104
ANÁLISE DAS VARIACÕES CLIMÁTICAS , NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA GODILIA TERESA GARCÍA VILCA Engenheira Meteorologa Orientador: Prof. Dr. ANTÔNIO ROBERTO PEREIRA Dissertação apresentada à Escola superior de Agricultura "Luiz de .Queiroz", da Universidade de São Paulo, para.obtenção do tulo de Mestre em Aonomia, Área de concentração: Agrometeorologia. p I R A e I e A B A Estado de São Paulo - Brasil Dezero - 1993

NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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Page 1: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

ANÁLISE DAS V ARIACÕES CLIMÁTICAS ,.

NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

GODILIA TERESA GARCÍA VILCA Engenheira Meteorologa

Orientador: Prof. Dr. ANTÔNIO ROBERTO PEREIRA

Dissertação apresentada à Escola superior de Agricultura "Luiz de

.Queiroz", da Universidade de São Paulo, para.obtenção do título de Mestre em Agronomia, Área de concentração: Agrometeorologia.

p I R A e I e A B A

Estado de São Paulo - Brasil

Dezembro - 1993

Page 2: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

. "i;�;;:�'1�"'Vr1�a, _

-Godilia .Teresa

G216a Análise das varia�t,es·climáticas na regi:!ío Selva Baja Norte Peruana. Piracicaba:, 1993.

91p.

Dis5:.(Mestré.) ESALQ

.. 1 ;,.f.35E ·. c:r.ih�f�9:of��;1'7-Ar· r-· ... ·i,�l-r1..:·m·ai. :roe

1:0- _g•-- 1·----a 1 1.... t ag ic:cdã '2. Floresta - Peru

I. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba

·coo 634.94

Page 3: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

Aos meus pais, Ciro e Alicia r

que com muita dedicação, sempre manifestarem apoio-e incent1vo.

MINHA GRATIDÃO ·

A meus pais OFEREÇO

A minha familia, em especial a minha irmã Nelly

DEDICO

Page 4: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

AGJ\ADECIMENTOS

- Ao Prof. Dr. Antônio Roberto Pereira, pelo exemplo,

orientação e confiança depositada em meu trabalho.

- Ao Prof. Dr. Nilson Augusto Vi�la Nova, pelo apoio,

orientação e colaboração neste trabalho.

- Ao Prof. Dr. Reynaldo Luiz Victoria, pela colaboração,

amizade e estímulo.

- A "Agencia para El Desarrollo Internacional de los Estados

Unidos en el Perú" (USAID-PERU) pelo apoio financeiro.

- Ao Servicio Nacional de Meteorologia e Hidrología­

SENAMHI/Perú por ter me proporcionado a oportunidade de

realizar este curso.

- Aos colegas do SENAMHI, e ao Engenheiro Carlos LLerena da

UNA-LA MOLINA.

- Ao Curso de Pósgraduação em Agrometeorología (ESALQ/USP)

pela oportunidade de formação a mim oferecida.

- Aos amigos do Departamenteo de Física e Meteorologia,

Ana, Robinson, Mareia, Francisco.

- A Oscar, Neusa e Jesús pelo apoio na digitação.

- Ao colega Hildeu pela colaboração desinteresada.

- Aos amigos Roberto, Wagner, Lazinsky, e a toda turma de

Agrometeorologia.

Em especial, agradeço a Teresa e Frans pelo apoio e amizade

cultivada; e

- ao casal Beatriz e Jesús pelo amizade cultivada.

Page 5: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

RESUMO

. . . . . . . . .

SUMMARY .

1.- INTRODUÇÃO

2.- REVISÃO DE LITERATURA

3.- MATERIAL E METODO .

3.1.- Material

3.2.- Método .

3.2.1.- Análise das temperaturas

Página

i

iii

iv

vi

1

4

24

24

26

26

3.2.2.- Análise das precipitações ........•...•.. 27

4.-RESULTADOS E DISCUSSÃO . • . . . . . • . . . . . 28

4.1.- Análise temporal de temperaturas absolutas 28

4.2.- Análise da amplitude anual de temperatura

máxima absoluta . .

4.3.- Análise da amplitude anual de temperatura

mínima absoluta

4.4.- Variação mensal de temperatura máxima

38

41

absoluta . . . . . . . . . . . . . . . . . -- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

4.5.- Variação mensal d� temperatura mínima

absoluta . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

Page 6: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

5.

4.6.- -variação de temperatura absoluta nos meses

representativos da sazonalidade ••••••••••.••..••. 48

4.7.-

4.8.-

4.6.1.- mês de Janeiro ........................... 48

4.6.2.- mês de Abril •••••.•..•..•••••.....••.. 51

4 . 6. 3. - mês de Julho .............................. 54

4.6.4.- mês de Outubro . . . . . . . . . . 56

Análise das amplitudes diurnas de

temperaturas mensais . . . . . . . . . . . 58

Análise de precipitação . . . 63

4.8.1.- Iquitos . . . . . . . . . . . 64

4.8.2.- Yurimaguas . . . . . . 70

4.8.3.- Tarapoto . . . . . . . . . 76

-CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . 83

6.-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . 86

Page 7: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

LISTA DE FIGURAS

Figura Página

1. Localização das Estações Meteorológicas ..•••...••.••. 25

2. Variação das Temperaturas máximas e mínimas absolu-

tas em: Iquitos(A), Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) ...... 30

3. Amplitude anual de Temperatura máxima absoluta

em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) ........•••. 39

4. Amplitude anual de Temperatura mínima absoluta

em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) ..........• A2

5. Variação mensal de Temperatura máxima absoluta

em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) ......•...• A5

6. Variação mensal de Temperatura mínima absoluta

em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) ..••....••.. 47

7. Variacões de Temperaturas absolutas no mês

janeiro em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e

Tarapoto(C) ............. , ............................. A9

8. Variações de Temperaturas absolutas no mês de

abril em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e

Tarapoto(C) ...... � .............................. . .... 52

9. Variações de Temperaturas absolutas no mês de

julho em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e

Tarapoto(C) ..................... .-... ................. 55

Page 8: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

10. Variações de Temperaturas absolutas no mês de

outubro em Iquitos(A), Yurimaguas(B) e

ii

Tarapoto (C) .......................................... 57

11. Amplitude de Temperatura média mensal nos meses

de janeiro, abril, julho e outubro em Iquitos(A),

Yurimaguas(B) e Tarapoto(C) .•....••....•............. 62

12. Precipitação anual(A) e mensal(B) em Iquitos ..... .•.. 66

13. Freqüência relativa de precipitação para Iquitos

nos meses de janeiro(A), abril(B), julho(C) e

Outubro (D) . . . . . . . . . . . • . . . • • • . • . • • . . • . . . . . . . . . . . . . . . . • 67

14. Precipitação em Iquitos nos meses de janeiro(A},

abril (B), julho (C) e outubro (D) ...................... 69

15. Precipitação anual(A) e mensal(B) em Yurimaguas ...... 72

16. Freqüência relativa de precipitação em Yurimaguas

nos meses de janeiro(A), abril(B), julho(C) e

outubro (D) . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 4

17. Precipitação em Yurimaguas nos meses de

janeiro(A), abril(B), julho(C) e outubro(D) .......... 75

18. Precipitação anual(A) e mensal(B) em Tarapoto ........ 78

19. Freqüência relativa de precipitação em Tarapoto nos

meses de janeiro(A), abril(B), julho(C), outubro(D) .. 80

20. Precipitação em Tarapoto nos meses de janeiro(A),

abril(B), julho(C) e outubro(D) .................... � .. 81

Page 9: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

iii

LISTA DE TABELAS

Tabela Página

1. Temperatura máxima absolutas mesal em Iquitos .....•... 29

2. Temperatura mínima absoluta mensal em Iquitos ........ 29

3. Temperatura máxima absoluta mensal em Yurimaguas ..... 32

4. Temperatura mínima absoluta mensal em Yurimaguas ..... 32

5. Temperatura máxima absluta mensal em Tarapoto ......... 33

6.

7.

8.

9.

Temperatura mínima

Amplitude mensal de

Amplitude mensal de

Amplitude mensal de

absoluta em Tarapoto ............. 35

Temperatura em Iquitos ............ 59

Temperatura em Yurimaguas .....•... 59

Temperatura em Tarapoto ........... 61

10. Chuva máxima em 24 horas, em Iquitos

Yurimaguas e Tarapoto ............................... E3

11. Precipitação mensal em Iquitos .......•....•• ; ...•.... 65

12. Freqüência relativa de precipitação em Iqui tos ....... 65

13. Precipitação mensal em Yur imaguas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

14. Freqüência relativa de precipitação em

Yur imaguas . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

15. Precipitação mensal em Tarapoto ...........•.......... 77

16. Freqüência relativa de precipitàção em

Tara pato . . . . . . . . �· . . . . . . . . . -• . • - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 7

Page 10: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

iv

ANÁLISE DAS V ARIACÕES CLIMÁTICAS

NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

RESUMO

Autor: Godilia Teresa García Vilca

Orientador: Prof. Dr. Antonio Roberto Pereira

Com o objetivo de determinar a variabilidade

e tendências de temperatura máxima e mínima absoluta; e

determinar a variação temporal da precipitação na Amazônia

Norte peruana "Selva Baja Norte", foram realizadas análises

de dados diários de temperatura e precipitação, nas estações

meteorológicas de Iquitos (03 ° 45'S, 73 ° 15 1W), Yurimaguas

(05°54'S, 76 º 05'W} e Tarapoto (06 º32'S, 76 º 19'W).

Estas 3 localidades ficam ao oeste da Bacia

Amazônica, com altitude menor de 600 metros. A parte

ocidental da Bacia apresenta diversidades biológicas,

geológicas e climáticas que ainda não foram consideradas nas

pesquisas a nível global da bacia.

As informações meteorológicas foram obtidas do

Servicio Nacional de Meteorología e Hidrología- SENAMHI­

PERÚ.

Page 11: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

Determinaram-se as temperaturas

V

extremas

mensais, a amplitude mensal e anual das temperaturas máximas

e mínimas absolutas, e a amplitude diurna de temperatura dos

meses representativos da sazonalidade. A distribuição de

precipitação é apresentada na forma de histogramas e

frequencias com intervalo de classe de 5mm.

Os resultados obtidos permitem concluir que as

temperaturas extremas tem tendência a elevar-se ao longo do·

período i observando-se a mesma tendência na análise mensal.

As quedas bruscas de temperatura mínima estão

associadas à presença

sul-americano.

de sistemas frontais no continente

A amplitude diurna de temperatura em Yurimaguas

e Tarapoto tem a mesma tendência a aumentar ao inicio do

período para logo decrescer; em Iquitos a amplitude tende a

elevar-ser ao longo do período.

Em Iquitos a precipitação média anual é

2862,5mm, em Yurimaguas 2039,6mm e em Tarapoto 1073,1mm.

A maior concentração de precipitação encontra-se

entre 0-25mm. Os dias de não ocorrência de chuva no mês, tem

como mínimo 50% de probabilidade.

Existem eventos de chuva máximo em 24 horas que

reportam precipitação maior de 150 mm.

Page 12: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

vi

ANALYSIS OF THE CLIMATIC VARIATIONS

IN PERUVIAN SELVA BAJA NORTH

(tropical rainforest in Peru's northern amazon-basin)

Author: Godilia Teresa García Vilca

Adviser: Dr. Antonio Roberto Pereira

SUMMARY

The objective of this thesis was to determine the

variability and tendencies of the extremes and range of

temperature in the north-peruvian Amazon area 'Selva Baja

Norte' • The region bears this name beca use the tropical

rainforest is located below the altitude of 600 mts. Part of

the research pays also attention to the wide variability of

rainfall in the region.

Daily information of three meteorological stations were

used for this study. They are situated in the cities of

Iquitos (03 ° 45'S, 73 ° 15'W, 117m), Yurimaguas (05 ° 54'S,

76°05'W, 184m) and Tarapoto (06 º 32'S, 76 º 19'W, 426m). All

figures (data-information) was provided by Peruvian Institute

SENAMHI - the

Hydrology'.

'National Service for Meteorology and

The western Amazon-basin is well know for its

biologycal, geologycal and climàtic diversity. So far the

Page 13: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

vii

Peruvian upper Amazon region hasn't been the subject of many

studies. The conclusions of this thesis could complement the

extensive·research which already have been carried out in

other parts of the Amazon region, especially in Brazil.

Information about the monthly extrems of the temperature

fluctuactions are elaborated in this study. All figures were

collected in the period �etween 1952 and 1991.

It contains information about the daily range of minimum

and maximum temperatures dur ing all months of the year.

Research about the precipitation - during the rainy season

the region is the scene of heavy torrential showers - is

presented in various histograms. The average anual rainfall

in. Iquitos is 2862, 5 mm, in Yurimaguas 2039, 6 mm and in

Tarapoto 1073,1 mm. About thirty percent of all showers stay

belween the range of 0,1 and 25 mm. But it can happen, that

the maximum rainfall in 24 horas passes the 100 mm.

The observations lead to the conclusion that the

extremes in temperature are showing a tendency to increase

during several months of the year. Another outcome of the

stydy is that abrup changes of minimun temperatures seems to

be asociated with the presence of frontal influences which

affect the weather on the Southamerican continent.

Page 14: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

1.- INTRODUÇÃO

A Amazônia peruana localizada ao leste do pé da

cordilheira dos Andes, tem uma superfície aproximada de

770.000 km2, representando 65% de área do território

(PENAHERRERA, 1986), com 11% da população peruana.

A região amazônica peruana apresenta

diversidades de condições climáticas, assim como alta

diversidade biológica. A Amazônia se divide em Selva Baja

(Amazônia Baixa) abaixo de 600m, e Selva Alta (Amazônia Alta)

acima dos 600m de altitude.

A maior parte das atividades humanas se

desenvolvem na Amazônia Alta, afetando o uso da floresta.

Esta zona está ameaçada pelo deflorestamento, nas quais se

usam técnicas de corte e queima indiscriminada, para efetuar

praticas de agricultura migratória (WMO N º 772, 1992). Na

Selva Baja, os bosques se encontram quase em estado natural,

e o impacto humano se concentra perto das cidades, e ao

longo do rio e das estradas. A região se caracteriza por ter

pouca variação topográfica, e apresenta fenômenos geológicos

ativos por encontrar-se perto dos Andes (parte ocidental da

Bacia Amazônica) (KALLIOLA et alii, 1993).

Page 15: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

Sendo o presente estudo sobre a parte Amazônica

peruana (Selva Baja), cabe enfatizar as alterações que teria

o clima por efeito do desmatamento, quando o homem transforma

inadvertidamente as grandes extensões da floresta. Portanto,

o povoador da região tem a responsabilidade pelo equilíbrio

do ecossistema.

Nos últimos anos, tem-se realizado muitos

estudos científicos para a parte Central e Oriental da Bacia

Amazônica, tendo pesquisas na área de meteorologia corno de

RIBEIRO (1991), ALVES DOS SANTOS {1993), assim como de

pequisadores de Institutos e Universidades. Na atualidade,

os projetos corno LAMBADA (Large Scale Atmospheric Moisture

Balance of Amazonia using Data Assirnilation) e BATERISTA

(Biosphere-Atmosphere transf er and Ecological research in

Situ Studies in Amazonia) encontram-se em desenvolvimento

sendo, por isto,

parte ocidental

necessário realizar

da Bacia, por

pesquisas também na

apresentar grandes

diversidades no aspecto climático, geornorfológico, químico,

formações de vida, etc.

o presente trabalho tem os seguintes

objetivos:

Realizar estudos temporais e espaciais das variáveis de

temperatura máxima, temperatura mínima, e precipitação na

Amazônia Baixa Norte peruana, com a finalidade de

determinar as características climáticas na região, e as

Page 16: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

carateristicas sinópticas que atuam alterando as

condições reinantes do tempo/clima.

3

Determinar as tendências de temperaturas extremas

absolutas (máxima absoluta e minima absoluta) com o

intuito de entender a dinâmica das variações climáticas

interanuais.

Page 17: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

4

2.- REVISÃO DE LITERATURA

Para ter maior clareza do conteúdo do tema é

necessário rever conceitos e definições que permitirão

fundamentar a análise de resultados e discussão; para isto,

serão apresentadas revisões bibliográficas que estão

relacionadas direta ou indiretamente com o clima na Amazônia

peruana.

As condições climáticas e do tempo, de uma

região, estão condicionadas aos mecanismos de escala global

e regional, originados da circulação geral da atmosfera

(VIANELLO & ALVES, 1991), a topografia local, a natureza da

cobertura vegetal, o ciclo hidrológico e a influência de

correntes oceânicas se a região for costeira (MOLION, 1987).

A circulação geral da atmosfera é uma

conseqüência do aquecimento diferencial da terra pela

radiação solar, da distribuição assimétrica de continentes

e oceanos. Os padrões de circulação geral da atmosfera

redistribuem calor, umidade e momentum (NOBRE, 1986), sendo

esta redistribuição · não homogênea responsável pela

variabilidade dos elementos climáticos na região.

Os ventos Alísios introduzem na região

Amazônica vapor de água proveniente do Oceano Atlântico

Page 18: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

5

(MARQUES; SALATI; SANTOS, 1980; SALATI & MARQUES, 1984 i

SALATI, 1985), sendo o fluxo predominante do quadrante este;

os mesmos autores, em 1978, determinaram a partir de

sondagens aerológicas, que o componente zonal entre Manaus e

Belém foi no sentido leste para oeste durante todo o ano e em

todos os níveis, encontrando-se os valores máximos a 1500m,

sendo maior em Belém que em Manaus devido ao atrito com a

superfície florestada. Este vapor de água representa 50%

da precipitação na Amazônia (SALATI,1985) devido aos fluxos

de vapor do leste; a corrente de leste vai ganhando umidade

(à medida que penetra no continente), proveniente da

evaporação e transpiração das plantas. As plantas que se

desenvolvem no ecosistema fornecem 50% de vapor de agua,

através da evapotranspiração, para gerar a precipitação.

MARQUES et alii (1977) determinaram, pelo

método aerológico, que 52% da precipitação na Bacia

Amazônica deve-se ao vapor de água proveniente do Oceano

Atlântico e 48% da evapotranspiração. Segundo o modelo de

fracionamento isotópico da água na Bacia Amazônica realizado

por DALL'OLIO & SALATI(l979), em média, as plantas

contribuem em 50% da precipitação. Uma parte da chuva que

cai na floresta é retirada do solo pelas plantas na forma de

vapor (transpiração); a superfície foliar da planta também·

retém parte da precipitação e que é evaporada fornecendo à

Page 19: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

6

atmosfera uma parte do vapor de água, sendo que a energia

usada nesse processo é a energia solar.

