24
APTS notícias Associação Paulista dos Técnicos de Seguro Ano XXVIII - Nº 122 / 2016 RISCOS DIGITAIS Seminário da APTS, com a participação da especialista Patrícia Peck, alertou sobre a necessidade de “fechar a porta” aos riscos digitais contra a ação de ataques cibernéticos NÃO ESTAMOS PREPARADOS PARA OS

NÃO ESTAMOS PREPARADOS PARA OS RISCOS … · revista APTS l edicão 122 3 Informação contra riscos digitais Os riscos digitais estão mais presentes em nosso cotidiano do que imagina-mos

  • Upload
    hacong

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

APTSnot íc ias

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DOS TÉCNICOS DE SEGURO

Associação Paulista dos Técnicos de Seguro

Ano X

XVIII

- Nº 1

22 /

2016 RISCOS DIGITAIS

Seminário da APTS, com a participação da especialista Patrícia Peck, alertou sobre a necessidade de “fechar a

porta” aos riscos digitais contra a ação de ataques cibernéticos

NÃO ESTAMOS PREPARADOS PARA OS

3revista APTS l edicão 122

Informação contra riscos digitais

Os riscos digitais estão mais presentes em nosso cotidiano do que imagina-mos e, pior, não sabemos ainda como nos defender. Este foi um dos alertas do seminário realizado pela APTS com a participação da renomada especia-lista Patrícia Peck, que trouxe ao debate os riscos digitais e a segurança da informação, grandes temas contemporâneos. A questão é que não estamos seguros ao utilizar o celular, responder um simples e-mail ou usar as redes sociais. A qualquer momento nossa privacidade pode ser quebrada e nossos dados replicados.

A solução, segundo Patrícia Peck, é a informação. A melhor forma de se proteger de ataques no mundo digital é o conhecimento. Saber os riscos que corre e como evitá-los cria barreiras. A especialista afi rmou que empresas es-tão investindo em antivírus e fi rewalls, mas se esquecem de aplicar controles de acesso, monitorar o que acontece dentro da empresa e ainda conscientizar os funcionários sobre a importância da segurança.

Mais do que isso, o evento também mostrou que existe campo vasto para a oferta de seguros na área de riscos cibernéticos. Mas, ainda precisamos avan-çar em normas que viabilizem os seguros para essa área.

O Marco Civil da internet foi regulamentado, em maio último, estabelecen-do parâmetros sobre a proteção de dados, tema de abrangência dos seguros de riscos cibernéticos. Contudo, se omitiu sobre o dever de os provedores notifi carem perdas e violação de dados aos consumidores e às autoridades, limitando o alcance da cobertura de responsabilidade civil.

Como se vê, ainda existe muito que discutir sobre os riscos digitais e os meios de proteção. A APTS está atenta a essa questão e, certamente, retornará ao tema em seus eventos.

4. REGISTRO

6. ESPECIAL Convidadas pelo CCS-SP, lideranças do mercado de seguros paulista alertam correto-res sobre a necessidade de se antecipar à crise

7. DESTAQUE • Aplicado com sucesso em outros países, seguro paramétrico chega ao Brasil para cobrir eventos climáticos

• Novo modelo de supervisão da Susep prevê uso da smart regulation

9. ANÁLISE Iudicialização na saúde pode ser reduzida, garan-tem especialistas

16. EM FOCO Inédita simulação do tipo “Side by Side” realizada pela Associação Brasileira de Sprinklers mostra a eficácia dos sprinklers

18. GESTÃO DE RISCOS A implantação da Estrutura de Gestão de Riscos (EGR), estabelecida pela Circular Susep 521/2015, foi analisada em detalhes por especialistas em evento da Editora Roncarati

21. MERCADO

23. GERALAniversariantes

10 . CAPA Além de questões atuais, O “Seminário Riscos Digitais – Segurança da Informação na Área de Seguros”, realizado pela APTS com a participação da especialista Patrícia expôs a falta de cultura digital dos brasileiros e os riscos de perda de dados, quebra de sigilo profi ssional, a invasão de sistemas e muitos outros

APTSnot íc ias

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DOS TÉCNICOS DE SEGURO

Associação Paulista dos Técnicos de Seguro

Ano X

XVIII

- Nº 1

22 /

2016 RISCOS DIGITAIS

Seminário da APTS, com a participação da especialista Patrícia Peck, alertou sobre a necessidade de “fechar a

porta” aos riscos digitais contra a ação de ataques cibernéticos

NÃO ESTAMOS PREPARADOS PARA OS

Osmar BertaciniPresidente da APTS

palavra do presidente

registro

4 revista APTS l edicão 122

11ª edição da Feijoada Ituracam Dia 11 de junho, a Câmara dos Corretores de Seguros do

Estado de São Paulo (Camaracor-SP) realizou a 11ª edição da tradicional Feijoada Ituracam, patrocinada pela Ituran, na Choperia North Beer, com a presença de cerca de 150 pessoas,

entre associados, convidados, imprensa especializada e per-sonalidades do setor. A APTS foi representada na ocasião pelo presidente Osmar Bertacini, secretário Evaldir Barboza de Paula e o diretor Josafá Ferreira Primo.

Programa Momento SeguroNo dia de 4 de junho, foi ao ar a entrevista com o diretor da

APTS, Josafá Ferreira Primo, concedida ao novo programa de TV Momento Seguro, da revista Seguro Total, que estreou na ocasião. O diretor da revista, José Francisco Filho, conduziu a entrevista, abordando temas como seguro de vida, seguro auto-móvel, seguro residencial e seguro nas Olimpíadas. Em parceria com a TV Climatempo, o programa tem o objetivo de dissemi-nar a cultura do seguro no país. Novo espaço da Escola

Osmar Bertacini, 2º secretário do Sincor-SP e presidente da APTS, visitou as novas instalações da Escola Nacional de Seguros, dia 1º junho, na Rua Augusta, nº 1.600. Ele e a dire-toria do Sincor-SP foram recebidos pelo presidente da Escola Robert Bittar e diretores. Desde o dia 28 de março, a Esco-la realiza suas atividades administrativas e as relacionadas a cursos técnicos no novo endereço. Nos nove andares do edifício, que somam 4.500 m2, estão distribuídas 28 salas de aula, que permitem atendimento simultâneo a 1.100 alunos. Com 140 m2, a biblioteca dispõe de mesas para estudo e 12 terminais de consulta. Já o auditório tem capacidade para 160 pessoas e salão anexo para recepção. Outra estrutura aprimorada foi a do laboratório de informática, que agora possui 40 posições.

5revista APTS l edicão 122

Novas instalações da BradescoDia 1º de junho, Osmar Bertacini também conheceu o novo

prédio da Bradesco Seguros, em Alphaville, juntamente com os diretores executivos e regionais do Sincor-SP. No local, ele foi re-cebido pelo presidente da seguradora, Randal Zanetti, pelo su-perintendente executivo Leonardo Pereira de Freitas, além dos diretores Marco Antonio Gonçalves e Isair Lazarotto.

