

REcuRSOSOs sons de acordeon do FR-7 sem-

pre foram muito elogiados por artistas

de todo o Brasil. Além de contar com

as sonoridades oferecidas pelo seu

antecessor, o 7X traz novos timbres

de países de tradição, como França

e Itália. A Roland detém uma das

tecnologias mais avançadas de sam-

pleamento da indústria musical e se

vale disso na hora de amostrar timbres

tradicionais de marcas como Scandalli

e Paolo Soprani, para citar algumas.

Essas sessões de sampleamento são

sempre dirigidas por Luigi Bruti, diretor

da Roland Europa e principal líder do

projeto que tornou o V-Accordion uma

realidade. “Temos um ótimo relaciona-

mento com os principais fabricantes

de Castelfidardo, a terra do acordeon

na Itália”, diz. “Por diversas vezes, nos

emprestam os modelos clássicos para

nossas sessões de amostragem”.

Além de diversos sons de acordeon,

o instrumento também conta com 49

orquestrais. Timbres de piano, trompe-

te, flauta, saxofone, violino, violão e de

diversos tipos de órgão estão disponí-

veis para que o músico transforme o

modelo em um sintetizador com fole,

tendo como vantagem o controle dos

sons por esse dispositivo. Ao utilizar

um timbre de saxofone em um synth,

o instrumentista tem que controlar a

expressão pelo toque, por um pedal

de sustain ou por algum recurso espe-

cífico como, por exemplo, o D-Beam,

exclusivo dos teclados Roland. Mas o

grau de expressão obtido por meio do

fole do FR-7X é muito mais amplo.

Para os sons de órgão, a Roland

incluiu a tecnologia Virtual Tone Wheel,

muito conhecida por seus modelos da

linha VK. Com simulação de barras har-

mônicas, é possível criar sonoridades

dos famosos instrumentos eletrome-

cânicos da década de 1950. A divisão

dos manuais também é semelhante à

de um órgão: as teclas representam à

região da mão direita (upper), os acor-

des correspondem à mão esquerda

(lower) e os baixos, a pedaleira.

Outra versatilidade do acordeon

Roland é na parte dos baixos. Muito

usado por músicos europeus, o modo

Free Bass transforma toda a região dos

acordes e baixos em um verdadeiro

teclado com botões: o usuário tem

a possibilidade de tocar com a mão

esquerda o mesmo que executa com

a direita. Os baixos e acordes passam

a reproduzir notas, em escala cromá-

tica, assim como nas teclas. Isso

permite criar arranjos totalmente

diferentes do que é feito para os

modelos acústicos usados no Bra-

sil. Orimar Hess Júnior, vencedor

da etapa nacional do 3º Festival

Internacional Roland de Acordeon,

comenta sobre o recurso: “Ele me

mostrou uma nova forma de tocar

acordeon”, atesta.

Hess já recebeu seu FR-7X,

prêmio obtido por ter vencido a etapa

brasileira do festival. O acordeonista

tem realizado shows no Sul do País

somente com o instrumento Roland e

executa diversos tipos de música. “A

versatilidade é um dos pontos mais im-

portantes. Toco tango, marchinha, val-

sas e música clássica usando diversos

sons, percussão, tudo que é possível”,

afirma. “Além de fazer performances

individuais, costumo me apresentar

em uma banda e, às vezes, quando o

tecladista não aparece, consigo fazer

minha parte e a dele também.”

Outro ponto aprimorado em relação

ao FR-7 é a conexão USB. Agora, os

músicos podem carregar novos sons e

4ª Festival Internacional Roland de Acordeon

Em abril de 2010, a Roland Brasil anunciará a

quarta edição do Festival Internacional Roland de

Acordeon. O prêmio para o vencedor da etapa

nacional será um FR-7X. Se você é acordeonista

ou conhece alguém que toque o instrumento,

não perca esta oportunidade. O site do evento

é www.festivaldeacordeon.com.br

34 Música & Imagem34 Música & Imagem

FR-7X

fazer atualizações de sistema operacio-

nal. Mas o principal é a possibilidade de

tocar com arquivos mp3 e wav usando

um pen drive. Há um pequeno compar-

timento em que o dispositivo é inserido

e o usuário ouve o playback no mesmo

sistema de som do instrumento. Com

isso, um acordeonista que toca sozinho

consegue produzir suas bases em casa,

transferir seu trabalho para uma mer-

mória flash e, depois, usufruir desse

recurso para enriquecer suas apresen-

tações. Outra variante importante é

gravar performances. Com isso, o artista

pode analisar desde se sua técnica está

satisfatória até se seu trabalho de fole

está correto. Enfim, será seu próprio

crítico. Ou pode usar esta ferramenta

para registrar uma trilha ou um trabalho.

Basta inserir o pen drive no computador

e copiar o arquivo.

quALIDADEO sistema de som do FR-7X foi todo

reformulado, oferecendo maior percep-

ção sonora. A potência continua em

50W RMS, mas distribuídos de forma

aperfeiçoada no chassi do instrumen-

to. E um dos grandes trunfos da linha

V-Accordion é a amplificação. Os acor-

deonistas que usam o modelo acústico

em palcos sofrem por dois motivos:

têm que encontrar um sistema de

microfonação ou captadores que man-

tenham a qualidade do timbre e lutam

contra a microfonia. São inúmeras as

queixas de músicos em todo o mundo

a respeito desses problemas.

Nesse ponto, o FR-7X é a melhor

solução para quem toca ao vivo: basta

plugar um cabo ou um transmissor de

microfone sem fio e o artista terá o

som original amplificado em qualquer

P.A. ou monitoração de palco. E o

acordeonista poderá andar pelo espaço

sem se preocupar com o feedback.

Giordano Mahatma, vice-campeão da

etapa nacional do 3º Festival Interna-

cional Roland de Acordeon diz que

sempre teve dificuldades antes de

usar o FR-3S: “Utilizava um acústico

e tinha problemas de microfonia. O

pior é que, se isso ocorresse, mesmo

que não fosse do acordeon, o técnico

já estava escaldado e sempre baixava

meu volume. Quase não era ouvido e

tinha que tocar o fole com tanta força

que chegava esgotado ao fim dos sho-

ws”, protesta. “Agora, com o FR-3S,

não tenho mais inconveniente algum:

executo minha performance tranquilo

e com o melhor som possível”.

Outro detalhe é que o FR-7X fun-

ciona tanto alimentado pela energia

elétrica quanto por uma bateria re-

carregável de níquel - fornecida com

o equipamento. Essa solução tem

duração de mais de 6 horas, o que

permite ao músico fazer um show

tranquilamente, sem estar plugado a

nenhum cabo, somente com o trans-

missor de microfone sem fio. O ins-

trumento também é vendido com uma

pedaleira que possibilita recarregar a

bateria, além de ter alguns pedais de

comandos, como troca de sons, pedal

sustain e conexões MIDI.