O vapor de água gerado pela transpiração das

plantas reincorpora-se no processo de formação das chuvas e

no equilíbrio atual. Assim sendo o regime pluvial está

intimamente ligado a natureza da cobertura vegetal (SALATI,

1983). o tempo médio de residência de vapor de água para a

bacia Amazônica é de 2 ou 3 meses para o ciclo geral e

possivelmente de alguns dias para as células de circulação

mais próximas do solo. O parâmetro usado para medir o total

de vapor de agua é água precipitável. MARQUES et alii (1979)

determinaram a água precipitável para Iquitos, para o ano

1975, de 47,8mm para o mês de setembro, para outubro o valor

de 47,9mm, para o mês de novembro de 52,2mm e para dezembro

49,3mm. MARQUES et alii (1979) estimaram em 35 mm o valor

médio_de água precipitável sobre a bacia Amazônica, ocorrendo

maior concentração de vapor de água entre Manaus e Iquitos,

encontrando os maiores valores em torno de 700 mb.

Diminuindo os valores de fluxo zonal com gradiente bem

acentuado à medida que se penetra mais no interior do

continente, e entre Iquitos e a cordilheira dos Andes os

valores tendem a ser minimizados (MARQUES et alii 1977,

1979). A água precipitável representa o total de vapor de

água que existe na atmosfera, responsável pelo clima sempre

úmido e, também, intervem no balance de energia, devido a

Page 20: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

7

absorção da radiação infravermelha emitida pela superficie,

permitindo desta maneira pequenas variações diárias de

temperatura. Segundo os autores VILLA NOVA et alii (1976),

a evapotranspiração da bacia Amazônica representa 61,8% do

balanco hídrico. LEOPOLDO et alii{l982), determinaram que a

taxa de evapotranspiração representa 48,5% do balanço

hidrico.

A região tropical (alto índice de precipitação)

é fonte de calor para a atmosfera devido à liberação de calor

latente de condensação nas nuvens cumules. Nesta região, o

aquecimento da atmosfera provoca, a nível próximo da

superficie, uma convergência do ar circunvizinho, resultando

em movimento ascendente sobre os trópicos e divergência nos

altos níveis {NOBRE et alii, 1986; FERREIRA & CARVALHO,

1989). Nesta região, o aquecimento e a grande quantidade de

vapor d' água disponível, geram uma atmosfera instável que

leva através da convecção à formação de nuvens profundas

{Cúmulo-nimbo e cúmulo-congestus). Associada à convergência

nos baixos níveis, forma-se uma baixa pressão com circulação

ciclônica; e, associada à divergência nos altos níveis,

forma-se uma alta pressão com circulação anticiGlónica. Este

aquecimento produz uma célula de circulação termicamente

forçada com movimento de ar quente e úmido ascendente

(convecção) sobre os continentes tropicais (aquecida pela

liberação de calor latente de condensação em nuvens

Page 21: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

8

profundas); o movimento descendente (Subsidência) do ar, que

ocorre em latitudes subtropicais de ambos hemisférios nas

áreas oceânicas adjacentes (Anticiclones Subtropicais), onde

há resfriamento da atmosfera devido à perda radiativa para o

espaço, inibe a formação de nuvens, apresentando baixa

precipitação (NOBRE et alii, 1986; MOLION, 1987). Esta célula

é conhecida como circulação de Hadley-Walker e ambos ocorrem

simultaneamente: a circulação de Hadley quando o ar quente é

transportado a latitudes médias no sentido Norte-Sul; e a

circulação de Walker quando é no sentido Leste-Oeste. O ramo

leste da componente zonal desta circulação pode ser mais

extenso que o ramo oeste; portanto, a subsidência ocorre

sobre grande área a leste do centro de ascensão, e este ramo

descendente inibe a formação de nuvens e precipitação. Na

América do sul, o movimento subsidente estende-se desde o

este da Amazônia até o oeste da Africa. O ramo ascendente

desta circulação de Walker provoca desenvolvimento intenso de

nuvens convectivas e altas precipitações. As importantes

variações sazonais de precipitação no Brasil estão

relacionadas à movimento meridional das células de Hadley­

Walker, seguindo o movimento aparente do sol (NOBRE et alii,

1986).

O escoamento méãio à superficie, sobre a

América do Sul e os oceanos circunvizinhos, reflete a

presença dos anticiclones quase estacionários do Atlântico

Page 22: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

9

sul e do Pacifico Sul, responsáveis, em grande parte, pelas

condições de tempo no continente, influindo na penetração de

massas de· ar tropicais úmidas e polares. Suas posições e

intensidades modificam-se ligeiramente de verão para inverno.

Nos meses típicos de verão (Janeiro) e de inverno (Julho), a

n1vel de 850 mb. os anticiclones do Pacifico e do Atlântico

subtropicais estão presente em ambas as estações (MOLION

{1987); no inverno, o centro de anticiclone do Pacífico Sul

parece estar ligeiramente deslocado, em direção ao equador,

enquanto o anticiclone do Atlântico sul permanece

aproximadamente na mesma latitude mas aproxima-se da costa da

América do sul sem ter muitas diferenças significativas no

escoamento troposférico médio, dos baixos níveis entre o

inverno e o verão. Ao nível de 250 mb, no escoamento médio

existe uma variação sazonal pronunciada de movimentos

essencialmente meridionais em janeiro para movimentos

predominantemente zonal durante julho. A natureza meridional

do escoamento de verão é resultado direto do forte

aquecimento da superfície com liberação de calor sensível e

de calor latente (devido à condensação de umidade através de

toda coluna troposférica).

Na primavera e outono a circulação apresenta um

aspecto intermediário entre as de verão (janeiro) e

inverno(julho). A penetração dos ventos de leste sobre o

Page 23: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

Brasil {massa tropical atlântico) é bem maior que

janeiro e menor que a de julho (NIMER, 1979).

10

a de

Outro centro que atua nas condições do tempo é

a Baixa de Chaco. Este cen�ro se forma, na América do Sul,

por causa do forte aquecimento convectivo {liberação de calor

latente devido à convecção) da atmosfera na Amazônia durante

o verão que resulta, nos baixo níveis, uma região de baixa

pressão próxima a superfície na região de Chaco (Baixa de

Chaco) e uma Alta de pressão nos altos níveis sobre a

Bolívia; esta Baixa de Chaco é também influenciada pelo forte

aquecimento solar da superfície durante o verão o que induz

também a formação de uma baixa pressão. A Alta da Bolívia,

no verão se posiciona sobre a Bolívia e o estado brasileiro

de Mato Grosso do Sul, variando sua posição e intensidade ao

longo do ano (KOUSKY & KAGAN0,1981), no outono-inverno se

desloca até o Hemisfério Norte atingindo a Venezuela e a

Colombia; e retornando no verão, para a Bolívia depois de

passar pelo Peru e oeste da Amazônia. FERREIRA & CARVALHO

( 1989) indicam que a convecção .sobre a Amazônia é a fonte

forçante principal na formação do Anticiclone em Altos

niveis.

Outro elemento de circulação geral que atua

sobre 0s oceanos equatoriais é a Zona de Convergência

Intertropical (ZCIT), ou Baixa Equatorial, que é uma estreita

faixa formada pela confluência dos ventos alísios do

Page 24: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

11

Hemisfério Norte e dos ventos alísios do Hemisfério Sul;

nesta zona predomina calma atmosférica sobre grandes

extensões, conhecida também como zona de calmarias ou

doldrums (FERREIRA, 1992). . O fluxo ascendente predomina

nessa região, resultando na formação de pesadas nuvens e

abundantes chuvas convecti vas, que são responsáveis imediatas

sobre o tempo e o clima, e também responsáveis pela liberação

de enormes quantidades de energia para a atmosfera superior,

isto é, a conversão de energia na forma de calor latente para

calor sensível. Por isso, a atmosfera tropical é considerada

responsável pela maior fonte de energia para a atmosfera

terrestre. A posição desta zona de convergência varia com o

movimento aparente do sol na eclíptica; em média a ZCIT

durante o ano se encontra no Hemisfério Norte, - sendo mais

quente por ter maior área continental. É importante observar

que as migrações sazonais da ZCIT são pequenas sobre o

Atlântico e o Pacifico, mas destacam-se sobremodo nos

continentes especialmente sopre Africa e América do Sul. As

estações chuvosas, freqüentemente desastrosas nas regiões

tropicais, estão associadas com o deslocamento da ZCIT

(VIANELLO & ALVES, 1991).

As condições locais de tempo e clima, além dos

sistemas de grande escala, periodicamente são afetadas por

perturbações de mesa e pequena escala, que migram e se

modificam enquanto "transportadas" pela circulação dominante

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12

de larga escala. Esses sistemas, chamados transiente, têm

duração variada desde cerca de 1 hora até dias, e atuam em

todas as latitudes (MOLION, 1987) . As perturbações

transientes podem ser classificadas de acordo com sua escala

de tempo, variando na convecção local de microescala que tem

um tempo de vida de minutos e algumas horas, até aglomerados

de cúmulo-nimbos de mesoescala, que são organizados por

sistemas troposféricos extratropicais da macroescala e que

podem durar até varias dias.

Nas perturbações de mesoescala, os

desenvolvimentos das células convectivas normalmente começam

durante as horas da manhã, estas células sofrem um processo

de seleção, através do qual algumas crescem formando

aglomerados ou linhas, enquanto as menores são dissipadas.

A formação de uma linha ou aglomerado depende do escoamento

troposférico médio.

Outro mecanismo que causa precipitação e

variações de temperatura (frente fria) na Amazônia é a

penetração de sistemas frontais na América do Sul, que são

ativos em todas as estações do ano. Os sistemas frontais

provêm das latitudes médias e são parte intrínseca de ondas

atmosféricas de grande escala, permitindo diminuir o

gradiente térmico entre o equad�r e os pólos. Geralmente as

frentes no hemisfério sul.se estendem na direção noroeste­

sudeste. A frente polar, as massas de ar que deixam o

Page 26: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

13

continente antártico (anticiclone móveis) penetram nos

oceanos onde se aquecem e umedecem rapidamente; com o

desaparecimento da subsidência, elas se tornam instáveis, e

com tal estrutura, invadem o continente sul-americano;

condicionada pelo contraste térmico continente-oceano e pela

orografia, a frente polar Atlântica se divide em dois ramos

seguindo caminhos diferentes: o da depressão geográfica

continental (Chaco) e o do oceano Atlântico. Pelo ramo

continental, o avanço da frente polar Atlântica varia

latitudinalmente durante o ano. O efeito de penetração de

sistemas frontais do hemisfério sul durante o inverno

(vigorosos anticiclones frios de massa polar), ocorrem quando

as condições de frontogênese são mais acentuadas, os avanços

tornam-se mais vigorosos podendo, não raro, alcançar o alto

Amazonas (ultrapassar o equador) , ocasionando os rápidos

decréscimos de 15-20 º C na temperatura, que duram de 3-5 dias

tendo influências no ecossistema;

denominados localmente "friagem".

Estes fenômenos são

São sistemas frontais,

que penetram na Amazônia em qualquer época do ano, isto é,

organizando a convecção local e influenciando na

precipitação; 1Kousky(l979), mencionado por MOLION{l987),

reporta um estudo de caso de um sistema frontal em janeiro

1KOUSKY, V. Frontal influe�ces in Northeast Br�zil. Monthly Weather Rev. 1979, 107:1140-1153

Page 27: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

14

que, movimentando-se ao longo da costa do Brasil em direção

ao equador, provocou o deslocamento do máximo de precipitação

de sua posição média na Amazônia central para o leste da

Amazônia e NE do Brasil; a precipitação no oeste da Amazonia

foi reduzida pelo movimento subsidente compensatório, que

inibiu a convecção.

Muitos sistemas frontais se deslocam ao longo

da Costa brasileira, às vezes até latitudes subtropicais,

sobretudo durante o verão do Hemisfério Sul, organizando e

intensificando a convecção na Amazônia. Em geral, esses

sistemas frontais penetram profundamente nos subtrópicos,

posicionando-se entre 15 ° S-25 ° S orientados no sentido NW-SE;

quando os sistemas frontais permanecem quase-estacionários

nessa posição, ocasionam grandes quantidades de precipitação

sobre a região dos afluentes da margem direita do Amazonas,

que apresentam grandes cheias. O máximo secundário de

precipitação que ocorre na Amazônia Central esta associado à

convecção resultante desses sistemas frontais. Esta

penetração é afetada pelos bloqueios troposféricos que

ocorrem sobre o continente e áreas adjacentes do Pacífico, em

anos com alta freqüência de bloqueios, um número menor de

sistemas frontais alcançam a Amazônia e a precipitação é

reduzida.

t possível, também, que sistemas frontais do

Hemisfério Norte influenciem diretamente na precipitação da

Page 28: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

15

Amazônia. MOLION {1987) menciona um caso para fevereiro de

1980 em que as passagens de sucessivos sistemas frontais

sobre o Atlântico subtropical norte propiciaram penetração de

ar relativamente mais frio na parte norte da América do Sul.

o ar frio contribuiu para organização de banda de nuvens

convecti vas, no sentido leste-oeste, em torno de 7 ° S de

latitude, que foi intensificado pelos sistemas frontais

provenientes do sul do continente; esses eventos ocasionaram

grandes precipitações na Amazônia, centro Oeste e NE do

Brasil.

OLIVEIRA (1986) mostrou que freqüentemente

sistemas frontais que se deslocam até latitudes subtropicais

e tropicais na América do Sul organizam e intensificam

sistemas convectivos (aglomerados de cúmulo-nimbos de meso e

grande escala) na Amazônia. Enquanto a frente polar

Atlântica é impedida de seguir o caminho da depressão

geográfica do Chaco, seu ramo marítimo prossegue no percurso

para o norte; enquanto isso, o anticiclone do Atlântico

volta a dominar a costa e caminha para oeste à medida que a

Baixa do Chaco se restabelece, retornando toda circulação ao

seu quadro natural.

o fenômeno de "O Poço dos Andes" (GIRARDI,

1983) denominado assim pela semelhança com a profundidade de

um poço, é um anticiclone migratório frio, situado no

Pacifico chileno(35 ° S), com aproximadamente 2.000 km de

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16

diâmetro que foi detectado através do satélite de órbita

polar ESSAS. Este Poço dos Andes originou a grande geada

sobre o continente sulamericano(17 de julho de 1975). Sobre

o continente, a massa de . ar frio avançou para a região

amazônica onde teve uma atividade "frontal" devido ao

contraste de temperatura e umidade encontrados pelo ar frio,

oriundo do sul do continente. Em 17 de julho de 1975 õ

"Poço dos Andes" se encontrou em sua fase madura, existindo

uma dissipação da frente fria situada sobre os 20 º S sobre

Brasil. Ocorreu esta dissipação em virtude da subsidência

dos anticiclones independentes criados na rampa de ar frio

que se iniciou o dia 14 de julho; a partir desta data os

anticiclones independentes se transformaram em uma alta

subtropical. A frente fria original seguiu deslocando-se

pela costa leste do Brasil, em direção ao nordeste. Na

primavera-outono, embora raras, podem atingir ate l0 º de

latitude; no verão, o forte aquecimento da região de Chaco

impede, geralmente a passag.em de ar polar para latitudes

baixas. Em Jenaro Herrera {MARENGO, 1983), a friagem

apresenta características climáticas e sinápticas proprias de

uma perturbação front-:11.

Outro sistema de mesoescala que causa a

precipitação na

instabilidades

precipitação).

Amazônia são os "Troughs" ou

tropicais (ou genericamente,

São depressões barométricas

linhas de

bandas de

formadas

Page 30: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

17

principalmente pelo aquecimento diurno, e geralmente ocorrem

no verão (VIANELLO & ALVES, 1991) . Formam-se na Costa

Atlântica e propagam-se para oeste como uma linha de cúmulo-

nimbos e se

cumuliformes

formam no pe_ríodo da tarde. Estas formações

desenvolvem-se e deslocam-se de maneira

uniforme, mantendo uma certa identidade durante seu tempo de

vida que varia entre poucas horas até um dia. SILVA DIAS

(1987) explica que este "tipo de propagação pode ser dada em

função do efeito das correntes descendentes, geradas pela

precipitação, que ao atingirem a superfície divergem em todas

as direções". Sendo a velocidade de propagação da ordem de

l0m/s, muitas delas chegam a atingir parte ocidental da

Amazônia, alcançando mui tas vezes a Cordilheira dos Andes

(MOLION, 1987) dois dias após sua origem na costa.

Precipitações intensas estão relacionadas à passagem destas

linhas, e no continente sul-americano ocorrem no interior da

massa equatorial continental.

Tempestades �ocais severas, referem-se a

chuvaradas locais de grande intensidade, em geral de trovões,

descargas elétricas, granizos, ventos fortes, súbitas

variações de temperatura e, ocasionalmente tornados. Os

cúmulo-nimbos é a nuvem característica, a vida de uma nuvem

tempest.uosa é curtfssima na América do Sul. Ocorrem no

interior da massa equatorial continental, a leste da

Page 31: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

18

Cordilheira dos Andes, destacam-se pela alta freqüência de

tempestades locais severas (VIANELLO & ALVES, 1991).

A cordilheira dos Andes representa uma

barreira natural ao fluxo. atmosférico, interceptando os

ventos quentes e úmidos da circulação geral da atmosfera e a

convergência intertropical, resultando um clima quente e

úmido, e que afeta diretamente no estado do tempo e clima no

continente sulamericano, especialmente no semicírculo andino,

que impõe uma precipitação de vapor de água através de chuvas

ou de neves e variações bruscas na distribuição da

temperatura. E o efeito de altitude é, neste caso, forte

determinante do clima (JOHNSON, 1976; SALATI, 1985).

Circulações de mesa-escala e de escala localizada (NOBRE,

1986; FIGUEROA, 1990) induzidas pela topografia são

importantes na gênese da precipitação, assim como a

circulação vale-montanha por ser outro mecanismo causador da

chuva. A convecção úmida de pequena escala pode ocorrer

devido ao aquecimento da superfície pela radiação solar e

disponibilidade de umidade próxima a superfície; uma

convecção de pequena escala produz chuvas localizadas sempre

e quando os mecanismos de grande escala não estão

bloqueando.

A distribuição da precipitação é tão importan�e·

quanto o volume total. Em mui tas partes dos trópicos, a

precipitação ocorre principalmente durante o verão e

Page 32: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

19

abrangendo metade do ano, sendo a outra estação relativamente

seca, principalmemte no inverno. A variabilidade da

precipitação pluvial é importante nos trópicos, pois tende a

ser mais variável do que na região temperada e também é mais

sazonal em sua incidência dentro do ano. (AYOADE, 1991).

Segundo KLEEMAN (1989), a região sulamericana

está caracterizada meteorologicamente pelo forte calor

latente que é ocasionado pela convecção profunda sobre a

Amazônia e pela cordilheira dos Andes, fatores que têm as

maiores influências na circulação a grande escala nesta

região.

