40
N87 JULHO 2020 EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO AMÁLIA RODRIGUES O CENTENÁRIO DA MAIOR VOZ DA HISTÓRIA DA MÚSICA PORTUGUESA PEDRO CUNHA COORDENADOR DA UNIDADE DE AVC DO HOSPITAL DE GUIMARÃES O MUSEU PARA A RUA O RESULTADO DA RESIDÊNCIA ARTÍSTICA DE MÓNICA MINDELLIS TANTOS BEIJOS POR DAR Artistas vimaranenses unem-se em momento único

N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

N87 JULHO 2020EDIÇÃO DIGITAL

DIRETOR ELISEU SAMPAIO

AMÁLIA RODRIGUES O CENTENÁRIO DA MAIOR VOZ DA HISTÓRIA DA MÚSICA PORTUGUESAPEDRO CUNHA COORDENADOR DA UNIDADE DE AVC DO HOSPITAL DE GUIMARÃES

O MUSEU PARA A RUA O RESULTADO DA RESIDÊNCIA ARTÍSTICA DE MÓNICA MINDELLIS

TANTOS BEIJOS POR DARArtistas vimaranenses

unem-se em momento único

Page 2: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

02

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

N87 | JULHO 2020

TODOS OS MESESA MAIS GUIMARÃES LEVA ATÉ SI

O QUE DE MAIS IMPORTANTE ACONTECE NA CIDADE BERÇO

E NO CONCELHO!

COM SINAL MAISNESTA EDIÇÃO

AVC – É SEGUROIR AO HOSPITAL

O CENTENÁRIO DA VOZ DO FADO

200 ANOS DEREVOLUÇÃO LIBERAL

TRAZER O MUSEUPARA A RUA

JOGADORESDESVALORIZADOS..

A NOVA REALIDADE!

O ENCONTRO ENTREO GRANITO E AALMA DO LUGAR

Page 3: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

03

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Page 4: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

04

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

VERD'ÁGUA INTERIOR DESIGN É UM ATELIER DE DESIGN DE INTERIORES E ARQUITETURA, QUE SE DEDICA À CRIAÇÃO DE PROJETOS DE INTERIORES,

APRESENTANDO DE FORMA CRIATIVA SOLUÇÕES PARA TODO O TIPO DE ESPAÇOS. APESAR DE SER UMA MARCA JOVEM, POSSUI UMA VASTA

EXPERIÊNCIA NO RAMO DO MOBILIÁRIO E DA DECORAÇÃO.

“Como criadores de espaços de design, procuramos inspirar os nossos clientes ajudando-os a encontrar conforto e o seu próprio estilo. Acreditamos que o mobiliário e a decoração são espelhos da nossa auto-expressão”

Ao centro da Avenida D. João IV, uma das mais movimentadas arté-rias da cidade de Guimarães, nasceu a Verd`água Interior Design, um espaço que se distingue para sobriedade e pelo bom gosto.

Uma equipa jovem mas experiente, de arquitetura e design de in-teriores, desenvolve ali projetos para serem implementados em todo o tipo de espaços, residenciais ou comerciais. Na Verd`água concretiza-se todo o projeto arquitetónico ou o projeto na fase de acabamentos e acompanhamento de obra, ficando estes profissio-nais também responsáveis pela escolha dos melhores materiais, garantindo assim a qualidade de construção e acabamento de toda a obra.

Na Verd'água fazem-se pequenas e grandes remodelações com

projetos chave-na mão, com o estudo prévio do espaço e a análise das preferências dos clientes, de modo a conceptualizar e planear ambientes personalizados, confortáveis, requintados e funcionais.

Na Verd`água desenha-se e produz-se também mobiliário por medi-da, ajustado ao espaço do cliente e em conformidade com as suas necessidades. Ali é possível encontrar das mais conceituadas mar-cas de decoração do mercado: MOOOI, CHRISTIAN LACROIX, DESIG-NERS GUILD, CASAMANCE, PIERRE FREY ou ARTE.

Um espaço a visitar, por vimaranenses de bom gosto.

Verd`água Interior Design

De Guimarães para qualquer partedo mundo.

Uma equipa profissional multidisciplinar disponível para o ajudar a concretizar o seu projeto.

Page 5: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

05

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Page 6: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

06

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

FICHA TÉCNICA COMO PUBLICITAR

Mais Guimarães A Revista da Cidade BerçoPublicação Periódica Regional, MensalTiragem5.000 ExemplaresProprietárioEliseu Sampaio Publicidade, Unipessoal Lda.NIPC 509 699 138Sede Rua de S. Pedro, Nº. 127 - Serzedelo4765-525 GuimarãesTelefone 917 953 912Email [email protected] e EditorEliseu de Jesus Neto SampaioRegistado na Entidade Reguladora Paraa Comunicação Social, sob o nº. 126 352ISSN 2182/9276 Depósito Legal nº. 358 810/13

Design Gráfico e PaginaçãoMais Guimarães

Impressão e AcabamentoGráfica Nascente, Artes Gráficas Lda.Travessa Comendador Aberto M. SousaLote 15, Zona Industrial - Vila Nova de Sande4805-668 Guimarães

Fotografia da CapaJoana Meneses

Contacte-nos e conheça asnossas campanhas de publicidade.

Telefone 253 537 250 Telemóvel 917 953 912Email [email protected]

www.maisguimaraes.pt

Av. S. Gonçalo 319, 1º Piso, Salas C e D4810-525 Guimarães

Mais Guimarães – A Revista é um órgão de comunicação independente e plural ao serviço de Guimarães e de todos os Vimaranenses.

Estas são as linhas que a definem:

01 A Revista “Mais Guimarães” é um órgão de comunicação regional, gratuito, generalista, independente e pluralista, que privilegia as questões ligadas ao concelho de Guimarães.

02 A Revista “Mais Guimarães”, é uma publicação independente, sem qualquer dependência de natureza política, económica ou ideológica.

03 A Revista “Mais Guimarães” é um órgão de informação que recusa o sensacionalismo

e é orientado por critérios de rigor, isenção e honestidade no tratamento das notícias.

04 A Revista “Mais Guimarães” compromete-se a respeitar os direitos e deveres previstos na Constituição da República Portuguesa, na Lei de Imprensa e no Código Deontológico dos Jornalistas.

05 A Revista “Mais Guimarães” aposta numa informação diversificada de âmbito local, abrangendo os mais variados campos de atividade e pretende corresponder às motivações e interesses de um público plural que se quer o mais envolvido possível no projeto editorial.

06 A Revista “Mais Guimarães” distingue claramente as notícias – que deverão ser objetivas,

circunscrevendo-se à narração, à relacionação e à análise dos factos para cujo apuramento devem ser ouvidas as diversas partes – e as opiniões, ou crónicas, que deverão ser assinadas por quem as defende, claramente identificáveis.

07 A Revista “Mais Guimarães” compromete-se a respeitar a privacidade dos cidadãos, recusando a divulgação de factos da vida pessoal e familiar.

08 A Revista “Mais Guimarães” considera a sua atividade como um serviço de interesse público, com respeito total pelos seus leitores, em prol do desenvolvimento da identidade e da cultura local e regional, da promoção do progresso económico, social e cultural.

A última edição da Mais Guimarães com cheiro a tinta fresca saiu em março deste ano. Poucos dias depois, vimo-nos confinados às nossas habitações, levados a recuar no espaço que habitualmente ocupávamos, imensamente maior, imensamente vasto. De uma vida sem limites e poucas restrições, fugimos apressadamente para casa, fechamo-nos, trancamo-nos, corremos do mundo. Fugir, fechar, trancar eram verbos menores, que pouco ousávamos utilizar.

Escondermo-nos assim pode não ter sido necessariamente mau. Talvez, este tempo incerto, encoberto, de introspeção forçada, tivesse um propósito, um desígnio.

Nos meus ricos anos de vida nunca percebi serem tão amiúde utilizadas e valorizadas expressões e manifestações como o amor, a família, a amizade ou o respeito. Não sabia, mas agora sei, o quanto e quantos estão disponíveis para ajudar outros, sendo solidários, abrindo as mãos, dando abraços tão fortes sem se tocarem, sem braços, com coração.

Nos olhares vemos medo ainda, de um futuro demasiado incerto. Mas vemos esperança também, a fé de em breve podermos retomar as vidas que deixamos lá atrás, em março. E cimentados nas nossas histórias e neste momento de aprendizagem singular, construirmos um futuro melhor do que aquele para que caminhávamos, que percorríamos sem questionar, sem procurar entender, apenas caminhando sobre a espuma dos dias que passavam, velozes e cadenciados.

Tenhamos a coragem de conferir um novo ritmo às nossas vidas, sendo mais luz da manhã, e mais lua cheia, cujo brilho trespasse nuvens e transporte felicidade maior aos que nos rodeiam, e com quem partilhamos este momento. Sejamos todos um pouco mais.

A Mais Guimarães, a Revista da Cidade Berço, volta este mês ao papel, ao contacto com os leitores que continuam a preferir este contacto, físico, com as coisas. Já tínhamos saudades suas.

JÁ TÍNHAMOS SAUDADES SUAS!

Page 7: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

07

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

AS PAVLOVAS DO VILLAS, DE MOREIRA DE CÓNEGOS, FAZEM FUROR EM GUIMARÃES E NA REGIÃO, MAS ATÉ JÁ HÁ QUEM AS PROCURE UM POUCO POR TODO O NORTE DE PORTUGAL.

“A primeira pavlova que fiz, foi com o intuito de divulgar nas re-des sociais, uma sobremesa deliciosa e fresca agora para o verão, mas com uma excelente apresentação para os jantares em família tivessem outro encanto. E foi um sucesso. Dia após dia recebía-mos encomendas e todas as pavlovas que fazia, mesmo sem en-comendas, eram todas vendidas”, afirma, à Mais Guimarães, Elsa Castro, proprietária.

O segredo é a alma do negócio, mas, para as pavlovas ficarem no ponto, é preciso uma boa dose de amor. “A apresentação e a quali-dade são a maior distinção, tenho muito cuidado com todos os por-menores, com a conjugação da fruta, cores e sabores, tudo é feito manualmente e com muita paciência”, explica Elsa Castro.Nas dificuldades surgem as oportunidades. Em plena pandemia de Covid-19, surgiram as pavlovas do Villas Salão de Chá. Tem mesmo que as provar, para perceber que são realmente únicas.

PAVLOVA:A IRRESISTÍVEL SOBREMESA DESTE VERÃO

Av. Comendador Joaquim Almeida Freitas Loja-B05, 4815-011, Moreira de Cónegos - Guimarães • 969 825 409 • www.facebook.com/Villas.Moreiradeconegos

MARCAR PELA DIFERENÇAHá muito mais para saborear no Villas, pois esta não é mais uma pastelaria que tem serviço de cafetaria e vende bolos caseiros. O serviço é personalizado. “O cliente pensa e nós executamos”, diz Elsa. O Villas Salão de Chá entrega pequenos almoços personaliza-dos, prepara piqueniques, ajuda os clientes na preparação de festas personalizadas e até na preparação de simples jantares.

Page 8: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

08

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Page 9: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

09

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

O MAIOR NOME DA MÚSICA PORTUGUESA CELEBRARIAO CENTÉSIMO ANIVERSÁRIO NO MÊS DE JULHO.

