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Nanocristais semicondutores: aplicações em biosensores e imagem médica Pedro A. S. Jorge FCUP / INESC Porto 07 / 09/ 2006

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Nanocristais semicondutores: aplicações em biosensores e

imagem médica

Pedro A. S. Jorge

FCUP / INESC Porto

07 / 09/ 2006

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Resumo• Introdução

• Nanoparticulas– Nanopartículas de material semicondutor (Quantum dots)– Semicondutores e luminescência– Confinamento quântico– Propriedades ópticas dos quantum dots

• Aplicações de QD como sensores e marcadores– Imagem médica– Sensores químicos– Biosensores

• Sensores luminescentes em fibra óptica– Principais vantagens problemas – Exemplos de aplicações

• Aplicação de QD em sensores de oxigénio– Principio de funcionamento– QD como referência temperatura/intensidade– Multiplexagem de sensores O2 usando QD

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O que é uma nanopartícula?

Partículas de um determinado material (metal, vidro, semicondutor) com

dimensões de apenas alguns nanometros A sua composição e reduzido

tamanho (centenas a milhares de átomos) conferem-lhe propriedades

ópticas/eléctricas/mecânicas únicas.

~20-30 nm

1 nanometro = 10-9 m

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Quantum dots

Nanocristais de material semicondutor.

Com emissão de fluorescência

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Luminescência

• Desactivação de um estado excitado por emissão de radiação

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Espectro electromagnético

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Propriedades ópticas de um semicondutor

En+1

En

En-1

Ek

Eg

Exciton levels

Conduction band(effective mass me*)

Valence band(effective mass mh*)

0 5 10 15 20hω-Eg (arbitrary units)

α (a

rbitr

ary

units

)

n=1 exciton peak

Bandedge

including exciton effectsneglecting exciton effects

Absorção

•Átomo: níveis de energia discretos

•Sólidos: bandas de energia

•Periodicidade da rede cristalina - bandas de energias proibidas

•Fotões com energia hν>Eg absorvidos

( )

( )

2 2

*

2 2

*

2

2

c ge

vh

kE k Em

kE km

= +

= −

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3.40 3.45 3.50 3.55 3.60

GaN

Energy (eV)

Lum

ines

cenc

e In

tens

ity

T=4 k

PL

absorption

Opt

ical

Den

sity

Propriedades ópticas de um semicondutor

Emissão (Luminescência)

E E

Eg

hωL

k = 0

(a) (b)

electrons

holes

Density of states

conduction band

valence band

k0

2 2 2 2

* *2 2ge h

k kEm m

ω = + +

•Relaxamento muito rápido (~100 fs)

•Emissão do limiar da banda

•Alargamento espectral ∆λ (distribuição de Boltzman)

Composition Eg (eV) λg (nm)

Si 1.11 1100

GaAs 1.43 870

AlAs 2.15 580

CdTe 1.44 860

CdS 2.42 510

PbTe 0.29 4300

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Quantum dot (QD) = poço de potencial 3D– Alteração dos níveis de energia

– Níveis de energia discretos

– Propriedades ópticas dependentes do tamanho

– Fluorescência e absorção mais intensas

– Deslocamento para o azul (maior energia)

12 B

E k T∆ >

2 2

2( )2 2 ( )xpEm m x

∆∆ =

∆∼

Confinamento Quântico

– Confinamento aumenta energia cinética da partícula (Heisenberg).

– Confinamento significativos se ∆E exceder energia térmica da partícula

– Em semicondutores confinamento é significativo qdtamanho da estrutura menor ou igual a λ electrão

Range (nm) La 0.1–0.6 ,e hλ 1-100 Xa 1 – 30

22

22nl g nlE Ea

χµ

= +

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Métodos de Fabricação

• Objectivo: fabricar estruturas semicondutoras em que os electrões sejam confinados em 3D.

• 3 métodos principais– Litografia

– Epitaxy: crescimento de padrões ou crescimento auto organizado

– Suspensões Coloidais: baixa temperatura, mais barato, compatível com bioaplicações

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Suspensão coloidal• Reacções químicas controladas. Nanoparticulas formam-se por precipitação

numa solução ou em meio sólido (ex. polímero)

• Variação nos tamanhos ( “dispersão”)

Evident Technologies: http://www.evidenttech.com/products/core_shell_evidots/overview.php

Núcleo de CdSe com revestimento de ZnS

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Espectros de absorção e emissão dos QDs

• Comportamento semelhante a semicondutores macroscópicos mas absorção e emissão são mais intensos devido aos efeitos de confinamento.

