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Nati Canto

Nati Canto | A Falta Que Nos Constitui

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De 05 a 30 de Agosto, 2014. Fotos Gui Gomes. Mais infos em: http://zippergaleria.com.br/pt/#exposicao/nati-canto-a-falta-que-nos-constitui/

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Nati Canto

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Nati CantoA falta que nos constitui

5 a 30 de agosto de 2014

Rua Estados Unidos, 1494CEP 01427 001São Paulo - SP - Brasil+55 (11) 4306 4306www.zippergaleria.com.br

2a a 6a 10:00 - 19:00sábados 11:00 - 17:00

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A obra que empresta título à exposição é fruto de uma performance elaborada pela jovem artista Nati Canto, em sua mais recente residência artística na China. Durante os meses de setembro a novembro do ano passado, ela viveu em Xangai, imersa em um contexto totalmente diverso de seu habitat natural. O olhar inquieto e curioso da artista procurou reco-nhecer antagonismos ou similaridades comparados aos seus parâmetros sociais. O contato direto com outro universo simbólico ampliou o horizonte das possibilidades materiais para articular sua linguagem plástica.

A experiência contaminada por este ambiente cultural fértil, de fortes contrastes entre tradição e modernidade, produção e consumo, expandiu o campo de sua pesquisa estética. A artista rendeu-se à sedução sensorial dos objetos inusitados, passando a colecionar artigos excêntricos como ca-deados em formato de peixe, cédulas de dinheiro falso, marmitas de metal decoradas, entre outros. Com uma metodologia bastante transdisciplinar, Nati Canto interpõe mídias (vídeo, fotografia, escultura) em trabalhos sus-tentados por práticas de apropriação e assemblage, que flertam com a paródia, o kitsch e o clichê. Tais obras de caráter híbrido são compostas por abordagens antagônicas, pois mesclam também procedimentos vinculados à tradição milenar com processos massificados de baixa qualidade técnica. Evocam o intrincado embate entre o artesanal e o progresso industrial.

O interesse pela ambiguidade é exemplarmente ilustrado na formu-lação da Obra para retina, um conjunto de fotografias tomadas com o celular em um depósito de venda de tecidos em Xangai. Nati Canto optou por ampliar em grande formato estas imagens feitas com a câmera low-fi do telefone. Entretanto, escolheu um dos tipos de papéis mais antigos do mundo, uma linhagem nobre de papel de arroz. Este material tradicional é extremamente fino, embora bastante resistente, mas por ser tão anti-quado é inadequado à tecnologia de impressão atual. Especialmente por suas características pegajosas, que podem danificar os equipamentos. Então, a artista viu-se obrigada a pesquisar outros métodos de reprodu-ção fotográfica, e, após muitas respostas negativas, finalmente encontrou uma gráfica, um tanto desqualificada, que aceitou correr o risco. Depois de imprimir em circunstâncias quase mambembes, Nati recorreu a um bom artesão para aplicar as imagens sobre seda bordada, seguindo uma tradição ancestral de acabamento comumente utilizado em pergaminhos orientais. As restrições práticas que forçaram a artista a adotar procedi-mentos ordinários de impressão sobre suportes refinados contribuíram para aumentar a complexidade conceitual da obra. Aqui, o tema é o modo pelo qual a linguagem é estabelecida com o uso dos objetos, que se abre ao paradoxo e à incompletude.

A falta que nos constitui é provavelmente o trabalho mais emblemá-tico que resultou desta residência artística. Trata-se de uma ação na qual Nati Canto destrói um busto de porcelana de Mao Tsé-Tung para, a seguir, reconstituí-lo novamente, emendando os fragmentos. O semblante da artista no início da filmagem demonstra o estado de tensão antes do gesto irreversível. Momento suspenso em que a coragem é reunida para superar a hesitação e a inércia que inibem o impulso em transpor limi-tes. Entretanto, o desencadeamento do golpe é mais dolorido do que se poderia esperar: Nati se corta. O imprevisto irrompe rasgando sua carne como efeito colateral do ato libertário. Seu ferimento encarna o signo sinistro, aludindo a um preço a ser pago pela ousadia em romper sta-tus já arraigados. Bravamente, ela decide ignorar a dor e seguir adiante cumprindo seu propósito. Aos poucos, o vermelho do sangue da artista confunde-se com as rubras insígnias que anteriormente incutiam certa conotação radical na alva porcelana. Agora ainda mais radicalizada.

