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Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 28º andar CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro – RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Copyright © 2000, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados NOV 2000 NBR 6835 Alumínio e suas ligas - Classificação das têmperas Origem: Projeto NBR 6835:2000 ABNT/CB-35 - Comitê Brasileiro do Alumínio CE-35:000.07 - Comissão de Estudo de Terminologia NBR 6835 - Aluminum and its alloys - Temper classification Descriptors: Aluminum. Classification. Temper Esta Norma substitui a NBR 6835:1981 Válida a partir de 29.12.2000 Palavras-chave: Alumínio. Classificação. Têmpera 6 páginas Prefácio A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. 1 Objetivo Esta Norma classifica as têmperas dos produtos de alumínio e suas ligas. 2 Referência normativa A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. NBR 6599:2000 - Alumínio e suas ligas - Processos e produtos - Terminologia 3 Definições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR 6599 e as seguintes: 3.1 têmpera: Estado que adquire o material pela ação das deformações plásticas a frio ou a quente, por tratamentos tér- micos ou pela combinação de ambos, que dão aos produtos estruturas e propriedades características. 3.2 tratamento térmico: Aquecimento e resfriamento do metal sólido de maneira que se obtenham as condições ou propriedades desejadas. 3.3 ligas de alumínio não tratáveis termicamente: Ligas de alumínio cujo aumento da resistência mecânica é obtido apenas através de deformação plástica a frio.

NBR 06835 - 2000 - Classificação das Temperas do Alumínio

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Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 28º andarCEP 20003-900 – Caixa Postal 1680Rio de Janeiro – RJTel.: PABX (21) 210-3122Fax: (21) 220-1762/220-6436Endereço eletrônico:www.abnt.org.br

ABNT – AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

Copyright © 2000,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

NOV 2000 NBR 6835Alumínio e suas ligas - Classificaçãodas têmperas

Origem: Projeto NBR 6835:2000ABNT/CB-35 - Comitê Brasileiro do AlumínioCE-35:000.07 - Comissão de Estudo de TerminologiaNBR 6835 - Aluminum and its alloys - Temper classificationDescriptors: Aluminum. Classification. TemperEsta Norma substitui a NBR 6835:1981Válida a partir de 29.12.2000

Palavras-chave: Alumínio. Classificação. Têmpera 6 páginas

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujoconteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delasfazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entreos associados da ABNT e demais interessados.

1 Objetivo

Esta Norma classifica as têmperas dos produtos de alumínio e suas ligas.

2 Referência normativa

A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para estaNorma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições maisrecentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 6599:2000 - Alumínio e suas ligas - Processos e produtos - Terminologia

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR 6599 e as seguintes:

3.1 têmpera: Estado que adquire o material pela ação das deformações plásticas a frio ou a quente, por tratamentos tér-micos ou pela combinação de ambos, que dão aos produtos estruturas e propriedades características.

3.2 tratamento térmico: Aquecimento e resfriamento do metal sólido de maneira que se obtenham as condições oupropriedades desejadas.

3.3 ligas de alumínio não tratáveis termicamente: Ligas de alumínio cujo aumento da resistência mecânica é obtidoapenas através de deformação plástica a frio.

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3.4 ligas de alumínio tratáveis termicamente: Ligas de alumínio cujo aumento da resistência mecânica é obtido atravésde um tratamento térmico apropriado.

3.5 recozimento: Tratamento térmico destinado a amolecer o material para eliminação total de tensões resultantes dedeformações plásticas a frio ou pela anulação dos efeitos de tratamentos térmicos anteriores.

3.6 alívio de tensões: Tratamento térmico destinado a aliviar tensões residuais internas oriundas de processos de en-cruamento, soldagem ou fundição, sem que haja crescimento sensível do tamanho de grão.

3.7 solubilização: Tratamento térmico constituído de um aquecimento para fazer entrar em solução sólida um ou várioscomponentes da liga, seguido de um resfriamento brusco para manter os mesmos em solução sólida supersaturada.

3.8 envelhecimento natural: Aumento da resistência mecânica de uma liga através da precipitação espontânea à tempe-ratura ambiente dos constituintes em solução sólida supersaturada.

3.9 envelhecimento artificial: Tratamento térmico que produz um aumento da resistência mecânica de uma liga atravésda precipitação dos constituintes em solução sólida supersaturada.

3.10 sobreenvelhecimento: Envelhecimento artificial em que a precipitação dos constituintes da solução supersaturada écontinuada além do ponto de resistência mecânica máxima, no intuito de controlar alguma característica especial como, porexemplo, a resistência à corrosão sob tensão.

