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Naturale 8a edição

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Revista bimestral de distribuição gratuita que trata de assuntos de meio ambiente, educação, cultura, turismo e saúde

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2 OcampoeolegadodaEducaçãoAmbiental

5 Pequenasfrutas

7 ModeloBrasileirocontribuiráparaprojetarmudançasclimáticasglobais

8 MutirãoLimpaBrasilLet’sdoit!

9 AgropecuáriaganhaR$2bilhõespara combaterodesmatamento

10 Cristina:oaromadoscafésespeciaise osacordesdamúsica

12 Qualidadedevidanasmetrópoles

14 GestãonaTerceirização&Sustentabilidade

18 Higienebucalgarantebomsorriso

20 BolsaVerde

NaturaleéumapublicaçãodaDIAGRARTE EditoraLtda

CNPJ 12.010.935/0001-38 Itajubá/MG

Editora:ElaineCristinaPereira(Mtb15601/MG)

ColaboradoresArticulistas:CélioGentil,EmersonDiasGonçalves,Dra.GraciaCostaLopes,IzabellaTeixeira,JoãoMarcosdeS.Barbosa,EquipededivulgaçãocientíficadoINPE

Revisão:MaríliaBustamanteAbreuMarierProjeto Gráfico:ElaineCristinaPereiraFoto da Capa:JairAntonio(35)9804-2394e ArquivodaPrefeituradeCristina/MGVendas:DiagrarteEditoraLtdaImpressão:GráficaNovoMundoLtda

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Osartigosassinadossãoderesponsabilidadedeseusautores.

Direitosreservados.Parareproduzirénecessáriocitarafonte.

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O campo e o legado da

Educação Ambiental

Por Izabella Teixeira Ministra do Meio Ambiente do Brasil

Artigo exclusivo para revista Naturale

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Umdosmaioresdilemasdaspo-líticas públicas ambientais está emprojetar seus efeitos no tempo. Pes-quisas recentes, encomendadas pelaSecretaria de Articulação Institucio-naleCidadaniaAmbientaldoMMAeelaboradas por setores não-governa-mentais,dãoclarasindicaçõesdequea informação sobre meio ambienteestá relativamente disseminada nosváriosestratossociais.Porém,seusre-sultadostambémnoslevamareforçarainferência,queatéentãocareciadaforçadedados,dequepessoasbeminformadas não são necessariamentecidadãos conscientes ambientalmen-te. O caldo informativo parece nãoimplicar,necessariamente,namudan-çaparaatitudessustentáveis.

Épreciso,noentanto,considerarosváriosavanços,tantonosdiscursosquanto nas práticas ambientalmentecorretas. Já contamos hoje com pes-quisa e desenvolvimento de modelossustentáveis, consolidados e em an-damento,quepodemlevaràreduçãosistemática dos impactos ambientaisprovocados por vários segmentos daeconomia.Nocampoenaindústriaes-tãosurgindotecnologiasinovadorasecomeficiêncianoaproveitamentodosrecursosnaturais.Jásenota,também,umaumentonaofertadeprodutosdecadeia verde na agroindústria e, princi-palmente,naagriculturafamiliar.

A parceria entre a agricultura fa-miliar e o governo vem consolidandoseu viés ambiental. O Ministério doMeioAmbiente,pororientaçãodapre-sidenta Dilma Rousseff, reconhece anecessidadedeoplanejamentoeatémesmoagestãodaspolíticasambien-taisvoltadasparaosetor incluíremo

pequenoprodutoreoagricultorfami-liar. Medidas dessa natureza mudamapercepçãoqueohomemdocampotemdosórgãosambientais.Asaçõesde cada ministério estão chegandona ponta na forma de apoio técnico,oficinas de capacitação e programasde fomento. A ampliação do diálogoé fundamentalparaqueosprincipaisinteressados se tornem agentes daspolíticas públicas de preservação euso sustentável. O desafio é vencerresistências a mudanças no modo eno padrão de produção. O papel doestado é colocar à disposição dosagricultoresrecursostécnicosemagro-

ecologia,plantiodireto,agroflorestas,agriculturaorgânicaetodasasalterna-tivasdedesenvolvimentosustentável,alémdepromoveraregularizaçãocomalegislaçãoambiental.

Medidas como a inclusão daproduçãoextrativistanopacotedoPro-gramaNacionaldeApoioaAgriculturaFamiliar(Pronaf)demonstramapresen-çadoestadonoincentivoàspráticassustentáveis. A Secretaria Nacionalde Extrativismo e DesenvolvimentoSustentável do MMA está tocando oPrograma Mais Ambiente, que vaipromoveraadequaçãoambientaldas

Contamoshojecom

pesquisaedesenvolvimento

demodelossustentáveis,

consolidadoseem

andamento,quepodemlevar

àreduçãosistemáticados

impactosambientais

provocadosporvários

segmentosdaeconomia.No

campoenaindústriaestão

surgindotecnologias

inovadorasecomeficiência

noaproveitamentodos

recursosnaturais.

propriedades rurais, substituindo ini-ciativaspontuais,projetospilotos,porestratégias estruturantes para quenos próximos 10 anos, pelos menos,possamos alcançar resultados maisconsistentes.

Noentanto,nenhumacordocoma agricultura familiar, nenhuma dasinúmeras ações dos subprogramas eprojetos demonstrativos desenvol-vidos em vários biomas, nem o MaisAmbiente,podemprescindirdapartici-paçãodiretaedoenvolvimentoefetivodascomunidadesparaasquaisestãovoltados.Porisso,acriaçãoeimplan-tação de um programa de educaçãoambientalrequerparticipaçãoefetivaediretadosprodutoresfamiliareseseusmovimentos representativos. O MMAtem conversado com o movimentosocialparabuscarsugestõesqueaten-damedialoguemcomomundorealdaagriculturafamiliar.Aexperiênciaacu-muladaatéaquijáésuficienteparanosmostrarquedevemosbuscarmodelosquevenhamdasdemandasdosprodu-tores.Oolharearelaçãodoagricultore da agricultora com o ambiente e abiodiversidade são referências para oatendimentoesatisfaçãodesuasne-cessidades.

É fácil desmontar a tese de quecuidardomeioambientenapequenapropriedade conduz à inviabilidadeeconômica.Háváriasexperiênciasquedemostramaumentodelucratividade,reduçãodecustoseaberturadenovosmercados com métodos que conser-vam a natureza. Meio Ambiente nãoédespesa,écapital.Suaconservaçãoégarantiadeumativoqueseprojetanotempo.Oagricultorsabeeprecisadisso.

O Programa de Educação Am-bientaleAgriculturaFamiliar (PEAAF),instituídopeloMMAemparceriacomorganizações da agricultura familiare de outros ministérios, se organizano sentido de agregar mais susten-tabilidade. Com intenção de formarextensionistas socioambientais, num uni-verso de 4 milhões de propriedades,o PEAAF tem como prioridade pro-mover um intercâmbio de saberes.

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Buscaremosumaeducaçãointegrada,participativa, emancipatória, sob umviéseminentementeprático.