4º Trocando Ideias da UCSOsmar Bertacini marcou presença no 4º Trocando ideias da

União dos Corretores de Seguros (UCS) realizado na noite de 24 de maio, na Charles Pizzaria Grill. Na ocasião, o presidente da UCS, Marcelo Guirao, diretoria e associados receberam os execu-tivos da Suhai Seguradora. Marco Suhai, presidente do Conselho do Grupo Suhai, Fernando Soares, presidente da seguradora, e Robson Tricarico, diretor comercial, apresentaram o seguro alter-nativo de automóvel (para carros e motos).

AIDA discute resolução de conflitosAlém da justiça comum, existem alternativas para a

solução de conflitos, como a mediação, a arbitragem e a adjudicação, que podem reduzir o número de processos judiciais. Esta foi a mensagem do evento “A visão do cor-retor dos métodos para solução de conflitos no mercado segurador”, promovido pela Associação Internacional de Direito de Seguros (AIDA) no dia 31 de maio, na sede do Sincor-SP. O presidente da APTS prestigiou o evento.

De acordo com a presidente da AIDA Brasil, Ana Rita Petraroli, o tema vem ao encontro do momento atual da Justiça brasileira, que tem incentivado a conciliação e a mediação das partes nos mais diversos processos judi-ciais. Segundo ela, o Judiciário brasileiro está abarrotado, com mais de 110 milhões de processos. “Temos de trazer para o nosso dia a dia a cultura da conciliação”, disse.

Programa Amigo do SeguroO presidente da APTS prestigiou a formatura da 14ª turma

do programa Amigo do Seguro, no dia 16 de maio. Carlos Barros de Moura, da corretora de seguros Barros de Moura & Associados, foi o padrinho da turma. O programa, que prepara jovens de escolas públicas para estágio no setor de seguros, é uma iniciativa da Escola Nacional de Seguros e, na capital paulista, conta com a parceria do Instituto Techmail.

Os 26 formandos passaram por um curso de 200 horas/aula, divididas em nove disciplinas: Atendimento ao Cliente, Técnicas de Vendas, Informática Básica, Orientação Profis-sional, Matemática Financeira Básica, Língua Portuguesa, Teoria Geral de Seguros, Rotinas Administrativas e Sistemas de Cotação On-line. A turma também realizou TCCs (Traba-lhos de Conclusão de Curso) sobre seguros de vida, automó-vel, saúde, multirriscos e previdência.

De acordo com Suzana Opatrny, presidente do Instituto Techmail, o programa já formou cerca de 400 jovens. Maria Helena Monteiro, diretora de Ensino Técnico da Escola Na-cional de Seguros lembrou que cabe às empresas dar oportu-nidade de trabalho aos jovens. “É muito importante que os empresários, os corretores de seguros e as seguradoras nos ajudem na colocação desses jovens”, disse.

6 revista APTS l edicão 122

especial

Lideranças do mercado de seguros paulista alertam corretores sobre a necessidade de aproveitar as oportunidades

O conturbado momento político e econô-mico do país motivou o Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) a convidar as principais lideranças do mercado de segu-ros paulista para analisar a situação e discutir saídas para a crise. O encontro aconteceu dia 7 de junho, no Circolo Italiano. “Precisamos definir um rumo, porque o cenário atual está muito complicado”, disse o mentor do CCS--SP, Adevaldo Calegari.

Osmar Bertacini, presidente da Associação Paulista dos Técnicos de Seguro (APTS), falou de sua experiência no enfrentamento a crises em mais de 50 anos de carreira. “Tenho cer-teza de que o setor superará as turbulências”, disse. Ele orientou os corretores a se antecipa-ram ao fi m da crise. “Se soubermos aproveitar as oportunidades atuais, quando a crise termi-nar, estaremos um passo à frente”, disse.

Bertacini defendeu a valorização dos técnicos de seguro. “Apesar de não aparecerem, são estes profi ssionais que subscrevem os riscos, precifi -cam, elaboram produtos e fazem a regulação de sinistros. Por isso, são essenciais para a sobre-vivência e solvência das seguradoras”, disse. Ele encerrou sua participação, convidando os associados do CCS-SP a se associarem à APTS. “Com a participação dos corretores, poderemos resgatar o valor dos técnicos de seguro”, disse.

Para Alexandre Camillo, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP), a insta-bilidade política do país traz refl exos também ao setor de seguros. Tanto é que existem, no momento, questões pen-dentes, como o seguro auto popular, que já foi lançado, mas ainda passará por reformulações; as revisões do DPVAT; o seguro obrigatório de danos causados por embarcações, o DPEM, que ainda não foi solucionado; e a autorregulação. Ele ainda acrescentou à lista de incertezas a eventual troca de comando na Susep no novo governo.

Camillo observa que, mesmo assim, a indústria de se-guros cresceu 7% no primeiro quadrimestre, “um privilé-gio”, a seu ver, considerando que o país retrocedeu 5% no mesmo período. Em sua avaliação, os desafios se renova-rão a cada dia, bem como as novas oportunidades. Na vi-são do dirigente, a corretagem de seguros está passando por um período de transição para a entrada em um novo ciclo. “Precisamos parar de sofrer, encarar o problema e nos adaptar”, disse.

O presidente do Clube Vida em Grupo São Paulo (CVG-SP), Dilmo Bantim Morei-

ra, indicou o segmento de seguros de pessoas como op-ção rentável para os corretores de seguros. Ele destacou que a previdência privada será a alternativa mais viável no futuro para complementar a renda da população no período de aposentadoria, ou, talvez até, a única opção, considerando o estado de insustentabilidade da Previ-dência Social. A agravante, em sua avaliação, é a longe-vidade dos brasileiros.

“As pessoas estão vivendo mais e se aposentarão mais velhas, mas o Estado não terá mais como se autossustentar, pois a taxa de natalidade também está caindo. Portanto, a aposentadoria terá de ser a privada”, disse. Para ele, está na hora de os corretores oferecerem aos seus clientes de segu-ro automóvel ou de empresarial os produtos de seguro de vida, seguro saúde, previdência privada e a capitalização.

No encerramento do encontro, Calegari observou que o país já atravessou crises piores, como na época do go-verno Sarney, quando a inflação atingiu 86,4%, e que o mercado de seguros sobreviveu a todas. “Não existe ins-trumento no mundo que possa substituir uma apólice de seguro no momento em que uma vida é ceifada ou uma indústria pega fogo. Não tenho dúvida, vamos superar esse momento”, disse.

Crise exige mudança de atitude dos corretores

Evaldir Barboza de Paula (CCS-SP), Pedro Barbato Filho (Camaracor-SP), Luiz Ioels (Credicor-SP), Marcelo Guirao (UCS), Alexandre Camillo (Sincor-SP), Adevaldo Calegari (CCS-SP), Dilmo Bantim Moreira (CVG-SP), José Amélio de Souza (CCS-OR) e Osmar Bertacini (APTS) também no destaque ao lado

Foto

s: An

trani

k Pho

tos

7

destaque

Solução trazida ao país pela Swiss Re Corporate Solutions é voltada para eventos climáticos

Aplicados com sucesso em outros países, os seguros paramétricos baseiam-se na ocorrência de eventos para o pagamento de indenização. No caso de eventos climá-ticos, por exemplo, a indenização é paga no momento em que determinado índice ou “gatilho” é alcançado ou excedido. Se as chuvas alcançarem precipitação pluvio-métrica superior a um determinado índice acordado entre segurador e segurado, então a apólice é acionada.

