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Mutações
SÍNDROMES DE PREDISPOSIÇÃO AO CÂNCER E MECANISMOS DE REPARO DO
DNA
Profa. Dra. Ana Elizabete Silva
SOBREVIVÊNCIA E REPRODUÇÃO ESTABILIDADEGENÉTICA
REPLICAÇÃO PRECISA DO DNA
REPARO DO DNA
Aberrações cromossômicas: mudança no genoma
Mutações no DNA: doenças genéticas (câncer)
Falhas
MUTAÇÃO: qualquer mudança na sequência de nucleotídeos ou
arranjo do DNA
Células germinativas: Mutação herdável
Células somáticas: Mutação somática
•Mutações genômicas: numéricas (aneuploidias)
•Mutações cromossômicas: estruturais
•Mutações gênicas: mutação de ponto-Mutação de sentido trocado (missense)-Mutação sem sentido (nonsense)-Mutação de processamento de RNA:destroem sítios
consenso de corte; cap, poliadenilação, criam sítios crípticos: códons finalizadores e mudança de matriz de leitura (frameshift)
-Mutações reguladoras: afetam a ligação de fator de transcrição e controle transcricional
CLASSIFICAÇÃO DAS MUTAÇÕES
BASE MOLECULAR DAS BASE MOLECULAR DAS MUTAÇÕES GÊNICASMUTAÇÕES GÊNICAS
Mutações Mutações espontâneasespontâneas
Mutações Mutações induzidasinduzidas
Agente Agente mutagênmutagên
icoico
naturnaturaisais
MUTAÇÃO ESPONTÂNEA ausência de um tratamento com mutágeno: fonte de
variação genética Frequência baixa: uma célula em 105 a 108
Mecanismos: erros na replicação do DNA lesões espontâneas: desaminação, depurinação e danos
oxidativos (radicais superóxido-O2; peróxido de hidrogênio- H2O2; radicais hidroxila-OH)
elementos genéticos de transposição
C→U transição GC →AT
Perda de base púrica A e G
•PERDA DE BASES:
Depurinação: 5.000 bases púricas (A e G)/dia/célula
Desaminação: 100 bases C >U/dia/célula
•REPLICAÇÃO: DNA pol: 1 base errada na cadeia filha/10 milhões pb
•REVISÃO DE PROVA “PROOFREADING”: corrige 99,9% dos erros de replicação
•TAXA DE MUTAÇÃO (erros de replicação): muito baixa 10-10 por pb/divisão
•GENOMA DIPLÓIDE HUMANO: ~ 6x109 pb do DNA → menos 1 mutação de pb/divisão
LESÕES ESPONTÂNEAS: ERROS DE REPLICAÇÃO DO DNA
PREVENÇÃO DE ERROS
Alguns sistemas enzimáticos neutralizam compostos potencialmente danosos, antes que reajam com o DNA
Exemplos: desintoxicação de radicais superóxido produzidos durante os danos oxidativos
a- Enzima superóxido dismutase catalisa a conversão dos radicais superóxido peróxido de hidrogênio
b- Enzima catalase converte peróxido de hidrogênio em água
MUTAÇÕES INDUZIDAS
Agentes químicos:
•Análogos de bases: 5-BrdU
•Alcilantes: EMS
•Intercalantes: acridina orange
Agentes físicos:
•Radiação UV
•Radiação ionizante: raios X, gama
Agentes biológicos:
•Vírus mutação insercional
TERMINOLOGIA Agentes genotóxicos: atuam sobre o genoma Mutagênicos: causam mutações de ponto Clastogênicos: causam alterações na estrutura
cromossômica Carcinogênicos: aumentam o risco de
aparecimento de tumores Turbagênicos (aneugênicos): atuam nos
processos envolvidos no fuso celular (aneuploidias)
Citotóxicos: morte celular
MUTAGENICIDADE: PRODUTOS NATURAIS
“Se bem não fizer, mal não faz?” Virtualmente, todas as substâncias químicas podem
causar efeitos adversos à saúde quantidade absorvida e metabolismo
Portaria do Ministério da Saúde/2000: todos os fitoterápicos devem ser estudados quanto ao seu potencial mutagênico
Resultados positivos: Aloe vera (babosa)Schinus terebintifolius (aroeira)Ocotea dukei (louro-de-cheiro)
AGENTES MUTAGÊNICOS: ALIMENTOS NATURAIS
Compostos sintetizados pelos vegetais:
-alcalóides: morfina, papaverina e narcotina:
extraídas do ópio da papoula
-cafeína e teofilina: chás e café
-folhas e raízes de confrey: hepatocarcinoma
-aji-no-moto: glutamato de monossódico (cana-de-
açúcar)
-própolis: contém quercetina (flavonóide)
ALIMENTOS PROCESSADOS Frituras de alimentos e torrefação:formam HAP
Rancificação de óleos (aquecimento sucessivo):
formam HAP
Armazenamento de grãos: contaminação por fungos
-aflatoxina: Aspergillus flavus
(amendoim)
-furocumarinas: contidas em cogumelos
Conservantes: nitratos e nitritos
Quebra a ligação entre a base e o açúcar sítio apurínico
PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA AO CÂNCER
SÍNDROMES DO CÂNCER HEREDITÁRIO:
•Herança de um gene mutante (supressor de tumor)
•Mutação do 2o. alelo nas células somáticas
•Padrão autossômico dominante
•Manifestação do câncer na infância, tumores múltiplos e bilaterais
CÂNCERES FAMILIAIS:
•Ocorrem mais frequentemente em algumas familias, sem um padrão de herança bem definido
•Dois ou mais parentes próximos afetados
•Herança multifatorial??? Alelos múltiplos contribuindo com pequeno aumento no risco do tumor
•Instalação precoce do câncer, tumores múltiplos e bilaterais
SÍNDROMES DO REPARO DEFEITUOSO DO DNA:
•Instabilidade do DNA defeitos no reparo do DNA Síndromes de instabilidade cromossômica
•Padrão autossômico dominante
REPARO DO DNAREPARO DO DNA
Reparar danos no DNA surgidos Reparar danos no DNA surgidos espontaneamente ou induzidos por espontaneamente ou induzidos por mutágenosmutágenos
• Reparo de pareamento errôneoReparo de pareamento errôneo
• Reparo diretoReparo direto
• Reparo de excisão de basesReparo de excisão de bases
•Reparo de excisão de nucleotídeosReparo de excisão de nucleotídeos
• Reparo de quebras de fita dupla no Reparo de quebras de fita dupla no DNA DNA
LESÕES RETARDAM PROGRESSÃO DO CICLO CELULAR
Danos DNA
Bloqueio do
ciclo celular
(Checkpoint)
Reparo do DNA
Apoptose
Proteína ATMIdentifica lesão no DNA
Sinal p/ p53 → Ativar Genes Reparo DNA
• reparo pós-replicação: bases incorporadas erroneamente no DNA durante a replicação (DNA pol: 1 base errada na cadeia filha/10 milhões pb)REVISÃO DE PROVA “PROOFREADING”: corrige 99,9% dos erros de replicação
• eliminação de bases mal pareadas e alças de deleção/inserção• atua na cadeia recém-sintetizada
•genes MSH, MLH e PMS → → as as proteínas formam complexos (heterodímeros)proteínas formam complexos (heterodímeros)
Deslizamentos da DNA Deslizamentos da DNA polimerase: regiões de polimerase: regiões de microssatélitemicrossatélite
REPARO DE PAREAMENTO ERRÔNEO REPARO DE PAREAMENTO ERRÔNEO
MISMATCH REPAIR - MMRMISMATCH REPAIR - MMR
Câncer de cólon não-poliposo Câncer de cólon não-poliposo familial:familial:-manifestação <45 anos-manifestação <45 anos-pelo menos 3 parentes afetados-pelo menos 3 parentes afetados-mutações em mutações em MLH1 e MSH2MLH1 e MSH2 são são mais comunsmais comuns-70 a 85% de risco70 a 85% de risco
Mutações em genes MMR segregam com a síndrome de predisposição ao câncer colorretal não polipose (HNPCC) maioria dos pacientes são heterozigotos para mutações recessivas na linhagem germinativa em genes MMR (MLH, MSH, PMS)células tumorais sofrem perda do alelo normal e exibem instabilidade de microssatélites números variáveis de repetições de microssatélites nas células tumorais
REPARO DE PAREAMENTO ERRÔNEOREPARO DE PAREAMENTO ERRÔNEO
GG
AA
5’ 3’
Cadeia filhaCadeia filha
Cadeia Cadeia parentalparental
