NBR 02.136.01.004 Desempenho de Ed. Hab. até 5 pav. - P4 Fachadas e paredes internas

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OUTUBRO 2002

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ABNT Associao Brasileira de Normas TcnicasSede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 / 28 andar CEP 20003-900 Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereo eletrnico: www.abnt.org.br

Desempenho de Edifcios Habitacionais de at 5 pavimentos Parte 4: Fachadas e paredes internas

ABNT/CB 02 - Comit Brasileiro de Construo Civil CE 02.136.01 - Desempenho de Edificaes Performance of up to five storeyed residential buildings - Part 4: Faades and internal walls Descriptors: performance, residential buildings, faade, internal walls

Copyright 2000, ABNTAssociao Brasileira de Normas Tcnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados

Palavra(s)-chave: desempenho, edifcios habitacionais, fachadas, paredes internas

36 pginas

Sumrio Prefcio 1 Introduo 2 Objetivo 3 Referncias normativas 4 Definies 5 Exigncias dos usurios 6 Requisitos, critrios, mtodos de avaliao e nveis de desempenho 7 Desempenho estrutural 8 Segurana contra incndio 9 Estanqueidade 10 Desempenho trmico 11 Desempenho acstico 12 Durabilidade e Manutenabilidade ANEXOS A (Normativo) Verificao da estanqueidade gua de paredes Mtodo de Ensaio Procedimento de laboratrio B (Normativo) Verificao da estanqueidade gua de revestimento de paredes Mtodo de Ensaio Procedimento de campo C (Normativo) Verificao da permeabilidade gua de paredes Mtodo de ensaio D (Normativo) Verificao do comportamento de paredes expostas ao do calor e choque trmico Mtodo

de ensaio PREFCIOA ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial (ONS), so elaboradas por Comisses de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no mbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta Pblica entre os associados da ABNT e demais interessados. 1 INTRODUO A avaliao de desempenho consiste em prever o comportamento potencial de um edifcio e dos sistemas que o complementam, quando submetidos as condies normais de exposio, e avaliar se tal comportamento satisfaz s exigncias do usurio preconizadas na ISO 6241.

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Pelo seu carter no prescritivo o presente documento aplica-se principalmente a avaliao de solues inovadoras. A presente Norma compe um conjunto normativo mais amplo que formado pelas normas relativas s seguintes partes: Parte 1 Requisitos gerais; Parte 2 Estrutura; Parte 3 Pisos; Parte 4 Fachadas e paredes internas; Parte 5 Coberturas; Parte 6 Sistemas hidro-sanitrios. Todas as disposies contidas nesta norma, aplicvel a habitaes de at cinco pavimentos, referem-se a elementos, componentes ou sistemas montados, construdos, operados e submetidos a intervenes de manuteno que atendam todas as instrues especficas do respectivo fornecedor, devidamente registradas em Manual de Montagem, Manual de Uso e Conservao ou em documentos similares. Nesse aspecto, procura-se tambm desenvolver a cultura da manuteno e preservao do imvel e de suas partes, cuja prtica tem sido largamente neglicenciada no estoque existente de habitaes. A presente norma deve ser utilizada, no que couber, em conjunto com o Projeto 02:136.01.001 Desempenho de edifcios habitacionais de at 5 pavimentos Parte 1: Requisitos Gerais. 2 OBJETIVO Esta Norma fixa diretrizes para a avaliao de desempenho de fachadas e paredes internas de edifcios habitacionais de at cinco pavimentos. 3 REFERNCIAS NORMATIVAS As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem prescries para esta Norma. A edio indicada estava em vigor no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita a reviso, recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usar a edio mais recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dado momento. NB 143/67 NBR 5628/01 NBR 6486/00 NBR 8051/83 NBR 8054/83 NBR 8949/89 NBR 9442/86 NBR 9574/86 NBR 9575/98 NBR 6118/80 NBR 6120/80 NBR 6123/90 NBR 7190/96 NBR 7197/89 NBR 8215/83 NBR 8681/84 NBR 8800/86 NBR 8949 /85 NBR 9062/85 Clculo de estruturas de ao constitudas por perfis leves Procedimento. Componentes construtivos e estruturais Determinao da resistncia ao fogo. Caixilho para edificao Janela, fachada-cortina e porta externa Verificao da estanqueidade gua. Porta de madeira de edificao Verificao da resistncia a impactos da folha. Porta de madeira de edificao Verificao do comportamento da folha submetida a manobras anormais. Paredes de alvenaria estrutural - ensaio compresso simples - Mtodo de ensaio. Materiais de construo. Determinao do ndice de propagao superficial de chamas pelo mtodo do painel radiante. Execuo de impermeabilizao. Projeto de impermeabilizao. Projeto e execuo de obras de concreto armado Procedimento. Cargas para o clculo de estruturas de edificaes Procedimento. Foras devidas ao vento em edificaes - Procedimento. Projeto de estruturas de madeira Procedimento. Projeto de estruturas de concreto protendido Procedimento. Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural - preparo e ensaio compresso - Mtodo de ensaio. Aes e segurana nas estruturas - Procedimento. Projeto e execuo de estruturas de ao de edifcios: mtodo dos estados limites Procedimento. Paredes de alvenaria estrutural - ensaio compresso simples - Mtodo de ensaio. Projeto e execuo de estruturas de concreto pr-moldado Procedimento.

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NBR 10152/87 NBR 10636/89 NBR 10821/00 NBR 10837/89 NBR 11675/90 NBR 13749/96 NBR 13755/96 NBR 14432/01

Nveis de rudo para conforto acstico. Paredes divisrias sem funo estrutural Determinao de resistncia ao fogo. Caixilho para edificao Janelas. Clculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto - Procedimento. Divisrias leves internas moduladas Verificao da resistncia a impactos. Revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgnicas - Especificao Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cermicas e com utilizao de argamassa colante. Exigncias de resistncia ao fogo de elementos construtivos ISO 140-3: 1995 Acoustics Measurement of sound insulation in buildings and of building elements Part 3: Laboratory measurements of airborne sound insulation between rooms.

ISO 140-4: 1998 Acoustics Measurement of sound insulation in buildings and of building elements Part 4: Field measurements of airborne sound insulation between rooms. ISO 140-5:1998 Acoustics Measurement of sound insulation in buildings and of building elements Part 5: Field measurements of airborne sound insulation of facade elements and facades. ISO 140-7:1998 Acoustics Measurement of sound insulation in buildings and of building elements Part 7: Field measurements of impact sound insulation of floors. ISO 717-1:1996 Acoustics Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements Part 1: Airborne sound insulation. ISO 717-2: 1996 Acoustics Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements Part 2: Impact sound insulation. ISO 6241:1984 Performance standards in building Principles for their preparation and factors to be considered.

ISO 6242-3:1992 Building construction Expression of users requirements Part 3: Acoustical requirements. Projeto 02:135.07-001:1998 - Desempenho trmico de edificaes - Parte 1: Definies, smbolos e unidades. Projeto 02:135.07-002:1998 - Desempenho trmico de edificaes - Parte 2: Mtodos de clculo da transmitncia trmica, da capacidade trmica, do atraso trmico e do fator de calor solar de elementos e componentes de edificaes. Projeto 02:135.07-003:1998 - Desempenho trmico de edificaes - Parte 3: Zoneamento bioclimtico Brasileiro e estratgias de condicionamento trmico passivo para habitaes de interesse social. Projeto 02:135.07-004:1998 - Desempenho trmico de edificaes - Parte 4: Medio da resistncia trmica e da condutividade trmica pelo princpio da placa quente protegida Projeto 02:135.07-005:1998 - Desempenho trmico de edificaes - Parte 5: Medio da resistncia trmica e da condutividade pelo mtodo fluximtrico 4 DEFINIES Na utilizao desta norma so vlidas as definies apresentadas no Projeto 02:136.01.001 Desempenho de edifcios habitacionais de at 5 pavimentos Parte 1: Requisitos Gerais, alm das definies a seguir indicadas. 4.1 Aes Uma coleo de foras mecnicas, de deformaes impostas ou de efeitos ambientais que atuam sobre a estrutura. 4.2 Cargas e solicitaes permanentes e variveis As cargas permanentes so provenientes do peso prprio da estrutura, de elementos de vedao e de acabamentos. As cargas variveis, que podem ou no estar atuando ao longo da vida da obra, decorrem da ocupao da edificao pelos usurios, do mobilirio e de outras aes cuja intensidade apresenta variaes tais como: cargas de vento, empuxos hidrostticos ou de terra e cargas induzidas pela variao da temperatura. 4.3 Estado limite ltimo Estado crtico onde a estrutura no mais satisfaz os critrios de desempenho relativos runa ou instabilizao. Momento a partir do qual ocorre perigoso rebaixamento dos nveis de segurana, com risco de colapso da estrutura. 4.4 Estado limite de servio ou utilizao

