25
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC TP 01, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2015 Dá nova redação à NBC TP 01 – Perícia Contábil. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10, faz saber que foi aprovada em seu Plenário a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC): NBC TP 01 – PERÍCIA CONTÁBIL Sumário Item OBJETIVO 1 CONCEITO 2 – 5 EXECUÇÃO 6 – 15 PROCEDIMENTOS 16 – 29 PLANEJAMENTO 30 – 40 Objetivos 31 Desenvolvimento 32 – 36 Riscos e custos 37 Equipe técnica 38 Cronograma 39 – 40 TERMO DE DILIGÊNCIA 41 – 46 Estrutura 46 LAUDO E PARECER PERICIAL CONTÁBIL 47 – 69

NBC TP 01 de março de 2015

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Nova redação para a NBC TP 01, a Norma Brasileira de Contabilidade que versa sobre a Perícia Contábil. Essa nova redação é de 27 de fevereiro de 2015 e foi publicada no DOU em 19 de março de 2015.

Citation preview

RESOLUO CFC N

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC TP 01, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2015

D nova redao NBC TP 01 Percia Contbil.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais e com fundamento no disposto na alnea f do Art. 6 do Decreto-Lei n. 9.295/46, alterado pela Lei n. 12.249/10, faz saber que foi aprovada em seu Plenrio a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC):NBC TP 01 PERCIA CONTBILSumrioItem

OBJETIVO1

CONCEITO2 5

EXECUO6 15

PROCEDIMENTOS16 29

PLANEJAMENTO30 40

Objetivos31

Desenvolvimento32 36

Riscos e custos37

Equipe tcnica38

Cronograma39 40

TERMO DE DILIGNCIA41 46

Estrutura46

LAUDO E PARECER PERICIAL CONTBIL47 69

Apresentao do laudo pericial contbil e oferta do parecer contbil 50 54

Terminologia55 64

Estrutura65

Assinatura em conjunto66

Laudo e parecer de leigo ou profissional no habilitado67

Esclarecimentos sobre laudo e parecer tcnico- contbil em audincia68

Quesitos e respostas69

MODELOS70

VIGNCIA71

Objetivo1. Esta Norma estabelece regras e procedimentos tcnico-cientficos a serem observados pelo perito, quando da realizao de percia contbil, no mbito judicial, extrajudicial, mediante o esclarecimento dos aspectos e dos fatos do litgio por meio de exame, vistoria, indagao, investigao, arbitramento, mensurao, avaliao e certificao.Conceito2. A percia contbil constitui o conjunto de procedimentos tcnico-cientficos destinados a levar instncia decisria elementos de prova necessrios a subsidiar a justa soluo do litgio ou constatao de fato, mediante laudo pericial contbil e/ou parecer tcnico-contbil, em conformidade com as normas jurdicas e profissionais e com a legislao especfica no que for pertinente.3. O laudo pericial contbil e o parecer tcnico-contbil tm por limite o prprio objeto da percia deferida ou contratada.4. A percia contbil de competncia exclusiva de contador em situao regular perante o Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdio. 5. A percia judicial exercida sob a tutela do Poder Judicirio. A percia extrajudicial exercida no mbito arbitral, estatal ou voluntria. A percia arbitral exercida sob o controle da lei de arbitragem. Percias oficial e estatal so executadas sob o controle de rgos de Estado. Percia voluntria contratada, espontaneamente, pelo interessado ou de comum acordo entre as partes.Execuo6. Ao ser intimado para dar incio aos trabalhos periciais, o perito do juzo deve comunicar s partes e aos assistentes tcnicos: a data e o local de incio da produo da prova pericial contbil, exceto se designados pelo juzo.

(a) Caso no haja, nos autos, dados suficientes para a localizao dos assistentes tcnicos, a comunicao deve ser feita aos advogados das partes e, caso estes tambm no tenham informado endereo nas suas peties, a comunicao deve ser feita diretamente s partes e/ou ao Juzo.

