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Boletim Informativo Nº 18 25 de Agosto de 2014.

Nº 18 Boletim Informativo · Boletim Informativo Nº 18 25 de Agosto de 2014. ... Fundou, em 2009, juntamente com Gesine Schwan e Stephan Breidenbach, a Escola Humboldt-Viadrina

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BoletimInformativo

Nº 18

25 de Agosto de 2014.

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Sumário1 ESPECIAL........................................................................................................................................32 CLIPPING PGE.................................................................................................................................63 BIBLIOTECA...................................................................................................................................84 LEGISLAÇÃO...............................................................................................................................10

4.1 Legislação Federal...................................................................................................................104.2 Legislação Estadual.................................................................................................................12

5 FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO..................................................................................................145.1 Repercussão Geral e Súmulas Vínculante ..............................................................................145.2 Tribunais Superiores................................................................................................................16

6 CONGRESSOS E SEMINÁRIOS..................................................................................................27

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1 ESPECIAL

Para juristas alemães, federalismo cooperativo pode funcionar no Brasil

É possível existir federalismo cooperativo num país presidencialista como o Brasil? De

acordo com o jurista alemão Alexander Blankenagel, a resposta é sim. Para ele, basta,

em suma, que se tenha o mesmo nível de taxação em todos os estados.

As diferenças entre os sistemas alemão e brasileiro foram abordadas por Blankenagel e

Christian Waldhoff, ambos da Universidade Humboldt, em entrevista ao Instituto

Brasiliense de Direito Público. A dupla participou, no último da 13, do seminário

Federalismo Fiscal Brasil-Alemanha, organizado pelo IDP, em parceria com a FGV

Projetos, a Ordem dos Advogados do Brasil, a Associação Brasileira de Direito Tributário

(Abradt) e a Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

Alexander Blankenagel é professor da Faculdade de Direito da Universidade Humboldt de

Berlim e consultor jurídico da União Europeia. Fundou, em 2009, juntamente com Gesine

Schwan e Stephan Breidenbach, a Escola Humboldt-Viadrina de Governança. Também é

membro do conselho da IRZ-Stiftung (Fundação Alemã de Cooperação Jurídica

Internacional).

Christian Waldhoff é doutor pela Universidade de Munique e professor de Direito Público e

Financeiro da Universidade Humboldt de Berlim, além de membro do Conselho Consultivo

do Ministério Federal das Finanças.

Leia a entrevista:

IDP — O senhor afirmou, no seminário do IDP, que, em termos de federalismo, a

Alemanha pode ensinar ao Brasil “o que não deve ser feito”; e também “ficar de olho” no

sistema federalista alemão. O que o senhor quis dizer?

Blankenagel — O modelo alemão é muito específico, é o que chamamos de federalismo

executivo. O que significa que, por maior que sejam os poderes dos estados, as unidades

não detêm todos esses poderes estatais, envolvendo o Legislativo, o Executivo e o

Judiciário. E o outro nível detém esses outros poderes (legislativos, executivos e

judiciários). Essa seria a ideia normal de federalismo. Na Alemanha, há uma

compensação. O Legislativo é muito poderoso em termos de normas legais, e isso é

compensado dando-se mais poderes executivos para o próprio Executivo. Devido ao

federalismo executivo, é preciso haver uma compensação, ou seja, o sistema não é como

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um bolo grande cortado em várias fatias. É como um grande bolo que é fatiado

diagonalmente, e isso cria certos problemas.

Trata-se de uma tradição germânica. É claro que tivemos de aprender a lidar com isso,

mas, se alguém decide escolher o sistema, deve estar ciente do fato de que é um sistema

muito especial. É como alguém cogitando se deve ter uma democracia presidencial ou

uma democracia parlamentar.

Essa pessoa não pode perder de vista o fato de que o modelo presidencial tem certas

vantagens e certas desvantagens. Mas, é claro que o modelo alemão, ou algo similar, não

é perfeito, não vem pronto. No nosso caso, aprendemos a lidar com os problemas que

esse modelo tem de um modo mais ou menos satisfatório.

IDP — Qual é a diferença básica entre federalismo competitivo e federalismo

cooperativo? No Brasil, parece que há um federalismo competitivo. A Alemanha é o

melhor exemplo de um federalismo cooperativo?

Waldhoff — Na Alemanha, o poder de legislar em matéria de impostos está totalmente

centralizado no nível federal. Não há competências para leis tributárias na área dos

estados, o que significa que o nível de taxação é o mesmo em toda a área do estado. Não

há diferenças. Assim, nesse nível, não há competição possível.

IDP — A seu ver, a Alemanha é o melhor exemplo de federalismo cooperativo no mundo?

Waldhoff — Talvez seja o exemplo extremo. Quanto ao “melhor”, é uma pergunta difícil.

Mas é o exemplo mais extremo porque, mais ou menos, em todos os outros sistemas

federativos há competências legislativas diversas no caso de impostos — só na Alemanha

e, talvez, na Áustria. Todos os grandes sistemas federais, como o Brasil, o Canadá, a

Austrália, os Estados Unidos, talvez a Rússia, têm tais elementos de competição. Não há

elementos de competição — o que, em minha opinião é até uma coisa problemática — no

sistema federal germânico. Mas isso é outra grande discussão.

IDP— É possível existir federalismo cooperativo num país presidencialista como o Brasil?

Blankenagel — Por que não? Para se ter um federalismo cooperativo basta que se tenha,

mais ou menos, o mesmo nível de taxação em todos os estados. E, é claro, a segunda

coisa é que tem de ser definida a obrigação de solidariedade dos estados da federação

uns para com os outros. E, também, a mesma solidariedade do nível federal para com o

estadual, nos dois sentidos. Não há razão para isso não possa ocorrer. Vai depender,

apenas, de regulamentação. Se forem dados certos poderes ao presidente da República

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que possam afetar esse sistema de solidariedade, então haveria um problema. Mas,

basicamente, não há problemas.

