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Narrativas Agrarias e a Morte Do Campesinato - Mauro Almeida

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Page 1: Narrativas Agrarias e a Morte Do Campesinato - Mauro Almeida

Universidade

Federal de

Pelotas

Instituto de

Ciências

Humanas

Bacharelado em

Antropologia

Narrativas agrárias e a morte do campesinato

Mauro Almeida

Antropologia Rural – 2011/1

Profª Renata Menasche

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Universidade

Federal de

Pelotas

Instituto de

Ciências

Humanas

Bacharelado em

Antropologia

Professora: Renata Menasche

Disciplina: Antropologia Rural

O que morreu?

* o campesinato como objeto? ou

* uma teoria unificadora para explicar

os processos sociais no campo?

Os novos temas e métodos são tão

novos como parecem?

Narrativas agrárias e a morte do

campesinato

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Bacharelado em

Antropologia

Professora: Renata Menasche

Disciplina: Antropologia Rural

•Primeira metade do século XX

•Tradição européia: resultante da combina-

ção da história medieval e da etnografia rural

•Noção de cultura/civilizações agrária /

camponesa / rural

Alguns autores:

•March Bloch

•BR: Antonio Candido, Maria Isaura Pereira

de Queiroz, Emílio Willems, Carlos Rodrigues

Brandão

•Culturas rústicas, caipiras, civilizações

sertanejas / rotas de ocupação

•Sistemas cognitivos camponeses, sistemas

jurídicos de herança, parentesco, religião,

manejo da natureza... Que podem ser

encontrados nos recentes estudos das

agora nominadas “populações tradicionais”

•Campesinato como totalidade cultural

Historiando as tradições nos estudos

do campesinato

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Humanas

Bacharelado em

Antropologia

Professora: Renata Menasche

Disciplina: Antropologia Rural

•Tradição norte-americana de estudos: foco

na análise de sociedades camponesas e de

mudança cultural / estrutura

•Campesinato como sociedade parcial, subor-

dinada, poder está nas cidades

•Relações de parentesco, vizinhança, classe,

clientelismo, economia moral

Alguns autores:

•Robert Redfield, George Foster, Sidney Mintz,

Eric Wolf, James Scott

•Wolf: classificação de grupos a partir do grau

de autonomia (em relação a poderes urbanos)

•Teorias estruturais deixam de lado massas

rurais marginais (lembrar Maria Sylvia Carvalho Franco)

Historiando as tradições nos estudos

do campesinato

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Bacharelado em

Antropologia

Professora: Renata Menasche

Disciplina: Antropologia Rural

•Tradição russa: teoria do campesinato como sistema econômico

• Racionalidade econômica própria

Alguns autores:

•Vladimir Chayanov, revalorização das ideias de Karl Polanyi

•Mais tarde, fonte de inspiração para estudos de Marshall Sahlins

•No Brasil: estudos orientados por Moacir Palmeira (Beatriz Heredia)

Historiando as tradições nos estudos

do campesinato

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Antropologia

Professora: Renata Menasche

Disciplina: Antropologia Rural

•No Brasil e na India, nos anos 1960 e 1970:

retomada do debate clássico, agora associado

ao debate sobre o lugar dos camponeses no

progresso

•No Brasil e na África: papel de campesinatos

como componentes funcionais para a acumu-

lação capitalista

•Essas abordagens aparecem, nos 1970/80,

tematizadas pelo conceito de fronteira (J.S.

Martins, Otávio Velho)

•Ecologia social camponesa: foco em grupos

domésticos como unidades de análise enquan-

to sistema social, econômica e de manejo

Historiando as tradições nos estudos

do campesinato

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Antropologia

Professora: Renata Menasche

Disciplina: Antropologia Rural

O que morreu?

* o campesinato como objeto? ou

* uma teoria unificadora para explicar

os processos sociais no campo?

Os novos temas e métodos são tão

novos como parecem?

Narrativas agrárias e a morte do

campesinato

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Antropologia

Professora: Renata Menasche

Disciplina: Antropologia Rural

•Microcategorias não contavam como

atores dinâmicos nas teorias estruturais(ver p.164-5: não assunto de história econômica, mas de

romance)

•A modernização e globalização teria

trazido a morte do campesinato?

•A multidão de objetos e características

antes unificadas nas narrativas agrárias...

foi eliminada? OU...

•O que morreu foi a capacidade explicativa

das teorias e abordagens generalizantes,

as grandes narrativas?

•Hoje, as narrativas agrárias podem se

propor a tratar de uma parte arcaica de

um mundo moderno?

Narrativas agrárias e a morte do

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