Segundo Nobre et alii (1986), a variabilidade

interanual da precipitação, as grandes reduções nos totais

anuais de precipitação parecem estar relacionados com a

ocorrência dos eventos de El Nino-Oscilação do Sul ( ENSO) .

Uma Convecção mais intensa que o normal estabelece-se sobre

as águas anormalmente quentes do Pacífico equatorial leste.

O ramo ascendente da circulação de Walker, intensificado pela

forte convecção, que normalmente se apresenta sobre o oeste

da Amazônia, é deslocado para oeste (Pacífico Central Leste);

o ramo descendente cobre praticamente toda a Amazônia e chega

até a costa da Africa, causando reduções notáveis de

precipitação. KOUSKY et alii (1984) indicam com relação ã

variabilidade da precipitação na Amazônia para o período

Janeiro-Maio de 1983, para alg�mas estações selecionadas,

Page 33: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

foi 30% abaixo da normal;

20

a grande seca de 1983 do NE

Brasileiro deveu-se à circulação anômala de Walker; concluem

que no período Janeiro-Fevereiro de 1983, a precipitação foi

80% abaixo da normal, e Fevereiro de 1983 foi o mês mais seco

dentro dos últimos 50 anos.

As anomalias de precipitação podem ser

estimadas utilizando dados de radiação de onda longa emitida

para.o espaço (ROL), inferiores a 240W/m2, estão associadas

à convecção profunda e precipitação abundante. As regiões

tropicais caracterizam-se por ter precipitações pluviais

devida principalmente à convecção cúmulos profunda(NOBRE &

KOUSKY, 1988). Anomalía negativa de ROL é indicativo de

atividade convectiva e precipitação acima da média.

As vazões crescentes observadas na Amazônia

desde o inicio dos anos 1960 a meados dos anos 1970, segundo

ROCHA et al (1989), devem-se provavelmente ao incremento das

chuvas e não a uma mudança no regime hidrológico devido ao

desmatamento.

Por outro lado, existem hipóteses que o

aquecimento regional da atmosfera se deve ao efeito de

vulcões ( MOLION, 1990} e que estã.o associados a eventos do El

Nino. Os aerossóis presentes nas baixas latitudes na

troposfera, permitem que a pressão fique acima da normal no

continente (pressão mais alta sobre Amazônia e Nordeste)

contribuindo na freqüência dos bloqueios de sistemas frontais

Page 34: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

21

e permitindo que a zona de convergência do Atlântico Sul se

intensifique; e, no caso do evento La Nina os aerossóis se

encontram em latitudes maiores resfriando os continentes,

intensificando a .subsidênçia e o gradiente de pressão

atmosférica continente�oceano, aumentando a transferência de

massas de ar para as altas subtropicais.

Na amazônia, cerca do 50% da precipitação

depende da evapotranspiração local. As simulações numéricas

com modelos complexos da atmosfera mostram a influência da

vegetação sobre o clima local. Encontrando-se num equilíbrio

dinâmico a vegetação e o clima, o qual pode ser alterado um

dos dois componentes. Existem mui tos estudos à respeito

destas alterações, tal como de SALATI (1983) que fez deduções

sobre as conseqüências do desmatamento sobre o clima; que o

mesmo implicaria uma alteração no balanço hídrico, no balance

energético, desta forma prejudicando a circulação

atmosférica a nível microclimático e mesoclimático

possivelmente. No caso de çiesmatamento de grandes áreas,

havería efeito no ciclo hidrológico da água, tendo como

resultado uma redução de água evaporada que terá como causa

a redução da chuva. �través da inclusão do modelo básico da

Biosfera (SiB) no modelo de Circulação Geral da Atmosfera

GCM, S�LLERS et alii (1986) e SUD et alii (1990) avaliaram

o impacto da biosfera no modelo de Circulação Geral da

atmosfera. o modelo SiB simulou a taxa de evapotranspiração,

Page 35: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

22

os fluxos de calor e os valores de chuvas encontrando valores

mais realistas para regiões com vegetação, parcialmente

vegetadas e solo descoberto. Utilizando o modelo numérico

de Circulação atmosférica . global e o modelo adequado da

biosfera (NOBRE & SHUKLA, 1989) avaliaram os efeitos do

desmatamento da Amazônia no clima. SHUKLA et alii ( 1990)

substituindo no modelo, a froresta tropical por pastagem,

chegaram ao seguinte resultado: aumento da temperatura

próximo a superfície de 1 a 3 º C, reduzindo a

evapotranspiração (de 1660 a 1160mm), e a precipitação (de

2465 a 1820mm), diminuindo o escoamento superficial,

decréscimo na capacidade de retenção da umidade do solo,

decréscimo na rugosidade da superfície, menor absorção da

radiação solar devido ao aumento do albedo da superfície

(floresta=12,5% e pastagem=21.6%) que implica maior perda da

radiação de onda longa (radiação térmica), portanto terá

menor disponibilidade de energia para os processos

termodinâmicos no sistema terra-atmosfera(fluxo de calor

sensível e calor latente), sugerindo uma modificação na

circulação atmosférica, reduzindo a convergência dos fluxos

de vapor de água na região. Esses autores ressa 1 taro a

importância desta simulação no resultado da redução na

precipitação é maior do que a redução de evapotranspiração, ·

o que implica que a convergência dos fluxos dinâmicos de

vapor de água também vão diminuir como conseqüência do

Page 36: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

23

desmatamento, assim como na alteração no ciclo hidrológico,

incrementando na duração da estação seca e tudo isto teria

implicâçõe·s no ecossistema.

Nos últimos anos ·se vem falando do efeito

estufa. Através de modelos matemáticos de simulação do clima

global{CGM) encontraram-que, dobrando a concentração de co2

a

temperatura media do globo incrementa de o, 5 a 2, O O e, a

precipitação media global incrementaría entre 3-11%.

Page 37: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

3.- MATERIAL E METODO

3.1.- Material

24

A localização da área de estudo se refere a

parte de Selva Baja Norte, compreendida entre as latitudes de

3 °S a 7 °S e entre as longitudes de 73 °W a 77 ° W.

As series.de dados meteorológicos foram obtidas

do "Servicio Nacional de Meteorología e Hidrología"- SENAMHI­

PERÚ.

Foram utilizados dados diários de temperatura

máxima, temperatura media, temperatura mínima, e

precipitação diária, correspondentes as seguintes estações

meteorológicos (Figura 1):

Local Latitude(S)

Iquito� 03 °45'

Yurimaguas

Tarapoto

05 °54'

06 ° 32'

Longitude(W) Altitude(m)

117

184

426

desde:

Os dados diários de temperaturas tem registro

1967 para Iqui tos; 1955 para Yurimaguas; e, 1952

para Tarapoto.

O registro de dados de precipitação �ara

Iquitos é desde 1967, e desde 1971 para Yurimaguas e

Tarapoto.

Page 38: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

25

COLOMBIA

---1---•l

PER

76

Figure l:Localização das Estações Meteorológicas

Page 39: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

26

3.2.-Método

3.2.1.- Análise de temperatura

Com um intuito de se entender a dinâmica das

variações climáticas entre os

existe alguma tendência dos

anos foram verificadas

elementos meteorológicos

se

no

período estudado. Analisaram-se os valores extremos

(absolutos) mensais de temperaturas máximas e mínimas

diárias, pelo fato de que os valores médios não expressam as

grandes flutuações destes elementos meteorológicos. Desta

maneira, pode-se observar, na escala sinóptica ou na

mesoescala as friagens e as ondas de calor. Deste modo, com

as observações diárias das temperaturas máximas e minimas

determinaram-se as temperaturas máximas e mínimas absolutas

mensais, além das amplitudes mensais e anuais.

As variações espaciais se referirão ao

comportamento da temperatura ao longo das latitudes.

A análise das amplitudes de temperaturas

máximas (mínimas) absolutas referem-se à diferença das

temperaturas entre o valor superior: VSTMAXAB (VSTMINAB) e o

valor inferior: VITMAXAB (VITMINAB) dentro do período

estudado (anual ou mensal).

A análise das amplitudes mensais refere-se à

diferença das temperaturas máximas e mínimas médias do mês.

Page 40: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

27

3.2.2.- Análise de precipitação

Com os dados de chuva diária foram calculadas

as medias·mensais, a distribuição anual, as chuvas máxima em

24 horas a nível mensal, e a nlvel anual. As freqüência

relativas de intensidades das chuvas diárias foram

consideradas com intervalo de classes de 5 mm, que permite

analisar a variação temp�ral das chuvas.

Os resultados das análises das temperaturas e

precipitações são apresentados na forma de tabelas e seus

gráficos referem-se aos meses representa ti vos, isto é,

meses cujas condições de circulação atmosférica são mais

afetadas pelos solstícios e equinócios, para verão (Janeiro),

inverno(Julho), primavera (Outubro) e outono {Abril).

Page 41: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

28

4.-RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1.- Análise temporal das temperaturas absolutas

Nas Tabelas 1 a 6 encontram-se as temperaturas

máximas {TMAXIMAB) e minimas (TMINIMAB) absolutas registradas

no mês e ano correspondente, para as estações meteorológicas

de Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto; e, as Figuras 2(a, b , e)

mostram a variação temporal das temperaturas máximas e

minimas absolutas, assim como sua tendência e a média das

temperaturas absolutas.

A Figura 2a representa a variação de

temperaturas máximas e minimas absolutas desde 1967 até

1991, para Iquitos. A temperatura máxima absoluta (Tabela 1)

tem tendência a incrementar com o tempo, registrando o valor

superior (máxima absoluta do período) de temperatura máxima

absoluta (VSTMAXAB) de 39,l ºC (03/10/87) e o valor inferior

da temperatura máxima absoluta (VITMAXAB) de 31,4 º C

(27/7/74). Sendo a media das temperaturas máximas absolutas

de 34, 6 ºC. A temperatura minima absoluta (Tabela 2) tem

tendência de ser manter constante, sendo o valor inferior

(mínima absoluta do periodo) de temperatura mínima absoluta

de 11, 9 ºC {20/7 /81), e o valor superior da temperatura

mínima absoluta foi 23 ºC. As temperaturas minimas absolutas

Page 42: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

TABELA 1.- TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA MENSAL

ESTAÇÃO: IQUITOS

!ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

1967 33,0 34,5 33,4 33,0 32,0 32,0 32,5 1968 33,6 35,0 33,4 32,5 32,5 33,0 33,0 1969 33,5 35,0 34,0 33,5 34,2 33,4 33,0 1970 34,0 34,5 35,5 33,4 34,0 34,2 33,2 1971 33,4 33,2 33,0 33,8 32,0 32,0 33,0 1972 32,6 35,0 34,4 32,3 33,0 33,8 32,0 1973 34,0 34,0 34,0 34,0 32,5 33,4 32,0 1974 34,0 33,2 33,5 33,4 3 3, 1 32,0 31,4 1975 32,8 34,4 33,4 33,1 32,0 31,5 32,0 1976 34,0 35,3 34,0 34,0 33,0 33,4 1977 36,0 33,8 32,6 34,2 33,0 32,2 33,4 1978 36,5 35,1 34,0 3 3, 1 33,4 32,5 33,2 1979 37,4 37,0 34,7 34,5 33,5 33,0 33,7 1980 35,0 37,4 36,0 35,0 34,0 33,5 33,5 1981 36,5 36,5 35,8 36,3 34,0 35,0 34,0 1982 34,5 34,6 37,2 34,2 33,9 34,5 34,3 1983 36,0 36,8 35,2 35,2 35,4 35,0 37,8 1984 35,2 34,3 36,0 34,1 34,0 34,4 33,1 1985 37,5 35,8 34,8 35,4 35,6 33,6 33,5

[1986 36,7 37,2 36,8 35,0 34,8 35,2 34,5 1987 35,2 35,2 36,3 35,2 34,5 34,2 36,0 1988 35,7 35,4 38,0 35, 7 36,7 ,34, 6 35,8 1989 35,4 34,7 35,0 33,6 34,4 1990 34,8 34,2 34,7 35,0 35,4 33,0 34,7 1Q91 35,2 36,0 35,2 35,2 34,3 35,0 33,0

,

TABELA 2.- TEMPERATURA MINIMA ABSOLUTA MENSAL

ESTAÇAO: IQUITOS

[ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

1967 21,0 21,0 21,0 21,0 21,0 18,5 20,0 1968 2C:, 8 20,5 21,0 20,5 15,5 19,4 19,0 1969 2: . O 21,0 20,0 21,4 20,5 20,0 13, 5 1970 21 o 20,8 21,0 23,0 20,0 15,5 16,5 1971 20,0 20,0 20,5 18,0 18,5 18,5 17,4

11972 20,0 20,0 21,5 21,0 21,5 21, O 19,3 l 1973 22,0 21,5 22,5 20,7 21,0 19,0 19,0

1974 18,6 18,5 19,5 22,5 19,0 20,1 16,0 1975 20,1 15,0 17,7 20,0 22,0 20,0 13,5 1976 21,0 20,6 20,5 20,6 20,5 17, O 1977 20,2 21,0 20,3 21,3 18,0 19,8 20,0 1978 21, 3 21,5 21,0 21,2 21, O 16,8 18,5 1979 21,0 19, 5 21,8 21,0 20,3 16,0 17,0 1980 21,0 20,0 21,8 21,0 20,8 19,3 16,0 1981 20,0 21,0 21, ¼ 18,3 21,0 21,0 11, 9 1982 20,8 21,0 20,9 19,5 20,0 20,0 20,7 1983 21,0 22,0 22,5 22,2 22,2 18,0 19,2 1984 21,0 21,4 21,5 20,5 19,0 18,0 19,0 1985 21,3 20,8 21,0 20,9 20,9 16,2 18,8

1 ·.986 20,5 21,0 19,5 21,0 21,2 18,5 18,0 11987 20,7 20,6 21,2 i1988 21,2 19,2 19,7 19,2 2 O, 5' 17,5 16,0 11989 20,9 20,0 19,8 20,6 16,0 11990 21,4 20,0 18,6 20,0 19,5 20,1 14, 8 !1991 21,2 21,J 21,6 22,b 2:. 2 16,5 19,2

29

AGO SET OUT NOV DEZ 1 33,5 36,0 34,5 34, O 33,6 33,5 33,5 35,0 34,5 34,0 33,7 34,5 35,4 34, 6 34,5 34,0 34,5 35,4 35,0 34,5 34·, 5 34,6 34,2 35,0 34,0 34,0 34,0 34,8 35,0 34,2 34,0 35,0 35,2 34,0 34,5 33,5 34,0 35,0 33,1 33,7 33,0 34,3 34,1 34,0 33, 5

1 35,0 36,0 36,0 36,0 34,0 34,3 35,2 33,4 33,2 34,5 34,3 35,4 36,0 35,5 34,3 35,0 37,0 36,0 36,3 35,0 35,0 37,5 35,5 35,0 35,0 34,7 35,1 35,4 36,0 35,0 33,8 36,3 34,8 35,3 36,5 34,5 36,5 36,0 36,0 35,0 34,0 35,5 35,3 36,3 35,0 34,2 36,7 35,0 37,5 35,8 36,2 35,5 36,0 35,0 36,0 36,5 37,5 39,1 36,4 35,4 35,8 36,0 37,0 35,7 35,9 35,5 35,5 36,2 36,4 35,0 36,7 37,7 35,4 33, 6 35,2 36,0 35,8

AGO SET OUT NOV DEZ

20,0 19,5 20,5 20,5 21,0 20,5 20,0 20,5 20,5 21,0 18,0 19,5 20,5 20,5 21,0 16,0 19,0 20,5 20,3 20,5 16,0 19,0 18,5 18,8 19,5 20,0 18,0 20,0 21,0 22,0 18,0 17,0 16,2 20,5 18,5 20,0 17,0 15,0 18,0 21,1 20,0 16,7 19,2 21,0 19,0 20,0 19,5 20,0 21,0 21,0 20,7 19,5 21,0 21,0 21,0 14, O 20,0 20,0 18,7 19,0 20,0 19,5 20,0 20., 5 20,0 18,0 15,0 ;: J, o 20,8 21 ,. O

19,4 18,5 18,4 21,0 21,3 20,0 20,6 20,0 21,0 21, 7 17,0 20,8 20,0 20,0 19,6 18, O 19,2 20,8 20,0 21,0 17, 5 19, 3 21,0 21,0 21,0 20,0 20,C 2c,~ 20,5 20,5 18,0 20,3 21, :i 19,3 21,·5 20,5 20, 6 20,2 20,2 19,3 19,¼ 21,8 21,2 19,4 15,0 20,7 21,2 16,4 20,2 20,0 20,8

Page 43: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

50----------------------

{A)

67 1970 1975 1980 1985 1990 50

40 "'

6 .

f 30{B)

� 20

+ l-

10 .. +

o

1 ..... TMAXIMAB +TMINIMAB l

55 59 63 67 71 75 79 83 87 91 50

[Cl

---TMAXIMAB +TMINIMAB o---------------llllllil$!!---­

s2 1955 1950 1965 1970 1975 1980 1985 1990

ANOS FIGURA 2-Variação temporal das temperaturas máximas e

minimas absolutas, em : Iquitos(B), Yurimaguas(B), Tarapoto(C)

30

Page 44: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

têm maiores oscilações

31

que as temperaturas máximas

absolutas, sobretudo nos valores inferiores, devido a

penetração de frentes frias no Brasil, com incursão de ar

frio, que ocasionam queda sensivel na temperatura.

GIRARDI(1983) fez a análise do "Poço dos Andes" presente na

Costa do Chile, e que teve impacto no continentes sul­

americano em Julho de 1975. Nos dados de temperatura que

reporta RIBEIRO (1991), para Manaus, também se observa a

queda de temperatura máxima; sendo as temperaturas máximas

de 29,8 º C, 24,7 º C, 23,2 º C, 28,0 º C nos dias 17, 18, 19 e 20,

respetivamente; e as temperaturas minimas de 19, 5 º C,

16,0º C, 17,0 º C, 17,0 º C nos dias 17, 18, 19 e 20,

respetivamente, sendo o impacto maior o dia 18 de julho.

A Fig. 2b mostra a variação temporal da

temperatura máxima absoluta (TMAXIMAB) e temperatura mínima

absoluta (TMINIMAB) da estação de Yurimaguas, desde 1955 até

1990. Com respeito à tendência da temperatura máxima

absoluta (Tabela 3), observa�se uma quase constância ao longo

do periodo. A TMINIMAB (Tabela 4) tem tendência ligeira a

incrementar durante o periodo estudado, existindo maior

variabilidade, devid0 aos sistemas frontais intensos

presentes no Brasil e que tem efeitos sobre a Amazônia.