Combater a pobreza extrema,compromisso basilar assumido pe-lo Governo, requer que incentivemosquem produz alimento. Os pequenosagricultores são responsáveis por 84por cento das propriedades rurais egrandepartedaproduçãodealimen-tosparaomercado interno.Estamosfalandodemaisde12milhõesdebra-sileirosquedependemdoquefizermoscom nossa agricultura familiar. Genteque põe alimento na nossa mesa. Asustentabilidade terá que ser incor-poradacomoumnovoatributo,querna oferta de energia, quer no padrãode produção. O incremento deve sedar em novas bases, afastando a de-gradação ambiental. O PEAAF, comopropostadeformação,tementreseusdesafiosdemonstrarqueparaproduzirno tempo é preciso preservar, desderecursoshídricosebiodiversidadeatédiversidadesocioambientalecultural.

Odiálogoquepossibilitouaela-boraçãodeumprogramadeeducaçãoambiental para a agricultura familiarcomeçou há dois anos e envolveu aFederação Nacional de Trabalhadorese Trabalhadoras na Agricultura Fami-lar-Fetraf, a Confederação Nacionalde Trabalhadores na Agricultura-Con-tag,eaViaCampesina.Assecretariasnacionais de Desenvolvimento RuralSustentável e Articulação Institucio-nal do MMA estão envolvidas, desdeentão, em dialogar com a agriculturafamiliar para colher as propostas dosetor e incorporá-las no PEAAF. Nãoétarefafácil, jáquerequerdiagnósti-

cos junto a Territórios da Cidadania,segundo programa do Ministério doDesenvolvimento Agrário, sobretudonos estados prioritários do Mais Am-biente.Asparceriascomestadosestãosendoarticuladas,comonaBahia,on-de as negociações estão avançadas.Asportasestãoabertasnoministérioparaosinteressadosemeducaçãoam-biental.

Em2010,oprogramadefiniuumaintegração com o então criado Pro-grama Mais Ambiente, no sentido dedifundir entre os agricultores familia-resnovaspráticasdesustentabilidade.Assim,espera-seaagilizaçãonocum-primentodasnormasdepreservação,abrindocaminhoparaa legalizaçãoeregistronoCadastroAmbientalRural.Ouseja,legalésersustentável.

Noelencodeestratégiasdeimple-mentaçãoestátambémacomunicação.Comoasoficinasdecapacitaçãonãopodematenderatodaademandadosmovimentos do campo e demais se-tores da agricultura familiar, o PEAAFtambém prevê estratégias de comuni-cação.Publicaçõesecursosàdistânciamelhoramatransferênciadetecnolo-giasverdesaosagricultoresfamiliares.Levar por todos os meios as infor-

MeioAmbientenãoé

despesa,écapital.

Suaconservaçãoé

garantiadeumativo

queseprojeta

notempo.

mações a quem precisa delas é fatoressencialnatomadadedecisões.

Felizmente,háumaconvergênciaplenaentreo interessedaagriculturafamiliareoPrograma.OMMAvemfa-zendogestões juntoaoMinistériodoPlanejamentoparaconseguirosrecur-sosnecessáriosàsua implementaçãoebuscandoampliaraparceriacomosMinistériosdoDesenvolvimentoSocialeCombateàFome,doDesenvolvimen-to Agrário, da Agricultura, Pecuária eAbastecimentoecomodaEducação.Há um entendimento dentro do Go-vernodequeaerradicaçãodapobrezasóépossívelcomofortalecimentodaagriculturafamiliar.

O papel da educação ambientalvoltadoparaocampo,queseráimple-mentadopeloMMAesuasentidadesvinculadas,éconvencerosdiferentessegmentos de produtores e gestorespúblicos e privados a promoverem atransiçãoparamodelosdeprodução,consumo e geração de energia cadavez mais sustentáveis. O esforço éfazercomquesecompreendaquepro-dutoreseconsumidores,empequenaegrandeescala,seencontramnomes-mobarco.Dautilizaçãodos recursospelaagriculturaepelaindústriadein-sumoscombaixo impactoambiental,atéasprateleirasdossupermercados,daconservaçãodeenergiaatéadesti-nação finaladequadados resíduos,asustentabilidadesocioambientaléumlongocaminhoapercorrer.Umatran-sição que está apenas nos primeirospassos. O meio ambiente saudável ea qualidade de vida das presentes efuturas gerações depende do que fi-zermoshoje.

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Pequenasfrutas:opçãoparadiversificaçãoda

agriculturafamiliar

FramboesaVar. Autmn Bliss

AmorapretaVar. Tupi

MirtiloVar. Bluebelle

Physallis peruviana

PeloDr.EmersonDiasGonçalves

Entreosprodutosagrícolascultivadosnaagriculturafamiliar,destacam-seasfrutíferas,entreasquaisogrupodaspequenasfrutaspodeserconsideradoumaopçãoextremamenterentávelparaosagricultoresfamiliares.Estaspodemserproduzidaspara consumo in natura oumesmopara venda sob formadeprodutosprocessadosouatémesmocomoatrativosnoagroturismo.Na re-giãosuldeMinasGerais,asprincipaisrepresentantesdestasfrutas,conformedestacadasnasfotos,sãoaFramboesa(Raspberry),aAmoraPreta(Blackberry),oMirtilo(Blueberry)eaPhysalis(Colombian Golden Berry).

Estas pequenas frutas se caracterizam,principalmente,pela sua rustici-dadeeprodutividade,tornando-seumaopçãoparaapropriedadefamiliar,jáquesãofrutasquenãonecessitamdegrandesáreasparaseremproduzidas.Ainda, por serem frutas exóticas, se tornam uma forma de atração no cha-madoagroturismo,queatraituristasprincipalmentedegrandescapitaiscomoSãoPauloeRiodeJaneiro.Estesvêmbuscar,nointeriordoestado,apazeosossego,peculiaresdasregiõesondeseencontrampropriedadesdeagricultu-rafamiliar.Nestecontexto,osagricultoresfamiliarespodemaumentarolucrodapropriedadeoferecendoprodutosàbasedepequenasfrutascomogeleias,fermentados,destilados,licores,caldas,doces,ouaindaoferecerserviçosco-mocafése lanches,ondepodemservirprodutoselaboradosartesanalmentenapropriedade.Oturista,alémdeterapossibilidadedesaborearecompraressesprodutos,podecolheraspequenasfrutasdiretamentenaplantaepagarnasaída(“Pick and Pay”).Estaéumadasformasqueaspequenasfrutaspodemcontribuircomofontederendanaspropriedadesdeagriculturafamiliar.

Alémdisso,umaoutracaracterísticamuitoimportantedegrandeinteressenasfrutasvermelhasoupequenasfrutaséasuaconcentraçãodeantioxidantes.Antioxidantessãosubstânciasqueretardamavelocidadedaoxidaçãoatravésdeumoumaismecanismos,taiscomoinibiçãoderadicaislivresecomplexa-çãodemetais(Pietta,2000).DeacordocomLarson(1988),antioxidantesnaturaisocorrememtodasaspartesdasplantas,incluindooscarotenóides,vitaminas,fenóis,flavonóidesemetabolitosendógenos.

Frutas e vegetais contêm vários componentes antioxidantes (Cao et al.,

1996;Wangetal., 1996)eoconsumode frutase vegetais temsidoassociadoàbaixa incidênciae taxademortalidadeporcâncer (Amesetal.,1993;Willett,

1994)epordoençasdocoração(Verlangierietal.,1985).Oconsumodefrutasevegetaisaindareduzapressãoarterial,estimulaosistemaimunológico,desin-toxicacontaminantesepoluentesereduzprocessosinflamatórios(Ascherioet

al.,1992).