O V-Accordion hoje é uma realidade

em todo o mundo. Oswaldinho do

Acordeon, um dos mais fantásticos

acordeonistas da história do instrumen-

to, adotou o FR como seu “parceiro”

desde 2005. Além da questão do peso

(o FR-7X tem apenas 11,7 quilos), os re-

cursos do produto foram determinantes

para o “mestre” optar pelo equipamento

Roland. (Sérgio Terranova Jr.)

IrmandadeQuem imagina que as fábricas tradicionais na

Itália se revoltaram e armaram uma “caça às

bruxas” quando o V-Accordion foi lançado pode

mudar de ideia. As empresas perceberam que,

de imediato, a procura pelo acordeon acústico

aumentou. Com sua nova proposta, a Roland

conseguiu mostrar a jovens e crianças que

esse pode ser um instrumento muito versátil e

interessante, usado para tocar qualquer gênero.

Sofrendo de preconceito e taxado como “de

idosos” e “para música regional”, o acordeon

iniciou seu ressurgimento na Itália e no resto do

mundo após anos de certo ostracismo.

ORIMAR HESS JÚNIORUma nova forma de tocar acordeon

35Música & Imagem

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36 Música & Imagem

VE-20

Com o lançamento do VE-20,

a BOSS oferece o melhor

em efeitos para voz

36 Música & Imagem

A vez dos

vocalistas

37Música & Imagem 37Música & Imagem

Guitarristas e pedais sempre an-

daram juntos, principalmente após o

início da década de 1980, época em

que estes - e também os processado-

res de efeito - tornaram-se acessíveis

para a maioria dos instrumentistas.

Atualmente, é praticamente impos-

sível separar a guitarra dos famosos

equipamentos dedicados à criação

de diferentes tipos de timbres, a

não ser, talvez, entre alguns jazzistas

mais puritanos. Por outro lado, com

o surgimento da música eletrônica

e o desenvolvimento de softwares

dedicados às modificações vocais e

à criação de backing vocals, a vontade

dos cantores de tentar reproduzir ao

vivo a sonoridade e os recursos obti-

dos em estúdio criou a necessidade

de processadores de efeitos espe-

cíficos para voz. A eterna busca do

timbre perfeito em shows também

motiva amadores ou profissionais a

procurarem recursos que os ajudem

a obter o melhor resultado de suas

técnicas de canto.

Aproveitando essa tendência e

sua história na criação de efeitos para

guitarra, a BOSS lançou o VE-20 Vocal

Performer, um pedal projetado espe-

cialmente para uso com microfones e

que possui recursos específicos para

vozes em geral. O modelo foi conce-

bido para atender aos mais variados

tipos de cantores e, com certeza, au-

xiliará também a outros profissionais

que utilizam a palavra como principal

meio de comunicação, como por

exemplo, palestrantes e apresentado-

res. “É um produto totalmente novo e

não uma simples adaptação de algum

modelo que a marca tenha criado para

instrumentos de corda”, diz Yasuyuki

Watanabe, projetista chefe da BOSS

que trabalhou no desenvolvimento

do produto.

quALIDADE DE EStúDIOMantendo o elevado padrão de

qualidade, os engenheiros da BOSS

colocaram no VE-20 os efeitos funda-

mentais para qualquer vocalista, entre

eles reverb, delay, compressor (Dina-

mics), equalizador e chorus. Além dos

mais comuns, o produto apresenta

ferramentas extremamente úteis

para cantores como, por exemplo, o

HARMONY, que cria backing vocals

inteligentes de até duas partes em

que é possível escolher os intervalos

musicais das vozes geradas. Basta

selecionar em que tom determina-

da canção será executada para que

sejam desenvolvidas as vozes adicio-

nais, em perfeita afinação e sempre

respeitando a tonalidade escolhida.

Este recurso, obviamente, pode ser

empregado em instrumentos de

sopro que utilizam microfones para

amplificar o som.

O saxofonista, cantor e compositor

Milton Guedes, atualmente na banda

do cantor Lulu Santos, conta com

pedais BOSS em seu setup como

os modelos PS-5 Super Shifter, OC-3

Octave e o DD-3 Digital Delay. Segun-

do o artista, “com o lançamento do

VE-20, a questão do sinal do micro-

fone sofrer algumas alterações, por

estar conectado a um efeito projetado

para guitarra, vai acabar. E alguns re-

cursos dedicados aos vocalistas são

igualmente úteis para instrumentos

de sopro, como delay, reverb e a

abertura de mais duas vozes automa-

ticamente”.

A exemplo de Guedes, muitos

vocalistas e saxofonistas mais “ante-

nados” vêm utilizando pedais BOSS

em seus setups, principalmente os

modelos GE-7 (Equalizer), DD-3 (Digi-

tal Delay) e RV-5 (Digital Reverb). No

entanto, por serem projetados para

guitarra, esses equipamentos causam

uma pequena alteração do sinal quan-

do são usados com microfones. O

VE-20 resolve essa questão de forma

38 Música & Imagem

definitiva, uma vez que possui todos

esses efeitos e foi desenvolvido para

processar o sinal direto captado por

um microfone.

Outro recurso essencial criado para

os vocalistas é o PITCH CORRECT, que

corrige automaticamente pequenas

imprecisões na afinação. Esse efeito

pode ser usado no modo Maj (Min),

em que as notas são ajustadas com

base na tonalidade escolhida, ou

na opção Chromatic, que retifica a

altura para a nota mais próxima da

escala cromática.

Estão presentes no modelo efeitos

ainda mais radicais, que agradarão

cantores ousados e que buscam se

diferenciar dos demais. A seção TONE/

SFX apresenta opções inusitadas,

como STROBE (que “fatia” a voz

criando uma textura ideal para músi-

ca eletrônica), RADIO (que, como o

próprio nome diz, altera o timbre da

voz imitando um pequeno rádio de

pilhas) e ROBOT (que, com certeza,

criará uma identificação imediata com

os amantes de Lord Darth Vader da

saga Guerra nas Estrelas). A vocalista

Déia, do grupo Agnela ressalta: “Os

efeitos básicos do VE-20 irão auxiliar

a aprimorar e equilibrar o timbre da

voz, mas os mais radicais são funda-

mentais para nossas apresentações,

porque podemos utilizá-los de muitas

formas diferentes”.

O VE-20 conta com exclusivos con-

versores digitais projetados especifi-

camente para o produto. “Alguns dos

recursos foram extraídos do processa-

dor de efeitos vocais VT-1 Voice Trans-

former”, comenta Takahashi. “Mas, com

a evolução dos DSPs, a clareza e a de-

finição dos timbres gerados pelo VE-20

são similares aos encontrados em racks

de processamento de estúdio.”

fAcILIDADE DE uSOOs recursos embutidos no proces-

sador vocal não dificultam sua opera-

ção. Projetado no mesmo formato de

pedais duplos da linha de produtos

Twin Pedals da BOSS, a novidade tem

poucos botões e apresenta display

com ótima visualização. Basta pisar no

pedal esquerdo para ligar e escutar os

efeitos. O knob SOUND seleciona um

dos 30 ajustes programados de fábrica,

que são excelentes opções para quem

deseja utilizar o equipamento de forma

direta, sem precisar se preocupar com

configurações. O REVERB LEVEL,

como o próprio nome diz, controla o

nível desse efeito, que é, sem dúvida,

o preferido dos vocalistas. O botão

MENU e aqueles em formato de seta

servem para ajustar os efeitos do

VE-20. E isso pode ser feito de forma

simples e direta.