A Figura 2c, corresponde à Estação de Tarapoto,

e mostra um incremento na temperatura máxima absoluta

(TMAXIMAB) (Tabela 5) durante o período estudado. No inicio

Page 45: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

TABELA 3.- TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA MENSAL

ISTAÇAO: YURIMAGUAS

ANO JAN FEV KÀR ABR MAI JUN JUL

1955 1956 34,1 33,7 33,7 34,0 35,0 34,6 1957 34,0 34,4 34,5 34,5 34,3 35,6 34,5 1958 35,0 35,4 34,4 34,5 34,4 34,5 34,2 1959 35,7 35,0 33,7 33,5 33,2 33,6 1960 36,1 36,0 37,8 33,2 34,2 34,8 33,8 1961 34,8 35,0 35,5 34,5 33,0 34,0 34,5 196

°

2 35,0 34,0 34,5 34,0 32,5 32,0 33,0 1963 36,5 34,5 34,4 34,0 33,5 33,2 33,5 1964 36,8 36,0 34,8 33,0 32,7 32 ,.2 32,5 1965 35,l 36,1 34,1 33,9 34,2 31,7 32,4 1966 34,6 35,l 34,2 33;9 33,9 35,0 33,2 1967 35,0 33,5 33,6 33,2 33, O 33,2 32,9 1968 35,6 34,6 34,8 34,5 33,3 33,2 33,0 1969 36,6 36,9 35,8 36,4 34,6 35,0 34,4 1970 36,0 35,1 36,0 34,5 35,0 35,0 34,0 1971 33,6 33,2 34,0 34,6 33,4 33,2 33,5 1972 33,5 34,8 33,7 33,0 33,6 33,6 33,5 1973 34,6 34,5 34,5 33,4 34, l 33,4 32,6 1974 34,0 32,4 34,0 33,0 32,4 32,0 32,l1975 33,5 33,7 33,5 35,11 33,1 33,3 32,7 1976 34,4 34,5 34,0 33,5 33, O 33,0 34,0 1977 35,4 35,0 33,3 34,2 33, 5 33,0 34,4 1978 35,8 36,5 33,5 35,0 34,5 33,7 35,0 1979 35,0 35,0 35,0 35,4 34,0 34,0 35,0 1980 36,0 36,2 36,7 34,0 34,0 33,5 34,2 1981 36,3 33,5 36,0 35,2 35,0 34,0 34,7 1982 34,5 33,7 35,2 34,8 33,5 34,8 34,2 1983 36,4 37,3 36,7 35,0 34, 6 34,5 36,0 1984 35,6 32,6 35,5 35,0 35,0 33,5 33,5 1985 36,5 34,0 36,0 36,0 35,0 34,5 1986 36,2 37,2 33,7 35,0 35,8 36,0 33,8 1987 1988 36,0 36,5 36,5 39,4 39,0 39,4 39,4 1989 34, O 33,7 35,l 1990 34, O 35,0 34,0 34,1 35,0 33,9 33,6 1991 35,2 35,5 35,9 34,5 34, O 34, 6 33,4

TABELA 4.- TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA MENSAL

ESTAÇÃO: YURIMAGUAS

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

1955 1956 19,0 18,5 19,0 16,8 17, l 15,5 16,0 1957 18, O 18,2 18,5 17, 4 17,3 13,J 12,3 1958 18,5 17,4 16,2 16,8 15,8 12,2 17,0 1959 ·20,2 21,0 18,0 20,1 18,l 17,0 18,l 1960 19,5 16,0 16,6 13,4 11,2 17 ,o 15,0 1961 18,5 18,5 18,0 19,0 18,0 13,0 14, O 1962 20,0 18,0 20,0 17,5 15,S 15,5 15,0 1963 21,0 20,0 19,9 19,0 17, O 18,2 17,0 1964 20,5 20,5 2(),0 23,5 20,0 19, 3 16,4 1965 19,2 20,0 19,4 19,5 19, 4 18,2 17,0 1966 21,0 19,8 19,0 19, O 17,5 16,4 17, 3 1967 21,0 20,0 18,2 19,0 20,0 18,0 18, O 1968 19,6 20,4 20,0 19,0 15,0 1'9, 3 19,0 1969 21,0 21,0 21,0 21,4 20,2 17,7 13,3 1970 21,0 19, 3 21, 3 21,5 1.9, 1 16,2 16,5 1971 20,0 19,9 20,6 16,6 18,4 20,2 18,5 1972 20,4 20,6 21,4 20,2 21,0 19,2 18,0 1973 21,2 21,2 21,9 21,2 19,8 19,9 18,8 1974 21,l 19,5 21,0 19;5 17,3 20,6 14, 5 1975 18,9 19,7 20,2 20,3 20,6 19,4 12,5 1976 20,3 20,5 20,0 19,9 19,8 20,0 16,0 1977 22,3 21,0 21,3 21,5 18,0 20,0 19,9 1978 21,7 21,0 21,0 22,0 22,0 17,5 21,0 1979 21,3 22,0 21,0 21,0 20.6 16,5 18,0 1980 20,5 22,0 22,0 21,l 19,9 20,2 19,0 1981 21,2 21,9 21,0 21,5 21,0 20,0 14, l 1982 21,0 21,8 20, J 21,6 19,6 20,0 19, 5 1983 21,0 22,2 22,8 23,6 20,0 19,0 21,0 1984 21,0 21,0 21, .3 20,5 21,5 19,4 18,0 1985 22,0 22,0 21,0 21,0 20,8 18,4 19,0 1986 21,0 20,5 20,l 20,5 20,S 18,3 17,J 1987 20,3 18,0 18,2 20,5 19,0 17,2 18,5 1988 20,5 20,3 20,4 18,8 20,5 18,3 17,7 1989 20,3 19,8 18,9 20,3 19,5 19,9 16,0 1990 21,0 20,0 19,0 19,0 17 ,o 17,0 17,0 1991 20,5 18,0 18,7 21,0 19, O 19,0 18,0

32

AGO SET OIJT NOV DEZ

35,0 37·,5 36,0 35,6 34 ,o 35,0 35,0 35,0 35,0 36,3 36,6 36,0 35,0 35,6 35,0 37,4 35,7 34,7 35,2 36,7 36,6 35,2 35,4 34,5 35,2 34,5 36,0 35,0 35,3 36,7 36,5 34,6 35,6 34,S 35,5 35,5 35,0 35,8 37,5 37,2 37,0 36,0 35,0 35,2 33,6 34,6 35,6 34,5 35,0 35,3 34,9 36,3 35,2 34,5 34,7 34,7 34,6 35,3 35,2 34,4 35,9 35,9 34,8 35,6 35,l 34,8 37,5 36,5 36,0 34,7 35,7 34,6 36,5 35,5 35,7 34,8 36,0 36,0 35,l 34,l 34,5 34,5 35,0 34,0 34,0 34,2 35,4 35,3 34,l 34,0 35,5 35,5 34,5 34,0 34,6 34, 1 34,5 35,1 34,4 34,4 36,4 34,0 34,7 34,0 34,0 35,0 35,0 34,4 34,3 35,l 35,0 36,5 34,6 35,2 34,5 35,4 36,5 35,2 35,0 36,0 36,8 36,9 36,0 35,0 36,0 37,0 35,0 35,1 35, 51 36,0 36,0 36,5 35,4 35·, o, 35,0 37,2 36,l 34,4 35, º\ 37,5 38,0 35,5 36,0 35,5 35,0 35,0 36,0 36,0 37, º1 35,2 36,l 37,0 37,5 36,0 35,2 35,0 36,7

35,5 36,0 36,5 35,6 39,3 35,5 37,8 36,0 36,0 35,2. 36,2 36,3 36,0 36,5 36,8 35,4 35,0 35,0 35,0 36,0

AGO SET OUT NOV DEZ i

19 ,4 17,0 19,8 19,2 13,0 16, 7 17,2 16,7 18,2 13,2 15,8 17, l 15,0 18,5 1 17,2 18,3 19,l 20,7 20,7 11 17,7 19,3 22,2 19,5 19,0 16,6 16,5 17,5 17,5 19,5 15,0 17,0 18,0 21,0 19,5 15,5 19, O 19,0 19,9 20,0 16,5 19,5 21, O 21,2 20,5 18,4 19, 5 20,0 19,5 19,0 15,2 20,0 20,8 20,4 20,0 17,0 17,0 21,0 19,7 19,5

1 19,7 19,5 21,0 21,0 20,0 19,0 20,2 20,4 20,l 20,2 18,0 20,4 18,0 19,8 21,6 17 ,o 19,8 21,0 20,9 21,0 17,5 21,2 20,0 20,0 20,0 19,0 18,4 17,8 20,6 21, 6 19,1 17,9 20,3 21,2 21,2 19,3 18,0 19,0 20,l 20,5 20,3 19,0 19, 3 21, J 20,0 18,0 18,2 20,0 21, O 21,4

1 20,6 20,8 20,5 22,0 20,2

1 11,4 21,0 21,5 21,0 22,0 21,2 18 ,o 21,5 19, 3 22,0 18,0 17, 1 20,1 20,0 21,2 19,0 19,5 19,0 21,0 21,2 19,5 19,8 21,2 20,1 20,0 19,6 20,5 20,2 21,0 21, l 15.,0 24,7 21,0 21, 5 20,0 18,0 20,5 21,0 20,4 21,0 20,.0 18,0 19,0 20,3 18,2 16,J 21,5 21,0 21,4 21,0 17,0 20,3 19,2 20,8 21,2 19,B 19,5 18,3 19,7 19.8 18,5 15,0 19,8 20, 1 20,8 18,0 18 ,() 18,0 18,4

Page 46: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

TABELA 5 - TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA MENSAL

ESTAÇAO: TARAPOTO

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

1952 30,0 30,0 30,0 30,0 1953 31,4 31,5 30,9 31,0 33,3 30,0 30,0 1954 32,0 32,6 33,0 32,0 32,5 32,8 32,0 1955 32,0 31,4 31,0 32,0 34,0 34,0 33,0 1956 35,0 34,0 33,0 33,7 33,2 33,2 1957 34,9 34,0 36,2 36,0 38,0 38,6 34,2 1958 34,5 34,0 34,4 33,9 33,2 35,2 34,0 1959 35,5 33,6 33,0 34,0 35,0 33,5 33,2 1960 34,6 35,0 34,8 33,7 33,5 36,0 33,6 1961 34,7 34,6 33,8 35,0 34,6 34,6 36,0 1962 36,0 35,6 35,7 34,8 33,5 34,0 34,4 1963 38,0 36,0 35,2 35,0 35,0 35,0 35,0 1964 36,5 37, O 36,0 36,0 34,5 33,4 33,2 1965 35,4 36,2 35,6 35,0 35,5 34,0 34,0 1966 35,8 36,4 36,0 36,0 34,5 34,5 34,5 1967 35,6 34,5 36,0 36,5 36,0 35,0 35,0 1968 36,4 36,7 35,2 36,0 35,1 34,2 34,0 1969 38,0 37,0 36,0 36,5 38 ,.o 36,0 35,3 1970 36,0 36,8 36,0 35,5 36,0 35,0 34,6 1971 36,0 34,0 35,0 34,1 36,0 35,0 34,0 1972 34,5 35,0 35,2 35,0 34,2 34,5 35,0 Í.973 35,4 35,6 35,0 35,2 34,2 34,5 35,5 1974 36,0 36,4 35,0 36,0 35,0 34,5 35,1 1975 35,0 34,5 34,4 38,3 35,2 33,2 34,0 1976 34,6 33,2 34,0 34,2 34,0 34,2 34,0 1977 38,0 36,0 34,5 34,5 33,5 33,0 35,0 1978 36,0 35,4 37,0 36,0 33,5 33,5 35,0 1979 36,5 35,4 35,0 35,0 34,0 34,0 35,0 1980 36,5 37,0 37,0 35,0 35,0 35,0 35,0 1981 36,3 35,0 37,0 34,4 34,0 35,0 34,0 1982 36,6 36,5 35,3 33,8 34,5 35,0 34,7 1983 37,7 37,0 36,2 36,0 35,4 35,5 36,0 1984 36,5 36,0 36,5 36,0 36,0 34,0 35,0 1985 38,0 36,5 37,0 36,0 35,0 35,5 34,5 1986 35,5 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 33,8 1987 36,0 35,0 36,0 36,0 35,5 36,6 34,5 1988 36,0 36,5 36,2 36,5 36,0 36,3 36,5 1989 38,6 35,0 35,0 35,3 33,8 33,6 34,5 1990 37,0 37,0 35,0 35,0 36,0 33,5 35,0 1991 36,5 36,5 36,0 35,0 36,0 35,5 36,5

33

AGO SET OUT NOV DEZ

31,0 31,7 32,3 32,0 31, 7 30,0 34,0 30,7 32,0 32,8 32,3 34,6 32,7 35,0 32,5 33,0 36,6 35,8 37,8 34,7 34,3 34,5 35,8 36,8 33,1 34,2 33,8 34,4 33,5 35,0 36,2 36,2 35,2 40,0 36,5 37,2 33,8 34,7 33,8 35,5 35,0 36,0 35,0 35,9 38,0 37,5 35,5 34,2 35,3 36,0 36,5 36,5 36,2 37,0 37,8 36,8 36,5 35,6 36,4 33,7 33,8 35,3 35,6 35,0 36,0 36,2 36,5 35,0 36,2 36,5 37,0 36,0 36,4 35,0 36,0 36,7 36,5 36,0 36,0 36,0 36,5 36,4 36,0 37,0 35,4 36,7 36,5 36,5 37,0 36,0 36,0 38,0 37,0 37,0 34,5 35,2 35,0 36,0 36,3 35,0 35,2 35,2 36,0 36,2 35,0 36,0 36,0 36,0 36,0 34,0 35,0 36,0 37,2 36,0 35,4 35,0 37,0 35,4 36,0 35,0 35,0 35,0 35,0 36,3 35,0 35,2 36,5 35,0 35,5 33,5 37,0 35,2 35,0 35,0 36,0 36,0 37,0 36,0 36,0 35,0 37,6 37,0 37,0 37,2 36,0 36,7 37,4 37,0 36,5 36,0 38,2 36,5 37,7 36,0 38,5 38,8 36,0 37,3 36,0 37,0 37,0 38,5 38,5 39,0 35,0 36,0 36,4 36,0 36,0 35,0 34,6 36,5 36,5 35,5 36,5 36,7 36,6 36,5 36,5 36,5 37,0 36,8 36,8 38,2 36,5 37,3 36,0 36,5 37,0 35,6 37,5 36,0 36,5 36,5 36,5 36,5 37,0 36,5 37,0

Page 47: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

34

do per iodo aparecem temperaturas máximas absolutas menores;

com respeito à temperatura minima absoluta (TMINIMAB) (Tabela

6) nota-se que houve um decrésimo no inicio do periodo.

Porém o periodo como um todo mostrou tendência a aumentar ao

longo dos anos.

A temperatura máxima absoluta em Iquitos, foi

39,l º C (Outubro,1987) e deveu-se ao aquecimento da superfície

em dias consecutivos sem nebulosidade, onde o El Nino estava

em sua fase madura, e o mês apresentou anomalia negativa de

ROL na Amazônia Ocidental e norte de America do Sul. Em

Yurimaguas, no mês de Abril de 1988, a temperatura máxima

absoluta foi 39,4º C, a Alta da Bolívia (relacionada com o

forte aquecimento convectivo da atmosfera no Amazônia)

durante o verão, neste mês teve atividade muito intensa em

geral, localizando-se sobre noroeste da Amazônia; Maio

apresenta anomalia negativa de ROL(indicativa de precipitação

convectiva acima da media); Junho também com anomalia

negativa de Rol; Julho, a convecção esteve presente na

região e em Agosto predominaram anomalias positivas de ROL.

Em Tarapoto, no ano 1983 os meses de Agosto e Setembro

tiveram 38,5° C (08/14/83) e 38,8º C{09/24/83) respectivamente.

No ano 1958, em Dezembro teve-se 40,0 º C, em dois dias.

Com respeito às temperaturas mínimas, segundo

o relatório de GIR.l\.RDI ( 1983) , denominado Poço dos Andes,

massas de ar frio estiveram presentes no continentes sul-

Page 48: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

35

TABELA 6: TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA MENSAL ,,,

ESTAÇAO: TARAPOTO

IANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ l 1952 20,0 20,0 18, O· 18,0 18,0 16,9 18,5 18,5 18,6 1953 17,5 17,6 16,5 16,3 16,3 14,5 15,0 14,4 15,0 15,0 12,6 15,0 1954 15,0 15,0 15,0 15,0 13,7 15,0 14,5 13,0 12,5 14,2 15,0 15,0 1955 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 11,5 11,6 10,0 1956 11,2 12,0 9,7 8,9 10,0 8,8 9,1 10,5 10,7 10,0 11,5 1957 12,3 11,5 11,3 12,2 10,5 7,5 8,0 8,5 16,4 11,5 10,0 11,0 1958 10,8 11,0 12,0 11,9 11,5 9,5 10,3 19,0 19,0 1959 19,4 18, 3 17,2 19,0 17,4 15,5 18,0 18,0 17,2 15,2 14,0 18,0 1960 18,0 14 ,8 15,0 17,0 16,7 17,5 15,0 16,0 15,6 17,6 13,6 14,8 1961 15,3 13,0 15,5 16,6 17,2 15,0 14,7 15,0 16,7 14, 5 18,9 17, 5 1962 17,1 18,3 18,5 17,0 13,2 14,3 14,0 15,4 17,2 17,0 17,9 18,0 1993 18,3 16,0 17,5 16,8 17 ,4 16,2 15,2 12,0 15,3 15,5 15,8 17,5 1964 16,5 18,0 17,8 17,0 16,4 14,8 14, 5 11,0 15,1 11,5 13,5 15,9 1965 15,5 17,0 15,6 16,0 14, 6 14, 1 15,0 14,2 13,7 16,0 1966 14,8 17,5 17,2 15,0' 16,4 11,0 14,0 15,0 15,0 17,4 15,7 18,0 1967 17,0 16,4 17,4 15,0 17, O 13,0 15,0 15,0 15,5 18, O 18,0 18,0 1968 17,3 17, 2 16,7 17,0 14,7 15,5 15,4 15,0 16,3 18,0 17,0 17,0 1969 17,2 19,0 17, O 18,0 17,5 16,0 12,5 15,5 17,0 17, O 18,0 19,2 1970 18,0 19,0 19,0 18,0 17,0 15,5 16,0 15,0 17,0 17, 2 17,3 18,5 1971 18,5 18,0 19,0 18,1 16,5 17,3 16,0 14,5 16,5 17,0 18,0 17,0 1972 18,0 18,0 18,5 19,0 18,5 18,0 17,0 17,0 16,2 18,2 18,0 18,2 1973 18,5 19,0 19,0 18,2 18,0 18,0 15,4 15,0 15,0 15,0 17,0 17,0 1974 17,0 18,0 18,0 18,0 16,2 17,0 12,7 15,2 15,5 17,0 15,0 18,5 1975 17, O 16,9 17,3 17,0 17,5 15,2 12, O 16,0 17,2 15,0 18, O 15,0. 1976 18, O 17,4 18,5 16,0 17,2 16,7 14,0 17,0 16,2 18,0 19,0 18,5 1977 18,5 18,5 18,0 18,5 17,2 15,4 16,0 16,0 17,5 18,0 19,0 18,5 1978 18,5 18,5 19,2 18,0 18,0 16,5 14,0 14,0 17,4 18,5 19, O 19,0 1979 19,0 19,0 19,0 19,0 18,0 17 ,o 15,0 17 ,O 17,0 18,0 18,6 19,0 1980 20,0 20,0 20,0 19,0 18,0 17,0 17,5 17,0 16,5 18,5 19,0 19,0 1981 20,0 20,0 20,5 20,0 19,0 18,5 17,0 17,0 18,0 18,0 20,0 21,0 1982 20,2 20,0 21,0 20,0 19,0 18,7 19,5 19,0 20,0 20,5 21,0 21,5 1983 22,0 20,0 21,5 21,0 20,3 17,8 18,3 17,8 19,5 20,0 20,4 20,0 1984 20,5 20,0 19,0 20,0 20,5 20,0 16,0 14,0 17,0 19,0 20,0 21,0 1985' 21,0 19,0 18,4 21,0 20,0 17,5 19,0 18,0 20,0 21,0 20,0 20,0 1986 20,5 21,0 21,0 19,5 21,0 15,0 18,5 18,6 20,0 19,0 15,0 20,0 1987 20,5 15,0 17,4 20,0 17,4 15,3 18,5 18,8 19,0 20,0 20,5 20,5 1988 21,2 16,5 21,2 20,0 20,2 16,5 13,5 18,5 19,2 20,0 19,5 20,0 1989 20,0 20,0 19,5 18,5 19,0 19,0 13,5 18,3 18,6 19,8 20,0 20,0 1990 20,8 20,5 20,6 20,3 18,0 18,2 16,0 16,0 16,0 18,8 20,0 20,6 1991 21,0 21,0 20,� 20,5 20,5 19,0 17,0 17, O 16,5 18,0 19,0 19,0

