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JPN.pt País: Portugal Period.: Diária Âmbito: Online Pag.: 1 de 2 ID: 42033767 29-05-2012 29 de Maio 2012, Ter ç a-Feira Tecnologia: Empresa portuguesa relaciona internautas atrav és da música Por Marta Portocarrero - [email protected] Publicado: 29.05.2012 | 09:48 (GMT) Marcadores: Cultura , Facebook , Internet , M ú sica , Tecnologia São muitos os sites e aplica ções dedicados aos amantes da música. O Musikki é português e é um deles. O motor de busca musical tem uma aplicação no Facebook que permite saber o que os amigos est ão a ouvir. Musikki é um nome português que alia a música à tecnologia e que pretende ser um produto global. A empresa de João Afonso, Juliana Teixeira e Pedro Almeida nasceu em Aveiro no início de 2012, mas a equipa j á pensava no projeto antes. Criaram um motor de busca musical , a que juntaram, posteriormente, uma aplica çã o no Facebook e, assim, arrecadaram pr émios em v árias competi çõ es. "A tecnologia era o meu dia-a-dia, mas sempre gostei muito de música", refere Jo ão Afonso, mestre em Comunica ção Multimédia pela Universidade de Aveiro, mas que j á trabalhou em rádios e teve uma loja de música independente. "A certa altura, achei que poderia ser importante não nos basearmos s ó na informação que uma editora ou banda disponibilizam, mas aproveitarmos o que todos partilham", esclarece. E foi deste pensamento que surgiu, em novembro de 2010, o primeiro prot ótipo online, a propósito do concurso ZON Multimédia, com vista a angariar investimento para "trabalhar a sério neste conceito". A primeira competi ção não correu bem, mas, "de boca em boca, o projeto come çou a ser conhecido, mais l á fora do que c á". "Então, decidimos procurar outros concursos", conta Jo ão Afonso. A competir com os melhores Encontraram competi çõ es que lhes reconheceram mérito como o ISCTE-MIT Venture Competition e o Movimento SIM da Samsung. Venceram a primeira e alcançaram o 2. º lugar na última. Em setembro de 2011, venceram a primeira meia-final e ganharam 100 mil euros para investir no desenvolvimento da empresa. Este desenvolvimento traduziu-se, sobretudo, na aplica ção Musikki Social Player para o Facebook, que lhes garantiu a vit ória na final e a oportunidade de investir mais 100 mil euros no negócio de música na web e passar duas semanas no MIT, em Boston, a aprender mais sobre tecnologia. "Tinha um amigo que não percebia por que tinha de ouvir cada vídeo separado no Facebook e não podia selecionar os amigos que desejava ouvir e carregar em 'play'", conta João. A Musikki decidiu explorar a ideia e incluiu algumas funcionalidades, como a possibilidade de adicionar páginas de bandas e r ádios às prefer ências dos outros utilizadores e de, 80 a 90% das vezes, identificar a música que est á a tocar. "Damos a mesma informação do motor de pesquisa dentro do Facebook. Quando um amigo partilha uma música que nós não conhecemos, basta olhar para baixo e ver o disco da banda, os pr óximos concertos ou saber onde comprar", esclarece. Portugal como ponto de partida A equipa, que j á conta com nove elementos, est á sediada em Aveiro e, embora v á abrir um escrit ório em Boston para estar mais perto de potenciais investidores, não pretende abrir mão da cidade portuguesa. "Conhecemos bem a regi ão, estamos perto de casa e da praia. E se precisarmos de ir a reuni ão ao Porto ou a Lisboa também é perto", afirma João Afonso. "Queremos manter a parte de desenvolvimento em Portugal, se poss ível em Aveiro", refor ça. No futuro, a Musikki deseja continuar a crescer como empresa e tornar-se um produto global. "Somos humildes, mas achamos que temos qualidade naquilo que fazemos e que podemos estar ao nível das grandes empresas mundiais", afirma Jo ão Afonso. "Pode correr mal, mas tentar não faz mal nenhum", sublinha. Dentro de duas semanas, vai ser lançada uma vers ão mais robusta e mais r ápida do que a anterior e, aos poucos, ser á poss ível pesquisar por banda, álbum, música e concerto ou A empresa de Aveiro vai apostar na internacionaliza ção FOTO: DR

Musikki relaciona internautas através da música

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Page 1: Musikki relaciona internautas através da música

JPN.pt País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Online

Pag.: 1 de 2ID: 42033767 29-05-2012

ERC ISSN 1646-3064

29 de Maio 2012, Ter ça -Feira

Tecnologia: Empresa portuguesa relaciona internautas através da música

Por Marta Portocarrero - [email protected]

Publicado: 29.05.2012 | 09:48 (GMT)

Marcadores: Cultura , Facebook , Internet , Música ,

Tecnologia

São muitos os sites e aplicações

dedicados aos amantes da música. O

Musikki é português e é um deles. O

motor de busca musical tem uma

aplicação no Facebook que permite

saber o que os amigos estão a ouvir.