Os fitoquímicosencontradosem tecidos vegetais responsáveispela ca-pacidadeantioxidantepodeser largamenteatribuídoacompostosfenólicos,antocianinas,flavonóideseoutroscompostos(Caoetal.,1997).Deacordocom

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Wangetal.(1996)eHeinonenetal.(1998),asamoras,framboesasemo-rangossãograndesfontesdeantioxidantesnaturais.

Osextratosdefrutosdeváriascultivaresdeamoras,groselhasne-grasevermelhas,mirtiloseframboesaspretasevermelhasmostraramumanotávelatividadesequestradoraderadicais (Heinonenetal.,1998).Altosníveisdeantioxidantesforammostradosemtermúltiplosbenefí-ciosparaasaúdehumana(Amesetal.,1993;Geyetal.,1991).

Aindaemrelaçãoàamorapreta,Vizzoto(2008)aconsideraumafru-tafuncional,pois,alémdascaracteristicasnutricionaisbásicasquandoconsumidacomoparteusualdadieta,produzefeitobiológico/metabóli-coouefeitobenéficoàsaúdehumana.DeacordocomWangetal.(1994),aamorapretapossuifunçõesantimutagênicaseanticancerígenas.

Prioretal.(1998)encontraramdiferentecapacidadeantioxidanteemváriasespéciesecultivaresdemirtilo.Osmesmosautoresobservaramquecomoavançodamaturaçãodasfrutasdemirtiloresulta-seemummaiorteordeantocianinase,consequentemente,emaumentodocon-teúdodefenólicostotais.

TrabalhosconduzidosporJosephetal.(1999),noDepartamentodeAgriculturadosEstadosUnidos,comautilizaçãodeextratosdeespi-nafre,morango e mirtilo (como suplementação dietética) em ratosdelaboratórioporoitosemanas,mostraramqueestesextratosforamefi-cientesemreverterosdéficitscognitivosdosanimais,massomenteosgrupostratadoscomsuplementodeextratodemirtiloapresentaramme-lhordesempenhomotor.

OutraobservaçãoimportantenaEuropafoiarelaçãoentreocon-sumodomirtiloesaúdedosolhos.Umestudonestesentidomostrouacapacidadedafrutaemmelhoraravisãonoturna,colaborarcomapre-vençãodedoençascardíacasetambémoefeitodafrutadesuprimirocrescimentodeváriostiposdecélulascancerígenas.Alémdisto,omirtilocolaboroucomaprevençãodedoençascardiovasculares,sugerindoqueosfitoquímicosneleencontradospodemdesempenharumimportantepapelnotratamentodocâncerhumano.

Sendoassim,estasfrutassurgemcomoumaopçãoparaagriculturafamiliarepara indústriasdoramofarmacêuticooualimentício,neces-sitando, no entanto, de estudos relacionados aos melhores métodosagronômicosdecultivoecondução.Nestesentido,universidadeseins-tituiçõesdepesquisadevemconsideraraimportânciadestaspequenasfrutaseparticiparemdestaimportantemissãodedisseminá-lasevalorarsuaspropriedades.

Emerson Dias GonçalveséEngenheiroagrônomo,DoutoremAgronomiaepesquisadordaFazendaExperimentaldeMariadaFé(FEMF-Epamig)

Hábitos alimentares sustentáveis

Dêpreferênciaafrutaselegumesdaestação e produzidos em sua região,vocêpoderáconsumi-losmaisfrescos,pois eles não percorrerão longas dis-tânciasparachegarassuasmãos.

Façaumpequenocanteiroouflorei-racomhortaliças,temperoseervas.Novasoounojardim,ésemprebomteramãosalsinha,cebolinha,hortelã,man-jericão, alecrim, alface e o que maisvocêgostar.

Tomebastanteágua,dêpreferênciaa frutas, verdurase legumes.Dimuaoconsumodeenlatadoseprodutosca-lóricos.

Aprenda novas receitas e utilize osalimentosintegralmente.

Ao preparar as refeições observeo tempo correto de cozimento, eco-nomizegás.Abraaportadageladeiraapenasotemponecessário,eatornei-ra... lembre de fechá-la, a água passapor quilômetros e quilômetros de tu-bosatéchegaravocê.

Caminhe, respire, observe, escute,você descobrirá detalhes e sons quenuncapercebeuantes.

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ModeloBrasileirocontribuiráparaprojetarmudanças

climáticasglobais

EquipedeDifusãodeConhecimentodoCentrodeCiênciadoSistemaTerrestredoINPE

DevidoaoaltograudenãolinearidadedoSistemaTerrestre,sóépossívelestimaroscenáriosmaisprováveisdoclimanaTerrapormeiodacriaçãodeummodeloqueincorporedeformaconsistenteasinteraçõesentreosproces-soshidro-bio-fisico-químicosrelevantesdosistemaclimáticoglobal.

O projeto de pesquisa Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global(MBSCG),queintegraoInstitutoNacionaldeCiênciaeTecnologiaparaMu-dançasClimáticas(www.ccst.inpe.br/inct)eaRedeCLIMA,temcomoprincipalobjetivoreuniracomunidadecientíficabrasileiraparamodelarosdiferentescomponentes do sistema climático, tais como a atmosfera, a biosfera, osoceanos,acriosfera,osaerossóiseosprocessosdesuperfície,bemcomodesenvolver os métodos computacionais necessários para a criação de talmodelocomplexo.

OProjetoMBSCGcontacomquatrolinhasdeação,quecorrespondemaosmodelos-componenteslistadosabaixo,osquaissãoacopladosatravésdoacopladordefluxosFMS(FlexibleModularSystemdoGFDL/NOAA):

Atmosfera: modelo atmosférico global do CPTEC/INPE, com melhorias emsuasparametrizaçõesfísicasparaacoplamentocommodelosoceânico,conti-nentaldesuperfícieedequímicaatmosférica;

Oceano:modeloglobaloceânicoMOM4doGeophysicalFluidDynamicalLa-boratory — GFDL da NOAA/EUA, com as componentes de gelo marinho ebiogeoquímicaoceânica;

Superfície:modelodevegetaçãodinâmicaINLANDdesenvolvidopeloCCST/INPE, baseado no modelo IBIS do NCAR e que incorpora componentes dehidrologiaedefogo;

Química e aerossóis: modelo de química e aerossois CATT desenvolvidopeloCPTEC/INPEequeincluimodelocomponentededispersãodeplumadefumaça.

Nesse contexto, os dois principais produtos que estão sendo desen-volvidos são: (1) cenários de mudança climática global que constituirão acontribuição do Brasil para o 5º Relatório do Painel Intergovernamental deMudançasClimáticas(IPCCAR5),e(2)oModeloBrasileirodoSistemaClimá-ticoGlobal(MBSCG),queéumacontribuiçãooriginalbrasileiraaosesforçosinternacionaisparamodelareprojetarmudançasclimáticasglobais.

DentreasperguntasquedevemserrespondidascomodesenvolvimentodoMBSCG,destacam-se:Quaisosefeitosdosincêndiosflorestaissobreasnuvens?Qualoimpactodadescargafluvialnacirculaçãoenabiogeoquímicaoceânica?