IDP — Ou seja, é possível, mas difícil?

Blankenagel —Não é difícil. A não ser que se dê ao presidente, de algum modo, aquele

tipo de poder que interfira no sistema de solidariedade. Assim, a questão é: qual seria

esse tipo de poder?

Na Constituição da Rússia, por exemplo, há um sistema presidencial e um sistema

federal. O presidente russo tem o poder de mediar conflitos entre os estados. E como

esse poder de mediação não é controlado, o presidente pode criar problemas. Mas se tal

poder de mediação é controlado pela Corte Constitucional — e se esta corte é forte o

bastante para fazer esse controle — então não há problemas estruturais para um

federalismo cooperativo num sistema presidencial.

IDP — O Senado Federal é eleito pelas mesmas pessoas que votam para presidente,

governador e deputado federal. A casa é formada por 81 membros, três por estado, para

mandatos de oito anos. O voto popular para o Senado seria um obstáculo para um

federalismo cooperativo?

Waldhoff — Acho que o modelo brasileiro é melhor do que o alemão. É igual ao dos

Estados Unidos, onde os senadores também são eleitos pelo povo. Na Alemanha, há uma

tradição totalmente diferente. A Câmara Federal não é eleita, seus membros são

indicados pelos governos estaduais. São eleitos — indiretamente — pelos parlamentos

estaduais. É uma tradição que vem do século 19. Nosso modelo traz mais problemas do

que o brasileiro, já que não fica claro o status entre a política e a administração naquela

câmara. Prefiro os modelos do Brasil, dos Estados Unidos ou o da Suíça.

IDP — No Brasil, no entanto, parece não haver a distinção que os anglo-saxônicos fazem

entre politics, policy (política a longo prazo) e administration. Aqui é difícil separar esses

níveis da política, e prevalece, em geral, a politics.

Waldhoff — Será que não temos também esse problema? Temos um entendimento bem

claro dessa distinção com relação à administração, que não é normalmente afetada por

uma mudança no nível mais alto do sistema político. Isso é, realmente, um aspecto forte

do sistema alemão. Mas quanto a politics e policy, somos muito brasileiros.

Fonte: Revista Consultor Jurídico.

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2 CLIPPING PGE

I ENCONTRO DE PROCURADORES DO ESTADO DE GOIÁS- INSCRIÇÕES ATÉ 05 DE SETEMBRO

O Centro de Estudos Jurídicos-CEJUR custeará até 140 inscrições para Procuradores do Estado interessados em participar do I Encontro dos Procuradores do Estado de Goiás- “Comemoração dos 50 Anos da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás- Conquistas e Avanços”, que realizar-se-á nos dias 6 e 7 de novembro de 2014, no Rio

Quente Resorts.

Os Procuradores do Estado interessados deverão preencher a ficha de inscrição, sendo

obrigatória a assinatura do solicitante e do Chefe imediato.

A ficha de inscrição deverá ser enviada para o e-mail [email protected] ou entregue

pessoalmente no CEJUR até o dia 05 de setembro de 2014.

A ordem de inscritos observará a data e o horário de envio dos e-mails e dos protocolo de

recebimento.

A listagem de classificação dos inscritos será divulgada no dia 08 de setembro de 2014.

No caso de pedido de desistência serão convocados os demais inscritos, observada a

lista.

Os servidores da PGE estão isentos da taxa de insrição.

Fonte: CEJUR

Audiência Interna para sugestões sobre o processo seletivo público para o Quadro de Apoio-Técnico da PGEA Comissão constituída pela Portaria Portaria nº 372 /2014-GAB, composta pelos

Procuradores do Estado Cláudia Marçal, Cleuler Barbosa das Neves e pela Superintente

de Gestão, Planejamento e Finanças Carla Ferreira Lopes da Silva Queiroz convida

todos os Procuradores e servidores para audiência interna para sugestões sobre o

concurso público para provimento de cargos do quadro de pessoal de apoio técnico-

administrativo da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás.

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Fonte: CEJUR

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3 BIBLIOTECA

A Biblioteca Ivan Rodrigues recebeu o Boletim de Licitações e Contratos – BLC, nº7,

Julho de 2014, ano XXVII.Editora NDJ.

Que aborda, entre outros, os seguintes temas:

PEREIRA JUNIOR, Jessé Torres; DOTTI, Marinês Restelatto. O sistema de registro de

preços (SRP): Pressuspostos, vantagens e preconceitos (segunda parte) ....................661

CONTRATO ADMINISTRATIVO – Aplicação de penalidades – Infração cometida sob a

vigência de uma portaria normativa que foi revogada – Normas processuais – Princípio da

aplicação imediata – Questões materiais – Princípios da anterioridade e irretroatividade da

lei – Aplicação da portaria vigente no momento em que ocorreu a infração ...................733

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Recebeu também o Boletim de Direito Administrativo – BDA, Nº 7, Julho de 2014, ano

XXX. Editora NDJ.

Que aborda, entre outros, os seguintes assuntos:

MULTA – Processo administrativo – Auto de infração – Fundação educacional – Ausência

de recolhimento mensal de FGTS – Fixação da penalidade no valor máximo – Ausência

de motivação – Redução da sanção pecuniária ao valor mínimo – Inteligência do art. 50

da Lei nº 9.784 / 1999, art. 75 da CLT e art. 23, § 2º, al. b, da Lei nº 8.036 / 1990

(TST) ................................................................................................................................821