Page 49: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

36

americano em julho de 1975. Analisando os dados.diários das

temperaturas minimas absolutas nas 3 estações meteorológicas

(Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto), para 1975, reportam queda

da temperatura minima; isto esta de acordo com o relatório de

GIRARDI ( 1983) . As caracter isticas do tempo, nas 3 lugares de

estudo foram:

IQUITOS:

Data

7/17 7 /18. 7/19 7/20 7/21

YURIMAGUAS: 7/17 7/18 7/19 7/20 7/21

TARAPOTO: 7 /17 7/18 7/19 7/20 7/21

temperatura média

24,6 17,7 18,8 20,5 22,4

26,5 17,2 20,8 22,3 23,9

24,7 18,1 18,8 17,9 19,6

temperatura máxima

30,0 26,6 25,5 28,0 29,6

30,7 22,0 25,0 27,0 29,0

32,5 21,6 27,0 ·28,028,4

Como se pode observar,

Temperatura mínima

20,5 14,5 14,5 13,5 16,0

21,6 13,3 14,6 12,5 15,0

20,0 16,0 14,2 12,0 12,3

Preci­pitação

8,0 18,0

38,5 0,8

8,0 17,0

o Anticiclone frio

presente no continente, afetou a temperatura, apresentando um

gradiente térmico latitudinal (mais frio ad sul); associado

a chuva antes e durante a passagem da frente.

Existem outros casos, que podem Eer extraidos

das tabelas e figuras correspondentes das temperaturas

Page 50: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

37

mínimas absolutas. No Ano 1978, tem-se as seguintes

observações das temperaturas minimas absolutas:

Iquitos: 14,0º C {15/08/78) Yurimaguas: 11,4 º C {16/08/78) Tarapoto: 14,0º C (16/08/78)

o ano 1981 em Julho, as temperaturas minimas absolutas foram:

Iquitos: 11,9 º C (dia 20) Yurimaguas: 14,l º C (dias 20 e 21) Tarapoto: 14,S º C (dia 21)

Em agosto de 1987, tem-se as seguintes temperaturas

minimas:

Iquitos: 18,0º C (dia 9) Yurimaguas: 16,3 º C (dia 7) Tarapoto: 18,8 º C (dia 1)

No caso do ano 1978, observa-se temperatura

mínima absoluta relativamente mais alta que do ano 1975, com

exceção de Yurimaguas, possivelmente devido às condições

locais, que favoreceram a queda da temperatura mínima, e a

posição de frente no Continente.

No caso do ano 1981, teve-se o ingresso de

frente, atingindo primeiro Iquitos, e depois Tarapoto, isto

indica a circulação meridional (Norte) do fluxo; no mesmo mês

de Julho ( dia 27) , em Tarapoto registrou-s8 temperatura

mínima de 14 º C, em Iquitos teve-se 17,8 º C, e em Yurimaguas

16,2 º C (dia 26), devido possivelmente a um efeito fraco de

frente no Brasil e seu sentido de deslocamento, que

Page 51: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

38

combinadas com condições locais de Tarapoto, favoreceram a

queda da temperatura minima.

Os dados diários de temperatura de 1987 mostram

a influencia de frentes fJ:acas no Brasil, e que tiveram

efeito no Oeste da Amazônia, em diferentes dias.

4.2.- Análise da amplitude anual de temperatura máxima

absoluta

Das Tabelas de 1, 3, 5 foram extraídas as

amplitudes térmicas anuais de temperaturas máximas absolutas.

A Figura 3{a, b, c) mostra a variação temporal da amplitude

anual da temperatura máxima absoluta.

A Figura 3a, correspondente à estação de

Iquitos, mostra o valor superior da temperatura máxima

absoluta (VSTMAXAB), o valor inferior da temperatura máxima

absoluta (VITMAXAB) durante o ano, e a média, que é

representado pelo traço horizontal. De forma geral, a

temperatura máxima absoluta oscilou entre 30 ° C e 40 ° C, não

apresentando muita variabilidade, sendo o ano 1974 aquele que

registrou ménor temperatura máxima absoluta (31,4 ° C), e o ano

1987 registrou a maior máxima temperatura absoluta (39,l º C),

o valor 'absoluto' propriamente dito no período estudado;

possivE::.lmente ligado ao efeito de El Nino de 86/87. As

flutuações da amplitude de temperatura máxima absoluta

mostram que os anos 73, 74, 75 são os mais baixos. Os El

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39

[A]

"10

"1970 "1990

1955 1960 1965 197 0 1975 1960 1965 1990

p.._ l"J C> s

40

"10

- IVIEC>lflo..

o ............ .,,___�---�---�----�------�-�------_,__.,...,

621 955 1 960 1 965 1 g70 1 975 1 960 1 985 1 990

flo.. N e:> S

[B]

Page 53: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

40

Nino de 1982/1983, 1986/1987 tiveram efeito no aumento de

temperatura máxima absoluta e em suas flutuações (picos

superiores das amplitudes).

Em Yurimaguas observou-se pouca flutuação da

temperatura máxima absoluta durante o ano, ocorrendo a

máxima amplitude no ano de 1962 com 5,S ºC, e a menor

amplitude no ano 1966 com 2,l ºC (Fig.3b). As flutuações de

amplitude tendem a ser quase constantes, observando-se no ano

de 1988 um pico superior, devido ao fato de ser este um ano

muito quente, com temperaturas máximas absolutas superiores

aos 35 °C. Os El Nifios de 1957/58, 1963, 1969, 1982/83,

1987/88 tiveram efeito no aumento das temperaturas máximas

absolutas e em suas flutuações.

A Figura 3c mostra

temperatura máxima absoluta desde

Tarapoto. O ano 1952 tem amplitude

a amplitude anual de

1952 até 1991, para

menor, mostrando valor

superior da temperatura máxima absoluta (VSTMAXAB) de 32, 3 ºC.

A amplitude maior de 9,5 ºC foi em 1958 com valor absoluto de

temperatura de 40ºC e a amplitude menor de temperatura

máxima absoluta é 1,5ºC em 1973. Estas amplitudes tiveram

pequenas flutuações ao longo do tempo; as amplitudes menores

encontram-se desde os anos 70-73, e as amplitudes maiores

encontram-se ao redor de 1958. Os El Nifios 57/58, 69, 8�/83

tiveram maior impacto no aumento da temperatura máxima

absoluta.

Page 54: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

41

4.3.- Análise da amplitude anual de temperatura mínima

absoluta

Das Tabelas 2, 4, 6 foram determinadas as

amplitudes térmicas anuais de temperatura máxima absoluta, e

mostram-se na figura 4 (a, b, c) as amplitudes anuais de

temperatura mínima absoluta.

A Figura 4a mostra a amplitude anual de

temperatura mínima absoluta para a estação de Iquitos desde

1967 até 1991, existindo variabilidade destas amplitudes,

sobretudo nos valores inferiores do ano (VITMINAB), devido à

sistemas frontais que atuam nas latitudes baixas no

continente sul-americano. Observam-se os picos inferiores

desta amplitude nos anos 1969, 1975, 1978, 1981 e 1990, todos

eles menores de 15 º C; o sistema frontal presente no Brasil

foi mais intenso no ano 1981 que do ano 1975. No ano 1977 o

valor máximo de temperatura mínima absoluta (VSTMINAB) foi

devido à pouca disponibilidade de água no solo (seca no ano

1977); e, 1982 tem amplitude menor devido ao inicio do evento

El Nino, que condicionou um valor alto da temperatura mínima

absoluta. Com relação aos valores médios, verificou-se que

os mesmos se aproximam mais das temperaturas mínimas

absolutas superiores.

A Figura 4b apresenta a variabilidade anual de

temperatura mínima absoluta para Yurimaguas. Os anos 1959,

1964 e 1984 mostram valores superiores de temperatura mínima

Page 55: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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FIGURA 4- Amplitude anual de temperatura mínima absoluta em: Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C)

42

Page 56: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

43

absoluta que se sobressaem em relação a outros anos,

provavelmente devido à maior disponibilidade de radiação

solar, com a pouca nebulosidade observada depois do evento El

Nino. Os valores inferiores da temperatura mínima absoluta

tem muita variação ao' longo do tempo e em relação à sua

média, devido ao ingresso de massas de ar frio na Amazônia.

Os anos 1956, 1957, 1958, 1960, 1961, 1970, 1974, 1975, 1978i

1981, 1984 reportam temperaturas menores ou iguais a 15 º C,

sendo os mais intensos os anos 1960, 1975 e 1978.

Na Figura 4c, na estação de Tarapoto, observa­

se grande variabilidade da amplitude de temperatura mínima

absoluta, existindo oscilações no período. A partir de ano

1980, os valores superiores de temperatura mínima absoluta

(VSTMINAB) superam os 20 ° c. Os valores inferiores obtidos de

temperatura mínima absoluta devem-se ao ingresso de frentes

frias no continente sul-americano até baixas latitudes. Os

El Nifios 1957/58, 1969, 1972/73, 1976, 1982/83 favoreceram no

aumento de temperatura mínim� absoluta, sendo o mais intenso

o EL Nino de 1982/83. Existem muitos anos que reportam

temperatura.mínima absoluta menores de 15 ° C. Os anos 1956,

1957, 1958, 1976 mostram temperaturas mínimas absolutas

inferiores de lO º C, pela ação das frentes frias no continente

sulame1.icano.

Page 57: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

44

4.4.- Variação mensal de temperatura máxima absoluta

Na Figura 5 (a, b, e) e nas Tabelas 1, 3, 5

apresentam-se as temperaturas máximas absolutas mensais, para

as estações de Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto .

Na estação de Iquitos (Fig. 5a) existe uma

· variação sazonal de temperatura máxima absoluta segundo o

movimento aparente do sol, apresentando valores mínimos nos

meses de junho-julho (inverno). Os valores superiores e

inferiores de temperatura máxima absoluta, assim como a

média, têm as mesmas tendências, e apresentam amplitudes

maiores em março e outubro devido ao maior aquecimento pela

liberação de calor latente nos processos convectivos.

Na estação de Yurimaguas (fig. 5b) os valores

inferiores de temperatura máxima absoluta (VITMAXAB) e os

valores médios têm a mesma tendência, e sua variação reflete

o efeito da altura do sol durante o ano (mínima no inverno e

máxima no· verão). Tem-se maiores valores superiores de

temperatura máxima absoluta desde Abril até Agosto, por serem

meses secos.

Na estação de Tarapoto (Fig. 5c), observa-se

uma tendência da amplitude e dos valores superiores de

temperatura máxima absoluta a incrementar no inverno, com

exceção de julho, quando diminuiu a amplitude. os valores

inferiores e a média têm as mesmas tendências, sendo baixas

no inverno e altas no verão.

Page 58: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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FIGURA 5- Variação mensal de temperatura máxima absoluta em Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C)

45

Page 59: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

46

4.5.- Variação mensal de temperatura mínima absoluta

A amplitude de temperatura mínima absoluta

mensal para a estação de Iquitos (Fig. 6a) mostra a mesma

tendência segundo o percurso aparente do sol. O valor

superior de temperatura mínima absoluta (VSTMINAB) ocorre no

mês de abril, pelo efeito termoregulador da chuva. Em julho,

existe maior amplitude devido à freqüência de ingresso de

frente fria nos meses de inverno.

Na Fig. 6{b), para a estação de Yurimaguas, a

amplitude de temperatura mínima tem pouca variação no

equinócio de primavera e solstício de verão, sendo maiores no

outono e inverno. Os valores inferiores de temperatura

mínima absoluta e as médias têm as mesmas tendências, sendo

máximo no verão e mínimo no inverno. Os valores superiores

de temperatura mínima absoluta mostram dois picos, sendo um

em setembro (posição do sol no equador), e outro em abril (

mês de alta precipitação), permitindo assim reter o calor

através do vapor de agua.

Na estação de Tarapoto (Fig. 6c) as

amplitudes, temperaturas médias e os valores superiores

(VSTMINAB) e inferiores (VITMINAB) têm as mesmas tendências,

sendo inferior no inverno e superior no verão; existindo

maior amplitude de temperatura mínima absoluta deviàc ao

efeito de altitude principalmente, a atuação de sistemas de

Page 60: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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FIGURA 6- Variação mensal de temperatura m1nima absoluta em: Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C}

47

Page 61: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

48

mesoescala que permitem o ingresso de anticiclones polares

até latitudes baixas no continente sul-americano.

4.6.-Variação de temperaturas absolutas nos meses

representativos da sazonalidade

4.6.1.- Mês de Janeiro

A Figura 7(a,

máximas e mínimas absolutas

Yurimaguas e Tarapoto.

b, c) mostra as temperaturas

para as estações de Iquitos,

As temperaturas máximas absolutas em Iquitos e

Tarapoto têm tendência a aumentar ao longo do ano. Em

Yurimaguas, a temperatura máxima absoluta tende a ser quase

constante.

O incremento de temperatura máxima absoluta em

Iquitos e Tarapoto possivelmente deva-se a seu ciclo natural

de temperatura, ou a expansões da cidade ou possivelmente ao

processo de desmatamento, ou variabilidade de precipitação

ou efeito estufa.

Em Iqui tos, os picos de temperatura máxima

absoluta dos anos 1979 e 1985 correspondem a mês de pouca

precipitação registrado durante o mês de janeiro (energia

disponível para aquecer), e os picos inferiores de

temperatura máxima absoluta dos anos 1972, 1975, 1982, 1987,

1990 e 1991 correspondem a· anos do mês de janeiro com alta

Page 62: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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[B]

[C]

FIGURA 7- Variação de temperaturas absolutas no mês de Janeiro, em: Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C).

49

Page 63: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

50

precipitação (superiores a sua média mensal correspondente)

e coincidem muitas delas com o evento El Nino.

Em Tarapoto, os picos máximos de 1963, 1969 e

1983 correspondem à ocorrência de fenômeno El Nifio; durante

o ano 1983, e os picos de temperatura máxima dos anos 1977,

1985 e 1989, registrou pouca precipitação, implicando em

maior disponibilidade de energia para o aquecimento da

atmosfera. Na estação de Yurimaguas (Fig. 7b), os picos

superiores de 1963, 1969, 1973, 1983 e 1987 correspondem a

ocorrência do El Nifio; e os picos dos anos 1978 e 1981

referem-se a dias consecutivos sem chuvas implicando maior

aquecimento solar por apresentar pouca nebulosidade no céu.

Os picos inferiores dos anos 1972, 1990 registraram

precipitações acima da média, permitindo desta forma uma

menor disponibilidade de energia para aquecer a atmosfera e

maior para o processo de evaporação.

A temperatura mínima absoluta em Iquitos (Fig.

7a) mantem-se quase constante ao longo do período, com um

pico superior em 1973 (evento El Nino) de 22 ° c e um pico

inferior no ano 1974 de 18,6 ° C. Nas estações de Yurimaguas

(Fig. 7b) é Tarapoto (Fig. 7c) observa-se um incremento da

temperatura mínima absoluta ao longo dos anos. Em Yurimaguas

existe pouca variabilidade 2ependendo da condição de

estabilidade atmosférica. Em Tarapoto observa-se os picos

menores nos anos 1957-1958, 1976, anos que aconteceu El

Page 64: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

51

Nino; os picos maiores de 1959, 1963, 1983 representa maior

aquecimento devido ao efeito do fenômeno El Nino, associado

a baixa precipitação durante o ano 1983.

4.6.2.- Mês de Abril

As temperaturas máximas absolutas nos três

locais de estudo (Figura 8:a, b, c) mostram tendência a

incrementar ao longo do tempo, e mostram tambem oscilações no

período estudado.

Em Iquitos (Fig. 8a), 1981 registrou a

temperatura máxima absoluta em Abril, tendo maior

precipitação registrada neste

devido à convecção local que

instabilidade.

mês do ano, possivelmente

favorece as condições de

Em Yurimaguas (Fig. 8b) , 1988 registrou o

valor mais alto de temperatura máxima devido a dias

consecutivos sem chuva e pouca nebulosidade. O valor alto de

temperatura máxima absoluta do ano 1969 corresponde ao evento

El Nino, e no ano de 1975 registrou-se pouca precipitação

mensal.

Em Tarapoto (Fig. 8c), os valores superiores

de temperatura máxima absoluta observaram-se no ano de 1957

(evento El Nino), e no ano de 1975 (uns dos anos de pouca

precipitação durante o mês de Abril).