TalmodeloconstituiráoModeloBrasileirodoSistemaClimáticoGlobal(MBSCG),paraoqualserãoutilizadosmodeloscomponentesqueincorporemo

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estadodaarteemsuasespecialidades.Utilizar-se-áaexperiênciadoINPEemmodelagemacopladaoceano-atmos-fera-biosfera-criosfera-hidrosfera,para incorporar os modelos com-ponentes candidatos, a saber oMCG_Atmos/CPTEC, o MCG_Ocean/GFDL (MOM_4, com seus modeloscomponentes de gelo e ciclos bio-geoquímicosmarinho),omodelodevegetação dinâmica IBIS (IntegratedBiosphere Simulator; Foley et al.,1996; Kucharik et al., 2000), o mo-delodequímicaatmosféricaCATTemodelohidrológicodesuperfície.

A tecnologia avançada de aco-plador (Flexible Modular System– FMS/GFDL) entre modelos seráutilizada para obtenção de modeloacopladoeficienteeversátildopontode vista físico, dinâmico e computa-cional.

Comopassointermediárionode-senvolvimentodoMBSCG,utilizar-se-áummodeloparamudançasclimáticasdereferênciainternacional(e.g.NCAR,Hadley Centre, Max Planck Institut),com modificações na física, resolu-çõeseinventáriosregionalizadosparaaAméricadoSul,paragerarumacon-tribuição brasileira para o próximorelatóriodoIPCC(AR5).

Umaspectodosmaisimportantespara o desenvolvimento do ModeloBrasileiro do Sistema Climático Glo-bal é a cooperação multinacionalenvolvendo instituições de pesquisade ponta do Brasil, Estados Unidos,ÍndiaeÁfricadoSul,bemcomodaAr-gentina,ChileeUruguai.

Pesquisadores jovens e expe-rientesdessespaísesparticiparamde

pelomenosumdosquatroworkshopsorganizados pelo subprojeto MBSCGe sediados no Brasil em 2009. Esseinteresse trará conhecimentos cientí-ficosmuitonecessáriossobretópicosabrangendo todos os componentesdomodeloclimáticoglobalemdesen-volvimentonoBrasil,desdeincêndiosflorestais até a hidrologia de super-fície, os efeitos da vazão dos rios nooceano,abiogeoquímicamarinhaeogelo,etópicosavançadosdeconvec-çãoatmosféricaechuva.Foidiscutidoo desenvolvimento dos conjuntos dedados associados necessários para autilizaçãodomodelo.

Além disso, foi publicado o pri-meiro trabalho científico sobre osimpactos do desflorestamento daAmazônianoclimausandoomodeloglobal acoplado oceano-atmosfera.Estemodeloacopladoformaaespinhadorsal do desenvolvimento MBSCG,mostrandoainterligaçãoentreapreci-pitaçãosobreaAmazônia,acirculaçãogeraldaatmosferaeosoceanos.

O MBSCG representa uma infra-estruturacientíficanecessáriaparaqueoBrasillidecomamudançaclimática,poispermitiráaproduçãodecenáriosclimáticosparaaAméricadoSulcommaior confiabilidade do que aquelesatualmentedisponíveis.IstoajudaráoBrasileoutrospaísessul-americanosatomarasmedidasnecessáriasparaseadaptaremitigarasmudançasclimá-ticas.

Fonte: www.ccst.inpe.br e Relatório Anualdo Instituto Nacional de Ciência e Tecnolo-gia para Mudanças Climáticas. A íntegra dorelatório está disponível em: www.ccst.inpe.br/inct/INCT_report_digital_port.pdf

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Mutirão

LimpaBrasilLet’sdoit!

ORiodeJaneiroéaprimeiradasse-tecidadesbrasileirasareceberoLimpaBrasilLet´sdoit!,movimentomundialdemobilizaçãosocialvoltadoparaoenvol-vimento da sociedade no recolhimentodosresíduossólidosdescartados.

O primeiro mutirão de limpeza nacidade ocorre no Dia Mundial do MeioAmbiente. Dezoito ecopontos espa-lhados por todas as regiões da cidade,recebemolixorecolhidopelapopulaçãoem tendasonde já atuamorganizaçõesnão governamentais (ONGs) que traba-lhamnadefesadomeioambiente.

OcoordenadornacionaldeLogísti-cadoLimpaBrasil,TiãoSantos,acreditaque,comoaté2016,oRiodeJaneirose-ráaportadeentradadoBrasil,comdoisgrandes eventos esportivos (Copa doMundo de 2014 e Olimpíadas de 2016)eumsobredesenvolvimentosustentável(Rio+20,ConferênciadasNaçõesUnidasparaoDesenvolvimentoSustentável),apopulaçãocariocadeverecebernoçõesdeeducaçãoambiental.

“EuachoqueoRiodeJaneirotemque começar adar exemplo. Vamos re-ceber pessoas de todos os lugares domundo,acidadevaiestarcomexcessode pessoas circulando, ou seja, consu-mindoeproduzindolixoequalexemploagentedácomisso?Temosquenospre-pararparanãofazerfeio”,disseTião.

Nospróximosmeses,Brasília,Cam-pinas(SP),Guarulhos(SP),Goiânia,SãoPauloeBeloHorizontetambémpartici-parãodainiciativa.(Fonte:AgênciaBrasil)

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AgropecuáriaganhaR$2bilhõesparacombaterdesmatamento

OMinistériodoMeioAmbientequerousointensivodenovastecnologiasparareduzirasemissõesdaatividadeagropecuária.Oplanosetorial,concluídoestasemana,prevêadestinaçãodeR$2bilhões,até2020,oqueevitaráque32milhõesdehectaresdeflorestassejamderrubadasparaalavancarosaumentosdaprodução.

“Podemosampliarem8milhõesos23milhõesdehectaresdoplantiodiretonoBrasil”,afirmouem1ºjulhoosecretáriodeMudançasClimáticas,EduardoAssad.Comisso,acreditaemsignificativareduçãonousodedefensivos,maisumidadenosoloemaisequilíbrioambiental.Medidascomoamelhoriadospastosdevemseradotadasparareduziroimpactodosetoragropecuárionototaldeemissões.

AagriculturaeapecuáriajuntassãoresponsáveisporumquartodetodasasemissõesdegasesdeefeitoestufanoBrasil.Aspráticasextensivasexigemgrandes áreas, avançando sobre asflorestas.Oconjuntodesoluçõespro-postas pelo plano setorial apontampara ganhos de produtividade comredução expressiva dessa demanda.Dados do Ministério da Agricultura,entre 1960-2010 demonstram que osavanços tecnológicos no setor evita-ramodesmatamentode405milhõesdehectaresdeflorestasnativas.

Oprodutorbrasileiroprecisaho-jede10hectaresparaabrigarquatrocabeças de gado. As melhorias pro-postas permitiriam a criação de umrebanho equivalente a 12 milhões derezes,semampliaraáreahojeutilizadapelapecuária.

Segundo Assad, somente a me-lhoria dos pastos implicariam nareduçãode100milhõesdetoneladasnas emissões de carbono (CO2) nospróximos 10 anos. A média anual dapecuáriabrasileiraéde400milhõesdetoneladas. As ações previstas para o

setorincluemarecuperaçãodepastosdegradados, por meio do plantio degrãosquedeixamresíduosquerevita-lizamosolo.

A integração entre lavoura, pe-cuária e florestas podem inibir olançamentonaatmosferadeoutras30milhõesdetoneladasdeCO2.Asemis-sõesdegasesefeitoestufapodemserreduzidas pela utilização de técnicasdeplantiodireto.

Jáosdejetospodemsertratadospara a produção de energia elétricae com issoevitarque4,3milhõesdemetroscúbicoscheguemaosriosnospróximos20anos.Entreasestratégiaspara implementar o plano da agricul-tura também estão a ampliação dasflorestasplantadasemtrêsmilhõesdehectaresnoPaís,porseremeficientesnosequestrodecarbono.

