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Copyright © 1998, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Fax: (021) 220-1762/220-6436 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 14166 AGO 1998 Rede de Referência Cadastral Municipal - Procedimento Palavras-chave: Topografia. Rede de Referência Cadastral 23 páginas Origem: Projeto 02:133.17-002:1998 CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-02:133.17 - Comissão de Estudo de Serviços Topográficos NBR 14166 - Cadastral municipal reference web - Procedure Descriptors: Topography. Cadastral reference web Válida a partir de 30.09.1998 Sumário Prefácio Introdução 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Estrutura e classificação da Rede de Referência Ca- dastral Municipal 5 Requisitos gerais 6 Requisitos específicos 7 Inspeção 8 Aceitação e rejeição ANEXOS A Fórmulas de transformação de coordenadas geodési- cas em coordenadas plano-retangulares no Sistema Topográfico Local B Fórmula de cálculo da convergência meridiana a partir de coordenadas geodésicas no Sistema Topográfico Local C Fórmula de cálculo da convergência meridiana a partir de coordenadas plano-retangulares no Sistema Topo- gráfico Local (aproximada) D Modelos de instrumentos legais para oficialização da Rede de Referência Cadastral Municipal Prefácio A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasilei- ras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Se- torial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvi- dos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados. Esta Norma inclui os anexos A, B e C, de caráter normativo, complementando a seção 3 “Definições” desta Norma, e o anexo D, de caráter informativo. Introdução As condições exigíveis para a implantação de uma Rede de Referência Cadastral fixada por esta Norma compatibi- lizam os procedimentos no sentido de se estabelecer a infra-estrutura de apoio geodésico e topográfico que pro- porcione a normalização e sistematização de todos os levantamentos topográficos, quer pelo método direto (clás- sico), quer pelo método aerofotogramétrico, ou outro que vier a ser criado, executados em qualquer escala e para qualquer finalidade no âmbito municipal, por agentes públicos ou privados, no escopo de sua inclusão em um mesmo sistema, atualizando-o e complementando-o. Esta rede, portanto, deve apoiar tanto as atividades cadas- trais a serem representadas no Plano Topográfico Local, em escala 1:1 000 até 1:1, como os levantamentos desti- nados à cartografia, inclusive à sistemática, representados em projeção UTM usualmente em escala 1:2 000 ou me- nores.

NBR 14166 Rede de Referência Cadastral Municipal - Procedimento

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Page 1: NBR 14166 Rede de Referência Cadastral Municipal - Procedimento

Copyright © 1998,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210-3122Fax: (021) 220-1762/220-6436Endereço Telegráfico:NORMATÉCNICA

ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

NBR 14166AGO 1998

Rede de Referência CadastralMunicipal - Procedimento

Palavras-chave: Topografia. Rede de Referência Cadastral 23 páginas

Origem: Projeto 02:133.17-002:1998CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção CivilCE-02:133.17 - Comissão de Estudo de Serviços TopográficosNBR 14166 - Cadastral municipal reference web - ProcedureDescriptors: Topography. Cadastral reference webVálida a partir de 30.09.1998

SumárioPrefácioIntrodução1 Objetivo2 Referências normativas3 Definições4 Estrutura e classificação da Rede de Referência Ca-

dastral Municipal5 Requisitos gerais6 Requisitos específicos7 Inspeção8 Aceitação e rejeiçãoANEXOSA Fórmulas de transformação de coordenadas geodési-

cas em coordenadas plano-retangulares no SistemaTopográfico Local

B Fórmula de cálculo da convergência meridiana a partirde coordenadas geodésicas no Sistema TopográficoLocal

C Fórmula de cálculo da convergência meridiana a partirde coordenadas plano-retangulares no Sistema Topo-gráfico Local (aproximada)

D Modelos de instrumentos legais para oficialização daRede de Referência Cadastral Municipal

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - éo Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasilei-ras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos ComitêsBrasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Se-torial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo(CE), formadas por representantes dos setores envolvi-

dos, delas fazendo parte: produtores, consumidores eneutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbitodos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre osassociados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma inclui os anexos A, B e C, de caráter normativo,complementando a seção 3 “Definições” desta Norma, eo anexo D, de caráter informativo.

Introdução

As condições exigíveis para a implantação de uma Redede Referência Cadastral fixada por esta Norma compatibi-lizam os procedimentos no sentido de se estabelecer ainfra-estrutura de apoio geodésico e topográfico que pro-porcione a normalização e sistematização de todos oslevantamentos topográficos, quer pelo método direto (clás-sico), quer pelo método aerofotogramétrico, ou outro quevier a ser criado, executados em qualquer escala e paraqualquer finalidade no âmbito municipal, por agentespúblicos ou privados, no escopo de sua inclusão em ummesmo sistema, atualizando-o e complementando-o.