MEIO AMBIENTE – Lei estadual – Alteração do Código Florestal do Estado-Membro –

Autorização, excepcional, do uso de fogo para controle e eliminação de pragas e

doenças, bem como a prática de manejo controlado em pastagens, nativas e exóticas, em

áreas não mecanizáveis, mediante prévia permissão do órgão ambiental competente –

Constitucionalidade – Exercício da competência concorrente – Hipóteses que se ajustam

às exceções de "queimadas" previstas na Lei nº 12.651 / 2012 (TJRS) .........................829

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SERVIDORA PÚBLICA FEDERAL – Matéria jornalística – Publicação em periódico de

suposto envolvimento da funcionária na utilização de cartão de crédito corporativo do

governo para fins pessoais – Conclusão pela ausência de conduta irregular em processo

administrativo – Afronta à honra subjetiva da servidora – Danos morais – Indenização

devida – Não cabimento da alegação do exercício do direito de informar (TJSP) ..........841

UNIVERSIDADE FEDERAL – Contratação de professores substitutos – Necessidade

temporária de excepcional interesse público – Alegada inexistência de vagas e ofensa ao

art. 2º, § 1º, da Lei nº 8.745 / 1993 – Multa aplicada à ex-Pró-Reitora de Recursos

Humanos – Afastamento da penalidade – Atos praticados durante a vigência de portaria

interministerial autorizada – Instituição do Banco de Professores-Equivalentes como

instrumento de gestão administrativa de pessoal (TCU) .................................................854

4 LEGISLAÇÃO4.1 Legislação Federal

Leis Complementares

Nº da Lei Ementa

147, de 7.8.2014Publicada no DOU de

8.8.2014

Altera a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, e as Leis nos 5.889, de 8 de junho de 1973, 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, 9.099, de 26 de setembro de 1995, 11.598, de 3 de dezembro de 2007, 8.934, de 18 de novembro de 1994, 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e 8.666, de 21 de junho de 1993; e dá outras providências. Mensagem de veto

Leis Ordinárias

Nº da Lei Ementa

13.023, de 8.8.2014 Publicada no DOU de

11.8.2014 - Edição extra

Altera as Leis nos 8.248, de 23 de outubro de 1991, e 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e revoga dispositivo da Lei no 10.176, de 11 de janeiro de 2001, para dispor sobre a prorrogação de prazo dos benefícios fiscais para a capacitação do setor de tecnologia da informação.

13.022, de 8.8.2014 Publicada no DOU de

Dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais.

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11.8.2014 - Edição extra

13.021, de 8.8.2014 Publicada no DOU de

11.8.2014 - Edição extra

Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas.Mensagem de veto

13.020, de 6.8.2014 Publicada no DOU de

7.8.2014

Cria, em caráter temporário, as Funções Comissionadas de Grandes Eventos - FCGE e extingue Funções Comissionadas Técnicas - FCT.

Decretos

Nº do Decreto Ementa

8.299 de 15.8.2014Publicado no DOU de

18.8.2014

Altera o Decreto nº 4.541, de 23 de dezembro de 2002, que dispõe sobre a expansão da oferta de energia elétrica emergencial, recomposição tarifária extraordinária, cria o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA e a Conta de Desenvolvimento Energético - CDE.

8.298 de 15.8.2014Publicado no DOU de

18.8.2014

Desativa a 6ª Divisão de Exército e altera a denominação da Artilharia Divisória da 6a Divisão do Exército e a subordinação da 8a Brigada de Infantaria Motorizada e da 3a Brigada de Cavalaria Mecanizada.

8.297 de 15.8.2014Publicado no DOU de

18.8.2014

Aprova o Estatuto e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança da Fundação Biblioteca Nacional; altera os Anexos I e II ao Decreto no 7.743, de 31 de maio de 2012, que aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério da Cultura; e altera os Decretos no 519 e no 520, ambos de 13 de maio de 1992, que tratam, respectivamente, do Programa Nacional de Incentivo à Leitura e do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas.

8.296 de 15.8.2014Publicado no DOU de

18.8.2014

Altera o Decreto no 5.988, de 19 de dezembro de 2006, que dispõe sobre o art. 31 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, que instituiu depreciação acelerada incentivada e desconto da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, no prazo de doze meses, para aquisições de bens de capital efetuadas por pessoas jurídicas estabelecidas em microrregiões menos favorecidas das áreas de atuação das extintas SUDENE e SUDAM.

8.295 de 15.8.2014 Altera o Decreto nº 5.994, de 19 de dezembro de 2006, que

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Publicado no DOU de 18.8.2014

dispõe sobre a transferência dos contratos de dívida externa contratual da União e dos respectivos órgãos de origem para o Ministério do Fazenda.

8.294 de 12.8.2014Publicado no DOU de

13.8.2014

Altera o Decreto nº 7.819, de 3 de outubro de 2012, que Regulamenta os arts. 40 a 44 da Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012, e os arts. 5º e 6º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

8.293 de 12.8.2014Publicado no DOU de

13.8.2014

Altera o Decreto no 7.775, de 4 de julho de 2012, que dispõe sobre o Programa de Aquisição de Alimentos.

8.292 de 4.8.2014Publicado no DOU de

5.8.2014

Dispõe sobre a antecipação do abono anual devido aos segurados e dependentes da Previdência Social, no ano de 2014.

4.2 Legislação Estadual

Leis ComplementaresNão houve Publicação.

Leis Ordinárias

Nº da lei Ementa

18.634Publicada no D.O. de

28-07-2014

Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício de 2015 e dá outras providências.