9

Aagriculturaeapecuária

juntassãoresponsáveis

porumquartodetodasas

emissõesdegasesdeefeito

estufanoBrasil.

OPlanoincentivará,ainda,osprocessosdefixaçãobiológicadenitrogênio,importanteparaaqualidadedosolo,pormeiodebactériasqueretiramasubs-tânciadoarantesdeserabsorvidapelasplantas.Depois,elaétransformadaemamôniasolúvelemáguaenitratomelhorandoaprodutividadeagrícola.

OdocumentofoiformuladopelosministériosdaAgriculturaedoDesenvol-vimentoAgrário,coordenadopeloMMA,pordeterminaçãodaPolíticaNacionalsobreMudançadoClima. Teve a contribuiçãodeempresasdo setor, alémdeinstituiçõesgovernamentaisenão-governamentais.

Em2010oGovernoeditoudecretodandoprazoaté31dedezembroparaaconclusãodetodososplanossetoriaisenvolvendomudançasclimáticas.Estãoemfasedefinalizaçãooplanoparaareduçãodeemissõesdegasesdeefeitoestufanasiderurgiaejácomeçaramaserdelineadososplanossetoriaisquesereferemaotransporte(cargasepassageiros),indústria(transformaçãoebensdeconsumoduráveis), indústriaquímica,mineração,construçãocivil, serviçosdesaúdeeindústriadepapelecelulose.(Fonte:MMA)

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Qualidadedevidanasmetrópoles

São Paulo recebeu prefeitos e representantes das grandesmetrópolesdoplanetaparadiscutirsoluçõeseiniciativasafavordomeioambienteedaqualidadedevida.PelaprimeiravezumacidadenaAméricadoSulsediaumaediçãodaRedeC40-Large Cities Climate Leadership Group.

A Rede C40 de Grandes Cidades é uma organização quereúne,acadadoisanos,asmaiorescidadesdomundoparaadis-cussão do papel dos governos locais no combate às mudançasclimáticas.Surgiupor iniciativadoprefeitodeLondresem2005.Seu propósito é incentivar a cooperação internacional entre asgrandescidades,parareduzirasemissõesdecarbono,epromoveraçõesentreasinstituiçõesprivadasegovernosnacionaisafimdereduzirosefeitosdoaquecimentoglobal.

Em2006,foiestabelecidaumaparceriacomaClintonClima-teInitiative(CCI),fundaçãolideradapeloex-presidentedosEUA,BillClinton.OComitêDiretordaC40éformadopelascidadesdeSãoPaulo,Delhi,Berlim,Johanesburgo,Londres,LosAngeles,No-vaYork,TorontoeTóquio.EssegrupolideraasatividadesdaRedeedesenhaaestratégiainternacionaldaC40.

OdestaquenaC40, foioanúnciodopresidentedoBancoMundial,RobertZoellick,dequecriarálinhasdecréditomaisaces-síveisparafomentarprojetosambientaisdascidades.Nodia1dejunho,ZoellickassinoucomoprefeitodeNovaYorkePresidentedaRedeC40,MichaelBloomberg,umprotocolodeintençõesparaformalizaracooperação.“Comessedocumento,esperamosabrir

umanovajaneladeoportunidadesparaascidades”,disseZoelli-ck.OpresidentedoBancoMundialnãomencionouvalores,maslembrouqueaentidadedestinaatualmenteUS$5,5bilhõesparaprojetosdedesenvolvimentourbano, inclusiveparacidadesqueintegramaredeC40.

Paraquenovosfinanciamentosseviabilizem,noentanto,éprecisopadronizar amediçãodeemissõesde gases causadoresdoefeitoestufa.Oprotocoloassinadoestabeleceacriaçãodeumsistemaparaviabilizá-lo.Aideiaédivulgarasnormasemnovem-brodesteano.Obancodefendequeapadronizaçãoirámelhorara tomada de decisões contra mudanças climáticas e facilitar oacessodas cidadesa financiamento. “Primeiro temosque saberquaissãoasemissões,quaisosobjetivosdascidadeseveroquevocêsquerematingir”,afirmouZoellick.Astaxasdejurosquese-rãoaplicadasnãoforamdivulgadas,masemgeral,obancoaplicapercentuaisde1%.

Conheça alguns dos projetos bem sucedidos nas cidades que formam a Rede C40

São Paulo — O Programa de Plantação de Árvores da Se-cretaria do Verde e Meio Ambiente cultivou 185.164 árvores em2008,distribuídasdeformahomogêneaportodaacidade.Alémdecontribuirparaoequilíbrio térmicoda região, asárvoresab-sorvem carbono e reduzem o efeito estufa. Estima-se que umaúnicaárvoreabsorva180quilosdecarbonoduranteseuprocessodecrescimento.Combasenessesdados,épossívelestimarque18.000 toneladas de carbono foram absorvidas somente pelasárvoresplantadasem2006.OProjeto 100 Parques para São Pauloéoutrainiciativaquecontribuirádeformaconsiderávelparaoaumentodeáreasverdesnacidade.Até2005,acidadedeSãoPaulopossuíaapenas32parquesparaumapopulaçãode11mi-lhõesdehabitantes.Desdequeoprojetofoiconcebido,em2005,43novosparquesforamentregueseoutros23estãoemconstru-ção.Oobjetivoéchegara100parquesaté2012,quandoacidadeterámaisde50milhõesdemetrosquadradosdeáreasverdesedelazer.

Aterro São João e Bandeirantes (SP) — Aterros convertidosemusinastermoelétricasagora fornecemeletricidadeparacercade700.000pessoas.Diariamente,acidadedeSãoPauloproduz15.000toneladasderesíduos,oquetornaacoletaedescartedes-sesdejetosumgrandedesafioparaaadministraçãoambientaldacidade.Antes,essesresíduoseramdespejadosemdoisdosmaio-resaterrossanitáriosdomundo:oaterroBandeirantes,localizadonokm26daRodoviadosBandeirantes,nazonanorte,eoaterroSãoJoão,localizadonazonalestedacidade.Cadaumdelesapre-sentavacapacidademáximadeaproximadamente25milhõesdetoneladas e foram desativados em 2005-2007, respectivamente,apósatingiremesselimite.Ometanoproduzidoeratransportadoatravésdeumatubulaçãosubterrâneaequeimadoemfornalhas.Apóssuadesativação,usinastermoelétricasforaminstaladasemambososaterros.Atravésdacapturaequeimadogásmetano,elasgeramoequivalentea7%daeletricidadeconsumidana cidade.Portanto,ometanoproduzido,queanteseraapenasqueimado,agorageramaisde175.000MW/hemcadaumadasusinas,osufi-cienteparaatenderaumapopulaçãode700.000pessoas.

Seoul—DiassemcarroreduziramasemissõesdeCO2em10%anu-almente.Umprogramavoluntárionoqualaspessoasescolhemumdiadasemana(desegundaasexta-feira)comodiaparanãodirigir.

DadosdaC40SãoPauloSummit

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Osparticipantesrecebemincentivos,quesãofornecidospororganizaçõespúblicaseempresasprivadas,comodescontonacompra de gasolina, estacionamento eserviçode lava rápidogratuito,parauti-lizarem meios de transporte alternativosnosdiasselecionados.