Base errada
MSH3
Reconhecimento Reconhecimento do dano e corte do dano e corte na cadeia filhana cadeia filha
GG
AAMSH2MSH2
MSH6
AA
GG Excisão de Excisão de fragmento de 100 fragmento de 100
a 1000pb a 1000pb contendo a base contendo a base
incorretaincorreta
Fita reparadaFita reparadaTT
AA
MLH2 PMS2
Síntese de DNA e Síntese de DNA e ligação da fita ligação da fita reparadareparada
AA
DNA pol DNA pol //
DNA ligase
• reversão ativa da lesão → sem retirar a reversão ativa da lesão → sem retirar a base danificadabase danificada
• OO66-metilguanina -metilguanina → transição G:C para A:T→ transição G:C para A:T (produzida endogenamente ou mutagênicos (produzida endogenamente ou mutagênicos químicos)químicos)
•Enzima MGMT (metil guanina metiltransferase)Enzima MGMT (metil guanina metiltransferase) → → remove o grupo metilremove o grupo metil
• alto custo energético → uma molécula alto custo energético → uma molécula da enzima é inativada para cada lesão da enzima é inativada para cada lesão corrigidacorrigida
REPARO DIRETOREPARO DIRETO
O6-metil guaninaO6-etil guaninaE.coli e mamíferos
Reparadas pela O6-metilguanina
DNA metiltransferases(MGMT)
Transfere grupo alquil (metila) para uma cisteína da proteína
A proteína é inativada:
não é classificada como uma enzima
REPARO DIRETOREPARO DIRETO
GG
CC
Agente Agente alquilaalquilantente
GG
CC
CHCH33
O6-Metilguanina
GG
CC
MGMMGMTT
CHCH33
DNA DNA restaurado e restaurado e
enzima enzima inativainativa
GG
CC
CHCH33Reconhecimento Reconhecimento
da base alterada e da base alterada e transferência do transferência do grupo metil para grupo metil para
resíduo de resíduo de cisteína da MGMTcisteína da MGMT
Reparo Reparo DiretoDireto
MGMMGMTT
ETAPAS COMUNS
etapa 1 = incisão (endonuclease) e excisão (exonuclease)
etapa 2 = ressíntese do DNA (DNA polimerases β, δ, ε)
etapa 3 = ligação das extremidades (DNA ligases)
REPAROS DE EXCISÃO
REPARO POR EXCISÃO DE REPARO POR EXCISÃO DE BASES - BERBASES - BER
• reparo de danos causados por agentes endógenos (hidrólises, oxigênio reativo) que modificam a estrutura das bases
• reparo de danos induzidos por radiação ionizante e agentes alcilantes
• rrealizado pelas DNA glicosilases: cada DNA glicosilase (~8 genes diferentes) reconhece uma base alterada no DNA e catalisa sua remoção por hidrólise
-quebram ligações base-açúcar
- liberam as bases gerando sítios apurínicos ou apirimidínicos (sítios AP)
- sítio reparado por endonucleases específica
REPARO POR EXCISÃO DE REPARO POR EXCISÃO DE BASES - BERBASES - BER
•Etapas:
• remoção da base danificada (DNA glicosilase) sítio AP
• incisão do sítio AP na porção 5’ (endonuclease)
• excisão do terminal 5’ e remoção (exonuclease) gerando lacuna de 1 nucleotídeo (via curta) ou 2-13 nucleotídeos (via longa)
• síntese DNA (DNA polimerase)
• ligação da cadeia (DNA ligase)
REPARO POR EXCISÃO DE REPARO POR EXCISÃO DE BASES - BERBASES - BER
*
Base danificada
DNA DNA glicosilasglicosilas
ee
ReconhecimenReconhecimento e formação to e formação
do sítio APdo sítio AP
APE1
ReconhecimenReconhecimento e incisão 5’ to e incisão 5’
do sítio APdo sítio AP
XRCCXRCC11
DNA DNA polpol
Excisão da Excisão da porção açúcar-porção açúcar-P e síntese de P e síntese de
DNADNA
XRCCXRCC11
DNA DNA ligase ligase
IIIIII
Ligação da Ligação da cadeiacadeia
Short-patch Short-patch
Quebra de cadeia simples
XRCCXRCC11
PARPPARPReconhecimReconhecim
ento da ento da quebraquebra
PNKPNK Incisão 5’Incisão 5’