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Estado da estrutura a partir do qual comea a ser prejudicada a funcionalidade, a utilizao e/ou a durabilidade da edificao; configura-se, em geral, pela presena de deformaes excessivas, estados avanados de fissurao e outras falhas. 4.5 Segurana Habilidade da estrutura ou elemento estrutural de garantir a operao livre de colapsos, acidentes e casualidades por parte dos usurios. 4.6 Integridade estrutural Habilidade da estrutura de evitar o colapso incremental da mesma na ocorrncia de danificaes localizadas. 4.7 Ruina A runa caracteriza o estado limite ltimo, seja por ruptura, perda de estabilidade ou deformao excessiva. 4.8 Falha Ocorrncia que compromete o estado de utilizao do elemento, por fissurao, danos no elemento e nas interfaces com outros elementos, deslocamentos acima de limites aceitveis etc. 5 EXIGNCIAS DO USURIO Sob as diversas aes atuantes na habitao, as fachadas e paredes internas devem atender as exigncias aplicveis que se encontram relacionadas no Projeto 02:136.01.001 Desempenho de edifcios habitacionais de at 5 pavimentos Parte 1: Requisitos Gerais. 6 REQUISITOS, CRITRIOS, MTODOS DE AVALIAO E NVEIS DE DESEMPENHO Em funo das necessidades bsicas de segurana, sade, higiene e economia, so estabelecidos para os diferentes elementos e partes da construo nveis mnimos de desempenho (Nvel M), que devem ser obrigatoriamente atendidos. Considerando as diferentes possibilidades de agregao de qualidade aos produtos, o que implica inclusive em diferentes relaes custo/benefcio, para desempenho excedente s necessidades mnimas so estabelecidos respectivamente os nveis S (superior) e E (elevado). 7 DESEMPENHO ESTRUTURAL 7.1 Requisito: Estabilidade e resistncia estrutural As paredes externas e internas devem apresentar um nvel satisfatrio de segurana contra a runa, considerando-se as combinaes de aes possveis de ocorrerem durante a vida til do edifcio. Refere-se ao estado de runa, seja por ruptura, deformao plstica excessiva ou instabilidade. 7.1.1 Critrio Todas as disposies aplicveis das normas prescritivas que abordam a estabilidade e a segurana estrutural de paredes externas e internas devem ser atendidas. Quando inexistir norma aplicvel ou alguma das disposies normativas no for atendida, a estabilidade e a segurana estrutural deve ser demonstrada atravs de clculos, modelos e ensaios devidamente fundamentados em literatura tcnica ou normas estrangeiras. Devem ser necessariamente consideradas as cargas permanentes, acidentais (sobrecargas de utilizao), devidas ao vento e a deformaes impostas (variao de temperatura e umidade, etc.). Solicitao: Sd = g Sgk + q Sqk + w Swk + Sk Onde: Sgk: g: Sqk: q: Swk: w: Sk: : Solicitao permanente caracterstica; Coeficiente de majorao das aes permanentes; Solicitao acidental caracterstica; Coeficiente de majorao das aes acidentais; Solicitao caracterstica devida ao do vento; Coeficiente de majorao das aes de vento; Solicitao caracterstica devida s deformaes impostas; Coeficiente de majorao das aes decorrentes das deformaes impostas. (eq.1)

Quando se desconhece o local de implantao do edifcio, deve-se considerar as cargas devidas ao vento em funo das regies definidas na normalizao brasileira, para as condies mais severas de implantao, eventualmente limitando o uso a determinadas regies.

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A resistncia caracterstica dos materiais, quando no existirem normas especficas, deve corresponder ao quantil inferior de 5%, ou seja, 95% do universo amostrado do material deve apresentar, para as propriedades escolhidas como representativas, um valor igual ou acima do caracterstico. Para edificaes habitacionais pode-se considerar as duas combinaes de solicitaes abaixo indicadas, devendo-se atender a ambas: Sd = 1,4 Sgk + 1,4 Sqk + 1,2 Swk + 1,2 Sk Sd = 0,9 Sgk + 1,2 Swk Nessa situao valem as seguintes observaes: a) podem ser desprezadas as solicitaes devidas retrao por secagem, caso os materiais apresentarem ndices de retrao livre em corpos-de-prova de laboratrio inferiores a 0,08%; b) podem ser desprezadas as solicitaes devidas variao de temperatura, caso sejam empregados materiais com coeficientes de dilatao trmica linear inferiores a (eq. 3) (eq. 2)

10-5/C; para comprimentos em planta inferiores a 30 m, levar

em considerao somente para valores acima de2 x 10-5/C; c) podem ser desprezadas as solicitaes devidas variao da umidade relativa do ar, caso sejam empregados materiais que, no aumento da umidade relativa de 50% para 100% estabilizam-se com expanso no superior a 0,1%; da mesma forma, o efeito da variao da umidade pode ser desprezado para componentes protegidos com impermeabilizao. 7.1.1.1 Mtodos de avaliao 7.1.1.1.1 Clculo estrutural Clculo do nvel de segurana atravs do mtodo dos estados limites ou das tenses admissveis, com base nas propriedades dos materiais e componentes e no seguinte conjunto de normas: NBR-6118 - Projeto e Execuo de Obras de Concreto Armado; NBR-7190 - Clculo e Execuo de Estrutura de Madeira; NBR-7197 - Clculo e Execuo de obras de Concreto Protendido; NBR-8800 Projeto e Execuo de Estruturas de Ao de Edificao; NBR-9062 - Projeto e Execuo de Estruturas de Concreto Pr-Moldado; NBR-10837 Clculo de Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de Concreto; e NB 143/67 Clculo de Estruturas de ao constitudas de perfis leves. A condies de desempenho devem ser comprovadas analiticamente demonstrando tais estados limites, ou seja, estado limite ltimo e estado limite se servio, em qualquer uma destas situaes as aes devero respeitar as normas vigentes e as consideraes estabelecidas. Notas: 1) A resistncia caracterstica dos materiais, quando no existirem normas especficas, deve ser tomada como a correspondente ao quantil de 5%, ou seja, 95% do material deve apresentar, para a ou as propriedades escolhidas como representativas, um valor igual ou acima do caracterstico. 2) Na avaliao deve-se considerar que as cargas verticais so transmitidas s paredes externas com uma excentricidade acidental e(a) = t/30, e(a) no mnimo 1cm, onde t a espessura da parede, alm da eventual excentricidade prevista em projeto. 3) A resistncia caracterstica assumida para componentes de ligao e ancoragens, quando no existirem normas especficas, deve ser tomada como a correspondente ao quantil de 5%, ou seja, 95% dos componentes devem apresentar para a ou as propriedades escolhidas como representativas, um valor igual ou acima do caracterstico. 4) Na resistncia de clculo dos componentes de ligao e ancoragens, quando no existirem normas especficas, deve ser considerado um coeficiente de minorao com base na variabilidade dos resultados de ensaios; este coeficiente, contudo, no deve ser inferior a 2. 7.1.1.1.2 Ensaios 7.1.1.1.2.1 Ensaio de compresso excntrica em painis ou trechos de paredes externas e internas (ea = t/30 1cm) Os painis pr-fabricados devem ser ensaiados nas mesmas condies previstas para seu emprego em obra, com a altura prevista para o p direito. Os trechos de paredes devem possuir altura igual prevista para seu emprego em obra, com largura mnima de aproximadamente 1,20 m, ou de 5 vezes a espessura para paredes monolticas. No caso de paredes em alvenaria pode-se ainda realizar o ensaio em trechos com menores dimenses, com 1 m de altura e 0,60 m de largura, ou em prismas constitudos por dois blocos, desde que se tenha a correlao com a resistncia da parede. Algumas normas referentes ao assunto so citadas a seguir: NBR 8949, NBR 8215. A resistncia de painis deve ser verificada a partir de 3 ensaios, para a solicitao Sd = g Sgk + q Sqk + w Swk; as cargas devidas ao vento devem ser consideradas somente se produzirem esforos de compresso em painis de parede (no caso de suco devem ser desconsideradas).

