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Interacção com 25 alunos do 7º de escolaridade (Fevereiro de 2007)
Escola Jerónimo Emiliano de Andrade
-Apresentação das previsões para a subida da água do mar, sem localização.
-Inventariação dos possíveis impactos.
-Apresentação dos Impactos actuais da subida do mar em Tuvalu.
Questões e inquietações levantadas
-”Estamos protegidos porque as costas
dos Açores são altas”.
-”A Costa da Caparica está a desaparecer
por isso?”
-”Porque é que nunca nos disseram isso?”
-”O que é que se pode fazer?”
-”Não vamos chegar lá”.
Reacções
-Demonstração de interesse.
-”Uma aula interessante. Sai no teste?”
-Não responderam à questão o que fazer
para tornar menores os impactos na
Terceira.
Classificação do risco
-Pouco importante
Interacção com 55 alunos do 1º Ciclo dos 3 aos 10 anos (Maio de 2009)
Areeiro-Fontinhas
-Efeitos da poluição (gases que provocam aquecimento)
-Consequências do aquecimento da Terra.
-O que acontece se a Terra aquece.
Questões e inquietações levantadas
-”O fumo faz mal ao ambiente”.
-”Os ursos podem morrer?”
-”Já sabia isso”.
-”Já fui pescar com o meu pai”.
-”Meu pai disse-me que o mar já saltou
a piscina dos Biscoitos”.
-”Devia-se proibir andar de carro”
Reacções
-Demonstração de algum interesse.
-Desatenção dos alunos de menor idade.
-Não responderam à questão o que fazer
para tornar menores os impactos na
Terceira.
Classificação do risco
-Não compreenderam a questão.
Interacção com 63 adultos (Continente e ilhas) (Janeiro de 2010)
Hotel Marina Atlântico – Ponta Delgada
-Apresentação das previsões para a subida da água do mar.
-Pior Cenário para o Território Continental Português.
-Inventariação dos possíveis impactos.
-Indícios actuais dessa subida e problemas mundiais observados.
Questões e inquietações levantadas
-”Isso é catastrófico. Qual a probabilidade
disso acontecer?”
-”O que acontece nas ilhas?”
-”Como poderemos educar as pessoas?”.
-”Porque razão os políticos não fazem
nada?”.
-”O que é que cada um de nós pode
fazer?”Reacções
-Demonstração de muito interesse e
preocupação.
Classificação do risco
-Muito preocupante.
-Invisível.
Interacção com 15 adultos (Agosto de 2010)
Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo
-Projecções para a subida do mar.
-Impactos locais da subida do mar.
-Medidas de mitigação. Questões e inquietações levantadas
-”Porque não existe um debate alargado
sobre essas questões?”
-”Porque razão as pessoas participam
Tão pouco nestes debates?”
-”A televisão deveria abordar esses
assuntos”.
-”Os políticos deveriam preocupar-se com
isso”.
-”O que cada um de nós pode fazer para
contribuir para combater isso?”.
Reacções
-Demonstração de muito interesse e
preocupação.
Classificação do risco
-Muito preocupante.
-Invisível.
Títulos da Imprensa escrita sobre a temática, após assistência
às comunicações
-”Vamos ficar debaixo de água” Diário Insular– Centra-se no cenário extremista.
-“Alterações climáticas são monstros que nos atormentam nos sonhos do presente”
Correio dos Açores e Correio Económico - Centra-se nos cenários extremistas.
-” Alterações climáticas em debate em Ponta Delgada” Açoriano Oriental –
Centra-se na temática geral das alterações climáticas e na participação individual.
-”Ilhas estão mais vulneráveis às alterações climáticas globais” – Açoriano Oriental
-Centra-se na opinião do IPCC.
“As ilhas são mais afectadas do que os continentes pelas alterações globais”
Correio dos Açores – Centra-se na opinião do IPCC.
-”O impacto das alterações climáticas para os Açores” Azores Global.
Centra-se nos impactos previstos para a Região.
“Açores vulneráveis - Praia, Cabo da Praia e P. Martins vulneráveis
a alterações climáticas” – A União – Centra-se nas diferentes previsões
para a ilha Terceira e nos locais com maiores impactos previstos.
“Efeito de estufa pode ser responsável por tempo extremo” Diário Insular
-Centra-se nos impactos associados às alterações climáticas.
-”Entre 1990 e 2004: Emissões de CO2 na região aumentaram 59 por cento”.
Correio dos Açores – Centra-se nas emissões de gases com efeito estufa da
Região.
-”Crise ambiental já chegou aos Açores” Diário Insular – Centra-se nos impactos
Que podem derivar das alterações climáticas.
“Debate na Ecoteca do Pico - O contributo pessoal para o clima mundial” A União
Centra-se no contributo de cada um para a mitigação do problema.
Crença nas previsões: Classificação de acordo com a teoria
Cultural como: Igualitário
Estou completamente de acordo com a afirmação de que:
“A subida do nível médio da água do mar é eminente, e deriva de aspectos
intimamente relacionados com o aquecimento global.
É também provável, que o Homem seja responsável pelo incremento gradual,
ou ritmo, a que estes fenómenos se estão a processar”, embora faça
um pequeno ajuste a essa afirmação:
“Não há duvidas nenhumas que o Homem é o principal responsável
por esse incremento do nível da água do mar. O aumento constante da
emissão de gases para atmosfera é causada pelo homem e não
por outro acaso qualquer. “
Engenheiro do Ambiente
As ideias sobre o risco são construídas tendo como base processos da
cognição e dos valores, antes das tomadas de decisão.