Ao finalizar a customização, os

usuários podem salvar seus timbres

personalizados em uma das 50 me-

mórias disponíveis no equipamento.

38 Música & Imagem

VE-20

MILTON GUEDESRecursos dedicados aos vocalistas são igualmente úteis para instrumentos de sopro

39Música & Imagem

O pedal direito, por sua vez, liga au-

tomaticamente o efeito HARMONY,

tornando muito fácil adicionar este

recurso em partes específicas das

músicas.

Complementando o painel de ope-

ração, há o botão LOOP PHRASE, que

aciona a gravação de loops da unidade.

Essa ferramenta capta automatica-

mente até 40 segundos de áudio e

reproduz o mesmo continuamente

logo após o término do registro. Sobre

esse material, é possível gravar novas

partes ou, simplesmente, improvisar

e estudar técnicas de abertura vocal

e vocalização. Este recurso também

pode ser usado em passagens de

som, para que cantores passeiem pela

casa de shows enquanto escutam sua

própria voz.

O VE-20 aceita conexão de cabos

P10 ou XLR, sendo que, no segundo

caso, o equipamento pode habilitar

seu sistema interno de Phantom Po-

wer 48 Vdc. Esse tipo de alimentação

especial para microfones conden-

sadores é largamente utilizado em

gravações e apresentações profissio-

nais, e garante qualidade superior na

captação dos sons. O modelo possui

ainda saídas estéreo balanceadas e

saída adicional para fones de ouvido

ou linha. O produto pode ser ligado à

rede elétrica por meio da fonte original

BOSS modelo PSA-120S (vendida se-

paradamente) ou alimentado por seis

pilhas tamanho AA, preferencialmente

alcalinas. Neste caso, a autonomia de

uso é de até oito horas.

fLEXIBILIDADEDo ponto de vista de utilização, o

VE-20 possui recursos que o tornam

interessante não apenas a vocalistas.

Músicos de instrumentos de sopro po-

dem usar seus efeitos internos e ferra-

mentas para performances inovadoras

e criação de timbres consistentes.

Professores de canto têm a possi-

bilidade de lançar mão da gravação

de loops em suas aulas, bem como

do HARMONY para o estudo de

técnicas de construção de backing

vocals. Pastores de igrejas podem

usar efeitos básicos em seus cultos,

para discursos, e outros, totalmente

diferentes, para as partes cantadas.

Palestrantes e profissionais que

trabalham com eventos motivacio-

nais devem utilizá-lo em suas apre-

sentações, produzindo atmosferas

descontraídas com os recursos mais

modernos do equipamento, como

STROBE, RADIO e ROBOT.

O VE-20 foi desenvolvido para

auxiliar profissionais que usam a voz

como meio de comunicação a alcan-

çar novos níveis de customização e

personalização em um equipamento

resistente, com qualidade superior e

muito fácil de usar.

Projetado segundo a principal filo-

sofia da BOSS, que é criar produtos

inovadores e que ajudem a desenvol-

ver a criatividade de seus usuários, o

VE-20 inicia uma nova fase em que os

vocalistas, assim como os guitarris-

tas já vem fazendo há muito tempo,

terão seus próprios pedais de efeito.

(Sergio Motta)

vt-1 voice transforMer: o início

Em 1996, a BOSS produziu um processador de efeitos em formato

de controlador de mesa chamado VT-1 Voice Transformer. O produto

apresentava processamento digital projetado especialmente para

as características da voz e qualidade superior para os padrões da

época. O equipamento, basicamente, alterava a afinação da voz

- de uma oitava abaixo para uma oitava acima - e podia também

modificar algumas características da mesma, tornando-a feminina

ou masculina. Havia ainda um controle deslizante que misturava o

áudio processado pelo VT-1 com o som original. Era possível salvar

até quatro memórias de ajustes pessoais por meio do botão WRITE.

E o ROBOT mantinha sempre a mesma nota na saída do aparelho, in-

dependentemente da que fosse cantada. Um controle exclusivo para

adicionar reverb completava as opções de efeitos do equipamento.

Produto extremamente inovador para a época, o VT-1 foi usado por

muitos DJs e produtores de música eletrônica, que

conseguiam transformações radicais

e inusitadas. A banda in-

glesa APOLLO 440

utilizou o modelo

para gravar todo o

disco Stop The Rock e

em inúmeros remixes

e produções de trilhas

para cinema na década

de 1990.

39Música & Imagem

40 Música & Imagem

SoleneRodgers

40 Música & Imagem

SoleneOs órgãos digitais são a solução moderna para que a tradição não se perca

41Música & Imagem

Na liturgia tradicional das mais

diversas religiões cristãs, o órgão

é imprescindível. Ele já foi cha-

mado de “rei dos instrumentos

musicais”. Mas, com o passar do

tempo, foi perdendo poder e, assim

como outros tipos de monarquia,

entrou em declínio. Países jovens,

como o Brasil, não perpetuaram

a manutenção do soberano e sua

corte-manutenção, alegando as

mais diversas razões, como custos,

dificuldades de instalação, manu-

tenção e alguns outros motivos

que, para os súditos fiéis, beira a

heresia.

Igrejas, associações e organis-

tas lutam desesperadamente para

manterem ativos os órgãos de

tubos instalados no País. Em troca

de tamanho esforço, algum suces-

so tem sido alcançado e é sempre

motivo de comemoração, entre

acordes seculares e hosanas. E

esse embate não é exclusividade

do Brasil.

RENAScIMENtO

Em 1958, nos Estados Unidos,

a Rodgers Instruments LLC iniciou

a fabricação de órgãos eletrônicos

que reproduziam os sons dos

instrumentos de tubos. Na déca-

da de 1980, a empresa uniu-se à

Roland Corporation e uma injeção

de tecnologia impulsionou gigan-

tescamente o desenvolvimento

dos produtos da companhia em

termos de qualidade e modernida-

de. Em lugares onde a instalação

de um modelo real era impossível,

foi instalado um digital com caixas

acústicas. O timbre majestoso

começou a soar em catedrais, igre-

jas, paróquias, conservatórios e,

até mesmo, em residências, sem

distinção de tamanho, estrutura,

arquitetura e classe social. Sua

majestade saía do trono e visitava

seus súditos. Muitos nunca tinham

ouvido aquele som e, não raro, al-

gumas emoções afloraram: houve,

naquele país, migração de muitos

pianistas para o órgão, antes quase

inacessível.