REF: www.evidenttech.com

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Composição λ (nm)

CdS 350 - 470

CdSe 450 - 655

CdTe 600 - 725

PbSe 800 - 2000

REF: Evident Technologies . www.evidenttech.com

REF: Quantum Dot Corporation. www.qdots.com

2 2

2g 0 2E (QD)

e h

e h

g a

m m

m m

E πµ

µ =+

≈ +

Emissão no vermelho: particulas maiores

Emissão no azul: particulas mais pequenas

O tamanho importa!

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Tamanho de um QD

Suficientemente grande para ser combinado com diferentes moléculasSuficientemente pequeno para ser introduzido dentro de células

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Vantagens dos QDs• Espectro de emissão: estreito (25 nm) e simétrico.

• Excitação: espectro de excitação muito alargado. Desvio de Stokeselevado.

• Intensidade: rendimentos quânticos elevados, comparáveis aos dos corantes orgânicos tradicionais.

• Foto-estabilidade: muito resistente à foto-degradação.

• Diferentes λ: diferentes λ de emissão mas propriedades químicas e rendimentos quânticos semelhantes. Potencial para multiplexagem.

Potenciais problemas

• Reactivos: QD sem revestimento são muito reactivos levando àdegradação das propriedades luminescentes.

• Tamanho: QD maiores que marcadores orgânicos, dificulta difusão celular e pode interferir com processo biológico.

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• QDs revestidos com anticorpos (azul) permitem grande especificidade.

• Proteínas (purpura e verde) são usadas como auxiliares de ligação.

• QDs revestidos com anticorpos (azul) permitem grande especificidade.

• Proteínas (purpura e verde) são usadas como auxiliares de ligação.

Jyoti K. Jaiswal and S.M. Simon, "Potentials and pitfalls of fluorescent quantum dots for biological imaging". TRENDS in Cell Biology, p. ARTICLE IN PRESS. 2004

Bio aplicações :QD Bio-conjugados

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Maior fotoestabilidadeMarcação específica de células com conjugados QD-streptavidin.Marcação específica de células com conjugados QD-streptavidin.

QD com emissão mais forte que corantes molecularesQD com emissão mais forte que corantes moleculares

Xingyong Wu, et al., "Immonofluorescent labeling of cancer marker Her2 and other cellular targets with semiconductor quantum dots". Nature Biotechnology. 21, p. 41-46. 2002.

QD permitem marcação específica e permanecem luminescentes por períodos mais longos.

QD permitem marcação específica e permanecem luminescentes por períodos mais longos.

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Marcação especifica de células vivas ‘in-vitro’ com QDs

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Marcação especifica de células vivas ‘in-vitro’ com QDs

Jaiswal, J. K.; Mattoussi, H.; Mauro, J. M.; Simon, S. M. Long-term Multiple Color Imaging of Live Cells Using Quantum Dot Bioconjugates. Nature Biotech. 2003, 21, 47–51.

Jyoti K. Jaiswal and S.M. Simon, "Potentials and pitfalls of fluorescent quantum dots for biological imaging". TRENDS in Cell Biology, p. ARTICLE IN PRESS. 2004

Apenas células ‘infectadas’ com Pgp-GFP (proteina luminescente – verde) foram marcadas com QDs. Cor amarela resulta da sobreposição de fluorescência verde (GFP) com fluorescência dos QD (vermelho)

Apenas células ‘infectadas’ com Pgp-GFP (proteina luminescente – verde) foram marcadas com QDs. Cor amarela resulta da sobreposição de fluorescência verde (GFP) com fluorescência dos QD (vermelho)

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Heróis silenciosos

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• QD deve ser tornado biocompatível e capaz de identificar células cancerosas.

Marcação específica de tumores ‘in vivo’

Camada 1 protecção hidrofóbica(polímero + TOPO) protege QD de degradação enzimática tornando-o altamente biocompatível.

Camada 2 marcadores de afinidade como anticorpos PSMA tornam QD marcador específico do tumor da próstata.

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Marcação específica de tumores ‘in vivo’

Tamanho vários marcadores diferentes podem simultaneamente ser colocados na superfície do QD (maior especificidade).

Superior acumulação no tumor.

Gao, X., Y. Cui, R.M. Levenson, L.W. Chung, and S. Nie, In vivo cancer targeting and imaging with semiconductor quantum dots.Nat Biotechnol, 2004. 22(8): p. 969-76. Epub 2004 Jul 18.

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Diferentes cores. QD com emissão distinta excitados pela mesma fonte, claramente distinguíveis.