(b) O perito-assistente pode, to logo tenha conhecimento da percia, manter contato com o perito do juzo, colocando-se disposio para a execuo da percia em conjunto.

(c) Na impossibilidade da execuo da percia em conjunto, o perito do juzo deve permitir aos peritos-assistentes o acesso aos autos e aos elementos de prova arrecadados durante a percia, indicando local e hora para exame pelo perito-assistente.

(d) O perito-assistente pode entregar ao perito do juzo cpia do seu parecer tcnico-contbil, previamente elaborado, planilhas ou memrias de clculo, informaes e demonstraes que possam esclarecer ou auxiliar o trabalho a ser desenvolvido pelo perito do juzo.

7. O perito-assistente pode, logo aps sua contratao, manter contato com o advogado da parte que o contratou, requerendo dossi completo do processo para conhecimento dos fatos e melhor acompanhamento dos atos processuais no que for pertinente percia. 8. O perito, enquanto estiver de posse do processo ou de documentos, deve zelar por sua guarda e segurana e ser diligente.9. Para a execuo da percia contbil, o perito deve ater-se ao objeto e ao lapso temporal da percia a ser realizada.

10. Mediante termo de diligncia, o perito deve solicitar por escrito todos os documentos e informaes relacionadas ao objeto da percia, fixando o prazo para entrega.11. A eventual recusa no atendimento a diligncias solicitadas ou qualquer dificuldade na execuo do trabalho pericial deve ser comunicada, com a devida comprovao ou justificativa, ao juzo, em se tratando de percia judicial; ou parte contratante, no caso de percia extrajudicial.12. O perito deve utilizar os meios que lhe so facultados pela legislao e normas concernentes ao exerccio de sua funo, com vistas a instruir o laudo pericial contbil ou parecer tcnico-contbil com as peas que julgarem necessrias.

13. O perito deve manter registro dos locais e datas das diligncias, nome das pessoas que o atender, livros e documentos ou coisas vistoriadas, examinadas ou arrecadadas, dados e particularidades de interesse da percia, rubricando a documentao examinada, quando julgar necessrio e possvel, juntando o elemento de prova original, cpia ou certido.14. A execuo da percia, quando incluir a utilizao de equipe tcnica, deve ser realizada sob a orientao e superviso do perito do juzo, que assume a responsabilidade pelos trabalhos, devendo assegurar-se de que as pessoas contratadas sejam profissionais e legalmente capacitadas execuo.15. O perito deve documentar os elementos relevantes que serviram de suporte concluso formalizada no laudo pericial contbil e no parecer tcnico-contbil, quando no juntados aos autos, visando fundamentar o laudo ou parecer e comprovar que a percia foi executada de acordo com os despachos e decises judiciais e as Normas Brasileiras de Contabilidade.Procedimentos16. Os procedimentos periciais contbeis visam fundamentar o laudo pericial contbil e o parecer tcnico-contbil e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matria, exame, vistoria, indagao, investigao, arbitramento, mensurao, avaliao e certificao.