No Brasil, os produtos Rodgers

também fizeram que o timbre

de tubos fosse apreciado por um

público cada vez maior. O exem-

plo mais emblemático foi a missa

campal realizada pelo papa Bento

XVI no aeroporto Campo de Marte,

na zona norte da capital paulista.

O local foi transformado em uma

imensa catedral a céu aberto para

mais de um milhão de fiéis. E como

havia a necessidade de um órgão,

a solução foi o modelo Trillium 788,

que acompanhou orquestra e coral

de 1.200 vozes, além de toda a

liturgia da missa. A Arquidiocese

de São Paulo gostou tanto do re-

sultado que o mesmo instrumento

participou da transformação do

Estádio do Pacaembu em mais

uma catedral. E lá estava o som

dos órgãos de tubos no templo do

futebol paulistano.

São inúmeros os exemplos da

versatilidade proporcionada por

um instrumento digital. Em 2008,

houve na Catedral da Sé, na capital

paulista, uma missa comemorativa

à Páscoa para os militares do Esta-

do. Infelizmente, o imenso instru-

mento do local estava desativado

há muito tempo. Para garantir a

pompa da celebração, um Rodgers

Trillium 788 foi cedido pela Roland

Brasil para o evento. A instalação

não demorou mais que uma hora e

meia, e o resultado foi emocionan-

te. No conceituado Teatro Municipal

de São Paulo, o mesmo modelo foi

utilizado diversas vezes.

A Escola de Música da Univer-

sidade Federal do Rio de Janeiro

(UFRJ) possui um Tamburini desa-

tivado, instalado no Salão Leopoldo

Miguez. Foi iniciado o processo

de restauração, mas as aulas não

podiam esperar tanto tempo. Um

Trillium 908 de três manuais foi a

solução. O instrumento foi adquiri-

do pela Fundação José Bonifácio e

tem feito a felicidade de alunos e

mestres, que aguardam a restau-

ração do órgão original. Quando

o antigo estiver funcionando, o

Rodgers continuará a prestar um

serviço importantíssimo: será

destinado a estudo.

O maior instrumento Rodgers

do Brasil, um modelo Trillium 968

com duplo sistema de som, tam-

bém está instalado no Rio de Janei-

ro. É o da sinagoga da Associação

Religiosa Israelita, onde outrora

havia um órgão de tubos real, que

continuam lá, dourados e imponen-

tes, porém mudos. Por trás deles,

potentes caixas acústicas fazem

ecoar pelo salão de arquitetura

moderna, sons para celebrações

do povo judeu que resistiram à

passagem dos séculos.

A modernização dos cultos,

principalmente nas igrejas evan-

gélicas, com instrumentos mais

populares, tem preocupado muitos

pastores, ministros de música e

fiéis. Por conta de resgatar valores

tradicionais, as instituições batistas

ganharam destaque nessa difícil

missão e os órgãos Rodgers têm

41Música & Imagem

42 Música & Imagem

sido um poderoso aliado. Desde os

modelos mais simples até os da linha

Trillium, a marca tem presença em São

Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo

Horizonte e Teresópolis, além de haver

algumas cotações em andamento para

outras localidades.

Há algum tempo, o fator preconcei-

to era um obstáculo que parecia ser

intransponível. Existia o pensamento

equivocado de que o órgão de tubos

seria dispensável, sendo plenamente

substituído pelo modelo digital. Esse

não é o conceito correto: os instrumen-

tos Rodgers estão sendo utilizados

como uma solução para problemas de

espaço, investimentos, manutenção e

praticidade, além da possibilidade de o

áudio passar diretamente pelo técnico

de som para transmissão dos cultos

via internet.

A Roland Brasil, em total harmonia

com a Rodgers Instruments LLC, cele-

bra a utilização dos órgãos digitais no

País com muito orgulho, pois é fruto de

trabalho, parcerias, quebra de barreiras

e certeza de ter em mãos a solução para

muitos problemas. A pompa dessa cele-

bração fica por conta de sua majestade,

o órgão! (Amador Rubio)

Rodgers

42 Música & Imagem

Showroom RodgersAs instalações de órgãos Rodgers no Brasil são o

showroom mais eficaz dos produtos da marca: funcio-

namento ininterrupto, aprovação dos organistas, pronto

atendimento, congregação satisfeita etc. Entretanto, as

visitas para conhecer esses equipamentos instalados

dependem de autorização.

Por isso, a Roland Brasil disponibiliza um espaço

para atender aos interessados em conhecer os órgãos

Rodgers em São Paulo, mediante pré-agendamento pelo

telefone (11) 3087-7700 ou pelo endereço eletrônico

[email protected]. A partir de maio, dois novos mo-

delos estarão em exposição: o Allegiant 698, com três

manuais, sistema de som externo e puxadores ilumina-

dos; e o novo Masterpiece Signature 356, representan-

te da nova linha da marca. Esse lançamento conta com

oito caixas acústicas, amplificador de 800 watts, três

manuais, puxadores iluminados, pedaleira AGO de

32 notas e a tecnologia sonora mais avançada da

atualidade.

Além deles, uma dupla com dois manuais cada

também está em exposição: o Rodgers 538MD-27, que

apresenta o melhor custo-benefício do mercado; e o

Rodgers Trillium Masterpiece 788, o mesmo que foi

utilizado na missa campal no Campo de Marte realizada

pelo papa Bento XVI.

Para mais informações, visite o site www.rodgers.com.br.

PÁSCOA DOS MILITARESO Rodgers Trillium 788 na Catedral da Sé

43Música & Imagem

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44 Música & Imagem

Especial

44 Música & Imagem

Atualmente, gravar em pequenos estúdios é uma realida-

de. E a prática ganha adeptos a cada dia. Trabalhos realizados

assim acontecem em todos os cantos do planeta. Para isso,

no entanto, é necessário vencer algumas limitações ainda

existentes como, por exemplo, ser obrigado a usar teclas para

registrar os sons de bateria. Diversos tecladistas fazem isso

com qualidade e rapidez. Apesar da praticidade - pois não é

preciso montar o instrumento, afinar e microfonar o kit, fazer

check sound e tocar com boa técnica - nem sempre o feeling

desse tipo de execução atinge os objetivos de um arranjo, o

que ocorre quando se usa baquetas e pedais.

Há a opção de contratar um estúdio com as características

apropriadas e um baterista que atenda a todas as necessida-

des de uma boa performance - o que inclui leitura de partituras

(quando necessário), um instrumento de qualidade, rapidez

na interpretação musical e aquela famosa “pegada” para que

o resultado tenha sonoridade satisfatória. Em seguida, com

a possibilidade de transferência de arquivos de áudio via HD,

CD, DVD, web ou cartões de memória, o artista pode carregar

tudo que gravou para seu computador e continuar a produção

em seu home studio. No entanto, nada pode dar errado no

momento da captação da bateria, pois, caso isso aconteça,

o material deverá ser refeito e tanto o custo quanto o tempo

da produção crescerão.