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Resistncia de projeto: quando a modelagem matemtica do comportamento conjunto dos materiais que constituem o componente ou dos componentes que constituem a parede em questo no for conhecida e consolidada por experimentao, permite-se estabelecer uma resistncia mnima de projeto atravs de ensaio destrutivo com o diagrama carga x deslocamento, registrando a histria do carregamento, composto de pelo menos dez etapas de carregamento, correspondente a trs modelos geomtricos idnticos e em escala real, confeccionados com os procedimentos e controles normais do processo construtivo a serem reproduzidos no canteiro, conforme ilustrado na figura 1.

R

Ru1 Ru2 Ru3 Rs1 Rs2 Rs3 Ruk Rsk Desl. Limite de Servio Desl.ltimo Deslocamento

Figura 1 - Grfico carga x deslocamento para determinao de Rud e Rsd por meio de ensaios

As cargas devero ser aplicadas excentricamente de normalmente a espessura).

t 30

1 cm , sendo t a menor dimenso do corpo-de-prova (

Os componentes ensaiados para as condies de solicitao a que se pretende submet-los na edificao, sero caracterizados pelas resistncias Ru1, Ru2 e Ru3 , resultados das resistncias ltimas observadas nos ensaios e ordenadas crescentemente. A resistncia de projeto, com o seu valor j minorado, ser admitida como:

R R u1 1 1 R u d = R u 1 u3 . (1 0,2 ) R u 1 2 m mcom m=1,5 Onde: = [(1+uA).(1+uB).(1+uC)...] (eq. 5)

(eq. 4)

Sendo: uA: Coeficiente de variao da resistncia do material A, correlativa a Rud; uB: Coeficiente de variao da resistncia do material B, correlativa a Rud; uC: Coeficiente de variao da resistncia do material C, correlativa a Rud. Os materiais A, B, C, etc..., devem constituir e reger de forma majoritria o comportamento mecnico do componente em anlise na composio da resistncia Rud. Desta forma: Sd Rud de suma importncia que, para conservar vlida a expresso de Rud, as resistncias mdias dos materiais A, B, C, etc..., estejam caracterizadas para o ensaio e que sua estabilidade esteja garantida ao longo do processo de produo.

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A caracterizao dos constituintes A, B, C, etc..., e o tipo de resistncia que o caracterizar podem ser extradas dos prprios ensaios examinando minuciosamente o comportamento de ruptura e sua dependncia do comportamento daqueles. Para casas trreas, prescinde-se da determinao de u, adotando-se =1,5, no mnimo, e m=2,0. 7.1.1.1.2.2 Ensaio de cargas laterais uniformemente distribudas, visando simular as aes horizontais devidas ao vento, em paredes externas O corpo de prova deve ser constitudo por um trecho representativo da parede, incluindo as fixaes e vinculaes tpicas entre componentes. Deve ser considerada para efeito da avaliao a solicitao w Swk, inclusive para as paredes externas com funo de vedao. Comentrio: Para edificaes de at cinco pavimentos, podem ser consideradas as seguintes solicitaes:

Sd = 1,4Sgk + 1,4Sqk + 1,2Swk (direo vertical para Swk) + 1,2 Sk; Sd = 0,9Sgk + 1,2Swk (direo horizontal para Swk).7.1.1.2 Nvel de desempenho: M 7.2 Requisito: Deformaes e ocorrncia de falhas sob ao de cargas de servio (paredes externas e internas) Devem ser limitadas as deformaes, fissuraes e falhas nas paredes externas e internas, nos seus componentes e instalaes, em funo das combinaes de aes caractersticas possveis de ocorrerem durante a vida til do edifcio. Refere-se ao estado limite de utilizao das paredes. 7.2.1 Critrios e nveis de desempenho Sob a ao de cargas permanentes e acidentais, devidas ao vento e devidas a deformaes impostas, a parede no pode apresentar fissuras, deslocamentos excessivos, lascamentos ou quaisquer outros tipos de danos. Devem ser consideradas as cargas permanentes e acidentais, devidas ao vento e a deformaes impostas. Solicitao:

Sd =

Sgk +

Sqk +

Swk +

Sk

(eq. 6)

Algumas normas referentes ao assunto so citadas a seguir: NBR 6120 - Cargas para o clculo de estruturas de edificaes - Procedimento, NBR 6123 - Foras devidas ao vento em edificaes - Procedimento, NBR 8681- Aes e segurana nas estruturas - Procedimento. Quando se desconhece o local de implantao do edifcio, deve-se considerar as cargas devidas ao vento em funo das regies definidas na normalizao brasileira, para as condies mais severas de implantao, eventualmente limitando o uso a determinadas regies. As limitaes de deslocamentos instantneos (dh) e residuais (dhr) e de ocorrncia de falhas so apresentadas na tabela 1 assim como os nveis de desempenho.

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Tabela 1 Critrios e nveis de desempenho quanto a Deformaes e Ocorrncia de Falhas sob Ao de Cargas de Servio Elemento Solicitao Cargas verticais: Fachadas e paredes internas Sd = Sgk + Sqk + Swk (desconsiderar Swk no caso de alvio da compresso) Cargas permanentes e deformaes impostas Sd = Sgk + S k (*)

Critrio . No ocorrncia de falhas; . Limitao dos deslocamentos horizontais(***): dh < h/500 dhr < h/2500 . No ocorrncia de falhas, tanto nas paredes como nas interfaces da parede com outros componentes . No ocorrncia de falhas; . Limitao dos deslocamentos horizontais(***):

Nvel de desempenho

M

Fachadas e paredes internas

M

Fachadas

Cargas horizontais: Sd(**) = 0,9 Sgk + 0,8 Swk

dh < h/500 (paredes com funo estrutural); dhr < h/2500 (paredes com funo estrutural); dh < h/350 (paredes com funo de vedao); dhr < h/1750 (paredes com funo de vedao).

M

(*) No caso de paredes de vedao, considerar as aes resultantes das deformaes dos componentes horizontais da estrutura (vigas e lajes) , recomendando-se que no se considere para a carga vertical linearmente distribuda no topo da parede valor inferior a 2 kN/m. (**) No caso de ensaios considerar Sd = Sgk + 0,8 Swk (***) Para paredes leves (G < 60 kg/m2), os valores de deslocamento instantneo (dh) podem ser considerados como sendo o dobro dos recomendados. Notas: 1) Para paredes internas podem ser desprezadas as solicitaes devidas a variaes trmicas. 2) Para paredes internas, a influncia da variao da umidade pode ser desprezada desde que: a) ao nvel do respaldo da fundao exista impermeabilizao eficiente que impea a ascenso da umidade do solo por capilaridade; b) as superfcies das paredes diretamente em contato com reas molhveis (banheiros, cozinhas, lavanderias) sejam convenientemente protegidas com revestimento impermevel; c) as paredes em contato com pisos molhveis e lavveis apresentam em sua base uma barra impermevel (rodap) com pelo menos 7 cm de altura ou impermeabilizao em continuidade impermeabilizao do piso.