FOTOGRAFIA: DIREITOS RESERVADOS

Nasceu a 23 de julho de 1920 a voz mais icónica da história da música portuguesa. Amália Rodrigues, durante muitos anos, não conhecia a data certa do seu nascimento, levando-a a escolher o primeiro dia de julho. "Nunca a família soube ao certo o dia do nascimento. Nem a mãe, Laurinda, alguma vez se lembrou. Recordava-se que tinha sido em junho de 1920", garante o antigo jornalista Manuel Catarino na obra "Amália - Segredos, episódios e excentricidades", a biografia da fadista que publicou em setembro de 2019.

Nasceu pobre, em Lisboa, e tinha apenas 14 meses quando so pais a deixaram com os avós. Só os voltaria a ver quase quatro anos depois. Ana do Rosário Bento, a avó, queria que a Amália fosse bor-dadeira, uma das tarefas que a pequena menina tinha que desem-penhar. Aos 13 anos percorria 10 km a pé por dia, só para aprender bordadura, num ateliê no Chiado. Rapidamente mudou de funções e passou a engomar roupa, algo que não agradou à avó. Mudou-se então para uma fábrica de guloseimas, onde descascava marme-los e enrolava rebuçadas, sempre enquanto cantava.

Aos 16 anos, Amália Rodrigues e a irmã Celeste Rodrigues vão tra-

balhar para o quiosque de um conhecido do pai. Com o dinheiro que ganhava, passou a ir ao cinema ver filmes musicais e a cantar na rua.

Em 1939 estreou-se, com um vestido amarelo e verde às riscas, no Retiro da Severa. No ano seguinte estreia-se no teatro de re-vista como atracção da peça Ora Vai Tu, no Teatro Maria Vitória. O êxito, em Portugal, todos conhecemos. Em 1952 Amália Rodrigues parte à conquista da América e triunfa imediatamente. Alguns agentes propõem-lhe gravar em inglês canções de compositores como Cole Porter, George Gershwin e Samuel Barber. A fadista re-cusa. Em Hollywood, também são vários os produtores de cinema que a disputam. Os executivos da 20th Century Fox acenam-lhe com um contrato milionário. A artista acabaria regressar a Lisboa sem lhes dar resposta.

Até à sua morte, em outubro de 1999, 170 álbuns haviam sido edi-tados com seu nome em 30 países, vendendo mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo, um número três vezes maior que a população de Portugal.

O CENTENÁRIO DA VOZ DO FADO

Page 10: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

10

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

CONHECER PORTUGAL DE LÉS A LÉS E EXPLORAR O QUE DE BOM ESTE PAÍS TEM PARA OFERECER. TUDO ISTO É POSSÍVEL NUMA AUTOCARAVANA.

AS SUAS FÉRIAS DE VERÃO 2020 VÃO SER INESQUECÍVEIS.

FOTOGRAFIAS: DIREITOS RESERVADOS

Há cada vez mais autocaravanas nas estradas portuguesas e quem experimenta não quer outra coisa. Se há algo positivo a tirar da experiência de vivermos em pandemia, é a maior predes-posição para conhecermos o nosso país.

Uma road trip pela Costa Vicentina? Percorrer o tão desejado Algar-ve, ou que tal conhecer a beleza das praias do norte de Portugal? Tudo isto é possível de uma forma totalmente segura e confortá-vel e, ao mesmo tempo, aventureira. A MC Cars foi criada em 2018 e apresenta uma oferta diversificada, com os melhores preços do mercado.

"A procura aumentou este ano, devido à Covid-19. É um aumento de 500%. Temos procura de todo o país, mas 90% dos nossos clientes estão no centro e sul de Portugal", refere Maurício Costa, proprietá-rio, à revista Mais Guimarães. Segundo Maurício a maioria dos seus clientes são famílias, com filhos, à procura de umas férias diferentes.

VANTAGENS:- Liberdade total no deslocamento. Vai para onde quer sem se preo-cupar com horários, agendas nem planeamentos;

- Permite o turismo itinerante e improvisado; além disso, é extrema-mente fácil fazer saídas esporádicas e espontâneas;

- Conforto inigualável durante a viagem. Pode esticar as pernas e circular sem ter que fazer paragens constantes (com os cuidados óbvios!);

Pode levar consigo os seus animais de estimação, independente-mente do tamanho;

Especialmente indicado para grandes e longas viagens;

Não é obrigatório ficar em parques de campismo;

Não é necessária uma carta de condução específica, apesar do ta-manho destes veículos (desde que tenham até 3.500kg).

FÉRIAS EM AUTOCARAVANAS

Rua da Liberdade, 289, 4810 Guimarães 910 652 052

“EXPERIMENTÁMOS ESTE TIPO DE FÉRIAS E AGORA NÃO QUEREMOS OUTRA COISA”Rui Gonçalves, 41 anos, cliente.

Page 11: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

11

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

PENEDA

Page 12: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

12

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

A PENEDA É UM DAQUELES LUGARES QUE NOS MARCAM, PARA SEMPRE, QUE NOS IMPRESSIONAM À CHEGADA, PELA SUA BELEZA, PELA SINGULARIDADE, QUIETUDE, PELO TEMPO QUE ALI DEMORA A PASSAR. PERMANECER NA PENEDA É FÁCIL, E BOM. PARTIR, SÓ COM A PROMESSA DE REGRESSAR, E EM BREVE.

FOTOGRAFIAS: MAIS GUIMARÃES • EDIÇÃO: JOÃO BASTOS

Integrada na área do Parque Nacional de Peneda-Gerês, Re-serva Mundial da Biosfera da UNESCO, a Peneda é um lugar da freguesia de Gavieira, ficando a 51 km de Arcos de Valdevez (via Mezio), o concelho a que pertence, incluído no distrito de Viana do Castelo.

É pela inabalável fé que ficou conhecido aquele lugar recôndito, quase secreto, onde é invocada há séculos a Senhora da Peneda. Terá tudo começado por volta do ano 716 ou 717, quando os cristãos, fugindo da invasão dos sarracenos, terão ali deixado uma imagem entre as enormes lajes da Serra da Peneda. Diz o povo também, que lá terá aparecido, a 05 de Agosto de 1220, a Virgem, a Nossa Senho-ra das Neves, a uma pequena pastora. Os episódios que fortalece-ram o culto foram-se multiplicando ao longo dos séculos.

Em frente à imponente Igreja mariana encontra-se o escadório das virtudes, datado de 1854, e que inclui estátuas representando a fé, a esperança, a caridade e a glória. Admiráveis. Logo depois vemos escorrer uma alameda com cerca de 300 metros composta por 20 capelas retratando cenas bíblicas da vida de Cristo, intervaladas por mais de três centenas de escadas que vale a pena percorrer, num um exercício de fé. Ao fundo, os olhos focam-se num sumptuoso pilar oferta da rainha Maria I de Portugal, e no pórtico de entrada

O ENCONTRO ENTRE O GRANITO E A ALMA DO LUGAR

“ATRAIR PESSOAS PARA DESFRUTAREM DESTE PARAÍSO”

daquele lugar sagrado, que inclui ao alto a imagem notável de S. Miguel Arcanjo. Não nos espantemos ao constatar que, durante todo o ano, ali acor-rem milhares de crentes, mas é na primeira semana de setembro que a Santa tem a sua romaria, uma das mais concorridas do Alto Minho. À Peneda chegam, carregados de fé, portugueses e galegos, que se juntam em celebração.

Page 13: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

13

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

O primeiro investimento, a compra de uma casa em ruínas, aconteceu já em 2003. Entretanto, Bernardino adquiriu ou-tros imóveis abandonados, de locais cansados do afasta-mento, que partiram para os quatro cantos do mundo, e re-cuperou-os, preservando-lhes o traçado original e utilizando materiais comuns nas habitações da Peneda: a pedra e a madeira.

Contemplamos nos olhos, quando fala deste projeto seu, uma paixão pela cultura escondida nas montanhas do Par-que. A recuperação da Via Mariana, que nasce a partir do santuário do Sameiro e pretende levar os caminheiros, de-pois da passagem por Santiago, até à cidade galega de Mu-xia, numa rota de 372 km e que une os templos de devoção mariana, passando evidentemente pela Peneda, é mais um motivo para acreditar que o futuro se encarregará de dar vida ao Penedino.

Tendo aberto os alojamentos há pouco mais de um ano, Ber-nardino conta que a procura tem sido significativa, de por-tugueses e de estrangeiros, que buscam aquele lugar para relaxarem e desfrutarem da natureza, da calmaria e dos mergulhos nas águas límpidas das lagoas que facilmente encontramos ao longo do rio que serpenteia a serra.

“Muitos procuram a Peneda também pelas caminhadas pe-los vários trilhos, devidamente sinalizados e catalogados, que é possível percorrer a partir daqui. Desde os caminhos que ligam os lugares da freguesia da Gavieira, que ditam cer-ca de 12 km uns dos outros, ou do trilho circular pelo Parque da Peneda”, acrescenta Bernardino.

Na Peneda, há ainda turistas que chegam para treinaram pela íngreme orla granítica que ladeia o santuário, a Mea-dinha.

Subir a Meadinha, pelos caminhos milenares, é obrigatório para qualquer visitante da Peneda. Tive o privilégio de o fazer com o Bernardino e a sua mulher, a Maria, médica, que trata com entusiamo este sonho seu, um sonho agora partilhado.Chegando lá ao alto, conta-me o Bernardino, sobre um dos rituais dos povos da Peneda. “A mulher que lançasse a pedra e esta permanecesse no rochedo que está ali ao centro da albufeira, seria a primeira a casar”.

Permanecemos ali um pouco, em silêncio, olhando em redor, sentindo o assopro, e pensando no quanto difícil terá sido manter viva a chama daquele inóspito lugar.

AQUI NASCEU O PENEDINO

"ENORME POTENCIAL TURÍSTICO"

Ficamos arrebatados com a paisagem na chegada à Peneda. Im-ponente e bela é a construção granítica que o homem levantou em lugar tão improvável, brutal a pedra incontrolada que se ergue ali ao lado, cujo negro se destaca, exibindo-se altiva e impermeável. Contrasta tudo isso com a tranquilidade dos dias no vale, onde as pessoas e os animais circulam livremente, onde o verde é perma-nente, e o rio corre despreocupado e puro.

No vale encontrei o Bernardino, na loja do Penedino, um projeto de turismo local e de natureza. Não demorou mais do que um café a perceber que é um homem de sorriso fácil e tem sonhos. Como tudo fica mais simples, e tudo é possível, para aqueles que têm sonhos.

Bernardino Ramires vive agora entre Braga e a Peneda. Deixou o seu emprego numa multinacional da área da saúde, onde esteve quase três décadas, para criar este projeto de turismo local, de turismo de fruição da natureza, e levar outros a descobrirem este pequeno “paraíso” no Alto Minho. Para Bernardino, a Peneda é um lugar com um “enorme potencial turístico, que simplesmente está adormecido”.

Page 14: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

14

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

“AS PESSOAS ENCONTRAM-SE AQUI”Para Bernardino Ramires, a missão do Penedino é permitir que as pessoas aproveitem bem o seu tempo longe dos ruídos da cidade e conheçam a natureza no seu estado mais natural. “Sei que é difícil fugirmos daquele ritmo frenético a que nos habituamos, do trân-sito, dos horários, da pressa constante… Mas talvez seja por isso que, quando aqui se deparam com este sossego e tranquilidade, as pessoas se encontrem espiritualmente. Se pensarmos bem, como é possível também que, estando este lugar tão longe de tudo, que tenha mantido ao longo de tantos séculos toda esta procura reli-giosa. Isto só pode ser explicado pela forte religiosidade que aqui se sente.”