17. O exame a anlise de livros, registros de transaes e documentos.18. A vistoria a diligncia que objetiva a verificao e a constatao de situao, coisa ou fato, de forma circunstancial.19. A indagao a busca de informaes mediante entrevista com conhecedores do objeto ou de fato relacionado percia.20. A investigao a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contbil ou parecer tcnico-contbil o que est oculto por quaisquer circunstncias.21. O arbitramento a determinao de valores, quantidades ou a soluo de controvrsia por critrio tcnico-cientfico.22. A mensurao o ato de qualificao e quantificao fsica de coisas, bens, direitos e obrigaes.23. A avaliao o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigaes, despesas e receitas. 24. A certificao o ato de atestar a informao trazida ao laudo ou ao parecer pelo perito.25. Concludos os trabalhos periciais, o perito do juzo apresentar laudo pericial contbil e o perito-assistente oferecer, querendo, seu parecer tcnico-contbil, obedecendo aos respectivos prazos.26. O perito do juzo, depois de concludo seu trabalho, deve fornecer, quando solicitado, cpia do laudo ao perito-assistente, informando-lhe com antecedncia a data em que o laudo pericial contbil ser protocolado em cartrio.27. O perito-assistente no pode firmar o laudo pericial quando o documento tiver sido elaborado por leigo ou profissional de outra rea, devendo, neste caso, oferecer um parecer tcnico-contbil sobre a matria periciada. 28. O perito-assistente, ao apor a assinatura, em conjunto com o perito do juzo, em laudo pericial contbil, no pode emitir parecer tcnico-contbil contrrio a esse laudo.29. O perito-assistente pode entregar cpia do seu parecer, planilhas e documentos ao perito do juzo antes do trmino da percia, expondo as suas convices, fundamentaes legais, doutrinrias, tcnicas e cientficas sem que isto implique induo do perito do juzo a erro, por tratar-se da livre e necessria manifestao cientfica sobre os pontos controvertidos.Planejamento30. O planejamento da percia a etapa do trabalho pericial que antecede as diligncias, pesquisas, clculos e respostas aos quesitos, na qual o perito do juzo estabelece a metodologia dos procedimentos periciais a serem aplicados, elaborando-o a partir do conhecimento do objeto da percia.

Objetivos

31. Os objetivos do planejamento da percia so:

(a) conhecer o objeto e a finalidade da percia, a fim de permitir a adoo de procedimentos que conduzam revelao da verdade, a qual subsidiar o juzo, o rbitro ou o interessado a tomar a deciso a respeito da lide;(b) definir a natureza, a oportunidade e a extenso dos procedimentos a serem aplicados, em consonncia com o objeto da percia;(c) estabelecer condies para que o trabalho seja cumprido no prazo estabelecido;(d) identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a ocorrer no andamento da percia;(e) identificar fatos importantes para a soluo da demanda, de forma que no passem despercebidos ou no recebam a ateno necessria;

(f) identificar a legislao aplicvel ao objeto da percia;(g) estabelecer como ocorrer a diviso das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, sempre que o perito necessitar de auxiliares;(h) facilitar a execuo e a reviso dos trabalhos.

Desenvolvimento

32. Os documentos dos autos servem como suporte para obteno das informaes necessrias elaborao do planejamento da percia.33. Em caso de ser identificada a necessidade de realizao de diligncias, na etapa de elaborao do planejamento, devem ser considerados, se no declarada a precluso de prova documental, a legislao aplicvel, documentos, registros, livros contbeis, fiscais e societrios, laudos e pareceres j realizados e outras informaes que forem identificadas como pertinentes para determinar a natureza do trabalho a ser executado.34. Quando necessrio, o planejamento deve ser realizado pelo perito do juzo ainda que o trabalho venha a ser realizado de forma conjunta.

35. Quando necessrio, o planejamento da percia deve ser mantido por qualquer meio de registro que facilite o entendimento dos procedimentos a serem aplicados e sirva de orientao adequada execuo do trabalho.36. Quando necessrio, o planejamento deve ser revisado e atualizado sempre que fatos novos surjam no decorrer da percia. Riscos e custos37. O perito, na fase do planejamento, com vistas a elaborar a proposta de honorrios, deve:

(a) avaliar os riscos decorrentes das suas responsabilidades e todas as despesas e custos inerentes;(b) ressaltar que, na hiptese de apresentao de quesitos suplementares, poder estabelecer honorrios complementares.

Equipe tcnica 38. Quando a percia exigir a necessidade de utilizao de trabalho de terceiros (equipe de apoio, trabalho de especialistas ou profissionais de outras reas de conhecimento), o planejamento deve prever a orientao e a superviso do perito, que responder pelos trabalhos executados, exclusivamente, por sua equipe de apoio.

Cronograma39. O perito do juzo deve levar em considerao que o planejamento da percia, quando for o caso, inicia-se antes da elaborao da proposta de honorrios, considerando-se que, para apresent-la ao juzo ou aos contratantes, h necessidade de se especificarem as etapas do trabalho a serem realizadas. Isto implica que o perito deve ter conhecimento prvio de todas as etapas, salvo aquelas que somente sero identificadas quando da execuo da percia.

