8
s miriÆpodes sªo artrópodes terrestres que apresentam corpo articulado, achatado ou vermiforme, com um ou dois pares de pernas em cada segmento. O grupo estÆ dividido em quatro classes: Chilopoda e Diplopoda, as mais importantes, e Pauropoda e Symphyla, raramente encontrados. No Brasil, entre as quatro ordens da classe Chilopoda, 50% das espØcies conhecidas correspondem a Scolopendromorpha, com a família Scolopendridae composta por 70 espØcies. Diplopoda apresenta grande diversidade de gŒneros e espØcies. Entre as 20 famílias dos diplópodes brasileiros, as mais estudadas sªo Leptodesmidae, Spirostreptidae e Rhinocricidae. EspØcimens pertencentes às classes Pauropoda e Symphila, sªo raras em coleçıes científicas no Brasil, impossibilitando uma avaliaçªo precisa quanto à sua distribuiçªo. Os miriÆpodes estªo mal representados em coleçıes tanto no Brasil como no mundo, estimando-se serem conhecidas apenas 30% das espØcies. As duas coleçıes brasileiras mais representativas encontram-se no Instituto Butantan e no Museu de Zoologia da Universidade de Sªo Paulo, contendo em seus acervos exemplares advindos principalmente das regiıes centro-oeste, sudeste e sul. Estªo descritas aproximadamente 150 espØcies de miriÆpodes que ocorrem no estado de Sªo Paulo. No Brasil os miriÆpodes sªo encontrados em todos os ambientes, estando o conhecimento sobre as regiıes sul e sudeste mais desenvolvido. Grande parte das espØcies citadas para o estado de Sªo Paulo sªo procedentes principalmente da Mata Atlântica. De hÆbitos noturnos, estes animais preferem locais escuros e œmidos, alojando-se sobre bromØlias, pedras, folhiços e em galerias subterrâneas. Podem causar acidentes em humanos nos ambientes urbanos. Sªo tambØm de importância econômica, comprometendo lavouras, plantas de estufas e cultivos de minhocas. Nœmero de espØcies No Mundo: @ 11.000 espØcies No Brasil: @ 400 espØcies Estimadas no estado de Sªo Paulo: @ 400 - 500 Conhecidas no estado de Sªo Paulo: @ 150 nomes populares: centopØia, escolopendra e lacraia (Chilopoda), piolho de cobra, gongolo, grongoró e embuÆ (Diplopoda), paurópodo (Pauropoda), sínfilo (Symphyla). Sub Filo Mandibulata Super Classe Myriapoda Classes Chilopoda, Diplopoda, Pauropoda, Symphyla REINO ANIMALIA MYRIAPODA MYRIAPODA Scolopendra viridicornis Scolopendra viridicornis

Myriapoda

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Essay

Citation preview

Page 1: Myriapoda

s miriápodes são artrópodes terrestres que apresentam corpo articulado,achatado ou vermiforme, com um ou dois pares de pernas em cadasegmento. O grupo está dividido em quatro classes: Chilopoda eDiplopoda, as mais importantes, e Pauropoda e Symphyla, raramente

encontrados. No Brasil, entre as quatro ordens da classe Chilopoda, 50% das espéciesconhecidas correspondem a Scolopendromorpha, com a família Scolopendridae compostapor 70 espécies. Diplopoda apresenta grande diversidade de gêneros e espécies. Entre as 20famílias dos diplópodes brasileiros, as mais estudadas são Leptodesmidae, Spirostreptidae eRhinocricidae. Espécimens pertencentes às classes Pauropoda e Symphila, são raras emcoleções científicas no Brasil, impossibilitando uma avaliação precisa quanto à suadistribuição. Os miriápodes estão mal representados em coleções tanto no Brasil como nomundo, estimando-se serem conhecidas apenas 30% das espécies. As duas coleções brasileirasmais representativas encontram-se no Instituto Butantan e no Museu de Zoologia daUniversidade de São Paulo, contendo em seus acervos exemplares advindos principalmentedas regiões centro-oeste, sudeste e sul. Estão descritas aproximadamente 150 espécies demiriápodes que ocorrem no estado de São Paulo. No Brasil os miriápodes são encontradosem todos os ambientes, estando o conhecimento sobre as regiões sul e sudeste maisdesenvolvido. Grande parte das espécies citadas para o estado de São Paulo são procedentesprincipalmente da Mata Atlântica.