7.2.1.1 Mtodo de avaliao As deformaes e o estado de fissurao sob ao de cargas de servio podem ser determinadas por meio de clculo estrutural, quando as propriedades dos materiais e componentes da estrutura forem conhecidas e dispe-se de modelos de clculo, ou por meio de ensaios. 7.2.1.1.1 Clculo estrutural Clculo das deformaes e estado de fissurao sob ao das cargas de servio, com base nas propriedades dos materiais e componentes e no seguinte conjunto de normas: NBR-6118 - Projeto e Execuo de Obras de Concreto Armado; NBR-7190 - Clculo e Execuo de Estrutura de Madeira; NBR-7197 - Clculo e Execuo de obras de Concreto Protendido; NBR-8800 Projeto e Execuo de Estruturas de Ao de Edificao; NBR-9062 - Projeto e Execuo de Estruturas de Concreto Pr-Moldado; NBR-10837 Clculo de Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de Concreto; e NB 143/67 Clculo de Estruturas de ao constitudas de perfis leves.. Notas: 1) A resistncia caracterstica dos materiais, quando no existirem normas especficas, deve ser tomada como a correspondente ao quantil inferior de 5%, ou seja, 95% do material deve apresentar, para a ou as propriedades escolhidas como representativas, um valor igual ou acima do caracterstico. 2) Na avaliao deve-se considerar que as cargas verticais so transmitidas s paredes com uma excentricidade acidental e(a) = t/30 1cm, onde t a espessura da parede, alm da eventual excentricidade prevista em projeto.

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3) A resistncia caracterstica assumida para componentes de ligao e ancoragens, quando no existirem normas especficas, deve ser tomada como a correspondente ao quantil inferior de 5%, ou seja, 95% dos componentes devem apresentar, para a ou as propriedades escolhidas como representativas, um valor igual ou acima do caracterstico. 7.2.1.1.2 Ensaios 7.2.1.1.2.1 Ensaio de compresso excntrica em painis ou trechos de paredes (e(a) = t/30 1cm). Os painis pr-fabricados devem ser ensaiados nas mesmas condies previstas para seu emprego em obra, com a altura prevista para o p direito. Os trechos de paredes devem possuir altura igual prevista para seu emprego em obra, com largura mnima de aproximadamente 1,20 m, ou de 5 vezes a espessura para paredes monolticas Algumas normas referentes ao assunto so citadas a seguir: NBR 8949/89 - Paredes de alvenaria estrutural - ensaio compresso simples - Mtodo de ensaio, NBR 8215 - Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural - preparo e ensaio compresso - Mtodo de ensaio. Notas: 1) O ensaio deve ser efetuado em 3 painis, contemplando a seguinte solicitao: Sd = Sgk + Sqk + Swk (eq. 7)

As cargas devidas ao vento devem ser consideradas somente se produzirem esforos de compresso em painis de parede (no caso de alvio devem ser desconsideradas). 2) Para cada painel ensaiado devem ser registradas a carga correspondente ao deslocamento limite e a carga correspondente ao incio da fissurao do painel, conforme figura 1 anterior, sendo Rs1, Rs2 e Rs3 os resultados das resistncias em servio observadas nos ensaios e ordenados crescentemente, e que sero caracterizadas em cada ensaio pela grandeza que primeiro estabelecer uma falha. Estas podero ser caracterizadas pelos limites impostos de deslocamentos e pela ocorrncia de danos convencionados como inaceitveis em condies de utilizao. A resistncia de projeto, com o seu valor j minorado, ser admitida como:

R R s1 R s d = R s 1 s3 . (1 0,2 ) R s 1 2 Onde: = [(1+sA).(1+sB).(1+sC)...] Sendo: (eq. 9)

(eq. 8)

sA: Coeficiente de variao da resistncia do material A, correlativa a Rsd; sB: Coeficiente de variao da resistncia do material B, correlativa a Rsd; sC: Coeficiente de variao da resistncia do material C, correlativa a Rsd. Os materiais A, B, C, etc..., devem constituir e reger de forma majoritria o comportamento mecnico do componente em anlise na composio da resistncia Rsd. Desta forma: Sd Rsd de suma importncia que, para conservar vlida a expresso de Rsd, as resistncias mdias dos materiais A, B, C, etc..., estejam caracterizadas para o ensaio e que sua estabilidade esteja garantida ao longo do processo de produo. A caracterizao dos constituintes A, B, C, etc..., e o tipo de resistncia que o caracterizar podem ser extradas dos prprios ensaios examinando minuciosamente o comportamento em servio e sua dependncia do comportamento daqueles. Para casas trreas, prescinde-se da determinao de u, adotando-se =1,5, no mnimo, e m=2,0. 7.2.1.1.2.2 Ensaio de cargas laterais uniformemente distribudas, visando simular as aes horizontais devidas ao vento (fachadas) O corpo de prova deve ser constitudo por um trecho representativo da parede de fachada, incluindo as fixaes e vinculaes tpicas entre componentes. Deve ser considerada para efeito da avaliao a solicitao Sd = Sgk + 0,8 Swk, inclusive para as paredes externas com funo de vedao (cargas de vento atuando horizontalmente). Comentrio: Caso se considere no ensaio a atuao simultnea de carga vetical no topo da parede, deve-se considerar para a carga vertical a excentricidade acidental e(a) = b/30 1cm, sendo b a espessura da parede, alm da eventual excentricidade de projeto, tanto para paredes com funo estrutural como com funo de vedao.

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7.3 Requisito: Solicitaes decorrentes de cargas provenientes de peas suspensas (paredes externas e internas) As fachadas e paredes internas, com ou sem funo estrutural, devem resistir fixao de peas suspensas, como armrios, prateleiras, lavatrios, etc. 7.3.1 Critrios e nveis de desempenho As fachadas e paredes internas da habitao, com ou sem funo estrutural, sob ao de cargas aplicadas excentricamente em relao face da parede e cargas aplicadas faceando a superfcie da parede, em funo do tipo de pea a ser fixada, no podem apresentar fissuras, deslocamentos excessivos (dh o deslocamento horizontal instantneo, dhr o deslocamento horizontal residual, h a altura da parede), lascamentos ou quaisquer outros tipos de danos, conforme tabela 2. Tabela 2 Cargas de servio, critrios e nveis de desempenho para peas suspensas Simulador de pea suspensa Carga de servio Critrio de desempenho No ocorrncia de falhas; 0,8 kN, aplicado nos pontos A e B , sendo 0,4 kN em cada ponto. Mo-francesa padro (Figura 2) 1,0 kN, aplicado nos pontos A e B, sendo 0,5 kN em cada ponto. Limitao dos deslocamentos horizontais: dh < h/500 dhr < h/2500 No ocorrncia de falhas; Limitao dos deslocamentos horizontais: dh < h/500 dhr < h/2500Nota: No esto includos critrios para cantoneiras e peas faceando a parede mas deve ser informada pelo fabricante a carga de uso permitida pelo elemento.

Nvel de desempenho

M

S

Comentrio: Os valores limites dos deslocamentos devem ser considerados para as cargas de servio; para cargas de ruptura deve-se considerar coeficiente de segurana igual a 3. Para qualquer sistema de fixao recomendado, deve ser estabelecida a mxima carga de uso, incluindo as cargas aplicadas muito prximas face da parede. Caso o fabricante recomende um valor limite da distncia entre dois pontos de fixao este valor deve ser considerado no ensaio, a despeito da mo francesa padro ter sido considerada com 50 cm entre pontos de aplicao de carga. Neste caso deve ser reformulada a distncia entre pontos de fixao do equipamento de ensaio. 7.3.2 Mtodo de avaliao Ensaio, em laboratrio ou em campo, de cargas provenientes de peas suspensas. O corpo-de-prova deve ser representativo do sistema, incluindo todos seus componentes tpicos. Tambm deve ser representativo o sistema de fixao e a forma de aplicao do carregamento. No caso de peas suspensas como lavatrios e prateleiras, empregar mos-francesas para aplicao do carregamento como ilustrado na Figura 2.