A falta alimenta aspirações contra a adversidade do real. A utopia brota da fissura entre “aquilo que é” e “aquilo que deixa de ser”. É a pró-pria cicatriz do anseio por remodelar a realidade na tentativa de construir um presente diferente, idealmente pleno. O propósito da utopia não é a concretização daquilo que foi almejado, mas sim alimentar o processo cí-clico, colocando o desejo em constante movimento. O preenchimento das lacunas produz inevitavelmente outras brechas a serem supridas; assim, os ideais são continuamente corrompidos e restaurados.

A obra intitulada Old, old, look, look é igualmente composta pela apropriação de uma peça escultórica de fabricação chinesa que foi que-

brada e posteriormente remendada. Entretanto, neste caso, o gesto des-trutivo não foi concebido como um ato performático, ao contrário, foi indesejado e incutiu muita aflição na artista.

Nati relata ter se apegado imediatamente, assim que vislumbrou este estranho objeto: um pequeno cavalo moldado em gesso, ostentan-do um colorido marcante, embora esmaecido. A pintura assume ares de pátina, imitando o desgaste da passagem do tempo. Além disso, a peça foi recoberta com terra, para reforçar o argumento visando ludibriar o cliente. O vendedor alegava se tratar de uma antiguidade que havia sido encontrada em uma escavação arqueológica, e em função disso pedia um valor exorbitante. Exclamava, insistentemente, em linguajar próximo ao inglês: “− old, old. − look, look”!

Nati Canto viu-se enfeitiçada com o apelo fetichista do objeto: mes-mo ciente do aplique e de sua contemporaneidade, deixou-se levar pela paixão. O entusiasmo é uma desvantagem no jogo acirrado de negociar o preço. É praxe, neste contexto, proceder a uma disputa entre as partes para estabelecer um valor comum que ambas considerem justo. O blefe é intrínseco ao contrato implícito. Retroativamente, a artista até acha que pagou caro, mas não se arrepende de nada, feliz que estava com sua aquisição, uma conquista batalhada.

Contudo, sua alegria seria abalada em breve. As rachaduras tão mar-cantes que podemos observar na escultura não pertencem ao truque do simulacro de antiguidade, mas foram fruto da brutalidade da fiscaliza-ção invasiva das autoridades chinesas. Os danos ocorreram durante o transporte da peça, principalmente quando esta foi lançada ao chão por oficiais do correio diante da artista, que presenciou, atônita, o total des-caso com a propriedade privada do cidadão comum. Testemunhou um tipo radical de censura que sequer tem o compromisso de esclarecer os critérios do impedimento. Por exemplo, em outras obras que integram esta exposição, Nati utiliza marmitas de segunda mão como matéria-pri-ma. Para tal finalidade, adquiriu três unidades, porém uma foi vetada de ser enviada. Até hoje não se sabe qual a diferença desta em relação às demais que foram autorizadas para envio ao Brasil.

As velhas marmitas de metal fazem parte do grupo de trabalhos intitulado Acerto de contas, no qual são exibidas junto a colagens tridi-mensionais feitas com cédulas de dinheiro falso. Devido à proximidade dos elementos, quem estiver familiarizado com a tradição oriental desig-nada por “dinheiro fantasma” poderá associar facilmente as marmitas a urnas funerárias. Na cultura asiática, rituais baseados na queima de itens de valor devotados aos mortos remontam a cerca de 1.000 a.C. De acordo com crenças chinesas, o espírito do falecido deve ser julgado no submundo Diyu, mas seus entes queridos vivos podem interceder en-viando dinheiro à dimensão espiritual a fim de pagar tributo ao Deus da Morte, amenizando sua punição. A transferência dos bens físicos para o âmbito sobrenatural se dá pela sublimação, quando a matéria se dissipa em nuvens de fumaça no infinito da atmosfera. O rito é praticado tanto no funeral, quanto repetido anualmente no Dia de Finados, ou em datas relevantes à biografia do falecido.

Assim, na vida além do corpo, a existência se propaga em uma esfe-ra oposta, ainda que contígua aos valores do real. O sujeito sobrevive ao ser físico. Entretanto, ironicamente, na China contemporânea, o espírito parece estar cada vez mais apegado aos bens materiais. Agora, afora “o dinheiro fantasma”, prepondera também o hábito de queimar maquetes (geralmente em papel machê) de produtos valiosos como laptops, celu-lares, carros, etc. O regime comunista cedeu ao consumismo desvairado que reverbera até mesmo na dimensão espiritual. Cada vez mais, todos dependem das coisas mundanas, inclusive as almas penadas.