Para solucionar toda essa equação, aumentando a veloci-

dade da produção, baixando custos e resolvendo de imediato

possíveis problemas que possam ocorrer na gravação dos

outros instrumentos, o uso de kits eletrônicos é a melhor

opção, sem que se perca a qualidade do trabalho.

SOLuÇÃOQualquer dos modelos Roland V-Drums é perfeito para

esse tipo de produção, porque todos possuem conexão MIDI

e saída de áudio com categoria profissional. Mas, pensando

que o músico talvez não tenha a habilidade de um baterista e

queira ele mesmo gravar as trilhas de ritmo - agregando prati-

cidade, qualidade e baixo investimento -, o kit HD-1 atenderá

perfeitamente a essas necessidades.

Os benefícios desse equipamento são inúmeros. De início,

o tamanho do hardware: ocupa pouquíssimo espaço, caben-

do em qualquer local dedicado ao home studio. A largura da

bateria montada é de apenas 90 centímetros. Disposto para

uso, ocupa menos de 1,25 metro, medidos da extre-

midade frontal do rack até a parte posterior do banco.

Quando não estiver sendo utilizado, basta colocar o

assento encostado ao kit que este ocupará menos

de 70 cm de comprimento, praticamente o tamanho

de uma poltrona pequena. Com isso, um primeiro

problema está resolvido.

O HD-1 possui pads de borracha de tons e surdo

macios, silenciosos e muito sensíveis. Os pads CY-5

de pratos e chimbal apresentam igual sensibilidade

e, por não serem totalmente imóveis, proporcionam

uma resposta mais confortável no ataque do prato

de finalização ou no uso da ponta das baquetas no

ride. O mesmo se aplica à unidade de chimbal, que

oferece um feeling mais natural na execução.

Exceto o banco, não é necessário adquirir pedal de

bumbo, máquina de chimbal, estantes ou ferragens

adicionais, porque todas as peças estão presas a um

único rack. Os mecanismos dos pedais possuem ação

de rebote leve e de fácil adaptação, e não fazem ba-

Solução compactaO uso do kit V-Drums HD-1 em pequenos estúdios é uma alternativa viável e muito produtiva

45Música & Imagem 45Música & Imagem

rulho como os modelos comuns usados

em pads ou baterias convencionais. Isso

evita que parentes e vizinhos reclamem,

além de não ser preciso estudar muito

para desenvolver técnicas específicas.

Essa também é uma grande van-

tagem do HD-1. Ele não exige que se

tenha a “pegada” de um baterista para

gravações, já que o produtor pode re-

solver essa questão por conta da noção

básica que tem de como tocar. Os kits

eletrônicos possuem sons prontos para

serem utilizados e mixados facilmente

e não exigem performance igual a de

um acústico para que se consiga boa

sonoridade.

O receio de que o HD-1 tenha pouca

resistência ou baixo desempenho é

infundado. O músico pode tocar nor-

malmente, tanto em intensidades fortes

quanto fracas. Os pads, em conjunto

com o módulo, respondem perfeitamen-

te a todas as variações de dinâmica, sem

disparos de sons duplos, não intencio-

nais, atrasados ou falhos.

Para completar, o módulo do kit

HD-1 dispõe de saída MIDI. Com isso,

é possível conectá-lo a um computador

e gravar os dados, com nuances de

expressões, utilizando softwares como

o Sonar 8.5 em conjunto com Session

Drummer ou outros. Para isso, no en-

tanto, é necessária uma interface de co-

nexão MIDI, como o modelo Cakewalk

UM-1G. Mas se o desejo for de também

captar o áudio, uma interface Cakewalk

UA-25EX atenderá a esse tipo de apli-

cação, porque oferece os dois sistemas

(áudio e MIDI) integrados.

O módulo HD-1 traz comandos

Note Number pré-determinados para

comunicação com o software. Normal-

mente, os equipamentos são

compatíveis, porque ambos

trabalham no padrão GM (veja

tabela). Basta conectar a saída

MIDI do HD-1 na entrada des-

se padrão na interface que o software

reconhecerá as peças da bateria auto-

maticamente (com exceção do aro*, que

deverá ser direcionado diferentemente

da posição convencional de performan-

ce**, usando um Note Number de outro

pad do kit para ser tocado em alternância

com a caixa quando esse tipo de execu-

ção for necessário.

Quando o músico toca o bumbo,

por exemplo, esse som será dispara-

do no software, o mesmo ocorrendo

com as demais peças. Esses aplicati-

vos, normalmente, permitem que os

sons estabelecidos sejam alterados,

customizando o kit de acordo com as

necessidades, independentemente

daqueles que o HD-1 traz embutidos.

Partindo do princípio básico do sistema

de comunicação MIDI, o modelo, quan-

do acionado, envia uma mensagem e o

software deve interpretá-la exatamen-

te como transmitida, sem mudanças

drásticas que comprometam a execu-

ção (não se deve esquecer de que, de

acordo com o padrão, o canal MIDI de

referência para gravação de bateria é

sempre o 10).

tIMBRES E MIXAGEMUm dos fatores mais impressionantes

no HD-1 é a sensibilidade. Quando o mú-

sico toca escutando o som do módulo,

ele pode executar flams, rulos, dinâmicas

de intensidade, figuras com diversos

pads ao mesmo tempo e tudo mais que

se faz em um kit acústico. No uso de

timbres de um software dedicado, o que

estiver sendo realizado será enviado para

ele, mas o mesmo deve ter potencial

para reproduzir em tempo real o que foi

transmitido via MIDI.

A tecnologia de geração sonora dos

módulos V-Drums é bem avançada e

oferece bastante flexibilidade para com-

preender e reproduzir tudo que um bate-

rista executa durante sua performance.

Nem todos os softwares, no entanto,

poderão responder perfeitamente a es-

sas execuções, principalmente quando

comparados aos módulos Roland. Vários

fatores influenciam nesses resultados,

entre eles a qualidade do computador,

o tipo de interface e, obviamente, o

potencial do programa.

Com o kit HD-1, também é possível

gravar diretamente o som do módulo em

um software como o Sonar. Isso agiliza

o andamento da produção e otimiza o

processamento do computador, porque

não há a necessidade de abrir mais

de um programa - o gerador de sons

de bateria - o que exigiria poder que

nem todas as CPUs possuem. Nesse

caso, basta enviar o sinal de áudio para

a interface e registrar a performance

em uma trilha estéreo. O equilíbrio e a

mixagem dos instrumentos estão pré-

determinados, portanto, não é permitido

modificar o volume ou o pan. Quando

o registro é feito pelo sistema MIDI,

no entanto, qualquer tipo de edição é

possível, incluindo mixagem, troca de

timbres etc.