PCNPCNAA
DNA polDNA pol
FENFEN11 Síntese Síntese
DNA e DNA e excisãoexcisão
DNA DNA ligase Iligase I
Long-patchLong-patch
Ligação Ligação da da
cadeiacadeia1 nucleotídeo
2-13 nucleotídeos
REPARO POR EXCISÃO DE REPARO POR EXCISÃO DE NUCLEOTÍDEOS - NUCLEOTÍDEOS - NERNER
• remoção de adutos no DNA remoção de adutos no DNA distorção da distorção da dupla hélicedupla hélice
• dímeros de pirimidina, HAP, cisplatinadímeros de pirimidina, HAP, cisplatina
• fatores ambientaisfatores ambientais
• principal mecanismo de reparoprincipal mecanismo de reparo
• deficiência: doenças genéticasdeficiência: doenças genéticas
•realizado pelo complexo multienzimático XPA-XPG
• remove 24-32 nucleotídeos
Xeroderma Pigmentoso Xeroderma Pigmentoso
-Mutações em XPA-XPGMutações em XPA-XPG
- 1000 a 4000X o risco de câncer de pele 1000 a 4000X o risco de câncer de pele exposição solar ou irradiação UVexposição solar ou irradiação UV
Etapas: Reconhecimento da lesão no DNA (complexo XPA-XPC)
ligam-se ao DNA danificado abertura da dupla hélice atividade de helicase
XPB e XPD Dupla incisão na cadeia danificada: 3’ (XPG) e 5’ (XPF) Excisão remoção do segmento de DNA Síntese de DNA DNA polimerase Ligação da cadeia DNA ligase
REPARO POR EXCISÃO DE REPARO POR EXCISÃO DE NUCLEOTÍDEOS - NUCLEOTÍDEOS - NERNER
Reparo por excisão de nucleotídeos (NER)
Reconhecimento dano (XPA-XPC)→ interação com TFIIH →atividade de helicase
ERCC1-XPF: endonuclease que corta a fita em 5’
XPG: endonuclease que corta a fita em 3’
DNA pol, PCNA, RPA e RFC: síntese da fita nova
Ligase
Fragmento 26-27 nucleotídeos
REPARO DE QUEBRAS NO DNA FITA REPARO DE QUEBRAS NO DNA FITA DUPLA DUPLA
• DSB (quebra fita dupla):DSB (quebra fita dupla): lesão espontânea lesão espontânea induzida por radicais de Oinduzida por radicais de O22 livres, replicação livres, replicação do DNA e agentes genotóxicos como a do DNA e agentes genotóxicos como a radiação ionizanteradiação ionizante
• causa de aberrações cromossômicascausa de aberrações cromossômicas
• Reparo homólogo (RH)Reparo homólogo (RH) pareamento com o cromossomo homólogo intacto
• Reparo de ligação das extremidades não- Reparo de ligação das extremidades não- homologa (NHEJ)homologa (NHEJ) religação direta das extremidades quebradas
REPARO DE QUEBRAS NO DNA FITA REPARO DE QUEBRAS NO DNA FITA DUPLA DUPLA
•Reparo homólogo (RH)Reparo homólogo (RH) Etapas
•Reconhecimento da quebra e pareamento do cromossomo homólogo intacto com o cromossomo que apresenta a quebra dupla
•Degradação das extremidades danificadas
•Deslocamento da cromátide-irmã intacta para o sítio a ser reparado
•A cromátide-irmã serve como molde para síntese de DNA restaura a sequência original
•Ligação das extremidades
REPARO HOMÓLOGOREPARO HOMÓLOGO
Radiação ionizante
CromátidCromátides irmãses irmãs
Quebra de Quebra de cadeia cadeia dupladupla
Degradação Degradação 5’-3’5’-3’Rad5Rad522
Rad
50 MRE1
1NBS1
BRCA1BRCA1 Rad54Rad54
Invasão Invasão da cadeiada cadeia
BRCABRCA22 Rad51Rad51
DNA DNA polpol
DNA DNA ligaseligase
Síntese de Síntese de DNA e ligação DNA e ligação das cadeiasdas cadeias
Reparo Reparo DNA com DNA com fidelidadefidelidade
ProcessamenProcessamento das to das
extremidadeextremidadess
LIGAÇÃO DAS EXTREMIDADES NÃO-LIGAÇÃO DAS EXTREMIDADES NÃO-HOMÓLOGASHOMÓLOGAS
DNA fita duplaDNA fita dupla
Agente Agente danificantedanificante
Quebra de cadeia Quebra de cadeia dupladupla
DNA DNA PKc1PKc1
KU80KU70
KU80KU70