Decretos Numerados

Nº do Decreto Ementa

8.235Publicado no D.O. de

25-08-2014

Declara de utilidade pública, para efeito de desapropriação, as áreas de terras que especifica e dá outras providências

8.234Publicado no D.O. de

25-08-2014

Retifica o Anexo Único do Decreto no 8.212, de 21 de julho de 2014, que concede a Medalha da Ordem do Mérito Tiradentes às autoridades militares, civis e eclesiásticas que especifica

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8.233Publicado no D.O. de

25-08-2014

Aprova o Regimento Interno do Fórum Goiano de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais – Fórum do Clima e PSA

8.232Publicado no D.O. de

13-08-2014 - Suplemento

Decreta luto oficial pelo falecimento do ex-Governador do Estado de Pernambuco, EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOS

8.231Publicado no D.O. de

19-08-2014

Altera o Decreto nº 4.852, de 29 de dezembro de 1997, Regulamento do Código Tributário do Estado de Goiás - RCTE -.

8.230Publicado no D.O. de

13-08-2014 - Suplemento

Delega ao Secretário de Estado da Segurança Pública, JOAQUIM CLÁUDIO FIGUEIREDO MESQUITA, competência para a prática dos atos que especifica

8.229Publicado no D.O. de

13-08-2014 - Suplemento

Determina providências para transferências dos recursos financeiros que especifica aos programas e às ações do Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento –PAI- e dá outras providências

8.228Publicado no D.O. de

13-08-2014

Dispõe sobre o recredenciamento da Universidade Estadual de Goiás - UEG

8.227Publicado no D.O. de

13-08-2014

Declara de utilidade pública, para efeito de desapropriação, as áreas de terras que especifica e dá outras providências

8.226Publicado no D.O. de

13-08-2014

Declara de utilidade pública, para efeito de desapropriação, as áreas de terras que especifica e dá outras providências

8.225Publicado no D.O. de

13-08-2014

Acrescenta o § 7o ao art. 3o do Decreto no 5.118, de 17 de setembro de 1999, e dá outras providências

8.224Publicado no D.O. de

12-08-2014

Altera o Decreto nº 8.127, de 25 de março de 2014, que regulamenta a Lei nº 18.360, de 30 de dezembro de 2013, que prorroga o prazo de fruição dos incentivos dos Programas FOMENTAR e PRODUZIR e de subprogramas deste

8.223Publicado no D.O. de

11-08-2014

Declaração de utilidade pública, para efeito de instituição de servidão de passagem da área que especifica e dá outras providências.

8.222Publicado no D.O. de

11-08-2014

Estabelece regras a serem observadas na execução dos atos normativos que especifica

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8.221Publicado no D.O. de

08-08-2014

Dá nova redação ao art. 2º do Decreto nº 7.700, de 21 de agosto de 2012

8.220Publicado no D.O. de

08-08-2014

Determina providências para transferências dos recursos financeiros que especifica aos programas e às ações do Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento –PAI- e dá outras providências

8.219Publicado no D.O. de

28-07-2014 - Suplemento

Declara de utilidade pública, para efeito de instituição de servidão de passagem, as áreas que especifica e dá outras providências .

5 FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO5.1 Repercussão Geral e Súmulas Vínculante

Vantagem de caráter geral pode ser concedida a servidor inativo, decide STF

Foi negado provimento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao Recurso Extraordinário

(RE) 596962, com repercussão geral, no qual o Estado de Mato Grosso questiona

decisão da Justiça local quanto a remuneração de servidora pública estadual aposentada.

No caso, o poder público alega que a chamada verba de aprimoramento de docência,

instituída por lei estadual, só poderia ser dirigida a professores em atividade.

De acordo com o relator do RE, ministro Dias Toffoli, a verba de incentivo ao

aprimoramento à docência, instituído pela Lei Complementar 159/2004, de Mato Grosso,

“constitui vantagem remuneratória concedida indistintamente aos professores ativos”.

Assim, afirmou, pode ser extensível aos inativos.

Como trata-se de RE com repercussão geral reconhecida, em tema repetitivo, o ministro

fixou quatro teses sobre o julgado, citando precedente do STF, de relatoria do ministro

Ricardo Lewandowski, segundo o qual as vantagens de caráter universal são extensíveis

aos aposentados.

Nas diretrizes fixadas, o ministro ressalta, entre outros aspectos, a observação de regras

de transição introduzidas pelas Emendas Constitucionais (ECs) nº 41/2003 e 47/2005.

Segundo sua proposta, as vantagens de caráter geral, por serem genéricas, são

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extensíveis aos inativos, regra que se aplica aos servidores que tenham ingressado no

serviço público antes da publicação da EC nº 20/1998 e se aposentado ou adquirido o

direito à aposentadoria antes da EC 41.

Seu voto foi acompanhado por unanimidade, vencido parcialmente o ministro Marco

Aurélio, que se pronunciava sobre o caso concreto, mas não adotava as diretrizes listadas

pelo ministro relator.

FT/CR

Fonte: STF

Aposentadoria por invalidez com proventos integrais exige especificação da doença em lei

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, decidiu que o direito à

aposentadoria por invalidez, com proventos integrais, pressupõe que a doença esteja

especificada em lei. O entendimento foi firmado no julgamento do Recurso Extraordinário

(RE) 656860, de relatoria do ministro Teori Zavascki.

Na ação, o Estado de Mato Grosso (MT) questiona acórdão do Tribunal de Justiça (TJ-

MT) que, em mandado de segurança preventivo, assentou que uma servidora teria direito

a aposentadoria por invalidez, com proventos integrais, por ser portadora de doença

grave e incurável, mesmo que a doença não esteja especificada em lei. O TJ-MT

reconheceu que “o rol das doenças graves, contagiosas ou incuráveis previsto no artigo

213, 1º, da Lei Complementar 4/1990 (estadual), é meramente exemplificativo”.

