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neuza-teixeira
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poema
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Não me ouve já. Partiu!»
E o ardor que a sustivera
De todo se extinguiu.
No campo já se escuta
Das alas o marchar.
Que agigantada luta
Além se vai travar?
Dá-se o sinal! Furiosas
Partem as legiões;
Encontram-se raivosas
Bramem como os leões.
Ai, que tinir de espadas!
Que estrépito fatal!
Que vozes angustiadas
Se escutam no arraial!
O sangue rutilante
Inunda e tinge o chão;
Aos ais do agonizante
Responde a imprecação.
Em pé, os combatentes,
Perdidos os corcéis,
Cingem-se quais serpentes
Em pérfidos anéis.
A luta é braço a braço,
A golpes de punhais;
Se caem de cansaço,
Não se levantam mais.
A luta é peito a peito,
Terrível e cruel!
Às cãs não há respeito,
À dor não há quartel!
Findou! Tranquilo é tudo...
Já tudo emudeceu.
O campo é triste e mudo;
É triste e escuro o céu!
A custa de mil vidas
Salvou-se a Pátria enfim!
Mas porque são sentidas
As vozes do clarim?
As hostes vitoriosas
Porque tão tristes vêm?