Page 65: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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ANOS

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52

FIGURA 8- Variação de temperaturas abs-olutas, no mês de Abril, em Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C)

Page 66: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

53

Com respeito às temperaturas mínimas absolutas,

em Iquitos, como mostra a figura 8(a), observa-se um ligeiro

decrescimento ao longo dos anos, registrándo-se os mínimos os

em 1971, 1981, 1988. Os valores superiores de temperatura

mínima absoluta (VSTMINAB) em 1970, 1974, 1977, e 1983

reportam precipitações altas que permitiram o aquecimento da

atmosfera devido a liberação de calor latente de condensação.

A temperatura mínima absoluta, no Yurimaguas,

(figura 8b}, mostra tendência a aumentar no tempo, existindo

muita variabilidade durante o período. Os valores superiores

de temperatura mínima absoluta (VSTMINAB) registraram-se em

1964 e 1983. Em 1964 devido a maior aquecimento da

superfície terrestre, e em 1983 devido ao efeito do evento El

Nino, sendo o ano de maior precipitação. Os valores

inferiores de temperatura mínima absoluta (VITMINAB) dos anos

1960, 1971, 1988 deveu-se possivelmente, ao efeito do

ingresso de frente fria no Brasil.

A temperatura mínima absoluta em Tarapoto

(Figura Se) registra um incremento ao longo do período,

registrando valores superiores de temperatura mínima

absoluta (VSTMINAB) em 1959, 1972, 1983 e 1985, sendo

e 1983 anos nos quais aconteceu o evento El Nino.

1972

A

temperatura mínima absoluta a partir de 1980 registra valores

superiores a 20 ° c.

Page 67: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

54

4.6.3.- Mês de Julho

As temperaturas máximas absolutas nas estações

de Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto (Figuras 9 a, b, c) têm

tendência a elevar-se no tempo. Em Iquitos (Fig. 9a)

verifcou-se valores superiores de temperaturas máximas

absolutas em 1983 e 1987, anos correspondentes ao evento El

Nino. Yurimaguas (Fig. 9b) mostra um pico superior de

temperatura máxima absoluta em 1988, registrando-se em este

ano pouca precipitação durante o mês de abril e durante todo

o período. Em Tarapoto (Fig. 9c}, existiu leve oscilação das

temperaturas máximas durante o mês de julho, registrando-se

em 1957, 1969, 1973, 1983, 1988, picos altos refletindo a

ocorrência do fenômeno El Nino, com baixa precipitação em

anos 1983 e 1988.

A variação de temperatura mínima absoluta em

Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto mostra grande variabilidade

devido à presença de sistemas frontais no Brasil. Em Iquitos

(Fig. 9a) houve grande flutuação em torno de um valor

constante ao longo do período; Os valores inferiores das

temperaturas mínimas absolutas em 1969, 1975 e 1981 deveu-se

ao ingresso de frente fria GIRARDI (1983). Em Yurimaguas

(Fig. 9b), a tendência da temperatura mínima absoluta é de

elevar-se levemente ao longo do �eríodo, também registrando­

se baixas temperaturas nos.mesmos anos observados em Iquitos

(1969, 1975, 1981). Em Tarapoto (Fig. 9c), a tendência da

Page 68: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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ANOS

55

FIGURA 9- Variação de temperaturas absolutas, no mês de Julho, em Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C).

Page 69: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

56

temperatura mínima absoluta é elevar-se fortemente no tempo,

registrando-se valores inferiores no ano 1956, 1957, 1958,

1969, 1975� 1988, 1989; este último, possivelmente devido à

efeitos locais, de altitude e pouca umidade disponível

(precipitação baixa).

4.6.4.- Mês de outubro

As temperaturas máximas absolutas apresentaram

um ligeiro incremento ao longo do tempo, existindo pouca

variabilidade nos três locais estudados. Em Iquitos (Fig.

10a), 1987 registrou o valor superior de temperatura máxima

absoluta (evento El Nino), e o valor mínimo de temperatura

máxima absoluta observa-se no ano 1977, onde se registra

precipitação alta neste ano. Em Yurimaguas (10b) o valor

superior de temperatura máxima absoluta registrou-se em 1968

e 1988A

devido possivelmente ao aquecimento local. O pico

inferior de temperatura máxima absoluta ocorriu em 1975,

possivelmente devido a presença da nebulosidade que não

permitiu a incidência de radiação solar direta. Em Tarapoto

(Fig. 10c) observa-se que as temperaturas máximas absolutas

aconteiu em 1984 com 38,5 º C, presentando pouca precipitação.

As temperaturas mínimas absolutas, em Iquitos

(Fig. lOa) foram quase constantes ao longo do tempo, sendo

que 1973-1974 mostram valores baixos possivelmente devido à

presença de sistemas frontais per�istentes nestes anos. Em

Page 70: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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FIGURA 10- Variação de temperaturas absolutas, no mês de outubro, em Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C).

57

Page 71: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

Yurimaguas (Fig. 10b),

58

a temperatura mínima absoluta

apresenta variabilidade, com ligeira tendência a elevar-se

ao longo do tempo. Os valores inferiores (VITMINAB) nos anos

1969, 1972 e 1989- ocorreram possivelmente devido à pouca

presença da frente fria no Brasil ou a sua intensidade fraca

nesta época. Em Tarapoto (Fig. 10c) houve também tendência

a elevar-se ao longo do período, tendo valores inferiores em

1956-1957, 1965, 1973 e 1975 sendo a maioria nos anos de El

Nino nos quais as frentes intensas determinaram a queda de

temperatura. Os valores superiores a 20 º C registrados em

1982, 1983 e 1985 foram possivelmente devido ao efeito de El

Nino.

4.7.- Análise das amplitudes diurnas de temperaturas mensais

As amplitudes de temperatura média mensal foram

deduzidas da diferença de temperatura máxima mensal e

temperatura mínima mensal.

A tabela 7 e Figura ll{a), para Iquitos,

mostram um ligeiro incremento das amplitudes ao longo do

tempo nos 4 meses representativos de sazonalidade (Janeiro,

Abril, Julho e Outubro). Isto implica um aumento de

temperatura; na análise da temperatura máxima absoluta, a

tendência foi aumentar com o tempo e, a tendência de

temperatura mínima foi a manter-se constante no tempo, isto

também condiciona o incremento das amplitudes. À amplitude

Page 72: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

TABELA 7. - AMPLITUDE DIURNA DE TEMPERATURA MEDIA

ESTAÇA.O:IQUITOS

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

1967 7,8 8,0 8,0 7,8 7,7 7,8 8,0 1968 7,9 9,l 8,4 7,6 8,6 8,5 8,l 1969 8,4 8,5 9,2 8,0 7,9 8,1 9,1 1970 8,5 9,1 9,0 7, 5 8,0 8,6 9,2 1971 9,3 8,7 8,J 8,7 8,2 8,8 9,7 1972 9,4 9,8 8,2 7,6 7,8 0,0 8,0 1973 7,7 8,0 7,8 7,6 6,9 8,1 7,8 1974 10,4 10,5 9,5 9,8 8,1 7,6 8,2 1975 8,1 8,8 8,5 8,0 7,0 7,2 9,2 1976 8,8 9,9 8,5 8,4 8,2 10,0 8,8 1977 8,4 8,J 7,7 8,0 8,2 8,1 9,0 1978 9,7 9,4 8,3 7,5 7,7 8,2 8,2 1979 10,7 9,4 8,4 8,4 8,5 8,1 10,4 1980 9,2 10,8 8,4 10,l 9,2 8,6 9,2 1981 9,8 8,9 9,8 9,0 9,l 8,5 9,9 1982 8,9 9,5 9,2 7,9 7 ,3 9,4 9,1 1983 10,0 9,9 9,l 9,0 9,5 9,5 10,4 1984 9,5 9,1 9,6 9,5 8,7 8,4 8,a 1985 11,2 9,0 9,1 9,5 10,2 9,2 10,3 1986 9,1 10,0 10,0 9,5 9,2 10,8 10,5 1987 9,6 8,7 11,4 9,4 10, 3 8,2 9,7 1988 9,6 11,2 10,4 10,l 9,J 10,6 11,2 1989 10,6 10,0 10,6 9,9 9,2 8,9 9,9 1990 9,1 8,7 9,3 9,0 8,4 8,5 9,8 1991 9,9 9,0 8,8 9,7 9,3 9,4 9,6

MEDIA 9,3 9,3 9,0 8,7 8,5 8,7 9,3

AGO

9,5 9,4 9,1

11,0 10,6

8,6 9,5 8,8 9,1 9,4 9,J

10,0 10,2 10,2 10,3 10,6

9,9 11,l 10,5 11,0

9,6 11,4 10,5 10,3

9,3

10,0

TABELA 8.- AMPLITUDE DIURNA DE TEMPERATURA MEDIA

ESTAÇAO: YURIMAGUAS

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

1955 1956 11,6 10,6 11,3 12 ,8 14,9 13,0 15,0 1957 13,4 11,9 11,8 12, 1 12,5 14,9 15,1 16,6 1958 13,4 12,9 lJ,2 13, 2 12,1 15,6 11,9 11 3 1959 10,J 8,4 10,0 9,5 9,5 10,2 11,5 12,5 1960 10,2 10,5 11,1 9,9 10,2 10,9 12, O 11,1 1961 9,9 9,0 9,3 9,9 9 ,5 9,9 12,9 14,J 1962 9,9 9,9 9,6 9,6 9,3 10,9 11,1 12,3 1963 10,,0 9,3 8,9 8,9 9,3 9,9 9,9 12,J 1964 10,6 10,l 8,6 8,9 8,3 9,1 10,4 11,2 1965 10,8 11,2 9,4 9,5 9,2 8 ,3 9,5 12,0 1966 9,2 10,0 9,8 9,4 8,8 10,7 9,6 10,5 1967 9,5 8,2 8,1 9,J 8,9 9,3 9,8 10,6 1968 9,4 9,2 8,9 9;3 10,2 9,8 9,7 10,4 1969 11,2 11,0 9,4 10,6 9,3 9,9 11,7 9,9 1970 9,1 8,9 9,1 8,6 9,7 9,1 10,0 12,0 1971 8,7 a.o 8,3 8,2 8,8 . 8,5 10,0 10,3 1972 8,5 9,1 7,7 8,8 8,5 9,1 9,7 9,7 1973 7,7 8,1 8,5 8,3 8,5 8,5 8,1 9,1

1974 8,7 8,2 8,2 8,3 8,6 7,7 9,7 8,9 1975 8,7 9,0 8,7 9,6 8,5 8,9 10,4 10,4 1976 8,8 9,3 8, ., 8,5 8,3 8,7 10,1 10,5 1977 9,4 7,7 7,3 8,5 8,7 9,1 9,8 10,2 1978 9,0 9,6 8,5 ·9,3 8,2 9,6 10,1 10,5 1979 10,5 9,5 8,5 9,4 8,8 9,8 10,7 11,5 1980 9,9 9,8 9,0 9,3 9,0 9,2 9,1 12,2 1981 9,5 8,4 8,8 8,8 8,8 8,2 10,7 10,5 1982 8,5 7,9 8,1 7,5 li), 2 9,9 10,0 10,-4 1983 9,7 9,7 9,3 8,0 8 ,-9 9,6 10,2 10,7 1984 8,2 8,1 8,4 8,3 8,5 8,6 9 ,6 10,6 1985 9,4 8,9 9,7 9 ,7 10,3 9,9 10,6. 1986 10,5 10,4 9,5 10,0 10,1 10,3 10,l 10,7 1987 1988 9,7 9,5 9,6 10,3 9,6 10,0 11,3 12,5 1989 10,3 9,7 8,8 10,1 11,0 1990 9,6 10,6 9,9 10,3 10,5 9,6 9,7 12,0 1991 10,2 9,9 8,8 9,9 10,5 9,3 10,6 11,0

MEDIA 9,8 9,5 9,2 9,4 9,2 9,9 10,5 11,J

59

SET OUT NOV DEZ

10,0 8,5 10,l 8,J 8,9 9,2 9,2 9,1 9,5 9,5 9,J 9,0 9,6 10,l 10,0 9,5

10,6 10,J 9,8 9,7 9,4 9,3 8,9 8,4

10,8 10,8 10,2 9,6 9,9 9,J 8,9 8,4

10,5 10,2 9,9 9,1 9,0 8,5 8,J 8,9 8,7 8,4 7,8 9,5 10,l 9,2 8,7

10,2 10,5 10,l 9,3 11,2 9,1 8,9 9,2 10,2 9,8 9,9 8,9 10, 1 10,0 9,6 8,9 10,7 9,6 10,3 10,0 11,5 10,6 11,6 9,9 11,4 10,0 10,7 10,2 10,1 9,7 10,7 9,6 10,2 11,6 10,3 10,1 10,9 11,9 10,3 10,0 10,8 11,1 9,6 10,0 9,5 10.1 10,7 10,6

10,J 9,8 9,8 9,3

SET OUT NOV DEZ

12,4 12,7 12,1 11,0 13,8 13,7 13,8 13, 5 15,9 14,7 13,2 13,5 12, 7 10,6 9,5 10,9 11,8 10,6 10,5 9,7 11,7 11,3 10,5 11,6 13, l 10,0 10,5 10,3 11,8 10,8 10,9 10,3 11,9 10,6 9,9 9,8 10,7 9;6 10, 1 11,2

9,4 9,8 9,l 9,8 10, 5 9,9 9, 1 8,8 12, l 10,4 9,5 10,1

9,3 11,0 10,7 10,3 10,3 9,4 8,8 9,4 10,7 10,5 9,3 9,1 10, 3 9,4 9,8 9,4

9,3 9,9 9,0 8,5 10, 1 9,3 8,2 9,1

9,1 9,2 10,0 9,0 10, 2 10,7 9,1 9,1 10,1 9,4 8,4 9,1

9,9 9,4 8,5 9,2 9,9 9,8 9,9 8,6

10,5 10,3 9,4 9,4 11,2 9,3 8,9 9,5 10,5 9,7 9,4 8,.3 10, 7 9,6 8,7 8,8 11 ., O 9,7 8,9 9,3 10,2 9,8 8,7 10,3 10, 2 10,1 9,9 10,3 10,3 11,1 10,5 9,8 9,5 9,4 11,5 10,J 11,5 10,2 10,9 12,0 11,7 10,J 9,4 9,2 11, 1 10,3 9,4

11,0 10,4 9,8 9,7

Page 73: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

60

diurna de temperatura varia entre 8,S ºC (Maio) e 10,J ºC

(Setembro).

Em Yurimaguas, no inicio do periodo a

amplitude foi alta, decrescendo com o tempo, até manter-se

quase constante (tabela 8 e Figura llb). Segundo a análise

de temperatura máxima absoluta, a tendência foi de manter-se

constante ao longo dos anos; e, a tendência de temperatura

minima absoluta foi de ter um ligeiro incremento no periodo.

Estas tendências permitem à amplitude a manter-se constante

nos últimos anos, nos 4 meses analisados. Em média à

amplitude varia entre 9, 2 ºC (Março e Maio) e 11, 3 ºC em

Agosto.

A tabela 9 e Figura ll{c), mostram a

distribuição de amplitude para Tarapoto. Observa-se, no

inicio do período, que a amplitude tendeu a incrementar, para

logo decrescer ao longo do tempo, nos 4 meses de estudo.

Segundo a análise, as temperaturas máximas e mínimas

absolutas tenderam a incrementar ao longo dos anos, fato que

explica a menor diferença entre as temperaturas extremas. Em

média à amplitude varía entre 12,0 ºC (março, abril) e 14,lºC

(Agosto).

Page 74: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

61

TABELA 9.- AMPLITUDE DIURNA DE TEMPERATURA

ESTAÇAO: TARAPOTO

ANO JAN · FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

1952 6,3 7,0 7,2 9,3 9,1 9,6 9,4 9,9 9,3 1953 9,5 9,6 9,6 10,4 10,7 ll,4 12,9 13,8 12,7 12,7 13,5 14,6 1954 14,2 13,9 13,3 13,9 13,2 14,1 14, 1 14,5 14,2 14,0 14,2 lJ,4 1955 lJ,3 12,8 12,8 13,8 15,0 15,6 15,5 15,0 20,7 19,8 20,5 1956 17, 8 17,5 17,6 18,3 19,l 19,3 20,5 19,5 18,5 18,6 19,2 1957 18,5 18, 1 18,4 18,0 20,3 22,2 19,1 19,9 11,8 18,8 18,0 18,4 1958 18,7 19,0 18,8 18,7 17,7 20,3 20,5 12,2 lJ,3 1959 12, 1 11,5 11,6 11,6 12,2 11,3 12,6 14,2 13,1 12,3 12,9 11,6 1960 12, 4 12,3 12,9 12,3 11,8 13,1 13,7 14,0 12,9 12,9 13,1 13,5 1961 11,8 12,4 10,8 12,2 12,4 12,8 15,1 15,9 14, 9 12,4 10,4 13,6 1962 13,7 11,2 11,9 12,0 10,6 12,9 13,1 14,5 14,3 13,8 13,8 12,9 1963 12,3 12,1 11,0 11,4 12,2 13,4 14,0 16,6 16,3 13,8 13,8 13,1 1964 15 14,0 11,7 10,9 10,6 11,8 13,7 13,2 12,9 13,2 14,4 15,0 1965 15,6 13,1 13,7 13,1 12,2 13,9 1.5, 7 14,2 14,5 12,7 14,1 1966 13,8 13,5 13, 5 14 ,4 12,5 15,5 15,1 15,6 14,6 13,1 12,4 12,7 1967 13,5 12, 6 12,3 12,1 13,4 15,3 14,9 15,3 15,7 13,2 14,2 13,2 1968 13,6 13,9 12,4 13,7 14,2 14,3 13,9 14,6 15,0 13,1 13,9 14,6 1969 16,0 14,6 13,4 12,6 13,4 13,2 15,4 14,1 13,7 14,3 13,5 13,4 1970 12,6 13,6 12,7 12,4 13,4 13,6 13,5 15,5 14,2 15,8 14,2 14,4 1971 13,4 12,5 12,4 11,7 13,1 13,2 13,5 13,6 14,2 12,9 14,4 14,1 1972 11,9 12,5 ll,O 12,3 12,6 12,7 13,4 13,9 12,8 13,2 14,5 13,1 1973 11,8 11,3 12,0 11,3 12,4 12,6 13,2 14,3 14,0 14, 5 13,6 13,3 1974 13,6 12,0 12,6 12,4 13,3 12,9 14,6 13,5 12,8 12,5 14,2 11,9 1975 11,2 12, 6 12,3 13,0 11,6 12,2 13,7 14, 6 12,9 14,1 12,3 13,4 1976 11,6 12, 2 11,5 11,5 11,7 11,S 14,6 12,3 12,8 12,0 12,2 11,9 1977 13,6 10,5 10,8 11,0 10,8 11,3 12,7 13,0 11,7 11, 5 10,3 12,8 1978 11,8 12,4 11,8 10,8 10,9 12,6 12,2 12,4 12,6 12,6 12,3 11,7 1979 12,6 ·11,8 10,2 10,7 11,4 11,8 12,9 13,8 13,2 12,5 10,9 11,9 1980 11,7 12,4 10,1 11,7 12,0 12,7 12,2 13,2 14,6 11,5 12,8 13,0 1981 12,5 10,0 11,2 10,7 11,7 11,6 12,1 12,8 13,2 12, 3 12,0 11,4 1982 11,7 11,9 10,3 9,7 11,2 11,7 11,8 12,6 12,9 11,9 11,6 11,3 1983 12,3 11,1 10,8 10,4 11,3 12,4 14,3 14,6 13,8 12,8 12,5 11,4 1984 12,1 11,2 10,6 10,5 11,4 10,6 12,4 13,l 12,7 13,1 12,8 12,5 1985 12,0 12,0 11,2 10,8 10,8 11,6 11,7 12,4 12,0 12,2 11,4 12,0 1986 ·10,9 10,5 9,7 10,9 10,9 12,4 11,0 11,5 10,4 11,7 12,1 10,9 1987 10,7 -10, 8 11,1 9,8 11,5 12,0 10,9 12,9 12,6 12,0 11,0 11,2 1988 10,6 11,,5 10,8 10,6 11,4 13,4 13,6 13,3 12,3 11,4 12,1 11,8 1989 11,1 10,8 10,9 10,4 9,7 10,5 13,0 13,2 13,8 12,0 11,7 13,2 1990 12,0 11,7 10,2 10,8 11,6 10,2 11,7 14,2 13,4 12,0 11,1 11,5 1991 11,4 11,6 10,6 10,8 11,3 11,7 14, 1 14,2 13,4 12,2 12,2 13,3