No Brasil, a novidade foi trazida pela Swiss Re Cor-porate Solutions, que já tem experiência com seguros paramétricos nos Estados Unidos, Europa, Austrá-lia, África do Sul, Índia, Colômbia, Uruguai e Chile. “Trata-se de um modelo diferente do tradicional, que é fundamentado na ocorrência de um evento. Na prática, assemelha-se a uma operação de opção � nanceira, mas mais simples e � exível”, explica o diretor de seguros rurais da Swiss Re Corporate Solutions, José Cullen.

Segundo ele, o novo seguro é voltado para setores da economia que têm receitas e custos de operação dire-tamente impactados por variações inesperadas no cli-ma, como é o caso das empresas de geração de energia elétrica com fonte renovável e dos grandes players do agronegócio que são afetados pelo regime de chuva, vento, sol e temperatura. “Este é um produto pioneiro no mercado brasileiro, que pode ajudar as empresas a minimizarem eventuais perdas em seus resultados � -nanceiros diante de eventos climáticos imprevisíveis, como excesso ou ausência de chuva”, a� rma Cullen.

Um dos diferenciais do seguro paramétrico é a de� ni-

Seguro paramétrico chega ao Brasil

revista APTS l edicão 122

ção prévia do valor da importância segurada em acor-do com o cliente. “O pagamento da indenização é mais rápido, em geral ocorre entre duas a seis semanas. O prazo de cobertura também pode ser diferente, pois é de� nido com o cliente”, acrescenta Cullen. Segundo ele, a regulação de sinistros também é rápida. “Anali-samos os registros históricos e também trabalhamos com as tendências das variáveis climáticas”, diz.

A solução da Swiss Re Corporate Solutions estabe-lece a opção para que o cliente contrate o produto de acordo com a variável que melhor se adeque à sua ati-vidade. Precipitação, vazão de rio, temperaturas extre-mas, vento, irradiação solar e índices de El Niño são algumas das opções. É possível também realizar com-binações desses riscos. “No caso da produção de ener-gia eólica, ajudamos o cliente a identi� car seu ponto de equilíbrio e, assim, ofereceremos uma solução que lhe garanta uma renda mínima independentemente de como o vento sopra”, explica Rodrigo Violaro, di-retor de produtos climáticos para o setor de energia.

O seguro paramétrico também é uma solução viável no microsseguro, especialmente para pequenos agri-cultores. A Swiss Re acumula bem-sucedido histórico de seguros paramétricos em microsseguro no Méxi-co, Índia, Malawi e Kenia. A contratação é geralmen-te feita por meio de instituições que representam os produtores, ou a própria comunidade ou o governo. “A solução também pode ser desenvolvida para o mi-crosseguro no Brasil”, garante Cullen.

8 revista APTS l edicão 122

destaque

Novo modelo da Susep prevê o uso inteligente da supervisão

“Não vemos hoje no radar da Susep nenhuma preocu-pação em relação à insolvência das empresas do mercado”, disse o superintendente da Susep, Roberto Westenberger, durante entrevista coletiva à imprensa, organizada pelo Sincor-SP, dia 4 de maio, em São Paulo (SP). Na ocasião, ele analisou o impacto da crise econômica sobre o setor de seguros e garantiu que o órgão regulador está atento para capturar com antecedência qualquer sinal de enfra-quecimento da saúde financeira das seguradoras.

Pessoalmente, o superintendente mantém o otimismo em relação à retomada de crescimento do setor de segu-ros após a crise econômica. A Susep, inclusive, segundo ele, trabalha como se nada estivesse acontecendo. “Temos um plano de ação, que foi desenhado em minha gestão e estamos dando continuidade, enquanto aguardamos a definição politica brasileira”, disse. Por outro lado, re-conhece que a crise econômica e os desdobramentos da operação Lava-Jato causaram enorme impacto no setor de seguros.

NOVO MODELO DE SUPERVISÃOO superintendente anunciou a criação de uma nova

estrutura de regulação na Susep, a partir da publicação do Decreto 8.722/2016, que prevê a adoção do famoso modelo internacional Twin Peaks (inspirado no seriado da televisão norte-americana dos anos 90). O modelo original contempla a divisão da regulação em prudencial (segurança financeira das instituições) e comportamen-tal (atuação do mercado em relação aos consumidores).

Na Susep, segundo Westenberger, a aplicação do mo-delo será realizada na prática pelas novas diretorias de conduta de mercado e de supervisão prudencial. Esta última já existia na Susep, mas, até então de forma apar-tada. “Uma parte da fiscalização foi trazida para dentro da supervisão prudencial. Isso evitará situações como a demora na fiscalização. Até então, a área prudencial de-tectava algum problema nas empresas e solicitava a fisca-lização, que, por estar separada, demorava até meses para atender”, disse.

Essa mesma estrutura, de acordo com o superintenden-te, será aplicada à diretoria de conduta, que não verificará apenas a saúde financeira das empresas, mas também o atendimento do consumidor em relação a produtos. “Ve-rificaremos se o consumidor está sendo atendido naquilo que precisa em termos de produtos e também se existem produtos para atender determinados segmentos”, disse.

Supervisão de excelência

Ele considera que essa atuação da Susep na supervi-são de condutas eliminará falhas do setor, estimulará o desenvolvimento de produtos e protegerá o consumidor contra, por exemplo, a venda casada e de produtos que ele não precisa. Por fim, Westenberger comunicou a cria-ção de área de gestão interna para, assim como exige das empresas de seguros, promover a autoavaliação de seus próprios riscos. “A Susep está se aparelhando para prati-car uma supervisão de excelência”, afirmou.

Ele informou que a ideia é utilizar o capital intelectu-al da Susep para promover uma supervisão mais ampla, com base em dados produzidos, inclusive, por outras or-ganizações de consumidores, como Ministério Público e Serasa. “Faremos uma smart regulation, com o uso inteli-gente da supervisão, que direciona a fiscalização preven-tiva e também a própria atividade punitiva”, disse.

9

análise

Especialistas concordam que a mudança de postura do Judiciário e a conscientização do consumidor são alternativas para reduzir confl itos

De acordo com dados do Ministério da Saúde, desde 2010 houve um aumento de 727% nos gastos da União com ações judiciais para aquisição de medicamentos, equipamentos, insu-mos, realização de cirurgias e depósitos judiciais. Desde então, os custos totalizaram R$ 3,9 bilhões com o cumprimento das sen-tenças. Só neste ano já foram desembolsados R$ 686,4 milhões. Mas a judicialização também atinge as operadoras de planos de saúde, que são obrigadas a cumprir sentenças judiciais, mesmo em casos não previstos no Rol de Procedimentos da ANS.

Para a especialista em Direito Empresarial e da Saúde, Ana Paula Oriola De Raeff ray, sócia do Raeff ray Brugioni Advoga-dos, a crise econômica pode agravar essa situação, na medida em que muitos brasileiros são obrigados a contratar planos de saúde básicos, com coberturas mínimas. “Pessoas inclusive imbuídas da mais patente má-fé, contratam um plano básico e depois acionam o Poder Judiciário para conseguir, e de fato conseguem, cobertura para todo e qualquer tratamento médico não previsto no contrato. Ou seja, compra um Fusca, mas quer receber uma Ferrari”, diz.