3.11 estabilização: Tratamento térmico executado para promover a estabilidade dimensional e das propriedades mecâ-nicas, especialmente das ligas de alumínio-magnésio encruadas.

3.12 recozimento parcial: Tratamento térmico ao qual se submete um material deformado plasticamente a frio, a fim dereduzir sua resistência mecânica a um nível controlado.

3.13 homogeneização: Tratamento térmico realizado a alta temperatura, por tempo prolongado, a fim de eliminar ou re-duzir segregações por difusão.

4 Classificação

4.1 Têmperas

As têmperas são classificadas de acordo com os processos a que se submetem os produtos, da seguinte forma:

a) "F" - como fabricada: aplica-se aos produtos obtidos através de processos de conformação em que não se empregaqualquer controle especial sobre as condições térmicas ou de encruamento. Não se especificam limites para aspropriedades mecânicas;

b) "O" - recozida: aplica-se aos produtos acabados, no estado em que apresenta o menor valor de resistênciamecânica;

c) "H" - encruada: aplica-se aos produtos em que aumentou-se a resistência mecânica por deformação plástica a frio eque podem ou não ser submetidos a um recozimento complementar para produzir amolecimento parcial ou a umprocesso de estabilização. É utilizado para as ligas não tratáveis termicamente. A letra "H" deverá sempre serseguida de dois ou mais dígitos;

d) "W" - solubilizado: aplica-se somente a algumas ligas, as quais envelhecem naturalmente à temperatura ambienteapós o tratamento de solubilização. Esta classificação é especificada somente quando o período de envelhecimentonatural, após o resfriamento brusco, é indicado. Por exemplo: "W" ½ hora;

e) "T" - tratada termicamente: aplica-se aos produtos que sofrem tratamento térmico com ou sem deformação plásticacomplementar, que produz propriedades físicas estáveis e diferentes das obtidas com "F", "O" e "H". A letra "T" deveser seguida por um ou mais dígitos que indicam a seqüência dos processos básicos realizados: tratamentos térmicosou deformações plásticas.

4.2 Classificação das têmperas "H"

4.2.1 O primeiro dígito indica o(s) processo(s) a que foi submetido o material:

a) H1 - somente encruado: aplica-se aos produtos que sofrem deformação plástica a frio para obtenção da resistênciadesejada sem recozimento complementar. O segundo dígito desta designação indica o grau de encruamento;

b) H2 - deformado plasticamente a frio e parcialmente recozido: aplica-se aos produtos que sofrem deformaçãoplástica a frio em grau maior do que o desejado e, em seguida, recozidos parcialmente para reduzir a sua resistênciaao nível especificado. Para as ligas que amolecem espontaneamente à temperatura ambiente, as têmperas H2 têm amesma resistência à tração mínima que as têmperas H1 correspondentes, com alongamento ligeiramente maior. Osegundo dígito desta designação indica o grau de encruamento que permanece depois que o produto foi parcialmenterecozido;

c) H3 - deformado plasticamente a frio e estabilizado: aplica-se aos produtos que sofrem deformação plástica a frio ecujas propriedades mecânicas são estabilizadas por um tratamento térmico a baixa temperatura, do qual resulta umaresistência à tração ligeiramente menor e melhor ductilidade;

d) H4 - deformado plasticamente a frio e pintado ou envernizado: aplica-se aos produtos que sofrem deformaçãoplástica a frio e que estão sujeitos a algum tratamento térmico durante a subseqüente operação de pintura ou deenvernizamento. O segundo dígito desta designação indica o grau de encruamento, após o tratamento de cura da tintaou do verniz aplicado, devendo obedecer os mesmos limites de propriedades mecânicas das têmperas cor-respondentes a H2X ou H3X.

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4.2.2 O segundo dígito indica o grau de encruamento em ordem crescente, abrangendo os dígitos de 1 a 8, conformesegue:

a) o numeral 8 designa a têmpera mais dura normalmente produzida. O limite de resistência à tração mínimo dastêmperas HX8 está baseado na resistência à tração mínima da liga na têmpera recozida e pode ser determinadoatravés dos requisitos da tabela 1;

b) o numeral 4 designa a têmpera cujo limite de resistência à tração é aproximadamente a metade daqueles entre astêmperas O e HX8;

c) o numeral 6 designa a têmpera cujo limite de resistência à tração é aproximadamente a metade daqueles entre astêmperas HX4 e HX8;

d) o numeral 2 designa a têmpera cujo limite de resistência à tração é aproximadamente a metade daqueles entre astêmperas O e HX4;

e) os numerais 1, 3, 5 e 7 designam, similarmente, as têmperas intermediárias entre aquelas definidas acima;

f) o numeral 9 designa a têmpera cujo limite mínimo de resistência à tração excede o da têmpera HX8 em pelo menos10 MPa.