MEDIA 12,8 12,6 12,0 12,0 12,4 13,0 13,7 14, 1 13,5 13,2 13,2 13,0

Page 75: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

[A]

-+- A.IVIPL.A.E3AIL

- A.IVIPL.JULHc::>

e:> l.J Tl.J E3 AC>

67 "1 970 "1 975 "1 980 "1985 "1990

"14

"12

4

2

A. N e:, S

-+- A.IVIPL.A.E3AIL

- A.IVIPL . .Jl.JLHc::>

e:> l.J T l.J 13 A e:>

[B]

"1955 "1960 1965 1970 "1975 1980 1985 1990

A. N e:, S

[C]

-+- A.IVIPL.A.BAIL

---. A.IVI PL.JULHc::>

- A.IVI PL. C>l.JTUBAc::>

52"1 955 .., 960 .., 965 .., e7o .., 975 .., e8o 1 985 .., 990

A.Nc::> S

FIGURA 11- Amplitude de temperatura média mensal, nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro, em Iquitos(A), Yurimaguas(B), Tarapoto(C)

62

Page 76: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

63

4.8.- Análise de precipitação

A tabela 10 apresenta-se a chuva máxima em 24

horas, ocorridas em Iquitos-, Yurimaguas e Tarapoto.

A chuva máxima ocorrida em 24 horas, a maioria

de elas representam eventos relacionados com a ocorrência do

fenómeno El Nino, ou com o anti-Nifiõ, ou com condições locais

de instabilidade.

TABELA 10.- CHUVA MAXIMA EM 24 HORAS

EJ IQUITOS YURIMAGUAS TARAPOTO

chuva chuva chuva

(mm) data (mm) data (mm) data

JANEIRO 130,0 (01/09/83) 100,0 (01/18/72) 80,0 (01/19/72)

FEVEREIRO 150,0 (02/06/83) 76,0 (02/09/82) 100,0 (02/17/89)

MARCO 145,0 (03/27/76) 140,0 (03/05/87) 106,0 (03/21/74)

ABRIL 180,0 (04/05/77) 80,0 (04/17/83) 86,4 (04/17 /74)

MAIO 145,0 (05/19/72) 125,0 (05/05/88) 78,0 (05/18/77)

JUNHO 135,0 (06/04/75) 68,0 (06/12/73) 76,0 (06/17/82)

JULHO 109,5 (07/28/82) 67,0 (07/13/82} 51,0 (07/12/90)

AGOSTO 180,0 (08/29/76) 91,0 (08/13/80) 65,0 (08/27/75)

SETEMBRO 122,0 (09/07/82) 192,0 (08/24/85) 61,0 (09/18/72) (09/22/73)

OUTUBRO 200,0 (10/07/72) 92,1 (10/19/76) 88,0 {10/06/72)

NOVEMBRO 139,3 (11/09/75) 82,3 (11/24/88) 65,0 ( 11/26/87)

DEZEMBRO 175,6 (12/17/79) 105,0 (12/22/86) 97,0 (12/20/77)

Page 77: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

64

4.a.1.- Iquitos

Na tabela 11 e figura 12a,b mostra-se a

precipitação mensal e anual em Iquitos, tendo uma média

interanual de 2862mm, sendo o ano mais chuvoso 1981 com

4233,8 mm.

Na tabela 12 , dias sem chuvas são indicados

por "O", sendo todos elos maiores que 50%, registrados em

todos os meses do ano, existindo chuvas maiores de 150mm/dia

com probabilidades menores de 0,5%.

A tabela 12 e a figura 13(a, b, c, d)

correspondem aos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro,

que apresentam diferentes probabilidades de chuva. Em

janeiro tem uma probabilidade de 51,1% de não ocorrência de

chuva, sendo que a probabilidade de chuva de altura menor de

5mm representa 15%. A figura 13(a,b,c,d) tem às mesmas

tendências de distribuição de chuva que do mês de Janeiro.

As precipitações superiores mais elevados de

cada mês, tem probabilidades de ocorrência mui to pequenas

(valores finais de cada coluna mensal); são eventos que

geralmente estao associadas à convecção local, intensificação

da Zona de Convergencia intertropical, desloca�ento de linhas

de instabilidades, ou relacionadas com o evento El Nifio, que

tem origem no Pacifico.

A pesar de -não existir muita diferença de

precipitação entre os meses, segundo a tabela de

Page 78: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

TllflEI,/\ 11- !'Hf:Cl!'l r11ç-Ãn Mlllc-1\L

E5TIIÇÍÍO: I Q!Jl TOS

�NO J/\tl FEV M/\R /\BR MIi!

1967 343, O 1<, 1, 4 308,0 230,4 14 l, l 1968 332,8 63, l 201, 1 239,5 167,9 1969 224,3 254, 5 246,9 158,5 290,5 1970 295,2 )09, 7 374,0 316,6 298,2 1971 355, 1 J26, 5 405, 1 11 7, 7 342, 5 1972 2 lJ, 4 151, 9 274,5 187,6 444,2 ]973 269,2 20R, {) J 75, 1 20 /, 7 278, 7 J974 14 3, 9 67, 1 196,8 2"14,4 119,2 1975 )79, 1 18'1, 5 )94, O 120, 1 4 )(j, 8 h976 '.)5H, ll 2 ll, 7 4Sl '"J, 7 10•1, O 75), 2 n911 28, l 4 75, 2 540,9 ]91, 4 192,5 b978 11 t;, n 123,2 174, 4 3 4 6, 3 297, 7 n919 79,H 202, 8 191, 1 31 7, 6 209,5

980 497, / 171, 7 439,0 411, 5 217,2 981 15'">, 7 405,0 240, 7 826, 3 379,8 982 38 7, 4 183, 8 228,2 532,4 215,6 983 4 53, 3 4 14, 2 32),6 4 J 2, 4 204, 1

�984 218, O 195, l ll l, O 221, 6 l �19, 1 �985 8,0 12 3, O 31, 7 258, 7 111, 2

986 89,8 116, 1 177,6 96,0 320, O' 1987 488,3 201, 8 146, 7 360,7 126,0 1988 163,0 3 72, O 244, O 255,0 327, O 1989· 628, 7 277,4 293,0 1)6,8 280,0 �990 4 7 5, 1 224,8 l l l, 8 134, 8 1)0, 9 �991 221,0 )55, O 273, 7 252,9 ?97,0

MEDIA 284,9 2)0,8 273,6 293,2 269,7

JllN JUL

l 94, 9 225, 1 J6Q,H 256,9 71, t, l'l9, 2 236,5 178,3 277, 1 229,0 254, 7 237,4 )00, 3 75 l, 5 1(>4, 2 186, l 10(,, 0 184, 5

JH,4 !92,9 235,9 1o;i, 1 252,J 96,0 111,0 107, 5 14 7, 1 )68, 6 70,6 144, 9 461, (, 204,4 63,6 263,5 176,6 105, O IJ9, O 218,5 218,5 118, 4 2 13, 9 179,0 105,0 268, O 86,A 293,0 20'), o 186,9 41, O

201,0 184, 5

/\GO

85,f. 1 78, J 178, 7 100 t f1 90,9 l <1 7, f, 17'.J, O 228,0 )55,] 469, 1 12 3, l 174,9 140,5 167, O 3 71, 3 110,0 83,0 105,0 1 12, O 179,0 ]62,0 100,0 206,6 128,7 218,2

178,4

SET OUT IIOV DEZ

198,5 184,4 78,4 215,2 104, 7 190, 7 257,6 188,0 288, 4 154,R 242,8 238, 1 265, 1 99,5 348,8 227,7 321,8 244,0 196,0 264, O 119, 2 523,5 332,2 287, 7 250, l 346, 7 287,2 296,7 277,4 244,8 107,3 321, 9 ]52,0 353,0 )81. 9 ]89,4 11 O, J 125, l ]42,8 452,0 344, O 394,5 366, l 242,3 28R,l 103,4 451,4 476,5 87, 1 243, l 154,0 400,7 1 J2, 2 313 ,6 367,7 140,0 281,6 365,5 238,5 530,2 228,6 230,3 )92,0 373,4 208,0 401:y,0 166,6 442,0 111, 4 94, O 182,8 128,0 121,8 170,0 150,0 193, O l9f3, o 262,4 120,6 309,3 94,0 205,2 237,0 323,5 79,0 298,6 34 2, 5 15✓., n 111, 1 159, 2 154,5 67,8 74, 9 57,0 122,0 71 n, Q

118,4 236,0 29),0

186, 5 240,2 252, 6 286,4

TABELA 12- FREQÜÊNCIA RELATIVA DE PRECIPITAÇÃO

ESTAÇÃO: IQUITOS

I.C. JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT

o 51,1 52,3 53,8 51,3 53,8 57,1 61,2 62,3 64,7 59,1 0-5 15,0 16,4 16,4 15,7 15,0 15,3 12,1 13,8 12,4 14,6 5-10 8,7 8,6 5,3 7,9 9,4 9,3 7,6 7,2 5,2 7,0 10-15 5,4 4,8 5,2 5,7 4,4 4,8 5,2 4,0 5,2 4,3 15-20· 4,4 3,8 4,8 4,4 3,5 3,5 4,9 4,1 2,5 2,7 20-25 3,4 3,3 2,5 2,9 3,1 2,4 2,5 2,2 1,9 1,7 25-30 2,6 1,8 2,3 3,3 2,1 2,8 1,7 1,4 1,6 2,6 30-35 1,7 2,4 1,8 1,5 2,2 0,9 1,2 1,2 1, 7, 2,3 35-40 1,8 2,3 2,2 0,9 0,7 0,5 0,8 1,3 1,3 1,3 40-45 1,3 0,9 0,8 0,9 0,9 0,7 0,4 0,7 0,7 0,5 45-50 1,3 0,7 1,2 1,2 0,8 0,5 0,4 0,5 0,1 0,9 50-55 0,3 0,4 0,4 0,9 0,9 0,7 0,5 0,3 0,1 0,5 55-60 0,5 0,4 1,0 0,3 0,5 0,3 0,4 o 0,3 0,4 60-65 0,3 0,4 0,5 0,4 0,5 0,1 0,5 0,1 0,3 0,1 65-70 0,4 0,1 0,4 0,5 0,4 0,1 0,3 0,3 0,3 0,1 70-75 0,3 0,1 0,1 0,3 0,3 0,1 0,1 o 0,5 0,1 75-80 0,5 0,4 0,3 0,1 0,1 0,1 0,1 o 0,1 0,1 80-85 0,3 o 0,1 0,1 o 0,1 0,1 0,1 0,5 0,4 85-90 o 0,3 o o o o o 0,l 0,1 0,4 90-95 0,4 o 0,3 o 0,5 o o o o o 95-100 0,1 o 0,4 o 0,4 0,1 o o 0,1 0,1 100-105 0,1 o o o 0,1 o o o o o 105-110 o o o o o o 0,1 o o o 110-115 0,1 o o o j o o o 0,1 115-120 o o 0,1 0,1 o o 0,1 o 0,3120-125 0,1 o o 0,1 0,3 0,1 o 0,3 0,1125-130 0,1 0,1 0,1 0,1 o o o o 130-135 o o 0,1 o 0;3 o o 135-140 0,1 0,1 0,1 0,1 o o 140-145 o 0,1 C,l o o 145-150 o 0,1 o o

>150 0,1 0,5 0,3 0,3

65

IINU/\L

2375,0 2350,6 2748, J 3050,2 3169, 7 3223,9

324 l, 5 2 3 li, 1 3741, 6 4015, J> 3527, 7 2905,9 22)3,2 3112,2 4233,8 3488,2 3420,2 1986,1 1543,4 2302,8 2677, 5 2617, 1 2665, 1 2203,7 2393,l*

2862, s l

NOV DEZ

57,6 54,4 12,8 14,58,4 7,8 3,3 4,2 3,3 4,3 2,9 3,5 1,2 1,3 1,7 1,6 2,1 1,6 1,5 0,4 1,1 1,8 1,2 0,9 0,5 0,9 0,4 0,4 0,3 0,7 0,5 0,3 0,1 0,7 0,l o

0,3 0,5 0,1 0,1 o 0,1o 0,3o

·•

o

0,1 o

o O,l o o

0,1 o

o o

0,1 o

o

o

0,1

Page 79: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

350

300

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,� 200 <...>-

O:: 150 CJ

CL 100

50

A N C> S

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!,<,d PP MEDIA MENSAL

66

[A]

- - � [B]

a:: a:: -=x:: :z: ___J e::>C::C::a:::l-=:::::=:::>==>c.9 � c::c:: -= ' --::, --::, c::c:: MESES

FIGURA 12- Precipitação anual{A) e mensal{B) em Iquitos

Page 80: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

60

50.

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10

60

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10

■ JANEIRO

ÜABRIL

OJULHO

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O�momo�o�o�o�o�o�����o�o -�NNMM���w�w��woommoo-

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õ 11S,40 ;!

§aoli! ll.20

10

□OUTUBRO

/1

LIMITE SUPERIO� OA CLASSE

·(B)

{CJ

(01

FIGURA 13- Freqüência relativa de precipitação, para Iquitos nos meses de Janeiro(A}, Abril(B), Julho(C), outubro(D),

67

Page 81: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

68

precipitação mensal, observa-se que Abril, com 292,2mm é o

mês mais chuvoso, isto devido a alto aquecimento local, e ao

deslocamento da Alta de Bolívia. O mês menos chuvoso é

Agosto, com 178 ,-4 mm, quando a zona de Convergência

Intertropical e a Alta de Bolívia se encontram no hemisfério

norte.

Dentro da distribuição temporal da

precipitação, existe variabilidade interanual, ocorrendo

anos secos e anos úmidos, como se mostra na figura 12a. Os

anos úmidos estão geralmente relacionados com o evento El

Nino. Os anos 1981-1982, 1975-1976, 1972-1973; e os anos

1984-1985 estão registrados como ano secos com precipitação

muito abaixo da média.

Segundo a tabela de precipitação mensal,

(tabela 11, e figura 14a), mostra-se a variabilidade de

precipitação durante o mês de Janeiro desde 1967 até 1991.

existindo muita variação. A precipitação em 1989, de 628, 7 mm

e 1976 com 558mm, foram .anos de evento El Nifio. Os anos

1985 e 1977 foram aqueles de menor precipitação,

possivelmente devido a bloqueios na alta troposfera, onde a

circulação de Walker não estava em sua posição mais provável.

precipitação

1982, com

Na fig. 14b, observa-se claramente que a maior

em abril foi em 1981, com 826,3mm, seguida de

532,4mm. Isto estaria relacionado com a

Page 82: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

li" l�

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FIGURA 14- Precipitação em Iquitos, nos meses de Janeiro(A), Abril(B), Julho(C), outubro(D)

69

{AJ

{BI

Page 83: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

70

intensificação de Alta de Bolivia, formação de centros

convecti vos onde existe liberação de calor latente, e com

evento El Nino. Precipitações menores ocorreram em 1986 co

96mm, e 1971 com 117mm.

Na Fig. 14c mostra-se a precipitação interanual

durante o mes de julho, sendo a maior precipitação em 1982,

com 461mm (evento El Nino); a precipitação mínima, durante

este mês ocorrem em 1991, com 41mm.

A Fig. 14d mostra a precipitação de Outubro,

desde' 1967 até 1991. O ano 1972 apresentou a maior

precipitação com 523mm (evento El Nino); 1990 foi o de menor

precipitação com 57 mm.

4.8.2.- Yurimaguas

A tabela 13 mostra a precipitação mensal da

Estação de Yurimaguas, sendo a média de precipitação anual de

2039,6mm.

A Fig.

precipitação interanual,

15a e tabela 13, mostra-se a

sendo o ano 1978 de maior

precipitação, contribuindo para ter este máximo os meses de

abril e maio, o ano de menor precipitação co�0responde ao ano

1989, devido ao registro de menor precipitação em dezembro.

A Fig. 15b representa a variação mensal de

precipitação media mensal, sendo o mês de março de maior

precipitação devido a maior atividade convectiva e a

Page 84: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

TABELA 13- PRF.CIPITACAO MENSAL

ESTACAO: YUR IM'/IGlJ/1S

�NO J/IN FEV MIIR /IIJR

�971 231,0 2Jl,4 144,8 162,4 )972 4 Jl, O lSJ,2 )48,4 78, fJ

]973 234, 1 285,6 2 J 1, 2 194,5

1914 175,J 1 S2, 9 221,4 24�,?