PENEDINO, TURISMO RURAL E DE NATUREZAA atividade da Penedino ocorre atualmente em quatro áreas dis-tintas mas complementares:

Alojamento local, em casas devidamente recuperadas e equipadas, onde os hóspedes podem desfrutar de uma agradável estadia (Ha-bitações muito próximas do Santuário e a 15 metros do Rio Peneda e da Lagoa, do Poço da Justiça);

Loja de produtos regionais, junto à escadaria de entrada no santuá-rio, onde é possível degustar e adquirir produtos tradicionais portu-gueses produzidos organicamente na região, do vinho, enchidos ou biscoitos regionais, terminando com mel, chás ou geleias;

Trilhos pedestres na região, desde o Trilho da Meadinha, da Peneda ao Trilho das Brandas da Gavieira ou do Parque da Peneda-Gerês;

Sistema de geolocalização de animais, inicialmente utilizado para a visualização de animais no seu habitat natural, na serra, mas que agora é usado também pelos produtores de gado locais para perce-berem como e onde estão os seus animais.

Mais informações em: penedino.pt

Agradecimentos: À amabilidade e simpatia do Bernardino e da Maria. Ao Sr. Adriano Ferreira, exímio contador de histórias vi-vidas pelo mundo, à Tia Maria (de Fátima) que faz uma ótima feijoada, e à D. Adília de Barcelos pelos seus doces do amor. Tudo gente boa. Até breve.

"... QUANDO AQUI SE DEPARAM COM ESTE SOSSEGO E TRANQUILIDADE, AS PESSOAS ENCONTREM-SE ESPIRITUALMENTE"

Page 15: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

15

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Page 16: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

16

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

CENTRO CIÊNCIA VIVA DE GUIMARÃES

O futuro deve ser ciência e desenvolvimento sustentável. E educação.

A realidade que se nos apresenta exige-o. Se os alertas de décadas não surtiram efeito, então que seja uma pandemia que põe o mundo de pernas para o ar a apontar o rumo.

Na última sessão da Assembleia Municipal de Guimarães (online ainda, num desconfinamen-to que exige cautelas), de uma forma ou de outra, todas as forças partidárias partilharam da ideia. Daí que a intervenção de Luís Soares, do PS, colocando a investigação científica e o desenvolvimento como primeiro dos três eixos fundamentais no trajeto futuro de Guimarães, como “nova fronteira das Descobertas contem-porâneas”, pudesse ser subscrita por todos os grupos parlamentares.

A Educação é um eixo fundamental, ouviu-se. Em Guimarães ela soube responder, em confi-namento, a um modelo online. E pugnou que os mais frágeis não ficassem para trás, asseguran-do meios técnicos a quem os não tinha.

O Curtir Ciência – Centro Ciência Viva de Guima-rães vai dinamizar um programa de promoção científica junto da comunidade escolar e dos vimaranenses. Esta missão está estabelecida no contrato-programa assinado com o Muni-cípio de Guimarães, já aprovado em sede de Executivo e Assembleia Municipal.

O Curtir Ciência, que em quatro anos recebeu mais de 110 mil visitas e dinamizou milhares de atividades para e em escolas, compromete-se a implementar atividades de cariz científico destinadas à comunidade escolar e docente. As atividades repartem-se pela vertente digital, com oficinas científicas em vídeo sobre maté-rias dos programas curriculares de cada ciclo de ensino e workshops científicos para realização em família, e pela realização de atividades de rua (Ciência Fora de Portas) em vários espaços da cidade. Incluem-se neste caso os “shows” de ciência, histórias, astronomia, percursos interpretativos sobre morcegos, geologia e observação de aves.

O programa contempla também atividades Dentro de Portas, com visitas de alunos e pro-fessores ao Curtir Ciência, como complemento às aulas, e oficinas ligadas às matérias leciona-das no Ensino Básico, assim como workshops para professores, de curta e longa duração, com aplicação prática em contexto de escola.

Por agora, e até 17 de julho, decorre o pro-grama “Curtir Ciência no verão” destinado a crianças dos seis aos 12 anos de idade. Jogos de estratégia, cozinha molecular, instrumentos de navegação, cabeçudos ecológicos, robótica, confeção de gomas, sabonetes e slimes – são algumas das propostas. As oficinas decorrem entre as 14:00 e as 15:00 horas com lotação limitada a 10 participantes.

Programa Ciência Viva. Decorre entre 13 de julho e 11 de setem-bro, com estágios destinados a estudantes do ensino secundá-rio e do ensino profissional.

Fórmula molecular do butano, um hidrocarboneto alifático compos-to por 4 átomos de carbono e 10

átomos de hidrogénio. Pertence à família dos alcanos.

ESTÁGIOS

C4H10

É portuguesa, astrobióloga e integra a missão espacial europeia que vai tentar interceptar um cometa primitivo para obter respostas sobre a origem da vida na Terra. A inves-tigadora diz ter sido atraída para a ciência durante o liceu, ao assistir ao programa de TV “Cosmos”, de Carl Sagan. Prova de que o contacto desde cedo com o universo da Ciên-cia pode moldar trajetos futuros.

É um facto: a Ciência tem cada vez mais importância. Merece por isso aplauso a aposta do Município de Guimarães nessa área. Através do projeto Curtir Ciência e, em breve, do “Curtir Inovação”, mas também com a aposta de vulto (11 milhões de euros) no Instituto Cidade de Guimarães, que envolve o Município, a UMinho e o Instituto Europeu de Medicina Regenerativa.

Opções que revelam, da parte do Presidente do Município, visão de futuro e que colocam a promo-ção da Cultura Científica a par de desígnios como a Sustentabilidade Ambiental e a Cultura.

SÉRGIO SILVADIRETOR EXECUTIVO DO CURTIR CIÊNCIA CENTRO

CIÊNCIA VIVA DE GUIMARÃES

Page 17: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

17

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

ASG20007

SELHO S. JORGE, GUIMARÃES

129.000€

NC/EE

3 2 122m2

Rua D. João XXI, 3314810-242 Guimarães

AGÊNCIA GUIMARÃES 918 646 463

www.ASimobiliaria.pt

SERZEDELO, GUIMARÃES

49.500€

NC/EE

ASG20015

ASG20013

COSTA, GUIMARÃES

119.000€

NC/EE

1 1 50m2AST20016

ATÃES, GUIMARÃES

120.000€

NC/EE

3 2 129,5m2 222m2

4 3 175m2

ASV20006

MOREIRA DE CÓNEGOS, GUIMARÃES

129.000€

NC/EE

4 2 130m2 620m2

GUIMARÃES (CENTRO)

140.000€

NC/EE

2 2 76m2ASG20043

ASG20028 AST20089 ASG20035 ASG20042

ASV20048 ASG20037 ASG20046 ASG20048

FERMENTÕES, GUIMARÃES

159.000€

CALDELAS, GUIMARÃES

169.000€

3 2 134,5 m2

OLIVEIRA, GUIMARÃES

169.000€

2 2 130m2 3 2 142m2

CREIXOMIL, GUIMARÃES

169.900€

MOREIRA DE CÓNEGOS, GUIMARÃES

190.000€

3 3 245m2 274,89m2

PINHEIRO, GUIMARÃES

230.000€

NC/EE

4 4 178,53m2 175,1m2

CANDOSO SÃO TIAGO, GUIMARÃES

280.000€

3 2 163m2 1707,6m2 3 3 290m2 689,7 m2

CANDOSO SÃO TIAGO, GUIMARÃES

350.000€

Visite-nos! Junto ao estádio (ao lado do restaurante condado)

8 280m2 6580m2

SÃO LOURENÇO DE SANDE, GUIMARÃES

99.900€

AST20060

3 1 70m2 110m2

SANDE S. MARTINHO, GUIMARÃES

89.500€

ASG20018

BAIXA DE PREÇO

BAIXA DE PREÇO

BAIXA DE PREÇO

2 1 100m2

Page 18: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

18

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

O CONCEITUADO PIANISTA DE GUIMARÃES ATUOU NA SEXTA-FEIRA, 10 DE JULHO, NO PÁTIO DO CENTRO CULTURAL VILA FLOR.

FOTOGRAFIAS: CMG

Os espetáculos culturais regressam a uma espécie de normalidade, des-conhecida, até há bem pouco tempo. Do piano de Pedro Emanuel Pereira,

artista Graduado com distinção honorável pelo Conservatório de Moscovo e pelo Conservatório de Amesterdão, saiu mais um momento mágico na cidade berço. Um concerto intimista, em comunhão e segurança, no pátio do CCVF,

em Guimarães.

PEDRO EMANUEL PEREIRA:UMA LUFADA COM FORTE

CUNHO VIMARANENSE

Page 19: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

19

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

TANTOS BEIJOS

POR DARFoi tudo um sopro

Soubemos cerrar-nos e amarFoi como se o tempo roubasse ao tempo

um sonho por sonhar

Tantas vezes pudemos ver dentro de nósE escutar a nossa voz

Nós somos maisFeitos de encontros

Nós somos nós também nos outrosRomper o cerco, saltar o muro

Vencer o medo e sair do escuroJá são alvores de uma batalha

Soam clamores!Soam tambores que o vento espalha.

Há tantos beijos por dar!

Tem uma máscaraEsta doença da ausência

Tantos beijos por darUma mesa à espera

Tantos amigos por abraçar.

Bordar no chão, na pedra inteiraUma oliveiraUm coração

Guimarães canta esta canção!Guimarães canta esta canção!

Page 20: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

20

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Neste momento difícil das nossas vidas, que abala até a nossa fé e a nossa esperança, é momento também de reflexão e de nos reinventarmos para tornar os nossos dias minimamente produ-tivos. Entre muitas outras coisasÉ claro que estando em casa já há tanto tempo, e sendo um dos artistas Portugueses com o maior número de Espetaculos a nível Nacional e internacional, as saudades do meu público e dos pal-cos são imensas, daí para tentar estar mais perto dos fãs aderi por uma curta fase de tempo aos concertos online, e que para além de me sentir bem, ao fazê-lo pude ajudar imensas famílias oferecendo vários cabazes de bens essenciais a título solidário.O momento que estamos a viver é um grande desafio para todos, falo especificamente do meu projeto que oferece rendimento a cerca de 30 famílias.Sabíamos que não bastava ultrapassar o período de quarentena porque depois seguir-se-iam outros problemas igualmente difí-ceis, mas, temos a certeza, que estaremos igualmente unidos, para reerguer o País.Foi com imenso orgulho que recebi o convite do Tiago Simães para integrar o leque de artistas da minha cidade, e oferecer a minha voz a uma canção muito forte, com uma mensagem muito bem direcionada aos dias que vivemos.

Passamos de um sorriso rasgado, a um brilho no olhar, brilho esse da saudade que sentimos de pisar os palcos, levando alegria a quem nos segue, fazendo o que mais gostamos, transmitindo men-sagens e sentimentos através da música, da dança e de tudo o que é possível transmitir através da nossa arte. A saudade é imensa, e a vontade de vencermos isto também... Vol-taremos mais fortes!

Despedidas incompletas. Vive-se com medo de fazer planos arris-cados, vive-se para o momento e sempre condicionados às regras. Valha-nos a música e os artistas... pessoas que nos inspiram e que nos trazem esperança. São elas que nos ligam.