NOTA - Os limites de resistência à tração das têmperas intermediárias, determinados como acima descrito, quando não terminarem em 0ou 5, devem ser arredondados para o próximo algarismo superior 0 ou 5.

Tabela 1 - Incremento na resistência à tração para a têmpera HX8

Resistência à tração mínima na têmpera recozidaMPa

Incremento na resistência à tração para atêmpera HX8

MPa

Até 40

45 a 60

65 a 80

85 a 100

105 a 120

125 a 160

165 a 200

205 a 240

245 a 280

285 a 320

Acima de 325

55

65

75

85

90

95

100

105

110

115

120

4.2.3 O terceiro dígito, quando usado, indica uma variação de uma têmpera de dois dígitos. É usado quando o grau decontrole da têmpera ou as propriedades mecânicas diferem, porém é próximo daquele para a têmpera H com doisdígitos ao qual é adicionado ou quando alguma outra característica é afetada de maneira significante. O limite mínimode resistência à tração de uma têmpera H de três dígitos deve ser mais próximo do limite mínimo de resistência àtração da têmpera H de dois dígitos correspondentes do que dos limites mínimos das têmperas H de dois dígitosadjacentes.

4.2.3.1 As seguintes têmperas H de três dígitos estão estabelecidas para produtos dúcteis de todas as ligas:

a) H111 - aplica-se aos produtos que foram encruados em grau menor do que o necessário para uma têmperaH11 controlada;

b) H112 - aplica-se aos produtos que adquirem alguma têmpera proveniente de processos de conformação semcontrole especial do grau de encruamento ou do tratamento térmico, mas para os quais existem limites para aspropriedades mecânicas.

4.2.3.2 As seguintes têmperas H de três dígitos estão estabelecidas para produtos dúcteis de ligas contendomagnésio em teores acima de 4% nominais:

a) H311 - aplica-se aos produtos que são encruados em grau menor do que o necessário para têmpera H31controlada;

b) H321 - aplica-se aos produtos que são encruados em grau menor do que o necessário para têmpera H32controlada;

c) H323 e 343 - aplicam-se aos produtos que são fabricados especialmente para obter-se uma resistênciaaceitável a trincas provocadas por corrosão sob tensão.

4.2.3.3 As têmperas H de três dígitos estão estabelecidas para chapas gravadas ou modeladas, conforme especi-ficado na tabela 2.

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Tabela 2 - Têmperas H de três dígitos

Chapas gravadas ou modeladas Fabricadas, respectivamente, a partir das têmperas

H114H124, H224, H324H134, H234, H334H144, H244, H344H154, H254, H354H164, H264, H364H174, H274, H374H184, H284, H384H194, H294, H394H195, H295, H395

Têmpera OTêmpera H11, H21, H31Têmpera H12, H22, H32Têmpera H13, H23, H33Têmpera H14, H24, H34Têmpera H15, H25, H35Têmpera H16, H26, H36Têmpera H17, H27, H37Têmpera H18, H28, H38Têmpera H19, H29, H39

4.3 Classificação das têmperas T

Os números de 1 a 10 que seguem a letra T indicam seqüências específicas de tratamentos básicos, como segue:

a) T1 - resfriado bruscamente após um processo de conformação a uma temperatura elevada e envelhecido natural-mente até uma condição substancialmente estável: aplica-se aos produtos que não sofrem deformação plástica a friodepois de resfriados bruscamente, após um processo de conformação a uma temperatura elevada, ou nos quais oefeito do encruamento, devido ao endireitamento, pode ser desprezado ao serem fixados os limites para as pro-priedades mecânicas;

b)T2 - resfriado bruscamente após um processo de conformação a uma temperatura elevada, encruado e envelhecidonaturalmente até uma condição substancialmente estável: aplica-se aos produtos que, depois de resfriados brusca-mente após um processo de conformação a alta temperatura, sofrem deformação plástica a frio, a fim de aumentar asua resistência mecânica, ou nos quais o efeito do encruamento, devido ao endireitamento, é levado em consideraçãoao serem fixados os limites para as propriedades mecânicas;

NOTA - Esta designação foi utilizada anteriormente para produtos fundidos que sofriam alívio de tensões e que foi alterada.