De hábitos noturnos, estes animais preferem locais escuros e úmidos, alojando-se sobrebromélias, pedras, folhiços e em galerias subterrâneas. Podem causar acidentes em humanosnos ambientes urbanos. São também de importância econômica, comprometendo lavouras,plantas de estufas e cultivos de minhocas.

Número de espéciesNo Mundo: @ 11.000 espécies

No Brasil: @ 400 espéciesEstimadas no estado de São Paulo: @ 400 - 500

Conhecidas no estado de São Paulo: @ 150

nomes populares: centopéia, escolopendra elacraia (Chilopoda), piolho de cobra, gongolo,

grongoró e embuá (Diplopoda), paurópodo(Pauropoda), sínfilo (Symphyla).

Sub Filo MandibulataSuper Classe Myriapoda

Classes Chilopoda, Diplopoda,Pauropoda, Symphyla

REINO ANIMALIA

MYRIAPODAMYRIAPODA

Scolopendra viridicornisScolopendra viridicornis

Page 2: Myriapoda
Page 3: Myriapoda

MYRIAPODA

IRENE KNYSAK & ROSANA MARTINS

Laboratório de Artrópodes, Instituto ButantanAv. Vital Brazil, 1500, Butantã, 05503-900 São Paulo, SP

1. Introdução

A super classe Myriapoda está dividida em quatro classes: Chilopoda, Diplopoda, Pauropoda e Symphyla.Os Chilopoda caracterizam-se por apresentarem um par de pernas por segmento.Estão subdivididos em cinco ordens:Geophilomorpha, Scolopendromorpha, Lithobiomorpha,

Scutigeromorpha e Craterostigmomorpha.No mundo estão descritas 1100 espécies de quilópodes, mas existem estimativas de aproximadamente 2500.

Para a região Neotropical, há cerca de 200 espécies descritas, das quais 150 são do Brasil.Os quilópodes apresentam ampla distribuição, destacando-se os gêneros e espécies da ordem Geophilomorpha,

presentes em grande número no mundo todo. As ordens Scutigeromorpha e Scolopendromorpha são mais freqüentesem regiões quentes tropicais e subtropicais. Lithobiomorpha, não rara no hemisfério austral, apresenta maior riquezaespecífica nas regiões temperadas boreais. A ordem Craterostigmomorpha ocorre somente na Tasmânia e NovaZelândia (Negrea & Minelli 1995) e está representada por apenas uma ou duas espécies.

As diferenças morfológicas entre as ordens estão no número de segmentos do corpo e antenas, assimcomo no número de pernas locomotoras.

Os geofilomorfos são fossoriais, vivendo sob a serapilheira, dentro de cavidades no solo e em ambientescavernícolas.

O conhecimento no Brasil é insuficiente devido à escassez de material, dados sobre a distribuição dasespécies, deficiência da literatura e ausência de especialistas na área. Estão registradas 29 espécies brasileiras, dasquais 8 são encontradas no estado de São Paulo.

A ordem Scolopendromorpha, mais rica em espécies brasileiras, compreende 350 espécies descritas para aregião Neotropical (Bücherl 1941), com estimativa de 600 espécies para o mundo (Negrea & Minelli 1995). Estãoprincipalmente distribuídas nos países da Europa, Ásia, América Central e América do Sul. No Brasil sãoconhecidas aproximadamente 100 espécies das famílias Cryptopidae e Scolopendridae. Lithobiomorpha compreendecerca de 300 espécies descritas para a região Neotropical (Bücherl 1941), com estimativa de 850 espécies para omundo. A maioria é troglobionte de ambientes cavernícolas da Europa e Ásia (Negrea & Minelli 1995). Existemraros exemplares da única espécie conhecida no Brasil (Lithobius forficatus Linnaeus, 1758), com registros para osestados da Bahia (Bücherl 1939), São Paulo e Paraná (dados não publicados). Para a ordem Scutigeromorpha sãoestimadas cerca de 30 espécies no mundo (Negrea & Minelli 1995), das quais, três são neotropicais e foramdescritas por Bücherl (1939), com distribuição geográfica restrita à Mata Atlântica das regiões sul e sudeste doBrasil: Brasiloscutigera virides (Litoral sul) Brasilophora margaritata (São Paulo e Paraná), e Brasilophora paulista (SãoPaulo).

