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INFORMATIVO TRIMESTRAL SOBRE CRÉDITO PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DE MINAS GERAIS ANO 0 - NÚMERO 6 - FEVEREIRO A ABRIL DE 2012 Informações sobre acesso ao crédito O Boletim Crédito em Foco já está em sua 6ª edição! Essa publicação produzida pelo SEBRAE-MG, em parceria com o Banco do Brasil, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, Banco do Nordeste do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal, dispo- nibiliza aos empresários de micro e pequenos empresas e empreendedores informações sobre o acesso dos pequenos negócios aos serviços financeiros. Além disso, o boletim divulga os principais produtos de crédito direcionados ao segmento, alerta sobre os cuidados a serem tomados na contratação de empréstimos e financiamentos e apresenta diversas dicas e orientações que podem auxiliá-lo no dia a dia de seu negócio. Nessa edição você vai encontrar um destaque especial sobre o Empreendedor Individual. Boa leitura! Empreendedor individual A figura do Empreendedor Individual (EI), instituída pela Lei Complementar 128/08, foi criada com o intuito de retirar da informalidade milhões de empresários brasileiros. A Lei sim- plifica o processo de formalização do negócio, a custos mais acessíveis e ainda propicia aos informais os benefícios da in- clusão previdenciária, econômica e social. De modo geral, a informalidade restringe o desenvolvimen- to do negócio, já que as empresas que atuam nesse ambiente ficam mais expostas a dificuldades de acesso ao mercado fi- nanceiro, ao judiciário e aos incentivos governamentais. Isso pode justificar o menor nível de produtividade existente nesse meio, quando comparado ao setor formal. Ao saírem da infor- malidade, esses novos empresários podem usufruir das van- tagens de um ambiente mais seguro e propício ao exercício do empreendedorismo. Vantagens em se tornar um Empreendedor Individual Além dos benefícios previdenciários garantidos pela Lei (Ex.: aposentadoria, auxílio-doença, Licença maternidade), a formalização da atividade possibilita também a participação da empresa em concorrências e licitações públicas e as compras e vendas em conjunto, que ocorrem quando os empreende- dores se unem em prol de condições de preço e prazo mais vantajosas. Cabe destacar ainda que o empreendedor formalizado pode encontrar menos obstáculos quando decide buscar por re- cursos no mercado, uma vez que alguns agentes financeiros (públicos, privados e de microcrédito) já possuem produtos e serviços específicos para o EI. Mas é preciso estar atento, pesquisar e identificar qual destas instituições apresenta produtos mais adequados à sua realidade. É importante lembrar também que o fato de estar re- gistrado como Empreendedor Individual não é garantia de con- cessão de crédito. O empreendedor precisa conhecer e cum- prir as exigências do sistema financeiro, tais como apresentar documentação completa do negócio, comprovar a capacidade de pagamento e oferecer garantias. Relacionamento com o sistema financeiro Pesquisa realizada pelo Sebrae-MG, mostra que 89,3% dos Empreendedores Individuais se relacionam com pelo menos um banco. Já 11,7% dos entrevistados disseram que não pos- suem relacionamento com nenhum banco, e a principal alega- ção foi por julgarem desnecessário. Para 13,8% dos entrevis- tados, as restrições cadastrais foram os motivos para não se relacionarem com os bancos. A pesquisa aponta ainda que, daqueles que possuem conta bancária, 67% possuem apenas conta da pessoa física (pessoal) o que torna muito delicada a gestão da empresa. É importante separar a movimentação da empresa da movimentação pessoal, isto porque ficará mais fácil acompanhar a evolução do negócio e tomar decisões mais acertadas, além de poder acessar recur- sos e outros serviços financeiros em melhores condições. Outro dado muito relevante, diz respeito ao conhecimen- to dos EI’s sobre as linhas de crédito disponíveis. Quase 80% dos empreendedores entrevistados disseram não conhecer as linhas de crédito específicas para o pessoa jurídica, o que reforça a importância da divulgação dos produtos e serviços financeiros destinados aos pequenos negócios. Vale alertar que outras instituições financeiras também oferecem linhas de crédito para o EI, mas é preciso comparar todas as op- ções identificando aquela que mais se adéqua às necessida- des da empresa.