40. No cronograma de trabalho, devem ficar evidenciados, quando aplicveis, todos os itens necessrios execuo da percia, como: diligncias a serem realizadas, deslocamentos, necessidade de trabalho de terceiros, pesquisas que sero feitas, elaborao de clculos e planilhas, respostas aos quesitos, prazo para apresentao do laudo e/ou oferecimento do parecer, de forma a assegurar que todas as etapas necessrias realizao da percia sejam cumpridas.

Termo de diligncia41. Termo de diligncia o instrumento por meio do qual o perito solicita documentos, coisas, dados e informaes necessrias elaborao do laudo pericial contbil e do parecer tcnico-contbil.

42. Serve tambm para determinar o local, a data e a hora do incio da percia, e ainda para a execuo de outros trabalhos que tenham sido a ele determinados ou solicitados por quem de direito, desde que tenham a finalidade de orientar ou colaborar nas decises, judiciais ou extrajudiciais.43. O termo de diligncia deve ser redigido pelo perito, ser apresentado diretamente ao perito-assistente, parte, a seu procurador ou terceiro, por escrito e juntado ao laudo.44. O perito deve observar os prazos a que est obrigado por fora de determinao legal e, dessa forma, definir o prazo para o cumprimento da solicitao pelo diligenciado.45. Caso ocorra a negativa da entrega dos elementos de prova formalmente requeridos, o perito deve se reportar diretamente a quem o nomeou, contratou ou indicou, narrando os fatos e solicitando as providncias cabveis.Estrutura46. O termo de diligncia deve conter os seguintes itens:

(a) identificao do diligenciado; (b) identificao das partes ou dos interessados e, em se tratando de percia judicial ou arbitral, o nmero do processo ou procedimento, o tipo e o juzo em que tramita;(c) identificao do perito com indicao do nmero do registro profissional no Conselho Regional de Contabilidade; (d) indicao de que est sendo elaborado nos termos desta Norma;(e) indicao detalhada dos documentos, coisas, dados e informaes, consignando as datas e/ou perodos abrangidos, podendo identificar o quesito a que se refere;(f) indicao do prazo e do local para a exibio dos documentos, coisas, dados e informaes necessrios elaborao do laudo pericial contbil ou parecer tcnico-contbil, devendo o prazo ser compatvel com aquele concedido pelo juzo, contratante ou convencionado pelas partes, considerada a quantidade de documentos, as informaes necessrias, a estrutura organizacional do diligenciado e o local de guarda dos documentos;(g) a indicao da data e hora para sua efetivao, aps atendidos os requisitos da alnea (e), quando o exame dos livros, documentos, coisas e elementos tiver de ser realizado perante a parte ou ao terceiro que detm em seu poder tais provas;(h) local, data e assinatura. Laudo pericial contbil e parecer tcnico-contbil47. O Decreto-Lei n. 9.295/46, na alnea c do Art. 25, determina que o laudo pericial contbil e o parecer tcnico-contbil somente sejam elaborados por contador ou pessoa jurdica, se a lei assim permitir, que estejam devidamente registrados e habilitados em Conselho Regional de Contabilidade. A habilitao comprovada mediante Certido de Regularidade Profissional emitida pelos Conselhos Regionais de Contabilidade. 48. O laudo pericial contbil e o parecer tcnico-contbil so documentos escritos, nos quais os peritos devem registrar, de forma abrangente, o contedo da percia e particularizar os aspectos e as minudncias que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessrios para a concluso do seu trabalho.

49. Os peritos devem consignar, no final do laudo pericial contbil ou do parecer tcnico-contbil, de forma clara e precisa, as suas concluses.

