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NARRATIVAS SOBRE A HISTÓRIA DA TERRITORIALIDADE
TRADICIONAL E DO USO DA TERRA DA COMUNIDADE
REMANESCENTE DE QUILOMBOLA PALMITAL DOS PRETOS:
RECRIAÇÃO DA MEMÓRIA PELA CARTOGRAFIA
PARTICIPATIVA.
Everton Miranda1
Fábia Alessandra Santos de Oliveira2
Josilhane da Silva Hegler3
Maximillian Clarindo Ferreira4
Nicolas Floriani5
INTRODUÇÃO
De modo geral, o processo de formação das comunidades quilombolas foi através da
luta e resistência dos escravos frente à opressão do regime escravocrata, culminando no
surgimento de quilombos que foram sendo construídos em locais de difícil acesso para
1 Acadêmico do curso de Bacharelado em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa;
2 Acadêmica do curso de Bacharelado em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa;
3 Acadêmica do curso de Bacharelado em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa;
4 Mestrando em Gestão do Território pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia;
5 Professor do Departamento de Geociências e do Programa de Pós-Graduação em
Geografia na Universidade Estadual de Ponta Grossa – Brasil; Pesquisador Colaborador do Centro de Estudios
del Desarrollo Regional y Local (CEDER, ULagos, Chile).
garantir a proteção da integridade física e cultural da comunidade. Na Comunidade
Remanescente de Quilombola Palmital dos Pretos – certificada em 2006 pela Fundação
Cultural Palmares - a formação se deu quando os escravos se refugiaram próximo ao Distrito
de Três Córregos, localizado na zona rural do município de Campo Largo – PR, e começaram
a desenvolver atividades como a extração do palmito e agricultura de subsistência.
Atualmente, a comunidade é composta por 20 famílias, dividida em homens, mulheres e
crianças, e possui uma territorialidade menor em relação ao passado devido à perda e/ou
venda de suas terras para latifundiários que cultivam árvores de espécie exótica (pinus e
eucalipto) destinada à produção de madeira.
DESENVOLVIMENTO TEÓRICO METODOLÓGICO
Primeiramente iremos abordar reflexões sobre mapas mentais/cartografia participativa.
Depois, reflexões sobre conhecimentos etnobotânicos, e respaldando um pouco na paisagem
cultural. De acordo com (GUCHUMIAN 1989 apud FLORIANI et al 2009, p.03) “o espaço
percebido e representado é (...) uma construção individual e coletiva, em relação direta com o
espaço da vida – com toda a sua intensidade e diversidade de práticas espaciais – mas onde
intervém igualmente o imaginário, o sonho”.
Ademais, uma representação espacial segundo Gumuchian (1989, p.33-34) apud
Floriani et al (2009, p.11) elucida que:
[...] se elabora e se constitui apoiada sobre as múltiplas imagens do espaço
[...] a imagem pode se definir como um evento psicológico e como suporte
eventual de outras atividades mentais. Essas dimensões do material e do
simbólico fazem irrupção nos discursos, em desenhos, em imagens.
As representações espaciais são constituídas, portanto, por imagens que, segundo
Kozel (2013, p.59) “ao serem construídas ou decodificadas passam por diferentes filtros e
linguagens, o que é inerente a cada indivíduo, que estabelece códigos simbólicos próprios de
acordo com a sua visão de mundo”.
Nesses termos, as representações espaciais levam em conta a relação “sujeito-signo-
imagem” que o indivíduo possui, transbordando no mapa sua experiência de mundo e
remetendo ao conceito de “espaço vivido”, que por sua vez é impregnado de percepções,
significados e complexidades inerentes aos aspectos socioculturais (KOZEL, 2013, p.60),
articulando as memórias coletivamente/individual recriadas conforme o contexto histórico e
político em que os grupos se inserem.
A representação do espaço em mapas pode ser traduzida em termos de imagens
mentais, construídas por diversas lembranças compartilhadas acerca da relação dos sujeitos
com os lugares e territórios apropriados. De acordo com Richter & Faria (2011, p. 259) “um
mapa mental, é como uma linguagem espacial que expressa o cotidiano, o lugar de vivência, o
que gera uma representação espacial”. E segundo Kozel (2007, p.115) “os mapas são uma
forma de linguagem que reflete o espaço vivido representado por signos, e que são
construções sociais”.