Na avaliação do advogado Fernando Henrique Silva da Costa, supervisor Jurídico da Gama Consultores Associados, muitos têm se utilizado da máquina judiciária postulando direitos in-compatíveis com a legislação específi ca, resultando em signifi -cativa elevação de contendas litigiosas. “Estamos assistindo no momento a uma enxurrada de ações judiciais sem a vinculação

Existe saída para a judicialização da saúde?

a efetivos direitos, o que, por sua vez, apresentam-se como me-ras aventuras processuais, por muitas vezes se encontrarem au-sentes de respaldo legal”, diz.

Se de um lado, a operadora de saúde não pode praticar pre-ços abusivos, de outra parte o usuário do plano de saúde não pode receber serviços que não contratou. Ana Paula De Raeff ray observa que o Poder Judiciário vem fomentando cada dia mais esses direitos, sem observar que o plano de saúde é um contrato, cujos limites previstos devem ser observados pelas partes.

Para ela, as operadoras de saúde e os participantes, sempre cha-mados de consumidores, não deveriam estar em partes opostas, mas sim lado a lado para solucionar questões que muitas vezes são fruto da saúde como comércio e não da saúde como bem de vida. “O Poder Judiciário não deveria permitir que o contrato privado de assistência à saúde fosse desrespeitado, pois, assim agindo está ferindo de morte tanto a assistência privada à saúde quanto a pública”, diz.

Fernando Costa pondera que tais demandas judiciais pode-riam ser evitadas com uma política de prevenção. “A judicia-lização pode ser minimizada se os prestadores do serviço de assistência à saúde suplementar adicionarem aos seus valores institucionais a prevenção e resolução do confl ito”, diz. Para mu-dar esse cenário, ele sugere a conscientização dos benefi ciários para que conheçam melhor o seu plano de saúde e sua prestado-ra do serviço de saúde.

“Será que as operadoras e seguradoras podem atuar pre-ventivamente, de modo a mitigar novas ações judiciais,

e buscar solucionar as que estão em andamento?”. Em sua opinião, como política de fomento à saúde suple-mentar, as prestadoras precisam olhar para dentro de

casa e promoverem uma interlocução mais de perto com o benefi ciário. “Esta seria uma forma de

minimizar os riscos jurídicos correspon-dentes a planos tão reclamados nas

vias judiciais”, diz.

revista APTS l edicão 122

10 revista APTS l edicão 122

capa

A grande ameaça dos riscos digitais

Falta de cultura digital coloca em risco a privacidade e a integridade de dados de pessoas e empresas no Brasil

11revista APTS l edicão 122

Inseridos na sociedade digital há pouco mais de 16 anos, os brasileiros ainda não sabem muito bem como enfrentar alguns novos riscos, como a perda de dados confidenciais, a quebra de sigilo profissional, a invasão de sistemas e até o corriqueiro vazamento de nudes. Segundo a especialista em Direito Digital, Patrícia Peck, além do atraso tecnológico, inclusive em matéria de conectividade, falta aos brasileiros a cultura digital. “Precisamos aprender a fechar a porta digital”, alertou ela durante o “Seminário Riscos Digi-tais – Segurança da Informação na Área de Seguros”, realizado pela APTS, sob a coordenação da diretora Maria Amélia Saraiva, no dia 30 de março, no auditó-rio do Sindseg-SP, em São Paulo.

Segundo Patricia Peck, a internet derrubou muros e decretou o fim da privacidade. “Hoje, com toda a mobilidade, a informação é mais fluída, em celulares, tablets, com pessoas trabalhando mobile em casa ou na praia, e estamos mais facilmente suscetíveis a vaza-mento de informações e quebra de sigilo profissional”, disse. Em sua opinião, a transição do papel para o di-gital deveria vir acompanhada de um grande “escudo” de educação. “Deveríamos ter uma politica de segu-rança clara, com normas de uso de recursos de mo-bilidade, politica de classificação da informação nas empresas e contrato de trabalho atualizado com essas cláusulas. Mas não fizemos essas muralhas”, disse.

Mesa de debates: Carlos Manino, Danielle Djouki, Glória Faria e Patricia Godoy Oliveira. Na foto à direita: Maria Amélia Saraiva

capa

12 revista APTS l edicão 122

Um dos principais erros dos brasileiros no mundo digital, de acordo com a especialista, é “dar OK sem ler” os termos de uso de aplicativos. “Em tecnologia não existe almoço grátis. A moeda da sociedade di-gital é a informação”, disse. No caso Whatsapp, por exemplo, ao clicar em OK para o termo de uso, a pes-soa transferirá a propriedade de seus dados (se for o sistema Android com backup no Google Drive), além de estar sujeita às leis brasileiras, ao Direito Interna-cional Privado e ao MLAT. Esta sigla representa o Tra-tado de Assistência Jurídica Mútua investigação em jurisdição internacional e multi ordenamentos, que autoriza o FBI ou o Judiciário brasileiro a ter acesso às conversas no aplicativo.

Empresas de seguros que quiserem armazenar dados de clientes na nuvem podem contratar, por exemplo, o Google Drive? “Não, porque estarão descumprindo a cláusula de confidencialidade contratual”, responde Patrícia Peck. Ela explicou que o simples upload de dados nesse serviço confere ao Google uma licença mundial para usar, hospedar, armazenar, reproduzir, modificar, criar obras derivadas (como aquelas resul-tantes de traduções), comunicar, publicar, executar e exibir publicamente e distribuir tal conteúdo. Tudo isso, após a aceita-ção do termo de uso desse serviço (similar ao do Gmail, Google Pho-tos e Whatsapp). “E a licença per-dura mesmo que se deixe de usá-lo”, acrescentou.

A questão é que no ambiente de trabalho nem sempre está claro para o funcionário quais ferramentas uti-lizar para armazenar dados confi-denciais. “Precisa estar homologada no padrão de segurança que atenda o compliance e a legislação”, orien-tou. Além disso, a regra deve ser transmitida a todos os funcionários. “Quem cala, consente. Não existe silêncio no direito. Todo silêncio é favorável à ação que está sendo co-metida”, afirmou. Segundo ela, exis-te muita jurisprudência a respeito. Um dos casos é o de um funcionário que foi demitido por justa causa por ferir a política de segurança da em-presa ao enviar ao seu e-mail par-ticular documentos confidenciais. “Às vezes, perdem-se profissionais talentosos por causa desse proble-ma”, observou.