Apresentao do laudo pericial contbil e oferta do parecer tcnico-contbil50. O laudo e o parecer so, respectivamente, orientados e conduzidos pelo perito do juzo e pelo perito-assistente, que adotaro padro prprio, respeitada a estrutura prevista nesta Norma, devendo ser redigidos de forma circunstanciada, clara, objetiva, sequencial e lgica.51. A linguagem adotada pelo perito deve ser clara, concisa, evitando o prolixo e a tergiversao, possibilitando aos julgadores e s partes o devido conhecimento da prova tcnica e interpretao dos resultados obtidos. As respostas devem ser objetivas, completas e no lacnicas. Os termos tcnicos devem ser inseridos no laudo e no parecer, de modo a se obter uma redao que qualifique o trabalho pericial, respeitadas as Normas Brasileiras de Contabilidade.

52. Tratando-se de termos tcnicos atinentes profisso contbil, devem, quando necessrio, ser acrescidos de esclarecimentos adicionais e recomendada a utilizao daqueles consagrados pela doutrina contbil.

53. O perito deve elaborar o laudo e o parecer, utilizando-se do vernculo, sendo admitidas apenas palavras ou expresses idiomticas de outras lnguas de uso comum nos tribunais judiciais ou extrajudiciais.

54. O laudo e o parecer devem contemplar o resultado final alcanado por meio de elementos de prova inclusos nos autos ou arrecadados em diligncias que o perito tenha efetuado, por intermdio de peas contbeis e quaisquer outros documentos, tipos e formas. Terminologia55. Forma circunstanciada: a redao pormenorizada, minuciosa, efetuada com cautela e detalhamento em relao aos procedimentos e aos resultados do laudo e do parecer.

56. Sntese do objeto da percia e resumo dos autos: o relato ou a transcrio sucinta, de forma que resulte em uma leitura compreensiva dos fatos relatados sobre as questes bsicas que resultaram na nomeao ou na contratao do perito.

57. Diligncia: todos os atos adotados pelos peritos na busca de documentos, coisas, dados e informaes e outros elementos de prova necessrios elaborao do laudo e do parecer, mediante termo de diligncia, desde que tais provas no estejam colacionadas aos autos. Ainda so consideradas diligncias as comunicaes s partes, aos peritos-assistentes ou a terceiros, ou peties judiciais.58. Critrio: a faculdade que tem o perito de distinguir como proceder em torno dos fatos alegados para julgar ou decidir o caminho que deve seguir na elaborao do laudo e do parecer.

59. Metodologia: conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcanar o resultado da percia por meio do conhecimento tcnico-cientfico, de maneira que possa, ao final, inseri-lo no corpo tcnico do laudo e parecer.60. Concluso: a quantificao, quando possvel, do valor da demanda, podendo reportar-se a demonstrativos apresentados no corpo do laudo e do parecer ou em documentos. na concluso que o perito registrar outras informaes que no constaram na quesitao, porm, encontrou-as na busca dos elementos de prova inerentes ao objeto da percia.61. Apndices: so documentos elaborados pelo perito contbil; e Anexos so documentos entregues a estes pelas partes e por terceiros, com o intuito de complementar a argumentao ou elementos de prova.

62. Palavras e termos ofensivos: o perito que se sentir ofendido por expresses injuriosas, de forma escrita ou verbal, no processo, poder tomar as seguintes providncias:(a) sendo a ofensa escrita ou verbal, por qualquer das partes, peritos ou advogados, o perito ofendido pode requerer da autoridade competente que mande riscar os termos ofensivos dos autos ou cassada a palavra;

(b) as providncias adotadas, na forma prevista na alnea (a), no impedem outras medidas de ordem civil ou criminal.

63. Esclarecimentos: havendo determinao de esclarecimentos do laudo ou do parecer sem a realizao de audincia, o perito deve fazer, por escrito, observando em suas respostas os mesmos procedimentos adotados quando da feitura do esclarecimento em audincia, no que for aplicvel.