QD vs corante molecular. Maior contraste e longevidade dos nanocristais.

Marcação específica de tumores ‘in vivo’

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Sensores ópticos baseados em Luminescência

Medição da concentração de espécies químicas como iões, pH e CO2, O2.

Sensores químicos

Reconhecimento de padrões moleculares: Complexos; enzimas; imunoreacções anticorpo – antigénio; genética (DNA); células

Biosensores

Sensores luminescentes: a detecção baseia-se na influência de um elemento bioquímico sobre a luminescência (intensidade, tempo de vida, espectro) de um marcador.

Propriedades de luminescência dos QD atractivas para aplicações sensoras.

Sensores Físicos

Medição de grandezas ’físicas’ como temperatura, pressão, corrente electrica.

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Hedi Mattoussi, et al., "Luminescent Quantum Dot-Bioconjugates in Immunoassays, FRET, Biosensing, and Imaging Applications". JALA. 9, p. 28–32. 2004.

IMUNO-ENSAIO formato competição: detecção do explosivo RDX [hexahydro-1,3,5-trinitro-1,3,5-triazine].IMUNO-ENSAIO formato competição: detecção do explosivo RDX [hexahydro-1,3,5-trinitro-1,3,5-triazine].

QD como Biosensor

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Sensores luminescentes em fibra óptica

θa

θc

θc

Guided rayLeaky ray

Acceptance cone

Fibra óptica: condutor de luz

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Sensores luminescentes em fibra óptica

QDnRu

ProcessingStation

sensor λ1 (Ru+QD1)

sensor λ3 (Ru+QD3)

sensor λ2 (Ru+QD2)

sensor λn (Ru+QDn)

optical Fiber cable

Sensing head

Data Transmission

O2 permeable menbrane

Tapered fiber

Remote monitorization of marine and coastal environments

Exemplo de aplicação

A fibra óptica como sensor! Corante Luminescente + fibra óptica

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Sensores luminescentes em fibra óptica

Principais vantagens• Sensibilidade elevada, tempo de resposta rápido• Detecção remota e em tempo real• Imunidade a interferências electromagnéticas• Capacidade de miniaturização• Interrogação de vários sensores através do mesmo sistema

Principais desafios• Imobilização do marcador fluorescente na superfície da fibra. • Volume da amostra muito reduzido ->sinal luminescente muito fraco.• Fotodegradação do marcador• Dependência com a temperatura

Corante Luminescente + fibra óptica

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Sistemas comercias

Sensor de Oxigénio FOXY™ da Ocean Optics baseado na inibição de fluorescência de um complexo de Ru.Varios formatos de cabeça sensora optimizados para diferentes aplicações.

PreSens™ Needle-Type Housing (NTH) -pH Micro-Sensor. Microsensor (140 µm) para aquisição de perfis de pH em sedimentos e biofilmes.

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Geometrias sensorasIntrinseca Extrinseca

Micro sensor

Evanescente

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Sensores ópticos de Oxigénio

Sensor óptico – vantagens

• Não consomem oxigénio.

• Mais sensíveis e rápidos.

• Imune a interferências electromagnéticas

Aplicações• Médicas: análise ao O2 no sangue, ciclo respiratório

• Ambientais: poluição e qualidade da água, tratamento de resíduos.

• Industriais: Fermentação, embalagens de comida

• Segurança: explosivos, minas e túneis

Principal mecanismo sensor:inibição da fluorescência

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Inibição de Fluorescência ‘Quenching’

Indicador luminescente: Complexo molecular de Ruténio

0 0 1 [ ]SVI K QI

ττ

= = +

Ru(bpy) Tris(2,2’-bipyridine) ruthenium (II)

I 0/I

and

τ 0/τ

0

1

HigherTemperature

kq T/η

slope=KSV=kqτ0

[Q]

(a)

Detecção óptica de Oxigénio

Na presença de O2 a intensidade de fluorescência e o tempo de vida diminuem!

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Fabricação de sensor de O2 em fibra óptica• Fibra óptica deve ser revestida com composto

fluorescente.

• Polímero ou vidro poroso corado com Ru(bpy) e depositado na extremidade da fibra óptica.

Solução corada com Ru(bpy)

Todo processo efectuado em ‘sala limpa’ livre de poeiras.