Até curtidas no Facebook geram responsabilidade. Patrícia Peck citou o caso de uma demissão por justa causa, validada pela Justiça do Traba-lho, envolvendo um profi ssional que curtiu na rede social um post com comentários ofensivos à empresa em que trabalhava. “As pessoas curtem sem ler. O brasileiro está num alto nível de irresponsabilidade digital”, disse. Ela apontou que outro erro é usar em e-mails corporativos ape-lidos pejorativos para se comunicar com colegas de trabalho. “A lei diz claramente que isso é bullying”, dis-se, citando o artigo 482 da CLT. Não por acaso, também aumentaram os casos de cyberbullying no trabalho, que atinge um a cada três brasileiros. “Se a empresa não fi zer nada, o am-biente de trabalho piora e poderá ser acionada na Justiça para indenizar funcionários”, alertou.

o celular e SeuS riScoSOs riscos digitais também estão

presentes nos lares brasileiros. Em-bora celular não seja brinquedo – e

“O hacker pode ser alguém de dentro da empresa. Basta clicar num e-mail contaminado e o vírus se espalha”

Carlos Manino

“Precisamos aprender a fechar a porta digital”

Patrícia Peck

13revista APTS l edicão 122

muito menos as redes sociais, tanto que a idade míni-ma para ter perfil no Facebook é 13 anos e para usar o Whatsapp é 16 anos -, quase toda criança tem um aparelho. Para Patrícia Peck, o erro começa pela men-tira. Além de péssimo exemplo para as crianças, men-tir a idade é crime de falsa identidade, previsto no artigo 307 do Código Penal. “Se mentiu para estar no Facebook, mentirá no currículo, no Linkedin e tam-bém para o chefe, quando não for trabalhar. Mentir é falta de ética e de caráter”, disse.

Mas a mentira não é o único problema gerado pelo celular na mão de crianças. Os pequenos não têm no-ção que podem estar colocando a se-gurança da família em risco quando comentam com amigos sobre férias, rotina dos pais e até os bens da casa. Patrícia Peck contou o caso de um pai que foi sequestrado porque o fi-lho criou um perfil dele na internet para provar aos colegas que o seu era o pai mais rico. Isso, sem contar as quadrilhas de pedófilos que usam os jogos online para atacar crianças. Por isso, a especialista concluiu que, hoje, os perigos não estão apenas fora de casa. “A internet é a rua digital”.

Outra consequência do uso de ce-lular por crianças são os acidentes, que aumentaram muito nas esco-las, segundo Patrícia Peck. “Os pais dão celular para os filhos e pedem para terem cuidado com o aparelho, mas não lembram que eles podem cair da escada, no bueiro etc.”, disse.

Também surgiram novas doenças, como a “pescoço de texto”, causada pela sobrecarga na nuca, e a “tec-noestresse”, gerada pelo vício tecnológico. Para ela, os riscos desse novo comportamento podem trazer oportunidades para a oferta de seguros residencial, de acidentes pessoais, saúde e de vida.

Apesar de quatro gerações conviverem no uso de tecnologia no Brasil, são as mais novas, a Y e a Z, que menos se preocupam com o sigilo e o cumprimento de regras. “São a geração da liberdade de expressão: contam tudo para todo mundo”, resumiu a especialis-ta. Também é alta a probabilidade para estas gerações

de colocarem nudes no Instagram, o que seria um problema se esse com-portamento não fosse repetido no ambiente de trabalho. Um exemplo é o do jovem que envia aos amigos por algum aplicativo a foto de um projeto confidencial apenas para co-memorar a aprovação. Patrícia Peck sugere que as empresas coloquem placas de aviso nas salas de reunião informando que é proibido fotogra-far, filmar e gravar.

SeguroNo cuidado com a segurança da

informação estão em jogo, princi-palmente, os dados e a imagem da empresa. Durante o debate com a participação de especialistas, a co-ordenadora do evento Maria Amélia Saraiva citou um estudo da consul-toria americana EY, segundo o qual

Danielle Djouki, superintendente Jurídica de Compliance e Sinistros da Fairfax Brasil Seguros Corporativos

Plateia lotada para assistir ao evento Osmar Bertacini, presidente da APTS

capa

14 revista APTS l edicão 122

63% das empresas brasileiras não possuem programas antiameaças e investem muito pouco em prote-ção. Segundo Patrícia Peck, entre as empresas de países desenvolvidos o cyber security costuma vir em des-taque no annual report para eviden-ciar a preocupação com a proteção de ativos intangíveis, como reputa-ção, patrimônio e informações. “Te-mos de refletir qual o nosso inves-timento atual nisso. Temos de fazer muito mais do que assistir a uma palestra por ano”, disse.

Carlos Manino, sócio-diretor da TOTVS JuriTis, lembrou que mais 70% dos ataques cibernéticos ocor-rem de dentro para fora e não de fora para dentro. “Pensamos no hacker como alguém muito capaci-tado para fazer uma ação. Mas, na verdade, pode ser alguém de den-tro da empresa. Basta clicar num e--mail contaminado e o vírus se es-palha”, afirmou. Ele sugeriu que as empresas mantenham uma área de segurança. Danielle Djouki, supe-rintendente Jurídica de Compliance e Sinistros da Fairfax Brasil Seguros Corporativos, relatou um caso que vivenciou quando ainda trabalha-va na área bancária. Segundo ela, o banco foi condenado na esfera cí-vel porque foi descoberto que fora enviado de um computador da em-presa as ofensas recebidas por uma estudante de direito.

Para Patrícia Godoy Oliveira, dire-tora Jurídica e Compliance da AON Corretora de Seguros, a politica de segurança nas empresas deve ser se-guida por todos, inclusive o alto es-calão. “Não adianta proibir o acesso ao Facebook no ambiente corporati-vo se quem está acima acessa”, disse. Patrícia Peck orientou que o log de acesso à rede serve como prova de autoria. Porém, em alguns servido-res o log subscreve ou não há tabela de temporalidade. “Com o Marco Civil da Internet, a guarda mínima é de seis meses”, observou.

Glória Faria, assessora Jurídica da CNseg, mencionou que o mercado de seguros convive com realidades diversas. Um exemplo é a microfil-magem de documentos que devem ser guardados por 20 anos, confor-me determinação da Susep. “Essa realidade é esquizofrênica, porque além de ser uma tecnologia bastante ultrapassada, é caríssima e hoje em dia esta na mão de um só fornece-dor”, disse. Segundo ela, a CNseg e suas federação estão fazendo um movimento para que a guarda de documentos deixe de ser feita por microfilmagem.

A “versão física” da apólice, que deve ser entregue ao segurado, caso este solicite, conforme determina a Circular Susep 294/2013, não ne-cessariamente precisa ser impressa. No entendimento de Patrícia Peck, o papel é apenas uma das formas físicas. “Digital é físico, vem da fí-sica. Tudo que tem átomos é físico. Logo, se está na tela do computador é físico e se estiver disponível para download ou geração de PDF tam-bém”, disse. Segundo ela, as dúvidas surgem porque “lemos algo que tra-ta de uma inovação com o filtro da tradição no cérebro”, disse.

Patrícia Peck terminou sua parti-cipação dizendo que ainda é preciso construir uma cultura de proteção contra riscos cibernéticos e que esta será uma boa oportunidade para o seguro. “É um mercado promissor porque o risco para as empresas é alto e o seguro funciona como um gerenciamento. Porém, será preciso trabalhar para criar a cultura, para que se compreenda o risco”, disse. No encerramento do evento, o pre-sidente da APTS, Osmar Bertacini, elogiou o conteúdo apresentado e convocou o mercado a se empenhar para aumentar a oferta de seguros para riscos cibernéticos. “É o mo-mento de as seguradoras desperta-rem para esse mercado, porque exis-te demanda”, disse.