64. Os peritos devem, na concluso do laudo e do parecer, considerar as formas explicitadas nos itens seguintes:(a) omisso de fatos: o perito do juzo no pode omitir nenhum fato relevante encontrado no decorrer de suas pesquisas ou diligncias, mesmo que no tenha sido objeto de quesitao e desde que esteja relacionado ao objeto da percia;(b) a concluso com quantificao de valores vivel em casos de: apurao de haveres; liquidao de sentena, inclusive em processos trabalhistas; resoluo de sociedade; avaliao patrimonial, entre outros;(c) pode ocorrer que, na concluso, seja necessria a apresentao de alternativas, condicionada s teses apresentadas pelas partes, casos em que cada uma apresenta uma verso para a causa. O perito deve apresentar as alternativas condicionadas s teses apresentadas, devendo, necessariamente, ser identificados os critrios tcnicos que lhes deem respaldo;(d) a concluso pode ainda reportar-se s respostas apresentadas nos quesitos;(e) a concluso pode ser, simplesmente, elucidativa quanto ao objeto da percia, no envolvendo, necessariamente, quantificao de valores.

Estrutura65. O laudo deve conter, no mnimo, os seguintes itens:

(a) identificao do processo e das partes;(b) sntese do objeto da percia;(c) resumo dos autos; (d) metodologia adotada para os trabalhos periciais e esclarecimentos;(e) relato das diligncias realizadas;(f) transcrio dos quesitos e suas respectivas respostas para o laudo pericial contbil;(g) transcrio dos quesitos e suas respectivas respostas para o parecer tcnico-contbil, onde houver divergncia das respostas formuladas pelo perito do juzo;(h) concluso;(i) termo de encerramento, constando a relao de anexos e apndices;(j) assinatura do perito: deve constar sua categoria profissional de contador, seu nmero de registro em Conselho Regional de Contabilidade, comprovado mediante Certido de Regularidade Profissional (CRP) e sua funo: se laudo, perito do juzo e se parecer, perito-assistente da parte. permitida a utilizao da certificao digital, em consonncia com a legislao vigente e as normas estabelecidas pela Infraestrutura de Chaves Pblicas Brasileiras - ICP-Brasil;(k) para elaborao de parecer, aplicam-se o disposto nas alneas acima, no que couber.Assinatura em conjunto66. Quando se tratar de laudo pericial contbil, assinado em conjunto pelos peritos, h responsabilidade solidria sobre o referido documento.

Laudo e parecer de leigo ou profissional no habilitado

67. Considera-se leigo ou profissional no habilitado para a elaborao de laudo e parecer contbeis qualquer profissional que no seja contador habilitado perante Conselho Regional de Contabilidade.

Esclarecimentos sobre laudo e parecer tcnico-contbil em audincia

68. Esclarecimentos so informaes prestadas pelo perito aos pedidos de esclarecimento sobre laudo e parecer, determinados pelas autoridades competentes, por motivos de obscuridade, incompletudes, contradies ou omisses. Os esclarecimentos podem ser prestados de duas maneiras:

(a) de forma escrita: os pedidos de esclarecimentos deferidos e apresentados ao perito, no prazo legal, devem ser prestados por escrito; (b) de forma oral: os pedidos de esclarecimentos deferidos e apresentados, no prazo legal, ao perito para serem prestados em audincia podem ser de forma oral ou escrita.Quesitos e respostas

69. O perito deve observar as perguntas efetuadas pelo juzo e/ou pelas partes, no momento prprio dos esclarecimentos, pois tal ato se limita s respostas a quesitos integrantes do laudo ou do parecer e s explicaes sobre o contedo da lide ou sobre a concluso.