Guimarães é: todos os guerreiros vimaranenses que, a cada dia, vão enfrentando estes tempos loucos! Soubemos proteger-nos e proteger os nossos... os outros... e por nós e por eles precisamos continuar a salvaguardar as regras do distanciamento e deixar beijos por dar! Que só poderão vir a ser dados ao vencer esta batalha.

“Tenho em mim todos os sonhos do mundo”, Fernando PessoaHoje o meu sonho tem nome e sentidos; chamo-lhe abraço e sin-to-lhe o cheiro no calor do toque apertado. Que esta canção te faça também sonhar, porque “Há tantos beijos por dar”. Para todos os Vimaranenses e para o mundo, com amor…

Todos os dias é um novo começar, uma nova aventura pela frente, foi o quem me levou a participar neste tema música “Tantos Beijos Por Dar”, e partilhar o que mais gosto, celebrar a vida e a vida só é vivida quando conseguimos fazer mais amigos e ter mais conheci-mento, de nós e dos outros.Só existe um sucesso: ter a capacidade de fazer escolas e viver a nossa vida junto com todos e para todos.

Num tempo em que o mundo abrandou, cabe-nos reencontrar-mo-nos e criar juntos. Fazer perceber que apenas somos no meio de outros. É impossível existir-se sozinho. E é por isso que, mais do que nunca, estes projetos são importantes. Para educar para a união.

Que este momento difícil que atravessamos, privados de tantas liberdades, nos tenha permitido refletir e valorizar o que é verda-deiramente importante na Vida.

Se algo de bom nos trouxe esta pandemia, foi a certeza que con-seguimos viver com menos, menos consumo, menos superficia-lidade e que se nos ligarmos ao essencial, aos nossos e também aos outros, até se está bem aqui.

““

““

“ZÉ AMARO

LILIANA OLIVEIRA

VERA LIMA

CARLA SILVA

CRISTINA CASTROMARCO GÉNIO

TERESA FERNANDES

RUI AFONSO RODRIGUES

GABRIELA NASHE E NUNO MENESES

Page 21: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

21

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Sobre o confinamento pouco há a dizer, sobre a arte e o mundo muito ficará por falar. Nos tempos em que vivemos acreditamos que o mundo mudou, mas no fundo quem mudou fomos nós. Ou-çam, vejam e aprendam mais… Na música, como nas pessoas, en-contramos algo que nos faz transportar para outra dimensão.

Que esta música vos inspire nesta fase inesquecível. São estes presentes que nos motivam a acreditar e a ser fortes. Foram tempos de dedicação total em família, de união, de partilha e de muita reflexão. Caminhemos juntos até nos podermos abraçar.

Nós somos mais... Nós queremos mais! Que este confinamento nos permita interiorizar que fazer mais por todos é o melhor de mim. Que o crescimento do indivíduo é o maior contributo para uma sociedade! Porque nós somos nós também nos outros! Que em ti eu me encontre e em mim tu te revejas...Let the Jam Roll!

Nesta pandemia importa deixar uma mensagem de esperança a todos os que padecem direta e indiretamente da doença covid-19. Acredito que em breve retomaremos a normalidade nas nossas vidas e estaremos de novo juntos a celebrar a vida e a amizade.

É da história da vida na terra que as células inicialmente e de-pois as espécies tiveram constantemente saber começar de novo. Concretamente a espécie humana, dita inteligente chega aos dias de hoje ultrapassando outras pandemias, catástrofes naturais, guerras etc... Porque soube adaptar-se às novas realidades como ser vivo, social e cultural.Vamos dar a volta a isto tendo como base comum de todas as soluções, a fraternidade.

Este momento que vivemos é uma aprendizagem forçada. Dela temos de tirar o melhor e crescer com ela. O sector cultural e artístico não escapam a este arrastão, como é óbvio. Temos de unir esforços e caminhar juntos para chegarmos mais longe e melhor.

Por vezes a vida dá-nos sinais, de um modo intenso, para que se abra a oportunidade de parar e refletir. De repente tivemos tempo, esse bem tão escasso. O tempo que deu espaço aos livros, à músi-ca, à pintura, ao estudo, à organização exterior, mas principalmente à interior. Apareceu a saudade de partilhar o dia com o outro (e que “outros” são realmente importantes). O beijo. O toque. Quis a sorte, poder estar rodeada de um jardim, num despertar da Primavera. Para quem tivesse dúvidas, a cultura não é um bem secundário. É um bem essencial! Ela permite tornar tudo mais tranquilo, suave e com sentido. Assim, deixo-vos um poema, da poetisa Leonor Cas-tro, que faz o favor de ser minha amiga, cuja obra me permitiu voar, sem sair de casa.

"Nós somos mais" e seriamos ainda mais e melhor se nos unísse-mos, mesmo quando a pandemia não bate à nossa porta. Um sim-ples olhar para o lado que não fosse para criticar ou odiar poderia ser o início de um mundo melhor e mais altruísta.

Não tem sido fácil para ninguém este afastamento, esta mudança de paradigma social. Os artistas, mesmo sendo uma das classes mais penalizadas por toda esta situação que se vive actualmente, têm a especial responsabilidade de agir enquanto focos de espe-rança e motivação, dando também o exemplo dum desconfina-mento seguro e responsável. Creio que temo-lo feito. São momen-tos de união e partilha (como os que aconteceram neste projecto) que me fazem acreditar num futuro risonho. Muito obrigado a to-dos os artistas pela generosidade e pela amizade. Uma palavra especial ao Município de Guimarães, que tem sido também exem-plo, tanto no apoio à cultura e às artes, como no próprio processo de liderança do desconfinamento social e cívico. Quanto à música “Tantos beijos por dar”, não foi a primeira nem será certamente a última obra que componho dedicada a Guimarães; sou apaixona-do pela minha cidade.

““

“ “

© W

HA

LE'S MO

UTH

ZÉ DIOGO SILVA

SARA SALAZAR

DAVID SANTOS

ZÉ MIGUEL

PAULO RODRIGUES

JOÃO DE GUIMARÃES

ANA SILVA

SORAIA LEMOS TIAGO SIMÃES

Page 22: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

22

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Estranha forma de vida, invisível.Suspende o Homem há muito desligado da Natureza. Doença insidiosa.Frágil tecido que se rasga.A estupidez e cupidez dos Trumps & Bolsonaros deste mundo pos-ta a nu.Máscara, metáfora literal da distância.Muro erguido.Nó. Sufoco por desatar.Nós somos mais. Não somos sós.Nós somos nós também nos outros.

“MIGUEL BASTOSA canção “TANTOS BEIJOS POR DAR” da qual faço parte com muito orgulho, tem lá quase tudo o que eu penso sobre o momento em que vivemos/sobrevivemos.Esta canção/Hino é para mim um “GOLAÇO NA BALIZA CULTURAL NACIONAL”Utilizo esta linguagem do futebolês para afirmar que: se este golo fosse com bola e baliza a sério? Os artistas teriam menos dificul-dades…Quanto ao resto:Sem lamechas, rodeios ou ramalhetes mais ou menos poéticos! Quero ligar o botão do alarme no que concerne aos Artistas da minha Terra.Foram sempre eles que estiveram em troca de afetos, em todo o tipo de eventos de solidariedade! Sim! Foi sempre assim!!! E agora? Quem faz alguma coisa por eles?Quem pode fazer alguma coisa pelos Artistas? Eu sei quem pode! Quem dirige a coisa publica e gere recursos de todos. É muito sim-ples! Eu falo por mim. Não quero esmolas ou subsídios de espécie alguma.Quero apenas que me encomendem trabalho honrado, e mo pa-guem justamente. Como se faz isso? Perguntem-me que eu respondo.

“DINO FREITAS

Tantos beijos por dar, afectos e muitos abraços.Artistas fazem união.Guimarães cidade formosa, Uma muralha aberta em forma de coração.

“LUÍS MENDES ALMEIDA

Tantos beijos por dar, tantos abraços por abraçar, tanto carinho e afeto que fica por oferecer... Muitas vezes longe daqueles que amamos,sem nos podermos despedir daqueles que partiram. Estamos realmente a viver tempos difíceis,mas juntos vamos vencer esta batalha, este cerco, saltando o muro, perdendo o medo e saindo do escuro!!!

“SANDRA AZEVEDO

DESAFIO LANÇADOÉ DESAFIO SUPERADOO TEMA “TANTOS BEIJOS POR DAR” FOI PRODUZIDO POR TIAGO SIMÃES, COM LETRA DE MIGUEL BASTOS. FOI UM VERDADEIRO SUCESSO.

Os artistas vimaranenses responderam afirmativamente ao de-safio lançado por Adelina Paula Pinto, vereadora da cultura no município de Guimarães no final da cerimónia do 24 de junho no Paço dos Duques de Bragança e este foi o resultado final, um êxito nas redes sociais.

“Os pressupostos implicavam que a música fosse actual mas de cariz épico e eclética q.b. para abranger todas as faixas etárias e sociais. Que fosse uma espécie de hino, mas que não fosse uma peça formal ou erudita. Um tema que tivesse o carácter de Guimarães - e que o nome da cidade estivesse presente na letra; uma música que falasse do processo de desconfinamento e de como Guimarães quer dar o exemplo a todo o país. Uma música que desse também esperança e motivação a quem a ouvisse. Uma música que dissesse ainda aos emigrantes vimaranenses (e não só) que não nos esquecemos deles e que os aguardamos cá, com muita saudade”, explica Tiago Simães, produtor vimara-nense.

O videoclip junta todos os artistas, com a devida distância de se-gurança, num momento que ficará, seguramente, para a história desta cidade.

Page 23: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

23

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Page 24: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

24

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Dr. Rui VazMédico desportivo

A atividade física consiste no trabalho produzido pelo sistema músculo-esquelético que resulta em gasto energético (quilocalo-rias). A atividade física na vida diária pode ser categorizada em atividades ocupacionais, desportivas, domésticas ou outras.

O exercício físico está incluído na atividade física mas distingue-se desta pela existência de um planeamento, estruturação prolongada no tempo com o objetivo final ou intermediário de melhoria ou ma-nutenção da aptidão física.

A aptidão física é um conjunto de atributos relacionados com a saú-de ou com uma capacidade em específico.

Os benefícios do exercício físico são mais que evidentes na pro-moção de saúde e a prescrição de exercício físico tem por base os princípios de treino (Sobrecarga, Especificidade, Periodização e Re-gularidade).

O envelhecimento da população é um fenômeno demográfico glo-bal. Este crescimento em número da população idosa (≥65 anos) explica-se pelo aumento da esperança média de vida juntamente com as diminuições das taxas de natalidade e mortalidade.

O processo de envelhecimento está associado a alterações que se refletem na redução da capacidade para realização das atividades da vida diária. É inegável a evidência científica em relação aos bene-fícios da atividade física em todas estas áreas (atrasa as alterações fisiológicas do envelhecimento, otimiza mudanças relacionadas à idade na composição corporal, promove bem-estar cognitivo e psi-cológico, melhora o controlo de doenças crónicas, reduz o risco de incapacidade física e aumenta a longevidade) porque os idosos são o grupo etário menos fisicamente ativo.

A diminuição da tolerância ao esforço físico faz com que o idoso viva abaixo do limiar da sua capacidade física, tornando suscetível a ficar dependente apenas com uma simples intercorrência (HTA, diabetes, dislipidemia) portanto o sedentarismo deve ser abordado como um fator de risco a controlar.