São Francisco—cidadelíderemtrans-portedebaixaemissãoequepossuiumadas maiores frotas municipais a utilizarcombustíveis limposnopaís.OesforçodaCleanAirVehicledeSãoFranciscoéumcompromissoassumidopelasagên-ciasmunicipaisdereduzirasemissõesdecarbononasfrotasatravésdaaquisiçãodeveículossustentáveis.Desde1999,aleimunicipaldeArSaudávelePrevençãode Poluição e, através de uma Diretrizda Prefeitura de 2005, estabeleceu re-quisitos para que as frotas da cidadeadquirissemveículosmovidosacombus-tíveisalternativoseeficientesdopontodevistaenergético.

Bogotá—ACicloRutaéumdossiste-mas de ciclismo mais abrangentes domundo.Osistema reduziuadependên-cia dos veículos e mudou de maneirafundamentalocomportamentonacida-de–em2007,4%dapopulaçãoutilizavasuasbicicletas,umaumentoemrelaçãoaos2%constatadosem2000.ACicloRu-taéumaredede211milhas(303km)decicloviasparausoexclusivodebicicletas.Depoisdealgumasexperiênciascom li-nhasconstruídasentre1996e1997,umplanoformalfoiestruturadoeextensiva-menteimplementadoemtodaacidade.Osistemaédivididoemtrêsseções:1.A Rede Principal: conecta os principaiscentrosurbanos–suasprincipaisáreaseducacionais e de negócios – às áreasresidenciaismaispopulosas.Tambémseconectaàredesecundária;2.Rede Secun-dária:conectaáreasresidenciais,parques,instalaçõeseatraçõesàredeprincipal;3.Rede Complementar: liga redes recreativaserotasexternasaosistema.Essasrotasestão localizadasao longodasmargensderiosque,porsuavez,fazempartedosistema de Parques Lineares da cidade;algumasáreastambémficamnosarredo-resdepântanos.

Barcelona –OesquemaBicingdealu-guel de bicicletas de Barcelona reduziuasemissõesdeCO2nacidadeem960to-neladasduranteosprimeirosseismesesdeoperação.Bicingéumaredepúblicadealugueldebicicletasintegradaàrededetransportepúblicocomoônibus,me-trô,bondeselétricosetrens.Barcelonaéuma cidade com uma densa populaçãourbanae grande índicedepedestres.Ainiciativa Bicing possui um efeito triplo– encoraja os usuários a não dirigirem;promoveotransporteintermodal;e,em

horários críticos, alivia o congestiona-mento que recai sobre a infraestruturade transporte público existente. Ouveumareduçãonousodeautomóveispar-ticulares,melhorianaqualidadedoareumareduçãonasemissõesdegasesdoefeitoestufa.

Copenhagen — 97% do aquecimentoda cidade é fornecido por calor residu-al. O sistema simplesmente captura ocalorresidualdaproduçãodeeletricida-de – normalmente liberado no mar – eo canaliza de volta para as tubulaçõesresidenciais. O aquecimento do distritodeCopenhagenéumsistemade forne-cimentodeenergiatérmicaqueutilizaocalorresidualdasusinasde incineraçãode lixo e usinas de produção combina-dadecaloreenergia(CHPs).Oprocessoeconomiza energia e reduz substancial-menteasemissõesdeCO2epoluentes.O calor residual, normalmente enviadopara o mar como um subproduto dasusinas de incineração e de GeraçãoCombinadadeCaloreEnergia(CHPs),ébombeadoatravésdeumarededetubu-laçõesde1.300kmdiretamenteparaasresidências.Osistemamantématempe-raturadaágua,fornecendoàscasasumaforma de aquecimento barato derivadadeumprodutoresidual.

Tóquio—incentivaempresasdeenergiaa fornecerem 20% de energia renovávelaté2020.Aoexigirqueasempresasdeenergiamostremaosseusclientessuascredenciaisverdes,acidadeestágerandoumamaiorconcorrênciaentreasfontesdeenergiasrenováveis.Asempresaspre-cisam fornecer suas metas e relatórios,incluindo: 1. Os fatores de emissão deCO2(EmissãodeGasesdeEfeitoEstufaporquilowatt/horadeeletricidade);2.Ametadereduçãoparaofator;3.Oatualprojeto de energia renovável; 4. Crono-gramas futuros para a implantação deenergia renovável. Estes relatórios sãodivulgados oficialmente e ajudam osclientes a escolherem a empresa maissustentável,aumentandoaconcorrênciaporumaenergiarenovável.

Toronto — O Fundo Atmosférico deToronto (TAF) financia iniciativas da ci-dadequevisamcombaterasmudançasclimáticasglobaisemelhoraraqualidadedoaratravésdeumfundorotativoauto-sustentável. O objetivo do Fundo é seropioneiroemsoluçõesqueaceleremasreduçõesdeemissõeslocaisdegasesdoefeito estufa, através do fornecimentode subsídios e empréstimos para de-senvolvimento de projetos especiais erealização de parcerias com todos ossetoresdacomunidade,secretariasmu-nicipais e agências para facilitar a açãosobreasmudançasclimáticas.

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Gestãona

Terceirização&SustentabilidadePorCélioGentil

A terceira Revolução Indus-trial iniciou-se durante a SegundaGuerra Mundial com a revolução datecnologia da informação, tendo porbase o desenvolvimento da eletrôni-ca, microeletrônica, computadores,telecomunicaçõeseatualmenteasex-pectativasdananotecnologia.

Oconjuntodemetaseobjetivosqueumaorganizaçãopretendeatingirem um período relativamente curto,pressiona de forma acelerada, a bus-cadenovasformasdeadministração,paraatenderasnecessidadesdeseusdiversospúblicos.

Várias “Políticas” são implanta-das nestas organizações, buscandoresultados inovadores, maior com-petitividade e lucratividade. Quandofalamos em “Sustentabilidade” e anecessidade de mudanças, de certaforma, incorporamos nos projetos,etapasqueinúmerasvezessedirecio-namparaasparceriasterceirizadas.

A “Terceirização” vem crescen-do ao longo destas últimas décadas,como ferramenta fundamental paraatingirobjetivosemelhoraras“ativida-desfins”dasempresas.As“atividadesfins” são as principais atividades daempresa, ou seja, a mais importanteemtodooprocessodeproduçãoeas“atividadesmeio”,todasasatividades

de apoio que auxiliam a produção.Comoexemplo,atividadefiméamon-tagemdeumprodutoeatividademeioausinagemdecomponentes.

Além da Sustentabilidade, outradecisão estratégica dentro da “APO—Administraçãoporobjetivos”,éde-terminarmetasparaaTerceirizaçãodealgumasáreasdasempresas,tentandoeliminardesperdícioseminimizarcus-tos.

Precisamos avaliar com cuidadoestasmudanças.Nossoobjetivones-tecontextoémostrar,aseguir,pontosrelevantes no aspecto legislativo quepodem auxiliar nas decisões das em-presas.

SegundooprofessorSérgioPintoMartins em sua obra jurídica “A Ter-ceirização e o Direito do Trabalho”,8aedição,p.16,noBrasil,anoçãodeterceirizaçãofoitrazidapormultinacio-naisporvoltade1.950,pelointeresseque tinham em se preocupar apenascomaessênciadoseunegócio.

A indústria automobilística éexemplodeterceirizaçãoaocontratara prestação de serviços de terceirosparaaproduçãodecomponentesdosautomóveis, reunindo peças fabrica-dasporfornecedores,ficandoapenascomamontagemfinaldoveículo(ati-vidadefim).