Esta rede, portanto, deve apoiar tanto as atividades cadas-trais a serem representadas no Plano Topográfico Local,em escala 1:1 000 até 1:1, como os levantamentos desti-nados à cartografia, inclusive à sistemática, representadosem projeção UTM usualmente em escala 1:2 000 ou me-nores.

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2 NBR 14166:1998

1 Objetivo

Esta Norma fixa as condições exigíveis para a implantaçãoe manutenção da Rede de Referência Cadastral Muni-cipal destinada a:

a) apoiar a elaboração e a atualização de plantascadastrais municipais;

b) amarrar, de um modo geral, todos os serviços detopografia, visando as incorporações às plantascadastrais do município;

c) referenciar todos os serviços topográficos de de-marcação, de anteprojetos, de projetos, de implanta-ção e acompanhamento de obras de engenhariaem geral, de urbanização, de levantamentos deobras como construídas1) e de cadastros imobiliáriospara registros públicos e multifinalitários.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposiçõesque, ao serem citadas neste texto, constituem prescriçõespara esta Norma. As edições indicadas estavam em vigorno momento desta publicação. Como toda norma estásujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizamacordos com base nesta que verifiquem a conveniênciade se usarem as edições mais recentes das normascitadas a seguir. A ABNT possui a informação das normasem vigor em um dado momento.

NBR 13133: 1994 - Execução de levantamento topo-gráfico - Procedimento

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -Resolução PR nº 22, de 21 de Julho de 1983, publi-cada no Boletim de Serviço nº 1602, de 01 de agostode 1983 - Especificações e Normas Gerais para Le-vantamentos Geodésicos

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -Dezembro de 1992, versão preliminar - Especifica-ções e Normas Gerais para Levantamentos GPS

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintesdefinições:

3.1 altura geométrica: Distância de um ponto ao longoda normal ao elipsóide entre a superfície física e a suaprojeção na superfície elipsoidal.

Representa-se por h, sendo também conhecida comoaltitude geométrica, segundo a expressão h ≈ N + H.

3.2 altitude ortométrica: Distância de um ponto ao longoda vertical entre a superfície física e a sua projeção nasuperfície geoidal (superfície eqüipotencial que coincidecom o nível médio não perturbado dos mares).

Representa-se por H.

NOTA - É a altitude das referências de nível, determinada atravésde diversos processos de nivelamento, para os serviços topo-gráficos, conforme indicado na figura 1.

3.3 alinhamento de via ou alinhamento predial: Linhadivisória que separa o lote de terreno do logradouro pú-blico.

1) Tem o mesmo significado de as built.

Figura 1 - Esquema dos conceitos de vertical, normal e altura

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3.4 base cartográfica: Conjunto de cartas e plantas in-tegrantes do Sistema Cartográfico Municipal que, apoia-das na rede de referência cadastral, apresentam no seuconteúdo básico as informações territoriais necessáriasao desenvolvimento de planos, de anteprojetos, de proje-tos, de cadastro técnico e imobiliário fiscal, de acompa-nhamento de obras e de outras atividades projetuais quedevam ter o terreno como referência.

3.5 esquina: Concordância de duas faces de quadras.

3.6 face de quadra: Alinhamento das frentes ou testadados lotes, em uma quadra, em relação a um logradouro.

NOTA - Uma quadra pode ter várias faces de quadra, na depen-dência do número de logradouros que lhe são adjacentes.

3.7 geocodificação: Codificação de pontos baseada nassuas coordenadas planas no sistema de representaçãocartográfica adotado ou nas quadrículas da planta cadas-tral onde estão situados, visando a ordenação das infor-mações pela sua localização geográfica.

3.8 geocódigo: Código formado a partir das coordenadasplanas no sistema de representação cartográfica adotadoou nas quadrículas codificadas da planta cadastral, depontos referenciadores de elementos a serem localizadosgeograficamente.

3.9 gleba: Porção de terreno rural ou urbano que aindanão foi objeto de loteamento ou desmembramento.

3.10 levantamento de obras como construídas2):Levantamento topográfico específico, integrante do proce-dimento fiscal de execução de obras na construção civile industrial, que, integrado ao mesmo sistema tridimensio-nal de referência espacial adotado no projeto de umaconstrução e utilizando instrumentalmente todos os pro-cessos adequados ao rigor exigido pelo procedimentofiscal, realiza o acompanhamento da obra, passo a passo,até a sua conclusão, determinando no seu desenvolvi-mento, com a máxima exatidão possível, o posicionamen-to espacial das bases de assentamento e dos detalhesespecíficos da configuração espacial da construção con-siderada em relação a pontos notáveis existentes no ter-reno e/ou às divisas de imóveis que lhe são adjacentes,escolhidas como amarração da construção, quando daelaboração do seu projeto.