XRCC4XRCC4
DNA ligase DNA ligase IVIV Ligação das Ligação das
extremidadextremidadeses
DNA reparado DNA reparado com baixa com baixa fidelidadefidelidade
http://www.sbbq.org.br/revista/mtdidaticos/Env.pdf
Xeroderma Pigmentoso
Síndrome de Cockaine
Tricotiodistrofia
Anemia de Fanconi
Ataxia telangiectasia
Síndrome de Bloom
SÍNDROMES DE INSTABILIDADE CROMOSSÔMICA
defeitos nos mecanismos de reparo e replicação do DNA
freqüência aberrações cromossômicas
incidência câncer
AR
Clínica
manifestações cutâneas (1,5 anos)
anomalias oculares (4 anos)
anomalias neurológicas (6 meses)
Xeroderma (pele seca)
Incidência:1/250.000 (USA); 1/40.000 (Japão)
Células XP: sensíveis a radiação UV indivíduos incapazes reparar dímeros TT: risco ↑ câncer de pele (2000x)
XP: defeito no reparo de excisão de nucleotídeos (NER)
XERODERMA PIGMENTOSO (XP)
grupos de complementação: XPA-XPG diferenças clínicas defeitos enzimáticos incapacidade de excisar danos induzidos pela luz UV e mutagênicos químicos
diagnóstico exposição a luz solar
tratamento proteção da pele da luz solar
chapéus
óculos que absorvem luz UV
bloqueadores solares
roupas protetoras
acompanhamento periódico por dermatologista
AR
Clínica
anemia
alterações da pigmentação da pele (64%)
baixa estatura (62%)
malformações do rádio (50%)
anomalias oculares (41%), renais (34%),
microcefalia (37%), deficiência mental (25%)
90% anemia aplástica
ANEMIA DE FANCONI (FA)
descrita 1927 Guido Fanconi
incidência: 1/22.000 a 1/476.000 indivíduos
8 grupos de complementação: FA-A, FA-B, FA-C, FA-D1, FA-D2, FA-E, FA-F e FA-G heterogeneidade genética
células FA: sensíveis à agentes químicos que causam ligações cruzadas entre as fitas de DNA:
-mitomicina C (MMC), diepoxibutano (DEB), mostarda nitrogenada (NM), cisplatina , ...
freqüência de neoplasias: leucemias e tumores hepáticos
quebras cromossômicas espontâneas, figuras tri, quadri e multiradiais,
figuras radiais endorreduplicação
AR
Clínica
peso ao nascimento
retardo de crescimento pré e pós-natal
(145 cm H; 130 cm M)
telangiectasias e fotossensibilidade (borboleta)
cabeça alongada, microcefalia, inteligência normal
imunodeficiência: infecções (respiratórias e gastrointestinais)
SÍNDROME DE BLOOM (SB)
Incidência: 1/58.000 judeus
asquenazim
figuras quadrirradiais
mutações no gene BLM 15q26.1 DNA helicase ( RecQ) papel na replicação e reparo do DNA por recombinação homóloga
Risco maior de câncer: carcinomas, leucemias e linfomas
AR
Clínica
-ataxia cerebelar (12-14 meses) disfunção neuromotora
-telangiectasia olhos e pele (3 e 5 anos) retardo de crescimento (70%)
incidência neoplasias (linfoma e leucemia linfóide) e imunodeficiências
incidência: 1/40.000
risco câncer de mama heterozigotos AT
ATAXIA TELANGIECTASIA (AT) SÍNDROME DE LOUIS-BAR
células AT sensíveis a radiação ionizante e agentes radiomiméticos (N-acetoxi-N-2-acetil-2-aminofluoreno - 4-NQO)
linfócitos AT rearranjos espontâneos dos cromossomos 7 e 14
4 grupos de complementação: A, C, D e E mutações gene ATM
gene ATM (11q22-23) proteína quinase reconhece a lesão no
DNA
ATM fosforila p53 parada no ciclo celular em G1 ou apoptose
mutações no gene ATM abolem mecanismo de reparo pré-síntese de DNA acúmulo de células com DNA lesado risco de transformação celular
PERSPECTIVAS
Polimorfismos em genes de reparo:
Variantes alélicas
Capacidade reduzida de reparo
Risco de câncer induzido por agentes ambientais
Interação gene x ambiente
Populações de risco