Se o produtor desejar, no entanto,

ele pode ter todos os sons separados

dentro do software para uma mixagem

apurada. Basta, após a performance

registrada via MIDI, usar um plug-in de

sons de bateria ou um módulo externo,

anular o volume dos instrumentos que

não devem ser misturados a outros,

e gravar cada track individualmen-

te no programa. Apesar de deman-

dar um tempo maior,

pode impr imir um

resultado mais pro-

fissional à produção.

(Gino Seriacopi)

Números de nota produzidos pelso pads

PadKick Pedal

SnareTom1Tom2Tom3

Note Number3638484543

Note Number4951464244

PadCrashRide

Hi-Hat (Open)Hi-Hat (Closed)

Foot Close

Obs.: *Função indisponível no kit HD-1. **Nos kits TD, é possível o uso de aro (cross stick) quando disparado via MIDI, igual ao modo do próprio kit.

46 Música & Imagem

Pergunte ao Especialista

siMultaneidade

É possível gravar guitarra e voz ao mesmo tempo com o MICRO BR?

Camilo SoaresRio de Janeiro - RJ

Sim. E é muito simples. Conecte a guitarra na entrada GUITAR IN.

Feito isso, pressione INPUT e, depois TR1 e TR2 simultaneamente

até aparecer “GTR+MIC” no visor. Abra o volume INPUT LEVEL e

aperte EFFECTS. Utilize os botões VALUE (+) e (–) para selecionar o

efeito desejado para o instrumento. Pressione REC e PLAY e grave a

guitarra e a voz ao mesmo tempo. Esta será captada pelo microfone

interno do MICRO BR, portanto, é preciso posicionar bem o produto.

Este método funciona tanto no modo MP3 quanto no multipista, e é

ideal para registrar ideias rapidamente, pois ambas ficam no mesmo

canal. Você pode exportar rapidamente o

áudio para um computador usando a porta

USB do equipamento e compartilhar suas

criações com sua banda.

Pedro LobãoEspecialista de produtos Roland Brasil

nova versão

Para que serve a atualização do sistema operacional dos modelos GW-8 e PRELUDE. Posso fazer a atualização em casa?

Walter FerreiraBelo Horizonte - MG

Os arranjadores Roland estão em constante evolução e não ficam obso-

letos com o tempo, pois, por meio da atualização de sistema operacional,

a funcionalidade deles é renovada com a adição de novos recursos. Nos

modelos PRELUDE e GW-8, por exemplo, o upgrade para a versão 2.0

permite que o usuário crie seus próprios ritmos com o recurso STYLE

COMPOSER, altere um ritmo com o STYLE MAKE UP TOOLS e ainda

edite uma música MIDI existente utilizando o SONG MAKE UP TOOLS.

Mais informações podem ser encontradas no site da Roland Brasil nos

endereços http://roland.com.br/roland/produtos/541 (Prelude Version

2) e http://roland.com.br/roland/produtos/504 (GW-8 Version 2).

A atualização é um procedimento simples e rápido, mas é recomen-

dado que seja realizado por assistências técnicas autorizadas Roland

ou na loja em que o produto foi adquirido,

utilizando material recomendado pela

Roland Brasil. A lista de assistências téc-

nicas autorizadas pode ser encontrada em

http://roland.com.br/suporte/service.

Leandro JustinoEspecialista de produtos Roland Brasil

stretched tuning e duPleX scale

Em alguns pianos Roland aparecem os termos “Stretched Tuning” e “Duplex Scale”. O que significam?

Maria Aparecida CorreiaTaubaté - SP

Os pianos são, geralmente, afinados com

graves mais graves e agudos mais agudos do

que no temperamento “equal”. A afinação tradi-

cional dos modelos acústicos faz que as notas

agudas sejam levemente mais altas quando

comparadas com as graves e vice-versa. Essa

forma característica, utilizada apenas nesses

instrumentos, é denominada streched tuning

ou afinação alongada. No modelo Roland HP-

307, a tela apresenta um gráfico com a afinação

original. Além da opção de utilizar ajustes pré-

definidos, esse parâmetro pode ser alterado

a cada nota. Desse modo, o pianista pode

fazer que o piano soe de maneira especial e

individualizada.

Já a duplex scale ou escala dupla é um sistema

usado em pianos de concerto em que algumas

cordas não são golpeadas diretamente pelos

martelos, mas vibram em simpatia, respon-

dendo ao movimento das outras. Ressoando

com harmônicos agudos, produzem um som

mais brilhante. As cordas existem apenas para

o registro acima do Dó4. Como não possuem

o abafamento damper (mecanismo que evita

que elas vibrem quando não são tocadas), a

oscilação continua mesmo que as teclas sejam

soltas e a cordas que produziu o som original-

mente pare de vibrar. A “Duplex Scale” existe

apenas em pianos de concerto e raramente é

encontrado em modelos de armário, sendo

que alguns fabricantes não usam o sistema. No

Roland HP-307, essa

ressonância pode ser

ajustada em até 10

níveis.

Raphael DaloiaEspecialista de

produtos

Roland Brasil

47Música & Imagem

BiBlioteca

Tenho um kit V-Drums TD-9K e gostaria de sa-ber como posso salvar minhas músicas no pen drive?

Augusto Ramos FerreiraBrasília - DF

Muitos bateristas profissionais ou amadores usam os kits

TD-9KX e TD-9K por causa da qualidade dos sons e da

praticidade. Mas, frequentemente, os recursos desses

modelos são pouco explorados.

Depois de formatar um pen drive no módulo TD-9, basta

conectá-lo ao computador e carregar até 99 músicas,

desde que o tamanho delas não ultrapasse a capacidade

de 1GB. Os arquivos devem ser alocadas no diretório

principal da memória flash, fora da pasta Roland.

Conectando novamente o pen drive no TD-9, é possível

acessar as músicas pelo botão SONG. Girando o DIAL,

escolhe-se um dos arquivos carregados, situados após os

internos. Aperte PLAY para iniciar e comece a brincadeira

de tocar com suas músicas prediletas ou com os playbacks

que seu professor indicou para estudar em casa. Para que

as músicas sejam executadas pelo módulo, devem ter a

seguinte formatação: extensão do arquivo: wav; sample

rate: 44.1 kHz em 8, 16 ou 24 bits; linear PCM. O nome

deve ter até 12 caracteres, com exceção) da extensão, que

é .wav. Esse tipo de arquivo é o usual quando importado

para softwares que extraem músicas de CDs. Mp3 não

são lidos pelo módulo quando importados para o pen

drive. Se você deseja usar esse formato, pode utlizar a

conexão MIX IN, conectando um player para executá-los.

A diferença é que as músicas não serão controladas pelo

TD-9, somente pelo mp3 player.

O pen drive, no entanto, não serve somente para arma-

zenar suas músicas preferidas. É possível gravar até 99

performances no modo Quick REC. Isso permite que você

tenha um arquivo do seu desenvolvimento técnico, para

ser analisado sempre que desejar, recarregando no módu-

lo. Também pode salvar todas as configurações pessoais

feitas no TD-9, fazendo até 10 backups. É como se você

tivesse dez módulos diferentes,

resultando em 500 kits.