Modelos70. Em anexo, so apresentados os seguintes modelos exemplificativos:

Modelo n. 1 Termo de Diligncia na Percia Judicial;Modelo n. 2 Termo de Diligncia na Percia Extrajudicial;Modelo n. 3 Termo de Diligncia na Percia Arbitral;Modelo n. 4 Planejamento para Percia Judicial.Vigncia

71. Esta Norma entra em vigor na data de sua publicao, revogando-se a Resoluo CFC n. 1.243/09, publicada no DOU, Seo I, de 18/12/09.Braslia, 27 de fevereiro de 2015.Contador Jos Martonio Alves CoelhoPresidente

MODELO N. 01: TERMO DE DILIGNCIA NA PERCIA JUDICIALTERMO DE DILIGNCIA N..../PROCESSO N....IDENTIFICAO DO DILIGENCIADO

SECRETARIA:

PARTES:

PERITO DO JUZO: (categoria e n. do registro)

PERITO-ASSISTENTE: (categoria e n. do registro)

Na condio de perito do juzo, nomeado pelo Juzo em referncia e/ou perito-assistente indicado pelas partes, nos termos do Art. 429 do Cdigo do Processo Civil e das Normas Brasileiras de Contabilidade, solicita-se que sejam fornecidos ou postos disposio, para anlise, os documentos a seguir indicados:

1.

2.

3.

4.

etc.

Para que se possa cumprir o prazo estabelecido para elaborao e entrega do laudo pericial contbil ou parecer tcnico-contbil, necessrio que os documentos solicitados sejam fornecidos ou postos disposio deste perito at o dia __-__-__, s __h, no endereo ........ (do perito do juzo e/ou perito-assistente, e/ou parte). Solicita-se que seja comunicado quando os documentos tiverem sido remetidos ou estiverem disposio para anlise.

Em caso de dvida, solicita-se esclarec-la diretamente com o signatrio no endereo e telefones indicados.

Local e data

Assinatura

Nome do perito

Contador N. de registro no CRC

MODELO N. 02: TERMO DE DILIGNCIA NA PERCIA EXTRAJUDICIALTERMO DE DILIGNCIA N. .../PROCESSO N. ...

ENDEREAMENTO DO DILIGENCIADO

EXTRAJUDICIAL

PARTE CONTRATANTE:

PERITO DO JUZO: (categoria e n. do registro)

PERITO-ASSISTENTE: (categoria e n. do registro)

Na condio de perito do juzo e/ou perito-assistente, escolhido pelas partes, em consonncia com as Normas Brasileiras de Contabilidade, nos termos contratuais, solicita-se que sejam fornecidos ou postos disposio, para anlise, os documentos a seguir indicados:

1.

2.

3.

4.

etc.

Para que se possa cumprir o prazo estabelecido para a elaborao e entrega do laudo pericial contbil ou parecer tcnico-contbil, necessrio que os documentos solicitados sejam fornecidos ou postos disposio deste perito at o dia __/__/__, s __h, no endereo ........ (do perito do Juzo e/ou perito-assistente, e/ou parte). Solicita-se que seja comunicado quando os documentos tiverem sido remetidos ou estiverem disposio para anlise.

Em caso de dvida, solicita-se esclarec-la diretamente com o signatrio no endereo e telefones indicados.

Local e data

Assinatura

Nome do perito

Contador N. de registro no CRC

MODELO N. 3: TERMO DE DILIGNCIA NA PERCIA ARBITRALTERMO DE DILIGNCIA N. .../PROCESSO N. ...

ENDEREAMENTO DO DILIGENCIADO

ARBITRAL

CMARA ARBITRAL:

RBITRO:

JUIZ ARBITRAL:

PARTES:

PERITO: (categoria e n. do registro)

Na condio de perito do juzo, escolhido pelo rbitro, e/ou perito-assistente, indicado pelas partes, nos termos da Lei n. 9.307/96 ou do regulamento da Cmara de Mediao e Arbitragem, ......, e ainda em consonncia com as Normas Brasileiras de Contabilidade, solicita-se que sejam fornecidos ou postos disposio, para anlise, os documentos a seguir indicados:

1.

2.

3. etc.

Para que se possa cumprir o prazo estabelecido para a elaborao e entrega do laudo pericial contbil ou parecer tcnico-contbil, necessrio que os documentos solicitados sejam fornecidos ou postos disposio deste perito at o dia __/__/__, s __h, no endereo ........ (do perito do Juzo e/ou perito-assistente, e/ou parte). Solicita-se que seja comunicado quando os documentos tiverem sido remetidos ou estiverem disposio para anlise.