A classe Diplopoda diferencia-se das outras por apresentar dois pares de pernas por segmento. Estárepresentada por cerca de 8.000 espécies descritas no mundo (Hoffman et al. 1996). A fauna de diplópodes daregião Neotropical (América Central e Sul) e Oeste da Índia compreende aproximadamente 1100-1200 espéciese subespécies (Golovatch et al. 1995). Coletas em locais bem explorados, como América do Norte, Europa eregiões Mediterrâneas, são citadas por Schubart (1960) e Hoffman (1980). Porém, o único levantamento significativode pequenas áreas da região Neotropical foi listado por Lomis (1968), principalmente para a América Central. As

77

Page 4: Myriapoda

I. Knysak & R. Martins68

espécies brasileiras da classe Diplopoda não estão bem definidas quanto à sua classificação e distribuiçãogeográfica. São registradas para o Brasil 20 famílias (Schubart 1950a, Golovatch 1992a, Hoffman et al. 1996).Estes autores relatam espécies endêmicas dos gêneros Siphonotus (Polyzoniida: Siphonotidae) e Ancistroxenus(Polyxenida: Lophoproctidae) para o Brasil Central. Segundo Enghoff (1994), é possível que Moojenodesmuspumilus Schubart, 1944 (Polidesmida: Fuhrmannodesmidae), seja um caso supraespecífico de partenogênesegeográfica para os estados de São Paulo e Amazonas.

Estudos da classe Pauropoda são escassos, com registros de espécies para o leste dos Estados Unidos eEuropa. No Brasil, Symphyla tem sido estudada por Adis (1992b), para a região amazônica. Os espécimenspertencentes a estas classes são raros em coleções científicas no Brasil, impossibilitando uma avaliação precisaquanto à sua distribuição.

Os miriápodes são encontrados em quase todos os ambientes: Floresta Amazônica, caatinga, cerrado,Floresta de Araucária, campos e Floresta Atlântica, estando as regiões sul e sudeste mais bem estudadas. Grandeparte das espécies registradas no estado de São Paulo é principalmente procedente da Mata Atlântica.

2. Literatura histórica

Os miriápodes, de modo geral, compreendem um grupo zoológico taxonomicamente complexo, com umagrande diversidade de espécies. Porém, pouco se conhece sobre sua sistemática e biologia devido ao pequenonúmero de especialistas que se dedicaram ao estudo nesta área.

A primeira monografia publicada sobre miriápodes (Koch 1863), menciona 12 espécies para o Brasil.Humbert & Saussure (1872), em �Études sur les Myriapodes�, descreveram 79 espécies brasileiras.

Os estudos de miriápodes devem-se principalmente a Brölemann (1897, 1898, 1900a, b, 1901, 1902, 1903,1905, 1909), que publicou vários artigos abrangendo as espécies brasileiras e sua distribuição geográfica, e àscontribuições de Attems (1898, 1899, 1901, 1926, 1929, 1930, 1931, 1938) e Verhoeff (1938).

No período de 1936 a 1965, o único especialista no Brasil que se dedicou a taxonomia dos quilópodes foiDr. Wolfgang Bücherl, do Instituto Butantan, em São Paulo. Além da taxonomia, seus estudos abordaramaspectos biológicos, fisiológicos e toxicológicos, principalmente sobre a ordem Scolopendromorpha (Bücherl1939, 1946, 1974). Sua melhor obra é �Quilópodos do Brasil�.

O alemão Otto Schubart migrou para o Brasil em 1934 e tornou-se o principal especialista em diplópodesaté 1961. Dedicou-se principalmente aos estudos de diplópodes da região Neotropical e da África. Publicouinúmeros trabalhos, entre eles chaves de identificação e revisões sistemáticas (Schubart 1943, 1944, 1945a, b,1946, 1950a, b, 1955).

Apesar de outros estudos esporádicos sobre miriápodes, a ausência de especialistas para este grupo noBrasil estende-se por três décadas.