No caso da Comunidade Remanescente de Quilombolas Palmital dos Pretos, a
cartografia participativa serviu, ao mesmo tempo, como instrumento e método (caminho) para
a recriação da memória acerca das histórias da relação da comunidade com seu território e
com outros atores sociais. Isto é, a cartografia permitiu captar as imagens e exercitar as
narrativas das territorialidades quilombola, pois os sujeitos ao desenharem a realidade
vivenciada, falam ao mesmo tempo sobre os acontecimentos passados vivenciados por eles e
por outros sujeitos.
As imagens e memórias estão presentes nos espaços de vivências e materializados em
geossímbolos da paisagem, formando assim as paisagens culturais, que estará ligada a
identidade local (BONNEMAISON, 1988). Com isso, Bonin (2004, p.18) apud Floriani et al
(2009, p.3) comenta que:
[...] em relação aos trabalhos sobre as representações espaciais, percebe-se
que a paisagem é um tipo particular de representação, isto é, uma criação
social particular de esquemas de pensamento do real geográfico. Nesse
sentido, a teoria da paisagem permite o estudo objetivo de uma categoria de
representações: as paisagens culturais.
Respaldando na paisagem e invocando seu arranjo cultural, Gamalho e Heidrich
(2006, p.03-04) colocam que “a paisagem enquanto paisagem cultural enfoca nas relações
sociais e nas transformações espaciais contidas no espaço (...) a paisagem cultural compõem
uma localidade, que tem sua territorialidade, identidade e temporalidades”.
Assim, se pode entender a Comunidade Remanescente Quilombola Palmital dos
Pretos como uma paisagem cultural rústica, porque é fruto da apropriação de um território por
um grupo social que possui uma espacialidade-temporalidade caracterizada por um modo de
vida vinculado à agricultura (a terra), à organização social comunitária e familiar, parcial ou
relativamente conectada à dinâmica transformadora da sociedade envolvente. Portanto,
apresenta, conforme Hall (1998, p.71) uma “identidade localizada no espaço e no tempo
simbólico”.
Por possuírem uma identidade local e uma paisagem cultural rústica, a comunidade
quilombola, tem em sua característica cultural o dom do conhecimento etnobotânico, que se
expressa em sua paisagem por signos. Os saberes ecológicos tradicionais, são em outras
palavras, „o conhecimento etnobotânico‟. Na comunidade quilombola este „saber‟ se dá
através do uso de plantas e das florestas, mostrando uma relação entre indivíduo-natureza e
também com a questão cultural da localidade.
Sendo mais claro, esta relação é na verdade uma inter-relação entre „natureza-homem-
território-cultura‟, em que a natureza influencia a cultura dos indivíduos em seus territórios, e
estas influências refletem na natureza e na cultura do sujeito. De acordo com Berdoulay
(2012) a relação do „homem-natureza‟ ocorre através de um determinismo (natural e cultural).
“As características do meio ambiente natural influenciam o homem de tal modo que seus
costumes, comportamentos e formas de governo dependem totalmente delas”
(BERDOULAY, 2012, p.103). Vendo este lado cultural, Magalhães (2013, p.383) aborda que
„a cultura pode ser tida como um sistema de padrões de comportamento, preferências e
produtos da atividade humana, que são socialmente transmitidos e que caracterizam uma
população em determinado lugar‟.
Entretanto, o „uso de plantas e das florestas‟ ocorre pelo uso de plantas alimentícias e
medicinais, e também da madeira, medicinal e aromático. Mostrando que seus costumes e
comportamentos estão ligados ao ambiente vivido, pelas e através da percepção da paisagem e
da criação de signos. E este „conhecimento etnobotânico‟ é um patrimônio cognitivo coletivo,
recheado de significados que incidem na paisagem, criando uma paisagem cultural voltada
para a percepção, às vivências e para os signos, e também para as memórias. Que segundo
Sauer (2004, p.43) “a paisagem cultural se deriva (...) da paisagem natural, com o homem
expressando seu lugar na natureza”. E esta expressão do indivíduo sobre a paisagem irá
produzir marcas e matrizes (BERQUE, 2004).
RESULTADOS E/OU CONSIDERAÇÕES
Foram elaborados, por três representantes da comunidade em conjunto com o grupo de
pesquisa, três mapas mentais da territorialidade tradicional e um mapa mental do uso do solo
(atual) e um do (passado). A partir disso, pode-se observar que a dinâmica espacial está
atrelada à vivência dos moradores, sendo esta caracterizada pelos saberes e práticas
ecológicas tradicionais. Mesmo se tratando de mapas mentais, os próprios foram constituídos
em conjunto, como mostram as (Imagens 1, 2, 3):
Imagem 1 – Elaboração do mapa do uso do solo
Legenda: elaboração do mapa do uso do solo. Foto: Nicolas Floriani, 2013.