� 975 18 5, 7 11,q, o 301, 7 68,0 1976 396,0 6fi, 7 221,8 244,8 1977 115, 1 1 77, 6 409,1 191,4 1978 222,6 11';,r, 228,0 143,R 1979 138,0 49,2 332,6 149, 2 )980 164, 7 165,8 307,6 190,2 1981 158,6 305,9 246,9 188, 2 1982 176, 2 358, l 252,6 205,2 .1983 154,2 151, 6 135,2 292,7 )984 173 ,R 151, 5 256,6 219, 8 1985 45,0 9J' () 160,0 1 Jl, 6 ]986 156,J 719, J 380,0 114 · º]987 302, l 165,8 233, 8 )05,8 1988 8),0 221, l 249, l 2 71, 7 1989 2)9,9 97,R 252,7 129,0 1990 252, 7 205, 2 240,8 180, 4 1991 116,0 242,0 292,6 198, O

MEDIA 197,7 181,4 259,4 195,5

M/11 JlJN JlJL /IGO

221,2 119, 3 64, 5 52,7 108,4 61, 2 152,2 56,5 116, 2 217, 1 286,9 1 !(,, 7 112, 7 120, J 107, 5 74, O

276,4 136,] 148, J 92,0 171, 6 9), O 50, 6 103,5 190,9 lJ5, l 100, J 261, 5 306, l 40, 2 121, 1 100,0 256,9 7 5, l 80,9 119,0 165, 5 77,2 7 4, J 232,2 106, l 216,0 112,4 12 7 ,0 )9,0 106,0 11 J, 7 95,8 186,7 4,0 40,5 40,4 265,4 109,2 49,5 82, 1 193,0 55,0 7),2 145, 9 119, 8 69,6 10?, () 1 74, 6 116, J 40,6 97,4 114 ,o 222,4 66, 1 24, O 110, 1 18 J, ll 158,) 77, 8 84,4 79,0 182, 1 92,0 41, O 229,0 ,165, O )) • o 27,0

174, 6 107,0 95,4 107,2

TABELA 14- FREQÜÊNCIA RELATIVA DE PRECIPITAÇAO

ESTAÇAO: YURIMAGUAS

I.C. JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

o 60,7 58,4 53,3 59,5 66,4 74,1 77,30-5 12,0 11,3 12,1 10,2 11,5 7,6 7,7 5-10 8,3 9,4 8,3 9,1 6,6 6,2 5,5 -1.0.-15 4,5 6,9 6,8 6,0 4,3 3,3 3,4 15-20 4,0 4,6 3,8 3,0 2,5 2,9 0,9 20-25 2,5 l,9 4,6 3,5 1,2 1,9 1,1 25-30 2,0 1,0 3,2 3,2 2,0 1,0 1,1 30-35 1,2 1,9 2,6 1,3 0,9 0,5 0,9 35-40 0,9 0,7 6,1 1,0 1,2 1,8 1,1 40-45 0,9 1,5 1,5 1,0 0,6 0,2 o

45-50 0,6 0,2 0,9 1,0 0,8 0,2 0,3 50-55 0,5 0,5 0,5 0,3 0,3 o 0,555-60 0,9 0,8 0,3 0,3 o 0,3 o

60-65 0,5 0,3 0,2 o 0,2 o 0,265-70 0,3 0,3 o 0,5 0,3 0,2 0,270-75 o o 0,3 0,2 0,275-80 0,2 0,3 0,2 0,2 0,380-85 o 0,2 0,385-90 o 0,2 0,290-95 o o o

95-100 0,2 o 0,2100-105 0,2 o

105-110 o o

110-115 o o

115-120 o o

120-125 o 0,2 125-130 0,2 130-135 o

135-140 0,2 140-145145-150

>150

71

SET OUT NOV DEZ ANUAL

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144,2 177 ,8 212,8 207,J 2039,6 1

AGO SET OUT NOV DEZ

78,7 71,8 65,6 59,7 63,6 5,5 8,9 10,4 10,2 10,2 5,4 7,1 7,1 9,1 7,4 3,1 2,2 4,6 5,2 4,2 2,0 3,0 2,8 3,5 3,6 1,2 1,0 1,5 2,9 3,6 0,8 1,9 1,7 2,7 1,3 0,6 0,6 1,1 1,0 1,5 1,2 0,6 1,5 1,9 0,8 0,3 0,8 0,6 0,6 0,8 0,2 0,3 1,1 0,6 0,7 0,2 o 0,8 0,6 0,3 0,3 0,3 0,8 0,2 0,8 o 0,3 o 0,8 0,3 0,2 0,3 o 0,5 0,4 o 0,2 o 0,2 0,3 o 0,3 0,2 0,3 o

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Page 85: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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72

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FIGURA 15- Precipitação anual (A) e mensal(B) em Yurimaguas

Page 86: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

73

intensificação da Alta de Bolivia, e o mês de Julho reporta

precipitação menor.

A tabela 14 e as figuras 16(a, b, c, d)

representam a freqüência relativa de precipitação no mês de

janeiro, Abril, Julho e outubro. Sendo "O" na coluna de

intervalo de classe, dias sem precipitação. No mês de

Janeiro tem-se maior pr�babilidade de chuva (12%) entre o­

Smm. Para o mês de Abril dias sem chuva representa o 59,5%

de probabilidade e entre 0-Smm representa o 10,2%. No mês de

Julho dias sem chuvas representa o 77,3% e chuvas entre

0-5mm tem probabilidade de ocorrência de 7, 7%. No mês de

Outubro, dias sem chuvas representou 65,6% e dias entre o-

5mm têmm probabilidade de 10,4%.

A Fig. 17a representa a precipitação no mês de

Janeiro, sendo as máximas de precipitação no ano 1972, com

431m�, e 1976 com 396mm, isto devido ao fenômeno El Nino. A

a minima precipitação ocorrem em 1985 com 45mm,

83mm.

No mês de Abril {Fig. 17b),

1988 com

a máxima

precipitação se deu em 1978 com 343,3mm, e a mínima em 1972

e 1975 com 78mm e 68mm, respetivamente.

No mês de Julho (Figura 17c) a máxima

precipitação foi em 1973, ano com ocorrência do fenômeno El

Nifio; em 1988 a precipitação foi de 24 mm, representando

precipitação muito abaixo de sua media (95mm).

Page 87: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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FIGURA 16- Freqüência relativa de precipitação,

Yurimaguas, os messes de Janeiro(A),

Julho(C), outubro(D).

74

em Abril(B),

Page 88: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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Page 89: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

76

A Fig. 17(d), mostra a distribuição de

precipitação no mês de outubro, 1988 o ano de maior

precipitação com 295,4mm, seguido de 1976 com 253,3mm. Os

anos de menor precipitação foram 1972-1973 com 79,6 e 84,9

mm, respetivamente, devido possivelmente à predominância de

movimentos descendentes neste mês, ou presença de anomalia

positiva de ROL.

Em geral, a precipitação total de julho parece

estar decrescendo com o tempo, enquanto que outubro mostra

tendência de estar aumentando.

4.8.3.- Tarapoto

A tabela 15 apresenta a precipitação mensa 1 de

Estação de Tarapoto, tendo uma media anual de 1073mm.

Na Fig. 18a apresenta-se a precipitação

interanual desde 1971 até 1991, sendo a precipitação máxima

no ano 1972, com 1497,2mm (ano do evento El Nifio). Seguido de

1974 com 1462mm, sendo

(685,1mm).

1985 ano de menor precipitação

Na Fig. 18b mostra-se a precipitação média

mensal, sendo os meses de Janeiro, Fevereiro, Março e Abril

de maior precipitação� e Julho mês de menor precipitação.

Na Tabela 16, apresenta-se a freqü�ncia

relativa de precipitação para a estação de Tarapoto. O valor

Page 90: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

TABELA 15- PRECIPITAÇÃO MENSAL

BSTAÇAO: TARAPOTO

MIO JAN FEV MAR ABR

l!.971 132,0 130,3 113,0 97,5 1972 253,0 _80,0 281,0 121,0 973 193,0 181,0 148,0 146,0 974 167,1 67,6 197,5 198,2 975 148,9 146, l 151,9 58,4

1976 190,5 46,9 75,3 41,7 il977 16,6 131,0 147,6 123,0 11978 89,5 128,0 137,7 76,0 1979 87,0 27,0 135,0 59,0 li.980 72,0 26,6 174,0 36,0

981 103,2 107,9 157,8 171,9 982 57,6 165, 5 66,7 152,5 983 53,3 138,0 47,8 199,7

U84 19,0 122,8 49,0 107,9 11985 54,6 62, O 114 ,o 104,3 li.986 78,0 192,0 52,0 88,0 11987 125,0 169,0 28,0 189,0 �988 36,9 252,3 82,1 173,8 11989 95,8 143 ,8 111,8 194, 8

990 115,8 137, O 89,0 99,2 991 41,3 110 · º 157,7 67,4

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KAI JUN JUL AGO

61,0 64, O 87,0 87,0 40,2 100,0 63,3 96,0 51,0 101, O 67,5 87,2 75,3 98,7 79,0 80,0 136,5 56,8 77,2 139,6 96,8 53,3 44,9 109,2 98,2 129,0 30,0 40,0 113,7 67,0 75, 4 44,5 82,0 41,0 34,4 120,3 102,0 54,0 135, 8 32,0 58,7 63,4 75,7 71,6 124, 7 25,0 15,0 122,8 32,6 9,1 2,3 111,0 73,0 7,2 38,4 31,0 16,0 77,0 66,0 46,0 28,5 44,6 49,0 26,0 80,8 154,0 27,0 145,'0 15,0 7,8 78,8 101,6 107,5 18,0 59,6 42,0 138,0 177,7 65,2 83,7 71,0 30,0 33,0

80,4 75,9 58,7 64,9

TABELA 16- FREQÜÊNCIA RELATIVA DE PRECIPITAÇÃO

ESTAÇÃO: TARAPOTO

I.C. JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

o 69,9 62,7 62,7 65,2 72,5 75,1 79,40-5 13,2 18,4 17,7 14,9 15,l 12,5 10,4 5-10 5,7 7,4 8,3 6,4 4,5 3,8 4,2 10-15 3,5 4,1 2,9 5,1 2,9 3,2 2,0 15-20. 2,6 2,0 2,8 2,5 1,4 2,1 1,4 20-25 1,7 0,7 2,2 1,8 0,9 1,2 1,1 25-30 1,à 1,4 1,1 1,3 0,9 0,6 0,5 30-35 0,5 0,8 1,1 1,3 0,9 0,5 0,5 35-40 0,3 0,3 0,3 0,8 0,2 o 0,240-45 0,3 0,5 0,5 o 0,3 0,2 0,2 45-50 o 0,8 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 50-55 0,3 0,3 0,2 o o o 0,2 55-60 o 0,3 0,2 0,2 o 0,260-65 o 0,2 o 0,3 o o 65-70 o o 0,2 o 0,2 o 70-75 o o o o o 0,275-80 0,3 o o o 0,280-85 o o o 85-90 o o 0,2. 90-95 o o

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77

SET OUT NOV DEZ ANUAL

82,0 91,0 71,0 39,2 1055,0 179,0 187,0 28,0 69,0 1497,2 179,0 105,2 73,6 47,8 1380, 3 105,4 64,6 79,5 249,l 1462, 2 79,5 57,5 97,5 23,2 1173, 3 100,3 75,1 112, 7 133, 4 1080,1 78,3 149,9 178,2 141,5 1263,3 116,4 83,0 92,2 44,0 967,4 106,0 104,3 117 · º 69,6 862,3 45,0 123,7 19,0 93,2 1001,6 58,6 90,6 23,6 61,5 1004, 9 38,7 36,6 91,3 63,8 909,0 40,3 135, 2 32,3 173,8 987,2 43,2 22,6 64,0 56,8 714, 9 20,0 109,2 31, O 685,l 60,0 61,0 76,5 169,6 945,2 64,2 149,8 149,0 41,0 1202,8 61,5 35,2 109,0 105,6 1103, O 51,3 147,9 76,3 32,0 1130,4 55,0 81,5 144 ,2 66,4 1211, O 36,8 95,8 167,0 5,0 898,7

76,2 95,6 87,3 84,3 1073,1

AGO SET OUT NOV DEZ

78,8 74,6 70,2 71,8 75,6 10,6 11,8 13,4 12,9 11,l

3,8 5,1 6,6 6,4 4,9 2,8 3,3 3,7 2,9 2,6 1,5 1,6 1,7 1,9 2,8 0,9 1,1 1,4 1,6 0,6 0,3 1,4 0,8 1,1 0,8 0,2 0,2 1,2 0,5 0,8 0,2 0,3· 0,2 0,2 0,3 0,2 0,3 o 0,3 0,2 0,3 o 0,2 0,2 0,3 0,2 o 0,3 0,2 o

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Page 91: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

78

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MESES

FIGURA 18- Precipitação anual(A) e mensal(B) em . TARAPOTO;

Page 92: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

79

"O" indica dias sem chuvas, tendo a distribuição de chuvas a

mesma tendência dos meses anteriores estudadas.

Na Fig. 19a apresenta-se a distribuição de

chuvas durante o mês de _Janeiro, representando 69, 9% de

probabilidade de dias·sem chuvas, e as chuvas entre 0-5mm tem

uma probabilidade de ocorrência de 13, 2%. A Fig. 19b

representa a probabilidade de ocorrência de chuva no mês de

Abril, sendo 65% a probabilidade de não ocorrência de chuva,

e chuvas entre 0-5mm representam 14,9% de probabilidade. A

Fig. . 19c mostra a distribuição de chuva, sendo a

probabilidade de dias sem chuva de 79,4%, e a de chuvas entre

0-5mm 12,5% de probabilidade. A Fig. 19d também mostra a

distribuição de precipitação, representando com maior

probabilidade dias sem chuvas com 70,2%, e entre o intervalo

de 0-5mm, 13,4%.

A tabela 15 e figura 20a, apresentam a

variação interanual da precipitação durante o mês de Janeiro,

desde 1971 até 1991, sendo 1972 aquele com maior

precipitação, com 253mm, seguido de 1976 com 190,5mm, anos

que aconteceram o evento El Nifio. Os anos 1977 e 1984,

representam aqueles com menor precipitação com 16,6mm e 19mm

respectivamente.

Na figura N º 20b, apresenta-se a variação

interanual de precipitação para o mês de Abril, sendo os anos

1974, 1983 e 1989 com maior precipitação de 198,2, 199,7 e

Page 93: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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FIGURA 19- Freqüência relativa de precipitação, em Tarapoto, os meses de Janeiro(A), Abril(B), Julho(C), Outubro(D).

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Page 94: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

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Page 95: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

82

194,8 mm, respetivamente, e sendo de menor precipitação os

anos 1980 e 1976 com 36 mm e 41,7mm respetivamente.

A Fig. 20c mostra a precipitação interanual

durante o mês de julho, os anos 1990 e 1987 tem precipitações

maiores com 177,7mm e 154mm respetivamente; os anos de menor

precipitação sao os anos 1983-84 e 1988 com 9, 1, 7, 2 e

7,8mm respectivamente.

A Figura 20d representa a precipitação durante

o mês de Outubro, desde.1971 até 1991, sendo os anos de maior

precipitação 1988 e 1976.

Em geral, Janeiro apresentou tendência de

decréscimo no total mensal de chuva. Em Julho, dos anos

(1987 e 1990) no final do período, apresentarem chuvas muito

acima do normal.

A partir do presente trabalho, propõe-se maior

pesquisa na área de meteorología/climatología, para o

conhecimento dos fenómenos atmosféricos que acontece no oeste

da Bacia Amazônica; e, posteriormente iniciar a utilização de

técnicas de previsão e simulação do clima.

Page 96: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

83

S. -CONCLUSÕES

No Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto, a temperatura máxima

absoluta oscila entre 30 º C e 40 ° C.

A temperatura máxima absoluta em Iquitos e Tarapoto tende

a incrementar ao longo do período; em Yurimaguas tende a

manter-se constante.

A·temperatura mínima �bsoluta em Iquitos tende a manter

constante; em Yurimaguas e Tarapoto, mostraram tendência

a elevar no periodo estudado.

As amplitudes das temperaturas máximas absolutas variam

entre 1,8 º C e 4,9 º C em Iquitos, de 2,l º C a 5,5 ° C em

Yurimaguas, de 1,5 a 9,S º C em Tarapoto.

As temperaturas mínimas absolutas nos 3 localidades de

estudo, registraram temperaturas entre 7,S º C e 25 º C,

existendo grandes oscilações das temperaturas mínimas

pela a presença de sistemas fronta�s intensos no

continente sul-americano.

A variação mensal de temperatura máxima absoluta tem as

mesmas tendências, segundo o percursoo do sol (referido

a seus valores inferiores, VITMAXAB) e seu;- valores.

Page 97: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

superiores da temperatura máxima absoluta (VSTMAXAB)

tendem a aumentar no inverno.

84

A variação mensal de temperatura mínima absoluta, tem

maior variação- nos meses de inverno; representando maior

amplitude em Tarapoto.

No mês de Janeiro, a temperatura máxima absoluta em

Iquitos e Tarapoto tende a incrementar com o tempo; e, a

temperatura mínima absoluta em Yurimaguas e Tarapoto,

também tendem a incrementar ao longo dos anos.

No·mês de Abril, a temperatura máxima absoluta em

Iquitos, Yurimaguas e Tarapoto tende a incrementar ao

longo do tempo; assim mesmo a temperatura mínima absoluta

en Yurimaguas e Tarapoto.

Nó mês de julho, a temperatura máxima e mínima absoluta

tende a incrementar ao longo do período, nas 3

localidades; tendo maior variabilidad na temperatura

mínima absoluta.

No mês de Outubro, a temperatura máxima e mínima absoluta

em Iquitos e Yurimaguas tem um ligeiro incremento ao

longo dos anos, assím como a temperatura máxima absoluta

em Tarapoto; a t�mperatura mínima absoluta em Tarapoto

têm tendência a incrementar ao longo do período.

As amplitudes diurnas de temperatura em Iquitos, nos

meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro, tendem a

incrementar com o tempo.

Page 98: NA REGIÃO SELVA BAJA NORTE PERUANA

85

As amplitudes diurnas de temperatura em Yurimaguas e

Tarapoto até 1958 tendem a aumentar nos 4 meses de

estudo (Janeiro, Abril, Julho e Outubro); a partir do ano

1958 a amplitude diurna de temperatura tem tendencia a

decrecer.

A precipitação média anual em Iquitos é 2862mm, em

Yurimaguas 2039,6mm, e em Tarapoto 1073mm.

Máxima precipitação em Iquitos registra-se em Abril com

com média de 293,2mm, e a mínima precipitação registra-se

em Agosto, com média de 178,4mm.

Em Yurimaguas, mês de máxima precipitação é março, com

259,4mm em média, e a mínima precipitação de 107,2mm em

Agosto.

Em Tarapoto, mês de máxima precipitação é fevereiro, com

122,1mm em média, e a mínima precipitação com 58,7mm, em

média, em Agosto.

Os dias sem chuva, em Iquitos representou desde 51,1%

(Janeiro) até 64,7% {Setembro).

Os dias sem chuva em Yurimaguas representa entre 53,3%

(março) até 78,7% (Agosto).

Os dias sem chuva em Tarapoto, varía entre 62,7% (fev­

mar) até 79,4% (Julho).

Nas 3 localidades, as chuv�s concentram-se entre 0-25mm.

Existem precipitaçções maiores de 100mm registradas

·durante 24 horas ..

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