c) T3 - solubilizado1), encruado e envelhecido naturalmente até uma condição substancialmente estável: aplica-se aosprodutos que sofrem deformação plástica a frio para aumentar a sua resistência mecânica, depois do tratamentotérmico de solubilização, ou nos quais o efeito do encruamento, devido ao endireitamento, é levado em consideraçãoao serem fixados os limites para as propriedades mecânicas;

d) T4 - solubilizado1) e envelhecido naturalmente até uma condição substancialmente estável: aplica-se aos produtosque não sofrem deformação plástica, depois do tratamento térmico de solubilização, ou nos quais o efeito do encrua-mento, devido ao endireitamento, pode ser desprezado ao serem fixados os limites para as propriedades mecânicas;

e) T5 - resfriado bruscamente após um processo de conformação a uma temperatura elevada e depois envelhecidoartificialmente: aplica-se aos produtos que não sofrem deformação plástica a frio, depois de resfriados bruscamenteapós um processo de conformação a uma temperatura elevada, ou nos quais o efeito do encruamento, devido aoendireitamento, pode ser desprezado ao serem fixados os limites para as propriedades mecânicas;

f) T6 - solubilizado1) e depois envelhecido artificialmente: aplica-se aos produtos que não sofrem deformação plástica,depois do tratamento térmico de solubilização, ou nos quais o efeito do encruamento, devido ao endireitamento, podeser desprezado ao serem fixados os limites para as propriedades mecânicas;

g) T7 - solubilizado1) e sobreenvelhecido: aplica-se aos produtos que são estabilizados, depois do tratamento térmicode solubilização, continuando o processo de envelhecimento além do ponto de maior resistência mecânica, a fim dese controlar alguma característica especial, como, por exemplo, a estabilidade dimensional ou a resistência à corrosãosob tensão;

h) T8 - solubilizado1), encruado e depois envelhecido artificialmente: aplica-se aos produtos que sofrem deformaçãoplástica a frio, após o tratamento térmico de solubilização para aumentar a sua resistência mecânica, ou nos quais oefeito do encruamento, devido ao endireitamento, é levado em consideração ao serem fixados os limites para aspropriedades mecânicas;

i) T9 - solubilizado1), envelhecido artificialmente e depois encruado: aplica-se aos produtos que sofrem deformaçãoplástica a frio para aumentar a sua resistência mecânica, após o envelhecimento artificial;

j) T10 - resfriado bruscamente após um processo de conformação a uma temperatura elevada, encruado e depoisenvelhecido artificialmente: aplica-se aos produtos que sofrem deformação plástica a frio para aumentar a suaresistência mecânica, ou nos quais o efeito do encruamento, devido ao endireitamento, é levado em consideração aoserem fixados os limites para as propriedades mecânicas.

_________________1) Consegue-se o tratamento térmico de solubilização aquecendo-se os produtos fundidos ou dúcteis a uma temperatura apropriada, man-tendo-os a essa temperatura por um período suficiente para permitir que os constituintes entrem em solução sólida e esfriando-os a umavelocidade suficiente para manter os constituintes em solução. Algumas ligas da série 6000 atingem as mesmas propriedades mecânicasespecificadas, sejam solubilizadas no forno ou sejam resfriadas após um processo de conformação a uma temperatura elevada e a umavelocidade suficiente para manter os constituintes em solução. Em tais casos, as designações T3, T4, T6, T7, T8 e T9 aplicam-se a ambosos processos, constituindo-se designações apropriadas.

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4.3.1 As designações T1 até T10 podem ser seguidas de dígitos adicionais, dos quais o primeiro não pode ser zero, a fimde indicar uma variação no tratamento que altera de maneira significativa as características do produto. Dígitos adicionaispodem ser estabelecidos, arbitrariamente, para uma liga e um produto, a fim de indicar uma variação da têmperas T1 atéT10, desde que:

a) a têmpera seja usada ou disponível para uso por mais de um usuário;

b) sejam estabelecidos os limites para as propriedades mecânicas;

c) as características da têmpera difiram de maneira significante daquelas de todas as outras têmperas, que têm amesma seqüência de tratamentos básicos, e para as quais já foram estabelecidas designações para a mesma liga e omesmo produto.

4.3.2 As variações do tratamento, que não alteram as características do produto, são consideradas tratamentos alternativospara os quais não se estabelecem dígitos adicionais.

4.3.3 Se as diferenças das propriedades mecânicas forem consideradas significantes, devem ser estabelecidos, também,os métodos de ensaio e limites para as características ou o tratamento específico usado para produzir a têmpera.