O estado alega que a decisão do TJ-MT viola a Constituição Federal (CF) em seu artigo

40, parágrafo 1º, inciso I, que apresenta as possibilidades de regime de previdência para

servidores da União, estados e municípios. “A doença a qual a recorrida é portadora não

está inserida no rol taxativo da legislação de regência apta a deferir a aposentadoria

integral”, alega.

Amicus curiae

A União, admitida como amicus curiae, se manifestou por meio da Advocacia Geral da

União pelo provimento do recurso. Por outro lado, entidades de classe defendem o

entendimento de não ser taxativo o rol de doenças incuráveis previsto nas legislações que

regulamentam o artigo 40 da CF.

Voto do relator

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O ministro Teori Zavascki votou pelo provimento do recurso, seguindo jurisprudência da

Corte em relação ao tema. Segundo o relator, o inciso I, do parágrafo 2º, do artigo 40,

afirma que as doenças graves, contagiosas ou incuráveis causadoras da invalidez devem

ser especificadas “na forma da lei”. “Pertence, portanto, ao domínio normativo ordinário a

definição das doenças e moléstias que ensejam a aposentadoria por invalidez, com

proventos integrais, cujo rol, segundo jurisprudência assentada pelo STF, tem natureza

taxativa”, decidiu.

Repercussão geral

Em fevereiro de 2012, no Plenário Virtual do STF, a questão levantada no RE 656860 teve

reconhecida sua repercussão geral. O então relator do recurso, ministro Ayres Britto

(aposentado), considerou que a questão aludida nos autos atendia aos requisitos de

relevância e interesse público.

SP/CR

Fonte: STF

5.2 Tribunais Superiores5.2.1 Supremo Tribunal Federal

Conselho de fiscalização de classe não tem legitimidade para propor ADPF

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento à Arguição

de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 264, ajuizada pelo Conselho

Federal de Corretores de Imóveis (COFECI) contra dispositivos do Decreto-Lei 9.760/46

que definem e conceituam como bens da União as ilhas costeiras e seus “contornos”. O

relator observou que, segundo a jurisprudência do STF, conselhos de fiscalização de

classe não têm legitimidade ativa para ajuizar ação de controle concentrado de

constitucionalidade, grupo em que estão incluídas, além da ADPF, a Ação Direta de

Inconstitucionalidade (ADI), a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) e a Ação

Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO).

O relator citou o ministro Celso de Mello que, ao votar na ADI 641, anotou que os

conselhos e as ordens profissionais são entidades com mera capacidade administrativa e

submetidas à tutela administrativa do ministro de Estado a cujo poder estão juridicamente

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sujeitos e que, desta forma, não poderiam exercer prerrogativa negada a seu próprio

supervisor. A exceção é a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), cujas prerrogativas

derivam de previsão constitucional explícita.

“De fato, jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal fixou-se no sentido de que os

conselhos de fiscalização de classe não detêm legitimidade para o ajuizamento das ações

de controle concentrando, por serem entidades autárquicas, detentoras, portanto, de

personalidade jurídica de direito público, não se enquadrando no conceito de ‘entidade de

classe de âmbito nacional’ constante artigo 103 (inciso IX) da Constituição Federal”,

observou o ministro.

Sede de municípios

A entidade alegava que os dispositivos questionados não teriam sido recepcionados pela

Emenda Constitucional (EC) 46/05, que exclui das propriedades da União as ilhas que

contenham sede de municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a

unidade ambiental federal, e as que se incluam entre os bens dos estados (inciso II do

artigo 26 da Constituição). A EC 46 alterou a redação do inciso IV do artigo 20 da

Constituição.

Fonte: STF

Exigência de declaração de bens dos dirigentes de empresas públicas de SC é inconstitucional

A exigência por parte da Assembleia Legislativa de Santa Catarina de declaração de bens

dos dirigentes de empresas públicas e de economia mista antes e depois de ocuparem os

cargos é inconstitucional, de acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal

(STF). A decisão ocorreu no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)

2225, ajuizada pelo governador de Santa Catarina contra a Lei estadual nº 11.288/1999.

Essa norma estabelece regras para a nomeação de presidente, vice-presidente, diretor e

membros do Conselho de Administração de autarquias, empresas públicas, sociedades

de economia mista e fundações daquela unidade da Federação.

O relator, ministro Dias Toffoli, votou pela inconstitucionalidade do inciso IV do artigo 2º da

lei e da íntegra do artigo terceiro, por entender ser “incompatível com o texto

constitucional”. O inciso IV do parágrafo 2º determina que o pretendente a um desses

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cargos deverá apresentar à Assembleia Legislativa a declaração atualizada de bens

contendo informações quanto à pessoa física e às pessoas jurídicas de que seja sócio ou

tenha sido sócio nos últimos cinco anos. “Entendo que é incompatível com a Constituição

Federal, não cabendo à Assembleia Legislativa exigir essa documentação previamente”,

afirmou o relator.

Já o artigo terceiro determina que, com a exoneração do cargo, a pedido ou a interesse

do serviço público, a pessoa deverá apresentar à Assembleia Legislativa, nos dois anos

seguintes, uma declaração atualizada de bens, além de comunicar se ocupou “cargos ou

subscrição de cotas ou ações em empresas que operem no mesmo ramo de atuação de

empresa estatal em que trabalhou ou em empresa de consultoria, assessoramento e

intermediação de contratos com o poder público”.