“Eu diria que o futuro da arqueologia é subaquático”.
Nada do que o futuro nos possa trazer (à excepção, talvez,
de um holocausto nuclear) será verdadeiramente novo.
Tudo foi já plasmado e repetido, basta haver escala
temporal suficiente. Por exemplo, o mar pliocénico já bateu de encontro
à grande falha marginal do Maciço Calcário Estremenho,
no sopé da Serra dos Candeeiros”.
Arqueólogo
Crença de que o processo é natural: Classificação de acordo com a teoria
Cultural como: Fatalista
E se afinal o aquecimento global for apenas uma daquelas histórias da
nossa infância, com cavaleiros e dragões, em que tudo acabava com a
construção de uma arca gigante (tipo arca de Noé) a fugir de um dilúvio,
em direcção a Marte! O homem... provoca, o Homem vê em tudo uma
“simples” solução para o problema! Roselfeld (designer), acha que
deveríamos pintar tudo de branco, outros querem bactérias nas rações
dos animais para evitar a formação de metano e Lisboa quer carros com
catalisador! Mais cedo ou mais tarde, como alguns já anunciaram, o
Mundo vai estar cheio de árvores artificiais, com filtros altamente
eficientes, que vão capturar todas as emissões maléficas e retê-las em
grandes contentores que serão enviados para planetas “menores”, até
que rebentem!
Engenheiro Agrícola
Crença de que o a ciência tudo resolverá: Classificação de acordo com a teoria
Cultural como: Herárquico
O Homem evolui a transformar o meio. De agora em diante terá de
evoluir a transformar-se por causa do meio. Por muito que me
esforce e para vocês também, é difícil equacionar o futuro sem a
Humanidade. Quando projectamos o futuro caímos no erro de
pensar que os Humanos serão exactamente iguais ao que são
hoje, o que é absolutamente falso. O Homo sapiens sapiens já foi
só Homo sapiens e num futuro próximo deixará de o ser. Não para
ter gelras ou transformar-se num ser anfíbio mas para ser mais
resistente a um meio em constante ou pelos vistos, em acelarada
mudança. A descodificação do genoma humano abriu caminho ao
Homo sapiens sapiens trans (de trangénico ou transformado).
Engenheiro Zootécnico
Crença de que o problema se resolve por si só:
Classificação de acordo com a teoria
Cultural como: Individualista
Razões justificativas para a rejeição do risco
Se o mar
subisse,
como se prevê,
os impactos já
seriam
visíveis
O mar
não sobe,
porque, por
exemplo na ilha
das Flores
está a descer
Se o mar
subir, não
haverá impactos
porque a costa
é alta
Esse é um
problema que
não me afectará
A minha casa
não será
afectadaNão acredito
em nada
disso
Já no passado
se verificou
a subida do
mar
Trata-se
de uma
Influência do
ciclo solar
Um dia o
mundo terá
que acabar
Não posso
fazer nada
contra isso
Razões justificativas de aceitação do risco
Fico muito
preocupado com
isso
O futuro
dos nossos
filhos será
muito
complicado
Quando
era miúdo,
havia...
e agora está
debaixo de
água...
Temos
que fazer
qualquer coisa
Constatação:
A cada estudo, cada investigação, os impactos negativos previstos
são mais intensos. Por exemplo, prevê-se uma subida do mar para
Boston, até 2050 de 1.42 m, quando em 2007 se estimava que seria de 1 metro
até 2100.
Este tipo de imagens produz:
-Incredibilidade,
-Suspeita de exagero.
-Pânico.
Constatação:
Muitas agências internacionais de seguros
utilizam os scenários catastróficos para gerir o risco de investimento
-Produz estupfação,
-Gera incredibilidade,
-Provoca pânico,
-Produz discussões científicas
intermináveis.
Constatação:
A proximidade dos cenários, produz diferentes preocupações, mas estas
continuam prisioneiras das experiências negativas a que os indivíduos
foram sujeitos.
-Produz curiosidade,
-Gera despreocupação
-Não produz entusiasmo na
discussão
-Produz discussões científicas
intermináveis.
Análise
A precisão e a incerteza de um cenário não parecem produzir estimulos
diferentes nem parecem desencadear percepções de risco distintas
-Produz curiosidade,
-Gera despreocupação
-Não produz entusiasmo na
discussão
-Produz discussões científicas
intermináveis.
Não sou governo, sou governado.
Sou mitigador, não mitigado.
Se o meu comportamento for alterado,
Fá-lo-ei antes de ser legislado.
P’ra seca e p’ra chuva não estou preparado,
Dependo dos outros, mesmo estando isolado,
Por isso afirmo, não estar adaptado,
O que me deixa, preocupado.
-Produz empatia,
-Não parece gerar preocupação
-Desencadeia discussões e diferentes interpretações
As crianças referem muitas vezes sentimentos ou falm de sentimentos em relação
ao ambiente:
«Os meus sentimentos em relação ao Ambiente são de amor, carinho e ternura.
Amor aos animais, carinho às árvores e ternura a tudo o resto.»
«O ambiente é a natureza do nosso coração.».
Nos últimos anos a diferença de precipitação entre Primavera e
Outono têm-se esbatido. Tal tem impactos nos ciclos agrícolas.
Em termos de percepção, quase que não se nota diferença entre
Tempo e Clima.