O projeto de modernidade ruiu sob a cultura de massa. A falência dos ideais comunistas deu lugar ao modelo do capitalismo autocrático.

Graças à residência artística, Nati Canto teve a oportunidade de mer-gulhar nas incongruências e paradoxos do cotidiano desta grande po-tência da Nova Ordem Mundial. Deixou-se contaminar pelo universo de profundos contrastes, no qual o choque entre futuro e passado a incenti-vou a responder com uma produção plástica híbrida, marcada tanto pela influência da tradição milenar, quanto por tendências pós-pop.

A falta que nos constitui

Denise Gadelha

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The title piece of this exhibition is the result of a performance devel-oped by the young artist Nati Canto in her latest artistic residency in China. From September to November last year she lived in Shanghai, immersed in a setting entirely different to her home. The artist’s keen and curious eye sought to recognize elements that were either contrary or similar to her own social parameters. Direct contact with another symbolic universe broadened the scope of material options for expressing her artistic ideas.

The experience contaminated by this fertile cultural environment, with strong contrasts between tradition and modernity, production and consumption, expanded her field of aesthetic study. Nati was taken by the sensorial seduction of unusual objects and began to collect eccentric items such as fish-shaped padlocks, counterfeit bank notes and decorated me-tallic lunch boxes. With a methodology that crossed several disciplines she weaves different media (video, photography, sculpture) in works based on appropriation and assemblage, flirting with parody, the kitsch and cliché. These hybrid pieces are composed by contrasting approaches, merging age-old tradition with popularized and low-quality processes. They evoke the intricate clash between handicraft and industrial progress.

Her interest in the ambiguous is superbly illustrated in the formu-lation of Artwork for Retina, a set of photographs taken with a mobile phone in a textiles sales warehouse in Shanghai. Nati Canto enlarged these pictures taken with her phone’s low-fi camera. However, she chose to print them on one of the oldest top high-quality rice papers. This tra-ditional material is extremely thin, yet highly resistant. However, it is so old that it is not suitable for current printing technology, especially as it has a sticky property that can damage the equipment. So the artist was forced to search for other methods of photographic reproduction and after several negative answers, she finally found a – not entirely quali-fied – printing house that agreed to run the risk. After printing in almost squalid conditions, Nati turned to a good craftsman to mount the images on embroidered silk, following an ancestral tradition of finishing com-monly used in oriental parchments. The practical restrictions that forced the artist to adopt humble printing procedures on sophisticated supports helped increase the conceptual complexity of the work. Here, the theme is the way in which the language is established through the use of the objects, opening up to the paradoxical and the incomplete.

The lack we are made of is probably the most emblematic work from this residency. It is an action in which Nati Canto destroys a porcelain bust of Mao Tse Tung to then rebuild it, patching together the fragments. At the start of the film the artist’s appearance conveys the state of tension prior to executing the irreversible action. A moment suspended in time at which she gathers courage to overcome the hesitation and inertia that inhibit the impulse to cross limits. However, the outcome of the strike is more painful than one could have expected: Nati cuts herself. The un-predictable bursts out, injuring her flesh as a side effect of the act of liberation. Her injury incarnates a sinister sign alluding to a price to be paid for daring to break up a deep-rooted status. She bravely ignores the pain and carries on to achieve her mission. Gradually the artist’s blood is confused with the reddish insignias that previously bestowed a certain radical connotation on the white porcelain. Now even more radicalized.

The lack feeds aspirations against the adversity of the real. The utopia stems from the fissure between what really is and what it is no longer. It is the very scar of the desire to remodel reality in an attempt to build a different, ideally complete present. The purpose of utopia is not to consol-idate that which was sought, but rather to feed the cyclic process, keeping the desire in constant movement. Filling the gaps inevitably produces new holes to be filled, and thus the ideals are continually ruptured and restored.

The work entitled Old, old, look, look was also made by appro-priating a Chinese-produced sculptural piece which was broken and subsequently pieced back together. However, in this case, the de-structive act was not designed as a performance, on the contrary, it

was inadvertent and afflicted the artist.

Nati says she was immediately attached to this strange object as soon as she saw it: a small horse molded in plaster, colored in a striking, albeit faded, manner. The painting has the feel of patina, imitating the wear and tear of time. Furthermore, the piece was covered with earth, to en-hance the look and try and trick the customer. The salesman claimed it was an antique that had been found in an archeological excavation, and was therefore charging an exorbitant price. He insistently exclaimed in his broken English: “− old, old. − look, look”!