Musikki é um nome português que alia a música à tecnologia e que pretende ser um produto

global. A empresa de João Afonso, Juliana Teixeira e Pedro Almeida nasceu em Aveiro no

início de 2012, mas a equipa já pensava no projeto antes. Criaram um motor de busca musical, a

que juntaram, posteriormente, uma aplicação no Facebook e, assim, arrecadaram prémios em

várias competições.

"A tecnologia era o meu dia-a-dia, mas sempre gostei muito de música", refere João Afonso,

mestre em Comunicação Multimédia pela Universidade de Aveiro, mas que já trabalhou em

rádios e teve uma loja de música independente. "A certa altura, achei que poderia ser

importante não nos basearmos só na informação que uma editora ou banda disponibilizam, mas

aproveitarmos o que todos partilham", esclarece.

E foi deste pensamento que surgiu, em novembro de 2010, o primeiro protótipo online, a

propósito do concurso ZON Multimédia, com vista a angariar investimento para "trabalhar a

sério neste conceito". A primeira competição não correu bem, mas, "de boca em boca, o projeto

começou a ser conhecido, mais lá fora do que cá". "Então, decidimos procurar outros

concursos", conta João Afonso.

A competir com os melhores

Encontraram competições que lhes reconheceram mérito como o ISCTE-MIT Venture

Competition e o Movimento SIM da Samsung. Venceram a primeira e alcançaram o 2.º lugar na

última. Em setembro de 2011, venceram a primeira meia-final e ganharam 100 mil euros para

investir no desenvolvimento da empresa.

Este desenvolvimento traduziu-se, sobretudo, na aplicação Musikki Social Player para o

Facebook, que lhes garantiu a vitória na final e a oportunidade de investir mais 100 mil euros

no negócio de música na web e passar duas semanas no MIT, em Boston, a aprender mais sobre

tecnologia. "Tinha um amigo que não percebia por que tinha de ouvir cada vídeo separado no

Facebook e não podia selecionar os amigos que desejava ouvir e carregar em 'play'", conta

João.

A Musikki decidiu explorar a ideia e incluiu algumas funcionalidades, como a possibilidade de

adicionar páginas de bandas e rádios às preferências dos outros utilizadores e de, 80 a 90% das

vezes, identificar a música que está a tocar. "Damos a mesma informação do motor de pesquisa

dentro do Facebook. Quando um amigo partilha uma música que nós não conhecemos, basta

olhar para baixo e ver o disco da banda, os próximos concertos ou saber onde comprar",

esclarece.

Portugal como ponto de partida

A equipa, que já conta com nove elementos, está sediada em Aveiro e, embora vá abrir um

escritório em Boston para estar mais perto de potenciais investidores, não pretende abrir mão

da cidade portuguesa. "Conhecemos bem a região, estamos perto de casa e da praia. E se

precisarmos de ir a reunião ao Porto ou a Lisboa também é perto", afirma João Afonso.

"Queremos manter a parte de desenvolvimento em Portugal, se poss ível em Aveiro", reforça.

No futuro, a Musikki deseja continuar a crescer como empresa e tornar-se um produto global.

"Somos humildes, mas achamos que temos qualidade naquilo que fazemos e que podemos estar

ao nível das grandes empresas mundiais", afirma João Afonso. "Pode correr mal, mas tentar

não faz mal nenhum", sublinha.

Dentro de duas semanas, vai ser lançada uma versão mais robusta e mais rápida do que a

anterior e, aos poucos, será possível pesquisar por banda, álbum, música e concerto ou

consultar um "music journal". A imagem também deverá mudar. "Não queremos criar uma

coisa complicada que afaste os utilizadores. Preferimos ir introduzindo as aplicações aos

poucos, até para criar novidade", remata.

Outros serviços musicais à distância de um clique

Na Internet, existem bastantes exemplos de sites e funcionalidades em torno da música. O

Shazam é um serviço de identificação musical, que, através de um excerto musical, encontra a

canção correspondente e disponibiliza ao utilizador informações sobre o artista e o álbum.

Deteta canções de rádio, televisão, cinema e música ambiente, mas apenas pré-gravadas. O

Soundhound é semelhante, mas fornece, igualmente, ao utilizador a letra da canção detetada. O

Gracenote - Music ID Stream insere-se nesta categoria e possui a maior base de dados online

com mais de 28 milhões de registos.

Já o Midomi é um pouco diferente. A aplicação consegue detetar a música através dos 10

segundos que o utilizador canta, trauteia ou assobia para o microfone do computador ou

telemóvel.

Quanto ao Musipedia, trata-se de uma enciclopédia de peças musicais que podem ser

pesquisadas de diversas formas: através de um microfone ou tocando algumas notas num piano,

imitando o ritmo da melodia no rato do computador ou posicionando as notas numa pauta

virtual.

Ligar a esta not ícia (trackback): http://jpn.icicom.up.pt/trackback/11995

Por

A empresa de Aveiro vai apostar na

internacionalização

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Publicado: 29.05.2012 | 09:48 (GMT)

Marcadores: Cultura , Facebook , Internet , Música ,

Tecnologia

São muitos os sites e aplicações

dedicados aos amantes da música. O

Musikki é português e é um deles. O

motor de busca musical tem uma

aplicação no Facebook que permite

saber o que os amigos estão a ouvir.