3. Bibliografia especializada

3.1. Catálogos e Periódicos

Cinco catálogos de quilópodes foram publicados envolvendo a fauna Neotropical, especialmente a brasileira:· Catálogos de Fauna Brasileira� Brölemann (1909), editados pelo Museu Paulista;· Chilopodes of the Standart Expedition to Brazil� Chamberlin (1914), publicado no Bulletin Museum of

Harvard;· Das Tierreich� Attems (1929) (Geophilomorpha) e Attems (1930) (Scolopendromorpha), editado pela

Akademie der Wissenschaften zu Berlin;· Quilópodos do Brasil� Bücherl (1939), publicado nas Memórias do Instituto Butantan; e· Catálogo dos Quilópodos da Zona Neotrópica� Bücherl (1941), publicado nas Memórias do Instituto

Butantan.

Page 5: Myriapoda

Myriapoda 69

O grupo dos miriápodes tornou-se mais organizado a partir de 1968, com a criação do Centre Internationalde Myriapodologie (CIM). Esta associação informal visa a envolver todos os miriapodologistas do mundo e estásediada no Museum National D�Histoire Naturelle de Paris. O CIM publica um anuário contendo uma listaatualizada dos especialistas (com endereços, especialidades e instituições em que atuam), trabalhos publicados,editoração de livros, informativos sobre congressos, simpósios e outros eventos científicos. O CIM é ainda oúnico meio especializado de divulgação científica no Brasil.

Os trabalhos são geralmente publicados em revistas tradicionais de zoologia. Mas, atualmente, conta com aMyriapodologica, sendo esta talvez a única revista exclusiva para miriápodes.

3.2. Revisões Sistemáticas

A literatura taxonômica tem sido estritamente descritiva, sem chaves de identificação ou, ainda, extremamentesintetizada. No Brasil, as revisões recentes referem-se especificamente à região Amazônica, destacando-se ostrabalhos de:

· Adis (1989), que elaborou uma chave de identificação de miriápodes para a região Amazônica;· Golovatch (1992a, b, 1994), que revisou a fauna neotropical de diplópodes (Fuhrmannodesmidae e

Paradoxomatidae), descrevendo um gênero e sete espécies para Manaus, AM.; e· Pereira et al. (1995), que revisaram a ordem Geophilomorpha (Chilopoda), descrevendo nove espécies da

região amazônica.

4. Coleções

As coleções miriapodológicas concentram-se no Insituto Butantan (IBSP), Museu de Zoologia daUniversidade de São Paulo (MZUSP), Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ) e Museu de História Natural�Capão da Imbuia� (MHNCI-PR).

A coleção mais representativa de quilópodes encontra-se no Instituto Butantan, contendo em seu acervocerca de 3.500 lotes com vários exemplares. A maior parte do material tipo das espécies brasileiras está concentradanesta coleção, tornando-a a principal coleção no Brasil. A coleção do Museu de Zoologia-USP é mais importantepara diplópodes.

Entre as coleções de considerável importância no exterior, as quais incluem espécimens brasileiros, pode-se destacar:

· Museo Zoologico dele�Università di Firenze, Itália. (Myriapoda);· Musée de Zoologie de l�Université et de la Ville de Nancy, França. (Diplopoda);· Muséum National Histoire Naturelle, Paris, França. (Diplopoda e Chilopoda);· Zoologisk Museum, Universitets parken, Dinamarca. (Diplopoda, Chilopoda);· Virginia Museum of Natural History, Virginia, USA. (Diplopoda);· Museu Nacional de Historia Natural, Capitolio Nacional, La Habana, Cuba. (Diplopoda);· Western Australian Museum, Australia. (Chilopoda e Diplopoda);· The Natural History Museum, Londres, Inglaterra. (Myriapoda);· Russian Academy of Sciences, Moscou, Russia (Diplopoda); e· Zoologisches Institut Und Zoologisches Museum, Hamburg, Alemanha (Chilopoda e Diplopoda).

5. Especialistas

Por duas décadas, pesquisadores estrangeiros têm inventariado a fauna de miriápodos da região Amazônica,estudando aspectos ecológicos e taxonômicos (Adis 1984, 1986, 1992a, b; Messner & Adis 1988; Hoffman 1982,1984, 1985, 1995; Mauriés 1984; e Golovatch 1992a, b, 1994, 1996a, b).