Na prescrição de exercício físico para adultos mais velhos é neces-sário ter em consideração um programa de exercícios incluindo: A intensidade e a duração da atividade física devem ser leves no iní-cio, adaptado à tolerância e preferência de individuo. O treino deve iniciar-se com o fortalecimento/resistência muscular e só depois o treino aeróbico e terminar com um arrefecimento adequado (deverá incluir uma redução do esforço e intensidade e um ligeiro incremen-to de exercícios de flexibilidade).

Como o envelhecimento fisiológico não ocorre uniformemente en-tre indivíduos com idade cronológica similar, as respostas ao exer-cício são diferentes. Além disso, é difícil distinguir os efeitos fisioló-gicos do envelhecimento dos efeitos do descondicionamento físico ou efeitos de doença. O estado de saúde é frequentemente melhor indicador da capacidade de um indivíduo se envolver em atividade física do que a idade cronológica per si.

Posto isto, a metodologia e dosagem do plano de exercício e o seu protocolo são condicionados pelos resultados da avaliação médica. Os idosos com sintomas de doença cardiovascular ou outras doen-ças diagnosticadas devem ser tratados e otimizados antes de iniciar a respetiva atividade.

A prevenção e a orientação da atividade física será um fator de prognóstico válido para o incremento da qualidade de vida na po-pulação idosa.

PRESCRIÇÃO DEATIVIDADE FÍSICANO IDOSO

Artigo de opinião

Page 25: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

25

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Venha às nossas instalações, a meio da Av. D.João IV, ligue 915 877 870, ou, envie o seu CV para [email protected]

Maxvitória - Mediação Imobiliária, Lda | Lic. 15114 AMIAvenida D. João IV, 560A | 4810-553 - Guimarães, Portugal

253 421 390 | [email protected] | www.gruporemaxvitoria.pt facebook.com/gruporemaxvitoria/

Maxvitória - Mediação Imobiliária, Lda | Lic. 15114 AMIAvenida D. João IV, 560A | 4810-553 - Guimarães, Portugal

253 421 390 | [email protected] | www.gruporemaxvitoria.pt facebook.com/gruporemaxvitoria/

VITÓRIA

O meu sonho começou aqui...... em breve pode começar o Teu!

Procuras um novo desafio?Se não procuras um futuro melhor,

este lugar não é para ti!

Page 26: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

26

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

O BAIRRO C É UM PROJETO DA CÂMARA DE GUIMARÃES QUE PRETENDE REINTERPRETAR O TERRITÓRIO ABRANGIDO PELA ZONA DE COUROS,

TEATRO JORDÃO, RUA DA CALDEIROA E PERCURSOS PEDONAIS ADJACENTES ATÉ À CASA DA MEMÓRIA E CENTRO INTERNACIONAL DAS

ARTES JOSÉ DE GUIMARÃES.

FOTOGRAFIAS: CMG

O Bairro C é um projeto estruturante, a três anos, alinhado com a estratégia de desenvolvimento do território e com estratégia cultural, perante a visão de futuro sobre a cidade. “Estabelece-mos várias ligações, com um pensamento comum sobre o ter-ritório que se quer diferenciador”, apontou a vice-presidente da Câmara de Guimarães, Adelina Pinto, na sessão de apresentação que decorreu esta segunda-feira, no Instituto de Design. “Existe uma forma diferente de olhar para a cidade e torná-la atrativa, através de um cruzamento de conceitos que permitem a valori-zação destes espaços menos visíveis e, assim, colocar no centro das nossas preocupações”, acrescentou.

Segundo o Vereador do Urbanismo, Fernando Seara de Sá, trata--se de uma “operação transversal” sendo comum a áreas do urba-nismo e cultura enquanto desenvolvimento da cidade. “Temos de olhar cada vez mais para o desenvolvimento da cidade em função do imaterial e dos usos”, referiu, “acrescentando valores como a cultura, educação, arte e conhecimento” com o objetivo de “fazer acontecer coisas numa cidade invisível”, salientou Fernando Sá.

UM NOVO OLHARSOBRE GUIMARÃES

Page 27: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

27

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

UM EMPREENDIMENTO DE TURISMO DE HABITAÇÃO QUE SE DISTINGUE PELA EXCELÊNCIA DO SEU DESIGN E DA SUA DECORAÇÃO, CRUZANDO O RÚSTICO COM O MODERNO, PROMOVENDO O MÁXIMO CONFORTO.

Largo do Trovador, 20, 4810-451 Guimarães • 935 373 400 • www.trovadorguesthouses.pt • [email protected]

O Trovador City Guest House tem catorze suites que oferecem tranquilidade e que permitem aos hóspedes apreciar agradáveis detalhes, proporcionando um ambiente intimista, agradável e bastante acolhedor. Para além disso, fica a poucos passos das principais atrações turísticas da cidade de Guimarães. Quem neste espaço ficar alojado, dispõe de um serviço completo e di-versificado que, além do descanso em quartos espaçosos e com uma decoração elegante e confortável, apresenta um pequeno--almoço com produtos frescos e locais, servido em horário alar-gado. Com os olhos postos no futuro, o Trovador City Guest Hou-se tem em curso um plano de expansão, que permitirá aumentar, a curto prazo, a oferta de forma significativa.

HÓSPEDES PROVENIENTESDOS QUATRO CANTOS DO MUNDOO Trovador City recebe hóspedes de todas as faixas etárias e de todos os cantos do mundo e de todas as faixas etárias, seja em la-zer ou em trabalho. A Guest House vimaranense tem uma procura permanente ao nível interno e externo, nomeadamente vindos da Europa e da América do Norte e do Sul e de alguns países asiáti-cos. “Uma boa parte dos nossos hóspedes aconselham o nosso alojamento a outros, o que prova a qualidade do serviço que pres-tamos, o ambiente de proximidade que nos caracteriza e o con-forto que proporcionamos”, refere, à Mais Guimarães, Ana Veiga Teixeira, proprietária.

SELO CLEAN & SAFE E RESPONSABILIDADESOCIAL EM TEMPO DE PANDEMIA

A pandemia de Covid-19 permitiu que o Trovador City Guest Hou-se requalificasse, melhorasse e adequasse o espaço às normas de funcionamento definidas pela Direção-Geral de Saúde, aderindo ao selo ‘Clean & Safe’, promovido pelo Turismo de Portugal. O espaço tem ainda um plano de contingência rigoroso, que vai além das me-didas e recomendações estabelecidas pela Direção-Geral de Saúde.No âmbito da sua responsabilidade social, o Grupo Veiga Teixeira, que o Trovador City Guest House integra, ofereceu um ventilador ao Centro Hospitalar do Médio Ave para dotar o Serviço Nacional de Saúde de mais meios, reforçando a sua capacidade de resposta perante a pandemia.

TROVADORCITY GUEST HOUSE

“QUEREMOS CONTINUAR A SER CADA VEZ MAIS UMA REFERÊNCIA NO SETOR TURÍSTICO”

Page 28: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

28

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

TEXTO E FOTOGRAFIAS: RUI DIAS • EDIÇÃO: JOÃO BASTOS

O Hospital Senhora da Oliveira recebe e trata anualmente 650 ca-sos de acidente vascular cerebral (AVC). Durante o confinamento o atendimento deste tipo de doentes caiu drasticamente. Uma vez que não há razões para crer que a incidência destes eventos tenha reduzido, a redução do número de casos que chegaram ao Hospi-tal deve estar relacionada com o medo de contágio por covid-19. É seguro e fundamental ir ao Hospital, rapidamente, perante uma situação de AVC, afirma, de forma tranquilizadora, o coordenador da Unidade de AVC do Hospital de Guimarães. Pedro Cunha ensina a reconhecer um AVC nos primeiros minutos e explica porque é que este vírus potencia as doenças trombóticas.

De acordo com os números que têm vindo a público as unidades de AVC, um pouco por todo o país, têm tratado entre 25 a 50 por cento menos doentes. Esses números também se verificam aqui no Hospital de Guimarães?

De igual forma. Durante os meses de março e abril, tivemos uma queda dessa ordem na afluência de pacientes com AVC. É um núme-ro que nos preocupa porque esta não é uma patologia que dependa especificamente de uma patologia que decorra de uma ocorrência particular para se manifestar. As pessoas que têm fatores de risco para ter um AVC podem tê-lo a qualquer momento, em especial aquelas que não têm os fatores de risco bem controlados. Não era espectável que a pandemia houvesse essa diminuição. Ainda por cima quando se trata de uma pandemia causada por uma infeção vírica que até potencia o aparecimento de doenças trombóticas.

Quais são então as explicações para esta redução?

Há um conjunto de explicações que terão que ver com o receio da população de procurar cuidados de saúde no meio hospitalar,

no contexto da pandemia. Supomos isto, sem que exista, para já, evidência científica que foi realmente assim. Se foi assim, como se pensa, existe o risco dessas pessoas que sofreram AVC´s e não vie-ram ao hospital ficarem com sequelas mais graves.

O facto de o estilo de vida ter sido mais calma durante este perío-do pode explicar alguma redução do número de AVC´s?

Não há dados científicos para explicar esta variação. Por outro lado há uma dualidade na forma de olhar para a questão. Se é verdade que o confinamento obrigou a um menor esforço, a que as pessoas não tivessem que viver a correr de um lado para o outro, também é verdade que diminuíram as possibilidades para as pessoas reali-zarem exercício físico, aumentou o stress causado por uma situa-ção nova e inesperada, uma situação angustiante. A alimentação é provável que tenha piorado, há até uma perceção que, de uma forma geral, os doentes ganharam peso durante o período de confi-namento. Há, portanto, um conjunto de aspetos que apontam para um descontrole dos fatores de risco durante este tempo.

O que é se passou durante este período com os doentes que tive-ram AVC´s antes da pandemia e que estavam a ser acompanhados e o que é que já se está a fazer para recuperar o que foi perdido?

Uma mensagem importante é: nunca esteve parado. A Unidade de AVC do Hospital Senhora da Oliveira esteve sempre a funcionar, na-quilo que chamamos um circuito limpo e também a Unidade Coro-nária (para doentes com enfarte do miocárdio). Todas as pessoas que ocorrem ao hospital durante a pandemia tiveram o seu trata-mento sem risco nenhum de infeção por covid. Isto aconteceu as-sim porque nós percebemos que as doenças da população de Gui-marães não se ia restringir ao covid, as pessoas iriam continuar a ter

AVC – É SEGUROIR AO HOSPITAL

Page 29: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

29

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

quadros associados com as doenças crónicas ou acontecimentos como os AVC´s. Por isso, preparamo-nos para receber os doentes com covid sem descurar todos os outros. É verdade que a medicina física e reabilitação é fundamental na pós-AVC e nós temos a sorte de ter uma excelente equipa nessa área no Hospital de Guimarães, tanto médicos como terapeutas. A intervenção precoce destes pro-fissionais é fundamental para recuperar com qualidade de um AVC. Até por isso, é fundamental que as pessoas não tenham receio de vir ao hospital.

Entretanto, já se nota um aumento da procura por parte dessas pessoas que não vieram antes por receio?

Sim, agora houve um “boom”. Por um lado são as pessoas que tive-ram uma trombose, um derrame cerebral e não vieram ao hospital. São pessoas que tiveram episódios destes que lhes provocaram pe-quenos défices e que agora nos procuram. Por outro lado, o número de entradas de doentes com AVC subiu para os valores a que esta-mos habituados. O Hospital Senhora da Oliveira recebe anualmente 650 casos de AVC.