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Figura 2 Esquema de mo-francesa para ensaios de peas suspensas como lavatrios e prateleiras O sistema de fixao deve ser recomendado pelo fabricante ou fornecedor . Quando o fabricante/fornecedor restringir a fixao da pea suspensa em determinados locais, esta recomendao deve ser respeitada e constar do relatrio de avaliao. A carga deve ser aplicada em patamares de 50 N cada um, aguardando-se um intervalo de 3 minutos entre patamares, por ponto de fixao. Levar o carregamento at a ruptura do corpo de prova ou falncia do sistema de fixao, registrando-se todas as falhas e deslocamentos horizontais da parede. 7.4 Requisito: Cargas de ocupao (paredes externas e internas) As paredes externas e internas bem como guarda-corpos e parapeitos da habitao devem resistir ao de cargas de ocupao simulando o esforo aplicado pelo homem. 7.4.1 Critrios e nveis de desempenho As paredes externas, internas, guarda-corpos e parapeitos da habitao, sob ao de cargas decorrentes do uso da edificao, no devem apresentar fissuras, deslocamentos excessivos (dh o deslocamento horizontal instantneo, dhr o deslocamento horizontal residual, h a altura da parede), lascamentos ou quaisquer outros tipos de danos, conforme tabela 3. Tabela 3 Critrios e nveis de desempenho para resistncia de paredes externas, paredes internas, guarda-corpos e parapeitos submetidos a cargas de ocupao Carga Critrio de desempenho . No ocorrncia de falhas; Carga horizontal concentrada, de 0,5 kN, aplicada parede . Limitao dos deslocamentos horizontais: dh < h/500; dhr < h/2500 Carga horizontal . No ocorrncia de falhas; distribuda, de 0,5 KN/m, aplicada em guarda-corpos . Limitao dos deslocamentos horizontais: dh < 10 mm e parapeitos Carga horizontal . No ocorrncia de falhas; concentrada, de 1 KN, aplicada em guarda-corpos . Limitao dos deslocamentos horizontais: dh < 10 mm e parapeitos Carga vertical concentrada, de 1 kN, aplicada a componentes horizontais de guardacorpos e parapeitos . No ocorrncia de falhas; Limitao dos deslocamentos verticais: dv < 10mm. M M Nvel de desempenho

S

M

Nota: Para paredes internas leves (G < 60 kg/m2), os valores de deslocamento instantneo (dh e dv ) podem ser considerados como sendo o dobro dos recomendados.

7.4.1.1 Mtodo de avaliao Ensaio, em laboratrio ou em campo, de cargas concentradas e distribudas. O corpo-de-prova deve ser representativo do sistema, incluindo todos seus componentes tpicos. 7.5 Requisito: Impactos de corpo mole e corpo duro (paredes externas e internas) As paredes externas e internas, tanto com funo estrutural como com funo de vedao, devem resistir aos impactos de corpo mole e corpo duro que podem sofrer durante a vida til do edifcio. Traduz-se na energia de impacto a ser aplicada em paredes externas com e sem funo estrutural. Os impactos com maiores energias referem-se ao estado limite ltimo, sendo os de utilizao aqueles com menores energias. Os impactos correspondem a choques acidentais gerados pela prpria utilizao do edifcio ou a choques provocados por tentativas de intruses intencionais ou no. Dessa forma, so considerados os impactos gerados tanto no exterior como no interior da edifcio, diferenciando-se as paredes com e sem funo estrutural, bem como as paredes de fachada e as paredes internas. 7.5.1 Critrios e nveis de desempenho para impactos de corpo mole Sob ao de impactos de corpo mole, as fachadas e paredes internas no devem: sofrer ruptura ou instabilidade (impactos de segurana), para as correspondentes energias de impacto indicadas nas tabelas 4, 5 e 6;

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sofrer fissuras, escamaes, delaminaes ou qualquer outro tipo de dano (impactos de utilizao), observando-se ainda os limites de deformaes instantneas e residuais (dh o deslocamento horizontal instantneo, dhr o deslocamento horizontal residual, h a altura da parede), indicados nas tabelas 4, 5, 6 ou 7; provocar danos a componentes, instalaes e acabamentos acoplados parede, de acordo com as energias de impacto indicadas nas tabelas 4 , 5, 6 ou 7. TABELA 4 - Impactos de corpo mole para paredes externas (fachadas) de edifcios com mais de um pavimento Energia de impacto de corpo mole (J) 960 720 (paredes de edifcios com mais de um pavimento) Impactos externos (acesso ext. ao pblico; normalmente andar trreo) 480 360 No ocorrncia de falhas; Limitao dos deslocamentos horizontais: No de ocorrncia de falhas Nvel de desempenho

Componente

Impactos

Critrios de desempenho

No de ocorrncia de runa

240

. dh h/250 . dhr h/1250No da ocorrncia de falhas M

Paredes com funo estrutural

180 120 360

No ocorrncia de runa No ocorrncia de falhas No ocorrncia de falhas; Limitao dos deslocamentos horizontais:

Impactos internos (todos os pavimentos)

240 180

120

. dh h/250 . dhr h/1250No ocorrncia de runa No ocorrncia de falhas No ocorrncia de falhas No ocorrncia de falhas M

720

Impactos externos (acesso ext. Paredes com ao pblico; funo de normalmente vedao andar trreo) (paredes de edifcios com mais de um Impactos pavimento) internos (todos os pavimentos)Impactos extenos (acesso ext ao pblico)

480 360 240 180 120 240 180 No ocorrncia de falhas; Limitao dos deslocamentos horizontais: No ocorrncia de runa

120

. dh h/125 . dhr h/625No ocorrncia de runa No ocorrncia de falhas No ocorrncia de runa No ocorrncia de falhas M

960 480 240 360 180 120

Parapeitos ou guarda- corpos de edifcios Impactos com mais de um pavimento internos (todosos pavimentos)

Nota: Para fachadas leves (G < 60 kg/m2), os valores de deslocamento instantneo (dh) podem ser considerados como sendo o dobro dos especificados.

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TABELA 5 - Impactos de corpo mole para paredes externas (fachadas) de casas trreas, com funo estrutural Energia de impacto de corpo mole (J) 960 720 480 360 No ocorrncia de falhas; Limitao dos deslocamentos horizontais: 240 . dh h/250 . dhr h/1250 Impactos externos (acesso ext. ao pblico) Paredes com funo estrutural (paredes de casas trreas) 240 180 120 720 480 360 No ocorrncia de falhas; Limitao dos deslocamentos horizontais: . dh h/250 . dhr h/1250 180 120 360 240 180 Impactos internos 120 No ocorrncia de falhas No ocorrncia de falhas; Limitao dos deslocamentos horizontais: . dh h/250 . dhr h/1250 M No ocorrncia de runa No ocorrncia de falhas M No ocorrncia de runa No ocorrncia de falhas S No ocorrncia de falhas Nvel de desempenho

Componente

Impactos

Critrios de desempenho

No ocorrncia de runa

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TABELA 6 - Impactos de corpo mole para paredes externas (fachadas) de casas trreas, sem funo estrutural Energia de impacto de corpo mole (J) 720 480 360 240 180 120 Impactos externos (acesso ext. ao pblico) 480 360 240 No ocorrncia de falhas; Limitao dos deslocamentos horizontais: 240 . dh h/125 . dhr h/625 180 120 240 180 Impactos internos 120 No ocorrncia de falhas No ocorrncia de runa No ocorrncia de falhas; Limitao dos deslocamentos horizontais: . dh h/125 . dhr h/625 M M No ocorrncia de runa No ocorrncia de falhas S Nvel de desempenho

Componente

Impactos

Critrios de desempenho

No ocorrncia de runa

Paredes sem funo estrutural (paredes de casas trreas)

Nota: Para fachadas leves (G < 60 kg/m2), os valores de deslocamento instantneo (dh) podem ser considerados como sendo o dobro dos especificados.

