Click here to load reader
Upload
lenhi
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
CLUBE CIVICRIA
Peça de Teatro de Sombras (humanas e articuladas)
Objectivo: Aprender a reconhecer o valor dos outros, independentemente dos seus defeitos
Música de fundo “natura”
Manter o som baixo cada vez que são introduzidas falas.
Narrador:
Era uma vez um trabalhador indiano que carregava todos os dias, aos ombros, dois enormes baldes que colocava nos extremos de um pau.
Aumentar o volume da música
1º Acto: [Entra em cena o carregador de água exibindo os dois baldes nos extremos de um pau.
2º Acto: [A seguir finge que está a encher os baldes no rio (sombra) que está fixa numa das extremidades do lençol. De seguida coloca novamente os baldes em cada uma das extremidades do pau e dirige-se para a outra extremidade onde está fixa a sombra de uma casa].
Narrador:
Um dos baldes tinha um defeito, enquanto que o outro era perfeito e conservava toda a água até ao final do longo percurso, que ele tinha que percorrer a pé, desde o rio até à casa do seu patrão.
3ºActo: [Enquanto o narrador fala o carregador deágua sai da casa e vai novamente encher os baldes ao rio].
Aumentar o volume da música –
3º Acto [no caminho de regresso a casa, o carregador de água vai deixando cair, durante o trajecto algumas bolinhas de esferovite simulando a água a verter do lado do balde defeituoso].
2
Narrador:
Mas quando lá chegava, o balde defeituoso só tinha metade da água.
Durante dois anos completos isto foi assim diariamente. O balde perfeito estava muito orgulhoso do seu sucesso, pois achava-se perfeito para os fins que fora criado.
Todavia, o pobre balde defeituoso estava muito envergonhado da sua própria imperfeição e sentia-se miserável porque só podia fazer metade do que era suposto ser a sua obrigação.
4º Acto: [Sai de novo da casa e entretanto, durante o trajecto o carregador de água vai deixando cair sementes de flores de um dos lados das margens].
5º Acto: [outro aluno vai fazendo aparecer uma plataforma com flores a crescer e entretanto, o carregador de água, aproveita para colher algumas destas flores, que a seguir vai colocar numa coroa de esferovite junto da sepultura da sua mãe].
Narrador:
Passados dois anos o balde defeituoso disse para o seu carregador:
Balde defeituoso:
_ "Estou muito envergonhado e quero pedir-lhe desculpa pelos danos que lhe tenho causado, pois devido ao meu defeito só pode entregar metade da minha carga e por isso só recebe metade do valor que deveria receber”.
O carregador de água angustiado, disse-lhe humanamente:
Carregador de agua:
_ Quando regressarmos a casa quero que repares nas belíssimas flores que crescem ao longo do caminho.
Narrador:
Assim o fez o balde defeituoso. E, realmente, viu inúmeras flores lindíssimas ao longo do seu trajecto. Contudo, sentiu-se ainda triste porque, efectivamente, só conseguia transportar metade da água.
O carregador de água disse-lhe então:
Carregador de agua:
3
_ Apercebeste-te que as flores só cresceram do teu lado do caminho? Sempre soube do teu defeito e quis aproveitar o lado positivo dele. Semeei sementes de flores ao longo do caminho que percorrias e todos os dias as foste regando, e durante dois anos tive a oportunidade de colher destas flores e decorar a campa da minha mãe. Se não fosses exactamente como és, com o teu defeito, não tinha sido possível criar esta beleza”.
Narrador:
Cada um de nós tem os seus próprios defeitos. Ninguém é perfeito, todos somos “baldes” com defeitos. Contudo, devemos saber reconhecer o valor dos outros, independentemente dos seus defeitos.
Peça de teatro adaptada pela Professora Isabel Manso