A maioria dos especialistas em Chilopoda dedica-se às ordens Lithobiomorpha e Geophilomorpha, cujas

Page 6: Myriapoda

I. Knysak & R. Martins70

citações para as espécies brasileiras foram publicadas por Pereira et al. (1995). Aspectos bio-epidemiológicos etoxicológicos envolvendo a família Scolopendridae estão sendo estudados por Knysak et al. (no prelo).

6. Considerações sobre o táxon

A falta de conhecimentos sobre a fauna miriapodológica não nos permite avaliar a situação em que o táxonse encontra atualmente. Para modificar este quadro, apresentamos as seguintes considerações:

· Preservação de áreas em processo de destruição que não estejam incluídas nas Áreas de ProteçãoAmbiental (APAs), Reservas Florestais, Parques Estaduais e Estações Ecológicas do Brasil;

· Apoio à formação de especialistas para atuarem em taxonomia do grupo;· Elaboração de programas faunísticos em projetos de biodiversidade que envolvam biomas ameaçados de

extinção, especialmente Mata Atlântica;· Realização de inventários com coletas sistematizadas com ampla amostragem para as diversas regiões do

país;· Realização de estudos envolvendo o táxon, utilizando critérios criados pela União Internacional para a

Conservação da Natureza: distribuição, plasticidade e alterações ambientais, tamanho e variaçãopopulacional;

· Listagem das espécies raras e das mais frequentes, visando a estabelecer a condição do status do táxon;· Criação e atualização permanente de bancos de dados bibliográficos, formação de recursos humanos,

integração das instituições de pesquisa, orgãos públicos e universidades;· Informatização das coleções já existentes, sendo seus programas unificados com as demais coleções do

país; e· Criação de uma associação que permita divulgar publicações, estudos incorporados a projetos, incentivando

os pesquisadores atuantes e os interessados em iniciar estudos relacionados ao táxon.

7. Literatura citada

Adis, J. 1984. �Seasonal igapó� forests of Central Amazonian blackwater rivers and their terrestrial arthropodfauna. In: Sioli, H. (ed.) The Amazon. Limnology and landscape ecology of a mighty tropical river and itsbasin. Monographiae Biologicae, Junk Publ. Dordrecht. p. 245-268.

Adis, J. 1986. An �aquatic� millipede from a Central Amazonian inundation forest. Oecologie, 68: 347-349.

Adis, J. 1989. Prancha de identificação para os miriápodos neotropicais (Arthropoda) (em português e alemão).Amazoniana, 10: 353-360.

Adis, J. 1992a. On the survival strategy of Mestosoma hylaeicum Jeekel (Paradoxosomatidae, Plidesmida, Diplopoda),a millipede from Central Amazonian floodplains. Ber.nat.-med. Ver. Innsbruck: Suppl., 10: 183-187.

Adis, J. 1992b. How to survive six months in a flooded soil: Strategies in Chilopoda and Symphila from CentralAmazonian floodplains. Stud. Neotrop. Fauna Environment, 27: 117-129.

Attems, C. 1898. System der Polydesmiden. I. Theil Denk. Ak. Wien., 67: 221-328 .

Attems, C. 1899. System der Polydesmiden. II. Theil Ibid. Bd., 68.

Attems, C. 1901. Neue Polydesmiden, des Hamburger Museums, Mitth. a.d. Naturhist. Museum, 18: 85-108.

Attems, C. 1926. Myriapoda. In: Kükenthal & Krumbach (eds.). Handbuch der Zoologie. 4, p.1- 402.

Attems, C. 1929. Myriapoda. I. Geophilomorpha. Das Tierreich 52. Berlin & Leipzig, 388 p.

Attems, C. 1930. Myriapoda. II. Scolopendromorpha. Das Tierreich 54. Berlin & Leipzig, 310 p.

Attems, C. 1931. Die familie Leptodesmidae und andere Polydesmidae. Zool., 79: 1-150.

Attems, C. 1938. Polydesmoidea II Fam. Leptodesmidae, Platyrhachidae, Oxydesmidae, Gomphodesmidae.(Myriapoda 3). In: Berlin & Leipzig (eds.) Das Tierreich 69, p. 487.