Para o ministro Toffoli, “tais previsões extrapolam os sistemas de freios e contrapesos que

a Constituição autoriza, pois além de determinar o fornecimento de informações

protegidas por sigilo fiscal como condição para prévia aprovação pelo Poder Legislativo

de titulares a determinados cargos, também cria mecanismo de fiscalização permanente

pela Assembleia Legislativa após a exoneração dos ocupantes dos referidos cargos”.

Na opinião do relator, houve ofensa ao princípio da separação dos poderes. Segundo ele,

a exigência significa “uma fiscalização rotineira e indiscriminada da evolução patrimonial

dos postulantes dos cargos de direção da Administração indireta do estado atingindo o

respectivo cônjuge”, uma vez que prevê que tais documentos devem ser apresentados

também pelos cônjuges dos ex-ocupantes de tais cargos.

O voto foi acompanhado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e

também pelo presidente eleito, ministro Ricardo Lewandowski. O presidente destacou que

tal exigência significa “quebra de sigilo bancário da pessoa, e isso só pode ser feito em

situações excepcionais, sempre mediante autorização judicial”.

Ficaram vencidos em parte os ministros Teori Zavascki e Gilmar Mendes. Eles

discordaram apenas em relação à inconstitucionalidade do inciso IV do artigo 2º.

Para o ministro Teori, a exigência da declaração de bens não tem nenhuma

incompatibilidade com a Constituição. “A exigência dessa higidez do histórico patrimonial

me parece um elemento razoável e indispensável para a aprovação de alguém que vai

exercer um cargo na Administração Pública indireta”, disse ele.

Já o ministro Gilmar Mendes destacou que as informações que se pede são relevantes

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porque são pessoas pretendentes a cargos importantíssimos na esfera estadual.

“Nada impede que a Assembleia faça o pedido de informações básicas sobre a vida

desse sujeito que vai dirigir uma entidade com grande poder econômico financeiro”,

destacou o ministro Gilmar.

Indicação

Em relação ao artigo 1º da mesma lei, o Plenário confirmou a liminar concedida pelo

ministro Dias Toffoli, declarando a inconstitucionalidade por entender que não cabe à

Assembleia Legislativa manifestar-se sobre a indicação, por parte do Executivo, dos

dirigentes de empresas públicas e de economia mista, podendo se manifestar somente a

respeito dos dirigentes das autarquias como ocorre na esfera federal. Ele citou exemplos

como as indicações para Anatel e outras agências reguladoras que precisam passar pela

aprovação do Senado Federal.

Portanto, em relação ao artigo 1º, os ministros julgaram inconstitucional a expressão

“empresas públicas e sociedade de economia mista”.

Nesse ponto a votação foi unânime.

CM/CR

Fonte: STF

STF revoga norma paraense que vinculava remuneração de delegado de polícia à de procurador estadual

Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou parcialmente

procedente a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 97, para

declarar a não recepção, pela Emenda Constitucional (EC) 19/98, de dispositivo da Lei

Complementar 22/1994, do Estado do Pará, que vinculava a remuneração dos delegados

de Polícia Civil à dos procuradores estaduais. A relatora, ministra Rosa Weber, observou

que a EC 19/98 vedou as equiparações automáticas entre os vencimentos de carreiras

diversas.

“Com o advento da EC 19, que implementou a chamada reforma administrativa do

Estado, os artigos 37, inciso XIII e 39, parágrafo 1º, da Constituição da República

passaram a ostentar uma nova redação vedando a vinculação ou equiparação de

quaisquer espécies remuneratórias para efeito de remuneração de pessoal de serviço

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público”, anotou.

A ministra ressaltou que, embora a redação original dos artigos 37 e 39 da Constituição

comportasse diversas exceções à regra geral de vedação à equiparação, com a EC 19/98

essas hipóteses foram sistematicamente eliminadas do texto constitucional. Lembrou,

ainda, que a norma paraense era válida até o advento da EC 19/98, mas a partir de então

se tornou incompatível com as inovações introduzidas pelo constituinte derivado.

A ação foi impetrada pela Associação Nacional dos Procuradores dos Estados (Anape)

que impugnou o artigo 65 da lei complementar no ponto em que estabeleceu vinculação

entre o vencimento-base de delegados de polícia e procuradores de Estado do Pará. De

acordo com a norma, a vinculação deveria ocorrer com diferença não superior a 5% de

uma classe para outra de carreira, correspondendo a de maior nível ao vencimento de

procurador de Estado de último nível.

O Tribunal não conheceu da ADPF no ponto em que a associação pedia a declaração de

não recepção de decisão do Tribunal de Justiça estadual (TJ-PA) em mandado de

segurança que reconheceu a isonomia de vencimento. A relatora assinalou que a ADPF

não tem como função desconstituir coisa julgada, pois não é sucedânea de ação

rescisória, mesmo no caso de questões jurídicas de natureza subjetiva. Destacou que,

havendo modificação substancial no estado de direito, as sentenças deixam de ter

validade.

Preliminar

Em questão preliminar, o ministro Marco Aurélio propôs a extinção da ação sem o

julgamento do mérito. Segundo ele, a Anape não teria interesse de agir, pois a lei estadual

disciplina a remuneração de delegados da Polícia Civil e não dos procuradores de Estado.

O Tribunal se posicionou em sentido contrário. Os ministros entenderam que o tema é

pertinente ao campo de atuação da associação, pois o fato de serem paradigma para os

vencimentos de outra carreira poderia dificultar a obtenção de reajustes.