Gino SeriacopiGerente de produtos

V-Drums

Monitoração

O que preciso adquirir para utilizar o monitor pessoal M-48?

Clóvis Bertrand MoreiraPorto Alegre - RS

O M-48 é um sistema de monitoração

pessoal e não um produto stand alone,

que você compra, retira da caixa e usufrui.

É necessário utilizá-lo no ambiente REAC

(Roland Ethernet Audio Communication),

ou seja, ele deve estar ligado aos produtos

RSS que trabalham com este protocolo. O

principal componente é a console digital

M-400. Quem toca em um local que possui

esta mesa está com grande parte do sistema

pronto. Basta plugar um distribuidor S-4000D

na porta REAC B do mixer M-400. Após isso,

é possível conectar até oito M-48.

A grande vantagem desse sistema é o ge-

renciador interno de extrema flexibilidade da

M-400, que recebe os 40 canais da console e

configura cada M-48 de maneira totalmente

independente. Como uma unidade recebe

até 16 grupos (mono ou estéreo), o baterista,

por exemplo, pode ter em sua mix oito canais

das peças individuais de seu instrumento e

outros oito pré-mixes feitos pelo próprio ge-

renciador, que coloca todas as vozes em um

barramento LR, teclados em outro, guitarras

em um terceiro etc. Já no M-48 do vocalista,

a bateria pode estar pré-mixada em dois ca-

nais e os backing vocals separados em canais

individuais. Caso o local possua uma mesa

de som de outro fabricante, é preciso utili-

zar o M-48 com

uma un idade

S-1608 para fa-

zer a conversão

do áudio.

Alex Lameira

Gerente de

produtos

RSS e Edirol

48 Música & Imagem

Carreira

O arranjador modernoFerramentas virtuais permitem

agilizar a criação musical

Na música popular, a prática tem

se diversificado cada vez mais com

as possibilidades que a informática

permite por meio da velocidade de

processamento e da “virtualidade”.

E isso tem sido muito útil para os

instrumentistas, pois permite uma

ampliação do raio de ação profissional

e acadêmico.

Na prática de arranjo não foi di-

ferente. Antigamente, era realizado

com boas ideias, papel, lápis e um

instrumento. E, dependendo do

responsável, somente uma mesinha

bastava. Com o passar do tempo,

surgiram sequencers e programas de

notação musical que foram incorpo-

rados à prática, tentando se “acomo-

dar” como elementos agregadores.

Demorou um pouco para que isso

acontecesse, pois, muitas vezes, a

troca de ambiente provocava alguns

traumas, já que o trabalho demandava

mais tempo.

No entanto, esses recursos foram

se desenvolvendo e fazendo as pazes

com a forma tradicional de arranjar.

Muitos profissionais passaram a mis-

turar as duas práticas. Antigamente,

o músico escrevia um arranjo, que

tinha que ser copiado produzindo as

partes para todos os instrumentos,

lido para checar os erros e somente

depois começaria a montagem da

peça propriamente dita. Isso exigia

mais tempo dependendo de quem

estivesse envolvido. Atualmente, é

possível trabalhar em casa, fazer o

arranjo, conferir desde a concepção

até sua estruturação e edição, ouvi-lo

por meio de instrumentos virtuais,

enviar uma prova de áudio para o

maestro com a partitura, editar as

partes individuais e remeter esse tra-

balho por e-mail em formato PDF.

EXPERIêNcIA

Tenho feito isso com frequência

na Orquestra Heliópolis do Instituto

Baccarelli desde 2007 - quando recebi

o convite para ser arranjador residente

da casa - e as montagens tem transcor-

rido com muita tranquilidade. Já acon-

teceu, inclusive, de um artista querer

modificar o trabalho no dia anterior da

realização do show. Em outra época,

isso seria muito complicado, mas

como utilizo softwares, consegui fazer

essas alterações no intervalo do ensaio

e voltarmos na segunda parte para ler

a nova versão. Comecei a lidar com

informática praticamente junto com

arranjos, com a banda Heartbreakers,

em 1997, quando me foi apresentado

o Notator no velho e bom Atari. Infe-

lizmente, não fiz parte da geração de

papel e lápis. Essa foi a época de ouro

dos arranjos para grandes formações

como as orquestras de TV e rádio dos

anos 50 e 60. Ali, há algo a mais, dife-

rente na concepção.

Mas é preciso ser flexível para to-

das as possibilidades de fazer música.

Existe muito a prática em conjunto

com outras pessoas. Trabalho com

Zizi Possi desse modo desde 1990

juntamente com todos os amigos que

participaram dos projetos com ela no

decorrer desses 20 anos. Em 2001,

coloquei o sequencer de forma mais

presente na concepção dos arranjos,

pois ele permite a audição e a ma-

nipulação do material por todos e o

registro dos ensaios e das partes. Isso

facilitou a tarefa. No mais recente pro-

jeto de Zizi, chamado Canto e Contos,

fizemos 12 shows diferentes em três

meses. Foram quase 200 arranjos e

adaptações. Se não fosse o software

sequenciador gravando os ensaios e

o de notação editando as partes, não

sei se conseguiríamos.

Embora essas sejam algumas das

inúmeras formas de trabalhar com

arranjo nos dias atuais, é importante

que cada um desenvolva seu próprio

método, seja ele tradicional ou mo-

derno. Porque, ao fim, não importa o

processo, mas sim a ideia.

48 Música & Imagem

Jether Garotti Jr

Pianista, clarinetista, arranjador,

vocalista e mestre em música po-

pular pela Unicamp (Universidade

Estadual de Campinas), além de

ser arranjador da cantora Zizi Possi

há 20 anos e da Orquestra Sinfô-

nica Heliópolis. É parceiro Roland

desde 1994.

Educação

49Música & Imagem

Uma apresentação planejada e bem executada pode fazer mais pelo desenvolvimento do músico que qualquer outro evento. A preparação para um recital proporciona um objetivo com prazo definido, o que pode realçar o conteúdo

e a seriedade dos estudos. Além disso, essa exposição dá uma amostra da realidade profissional.As decisões necessárias para planejar um recital são numerosas. Confira as principais:

Prepare uma apresentação

1. Comece a preparar o recital com antecedência de três ou quatro meses.A. Escolha o repertório de acordo com

suas habilidades, necessidades e preferências. Inclua composições usuais, além de obras novas para você e para o público;

B. Considere uma duração de 60 a 90 minutos para o concerto (45 a 65 minutos de música);

C. Agende com os músicos as datas e os horários dos ensaios e do recital. Exija envolvimento de todos;

D. Adquira uma partitura de todo o repertório e faça uma cópia de cada parte.

2. Estude a música detalhada-mente. A. Ouça diversas gravações das peças

escolhidas, estude outras edições e faça anotações;

B. Identifique-se com cada uma das peças, criando familiaridade com elas.

3. Pratique a peça no seu lugar de estudo.A. Use a imaginação para criar a apa-

rência e a sensação do público e da sala de concerto. Entre em seu ambiente de estu-do, ande confiante em direção à estan-te de partituras (se possível, diante de um espelho), sorria, agradeça e toque a música completa. Tudo isso é parte da

apresentação, portanto, pratique todos os movimentos.