O período do medo já passou, portanto?

Sim, as pessoas têm a perceção que o pior da catividade pandémica já passou, porém, para nós é igual. Continuamos a manter os mes-mos cuidados, trabalhamos sempre de forma a proteger os pacien-tes sabemos que o surto não passou.

O vírus que provoca a covid-19 potencia o surgimento de AVC’s?

Há estudos que demonstram que a infeção aumento o potencial de aparecimento de doença trombótica nos pacientes. Podem ha-ver diferentes manifestações: tromboses venosas profundas, trom-boembolismos pulmonares e AVC´s. UmA das características que conhecemos do vírus é a oclusão de pequenos vasos dentro do pul-mão e a redução da oxigenação do corpo pelo facto de não se fa-zerem as trocas gasosas. Aquilo que acontece no pulmão acontece também ao nível de outros vasos do corpo. Este é um campo ainda em aberto, mas sabemos que este vírus tem o potencial de aumen-tar o risco de trombose, nomeadamente de trombose cerebral.

Quais são os sinais indicadores de que alguém está a ter um ACV?

Há dois ou três aspetos que é importante salientar. Quando a pa-ciente começa a sentir a fala a arrastar, a face a ficar repuxada para o lado e força da perna ou do braço (de um dos lados do corpo) que começa a reduzir, deve procurar ajuda. São os três f’s: fala, face e força. São as três principais manifestações que devem fazer com que a pessoa se dirija de imediato ao hospital. Nós hoje temos em funcionamento um esquema de tratamento que se os doentes chegam ao hospital dentro de uma determinada janela de tempo (curta) podemos até retirar o trombo do vaso, fazendo uma espécie de cateterismo cerebral. Há no Hospital de Guimarães um circuito muito bem montado que nos permite assegurar o tratamento que estes pacientes necessitam, sem risco de infeção por covid.

Page 30: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

30

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

orais e consequentemente, aumentar o risco de desenvolverinfecções respiratórias pelo transporte destes microrganismos até aospulmões. Daí a extrema importância da manutenção dos cuidadosdiários associados à higiene oral. Quando falamos em idosos, estaimportância adquire contornos ainda mais preocupantes, uma vez queestes podem estar institucionalizados e/ou com pouca assistênciadiária. No caso dos institucionalizados, a falta de cuidados de geriatriaassociados à quarentena das equipas dos lares/instituições. Semesquecer os que mesmo não estando institucionalizados contam como apoio de equipas externas para conseguirem executar certas rotinasde higiene diariamente. Falamos portanto de uma população de riscoprincipalmente pelas patologias crónicas associadas, como porexemplo: diabetes, hipertensão arterial, doença cardiovascular,doença pulmonar, entre outras. Mas também pela prevalência deproblemas orais, tais como, cárie dentária e doença periodontal. Porterem níveis de colonização oral mais elevados associados ainfecções respiratórias, são uma população de risco para odesenvolvimento de complicações severas em caso de infecção porcovid-19. Neste sentido é importante salientar um conjunto demedidas a serem implementadas pelos cuidadores: Uso de escova dedentes com cerdas macias e fio dentário (se possível) para remoçãoda placa bacteriana, 2-3 vezes por dia, durante 2 minutos; Oscuidados de higiene oral devem ser complementados com bochechode iodopovidona (betadine) solução oral ou peróxido de hidrogénio(água oxigenada); Não partilhar escovas de dentes que devem serarrumadas em separado, nos casos em que a casa de banho épartilhada; No caso de pessoas acamadas com dificuldade ouincapacidade em bochechar, deve ser utilizada um recipientedescartável. O cuidador deve posicionar-se sempre de lado ou atrásda pessoa; No caso de pessoas com próteses removíveis — aprótese deve ser removida para higienização da mesma. Deve serutilizada escova dura para limpeza da prótese e gaze embebida emsolução oral de iodopovidona (betadine solução oral) ou peróxido dehidrogénio (água oxigenada) para higienização das mucosas.Complementar com um bochecho com elixir de clorohexidina 0,12%;Primar por uma alimentação saudável, evitando alimentos pastosos etendencialmente mais cariogénicos. Estas medidas visam organizar efacilitar a gestão da manutenção por parte dos cuidadores. Apesar denão se verificar uma evidência disponível sobre o papel da higieneoral na doença por covid-19, é importante retermos a sua importâncianum contexto de saúde geral, e que sem dúvida favorece a condiçãogeral de todas as pessoas. Manter e promover uma higiene oral eficazpode proteger efectivamente os grupos mais vulneráveis destadoença.

O vírus SARS-CoV-2 veio revolucionar e desafiaro mundo tal como o conhecíamos. Hábitosmudaram, rotinas foram repensadas, comoconsequência aprendemos a ver os pequenos esimples gestos do dia-a-dia de um prismatotalmente diferente. Para além de todas asmedidas preventivas criadas para controlar ainfecção por SARS-CoV-2 é também importantesublinhar o papel da alimentação e da prática deactividade física. Dois tópicos facilmenteassociados à promoção da saúde e bem-estarde todas as pessoas e que têm sido reforçadosnos últimos tempos. O tema saúde oral, sendoportanto parte integrante da saúde geral, devetambém ser relembrado e destacado. Amanutenção dos hábitos e rotinas de higiene oralconstitui também uma grande preocupação paratodos os profissionais da área. Com especialatenção nos grupos de risco, nomeadamenteidosos que possam estar institucionalizados,e/ou com pouca assistência diária e apoiofamiliar. A covid-19 é de origem viral, no entanto,suspeita-se que em formas mais severas dainfecção, exista uma acção bacteriana que, podeaumentar a hipótese de complicações, taiscomo, pneumonia, síndrome respiratório graveagudo, choque séptico ou morte. Defende-seque a mucosa da língua é um dos locais iniciaispor onde o vírus dá entrada, a partir da qualpode existir uma mudança daflora orofaríngea pela presença demicrorganismos virulentos, nos casos em queexiste uma má higiene oral. O que poderátraduzir-se num agravamento de patologias

FONTES:PUBLIC HEALTH ENGLAND. MOUTHCARE FOR PATIENTS WITH COVID-19 OR SUSPECTED COVID-19. P. 5–7.DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE. MATERIAIS DE DIVULGAÇÃO [INTERNET]. SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE. 2020 [CITED2020 MAY 12]. AVAILABLE FROM: HTTPS://COVID19.MIN-SAUDE.PT/MATERIAIS-DE-DIVULGACAO/ESTEVES M, MENDES S, BERNARDO M. ESTADO DE SAÚDE ORAL DUMA POPULAÇÃO INSTITUCIONALIZADA COMDEFICIÊNCIA PROFUNDA. REV PORT ESTOMATOL MED DENTÁRIA E CIR MAXILOFAC [INTERNET]. 2017 NOV17;58(3):250–3. AVAILABLE FROM: HTTP://REVISTA.SPEMD.PT/ARTICLE/133IMPORTÂNCIA DA HIGIENE ORAL DURANTE A PANDEMIA: O CASO DAS PESSOAS INSTITUCIONALIZADAS[INTERNET]. 2020 MAIO. AVAILABLE FROM: SAUDEORAL.PT

FOTOGRAFIAS: JOÃO BASTOS

Uma obra em espaço público, para que os vimaranenses possam admirar e caminhar. Mónica Mindellis foi a autora da intervenção na es-cadaria que liga a Plataforma das Artes e da Criatividade à Avenida Conde Margaride. Inspirada na coleção do CIAJG – Centro Internacio-nal das Artes José de Guimarães e no tecido urbano industrial da cidade de Guimarães, a autora trouxe o museu para a rua, preservando

as tradições vimaranenses e dando vida a um lugar, até agora, pouco conhecido.

Esta obra pertence à sua coleção “Amanhecer” e insere-se no projeto de residências artísticas AMAR O MINHO, promovido pelo consórcio MINHO IN (constituído pelas Comunidades Intermunicipais do Alto Minho, Ave e Cávado).

A inauguração integrou as comemorações do 24 de junho.

TRAZER O MUSEUPARA A RUA

Page 31: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

31

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

orais e consequentemente, aumentar o risco de desenvolverinfecções respiratórias pelo transporte destes microrganismos até aospulmões. Daí a extrema importância da manutenção dos cuidadosdiários associados à higiene oral. Quando falamos em idosos, estaimportância adquire contornos ainda mais preocupantes, uma vez queestes podem estar institucionalizados e/ou com pouca assistênciadiária. No caso dos institucionalizados, a falta de cuidados de geriatriaassociados à quarentena das equipas dos lares/instituições. Semesquecer os que mesmo não estando institucionalizados contam como apoio de equipas externas para conseguirem executar certas rotinasde higiene diariamente. Falamos portanto de uma população de riscoprincipalmente pelas patologias crónicas associadas, como porexemplo: diabetes, hipertensão arterial, doença cardiovascular,doença pulmonar, entre outras. Mas também pela prevalência deproblemas orais, tais como, cárie dentária e doença periodontal. Porterem níveis de colonização oral mais elevados associados ainfecções respiratórias, são uma população de risco para odesenvolvimento de complicações severas em caso de infecção porcovid-19. Neste sentido é importante salientar um conjunto demedidas a serem implementadas pelos cuidadores: Uso de escova dedentes com cerdas macias e fio dentário (se possível) para remoçãoda placa bacteriana, 2-3 vezes por dia, durante 2 minutos; Oscuidados de higiene oral devem ser complementados com bochechode iodopovidona (betadine) solução oral ou peróxido de hidrogénio(água oxigenada); Não partilhar escovas de dentes que devem serarrumadas em separado, nos casos em que a casa de banho épartilhada; No caso de pessoas acamadas com dificuldade ouincapacidade em bochechar, deve ser utilizada um recipientedescartável. O cuidador deve posicionar-se sempre de lado ou atrásda pessoa; No caso de pessoas com próteses removíveis — aprótese deve ser removida para higienização da mesma. Deve serutilizada escova dura para limpeza da prótese e gaze embebida emsolução oral de iodopovidona (betadine solução oral) ou peróxido dehidrogénio (água oxigenada) para higienização das mucosas.Complementar com um bochecho com elixir de clorohexidina 0,12%;Primar por uma alimentação saudável, evitando alimentos pastosos etendencialmente mais cariogénicos. Estas medidas visam organizar efacilitar a gestão da manutenção por parte dos cuidadores. Apesar denão se verificar uma evidência disponível sobre o papel da higieneoral na doença por covid-19, é importante retermos a sua importâncianum contexto de saúde geral, e que sem dúvida favorece a condiçãogeral de todas as pessoas. Manter e promover uma higiene oral eficazpode proteger efectivamente os grupos mais vulneráveis destadoença.