4.3.4 Dígitos adicionais para as têmperas T

4.3.4.1 Os seguintes dígitos adicionais específicos foram estabelecidos para as têmperas com alívio de tensões dosseguintes produtos dúcteis:

a) alívio de tensões por estiramento:

- T51 - aplica-se a chapas, barras e vergalhões laminados a frio, anéis forjados ou laminados, quando estiradosnos graus abaixo indicados, após o tratamento térmico de solubilização ou o esfriamento brusco, após um pro-cesso de conformação a uma temperatura elevada. Estes produtos não são endireitados depois do estiramento;

1) chapas laminadas a frio com deformação permanente entre 1,5% a 3%;

2) barras e vergalhões laminados a frio com deformação permanente entre 1% a 3%;

3) anéis forjados ou laminados com deformação permanente entre 1% a 5%;

- T510 - aplica-se a barras, vergalhões, perfis, tubos extrudados e tubos trefilados quando estirados nos grausabaixo indicados, após o tratamento térmico de solubilização ou o esfriamento brusco, após um processo deconformação a uma temperatura elevada. Estes produtos não são endireitados depois do estiramento;

1) barras, vergalhões, perfis, tubos extrudados com deformação permanente entre 1% a 3%;

2) tubos trefilados com deformação permanente entre 1,5% a 3%;

- T511 - aplica-se a barras, vergalhões, perfis, tubos extrudados e tubos trefilados quando estirados nos grausabaixo indicados, após o tratamento térmico de solubilização ou o esfriamento brusco, após um processo deconformação a uma temperatura elevada. Estes produtos podem ser ligeiramente endireitados após o estiramento,a fim de cumprir com as tolerâncias estabelecidas;

1) barras, vergalhões, perfis, tubos extrudados com deformação permanente entre 1% a 3%;

2) tubos trefilados com deformação permanente entre 1,5% a 3%;

b) alívio de tensões por compressão:

- T52 - aplica-se aos produtos cujas tensões são aliviadas por compressão, depois do tratamento térmico desolubilização ou o esfriamento brusco, após um processo de conformação a uma temperatura elevada, a fim deproduzir uma deformação permanente de 1% a 5%;

c) alívio de tensões pela combinação de estiramento e compressão:

- T54 - aplica-se aos produtos forjados, cujas tensões são aliviadas por reforjamento a frio na matriz de aca-bamento.

NOTA - Os mesmos dígitos 51, 52 e 54 podem ser adicionados às designações W para indicar a instabilidade nas têmperas tratadastermicamente e com alívio de tensões.

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4.3.4.2 As seguintes designações de têmperas têm sido usadas para as amostras de produtos trabalháveis tratados termi-camente a partir de material recozido (O, O1, etc.) ou têmpera F para demonstrar a resposta ao tratamento térmico:

a) T42 - tratamento térmico de solubilização de material recozido ou na têmpera F e envelhecido naturalmente a umacondição substancialmente estável;

b) T62 - tratamento térmico de solubilização de material recozido ou na têmpera F e envelhecido artificialmente;

c) T7X2 - tratamento térmico de solubilização de material recozido ou na têmpera F e sobreenvelhecido artifi-cialmentepara atingir os limites de propriedades mecânicas e resistência à corrosão da têmpera T7X.

NOTA - As designações das têmperas T42 e T62 podem também ser aplicadas aos tratamentos térmicos dos produtos trabalháveis dequalquer têmpera pelo usuário, quando tais tratamentos térmicos resultem nas propriedades mecânicas aplicáveis a estas têmperas.

4.4 Variações da têmpera "O"(Recozida)

Um dígito após a letra "O", quando usado, indica um produto na condição recozida com características especiais.

NOTAS

1 A têmpera "O" não faz parte da série encruada (H) e suas variações não devem ser aplicadas aos produtos que são encruados após orecozimento, cujo efeito se observa através das propriedades mecânicas ou através de outras características.

2 A designação da têmpera "O1" é usada para produtos trabalháveis recozidos a alta temperatura para acentuar a reação ultra-sônica epropiciar estabilidade dimensional. Esta têmpera é tratada termicamente aproximadamente ao mesmo tempo e temperatura requeridospara o tratamento térmico de solubilização e resfriada lentamente à temperatura ambiente. Aplica-se aos produtos que devem ser usinadosantes do tratamento térmico de solubilização pelo usuário. Não são aplicados os limites de propriedades mecânicas.

_________________