Page 7: Myriapoda

Myriapoda 71

Brölemann, H.W. 1897. Scolopendropsis bahiensis Brandt. Bull. Soc. Zoll. France, 22: 5-6.

Brölemann, H.W. 1898. Voyage de Mr. E. Simon au Venezuele. Myriapodes. Ann. Soc. Entom. France, 67.

Brölemann, H.W. 1900a. Dois miriápodos notáveis do Brasil. Boletim do Museu Paraense, 1: 3.

Brölemann, H.W. 1900b. Myriapodes d�Amerique. Mem. Soc. Zoll. France, 13.

Brölemann, H.W. 1901. Les Myriapodes du Musée de São Paulo. Rev. Mus. Paulista, 5.

Brölemann, H.W. 1902. Myriapodes du Musée de São Paulo. Rev. Mus. Paulista, 5: 35-237.

Brölemann, H.W. 1903. Myriapodes recuellis par M.E. Gounelle au Brésil. Ann. Soc. Ent. France, 71: 649-694.

Brölemann, H.W. 1905. Myriapodes du Musée de São Paulo. Rev. Mus. Paulista, 6.

Brölemann, H.W. 1909. Catálogos da fauna brasleira: Os miriápodos do Brasil. 2: 94 p.

Bücherl, W. 1939. Os quilópodos do Brasil. Mem.Inst. Butantan.363 p.

Bücherl, W. 1941. Catálogo dos quilópodos da zona neotrópica. Mem. Inst. Butantan.15: 365 p.

Bücherl, W. 1946. Ação do veneno dos escolopendromorfos do Brasil sobre alguns animais de laboratório.Mem. Inst. Butantan, 19: 181-198.

Bücherl, W. 1974. Die Scolopendromorpha der neotropischen region. Symp. Zool. Soc. Lond., 32: 99-133.

Chamberlin, R. 1914. Chilopodes of the standard expedition to Brazil. Bull. Museum comp. Zool. HarvardCollege, 57.

Enghoff, H. 1994. Geografical parthenogenesis in millipedes (Diplopoda). Biogeographica, 70: 25-31.

Golovatch, S.I. 1992a. Review of the Neotropical fauna of the millipede family Fuhrmannodesmidae, with thedescription of four new species from near Manaus, Central Amazonia, Brasil (Diplopoda, Polydesmida).Amazoniana, 12: 207-226.

Golovatch, S.I. 1992b. Review of the Neotropical genus Onciurosoma Silvestri 1932, with the description ofthree new species from near Manaus, Central Amazonia, Brasil (Diplopoda, Polydesmida, Paradoxosomatidae).Amazoniana, 12: 227-237.

Golovatch, S.I. 1994. Further new Fuhrmannodesmidae from the environs of Manaus, Central Amazonian, Brazil,with revision of Cryptogonodesmus Silvestri 1898, (Diplopoda, Polydesmida). Amazoniana, 13: 131-161.

Golovatch, S.I. 1996a. Two new and one litle-know species of the millipede family Pyrgodesmidae from nearManaus, Central Amazonian, Brasil, (Diplopoda, Polydesmida). Amazoniana, 14: 109-120.

Golovatch, S.I. 1996b. A new species of Cutervodesmus Kraus 1957, from the environs of Manaus, CentralAmazonian, Brasil, with notes on the genus (Diplopoda, Polydesmida, Fuhrmannodesmidae). Amazoniana,14(1/2): 137-141.

Golovatch, S.I.; Hoffman, R.L.; Adis, J. & Morais, J.W. 1995. Identification plate for the Millipede orderspopulating the Neotropical region South of Central Mexico (Myriapoda, Diplopoda). Stud. Neotrop. FaunaEnvironment, 30: 159-164.

Hoffman, R. L. 1980. Classification of the Diplopoda. Mém. Hist. nat. Geneve, 237 p.

Hoffman, R. L. 1982. Diplopoda. In: Parker, S.P. (ed.). Synopsis and classification of living organisms, 689-724.McGraw-Hill Publ., New York, 1232 p.

Hoffman, R. L. 1984. A new species of Epinannolene from the Amazon Basin, Brasil (Spirostreptida:Pseudonannolenidae). Myriapodologica, 1(13): 91-94.