O vírus SARS-CoV-2 veio revolucionar e desafiaro mundo tal como o conhecíamos. Hábitosmudaram, rotinas foram repensadas, comoconsequência aprendemos a ver os pequenos esimples gestos do dia-a-dia de um prismatotalmente diferente. Para além de todas asmedidas preventivas criadas para controlar ainfecção por SARS-CoV-2 é também importantesublinhar o papel da alimentação e da prática deactividade física. Dois tópicos facilmenteassociados à promoção da saúde e bem-estarde todas as pessoas e que têm sido reforçadosnos últimos tempos. O tema saúde oral, sendoportanto parte integrante da saúde geral, devetambém ser relembrado e destacado. Amanutenção dos hábitos e rotinas de higiene oralconstitui também uma grande preocupação paratodos os profissionais da área. Com especialatenção nos grupos de risco, nomeadamenteidosos que possam estar institucionalizados,e/ou com pouca assistência diária e apoiofamiliar. A covid-19 é de origem viral, no entanto,suspeita-se que em formas mais severas dainfecção, exista uma acção bacteriana que, podeaumentar a hipótese de complicações, taiscomo, pneumonia, síndrome respiratório graveagudo, choque séptico ou morte. Defende-seque a mucosa da língua é um dos locais iniciaispor onde o vírus dá entrada, a partir da qualpode existir uma mudança daflora orofaríngea pela presença demicrorganismos virulentos, nos casos em queexiste uma má higiene oral. O que poderátraduzir-se num agravamento de patologias

FONTES:PUBLIC HEALTH ENGLAND. MOUTHCARE FOR PATIENTS WITH COVID-19 OR SUSPECTED COVID-19. P. 5–7.DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE. MATERIAIS DE DIVULGAÇÃO [INTERNET]. SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE. 2020 [CITED2020 MAY 12]. AVAILABLE FROM: HTTPS://COVID19.MIN-SAUDE.PT/MATERIAIS-DE-DIVULGACAO/ESTEVES M, MENDES S, BERNARDO M. ESTADO DE SAÚDE ORAL DUMA POPULAÇÃO INSTITUCIONALIZADA COMDEFICIÊNCIA PROFUNDA. REV PORT ESTOMATOL MED DENTÁRIA E CIR MAXILOFAC [INTERNET]. 2017 NOV17;58(3):250–3. AVAILABLE FROM: HTTP://REVISTA.SPEMD.PT/ARTICLE/133IMPORTÂNCIA DA HIGIENE ORAL DURANTE A PANDEMIA: O CASO DAS PESSOAS INSTITUCIONALIZADAS[INTERNET]. 2020 MAIO. AVAILABLE FROM: SAUDEORAL.PT

Page 32: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

32

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

TEXTO E FOTOGRAFIAS: RUI DIAS • EDIÇÃO: JOÃO BASTOS

DA TOMADA DA BASTILHAÀ CONSTITUIÇÃO DE 1822

200 ANOS DE REVOLUÇÃO LIBERAL

A Revolução Liberal marca o momento em que pela primeira vez todos os cidadãos do reino passaram a ser iguais perante a lei. O poder deixava de emanar do rei e passava a residir na nação. O monarca deixava de estar acima da lei e tinham, também ele, que jurar a Constituição. Estes ideais encerraram um tempo e abriram outro que é este em que vivemos, por isso vale a pena visitar a “A Revolução de 1820 – Da tomada da Bastilha à Cons-tituição de 1822”, na Sociedade Martins Sarmento (SMS), até se-tembro.

Em tempo de pandemia a SMS, também tem que encontrar formas de se adaptar. A apresentação da exposição foi feita em direto no Youtube sem presença de público no local. Nesta apresentação, Paulo Vieira de Castro, o presidente da SMS, destacou as gravuras que são apresentadas na exposição e que fazem parte do espólio da SMS.

Trata-se de um conjunto de gravuras da época, em que se podem ver os protagonistas dos acontecimentos junto com figuras sim-bólicas como a Liberdade ou a Constituição. Estas gravuras são o núcleo central desta mostra que também reúne livros, folhetos e objetos da coleção etnográfica da SMS.

Page 33: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

33

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Como o nome deixa perceber, esta exposição pretende ilustrar os movimentos liberais que se espalharam pela Europa, ao longo do século XVIII, e que também chegaram a Portugal. É inevitável rela-cionar o avanço destas ideias com a expansão do império francês. Por ocasião dos 250 anos do nascimento do imperador francês, no final de 2019, a SMS já tinha evocado a importância de Napoleão na difusão dos ideais liberais.

Descendo a escada para a galeria de exposições e logo nos depa-ramos com uma magnifica peça evocativa da tomada da Bastilha. Consiste numa reprodução do edifício, em madeira, que repousa dentro de um baú. O baú está aberto para que se possa contem-plar o objeto, mas percebe-se que foi feito para guardar uma ideia, uma memoria preciosa.

Ao longo da parede, depois de uma citação de Raul Brandão, se-guem-se inúmeras gravuras. Ali podemos encontrar o regresso de D. João VI do Brasil, o estabelecimento da Junta, a formulação e a aprovação da primeira Constituição, jurada pelo rei em 1822.

Referindo-se a esta exposição, o professor José Luís Cardoso, do ICS da Universidade de Lisboa, afirma que se trata de uma expo-sição “oportuna que retrata um momento crucial para o estabele-cimento da Monarquia Constitucional em Portugal que se iniciou com a Revolução Liberal de 1820.”

Ali podemos encontrar as figuras de Beresford, Wellington e Na-poleão. Num momento em que Portuga teve que fazer escolhas: a corte e o rei partiram para o Brasil, os velhos amigos ingleses fo-ram fundamentais para afastar os franceses, mas eternizavam-se em terras lusas e mandavam no reino. A regência não era capaz de dar resposta aos problemas dos portugueses e começou a cla-mar-se pelo regresso do rei.

É possível comtemplar Gomes Freire de Andrade e relembrar os mártires da pátria, expoentes simbólicos da revolta contra o domí-nio inglês. Relembra-se o sinédrio, constituído em 1818, e a forma como absorveu os bons ventos que vinham de Espanha, com a restauração da Constituição de Cádis.

As ideias liberais triunfaram a partir do Porto. A Revolução na Cida-de Invicta dá-se a 24 de agosto de 1820 e os seus efeitos começam a alastrar ao sul num momento em que Beresford estava fora do reino. O general inglês tinha ido ao Brasil, pedir um reforço de po-deres a D. João VI para esmagar os jacobinos. A Revolução, porém, afasta-se das ideias jacobinas, não pretendia atacar as monarquia nem a igreja, declarava fidelidade ao rei que deixava de ser um monarca absoluto para passar a estar debaixo da alçada da lei.

Esta é uma exposição importante para conhecer o momento em que pela primeira vez em Portugal as leis deixaram de ser arbitrá-

rias, em que passou a valer o princípio da separação de poderes e em que floresceu a ideia de que o poder emanava da nação e não do rei. Pelo primeira vez, todos os cidadãos do reino passaram a ser iguais perante a lei.

Page 34: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

34

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

FUTEBOL À LUPA

JOGADORES DESVALORIZADOS...A NOVA REALIDADE!

Money, get awayGet a good job with good pay and you're okayMoney, it's a gasGrab that cash with both hands and make a stashNew car, caviar, four star daydreamThink I'll buy me a football team

Refrão da música “Money” dos Pink Floyd

A pandemia que nos assolou mudou, inelutavelmente, o mundo! Não há volta a dar!E não falamos da obrigatoriedade de usar máscaras, ou de, permanen-temente, desinfectar as mãos! Falamos das consequências económi-cas que um facto, que mudou a nossa forma de ver o mundo, causou.No futebol, para além das questões já afloradas, relativamente à perda de receitas no que tange a marketing, merchandising e bilhética, outra merece destaque. Aludimos à desvalorização dos passes dos atletas nos dias que correm e que podem, igualmente, influir nos orçamentos da próxima temporada de todos os clubes.

O FIM DAS TRANSFERÊNCIAS À MODA DE FELIX!

Será, pois, essa análise que procuraremos fazer, tendo presente que a paragem superior a três meses na maioria das provas europeias levou a que todos os atletas sofressem um processo de desvalorização. Tal deveu-se, como é óbvio, à relação óbvia entre a oferta e a procura, já que se não há dinheiro para investir quem vende terá de se sujeitar a reduzir valores, bem como ao facto de as provas terem estado suspen-sas, o que fez com que o “produto”, leia-se jogadores, não pudesse ser promovido e consequentemente valorizado.Sejamos práticos e não temamos a força das palavras! Transferências

TEXTO: VASCO ANDRÉ RODRIGUES • FOTOGRAFIAS: DIREITOS RESERVADOS

como as de Neymar por 220 milhões de euros, ou a de João Félix por 126 milhões, previsivelmente, terão acabado!Desde logo, porque quem se encontrava do lado do adquirente sofreu um retrocesso nas suas contas, nos seus orçamentos, que, obviamen-te impedirá que possa negociar por estes montantes, ou, sem qual-quer hesitação, pagar o valor estipulado de uma qualquer cláusula de rescisão.

Porém, também, quem vende sofrerá as consequências deste cataclis-mo. Os clubes que, tradicionalmente, mantêm as posições mais fortes nas tabelas de valores (ainda recentemente, soubemos que Real Ma-drid, Barcelona e Manchester United ocupavam o pódio desta exclusiva tabela) poderão aproveitar-se das dificuldades dos demais emblemas. Relembremos que falamos de equipas com uma liquidez sustentada, sendo que emblemas, como Real Madrid e Barcelona, recentemente, tiveram de obter empréstimos bancários na ordem dos 100 milhões de euros para manterem as suas posições de poder. Enquanto isso, quem sustenta a sua balança económica, com a potencialização de activos, perderá montantes que em circunstâncias normais ajudariam a revitalizar a equipa, a contratar novos atletas para manter o circuito de valorização de activos.

CONSEQUÊNCIAS DE UMA PANDEMIA

Bastará analisar o sucedido por essa Europa fora. Os principais clubes optaram por propor, muitas vezes não sem polémica, aos seus atletas que aceitassem reduzir os seus salários, algo que em alguns emble-mas, como o Barcelona, chegou a valores na ordem dos 70%. Outros, enveredaram pelos instrumentos que cada país equipara ao nosso lay-off simplificado, de modo a que as respectivas seguranças sociais conseguissem ajudar a pagar os milionários salários. Outros, ainda, como o Sion ou o Standard Liège despediram, mesmo, alguns atletas que se recusaram a reduzir os seus estipêndios. Ou seja, a maioria dos clubes europeus deram a entender que projectavam a sua existência, sem uma almofada financeira que lhes permitisse respirar, em caso de calamidade. E quando falamos de calamidade, obviamente, não nos referimos a uma inexpectável pandemia à escala mundial, mas, até simplesmente, uma inesperada despromoção.Ora, se ensinamos às famílias os benefícios da poupança, de saber acautelar e prever o futuro, que comentários merecerá este tipo de gestão, típica de jogador de roleta, em que aposta no preto, mas,

Page 35: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

35

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

potencialmente, poderá sair o vermelho? No advento da profissionali-zação das administrações, de conselhos de administração que, apesar da paixão, devem olhar para os clubes como as sociedades que são, tal será absolutamente assustador!

A DESVALORIZAÇÃO DOS JOGADORES – OS PRINCIPAIS ACTIVOS DO FUTEBOL!

Falemos, agora, dos jogadores de futebol, que, como muitos presiden-tes assumiram, são o veículo basilar das contas de todos os emblemas.Neste vector, a pandemia teve efeitos devastadores, absolutamente destrutivos das pretensões dos clubes.

Assim, segundo um inquérito efectuado pela plataforma Transfermarkt, que até já serviu para vários clubes ilustrarem aos seus sócios e accio-nistas a valorização dos seus activos, 70% dos especialistas defendem que os jogadores possam ver o seu valor de mercado diminuído. Aliás, 31,8% dos inquiridos defende, inclusivamente, que a valia dos atle-tas poderá sofrer um decréscimo na ordem dos 20%... significativo, portanto! Estes dados são, ainda, complementados pelas conclusões da auditora KPMG Football Benchmark, que distinguiu a desvalorização dos jogadores se a época fosse retomada (como será na maioria das Ligas) ou se fosse, definitivamente, cancelada. Ora, na primeira hipóte-se, a perda cifrar-se-ia nos já mencionados 20%, sendo que, em caso de retoma, andaria por um valor médio de 13%.