N.6 - FEV/2012 - Crédito em Foco

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Informativo trimestral sobre crédito para microempresas e empresas de pequeno porte de Minas Gerais. Edição de fevereiro/2012 a abril/2012.

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INFORMATIVO TRIMESTRAL SOBRE CRÉDITO PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DE MINAS GERAIS

ANO 0 - NÚMERO 6 - FEVEREIRO A ABRIL DE 2012

Informações sobre acesso ao crédito O Boletim Crédito em Foco já está em sua 6ª edição! Essa publicação produzida pelo SEBRAE-MG, em parceria com o Banco

do Brasil, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, Banco do Nordeste do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal, dispo-nibiliza aos empresários de micro e pequenos empresas e empreendedores informações sobre o acesso dos pequenos negócios aos serviços financeiros. Além disso, o boletim divulga os principais produtos de crédito direcionados ao segmento, alerta sobre os cuidados a serem tomados na contratação de empréstimos e financiamentos e apresenta diversas dicas e orientações que podem auxiliá-lo no dia a dia de seu negócio.

Nessa edição você vai encontrar um destaque especial sobre o Empreendedor Individual.

Boa leitura!

Empreendedor individual A figura do Empreendedor Individual (EI), instituída pela Lei

Complementar 128/08, foi criada com o intuito de retirar da informalidade milhões de empresários brasileiros. A Lei sim-plifica o processo de formalização do negócio, a custos mais acessíveis e ainda propicia aos informais os benefícios da in-clusão previdenciária, econômica e social.

De modo geral, a informalidade restringe o desenvolvimen-to do negócio, já que as empresas que atuam nesse ambiente ficam mais expostas a dificuldades de acesso ao mercado fi-nanceiro, ao judiciário e aos incentivos governamentais. Isso pode justificar o menor nível de produtividade existente nesse meio, quando comparado ao setor formal. Ao saírem da infor-malidade, esses novos empresários podem usufruir das van-tagens de um ambiente mais seguro e propício ao exercício do empreendedorismo.

Vantagens em se tornar um Empreendedor Individual

Além dos benefícios previdenciários garantidos pela Lei (Ex.: aposentadoria, auxílio-doença, Licença maternidade), a formalização da atividade possibilita também a participação da empresa em concorrências e licitações públicas e as compras e vendas em conjunto, que ocorrem quando os empreende-dores se unem em prol de condições de preço e prazo mais vantajosas.

Cabe destacar ainda que o empreendedor formalizado pode encontrar menos obstáculos quando decide buscar por re-cursos no mercado, uma vez que alguns agentes financeiros (públicos, privados e de microcrédito) já possuem produtos e serviços específicos para o EI.

Mas é preciso estar atento, pesquisar e identificar qual destas instituições apresenta produtos mais adequados à sua realidade. É importante lembrar também que o fato de estar re-gistrado como Empreendedor Individual não é garantia de con-cessão de crédito. O empreendedor precisa conhecer e cum-prir as exigências do sistema financeiro, tais como apresentar documentação completa do negócio, comprovar a capacidade de pagamento e oferecer garantias.

Relacionamento com o sistema financeiroPesquisa realizada pelo Sebrae-MG, mostra que 89,3% dos

Empreendedores Individuais se relacionam com pelo menos um banco. Já 11,7% dos entrevistados disseram que não pos-suem relacionamento com nenhum banco, e a principal alega-ção foi por julgarem desnecessário. Para 13,8% dos entrevis-tados, as restrições cadastrais foram os motivos para não se relacionarem com os bancos.