Hoffman, R. L. 1985. A new milliped of the genus Gonographis from an inundation forest near Manaus, Brasil(Pyrgodesmidae). Amazoniana 9: 243-246.

Hoffman, R. L. 1995. Redefinition of the milliped genus Pycnotrops, and description of a new species fromManaus, Brasil (Polidesmida: Platyrhacidae: Euryurinae). Amazoniana, 13: 283-292.

Hoffman, R. L.; Golovatch, S. I. Adis, J. & Maorais, J.W. 1996. Pratical keys to the orders and families ofmillipedes of the Neotropical region (Myriapoda: Diplopoda). Amazoniana, 14:1-35.

Page 8: Myriapoda

I. Knysak & R. Martins72

Humbert, A. & Saussure, H. 1872. Estudes sur les Myriapodes. Mission scientifique au Mexique et dansl�Amerique Centrale. Zoologie, 6.2 section, Paris.

Knysak, I.; Martins, R. & Bertim, C.R. 1999. Epidemiological aspects by centipede bite (Scolopendromorphae:Chilopoda) registered in the Greater São Paulo area, SP, Brasil. Rev. Saúde Pública, 33: no prelo.

Koch, C. 1863. Die Myriapoden getreu nach der Natur beschrieben u. abgebildet. Halle.

Lomis, H.F. 1968. A checklist of the millipedes of Mexico and Central America. Bull. U.S. Natn. Mus., 226: 1-137.

Mauriés, J.P. 1984. Les premiers Stemmiulides signalés au Brésil: Trois espèces nouvelles de la region de Manaus,dont une de la forêt inondable (Prostemmiulus adisi n.sp.) (Myriapoda: Diplopoda: Stemmiulida). Amazoniana,8: 375-387.

Messner, B. & Adis, J. 1988. Die Plastronstrukturen der bischer einzigen submers lebenden DiplopodenartGonographis adisi Hoffman 1985 (Pyrgodesmidae, Diplopoda). Zool. Jb. Anat, 117: 277-290.

Negrea, S. & Minelli, A. 1995. Chilopoda. In: Decu, V. & Juberthie, C. (eds.) Encyclopedia Bioespeologica,Moulis, France. 1: 249-254.

Pereira, L.A.; Minelli, A. & Barbieri, F. 1995. Description of nine new centipede species from Amazonia andrelated matters on Neotropical geophilomorphs (Chilopoda, Geophilomorpha). Amazoniana, 13: 325-416.

Schubart, O. 1943. Espécies novas das famílias Strongylosomidae e Leptodesmidae da ordem dosProterospermorphora do interior dos estados de São Paulo e Mato Grosso. Papéis Zool. SP, 3: 127-164.

Schubart, O. 1944. Os diplópodos de Pirassununga. Acta Zool. Lilloana, 2: 321-440.

Schubart, O. 1945a. Sobre os representantes brasileiros da família Spirostreptidae. Anais da Academia brasileirade Ciências, 17: 51-87.

Schubart, O. 1945b. Os Porterospermophora do Distrito Federal (Myriapoda, Diplopoda). Arq. Mus. Nac., 38:1-156.

Schubart, O. 1946. Contribuição ao conhecimento do gênero Leptodesmus (Família Leptodesmidae, Diplopoda).Anais da Academia brasileira de Ciências, 18: 165-202.

Schubart, O. 1950a. Novos diplópodos do Brasil. Pap. Avuls. Zool., SP, 9: 145-157.

Schubart, O. 1950b. Novas espécies brasileiras da família Spirostrepitidae (Opisthospermophora, Diplopoda).Dusenia, 1: 331-350.

Schubart, O. 1955. Materiais para uma fauna do Estado de São Paulo - Os Leptodesmidae. Arq. Mus. Nac., 42:507-540.

Schubart, O. 1960. Die Zahl der in 200 Jahren zoologischer Forschung (1758-1957) beschriebenen Myriapoden-Arten. Zool. Anz. 165: 84-89.

Verhoeff, K.W. 1938. Chilopoden - Studien, zur kenntnis der Epimorphen. Zool. Jahrb. Syst., 71: 339-388.