Em caso de dvida, solicita-se esclarec-la diretamente com o signatrio nos endereos e telefones indicados.

Local e data

Assinatura

Nome do peritoContador N. de registro no CRC

MODELO N. 4 - PLANEJAMENTO PARA PERCIA JUDICIALFase Pr-Operacional

ITEMATIVIDADEAESTEMPO PRAZO

ESTIMADOREALESTIMADOREAL

1Carga ou recebimento do processoAps receber a intimao do juiz, quando for o caso, retirar o processo da Secretaria.

hhXX/XX/XXXX/XX/XX

2Leitura do processoConhecer os detalhes acerca do objeto da percia, realizando a leitura e o estudo dos autos.

hhXX/XX/XX

XX/XX/XX

3Aceitao, ou no, da perciaAps estudo e anlise dos autos, constatando-se que h impedimento ou suspeio, no havendo interesse do perito ou no estando habilitado para fazer a percia, devolver o processo justificando o motivo da escusa.hhXX/XX/XX

XX/XX/XX

Aceitando o encargo da percia, proceder ao planejamento.

hhXX/XX/XXXX/XX/XX

4Proposta de honorriosCom base na relevncia, no vulto, no risco e na complexidade dos servios, entre outros, estimar as horas para cada fase do trabalho, considerando ainda a qualificao do pessoal que participar dos servios, o prazo para a entrega dos trabalhos e a confeco de laudos interdisciplinares.

hhXX/XX/XX

XX/XX/XX

Execuo da percia

5SumrioCom base na documentao existente nos autos, elaborar o sumrio dos autos, indicando o tipo do documento e a folha dos autos onde pode ser encontrado.

hhXX/XX/XX

XX/XX/XX

6Assistentes tcnicosUma vez aceita a participao do perito-assistente, ajustar a forma de acesso dele aos trabalhos.

7DilignciasCom fundamento no contedo do processo e nos quesitos, preparar o(s) termo(s) de diligncia(s) necessrio(s), onde ser relacionada a documentao ausente nos autos.

hhXX/XX/XX

XX/XX/XX

8ViagensProgramar as viagens quando necessrias.

hhXX/XX/XXXX/XX/XX

9Pesquisa documental Com fundamento no contedo do processo, definir as pesquisas, os estudos e o catlogo da legislao pertinente.

hhXX/XX/XX

XX/XX/XX

10Programa de trabalhoExame de documentos pertinentes percia.hhXX/XX/XXXX/XX/XX

Exame de livros contbeis, fiscais, societrios e outros.hhXX/XX/XXXX/XX/XX

Anlises contbeis a serem realizadas.hhXX/XX/XXXX/XX/XX

Entrevistas, vistorias, indagaes, investigaes, informaes necessrias.hhXX/XX/XXXX/XX/XX

Laudos interdisciplinares e pareceres tcnicos.hhXX/XX/XXXX/XX/XX

Clculos, arbitramentos, mensuraes e avaliaes a serem elaborados. hhXX/XX/XXXX/XX/XX

Preparao e redao do laudo pericial.

hhXX/XX/XXXX/XX/XX

11Revises tcnicasProceder reviso final do laudo para verificar eventuais correes, bem como verificar se todos os apndices e anexos citados no laudo esto na ordem lgica e corretamente enumerados.

hhXX/XX/XX

XX/XX/XX

12Prazo suplementarDiante da expectativa de no concluir o laudo no prazo determinado pelo juiz, requerer, antes do vencimento do prazo determinado, por petio, prazo suplementar, reprogramando o planejamento.

hhXX/XX/XX

XX/XX/XX

13Entrega do laudo pericial contbil.Devolver os autos do processo e peticionar, requerendo a juntada do laudo e levantamento ou arbitramento dos honorrios.

hhXX/XX/XX

XX/XX/XX