Aindanaspalavrasdonobrepro-fessor,emsuacitadaobra,p.23,“...aterceirizaçãonãoestádefinidaemlei,nemhánormajurídica,atéomomen-to,sobreotema”.

Trata-se, portanto, de uma es-tratégia na forma de administraçãodas empresas, que tem por objetivoorganizá-la e estabelecer métodosda atividade empresarial, repassandopara terceiros especializados e commaior conhecimento, suas atividadesde apoio, dando maior atenção parasuasatividadesfins.

Atualmente,oquetratadotemaéasúmula331doTST(TribunalSuperiordoTrabalho),quecuidadeumacons-truçãojurisprudencial,ouseja,limitaaatuação da atividade empresarial. Elarestringeaterceirizaçãodeserviçosàs“atividadesmeio”deumaempresa,oquetornaopoderdeatuaçãodoem-presáriomuitoreduzido.

No entanto, precisamos ter emmente que a Constituição Federal de1.988nãodispõedeformacategóricaque a “Terceirização” deva ser reali-zada apenas na “atividade meio” daempresa.

Alguns especialistas entendemque não há na constituição de 1.988nenhumadisposiçãoqueproíbaoem-presário de terceirizar sua “atividade

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fim”.Emais,nãohá leiordináriaqueaimpeça.

Por outro lado, fica o enten-dimento de que o empresário estárespaldadopordoisdispositivosinse-ridosnaConstituiçãoFederalde1.988,asaber:

Art.5ºC.F,III“élivreoexercíciodequalquertrabalho,ofícioouprofissão,atendidas as qualificações profissio-naisquealeiestabelecer”.

Art. 170 C.F “A ordem econômica,fundada na valorização do trabalhohumano e na livre iniciativa, tem porfim assegurar a todos existência dig-na, conforme os ditames da justiçasocial”.

Nessesentido,nãoháilegalidadequandooempresárioterceirizasuaati-vidadefim.Cabeaeleaconveniênciade adotar um planejamento estraté-gico dentro da sua própria empresa,comobjetivodereduçãodeseuscus-tosdeprodução,gerandoassimmaisempregoerenda.

Seria de extrema importância seoPoderLegislativoestivesseempro-cessodediscussãoevotaçãodeumaproposta legislativa que pudesse darumnorte legalparaacontrataçãodeserviçosterceirizados.

Aterceirizaçãoprecisaserregula-mentadaemlei,evitandoassimmuitasdivergênciascomoMinistériodoTra-balho,SindicatoseColaboradores.

Asorganizaçõesbuscamdaropor-tunidadesdetrabalho,mastambémaredução de seus custos, pois, se de-penderem das ações governamentaisde reduçãodacarga tributária, certa-mentedemandarátempo.

Apossibilidadedoempregadorter-ceirizarserviços,sejadaatividademeio,sejadaatividadefim,certamenterepre-sentariaumgrandeavançona relaçãocusto benefício para os empresários,empresas contratadas e colaborado-res.

Algumas propostas estão sendodiscutidaspelaCUT(CentralÚnicadosTrabalhadores), lideradopeloDeputa-doVicentinhocomapoiodediversossindicatos, através do Projeto de Lei

1.621de2.007,quedefendemalgunsfatorescomo:

Proibição da terceirização ligada àatividade“Fim”.

Direitoainformaçãoprévia,quandodointeressedasempresasemterceiri-zarserviços.

Igualdade de direito e tratamentoentreostrabalhadoresdatomadoraeprestadoradeserviços.

Penalização das empresas infrato-ras.

Responsabilização solidária entretomadoraseprestadorasdeserviços.

Também encontramos o ProjetodeLeidoMinistériodoTrabalho,que:

Prevê que trabalhadores contra-tados por empresas terceirizadaspassarãoatervínculocomasempre-sascontratantesdeserviços.

Ostrabalhadoresterceirosterãoosmesmos direitos previstos nos acor-dos coletivos feitos pelos sindicatosdacategoriadaempresatomadoradeserviço.

Devemanteraequiparaçãosalarialentreostrabalhadoresdatomadoraeprestadoradeserviço.

Garanteocumprimentodeencargostrabalhistas mesmo se a prestadoraentraremfalência.

Otextojáfoidebatidocomosse-guimentosinteressadosedirecionadoparaaCasaCivilqueencaminharápa-raoCongressoNacional.

Outros Projetos de Lei sobre amatéria,tambémestãotramitandonoCongresso Nacional, e sabemos queaindalevaráalgumtempoparadiscus-são,consensoeaprovação.

Apesar de todas as dificuldadesporfaltadeumalegislaçãoespecífica,a terceirização tem mostrado atravésdeinúmerasestatísticasquejáéumarealidade no meio empresarial, masprecisando ainda, de melhorias nosprocessosemuitadedicaçãodospro-fissionaisqueanalisameimplantamaferramenta.

Célio Gentil, CG – Consultoria Empresarial eRecursosHumanos

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Campanhacidadãoconsciente

Asoluçãocomeçacomvocê.Façasuaparte.

Pequenosatospodemmudaromundo.Acredite!

OLionsClubeItajubáInconfidênciaeaDiagrarteEditora—RevistaNaturale,propõemestaCampanhaeoferecemsugestõesdepequenosatosqueincorporadosaonossodiaadiafazemtodaadiferença.Experimentevocêtambémevejamudançasaconte-cerem.

Reutilizeembalagens—muitasquevãoparaolixo,poderiamserreutilizadas,porvocêouporquempossadar-lheoutrafinali-dade.Comcriatividadepeçasartesanaisúteispodemsurgirdoqueiriaparaolixo,comvaloragregado.

Móveisusados—nãoos joguenacalçada,doeparaalgumaentidadebeneficienteouaviseocatatrecodesuacidade.Elespo-derãosertransformadosempeçasúteis.Nacalçadasedeterioramenolixãodemoramasedecompor.

Na reforma reaproveiteos revestimentos, tacosporexemplo,costumamserdemadeiranobre,sereaproveitá-losvaievitarquenovasárvoressejamcortadasequeoentulhoparenosrios.

Óculosusados—pontosdecoletadaCampanhaOlhares:Pa-pelariaSãoMiguel(R.MajorBeloLisboa,267)ouL´acquadiFiori(R.AméricodeOliveira,417).

Identifique-se com uma causa, seja um voluntário. Contribuacomseutrabalhooudoaçõesparaalgumaentidadeassistencialdesuacidade,muitaspassampordificuldades.Sugestões:

Associação Resgacti—adoteumanimal(cãoougato),contri-buacompartedocustodeumacastração(R$60,00),doeraçãoou contribua mensalmente para a manutenção dos animais re-colhidos.Depósitos identificadospodemser feitosnoBradesco,agência 1275, conta 0659150-7. Informações 9945-0494, e-mail:[email protected].

Lar da Providência de Itajubá(idosos)—RuaAbeldosSantos,162.Tel.:(35)3623-1744/3623-9413.

Enviesugestõesparaampliaresta listaeajudeadivulgaracampanha. Contatos: [email protected] (35) 8845-1779 [email protected]

Promoção:

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HigienebucalgarantebomsorrisoVejaamelhorformademanterseusdentessaudáveis

PelaDra.GraciaCostaLopes

Realizar a higiene bucal é bem simples, escovar osdenteséumhábitofundamentalparamanterasaúdedosdentesedostecidosbucais.Umaescovaçãoregradaeme-ticulosaprevineaformaçãodecáriesetártaro,poisremoveresíduosdealimentosebactérias.Oidealéescovarosden-tesapóstodasasrefeiçõesparanãopermitirformaçãodeplacabacteriana.