Musikki é um nome português que alia a música à tecnologia e que pretende ser um produto

global. A empresa de João Afonso, Juliana Teixeira e Pedro Almeida nasceu em Aveiro no

início de 2012, mas a equipa já pensava no projeto antes. Criaram um motor de busca musical, a

que juntaram, posteriormente, uma aplicação no Facebook e, assim, arrecadaram prémios em

várias competições.

"A tecnologia era o meu dia-a-dia, mas sempre gostei muito de música", refere João Afonso,

mestre em Comunicação Multimédia pela Universidade de Aveiro, mas que já trabalhou em

rádios e teve uma loja de música independente. "A certa altura, achei que poderia ser

importante não nos basearmos só na informação que uma editora ou banda disponibilizam, mas

aproveitarmos o que todos partilham", esclarece.

E foi deste pensamento que surgiu, em novembro de 2010, o primeiro protótipo online, a

propósito do concurso ZON Multimédia, com vista a angariar investimento para "trabalhar a

sério neste conceito". A primeira competição não correu bem, mas, "de boca em boca, o projeto

começou a ser conhecido, mais lá fora do que cá". "Então, decidimos procurar outros

concursos", conta João Afonso.

A competir com os melhores

Encontraram competições que lhes reconheceram mérito como o ISCTE-MIT Venture

Competition e o Movimento SIM da Samsung. Venceram a primeira e alcançaram o 2.º lugar na

última. Em setembro de 2011, venceram a primeira meia-final e ganharam 100 mil euros para

investir no desenvolvimento da empresa.

Este desenvolvimento traduziu-se, sobretudo, na aplicação Musikki Social Player para o

Facebook, que lhes garantiu a vitória na final e a oportunidade de investir mais 100 mil euros

no negócio de música na web e passar duas semanas no MIT, em Boston, a aprender mais sobre

tecnologia. "Tinha um amigo que não percebia por que tinha de ouvir cada vídeo separado no

Facebook e não podia selecionar os amigos que desejava ouvir e carregar em 'play'", conta

João.

A Musikki decidiu explorar a ideia e incluiu algumas funcionalidades, como a possibilidade de

adicionar páginas de bandas e rádios às preferências dos outros utilizadores e de, 80 a 90% das

vezes, identificar a música que está a tocar. "Damos a mesma informação do motor de pesquisa

dentro do Facebook. Quando um amigo partilha uma música que nós não conhecemos, basta

olhar para baixo e ver o disco da banda, os próximos concertos ou saber onde comprar",

esclarece.

Portugal como ponto de partida

A equipa, que já conta com nove elementos, está sediada em Aveiro e, embora vá abrir um

escritório em Boston para estar mais perto de potenciais investidores, não pretende abrir mão

da cidade portuguesa. "Conhecemos bem a região, estamos perto de casa e da praia. E se

precisarmos de ir a reunião ao Porto ou a Lisboa também é perto", afirma João Afonso.

"Queremos manter a parte de desenvolvimento em Portugal, se poss ível em Aveiro", reforça.

No futuro, a Musikki deseja continuar a crescer como empresa e tornar-se um produto global.

"Somos humildes, mas achamos que temos qualidade naquilo que fazemos e que podemos estar

ao nível das grandes empresas mundiais", afirma João Afonso. "Pode correr mal, mas tentar

não faz mal nenhum", sublinha.

Dentro de duas semanas, vai ser lançada uma versão mais robusta e mais rápida do que a

anterior e, aos poucos, será possível pesquisar por banda, álbum, música e concerto ou

consultar um "music journal". A imagem também deverá mudar. "Não queremos criar uma

coisa complicada que afaste os utilizadores. Preferimos ir introduzindo as aplicações aos

poucos, até para criar novidade", remata.

Outros serviços musicais à distância de um clique

Na Internet, existem bastantes exemplos de sites e funcionalidades em torno da música. O

Shazam é um serviço de identificação musical, que, através de um excerto musical, encontra a

canção correspondente e disponibiliza ao utilizador informações sobre o artista e o álbum.

Deteta canções de rádio, televisão, cinema e música ambiente, mas apenas pré-gravadas. O

Soundhound é semelhante, mas fornece, igualmente, ao utilizador a letra da canção detetada. O

Gracenote - Music ID Stream insere-se nesta categoria e possui a maior base de dados online

com mais de 28 milhões de registos.

Já o Midomi é um pouco diferente. A aplicação consegue detetar a música através dos 10

segundos que o utilizador canta, trauteia ou assobia para o microfone do computador ou

telemóvel.

Quanto ao Musipedia, trata-se de uma enciclopédia de peças musicais que podem ser

pesquisadas de diversas formas: através de um microfone ou tocando algumas notas num piano,

imitando o ritmo da melodia no rato do computador ou posicionando as notas numa pauta

virtual.

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