A pesquisa aponta ainda que, daqueles que possuem conta bancária, 67% possuem apenas conta da pessoa física (pessoal) o que torna muito delicada a gestão da empresa. É importante separar a movimentação da empresa da movimentação pessoal, isto porque ficará mais fácil acompanhar a evolução do negócio

e tomar decisões mais acertadas, além de poder acessar recur-sos e outros serviços financeiros em melhores condições.

Outro dado muito relevante, diz respeito ao conhecimen-to dos EI’s sobre as linhas de crédito disponíveis. Quase 80% dos empreendedores entrevistados disseram não conhecer as linhas de crédito específicas para o pessoa jurídica, o que reforça a importância da divulgação dos produtos e serviços financeiros destinados aos pequenos negócios. Vale alertar que outras instituições financeiras também oferecem linhas de crédito para o EI, mas é preciso comparar todas as op-ções identificando aquela que mais se adéqua às necessida-des da empresa.

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LINHAS DE CRÉDITO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (www.caixa.gov.br)*

Linha de crédito Finalidade Limite de crédito PrazosTaxa de juros e

outros encargosGarantias

Microcrédito Produtivo Orientado

Crescer CAIXA

Gixo / Investimento Fixo

Até R$ 15 mil De 4 a 24

meses, sem carência

0,64% ao mês, equi-valente a 8% ao ano

Aval, finança, garantias reais

Taxa de Abertura de Crédito – TAC: 1% sobre o valor do empréstimo, cobrado no ato da contratação. IOF: Alíquota zero.

(*) ATENÇÃO: Informações repassadas pelas instituições financeiras conveniadas, sujeitas a alteração sem aviso prévio e condicionadas a avaliação de crédito e análise cadastral. O SEBRAE-MG está isento das responsabilidades sobre as mesmas. Para maiores informações sobre esses e outros produtos dos bancos conveniados, acesse o site da instituição ou procure uma agência bancária mais próxima.

A área de atuação do Banco do Nordeste do Brasil é a região Nordeste do país, compreendendo a região norte dos estados de Minas Gerais (incluindo o Vale do Jequitinhonha e o Vale do Mucuri) e do Espírito Santo, observadas as diposições legais pertinentes.

BANCO DO NORDESTE (www.bnb.gov.br)*

Linha de crédito FinalidadeLimite de crédito

PrazosTaxa de juros e outros

encargosGarantias

Financiamento a Empreendedor Individual com

fonte FNE (FNE-EI)

Implantação, expansão, modernização e relo-calização de empreen-dimentos dos setores comercial, serviços, turismo, industrial e

agroindustrial

Até 100% do valor orçado da proposta

Até 36 me-ses, incluindo até 2 meses de carência

"6,75% a.a. para MEI. Bônus de adimpên-

cia de 25% para empreendimentos no

semiarido e de 15% fora dele"

"6,75% a.a. para MEI.

Bônus de adimpên-cia de 25% para

empreendimentos no semiarido e de

15% fora dele"

BANCO DO BRASIL (www.bb.com.br)*

Linha de crédito Finalidade Limite de crédito PrazosTaxa de juros e outros

encargosGarantias

BB Microcrédito Empreendedor

Gixo / Investimento Fixo

Mínimo de R$ 150,00 e máxi-mo de R$ 15 mil

0,64% ao mês, equivalente a 8% ao ano

Aval, finança, garantias reais

Taxa de Abertura de Crédito – TAC: 1% sobre o valor do empréstimo, cobrado no ato da contratação. IOF: Alíquota zero.

Para reduzir riscos e cumprir as exigências estabelecidas

pelos órgãos reguladores do sistema financeiro nacional, antes

de liberar recursos, as instituições financeiras precisam conhe-

cer bem os clientes. Esses agentes costumam incluir em sua

análise de crédito parâmetros para filtrar as informações dos

clientes, ponderá-las e finalmente decidir a respeito da libe-

ração do crédito. Esses parâmetros avaliam, por exemplo, a

situação financeira e fiscal da empresa e do empresário, a ca-

pacidade de pagamento e a consistência do negócio.