Imagem 2 e 3 – Elaboração dos mapas das territorialidades
Legenda: elaboração dos mapas das territorialidades quilombolas. Foto: Nicolas Floriani, 2014.
Em primeiro plano, iremos comentar sobre os resultados dos mapas mentais da
territorialidade tradicional. Em segundo plano abordaremos os resultados que envolvem os
mapas do uso do solo da comunidade quilombola. Em seguida, apresentaremos uma pequena
reflexão sobre a Comunidade Remanescente Quilombola Palmital dos Pretos.
A cartografia participativa da Comunidade Remanescente Quilombola Palmital dos
Pretos, em relação aos mapas mentais da territorialidade tradicional, foram realizada por dois
moradores representantes da comunidade (uma mulher e um homem) com aproximadamente
50 e 70 anos de idade, respectivamente. Foram confeccionados três mapas, onde cada qual
representava o passado, o presente e a projeção do futuro da comunidade quilombola.
No mapa do passado (Figura 1), foram representados elementos indicativos da
solidariedade orgânica da vida em comunidade. Praticando um sistema produtivo tal qual um
Faxinal (isto é, com „terras de criações de animais‟ à solta na área de florestada, extração de
erva-mate, agricultura de roçado na „ terras de plantar‟), que foi graficamente representado no
mapa através de valo que separava as duas terras do território tradicional e delimitava os
limites entre os demais territórios; as casas (mais agrupadas que atualmente); elementos
religiosos como igrejas católicas e o cemitério. Durante a conversa informal alguns valores e
sentimentos foram revelados, tais como a afetividade entre os sujeitos integrantes da
comunidade quilombola, e, com relação também as comunidades vizinhas (por meio da
religiosidade e algumas relações de trabalho).
Figura 1 – Mapa do passado
Legenda: territorialidades antigas do quilombola. Foto: Nicolas Floriani, 2014.
No mapa do presente (Figura 2), percebemos o afastamento das casas de famílias
descendentes dos antigos negros que constituíam a comunidade. O número de casas dos
„quilombolas‟ diminuiu em detrimento do aumento das casas dos „brancos‟ que se apropriam
do antigo território. A estrada rural que corta a comunidade é um novo elemento cartográfico
que acompanha a transformação do modo de vida tradicional.
Figura 2 – Mapa do presente
Legenda: territorialidades atuais do quilombola. Foto: Nicolas Floriani, 2014.
A representação gráfica dos quintais em cada estabelecimento demonstra que ainda o
sistema de roças para subsistência é praticado, embora em áreas diminutas e com pouca
diversidade de cultivos; a criação de animais domésticos é restringida à área do
estabelecimento agrícola próxima a casa, e não mais à solta como no passado. Percebemos o
aumento de geossímbolos religiosos (igrejas protestantes ademais de católicas) e uma cozinha
(padaria) comunitária, construída com recursos do poder público federal (Programa Luz Para
Todos) em reconhecimento à territorialidade quilombola, com função de geração de renda.
No mapa do futuro (Figura 3), estão projetadas as necessidades materiais e imateriais
dos quilombolas: um alojamento, um posto de saúde e um refeitório/barracão tudo perto da
cozinha comunitária já existente.
Figura 3 – Mapa do futuro
Legenda: mapas dos desejos e supostas territorialidades futuras do quilombola. Foto: Nicolas Floriani,
2014.
Está representada, também, a imagem das hortas individuais para a produção de
verduras e legumes, estando esta ideia ligada à possibilidade de vincular as produções
hortícolas ao PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) na oferta de alimentos à
merenda escolar, aumentando assim o nível de renda da comunidade. Também é representado
um carro para o transporte. Estes mapas nos mostra, portanto, que a territorialidade
quilombola está intrinsecamente ligada à reprodução dos seus quintais enquanto vínculo com
a terra.
As territorialidades quilombola estão atreladas a terra, ou seja, os quintais, áreas de
cultivos, áreas de pastagem, e, também a área de convivência pessoal, porque cada indivíduo
irá construir suas redes de trocas de informações, seja pela amizade, prosa e convivência. Em
suma, as questões sobre territorialidade estará interligada aos sentimentos e valores arraigados
às atividades produtivas (agricultura) e simbólicas (reciprocidade).