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Tabela 7 Impactos de corpo mole para paredes internas Componente Energia de impacto de corpo mole (J) 360 240 180 Paredes com funo estrutural 120 Critrio de desempenho No ocorrncia de runa So admitidas falhas localizadas No ocorrncia de falhas No ocorrncia de falhas; Limitao dos deslocamentos horizontais: . dh < h/250; . dhr < h/1250 60 240 180 No ocorrncia de falhas No ocorrncia de runa No ocorrncia de falhas No ocorrncia de falhas; 120 Paredes com funo de vedao Limitao da ocorrncia de deslocamento: . dh < h/125; . dhr < h/625 60 180 120 No ocorrncia de falhas No ocorrncia de runa No ocorrncia de falhas; Limitao da ocorrncia de deslocamento: . dh < h/125; . dhr < h/625 60 No ocorrncia de falhas; M S M Nvel de desempenho

7.5.1.1 Mtodo de avaliao Verificao da resistncia e deslocamento das paredes por meio de ensaios de impacto, a serem realizados em laboratrio, em prottipo ou obra. O corpo-de-prova deve incluir todos os componentes tpicos do sistema. Um corpo impactador com forma e massa (m) definidas, suspenso por um cabo e abandonado em movimento pendular de uma altura (h) at atingir a parede (Tabela 8). Devem ser registrados os deslocamentos e as ocorrncias (eventuais falhas). Tabela 8 Massa de corpo impactador, altura e energia de impacto Impactador m (kg) 40 40 Corpo mole de acordo com a NBR 11675/90 1 impacto para cada energia 40 40 40 40 40 h (m) 0,30 0,45 0,60 0,90 1,20 1,80 2,40 E (J) 120 180 240 360 480 720 960

7.5.2 Critrios e nveis de desempenho para impactos de corpo duro Sob a ao de impactos de corpo duro, as fachadas e paredes internas no devem: sofrer fissuras, escamaes, delaminaes ou qualquer outro tipo de dano (impactos de utilizao), observando-se ainda os limites de deformaes instantneas e residuais indicados nas tabelas 9 e 10; sofrer ruptura ou transpassamento sob ao dos impactos de corpo duro indicados na tabela 9 e 10.

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TABELA 9 - Impactos de corpo duro para paredes externas (fachadas) Componente Impacto Energia de impacto de corpo duro (J) 3,75 Impactos externos (acesso ext. ao pblico) Paredes com ou sem funo estrutural; parapeitos ou (*) guarda-corpos Impactos internos (todos os pavimentos) 20 3,75 20 2,5 10 2,5 10(*)

Critrio de desempenho No ocorrncia de falhas No ocorrncia de ruptura e traspassamento No ocorrncia de falhas Profundidade da mossa p 45 Nvel de Desempenho M S E

Nota: O mtodo recomendado, quando possvel, o mtodo da norma ISO 140-5, ou seja, medies em laboratrio. As medies devem ser executadas com portas e janelas fechadas. Para a determinao do valor da Diferena Padronizada de Nvel Ponderada, D2m,nT,w, da vedao externa a partir do conjunto de valores de Diferena Padronizada de Nvel, deve-se utilizar o procedimento especificado na Norma ISO 717-1: 1996. 11.1.2 Critrios e nveis de desempenho relacionados com o ensaio de laboratrio - ndice de reduo sonora ponderado da fachada A unidade habitacional deve apresentar ndice de reduo sonora ponderado, Rw, da fachada conforme o nvel de desempenho da Tabela 22. Nota: Quando a fachada constituda de mais do que um componente, deve ser ensaiado o sistema composto ou ensaiado cada componente e calculada a isolao resultante conforme descrito em 11.1.2.1.

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Tabela 22 ndice de reduo sonora ponderado, Rw, da fachada Elemento Rw [dB] 35 Fachada 40 a 45 > 45 11.1.2.1 Mtodo de avaliao Deve-se utilizar a Norma ISO 140-3:1995 para a determinao dos valores do ndice de Reduo Sonora, R, em bandas de tero de oitava entre 100 e 5000 Hz. Para a determinao do valor do ndice de Reduo Sonora Ponderado, Rw, a partir do conjunto de valores de ndice de Isolao Sonora, deve-se utilizar o procedimento especificado na Norma ISO 717-1:1996. Quando a fachada constituida de mais do que um componente construtivo, o ndice de Reduo Sonora Global da fachada pode ser obtido calculando-se, em cada banda de tero de oitava, os valores de RG do conjunto a partir dos valores individuais de cada componente construtivo, pela frmula: Rw +5 dB] 40 50 a 55 > 50 Nvel de Desempenho M S E

(Si 10 RG = - 10 log SiOnde:

Ri

10

)

RG o ndice de Reduo Sonora Global; Ri o ndice de reduo sonora do i-simo componente; Si a rea do i-simo componente. O valor do ndice de Reduo Sonora Ponderado, Rw, da fachada determinado pelo procedimento especificado na Norma ISO 717-1:1996. Os clculos devem constar do relatrio de avaliao. 11.1.3 Critrio relacionado com o ensaio de campo (paredes internas) - Diferena padronizada de nvel ponderada entre ambientes A parede interna deve apresentar Diferena Padronizada de Nvel Ponderada, DnT,w, conforme o Nvel de Desempenho da Tabela 23. A Diferena Padronizada de Nvel Ponderada, DnT,w, o nmero nico do isolamento de rudo areo em edificaes, derivado dos valores em bandas de oitava ou de tero de oitava da Diferena Padronizada de Nvel, DnT, entre ambientes de acordo com o procedimento especificado na Norma ISO 717-1:1996. Tabela 23 Diferena padronizada de nvel ponderada entre ambientes, DnT,w Elemento DnT,w [dB] 25 Parede entre ambientes de uma mesma unidade habitacional 30 a 35 > 35 35 Parede entre uma unidade habitacional e reas comuns, como corredores 40 a 45 > 45 40 Parede entre unidades habitacionais autnomas (parede de geminao) 45 a 50 > 50 11.1.3.1 Mtodo de avaliao Deve-se utilizar um dos seguintes mtodos para a determinao dos valores da Diferena de Nvel Padronizada, DnT. : Nvel de Desempenho M S E M S E M S E

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Mtodo descrito na Norma ISO 140-5:1998, obtendo-se valores em bandas de tero de oitava entre 100 e 3150 Hz ou em bandas de oitava entre 125 e 2000 Hz; Mtodo simplificado descrito na norma ISO 10052, obtendo-se valores em bandas de oitava entre 125 e 2000 Hz.

As medies devem ser executadas com portas e janelas dos ambientes fechadas. Para a determinao do valor da Diferena Padronizada de Nvel Ponderada, DnT,w, entre os ambientes a partir do conjunto de valores de Diferena Padronizada de Nvel, deve-se utilizar o procedimento especificado na Norma ISO 717-1:1996. 11.1.4 Critrio e nveis de desempenho relacionados com o ensaio de laboratrio (paredes internas) - ndice de reduo sonora ponderado, Rw, dos componentes construtivos entre ambientes A isolao entre ambientes deve apresentar ndice de Reduo Sonora Ponderado, Rw conforme o Nvel de Desempenho da Tabela 24. Nota: Quando o sistema entre os ambientes consiste de mais do um componente, deve ser ensaiado o sistema composto ou ensaiado cada componente e calculado a isolao resultante (vide 9.1.2.1). Tabela 24 ndice de reduo sonora ponderado, Rw, dos componentes construtivos ndice de reduo sonora ponderado Rw [dB] 30 Parede entre ambientes de uma mesma unidade habitacional 35 a 40 > 40 40 Parede entre uma unidade habitacional e reas comuns, como corredores 45 a 50 > 50 45 Parede entre unidades habitacionais autnomas (parede de geminao) 50 a 55 > 55 11.1.4.1 Mtodo de avaliao Conforme descrito em 11.1.2.1.1. 12 DURABILIDADE E MANUTENABILIDADE 12.1 Requisito (paredes externas e internas) As paredes externas e internas, incluindo os seus componentes, submetidos a intervenes peridicas de manuteno e conservao, devem manter sua capacidade funcional durante a vida til projetada para a construo. 12.1.1 Critrio As paredes externas e internas, incluindo janelas, portas e outros componentes, submetidos a intervenes peridicas de manuteno e conservao previstas pelo fornecedor do produto ou projeto, devem apresentar vida til igual ou superior aos perodos especificados na Tabela 8 do documento: Desempenho de Edifcios Habitacionais de at 5 pavimentos Parte 1: Requisitos Gerais. 12.1.1.1 Mtodo de avaliao Especificados no documento indicado no item 14.1.1 anterior. 12.1.1.2 Nvel de desempenho: M. 12.2 Requisito (paredes externas) Devem ser limitadas as deformaes, fissuraes e falhas nas paredes externas, incluindo seus revestimentos, em funo de ciclos de exposio ao calor e resfriamento que ocorrem durante a vida til do edifcio. 12.2.1 Critrio As paredes externas, incluindo seus revestimentos, submetidas a dez resfriamento por meio de jato de gua, no devem apresentar: ciclos sucessivos de exposio ao calor e Nvel de Desempenho M S E M S E M S

Elemento da edificao

E

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-

deslocamento horizontal instantneo (flecha), no plano perpendicular ao corpo-de-prova, superior a h/300, onde h a altura do corpo de prova; ocorrncia de falhas como fissuras, destacamentos, empolamentos, descoloramentos e outros danos.