Outro esclarecedor exemplo é dado na plataforma Bloomberg! Num exemplo prático, o portal concluiu que uma das duplas mais valio-sas do mundo, que actua no Paris Saint-Germain e é constituída por Neymar e Mbappé, durante este período, desvalorizou em conjunto, cerca, de 86 milhões de euros.

Saindo de França, citemos outro clube que foi objecto de estudo, o Barcelona. A valiosa equipa blaugrana, caso La Liga não fosse retoma-da, sofreria um decréscimo de valor económico na ordem dos 28,9%.Quanto à Premier League inglesa, estima-se que os valores dos atletas se reduzam em 1,6 mil milhões de euros, com, por exemplo, Harry Kane a ver o seu valor diminuir em 27 milhões de libras, passando de 135 para 108, ou Kanté de 96 para 72.Ora, todos estes valores poderão ser conducentes, segundos alguns dos maiores especialistas de economia aplicada ao futebol a insolvên-

FACEBOOK.COM/ECONOMIAGOLO

cias, atento que falamos de uma realidade global que atinge todas as equipas de todos os campeonatos do mundo.

O VITÓRIA – O MILAGRE TAPSOBA!

O Vitória, no passado mês de Janeiro, realizou a venda mais avultada da sua, quase centenária, história.Com efeito, a alienação dos direitos económicos e desportivos do defesa central Edmond Tapsoba por 18 milhões de euros, aos quais acrescerão outras quantias a auferir por objectivos, foram uma almo-fada financeira que permitiu que os Conquistadores enfrentassem este período de provação com outra tranquilidade.

Porém, a verdade é que se há vendas felizes, esta terá sido um delas.O que sucederia se os Conquistadores, apenas, pretendessem vender o valioso atleta só no final da temporada, apostando numa rentabiliza-ção superior?Analisando as premissas supra-mencionadas, a hipotética desvaloriza-ção do jogador seria uma realidade?

Tudo leva a crer que sim e que o clube não conseguiria realizar o negó-cio nos termos em que o realizou.Acresce, ainda, a necessidade de realização de liquidez, comum à maioria das sociedades desportivas nacionais. A necessitar, poderia o Vitória ter “batido o pé” no preço como o fez?

Porém, a questão ficará para o final da presente temporada. Tendo os Conquistadores em Davidson, Sacko ou Edwards os seus maiores activos, poderemos, agora, assistir a um verdadeiro milagre e, se for essa a aposta, assistirmos à sua transacção por valores tidos como irrecusáveis?Os tempos são difíceis... mas, como sempre, o dinheiro é que manda!

Page 36: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

36

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Os cabos submarinos não servem apenas para comunicações. Em Portugal há um projeto inovador que deverá entrar em ope-ração no 2.º trimestre de 2021. O cabo sub-marino internacional de comunicações que vai interligar Portugal ao Brasil vai ter a ca-pacidade de deteção sísmica no ramo entre o Funchal e Sines, sendo o primeiro sistema internacional no mundo a ser dotado desta funcionalidade. Portugal vai ter um sistema com deteção ambiental e sísmica por cabos submarinos. Os dados sísmicos recolhidos deverão ser entregues, para armazenamen-to, processamento e estudo, à academia na-cional e às agências e institutos públicos que estudam e abordam a atividade sísmica.

Os números nesta parte do globo não es-tão a melhorar. Se há países, como a Itália, Espanha ou França, a controlar com muita dificuldade os contágios e as mortes, há no continente americano (e não só) situações totalmente fora de controlo. Conforme foi dado a conhecer em abril, um estudo en-controu 33 mutações no agente patogénico SARS-Cov-2, sugerindo que estava a sofrer mutações rapidamente. Acreditava-se que o vírus poderia aumentar a sua infecciosidade, dada a mutação correta. Agora, uma inves-tigação publicada na BioRxiv sugere que a estirpe com que estamos atualmente a lidar não só está fortemente mutada, como muito mais infecciosa.

O campo magnético da Terra tem sido alvo de muita atenção e alguma preocupação. Conforme o que temos visto, as alterações que são sentidas estão a deixar os cientis-tas e investigadores intrigados. Agora, novos dados referem que alterações na direção do campo magnético da Terra podem aconte-cer 10 vezes mais depressa do que se pen-sava anteriormente. Esta informação per-mite projetar uma nova visão sobre o fluxo giratório de ferro a 2800 quilómetros abaixo da superfície do planeta e como este metal influenciou o movimento do campo magné-tico durante os últimos cem mil anos. Este campo é fundamental para o planeta manter a atmosfera no seu lugar.

PORTUGAL COM DETEÇÃO AMBIENTAL E SÍSMICA POR CABOS SUBMARINOS

ESTIRPE DO NOVO CORONAVÍRUS DO OCIDENTE É MAIS PERIGOSA DO QUE A ORIGINAL

CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA PODE MUDAR 10 VEZES MAIS DEPRESSA DO QUE SE PENSAVA

Page 37: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

37

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

A ser testada desde o início de maio, esta nova função está incluída num plano do Ins-tagram que visa reduzir a toxicidade da rede social. Acessível a todos os utilizadores, per-mite que sejam afixados até três comentá-rios no topo do separador dos comentários de cada publicação. Desta forma, o dono do post pode escolher a que comentários quer dar destaque e, consequentemente, que conversas quer ou não alimentar. Apesar de todos os utilizadores estarem aptos a utilizar esta função, ela será gradualmente introdu-zida. Ademais, dará, com certeza, mais jeito àqueles cujas contas sejam maiores, ou seja, aquelas que, habitualmente, recebem milha-res de comentários nas publicações.

A Coreia do Sul é uma nação muito associa-da à tecnologia e à inovação. Então não é de admirar que a surpresa que o país preparou para os profissionais de saúde tenha sido algo em grande e tecnológico. As autorida-des sul-coreanas lançaram 300 drones nos céus da capital Seul e emitiram um verda-deiro espetáculo de luzes para agradecer a todas as equipas de médicos, enfermeiros e outros profissionais que têm estado na li-nha da frente na luta contra a Covid-19. Para além do agradecimento, o show também re-lembra a população da importância das me-didas de proteção, como por exemplo lavar as mãos, usar máscara e manter o distancia-mento social.

Com a Covid-19, os empresários em Portu-gal, afetados pelas medidas sanitárias, vira-ram-se para o desenvolvimento de produtos para combater a pandemia. A MTEX NS, por exemplo, que durante mais de 10 anos se dedicou ao mercado têxtil digital e de label-ling, procura agora tirar proveito da sua força de produção, ao mesmo tempo que serve um mercado que necessita de soluções. A empresa conta agora com equipamentos da linha Cleancare – PHYS, PURE e VENTUS – dotados de tecnologias de última geração. Este equipamento destina-se à esterilização de roupa, calçado e acessórios, podendo ser utilizada quer por empresas/instituições, quer por particulares.

INSTAGRAM CRIA FUNCIONALIDADE QUE PERMITE AFIXAR COMENTÁRIOS

COREIA DO SUL AGRADECE AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE COM UM SHOW DE DRONES

EMPRESA PORTUGUESA LANÇA UM SISTEMA INOVADOR DE ESTERILIZAÇÃO

Page 38: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

38

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Se o seu cartão expirou ou está prestes a expirar, aguarde por um SMS dos serviços no seu telemóvel. Para ter novos códigos, não tem de renovar o cartão do cidadão. Conheça os prazos de valida-de e outros serviços do cartão.

O cartão de cidadão tem sofrido várias mudanças nos últimos anos. As mais recentes incluem a renovação do cartão por SMS, altera-ções na assinatura eletrónica ou o alargamento do prazo de valida-de do documento para menores de 25 anos.

A partir de 9 de junho, os cartões do cidadão de pessoas com 25 anos ou mais, residentes em Portugal, cuja validade tenha termina-do a partir de 24 de fevereiro ou esteja prestes a terminar, podem ser renovados através de um método mais simples. No entanto, tal só é possível, se não for necessário alterar qualquer dado como, por exemplo, a morada, nem modificar qualquer dado biométrico.

Para autorizar a renovação por SMS não pode estar abrangido pelo regime jurídico do maior acompanhado, caso daqueles que, devido a problemas de saúde, deficiência ou alterações de comportamen-to, não conseguem, sem apoio, decidir ou tratar de vários aspetos das suas vidas. Também não pode estar impedido de se deslocar a um balcão para levantar o seu documento.

Se for o seu caso e o seu contacto telefónico constar da informação

associada ao seu cartão, aguarde pela SMS ou por um e-mail. Para dar início à renovação, basta responder “SIM” à mensagem.

Passados alguns dias receberá a carta-PIN na sua morada, bem como os dados (válidos por 30 dias) para o pagamento no multi-banco e os contactos para agendar o levantamento do cartão. Para levantar o seu cartão, deve apresentar a carta-PIN e o comprovati-vo do pagamento. O novo cartão será emitido exatamente com os mesmos dados, mas com nova validade.

Sem prejuízo da criação deste método de renovação, mantém-se a regra de que os documentos expirados depois de 24 de fevereiro serão válidos até 30 de outubro, desde que os portadores apresen-tem comprovativo do agendamento da renovação.

Entre as novidades recentes, há o lançamento de uma linha telefó-nica adicional, destinada a esclarecer questões relacionadas com o cartão do cidadão. Está disponível desde 10 de junho. O número é 210 990 111. Para a generalidade das questões, funcionará entre as 9 e as 17 horas de segunda a sexta-feira.

A DECO – Delegação Regional do Minho retomou o atendimento presencial na Avenida Batalhão Caçadores 9 em Viana do Caste-lo, mediante agendamento. Poderá contactar-nos telefonicamente 258 821 083 ou por e-mail para [email protected].

CARTÃO DO CIDADÃO:O QUE FAZER SE PERDER OU CADUCAR

Parceria

Page 39: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

39

MAIS GUIMARÃES N87 JULHO 2020

Q U I Z

1 – EM QUE DIA SE DISPUTOU A FINAL DO EURO 2016?

a) 10 de junho b) 11 de junho c) 10 de julho d) 11 de julho

2 – EM QUE ANO TIMOR-LESTE CONSEGUIU INDEPENDÊNCIA POLÍTICA?

a) 1997 b) 1999 c) 2002 c) 2005

3 – EM QUE CIDADE NASCEU O REI DE ESPANHA, FELIPE VI?

a) Barcelonab) Sevilhac) Madridd) Corunha

5 – COMO SE CHAMA A MINISTRA DA COESÃO TERRITORIAL?

a) Ana Abrunhosab) Mafalda Cunhac) Ana Rebelod) Ana Sofia Mota

5 – EM QUE RUA FICA SITUADA A SOCIEDADE MARTINS SARMENTO?

a) Av. São Gonçalob) Largo do Touralc) Rua Paio Galvãod) Largo de João Franco

Soluções quiz: 1 – c); 2 – b; 3 – c); 4 – c); 5 – a);

Page 40: N87 JULHO EDIÇÃO DIGITAL DIRETOR ELISEU SAMPAIO · 2020-07-16 · n87 julho 2020 ediÇÃo digital diretor eliseu sampaio amÁlia rodrigues o centenÁrio da maior voz da histÓria

40