“Não adianta proibir o acesso ao Facebook no ambiente corporativo se quem está acima acessa”

Patrícia Godoy Oliveira

““É uma realidade esquizofrênica: a microfi lmagem de documentos é uma tecnologia ultrapassada e cara”

Glória Faria

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

EA_Anuncio_Institucional2016_APTS(210x280mm)_ArteFinal.pdf 1 5/20/16 2:45 PM

em foco

16 revista APTS l edicão 122

Queima de ambiente com e sem chuveiros automáticos foi realizada durante a primeira simulação de incêndios do tipo “Side by Side” na América do Sul

A efetividade dos chuveiros automáticos (sprinklers) na contenção de incêndios e preservação da vida e do patrimônio foi comprovada pela Associação Brasileira de Sprinklers (ABSpk) na primeira simulação de incêndios do tipo “Side by Side” na América do Sul. O teste foi rea-lizado no dia 13 de abril, na cidade de Paulínia, na região de Campinas, interior de São Paulo.

Em tempo real, o “Side by Side Burn – ABSpk” demons-trou os danos que podem ser causados pelo fogo. “Esta iniciativa foi cuidadosamente planejada e testada, se-guindo padrões internacionais, por um ano. Realizamos uma demonstração com alta segurança e teor educati-vo para conquistar mais agentes atuantes pela causa da prevenção de incêndios em todo o Brasil, em especial, a sociedade”, declarou o diretor presidente da ABSpk, João Carlos Wollentarski Júnior.

Um aspecto abordado em destaque pela entidade foi o combate aos sprinklers “piratas” e não certificados que estão invadindo o mercado brasileiro e que possuem um alto risco de interferir negativamente no funcionamento do sistema de incêndio. “Até 2008, não tínhamos impor-tação de bicos sem certificação. Hoje, somente 30% dos

Teste demonstra efi cácia de sprinklers

produtos importados são certificados. Precisamos garan-tir a certificação de produto e tornar também compulsó-rio”, alertou Wollentarski.

Para o comandante do Corpo de Bombeiros da Polí-cia Militar do Interior do Estado de São Paulo, Cel. Max Mena, a iniciativa da ABSpk ratifica o que pesquisas já constataram. “Esta demonstração valida a efetividade dos sistemas automáticos e mostra que os sprinklers têm autonomia e são eficientes no combate a incêndios. O Corpo de Bombeiros, como órgão regulador, tem a obri-gatoriedade de desenvolver estudos, elaborar e rever nor-mas de proteção continuamente. O desafio para maior implementação dos sprinklers no Brasil é encontrar o equilíbrio entre o risco e o investimento necessário para sua cobertura”, declara.

A engenheira Renata Fajgenbaum, da certifi cadora FM Approvals, considera relevante o Side by Side da ABSpk para conscientizar o público. “Essa iniciativa é bem-vinda porque esclarece as pessoas não só quanto à importância de se utilizar produtos e equipamentos de proteção contra incêndio, mas também da necessidade de que eles sejam de qualidade para que funcionem adequadamente”, resumiu.

17revista APTS l edicão 122

Queima

A sala ‘Sem proteção por Sprinkler’ foi incendiada e atingiu o flashover (combustão súbita total) em 1 minuto e 30 segun-dos, deixando o espaço tomado pela fumaça tóxica e sem con-dições de sobrevivência. Em apenas 3 minutos, a sala estava totalmente danificada, com perda de todo o patrimônio.

Na sala ‘Com proteção por Sprinkler’, um único chuveiro automáti-co foi acionado em 26 segundos, dando início ao combate do foco de fogo com água e contendo o incêndio na sala em 1 minuto. Não houve perda significativa do patrimônio. Apenas a cortina, o tape-te e o sofá foram parcialmente danificados pelas chamas.

o enSaioefetividade doS SprinklerS

O ensaio seguiu a metodologia empregada pela entida-de não governamental norte-americana The Home Fire Sprinkler Coalition (HFSC). Os dois ambientes repre-sentavam uma sala de estar e trabalho em um espaço de 6,25m², ocupado com sofá de três lugares, tapete, cortina, quadro, relógio de parede, mesa com porta--retratos, cadeira e mesa de trabalho, pastas de docu-mentos, CPU, monitor, mouse e teclado. Diante das duas ‘salas’ foi adicionada uma placa de acríli-co para que se pudesse visualizar a formação da onda de fumaça característica do ambiente fechado em combus-tão. O estímulo para dar início ao incêndio, em ambos, foi um papel no interior de um cesto de lixo, posicionado no canto da sala. Primeiro, foi realizada a demonstração da queima no ambiente ‘Sem proteção por Sprinkler’ e, posteriormente, no espaço ‘Com proteção por Sprinkler’.

O funcionamento automático do sistema de sprinklers equivale a ter um “bombeiro de plantão”, disponível 24 horas no local protegido. Estudos realizados pela National Fire Protection Associa-tion (NFPA) comprovam que incêndios em edificações com sprinklers têm danos materiais entre seis e 10 vezes menores do que em incêndios em edificações sem sprinklers.Os chuveiros automáticos atuam diretamente no foco dos incêndios e são acionados pela ação da temperatura, que estoura o bulbo e libera a saída de água para combater o fogo. Ao contrário do que é propagado pelas produções cinematográficas, só os sprinklers próximos ao foco de incêndio são acionados, não se inunda todo o ambiente. O sistema de chuveiros automáticos permite que se utilize menos água. Enquanto nove sprinklers em funcionamento consomem 680 litros de água por minuto, duas manguei-ras de 65mm ligadas utilizam 1.500 litros por minuto.

18 revista APTS l edicão 122

gestão de riscos

Especialistas explicam a implantação prática da Estrutura de Gestão de Riscos em seguradoras

Embora as empresas de seguros tenham prazo até dezembro de 2017 para implantar completamente a Estrutura de Gestão de Riscos (EGR), o tempo é curto para decifrar a abrangência, con-teúdo e responsabilidades indicadas na Circular Susep 521/2015. Até porque, a norma traz outras exigências antes do prazo fi nal. Em 30 de junho deste ano termina o prazo para entregar à Susep o pedido de dispensa total ou parcial da EGR e em 31 de dezembro para nomear o gestor de riscos.

“Não existe mágica. A norma é complexa, requer muito estudo e precisamos nos preparar desde já”, disse Assizio de Oliveira, pre-sidente da Comissão de Controles Internos da CNseg, durante sua participação no workshop “Estrutura de Gestão de Riscos – Prati-cando a Circular Susep 521/2015”, promovido pela Editora Ronca-rati no dia 27 de abril, no auditório da KPMG, empresa apoiadora do evento. Rafael Kozma, gestor da área de riscos do Grupo Porto Seguro, reconhece as difi culdades de implantação da EGR. “Trata--se de um projeto multidisciplinar, que envolve fi nanças, contabili-

A complexa Circular Susep 521/15 na prática

dade, atuarial, controles internos, TI, produtos e outros”, disse. Para Kozma, que iniciou o trabalho de gestão de riscos desde 2012

no Grupo Porto Seguro, composto por 27 empresas, o maior desafi o é tornar esse processo tangível dentro da organização, de forma cla-ra e detalhada. “Não subestimem o esforço, falar de apetite ao risco com a alta administração não é simples, reajustar as rotinas das áreas também não. Por isso, é melhor iniciar o processo o quanto antes para que haja, inclusive, uma adaptação cultural”, disse.