12.2.1.1 Mtodo de avaliao Ensaio em laboratrio conforme mtodo apresentao no Anexo D. 12.2.1.2 Nvel de desempenho: M.

//ANEXO

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Anexo A (normativo)

Verificao da estanqueidade gua de paredes Mtodo de Ensaio Procedimento de laboratrio

1. Objetivo Verificar a estanqueidade gua de paredes externas, revestidas ou pintadas. O ensaio consiste em submeter, durante um tempo determinado, a face externa de um corpo-de-prova de parede a uma vazo de gua, criando uma pelcula homognea e contnua, com a aplicao simultnea de uma presso pneumtica sobre essa face. 2. Aparelhagem 2.1 Cmara de ensaio Para realizao do ensaio, necessria uma cmara de formato prismtico, de dimenses compatveis como corpo-deprova, estanque e provida de: 2.1.1 Abertura em uma das faces para fixao do corpo-de-prova. 2.1.2 Orifcio da sada de gua na base, provido de sifo que possibilite a formao de um fecho hdrico no interior da cmara. 2.1.3 Orifcio para ligao da alimentao de gua, do sistema de aplicao de presso, do manmetro e para sada de ar. 2.2 Aplicao de presso O sistema constitudo por ventoinha, tubulao e registros reguladores de presso deve possibilitar a aplicao de presso pneumtica uniforme de at 50 Pa (50 mmca) no interior da cmara durante o ensaio. 0 ar deve ser introduzido no interior da cmara por uma de suas faces laterais, a fim de impedir a incidncia direta do ar sobre o corpo-de-prova. 2.3 Medida de presso O equipamento para medida de presso deve ser instalado de maneira que a medida no seja afetada pela velocidade do ar e tenha resoluo de 0,5 Pa (0,5 mmca). 2.4 Disperso de gua O sistema, constitudo de reservatrio de gua, tubulaes, registros e tubo com dispersores de gua, deve permitir a 3 aplicao de vazo constante e igual a 3,0 dm /minuto junto parede superior da face externa, criando uma pelcula homognea e contnua. 2.5 Medida de vazo Devem ser utilizados equipamentos que permitam o controle da vazo durante o ensaio, tais como venturis, rotmetros etc., com resoluo igual a 1% do fundo de escala. A Figura 1 mostra esquema de funcionamento da aparelhagem.

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Legenda:1. Bia sensvel (para manuteno do nvel de gua). 2. Registro de gaveta. 3. Equipamento para medida de vazao. 4. Registro globo para ajuste da vazo. 5. Tubo injetor de ar DN 50 (faz a asperso da gua e pressuriza a cmara). 6. Manmetro diferencial para controle da presso dentro da cmara. 7. Tubo dispersor de gua. 8. Registro de gaveta (ajuste fino da presso de ar dentro da cmara) 9. Corpo-de-prova 10. Sada de gua (sifonada) 11. Registro de gaveta (ajuste de presso) 12. Sangradouro Figura 1 Esquema de dispositivos para medida de vazo

2.6 Grampos para fixao do corpo-de-prova So necessrios grampos m nmero no inferior a seis para fixao do corpo-de-prova s bordas da abertura da cmara. 3. Execuo do ensaio 3.1 O corpo-de-prova constitudo pela parede, com ou sem pintura ou revestimento. A parede (corpo-de-prova) deve ser plana, estar perfeitamente na vertical e possuir largura e comprimento, no mnimo, iguais a 105 cm e 135 cm, respectivamente. No h restries quanto sua espessura. No caso de pintura, a tinta deve ser aplicada sobre a face externa da parede e suas superfcies adjacentes, exceto na face interna, de acordo com as recomendaes do fabricante. 0 tempo de secagem da pintura, antes do incio do ensaio, no deve ser inferior a sete dias. 3.2 O ensaio deve ser realizado em pelo menos dois corpos-de-prova preparados de maneira idntica, conforme o procedimento descrito nos itens seguintes: O corpo-de-prova deve ser fixado cmara de ensaio com sua face externa voltada para o interior da cmara. As reas de contato entre o corpo-de-prova e a cmara devem ser vedadas por meio de guarnio esponjosa, empregando-se, onde necessrio, cera de abelha ou similar (Figura 2). O sistema de disperso de gua deve ser acionado e estabelecida uma vazo igual a 3,0 0,3 dm /minuto, que deve ser mantida constante durante o ensaio. Em seguida, aplica-se a presso pneumtica especificada, que deve ser mantida constante durante o ensaio. A durao do ensaio de sete horas. Aps este perodo, a presso pneumtica deve ser anulada e a disperso de gua, interrompida.3

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Figura 2 Esquema de montagem do corpo-de-prova para ensaio

4. Resultados 4.1 Devem ser consignados para cada um dos corpos-de-prova ensaiados: O tempo de ensaio quando do aparecimento da primeira mancha de umidade na face intema, oposta incidncia da gua e presso. A porcentagem da rea da mancha de umidade ao final do ensaio em relao rea total da face interna, oposta incidncia da gua sob presso.

4.2 O documento tcnico contendo os resultados do ensaio deve ainda apresentar as seguintes informaes: Identificao dos constituintes da parede, inclusive, se for o caso, da argamassa de assentamento. Dimenses do corpo-de-prova. No caso de revestimento ou pintura, devem ser identificados: os materiais ou produtos empregados no revestimento ou pintura, e respectivos fabricantes. modo de execuo dos servios de pintura ou de revestimento, explicitando nmero de demos ou camadas de cada produto, ferramentas empregadas, tempo de secagem entre demos ou camadas, tempo de secagem antes do incio do ensaio. Caractersticas dos equipamentos utilizados para medida da presso e da vazo.

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Anexo B (normativo)

Verificao da estanqueidade gua de revestimento de paredes Mtodo de Ensaio Procedimento de campo1 Objetivo Este ensaio tem por objetivo determinar a estanqueidade gua de chuva em paredes tanto em laboratrio com em obra ou edificao em uso. 2 Equipamentos 2.1 Cmara de ensaio A cmara simuladora de chuva incidente deve ser construda de acordo com a Figura 1. Sua rea de ensaio deve possuir dimenses de 70 x 70 cm. A interface entre a cmara e o corpo-de-prova ou a parede deve ser vedada com um perfil de borracha, empregando-se selante onde necessrio. A estrutura da cmara deve ser metlica e o fechamento frontal deve ser em material transparente (policabonato ou acrlico), para permitir visulaizao. Parafusos de fixao devem ser utilizados para fixar a cmara ao corpo-de-prova ou parede.12

13 11 10 14

6

5 9 15 2

16 1

4

3 8 7

LEGENDA 1 Cmara simuladora de chuva incidente 2 Tubulao de asperso de gua 3 Vlvula para controle da presso dentro na cmara 4 Tubulao para controle da presso dentro da cmara 5 Manmetro diferencial para controle da presso dentro da cmara 6 Corpo-de-prova ou parede 7 Tubulao de sada de gua 8 Reservatrio de gua 9 Bomba centrfuga de gua 10 Vlvula para regulagem da presso de sada da bomba 11 Tubulao de alimentao de gua 12 Sistema de medio de vazo (rotmetro ou tubo de Venturi)

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13 Vlvula para controle da vazo de entrada de gua na cmara 14 Tubulao de alimentao de ar pressurizado 15 Bomba centrfuga de ar 16 Tubulao de controle da presso de sada da bomba Figura 1- Cmara simuladora de chuva incidente

Na Figura 2 tem-se uma foto da cmara simuladora de chuva incidente.