Nati Canto, bewitched by the fetishist appeal, although fully aware of the sham and completely aware that the item was contemporary, allowed herself to be carried by passion. Enthusiasm is always a disadvantage in the heated game of price bartering. It is customary, in this context, for a dispute to unfold between the parties until a mutually agreeable price is established. Bluffing is intrinsic to the implicit contract. In hindsight, the artist still thinks she paid over the odds, but did not regret a thing; satis-fied with her purchase, a hard-battled conquest.

However, her joy would soon be shaken. The prominent cracks on the sculpture did not result from the mocking up as an antique, but rather from the brutal attitude of the invasive Chinese authorities. The damage occurred when the piece was in transit, especially when it was thrown to the floor by post office agents right in front of the artist, who witnessed, flabbergasted, the complete neglect for the private property of the com-mon citizen. She witnessed a radical kind of censorship, not even obliged to clarify the criteria for the impediment. For example, in other works featured in this exhibition, Nati uses second-hand lunch boxes as raw material. She purchased three of this item, but one was blocked. To this day she still does not know how that one differed from the others that was authorized to be sent to Brazil.

The old metal lunch boxes are part of a group of works entitled Ac-count Settlement, in which they are exhibited together with 3D collages made from fake bank notes. With the elements placed so close to each other, those familiar with the oriental tradition of “ghost money” will readily associate the lunch boxes to cremation urns. In Asian culture, rit-uals based on burning items of value devoted to the dead date back to circa 1000 B.C.E. According to Chinese beliefs, the spirit of the deceased must be judged in Diyu, the underworld, but their living loved ones can intervene by sending money to the spiritual dimension to pay a tax to the God of Death, to attenuate the punishment. Physical goods are trans-ferred to the supernatural realm through sublimation, when the matter dissipates into clouds of smoke in the infinite atmosphere. The rite is practiced both at funerals, and repeated annually on the Chinese Memo-rial Day, or on relevant dates of the life of the deceased.

Thus, in life beyond the body, existence is propagated into an op-posite sphere, albeit contiguous to the values of the real. The subject survives the physical being. However, ironically, in contemporary China, the spirit seems to be increasingly attached to material goods. As well as “ghost money”, it has now become common to burn dolls (generally made from papier-mâché), valuable goods like laptops, mobile phones, cars, etc. The communist regime has given in to frenzied consumerism, with repercussions that reach the spiritual world. Even souls in limbo depend on things of the mundane.

The modernity project has collapsed under mass culture. The break-down of communist ideals has given way to the autocratic capitalist model.

Thanks to the artistic residency, Nati Canto was able to immerse her-self in the everyday incongruities and paradoxes of this great power of the New World Order. She allowed herself to be contaminated by the universe of deep contrasts, where the shock between the future and the past motivated her to produce hybrid art, distinguished both by the influence of age-old tradition and post-pop tendencies.

The lack we are made of

Denise Gadelha

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Nati CantoSão Paulo, Brasil [Brazil], 1982

Vive e trabalha em [lives and works in] São Paulo, Brasil [Brazil]

Formação [Education]

2010 ▶Curso Abril de Jornalismo. São Paulo, Brasil [Brazil]

2001 ▶Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo [Journalism]. Universidade Estadual de Londrina, Brasil [Brazil]

Exposições Individuais [Solo Exhibitions]

2014 ▶A falta que nos constitui, Zipper Galeria, São Paulo, Brasil [Brazil]

2013 ▶A Neve, O Sal, A Chuva – Lembranças Particulares e Coletivas: Programa MIS - Nova Fotografia 2013. Museu da Imagem e do Som, São Paulo, Brasil [Brazil] Exposições Coletivas [Group Exhibitions]

2012 ▶Imagem Mi(g)rante. Zipper Galeria, São Paulo, Brasil [Brazil]▶Fecho Eclair. Zipper Galeria, São Paulo, Brasil [Brazil]

2011 ▶18º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande. Palácio das Artes, Praia Grande, Brasil [Brazil]▶Salão de Arte de Mato Grosso do Sul. Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande, Brasil [Brazil]▶43º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba. Pinacoteca de Piracicaba, Brasil [Brazil]▶62º Salão de Abril. Galeria Antonio Bandeira, Fortaleza, Brasil [Brazil]

2010 ▶Silêncio. Zipper Galeria, São Paulo, Brasil [Brazil]▶42º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba. Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, Piracicaba, Brasil [Brazil]

2009 ▶Imagens Multiestáveis. Suplicy Cafés Especiais, São Paulo, Brasil [Brazil]

2007 ▶Mostra Livre de Artes. Rio de Janeiro, Brasil [Brazil] Prêmios [Awards]