Éprecisoatençãocomaescova,quandoascerdasco-

meçamaabrir,énecessáriosubstituí-la.Amelhoropçãoéaescovamaciacomcerdasarredondadas.Apósaescovação,devemoslavá-laearmazená-laemlocalisoladoeprotegidadequalquercontaminaçãoexterna.

AtécnicadeescovaçãoaseguiréchamadadeTécnicadeBassouescovaçãoa45°efoidesenvolvidapararemoverbactériasdosulcogengivalemassagearagengiva,alémderemoveraplacabacterianadaparededosdentes.

1. Posicione as cerdas da escova naárea entre as bordas da gengiva e odenteaumângulode45°.Faça,emse-guida,pequenosesuavesmovimentosvibratóriosdenteadenteouemgruposdedois,semtiraraescovadolugar.

2.Aoescovaraarcadasuperior, façamovimentosdevarreduradecimaparabaixo, começando do lado esquerdoparaodireito,nasduasfacesdosden-tes.

3.Paraescovarosdentesdebaixo,fa-çamovimentosdevarreduracomlevesvibraçõesdebaixoparacima,doladoesquerdoparaodireito.

4.Escoveosdentesdafrente,posicio-nandoaescovaverticalmentenaparteinterna destes, fazendo movimentosvibratórios de vaivém. Este procedi-mentodeveserfeitotantonosdentessuperioresquantonosinferiores.

Escovas interdentais

Sevocê temdentesbastante separados, aparelhosortodônticos,pontes,ou implantes,vocêpodesebeneficiardeumaescova interdental.Estaescovadedentestemumacabeçacônicaoucilíndricabastantepequenacomcerdasfinas.

Fio dental

Ofiodentaldeveprecederaescovaçãosempre,poisascerdasdaescovanãoalcançamoespaçoentreosdentes.

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A concessão de incentivo financeiroaosproprietárioseposseiros,denominadaBolsaVerde,foi instituídapelaLei17.727,de13deagostode2008,e regulamenta-dapeloDecreto45.113,de05dejunhode2009.

OBolsaVerdetemporobjetivoapoiara conservação da cobertura vegetal nati-vaemMinasGerais,mediantepagamentopor serviços ambientais aos proprietáriose posseiros que já preservam ou que secomprometem a recuperar a vegetaçãodeorigemnativaemsuaspropriedadesouposses.

Podem-se considerar como ganhosprincipaisdoBolsaVerde,porum lado,oapoioaoprodutorrural—proprietárioouposseiro—paraaefetiva implementaçãodeaçõesdeconservaçãoerecuperaçãoe,poroutrolado,obenefícioambientalaufe-ridopelacoletividade.

Desdeainstitucionalizaçãodafunçãosocialdapropriedade,noEstatutodaTer-ra,em1965,cabeaoproprietárioruralouposseirogarantiraconservaçãoambientalemsuas terras.OCódigoFlorestal,nessemesmo ano, definiu a obrigatoriedade deaverbaraReservaLegalemanterasÁreasde Preservação Permanente (APPs). A LeiFlorestal mineira, em 2009, pela primeiravezdefiniuaobrigatoriedadederecupera-çãodasÁreasdePreservaçãoPermanente,determinandoumprazoparacumprimentodetalobrigação.

OsrecursosatualmentealocadosnoPrograma, no entanto, tendem a ser in-suficientes para atender a toda demandaprevista.Talsituaçãoexigiuadecisãodeseestabelecerprioridadesparaaalocaçãoderecursos,garantindoaefetividadedoPro-grama.

Como um programa de política pú-blica,noentanto,pretende-sequeoBolsa

Verde se consolide em todo o territóriodoEstadodeMinasGerais,deformaper-manenteeuniversal,acessívela todososposseiroseprodutoresruraisqueaceitemsevincularaoprocessonostermosdale-gislação.

OpresentedocumentofoiformuladoapartirdasdecisõesdoComitêExecutivodo Programa Bolsa Verde, formado peloInstitutoEstadualdeFlorestas(IEF), Insti-tutoMineirodeGestãodeÁguas (IGAM),EmpresadeAssistênciaTécnicaeExtensãoRuraldoEstadodeMinasGerais(EMATER),GabinetedoSecretárioExtraordinárioparaAssuntosdeReformaAgráriadoEstadodeMinasGerais(SEARA)eInstitutodeTerrasdoEstadodeMinasGerais (ITER).Partici-pam,ainda,comoconvidados,aFederaçãoda Agricultura e Pecuária do Estado deMinas Gerais (FAEMG) e a Federação dosTrabalhadoresnaAgriculturadoEstadodeMinasGerais(FETAEMG).

Pormeiodaformulaçãodessedocu-mento,oComitêprocuraadotarelementossuficientes para garantir a transparênciada execução do Programa, bem como doconhecimento de suas ações por parteda sociedade, do governo e das institui-ções interessadas. Ressalte-se que foramfeitasopções factíveis,dopontode vistaoperacional e financeiro e, adequadas àspossibilidades reaisdeatuaçãodo IEF—responsávelpelaSecretariaExecutiva—edasinstituiçõesresponsáveispelaimplan-taçãonocampo.

NoBolsaVerdeestãoprevistasduasformasdeapoioaoprodutorrural:

oapoioàmanutençãodavegetaçãona-tivaexistente;

oapoioaaçõesderecomposição,res-tauraçãoerecuperaçãoflorestal.

No primeiro ano, 2010, os recursosforamdirecionadosaoincentivofinanceiro

Bolsa Verde

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àmodalidadedemanutençãodavegetaçãonativaexistente,bemcomoparaoscustosdeadministraçãodoPrograma.

Opagamentodasaçõesderecompo-sição, restauraçãoe recuperação florestalseráefetuadoapartirde2011.

Critérios para definição de prioridades de atendimento

Terão prioridade de atendimento,conformeArt.2ºdoDecreto45.113,de05de junho de 2009, as propostas encami-nhadas por proprietários e posseiros queseenquadremnasseguintescategorias:

agricultoresfamiliares,deacordocomaLeinº11.326,de24dejulhode2006;

produtores rurais cuja propriedade ouposse tenha área de até quatro módulosfiscais;

produtores rurais cujas propriedadesestejamlocalizadasemUnidadesdeCon-servaçãodecategoriasdemanejosujeitasà desapropriação e em situação de pen-dêncianaregularizaçãofundiária;

poderão, também, serbeneficiadososproprietários de áreas urbanas que pre-servem áreas necessárias à proteção dasformaçõesciliares,àrecargadeaquíferos,à proteção da biodiversidade e ecossis-temas especialmente sensíveis, conformecritériosaseremestabelecidospeloComi-têExecutivodoBolsaVerde.

Nesse universo de atendimento, se-rão estabelecidos critérios de pontuaçãopara a avaliação técnica das propostaspelaSecretariaExecutivaeposteriordeli-beraçãodoComitêExecutivodoProgramaBolsaVerde.

Para conhecer melhor o programaacesseositewww.ief.mg.gov.br/bolsa-verde

(Fonte:www.ief.mg.gov.br/images/stories/bolsa-verde/manual_sem_logos.pdf)

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