(a) (b) (c) (d)

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Revestimento de lamelas de vidro

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Revestimento de fibras ópticas

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Sistema sensor em fibra óptica

Output

Lock-in

connector

O2 in

N2 in

Sealed Chamber

Coupler

sensing probe

Fiber600/550 µm

SineModulation

Phot

odio

de

50:50

O2

met

er

High pass filter 550 nm

470 nmLED

Phase φ

amplitude

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Laser Detector CCD

Fibra sensora

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60 120 180 240 300 360 420

60

80

100

120

140

160

100% N2100% N2

100% N2

100% O2100% O2

Fluo

resc

ence

Inte

nsity

(mV

)

time (s)

100% Oxigénio100% Azoto

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Como melhorar o desempenho do sensor?

• Temperatura : Determinação simultânea da temperatura e do oxigénio.

• Referência em intensidade: medição de O2 independentemente da potência óptica.

• Multiplexagem: como interrogar simultaneamente vários sensores de O2 espacialmente distribuídos.

• Propriedades dos Quantum dots podem ser utilizadas para resolver alguns destes problemas!

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Espectros de emissão da fonte de excitação (LED), sensor (Ru) e QD

0

0.25

0.5

0.75

1

400 500 600 700

λ (nm)

Ru(bpy)Blue LEDQD 545

0

0.25

0.5

0.75

1

400 500 600 700

λ (nm)

Ru(bpy)Blue LEDQD 545

QD não se sobrepõe significativamente aos espectros da fonte ou do sensor.

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QD como sensor de temperatura

480 490 500 510 520 530 540 550 560 570 5800

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

T= 43ºC

T= 14ºC

Fluo

resc

ence

Inte

nsity

(a.u

.)

λ (nm)

(a)

580 590 600 610 620 630 640 650 660 670 6800

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500 T= 11ºC

Fluo

resc

ence

Inte

nsity

(a.u

.)

λ (nm)

T= 48ºC

(b)

Resposta da emissão fluorescente de nanocristais de CdSe/ZnS para uma gama de temperaturas entre 11 ºC e 48 ºC.Resposta da emissão fluorescente de nanocristais de CdSe/ZnS para uma gama de temperaturas entre 11 ºC e 48 ºC.

QD CdSe/ZnS 520 nm• Variação da intensidade com a

temperatura: –1.6% / ºC

QD CdSe/ZnS 520 nm• Variação da intensidade com a

temperatura: –1.6% / ºC

QD CdSe/ZnS 610 nm

• Variação da intensidade com a temperatura: –0.7% / ºC

QD CdSe/ZnS 610 nm

• Variação da intensidade com a temperatura: –0.7% / ºC

•Em ambas as amostras o pico espectral de emissão varia de +0.2nm/ºCcom o aumento da temperatura.•Em ambas as amostras o pico espectral de emissão varia de +0.2nm/ºCcom o aumento da temperatura.

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QD como sensor de temperatura

590 600 610 620 630 640 6500

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

Fluo

resc

ence

Inte

nsity

λ (nm)

A B

A=[595;600] nm; B=[620; 625]A=[595;600] nm; B=[620; 625]Normalização:Normalização:

A-BS=A+B

• Intensidade da Fluorescência e λmudam linearmente e reversivelmente com a temperatura.

• Processamento de sinal para obter imunidade a flutuações de potência óptica.

• Intensidade da Fluorescência e λmudam linearmente e reversivelmente com a temperatura.

• Processamento de sinal para obter imunidade a flutuações de potência óptica.

0

2( )

( )g gTE T ET

αβ

= −+

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QD como sensor de temperatura

10 15 20 25 30 35 40 45 50600000

700000

800000

900000

1000000

1100000

1200000

1300000

Fluo

resc

ence

Inte

nsity

(a.u

.)

Temperature ( ºC)

100% PLED

90% PLED

80% PLED

Linear Fits

(a)

10 15 20 25 30 35 40 45 50

0.00

0.05

0.10

0.15

0.20

0.25

0.30

(S1-S

2)/(S

1+S 2)

Temperature ( ºC)

100% PLED

90% PLED

80% PLED

Linear Fit

(b)

Calibrações obtidas para 100%, 90% e 80% de potência de excitação, PLED, paragama de temperaturas entre 11 ºC e 48 ºC.Calibrações obtidas para 100%, 90% e 80% de potência de excitação, PLED, paragama de temperaturas entre 11 ºC e 48 ºC.

a) Resposta da intensidade de fluorescênciaa) Resposta da intensidade de fluorescência b) Resposta dos sinais processadosb) Resposta dos sinais processados

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QD como referência de intensidade

Comportamento da fonte de excitação, LED, da referência, QD, e sensor de O2 (Ru):Comportamento da fonte de excitação, LED, da referência, QD, e sensor de O2 (Ru):

Variação da potência de excitação de 100% para 82% e 63% em atmosfera de 20% O2.Variação da potência de excitação de 100% para 82% e 63% em atmosfera de 20% O2.