4. Faça ensaios gerais o quanto antes, com, no mínimo, 60 dias de antecedência.

A. Agende aulas com um professor, quando apropriado;

B. Planeje passagens informais de to-das as peças duas ou três semanas antes do recital;

C. Registre seus ensaios gerais e execuções informais. Ouça e dis-cuta esse material com os outros participantes. Faça a mesma coisa, com uma gravação profissional.

5. Prepare o programa e a publicida-de com, no mínimo, três semanas de antecedência.A. Estude os aspectos das peças e

dos compositores;B. Prepare um programa acurado com

nomes completos dos composito-res, datas e números de opus, além dos nomes de todos os movimen-tos ou seções de cada obra;

C. Inclua uma lista dos nomes e ins-trumentos dos participantes;

D. Inclua algum dado interessante sobre cada peça. É recomendável também fornecer informações

verbais durante o recital;E. Os programas devem sempre ser

guardados, já que, provavelmente, serão mencionados mais adiante em sua carreira;

F. Faça publicidade do evento com antecedência de uma a três se-manas.

6. Agende um ensaio geral, incluindo todos os participantes do recital, na sala de concerto, na semana que antecede o evento. Procure tocar todas as peças na ordem em que serão executadas. A. Decida uma posição (sentado ou

em pé) para cada peça, levando em consideração a acústica e a aparência. Procure ter na plateia algum ouvinte que o ajude;

B. Discuta todos os aspectos de sua presença de palco, incluindo entrada, agradecimento, saída e retorno;

C. Você deve estar vestido de modo a demonstrar respeito pelo público, sem esquecer de estar de acordo com os outros participantes.

7. Faça um plano de estudo para os dois dias que antecedem o recital e para o dia do evento.

A. Não exagere nem pratique de menos. Procure manter um bom equilíbrio;B. Permaneça re-laxado, confiante, focado e entu-siasmado.

MiChael Kenneth alpert Iniciou seus estudos musicais aos 11 anos, for-mando-se em trompa na Universidade de Boston. Participou da Orquestra Sinfônica Municipal, da Orquestra Sinfônica Estadual e da Orquestra da Rádio e Televisão Cultura. Atualmente é primeiro trompista na Orquestra Jazz Sinfônica e professor de trompa no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Um recital é um evento audacioso e benéfico tanto em sua preparação quanto em sua realização

50 Música & Imagem

Fronteiras

50 Música & Imagem

Saga sinestésicaA interação entre as artes é fator determinante para a criação do universo ficcional do criador de Angus

Orlando Paes Filho é um dos mais

intrigantes nomes da atualidade. Escri-

tor, teve sua obra de estreia, Angus,

O Primeiro Guerreiro, na lista dos livros

mais vendidos dos anos de 2003 e 2005.

Esse sucesso conquistou 35 países,

entre eles Rússia, China, Japão, Canadá,

Grécia e Itália, além da América Latina.

Outros 16 títulos se seguiram, compon-

do um invejável portfólio baseado em

fatos históricos da época das cruzadas.

“Na literatura, meu contato direto foi

com o universo da ficção”, confessa.

Como ilustrador, além de produzir as

imagens de suas obras, foi diretor do

NW Studio e criou artes para Disney,

Marvel e DC Comics. Atualmente, de-

senvolve o primeiro Atlas Brasileiro de

Anatomia e aperfeiçoa seus estudos de

ilustração anatômica.

Em relação à música, iniciou seus

estudos aos 11 anos e foi o primeiro

aluno do Prof. Dr. Conrado Silva. Pros-

seguiu o aprendizado em piano clássico,

ópera e composição com educadores

como Carmo Barbosa, Hans-Joachim

Koellreutter, Ulla Wolf e Petro Maranca.

“Na adolescência, fiz contato com o

rock progressivo.”

A simbiose entre as artes parece

fazer parte da história do autor desde

muito cedo. “Nunca separei as formas

de arte ou expressão, sendo a música

a inspiradora da literatura”, diz. “Diante

dela, desaceleramos e mergulhamos

dentro do ser perdido: nós.”

Graças a essa visão, conseguiu

compor uma obra sinestésica que

surpreende, cativa e emociona a todos

que a ela têm acesso. “Angus

é como uma ópera. Precisa

ser ilustrada para mostrar um

pouco do cenário histórico e

ficcional”, explica. “Mas, para

estar completa, é necessário

também ter sua trilha sonora,

algo que venho compondo.”

Como a música auxilia seu processo criativo?

A música dispara cenas

mentais que servem tanto para as

obras literárias, como para o universo

imaginário. Propicia o ambiente de

mergulho e de introspecção para o

desenvolvimento da literatura ou da

ficção. Ela funciona como veículo de

transporte ou de ambiência. Nela,

conseguimos o que denomino divórcio

psíquico da lavagem cerebral contínua

manipulada pelo sistema.

Em quais projetos a música teve papel fundamental?

No lançamento do áudiolivro Angus,

O Primeiro Guerreiro. As músicas ser-

viram de fundo para os capítulos locu-

tados por atores. Também no projeto da

banda Krusader, que faz a versão rock

para a obra Angus, e no CD As Cruza-

das de minha autoria. Outra ocasião

importante foi um pocket show em que

executamos peças bizantinas e grego-

rianas dos séculos 10 e 11 com leitura

eletrônica moderna. Foi uma apresen-

tação em que utilizei teclados Roland

V-Synth e Fantom-X7 em parceria com

Sérgio Terranova, que me acompanhou

com Fantom-X8 e SH-201.

Qual seu setup atual?Teclados Roland V-Synth, Fantom-

X7, JP-8000, VP-770 e XV-88, placa

Edirol UA-25 e software Sonar 8. Conto

também com uma ilha de edição Edirol

DV-7 e Video Editing Controller Edirol,

além de placas de expansão Roland

V-Card e SRX.

Por que prefere equipamentos Roland?

Pela linha completa e contínua,

assim como suas expansões, em es-

pecial as placas SRX. E também pela

variedade e especificidade das séries

de teclados.

Quais as vantagens dos equipa-mentos da marca?

A primeira é a Roland estar no Brasil

com uma base sólida. Seu histórico tem

forte ligação com a música eletrônica.

Além disso, a empresa produz manuais

em português, possui assistência

técnica, tem apresentações em vídeo,

conta com um showroom aberto e

aulas específicas com seus técnicos. A

Roland vende e entrega seu produto e

possui todos os periféricos e expansões

à venda no Paísl. (Nilton Corazza)

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51Música & Imagem