PR/CR

Fonte: STF

5.2.2 Superior Tribunal de Justiça

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PROVA EMPRESTADA ENTRE PROCESSOS COM PARTES DIFERENTES. É admissível, assegurado o contraditório, prova emprestada de processo do qual não

participaram as partes do processo para o qual a prova será trasladada. A grande valia da

prova emprestada reside na economia processual que proporciona, tendo em vista que se

evita a repetição desnecessária da produção de prova de idêntico conteúdo. Igualmente,

a economia processual decorrente da utilização da prova emprestada importa em

incremento de eficiência, na medida em que garante a obtenção do mesmo resultado útil,

em menor período de tempo, em consonância com a garantia constitucional da duração

razoável do processo, inserida na CF pela EC 45/2004. Assim, é recomendável que a

prova emprestada seja utilizada sempre que possível, desde que se mantenha hígida a

garantia do contraditório. Porém, a prova emprestada não pode se restringir a processos

em que figurem partes idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua

aplicabilidade sem justificativa razoável para isso. Assegurado às partes o contraditório

sobre a prova, isto é, o direito de se insurgir contra a prova e de refutá-la adequadamente,

o empréstimo será válido.Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/6/2014.

Processo Relacionado: EREsp 617.428-SPFonte: STF

DIREITO ADMINISTRATIVO. TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA DE AÇÃO DISCIPLINAR. No âmbito de ação disciplinar de servidor público federal, o prazo de prescrição da

pretensão punitiva estatal começa a fluir na data em que a irregularidade praticada pelo

servidor tornou-se conhecida por alguma autoridade do serviço público, e não,

necessariamente, pela autoridade competente para a instauração do processo

administrativo disciplinar. Isso porque, de acordo com o art. 142, § 1º, da Lei 8.112/1990,

o prazo prescricional da pretensão punitiva começa a correr da data em que a

Administração toma conhecimento do fato imputado ao servidor. Ressalte-se que não se

desconhece a existência de precedentes desta Corte no sentido de que o termo inicial da

prescrição seria a data do conhecimento do fato pela autoridade competente para

instaurar o PAD. No entanto, não seria essa a melhor exegese, uma vez que geraria

insegurança jurídica para o servidor público, considerando, ademais, que o § 1º, supra,

não é peremptório a respeito. Pressupõe, tão só, a data em que o fato se tornou

conhecido. Assim, é patente que o conhecimento pela chefia imediata do servidor é

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suficiente para determinar o termo inicial da prescrição, levando-se em conta, ainda, o art.

143 da mesma lei, que dispõe que “A autoridade que tiver ciência de irregularidade no

serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou

processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa”. Precedentes

citados do STJ: MS 7.885-DF, Terceira Seção, DJ 17/10/2005; e MS 11.974-DF, Terceira

Seção, DJe 6/8/2007. Precedente citado do STF: RMS 24.737-DF, Primeira Turma, DJ

1º/6/2004.Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 12/2/2014.

Processo Relacionado: MS 20.162-DFFonte: STF

5.2.3 Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Para TJGO, via administrativa deve anteceder ação judicial

Por decisão unipessoal, o juiz substituto em segundo grau José Carlos de Oliveira

reformou sentença da 2ª Vara Cível e Fazendas Públicas da comarca de Catalão e

extinguiu ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra a

empresa Hebert e Hegert Johanssen Recuperadora de Resíduos Ltda.

A ação foi interposta para coibir as atividades da empresa, já que o MP-GO alegou prática

de poluição ambiental por causa da atividade de coprocessamento e recuperação de

resíduos Classe 1 (perigosos) para a produção de fertilizantes, além de instalações

inadequadas à atividade e falta de licenciamento adequado.

Entretanto, no entendimento do relator do processo, se ocorrem atos de poluição

ambiental, as instalações não estão de acordo com a legislação e faltam licenciamentos.

O que ocorre, observou ele, é omissão do poder público na fiscalização de atos violadores

e na adoção de medidas protetivas básicas. “Somente após a constatação da omissão do

poder público é que exsurgirá o interesse de agir pela via da ação civil pública”, ressaltou.

Segundo o juiz José Carlos de Oliveira, não foram adotadas medidas administrativas para

averiguar a situação antes do ajuizamento da ação civil pública. “Inexistindo as tratativas

administrativas adequadas, portanto, carece do direito de agir o Ministério Público, vez

que não pode utilizar-se da via processual eleita sem antes promover o que lhe compete

junto aos órgãos de fiscalização competentes, sob pena de transformar o Poder Judiciário

em mero órgão fiscalizador, distorcendo o desígnio maior deste poder que é de promover

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a pacificação dos conflitos trazidos ao processo”, enfatizou.

ArgumentaçãoInconformada com a petição inicial, a empresa Hebert e Hegert Johanssen Recuperadora

de Resíduos Ltda. entrou com agravo de instrumento para reformar a sentença. A

empresa alegou que o MP-GO entrou com ação civil pública baseada em relatórios

técnicos feitos por órgão desprovido de competência e que, para verificar a questão, o

correto seria ajuizar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), ao invés da ação

interposta.

Outra alegação diz respeito ao licenciamento de funcionamento, que deveria ser feito pelo

Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cemam) e não pela Secretaria Municipal de Meio

Ambiente de Catalão (Semmac). Isso porque a Secretaria não teria competência para

proceder a fiscalização e licenciamento das atividades. Por fim, a Hebert e Hegert

Johanssen Recuperadora de Resíduos Ltda. observou que a suspensão das atividades

que exerce poderia provocar dano ambiental expressivo, já que o não recebimento dos

resíduos das fornecedoras e a falta de processamento colocam a população em risco

ambiental. (201492417785) (Texto: Fernando Dantas – Centro de Comunicação Social do

TJGO)

Estado deverá pagar pensão para família de detento morto em penitenciária

Em decisão monocrática, o desembargador Fausto Moreira Diniz, negou recurso

interposto pelo Estado de Goiás contra decisão que concedeu tutela antecipada a família

de detento que foi assassiando dentro da Penitenciária Odenir Guimarães, onde cumpria

pena. A família ajuizou ação de indenização por danos morais e materiais contra o

governo, que terá de pagar dois terços do salário mínimo-mensal mesmo antes de

sentença final no caso.