Variação da concentração de O2 de 0% para20% e 100%, potência de excitação constante.Variação da concentração de O2 de 0% para20% e 100%, potência de excitação constante.

350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 8500

250

500

750

1000

1250

1500

1750

2000

2250

Inte

nsity

(a.u

)

λ (nm)

100% PLED

82% PLED

63% PLED

LEDQD

Ru

400 450 500 550 600 650 700 750 800 8500

250

500

750

1000

1250

1500

1750

2000

2250

Ru

QD

Inte

nsity

(a.u

.)λ (nm)

0% O2

20% O2

100% O2

LED

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QD como referência de intensidade

Resposta do sensor (PRu e PRu/PQD) a ciclosde saturação O2/N2 enquanto a potência do LED, PLED,, muda lentamente entre 100% e 70%.

Resposta do sensor (PRu e PRu/PQD) a ciclosde saturação O2/N2 enquanto a potência do LED, PLED,, muda lentamente entre 100% e 70%.

0:01:17 0:02:38 0:04:00 0:05:22 0:06:44 0:08:06 0:09:28 0:10:500.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

1.1

100% O2

100% N2

Nor

mal

ized

Inte

nsity

Time (h:min:s)

PLED

PRu

PRu/PQD

10 15 20 25 30 35 40 45

-80

-60

-40

-20

0

20

40

60

Nor

mal

ized

Inte

nsity

LED current

Ru Ru-Qd/Ru +Qd

Após processamento, variação máxima do sinal compensado não excede 1.5%, mesmopara variações de potência óptica de 80%.

Após processamento, variação máxima do sinal compensado não excede 1.5%, mesmopara variações de potência óptica de 80%.

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(b) Ru(bpy) + QD CdTe/ZnS QD (680 nm) em sol-gel não-hidrolitico (filmesseparados) .

(b) Ru(bpy) + QD CdTe/ZnS QD (680 nm) em sol-gel não-hidrolitico (filmesseparados) .

Espectros de emissão em 100% N2 e 100% O2:

(a) Ru(bpy) em sol-gel não-hidrolitico.

Sensor de O2 com espectro de emissãodiferenciado.

575 600 625 650 675 700 725 750 775 800 8250

250

500

750

1000

1250

1500

1750

2000

Ru bpy

excitation detection

sensing element

Lum

ines

cenc

e In

tens

ity (a

.u)

λ (nm)

100% N2

100% O2

(a)

575 600 625 650 675 700 725 750 775 800 8250

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

QD

excitation detection

sensing element

long pass filter (600 nm)

Ru bpy

Lum

ines

cenc

e In

tens

ity (a

.u.)

λ (nm)

100% N2

100% O2

(b)

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Interrogação de múltiplos sensores

QDnBRu + QDnB

Sensing head

O2 permeable menbrane

Tapered fiber

OXYGEN SENSOR N

TEMPERATURESENSOR N

SENSOR 1 SENSOR 2 SENSOR 3

SENSOR N

Detection and processing

unitOPT

ICA

LSO

UR

CE

OPTICAL FIBER CABLE

0

0.25

0.5

0.75

1

400 500 600 700 800 900λ (nm)

Norma

lized O

ptical P

ower

Rubpy [O2,T]Blue LEDQD550 [T]QD700 [O2,T]

Spectral Distribution of Sensor 1

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CONCLUSÃO• As propriedades ópticas dos QD tornam-os extremamente atractivos para

substituir marcadores orgânicos em aplicações biomédicas.

• Melhoram o desempenho de técnicas existentes e permitem implementar novas técnicas.

• O comportamento espectral dos QD permite implementar sensores detemperatura auto referenciáveis.

• A sua elevada fotoestabilidade torna-os excelentes para usar como referências de intensidade em sensores luminescentes.

• A combinação de QD com corantes orgânicos torna possível a multiplexagem de sensores bioquímicos.

• Um grande potencial ainda por explorar!

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Obrigado!

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Algumas Questões• Quais as principais consequências do confinamento quântico nas

propriedades de luminescência?

• Qual o efeito da temperatura na fluorescência de marcadores moleculares?

• Qual o efeito da temperatura na fluorescência dos QD?

• Quais os problemas associados à medição directa da intensidade de luminescência? Alternativas?

• Que comprimentos de onda são mais adequados para aplicações biológicas? Visível, infravermelho?

• E comprimentos de onda de excitação?