O empreendedor, quando decide recorrer a empréstimos

e financiamentos, além de se adequar as condições estabele-

cidas pelos bancos deve criar ou fortalecer um bom histórico

de relacionamento com esses agentes. Com isso terá grandes

chances de obter sucesso na solicitação.

Seguem algumas dicas que podem ajudá-lo. Confira!

Tome Nota

Conheça e compare os produtos e serviços tanto da institui-

ção que já possui relacionamento, quanto de outras institui-

ções de seu interesse.

Escolha a agência onde pretende obter crédito e o produto/

serviço mais compatível com a realidade e necessidade de sua

empresa.

Disponibilize informações cadastrais, financeiras e gerenciais

consistentes e confiáveis para o banco.

Mantenha seu cadastro e da sua empresa sempre atualizado

e sem ocorrências negativas, como por exemplo, emissão de

cheques sem fundo e pagamentos em atraso para que o pro-

cesso sejá mais ágil.

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www.sebraemg.com.br

Obrigações legais

Tenha conhecimento dos impostos e contribuições que devem ser pagos, seus valores, vencimentos e procedimentos para o pagamento e controle. Lembre-se: O atraso no pagamento dos tributos implica em juros e multa. Além disso, os EIs que não estão em dia com as contribuições previdenciárias não têm direito aos benefícios e coberturas previstas pela Lei.

Procure a prefeitura local para obter informações sobre o local de exercício da atividade.

Conheça os custos e procedimentos para a contratação de um empregado e apresentação das informações do mesmo.

Mantenha o controle das notas fiscais emitidas (Obs.: O EI está dispensado de emitir nota fiscal para o consumidor pes-soa física, porém estará obrigado à emissão quando vender para pessoa jurídica).

Preencha mensalmente o Relatório Mensal das Receitas que obteve no mês anterior. (Obs.: O EI está dispensado da conta-bilidade formal (Livros fiscais e contábeis), mas deve manter o mínimo de controle mensal em relação à compra de mercado-rias, notas fiscais emitidas e recebidas, lucros e prejuízos acu-

mulados. Essas informações devem ser anexadas ao relatório mensal e são muito importantes para apresentar ao banco).

Apresente anualmente a Declaração Anual do Simples Nacional – DASN-SIMEI, lembrando que a falta desta de-claração no início do ano, impede a emissão das guias de pagamento da DAS mensal. Às empresas que ultrapassarem o limite de faturamento anual em até 20%, ao realizarem a declaração de faturamento – DASN-SIMEI, devem imprimir e pagar a guia da diferença dos impostos sobre o valor exce-dente, assim permanecendo no ano seguinte no regime do Microempreendedor Individual. Este procedimento deve ser realizado no mês de Janeiro.

Mantenha sob controle a parte financeira e gerencial do negó-cio e fique atento às questões relativas ao limite de faturamen-to estabelecido pela Lei.

Resolução da Caixa Econômica garante aos empreendedores individuais e às empresas de pequeno porte (com até 10 fun-cionários) isenção na taxa para certificação digital até 30/6.

O empreendedor individual deve obter todas as informações sobre as condições, responsabilidades e obrigações decorrentes do seu negócio.

Fique atento às seguintes questões:

Fique atento

Atuar por conta própria, sem sócios

Ter receita bruta anual de até R$ 60 mil (valor atualizado em 2012)

Ter no máximo um empregado, que receba salário míni-mo ou piso da categoria

Não ter participação em outra empresa como sócio ou titular

Estar enquadrado nas atividades reconhecidas pela legislação

Para se tornar um empreendedor individual é preciso ter o seguinte perfil:

Feira do Empreendedor

Participe!

A Feira do Empreendedor acontece nos dias 20 a 23 de março, de 10h às 22h e dia 24 de março de 10h às 18h no MINASCENTRO

Entrada: 1kg de alimento não perecível

Mais informações, programação completa e inscrições no endereço:http://feiradoempreendedor2012.com.br/sebraemg

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