Montar uma política de gestão de riscos não é o mais difícil, na opinião de Phelipe Linhares, sócio da KPMG na área de Financial Risk Management. “Difícil mesmo é colocar isso em pé e, o mais importante, assegurar que outras áreas participem”. Daí porque, ele entende que a solução é obter o “patrocínio” ou compromisso de alguém da alta administração, com poder de decisão.

Segundo Assizio, as razões da Circular 521/2015 estão nos prin-cípios da Associação Internacional dos Supervisores de Seguros (IAIS), da qual a Susep é signatária, e da Autoridade Europeia de

Assizio de Oliveira, presidente da Comissão de Controles Internos da CNseg, Phelipe Linhares, sócio da KPMG, e Rafael Kozma, gestor da área de riscos do Grupo Porto Seguro

19revista APTS l edicão 122

Seguros e Previdência (EIOPA). Tanto que, no momento, está em curso o processo de equivalência do modelo regulatório do setor de seguros brasileiro com o modelo da União Europeia, o Solvên-cia II. Porém, ele lembrou que o tema não é novo para o merca-do de seguros brasileiro. “Desde 2004, o regulamento brasileiro já menciona a gestão de riscos como um dos componentes do siste-ma de controles internos”, afirmou.

De acordo com a norma, a EGR deve ser proporcional à expo-sição a riscos da companhia e compatível com a natureza, escala e complexidade de suas operações. A EGR também deve estar alinhada com o sistema de controles internos, independentemente de como estejam organizadas suas funções (gestão de riscos, auditoria interna e função atuarial). Assizio comentou que podem re-querer a dispensa da EGR as companhias que operem exclusivamente o DPVAT ou apenas produtos em run-off.

apetite a riScoSEm relação a riscos, a norma da Susep

traz alguns conceitos, como o das cate-gorias, que abrangem, obrigatoriamente, as de subscrição, de mercado, de crédito e operacionais. São opcionais outras catego-rias, como as de risco estratégico, risco de reputação, de liquidez, risco país etc. Mas, para Linhares, colocar o risco estratégico como opcional foi um erro do regulador. “Do ponto de vista de uma boa governança, administrar esses riscos informalmente não

é uma boa prática, porque o administrador nem sempre está junto com o acionista”, disse.

No conceito Perfil, o dever da companhia é descrever os riscos a que está exposta. Já o Nível de risco, deve ser medido pela combi-nação da probabilidade de ocorrer com o impacto que pode cau-sar. O conceito de Tratamento diz respeito à resposta ao risco, que pode ser: aceitar, mitigar, evitar ou compartilhar.

O mais desafiador, entretanto, é o conceito de Apetite a riscos, que requer da empresa a descrição dos riscos que decide assumir

para alcançar seus objetivos estratégicos. “Talvez, esta seja a parte mais complexa porque não depende de nós, que traba-lhamos na EGR, mas de decisões da alta administração”, disse Assizio. Para Kozma, trata-se da “alma” da 521, porque depen-de de um plano de negócios e de como a função de risco atua no sentido de atingir os objetivos.

Assizio citou alguns exemplos de apetite a riscos, explicando que está sempre vin-culada aos objetivos estratégicos da em-presa. “Se o objetivo for aumentar a ren-tabilidade, por exemplo, então a empresa poderá decidir conquistar mais corretores, abrir mais sucursais, desenvolver mais produtos e assim por diante”, disse. O pas-so seguinte, segundo ele, é identificar os riscos de cada operação, avaliá-los quanto à probabilidade e impacto, escolher os que se deseja correr e definir as respostas mais convenientes aos escolhidos.

Assizio de Oliveira, presidente da Comissão de Controles Internos da CNseg

Phelipe Linhares, , sócio da KPMG

gestão de riscos

Nesse processo, é necessário mensurar o quanto a companhia admite perder caso al-gum daqueles riscos aceitos resulte em uma perda. Assim, ele destaca que “se a empre-sa pretende abrir sucursais, é preciso saber que, na esteira dessa ação estratégica para aumentar a rentabilidade, há riscos, como, por exemplo, de não se conseguir o terreno, de não se obter a licença para construir, ou, até mesmo, de que o local não seja apro-priado para o negócio”.

Dentro do apetite de riscos, Assizio expli-cou que é preciso ter uma descrição quali-tativa (referente aos riscos que a companhia espera assumir ou evitar para atingir seus objetivos estratégicos) e quantitativa (que é a mensuração do valor da perda que a companhia considera aceitável frente aos riscos assumidos e a sua capacidade fi nanceira). Sobre a questão, Linhares acrescentou que a visão qualitativa é mais subjetiva, porém, mais demorada, pois requer o mapeamento dos riscos.

Já a visão quantitativa, embora menos trabalhosa, possui maior complexidade. Ele citou a tradicional medida para o ris-co de mercado, o VAR (valor de risco), que, em geral, poucos

sabem interpretar e aplicar. O problema, segundo ele, ocorre em momentos de es-tresse. “Numa situação de estresse, posso concluir, simplesmente, que não aceitaria aquele risco ou aquela perda. Mas, se não me antecipei àquilo, na hora em que che-gar a desgraça, terei de colocar cabeças a prêmio. E é isso que, geralmente, aconte-ce. Por isso, as medidas quantitativas são importantes”, afi rmou. 

geStor de riScoSEm relação à nomeação do gestor de ris-

cos, uma das exigências da Circular 521, As-sizio expôs algumas alternativas. Segundo ele, pode-se nomear um único gestor para duas ou mais empresas supervisionadas que

pertençam ao mesmo grupo. Caso a nomeação do gestor próprio traga impacto fi nanceiro relevante, a empresa poderá terceirizá-lo, opção indicada para empresas com sistemas de baixa complexida-de e coberturas pouco diversifi cadas. Para resseguradoras estran-geiras, existe, ainda, a alternativa de centralizar a função do gestor em suas matrizes. “Mas, a terceirização ou a centralização não re-tira a responsabilidade dos administradores da companhia”, frisou.

Rafael Kozma, gestor da área de riscos do Grupo Porto Seguro

21revista APTS l edicão 122

mercadomercado

Estudo realizado pela Ipsos, consultoria de inteligência de mercado, a pedido da Europ Assistance, detectou que 64% dos brasileiros pretendem via-jar nos próximos meses. O le-vantamento, que é tradicio-nalmente realizado na Europa, trouxe pela primeira vez o per-fil dos turistas brasileiros, suas intenções de destinos e média de gastos para as viagens nos próximos meses.

Entre março e maio de 2016, 750 pessoas foram entrevista-das no país e apesar da retração econômica e do câmbio desvalo-rizado, a pesquisa revelou que o percentual de brasileiros que pretende viajar é maior que os entrevistados no mesmo levantamento feito na Europa (54%) e nos Estados Unidos (61%).

Segundo a Ipsos, o destino preferido dos brasileiros é os Estados Unidos, mas 47% dos entrevistados de-vem fazer viagens por destinos dentro do Brasil nas

Brasileiros têm intenção de viajar

Yasuda Marítima anuncia nova contratação A Yasuda Marítima,  empresa do Grupo Sompo

Holdings, anuncia a contratação de Eduardo Fazio de Arecippo Lima como seu novo diretor comercial responsável pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo e re-giões Norte e Nordeste. O executivo atua há mais de 20 anos no mercado segurador e chega para contri-buir com a estratégia da companhia de expandir atu-ação, aumentar o share de mercado e dar suporte às oportunidades de negócios por conta da ampliação do portfófi o de produtos da Yasuda Marítima.