Para a construção dos mapas mentais do uso do solo (passado e atual), foi realizada
com um agricultor (informante-chave). A partir da cartografia participativa em conjunto com
o grupo de pesquisa, o mapa mental do uso do solo (atual) foi construído em cima de uma
imagem da localidade, retirada do Google Maps, tendo-a como base. Através da (Imagem 4) o
agricultor mostrava onde se localizava cada coisa da comunidade quilombola. E o mapa
mental do uso do solo foi georreferenciado através do programa Arcview, como mostra a
(Figura 4).
Imagem 4 – Imagem base
Legenda: imagem base dos mapas mentais do uso do solo da comunidade Palmital dos Pretos. Fonte:
Google maps.
Figura 4 – Mapa do uso do solo (atual)
Legenda: mapa do uso do solo (atual) a partir das informações do agricultor. Fonte: Silva, J. 2014.
Mesmo mostrando e comentando o uso da terra, o „agricultor‟ relembrava e comentava
como era no passado a comunidade quilombola, a partir de suas memórias e de suas
vivências. E com isto, também foi construído um „mapa‟ do uso do solo no passado, como
mostra a (Figura 5).
Figura 5- Mapa do uso do solo (passado)
Legenda: mapa do uso do solo (passado) a partir das informações do agricultor. Fonte: Silva, J. 2014.
E para entender a relação dos indivíduos com o uso do solo, através dos
conhecimentos etnobotânicos. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada com o agricultor,
perguntando-lhe sobre as possíveis espécies encontradas no Capoeirão e de seus usos
medicinais. A partir desta entrevista, foi construído um (Quadro 1) com as espécies mais
frequentes dentro do Capoeirão, cujo usos são „medicinais, alimentares e aromáticos‟, citadas
pelo agricultor.
Quadro 1- Espécies do Capoeirão e seus usos
Legenda: quadro com as espécies encontradas no Capoeirão e seus usos. Fonte: Silva, J. 2014.
E também foi realizada uma turnê guiada, com o propósito de perceber onde se
localizava as plantas usadas pela comunidade quilombola, como mostra a (Figura 6). Com a
„turnê‟ percebemos um pouco como se dá a relação indivíduo-terra-floresta, em outras
palavras, a relação indivíduo-natureza, principalmente pela sua percepção da natureza e da
paisagem.
Figura 6 – Turnê guiada
Legenda: turnê guiada pelo agricultor para coleta de espécies florestais. Foto: Nicolas Floriani, 2013.
O conhecimento popular etnobotânico é de tremenda importância para a comunidade
quilombola, porque seus saberes e suas práticas tradicionais estão ligados a eles de forma
diretamente, mostrando que o uso do solo também está envolvido, e este saber ecológico
tradicional é um patrimônio cultural da Comunidade Remanescente Quilombola Palmital dos
Pretos.
Na comunidade quilombola, verificamos uma relação entre sujeito-território, onde os
saberes e fazeres dos indivíduos constroem os espaços de vivências, onde temos as
identidades, as territorialidades, as memórias e os signos (...) mas não tão obstante as
temporalidades, e isto irá respaldar na questão da paisagem e território cultural através dos
espaços vivenciados.
Mesmos os indivíduos possuírem um modo de vida influenciado por valores
substantivos (solidariedade) entre os descendentes quilombolas e destes com outras
comunidades, também temos a ocorrência de „conflitos de vivências‟, que são causados por
choques de ideias. Sabendo-se que as falas, prosas e os versos estão ligados a vivência e a fé,
relembrando que estas vivências marcam os lugares sociais, e, isto irá imbricar nas amizades
pessoais a partir dos traços culturais. Na comunidade quilombola, as pessoas possuem o
hábito de cultivar plantas medicinais para elaboração de remédios associados a rituais
religiosos rústicos praticados por benzedeiras. Este ato trasborda-se em atos de ciência da
saúde do corpo e da alma (espiritualidade).
A cartografia participativa permitiu captar as imagens e exercitar as narrativas da
territorialidade quilombola, articulando as imagens passadas e as de hoje. De forma
sintetizada, a territorialidades quilombolas estão atreladas aos seus quintais e ao uso da
floresta. O uso e ocupação da terra estão em constante transformação de acordo com a
necessidade dos moradores, sendo que esta, de certa forma, (re) criam as territorialidades
coletivas e individuais pautadas nas relações de afetividade e valores.
Mostrando que suas territorialidades estão marcadas por memórias e imagens, sendo
refletido na paisagem por símbolos e valores delineando sua identidade local. E as memórias
dos indivíduos e os saberes tradicionais etnobotânicos, são um patrimônio cultural do
quilombo.
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