No recurso, o Estado alegou que não foi comprovada a união estável do detento com sua

companheira, pois somente a declaração de convivência não prova a relação. Sustentou,

ainda, que não ficou comprovado que o homem colaborava no sustento financeiro da

companheira e do filho menor.

Contudo, Fausto Moreira observou que "o homem foi morto na penitenciária, estava sob

custódia do Estado, como se verifica na certidão de óbito, bem como a declaração de

convivência emitida junto a Casa de Prisão Provisória". O magistrado ressaltou que ficou

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comprovado o grau de parentesco do filho com o detento, conforme certidão de

nascimento. "Considerando a idade do menor, é imediata a necessidade de alimentar-se

ainda no curso do processo", ressaltou.

Para o desembargador, caso a medida seja concedida no final do processo, o risco de

lesão para a criança é enorme. Ele considerou que, ainda que a Lei nº 9.9494/97 impeça

a antecipação de tutela contra a fazenda pública, o artigo deve ser interpretado sem

impedimento à sua concessão, quando envolve pagamento de verba alimentar. (Texto:

Brunna Ferro - estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)

5.2.4 Tribunal Superior do Trabalho

Estagiária que virou advogada não precisa de novo instrumento de mandato

A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho de provimento a recurso da Unidade de

Serviços Especializados (USE) e afastou a irregularidade de representação declarada

pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6º Região (PE), que não considerou válidos os atos

praticados por uma estagiária que, entre o substabelecimento e a interposição do recurso,

habilitou-se para atuar como advogada. O processo retornará agora ao Regional, para

prosseguir no exame do recurso.

O TRT-PE entendeu que, embora se presuma que a subscritora do recurso passou à

condição de advogada, não houve apresentação de nova procuração. "A regularidade de

representação não é automática, depende de juntada de novo instrumento de procuração

pela empresa conferindo poderes expressos para a prática de atos privativos de

advogado, nos termos dos artigos 37 do Código de Processo Civil (CPC) e 5º da Lei

8.906/94" (Estatuto da OAB), detalha o acórdão.

No recurso de revista ao TST, a empresa afirmou que, no momento da primeira audiência,

a profissional ainda era estagiária. Todavia, no decorrer do processo, sobreveio sua

habilitação como advogada, e, nessa condição, assinou o recurso ordinário.

O relator do processo, ministro João Orestes Dalazen, assinalou que a jurisprudência do

TST considera válidos os atos praticados por estagiário se, entre o substabelecimento e a

interposição do recurso, houver a habilitação para atuar como advogado. Esse

entendimento está consolidado na Orientação Jurisprudencial 319 da Subseção 1

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Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do TST.

Assim, após a habilitação, a empresa não estava obrigada a apresentar novo instrumento

de mandato, pois ela já dispunha de poderes recebidos na qualidade de estagiária. "O

fato de constar da procuração a condição de estagiária não restringe os poderes

outorgados", ressaltou. "Apenas, enquanto estagiária, a acadêmica não podia subscrever

recursos sem a devida supervisão e acompanhamento de advogado", concluiu, citando o

artigo 3º, parágrafo 2º, do Estatuto da OAB.

A decisão foi unânime. (Paula Andrade/CF)

Processo: RR-103800-46.2008.5.06.0010

Declaração de suspeição não impede magistrada de participar de julgamento de embargos

A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do

Trabalho reconheceu legítima a participação de uma desembargadora do Tribunal

Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) na votação dos embargos de declaração da

empresa carioca Barcas S. A. – Transportes Marítimos, mesmo ela tendo se declarado

suspeita, por motivo de fora íntimo, no julgamento do recurso ordinário referente à ação

original.

Em decisão anterior, o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) julgou

improcedente a ação rescisória da empresa, que pretendia desconstituir sentença,

transitada em julgado, na qual fora condenada em reclamação movida por um

empregado. No recurso ao TST, a empresa insistiu no argumento de que a suspeição

declarada pela magistrada a impediria de participar no julgamento dos seus embargos

declaratórios.

Mas, segundo o relator que examinou o recurso, ministro Douglas Alencar Rodrigues, não

houve nenhuma irregularidade na participação da desembargadora naquele julgamento.

De acordo com o artigo 485, inciso II, do Código de Processo Civil (CPC), a sentença de

mérito transitada em julgado pode ser rescindida "quando proferida por juiz impedido ou

absolutamente incompetente". O caso, porém, diz respeito à suspeição, e não

impedimento. O ministro lembrou ainda que, quando a magistrada se declarou suspeita, o

processo foi redistribuído para outro desembargador, que considerou o recurso da

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empresa intempestivo (interposto fora do prazo).

"É preciso ter presente que a ação rescisória é uma ação autônoma, que objetiva

desfazer os efeitos de decisão já transitada em julgado", explicou o relator, lembrando que

as hipóteses que permitem da rescisão estão listadas taxativamente no artigo 485 do

CPC.

A decisão foi por unanimidade. (Mário Correia/CF)

Processo: RO-427900-26.2009.5.01.0000

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6 CONGRESSOS E SEMINÁRIOS

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Boletim Informativo CEJUR, ano IX, n. 18/2014.

25 de Agosto de 2014.

ELABORAÇÃO:

Cláudia Marçal de Souza - Procuradora-Chefe do CEJUR

Mariana Milena Marinho - Estagiária em Direito

Dalvino Gonçalves de Almeida Junior – Estagiário em Designer

PUBLICAÇÃO:

Carlos Tavares da Silva – Assessor de informática

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