Figura 2 Cmara simuladora de chuva incidente 2.2 Aplicao de presso O sistema bomba centrfuga, manmetro, registros e tubulaes devem ser dimensionados de forma que se tenha uma presso constante de 500 Pa (50 mmca) dentro da cmara simuladora de chuva incidente. 2.3 Disperso de gua O sistema constitudo de bomba centrfuga, medidor de vazo, tubulaes e registros deve ser dimensionado de forma que 3 possa conduzir uma vazo de 1,13 dm /min. O tubo de asperso de gua dever ter 19 mm de dimetro, alm de possuir furos de 1 mm de dimetro espaados de 25 mm. Este deve ser posicionado com pelo menos 75 mm abaixo do topo da cmara. 2.4 Medidores O termmetro deve possuir uma preciso de 0,5C e o higrmetro ter uma preciso de 1%. O equipamento para medir presso deve possuir uma preciso de 5 Pa (0,5 mmca) e o equipamento para medir vazo deve ter uma preciso equivalente a 1% do fundo de escala. 2.5 Drenagem de gua da cmara Consiste em uma tubulao sifonafa com sada na base da cmara. O sifo deve possuir um selo hdrico mnimo de 5 cm de altura. 3 Materiais Os corpos-de-prova ou paredes a serem avaliados precisam ter pelo menos 28 dias de cura e as revestidas 21 dias a partir da execuo do revestimento. Os corpos-de-prova ou paredes a serem ensaiados devem possuir pelo menos 200 mm de rea desobstruda a partir das faces da cmara instalada. Os corpos-de-prova ou paredes devem possuir a face interna oposta ao ensaio sem revestimento. No lado oposto pode ser aplicada uma soluo de gua e cal para facilitar a visualizao da umidade, caso necessrio. Devero ser ensaiados pelo menos trs corpos-de-prova ou paredes em cada avaliao de cada tipo.

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4 Procedimento de ensaio Posicione a cmara de ensaio, fixando-a firmemente contra o corpo-de-prova ou o corpo da parede, de forma que a interface dos dois fique devidamente vedada. Regular os equipamentos para 1,13 dm de gua por minuto. Simultaneamente com a aplicao de gua, aumente a presso de ar na cmara at que atinja 500 Pa (50 mmca). Manter as condies do ensaio por pelo menos 7 horas. 4.1 Dados a serem coletados Durante as 7 horas de ensaio devero ser observados: Tempo de aparecimento de umidade na face oposta de ensaio; Tempo de aparecimento de gua na face oposta de ensaio; rea de umidade na face oposta de ensaio findo o perodo de 4 horas de ensaio, expressa como porcentagem em funo da rea testada;3

5 Relatrio Deve apresentar as seguintes anotaes: Descrio de todos os materiais, incluindo pinturas, unidades de alvenaria, materiais da argamassa e composio da argamassa usada para construir os copos-de-prova ou as paredes; Descrio do formato dos corpos-de-prova ou das paredes e seus detalhes, incluindo fotografias e desenhos, se necessrio; Descrio detalhada da mo-de-obra utilizada na construo dos corpos-de-prova ou das paredes; Condies do teste; Relatrio dos resultados, de acordo com o item 4.1; Relatrio da temperatura e umidade durante a construo, estocagem e ensaio.

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ANEXO C (Normativo)

Verificao da permeabilidade gua de paredes Mtodo de ensaio1 OBJETIVO Verificao da permeabilidade gua de paredes. O ensaio consiste em submeter um trecho de parede presena de gua, com presso constante, por meio de uma cmara acoplada parede. 2 APARELHAGEM 2.1 Cmara com formato de caixa, com dimenses internas da boca de 16 cm e 34 cm, contendo no seu permetro uma moldura para acoplamento com a parede (Fig. A .1) 2.2 Bureta graduada em cm , para manuteno da presso constante no interior da cmara e para medida do volume de gua eventualmente infiltrado na parede. A bureta emborcada na cmara, de tal forma que sua boca tangencie o nvel de gua no seu interior; caso haja infiltrao de gua na parede, o mesmo volume de gua infiltrada ser reposto pela gua contida na bureta, mantendo-se constante o nvel de gua no interior da cmara e permitindo-se a quantificao da gua infiltrada, conforme ilustrado na figura A.1.3

Figura A.1 Acoplamento de cmara de ensaio parede 3 PROCEDIMENTO 3.1 Acoplar a cmara de ensaio na regio desejada da parede, selando-se suas bordas com mastique ououtro material. 3.2 Preencher a cmara e a bureta com gua; registrar o nvel incial de gua. 3.3 Registrar o nvel de gua na bureta aps os seguintes perodos: meia hora; uma hora; quatro horas; seis horas e 24 horas. 4 RESULTADOS Para cada um dos perodos acima determinados, registrar o volume de gua infiltrado, obtido pela diferena entre o nvel de cada perodo e o nvel inicial da gua contida na bureta.

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ANEXO D (Normativo)

Verificao do comportamento de paredes expostas ao do calor e choque trmico Mtodo de ensaio

1. OBJETIVO Verificar o comportamento de paredes externas submetidas a ciclos sucessivos de calor, proveniente de fonte radiante, e resfriamento por meio de jatos de gua. 2. APARELHAGEM 2.1 Painel radiante capaz de fornecer calor em quantidade tal que a face externa da parede atinja a temperatura igual a 353 3K (80 3oC). 2.2 Dispositivo para asperso de gua sobre o corpo de prova em sua face externa. 2.3 Termopares e registrador das temperaturas superficiais da parede. 2.4 Defletmetro de haste, resoluo de 0,02mm. 2.5 Dispositivo para fixao do corpo de prova de forma a deix-lo simplesmente aparado em seus bordos inferior e superior, conforme Figura 1.b. 3. CORPO DE PROVA O corpo de prova deve ser constitudo por um trecho de parede acabada, executada com os detalhes construtivos a serem empregados em obra, com extenso de 1,20 0,20m e a espessura caracterstica. 4. PROCEDIMENTO DE ENSAIO O ensaio deve ser realizado em pelo menos 2 corpos de prova da seguinte forma: 4.1 Os termopares devem ser colocados na face do corpo de prova, em nmero de cinco, conforme Figura 1a. 4.2 O corpo de prova deve ser fixado na posio vertical, conforme Figura 1b, e o defletmetro instalado no ponto central do corpo de prova, na face oposta incidncia de radiao.

Figura 1a Posicionamento dos termopares na supefcie do corpo-de-prova

Figura 1b Posicionamento do defletmetro

FIGURA 1: Esquema de montagem e instrumentao dos corpos de prova 4.3 O painel radiante deve ser ver disposto defronte o corpo de prova, distncia tal que a temperatura superficial da face exterior se mantenha uniforme e igual a 353 3K (80 3oC). 4.4 O corpo de prova deve ser submetido a 10 ciclos de ao do calor e da gua, consistindo cada ciclo de: - ao do calor: aps atingida a temperatura superficial de 353 3K (80 3oC) mant-la durante 1 hora;

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- ao da gua: imediatamente aps a supresso da radiao, resfriar a face exterior do corpo de prova por meio de jatos de gua aspergidos sobre toda sua superfcie, at se atingir temperatura superficial igual a 293 3K (20 3oC). 4.5 Durante o ensaio e ao seu final devem ser registradas: - a ocorrncia de fissuras, trincas, descolamentos, ou outras deterioraes em ambas as faces do corpo de prova; - o deslocamento horizontal aps 45 minutos da estabilizao da temperatura superficial em 80 3oC, e imediatamente aps o resfriamento. 5. RESULTADOS Devem ser consignados como resultados: 5.1 A ocorrncia de degradaes ao longo do ensaio, indicando o instante de ocorrncia e o tipo. 5.2 Os deslocamentos horizontais em mm, em cada ciclo, durante a ao do calor e aps o resfriamento.