A chegada de Fazio é mais um passo da série de contratações de executivos que a Yasuda Marítima anuncia desde janeiro como parte da estratégia de crescimento da companhia, quando três profi ssio-nais com amplo reconhecimento do mercado passa-ram a integrar a equipe de executivos. Em janeiro, Valter Hime iniciou como novo diretor da Yasuda Marítima Saúde. Em abril, João Melo e Silva foi con-tratado como superintendente comercial responsável

pelo desenvolvimento estratégico e relacionamento comercial na região da Grande São Paulo, bem como suporte às assessorias de seguros parceiras. Em âm-bito regional, Th iago Rodrigues foi contratado em fevereiro para assumir a gerência da fi lial Brasília.

próximas férias. Ao considerar o destino de viagem, os brasileiros se mostraram os mais preocupados com a presença do Zika vírus entre os oitos países analisados - 54% consideram o risco de infecção pela doença um elemento “essencial” para avaliar o desti-no da viagem.

mercado

22 revista APTS l edicão 122

Delphos completa 49

SulAmérica conquista troféus no Prêmio Abemd

A Delphos completou 49 anos no dia 10 de maio. Para comemorar a data foi celebrada a tradicional missa de Ação de Graças na Paróquia São Francisco de Assis. No mesmo dia, houve um al-moço comemorativo com os parceiros internos que completam entre dez e 40 anos de casa, que receberam homenagem pela sua dedicação.

A empresa não abre mão de manter a qualidade dos serviços prestados e no atendimento diferenciado aos seus clientes, o que é reconhecido continuamen-te pelas seguradoras. “Mais de trinta seguradoras são hoje clientes da Delphos, sendo que oito delas estão entre as dez maiores do mercado”, orgulha-se a dire-tora comercial e de marketing Elisabete Prado.

TRAJETÓRIAA Delphos foi fundada em 1967 por dois atuários,

Jayme da Silva Menezes e José Américo Peón de Sá, e um corretor de seguros, Fernando Newlands, todos oriundos da Ajax Corretora de Seguros.

Empresa pioneira na prestação de serviços espe-cífi cos e especializados para o mercado segurador

brasileiro, uma vez que até a sua criação, todos os trabalhos internos e externos eram realizados pelas próprias seguradoras, ou por suas congêneres.

Ao longo de sua trajetória, construiu excelente re-lacionamento com todo o mercado, adquirindo uma experiência que a capacitou a prestar serviços em qualquer atividade relacionada a seguros. Seu pro-pósito é e sempre foi o de oferecer soluções que vão desde as mais variadas pesquisas iniciais e avaliação preliminar dos riscos, até a completa gestão de car-teiras, passando pela criação de produtos, regulação de sinistros, desenvolvimento tecnológico, assistên-cia 24 horas e quaisquer outras funcionalidades que permitam às seguradoras terceirizarem algumas ou todas as suas atividades operacionais e possam con-centrar-se na comercialização de seus produtos, na aceitação e na gestão fi nanceira dos seus riscos.

A SulAmérica foi vencedora em duas categorias na edição 2016 do Prêmio Abemd, oferecido pela Associação Brasileira das Empresas de Marketing Direto. Com os cases “SulAmérica Relatório Anu-al Online - Otimizando Resultados” e “Garantia de Aluguel SulAmérica - A Chave Para Bons Ne-gócios”, a companhia recebeu, respectivamente, troféus de prata na categoria Otimização de Navegação e de bronze na categoria Campa-nha, ambos na especialidade Digital/Mobile.

“É com muita satisfação que recebemos estes prêmios, resultados de uma cultura de inovação que permeia todos os níveis da companhia e que nos permite oferecer soluções relevantes para as necessidades dos diversos públicos que se relacionam conosco”, afi rma o diretor de Marketing Corporativo da SulAmérica, Zeca Vieira.

Fundadores Jayme da Silva Menezes e José Américo Peón de Sá. Atual presidente Eduardo Menezes

23revista APTS l edicão 122

geral

FELIZ ANIVERSÁRIO!A APTS deseja a todos um

JulhoBruno Piagentini 02/07

Nobuko Ishikawa 04/07

Osmar Bertacini 16/07

Paulo Miguel Marraccini 16/07

Helio Opípari 17/07

Sérgio Ruy Barroso de Mello 18/07

AgostoMario Ziviani Neto 02/08

Luciano dos Santos Feitoza 06/08

Fernando Robson Zamboim 09/08

Victor Adolfo Duarte 09/08

Edmur de Almeida 13/08

Alexandre Lopes Borges 14/08

Dirceu Morandini 16/08

Antonio Penteado Mendonça 20/08

Alexandre Del Fiori 28/08

Acácio Rosa Queiróz Filho 29/08

Plinio Gilberto Spina Junior 30/08

ESPAÇO PUBLICITÁRIO

Estas empresas colaboraram com aedição da revista APTS Notícias

PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM! DIVULGUE A LOGOMARCA DE SUA EMPRESA PARA TODO O MERCADO DE SEGUROS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DOS TÉCNICOS DE SEGURO

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente: Osmar BertaciniSecretário: Evaldir Barboza de PaulaTesoureiro: Hélio Opípari Junior

Conselho AdministrativoEfetivos: Paulo de Tarso Meinberg, Pedro Barbato Filho e Luiz Gustavo Miranda de Souza Suplentes: José Cesar Caiafa Junior, Josafá Ferreira Primo e Maria Amélia Saraiva

Órgão ofi cial da ASSOCIAÇÃO PAU-LISTA DOS TÉCNICOS DE SEGURORedação e Publicidade: Largo do Pais-sandu, 72 - 17º andar - Conj. 1704 - São Paulo - SP - CEP 01034-901 - Fones: (11) 3229 6503 - 3227 4217 - Fone/Fax: (11) 3313 0773. www.apts.org.br – e-mail: [email protected]

Edição e Assessoria de Comunicação: Prisma Comunicação Integrada Jornalista Responsável: Márcia Alves (Mtb 20.338) [email protected] Secretária: Lucilaine Siqueira Mendes Design gráfi co: Anilton Rodrigues Marques

APTSnot íc ias

EMPRESAS PATROCINADORAS DOS EVENTOS DA APTS

PATROCINADORES

APOIO

PALESTRA DO MEIO-DIAPATROCINADORES

APOIO

PALESTRA DO MEIO-DIAPATROCINADORES

APOIO

PALESTRA DO MEIO-DIAPATROCINADORES

APOIO

PALESTRA DO MEIO-DIAPATROCINADORES

APOIO

Proc

esso

Sus

ep: 1

5414

.001

197/

2004

-41.

O re

gist

ro d

este

pla

no n

a Su

sep

não

impl

ica, p

or p

arte

da

auta

rqui

a, in

cent

ivo o

u re

com

enda

ção

à su

a co

mer

cializ

ação

.

Entre depois de bater.

HDI Bate-pronto. O centro de atendimento que libera em minutos o conserto do veículo.Com a HDI, o segurado economiza até tempo.

É de bate-pronto.

www.hdi.com.br

Consulte seu corretor.