2013 ▶Residência artística [Artist Residency]. Swatch Art Peace Hotel, Xangai, China

2012 ▶Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea. Ministério das Relações Exteriores [Ministry of Foreign Affairs], Brasília DF, Brasil [Brazil]▶Residência Artística [Artist Residency]. Beijing International Artist Platform - BIAP. Platform China Contemporary Art Institute, Pequim [Beijing], China

2010 ▶42º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba. Brasil [Brazil]

2007 ▶Mídia Azul. Prêmio SESC de Fotografia Marc Ferrez. São Paulo, Brasil [Brazil]

Coleções Públicas e Privadas [Private and Public Collections]

▶MIS – Museu da Imagem e do Som, São Paulo, Brasil [Brazil]▶BGA – Brazil Golden Art, São Paulo, Brasil [Brazil]▶Itamaraty - Ministério das Relações Exteriores [Ministry of Foreign Affairs], Brasília DF, Brasil [Brazil]▶Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil [Brazil]

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Realização I Accomplished by

Impressão I Printed by

Projeto Gráfico l Graphic Design

Fotos | Photos byGuilherme Gomes

© agosto 2014

Tuhao (11 metros de dinheiro falso)[11 meters of fake money] 2014dinheiro falso sobre tecido[fake money on fabric]1100 x 25 cm [433 x 9.8 in]

Acerto de Contas I [Account Settlement I] 2014notas de dinheiro falso e marmita de ferro[notes of fake money and iron lunchbox]172 x 34 cm [67 x 13 in]

Acerto de Contas II [Account Settlement II] 2014notas de dinheiro falso e marmita de ferro[notes of fake money and iron lunchbox]172 x 34 cm [67 x 13 in]

Acerto de Contas III [Account Settlement III] 2014notas de dinheiro falso e marmita de ferro[notes of fake money and iron lunchbox]172 x 34 cm [67 x 13 in]

Troco dinheiro por dinheiro[I change money for money] 2014notas de dinheiro falso[notes of fake money]125 x 85 cm [49 x 33 in]

Obra para retina 3[Artwork for retina 3] 2013impressão sobre papel de 100% arroz emoldurado em papel bordado de seda[print on 100% rice paper, paper framed silk embroidery]130 x 100 cm [51 x 39 in]

Obra para retina 1[Artwork for retina 1] 2013

impressão sobre papel de 100% arroz emoldurado em papel bordado de seda

[print on 100% rice paper, paper framed silk embroidery]

130 x 100 cm [51 x 39 in]

Obra para retina 2[Artwork for retina 2] 2013

impressão sobre papel de 100% arroz emoldurado em papel bordado de seda

[print on 100% rice paper, paper framed silk embroidery]

130 x 100 cm [51 x 39 in]

Obra para retina 4[Artwork for retina 4] 2013impressão sobre papel de 100% arroz emoldurado em papel bordado de seda[print on 100% rice paper, paper framed silk embroidery]130 x 100 cm [51 x 39 in]

A falta que nos constitui (Sinta a presença)[The lack we are made of (Feel his presence)] 2014porcelana, massa epoxi e sangue[porcelain, epoxy putty and blood] 37 x 30 cm, [14 x 11 in]+ vídeo-performance A falta que nos constitui 2014dimensões variáveis [variable dimensions]

Yú (Abundância)

[Abundance] 2014ferro, peduradores de porcelana e vidro

[iron, porcelain and glass]120 x 85 cm [47 x 33 in]

Old, old, look, look 2014gesso, espelho e ferro

[plaster, glass and iron]90 x 100 x 60 cm [35 x 39 x 23 in]

Um passeio por Hangzhou 1 [A tour through Hangzhou 1

(And then they say our people suffer the most)] 2014

impressão fotográfica em papel arroz[photo printing on rice paper]

96 x 61 cm [37 x 24 in]

Um passeio por Hangzhou 2 [A tour through Hangzhou 2

(And then they say our people suffer the most)] 2014

impressão fotográfica em papel arroz[photo printing on rice paper]

96 x 61 cm [37 x 24 in]

Um passeio por Hangzhou 3 [A tour through Hangzhou 3

(And then they say our people suffer the most)] 2014

impressão fotográfica em papel arroz[photo printing on rice paper]

96 x 61 cm [37 x 24 in]

Um passeio por Hangzhou 4 [A tour through Hangzhou 4

(And then they say our people suffer the most)] 2014

impressão fotográfica em papel arroz[photo printing on rice paper]

96 x 61 cm [37 x 24 in]

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