NOTAS

1 O posicionamento dos elementos da construção tem comoobjetivo a verificação dos seus eixos de locação e de anomaliasestruturais quanto a não-conformidades entre o que foi projetadoe o que foi construído, no sentido da tomada oportuna de provi-dências corretivas, de modo que, ao final da obra, após revisõese modificações incorporadas ao seu projeto original, possa seremitido o Certificado de Conclusão de Obra, permitindo a verifica-ção de sua regularidade, estabilidade, manutenção, segurançae salubridade, elementos imprescindíveis à sua aprovação peloórgão municipal competente.

2 Se os levantamentos de obra como construída estiveremamarrados à Rede de Referência Cadastral, e suas peças grá-ficas e descritivas, constantes no Relatório Histórico do Acom-panhamento Topográfico no Controle de Qualidade da Constru-ção, forem apresentadas em escala adequada, estas peças

podem ser utilizadas para a atualização da Planta Cadastral doMunicípio.

3.11 logradouro: Espaço livre, inalienável, destinado àcirculação pública de veículos e/ou de pedestres, reco-nhecido pela municipalidade, que lhe confere denomina-ção oficial.

3.12 lote: Menor parcela de terreno, resultante da divisãode uma gleba, destinada à construção de edificações,agricultura ou lazer.

3.13 marco geodésico: Ponto geodésico planimétricoda Rede de Referência Cadastral implantado e materia-lizado no terreno.

3.14 marco geodésico de apoio imediato: Marco geodé-sico, obtido por poligonação, triangulação, trilateração,dupla irradiação, rastreamento de satélite do sistemaGPS-NAVSTAR no método diferencial ou por outro méto-do geodésico que vier a ser desenvolvido, a partir demarco geodésico de precisão, destinado a densificar oapoio geodésico básico, assegurando o suporte necessá-rio à qualidade das operações topográficas visando aoapoio suplementar de campo para os levantamentosaerofotogramétricos e ao apoio topográfico aos levanta-mentos para o parcelamento do solo, demarcações, im-plantação e acompanhamento de obras de engenharia,em geral.

3.15 marco geodésico de precisão: Marco geodésicoobtido por poligonação, triangulação, trilateração, duplairradiação, rastreamento de satélites do sistemaGPS-NAVSTAR no método diferencial ou outro métodogeodésico que vier a ser desenvolvido, com a finalidadede transportar o apoio geodésico básico do SistemaGeodésico Brasileiro - SGB - às proximidades e/ou ao in-terior da área municipal.

3.16 planta cadastral municipal: Planta, na escala1:1 000 ou maior, resultado da aplicação sistemática destaNorma e da NBR 13133, tendo como finalidade primordialos estudos sobre alinhamentos, nivelamentos e emplaca-mento de edificações, servindo de base aos cadastrosde infra-estrutura urbana (água, esgoto, drenagem, pavi-mentação, força e luz, telefone, gás etc.), apoiando aindaa construção das plantas de quadras do Cadastro Imobi-liário Fiscal, e o cadastro fundiário para registros públicose cadastro de equipamentos comunitários ou sociais des-tinados a atividades de saúde, educação, cultura, lazer,esportes, promoção e assistência social e similares, apre-sentando ainda pontos cotados, na precisão compatívelcom a escala, em todos os cruzamentos de ruas, fins deruas, mudanças de “grade” e de direção das ruas, abran-gendo apenas as áreas urbanizadas e em processo deurbanização ou de expansão urbana do município, alémda hidrografia, drenagem, sistema viário, obras de arte,logradouros e arborização, registrando no seu conteúdobásico, também, informações sobre o parcelamento dosolo urbano e das edificações.

3.17 planta genérica de valores - PGV: Planta integrantedo Cadastro Imobiliário Fiscal, obtida a partir da Plantade Referência Cadastral do Município, onde estão regis-trados os valores de terreno diferenciados pela sua po-sição nas quadras e nos segmentos de logradouros e

2) Tem o mesmo significado de as built.

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4 NBR 14166:1998

pelos equipamentos urbanos à sua disposição, em geralna escala de 1:5 000 ou 1:10 000.

3.18 planta geral do município: Planta na escala de1:5 000 ou 1:10 000 - com curvas de nível de eqüidistân-cia adequadas à escala e ao relevo e pontos cotadosauxiliares para melhor definição do relevo - registrandono seu conteúdo básico: aspectos físicos (hidrografia,cobertura vegetal, natureza do solo etc.), aspectos sócio-econômicos (sistema viário, unidades com fins econômi-cos, equipamentos comunitários, elementos a preservar,quarteirões com as principais edificações, logradouros,linhas de transmissão de energia elétrica, uso do soloetc.), aspectos político-administrativos (limites municipais,interdistritais, de bairros, juridicionais e de zonas espe-ciais) e aspectos técnicos (pontos da rede de referênciacadastral, quadriculado plano-retangular do sistema to-pográfico local); sua área de abrangência contempla todoo território municipal, sendo uma base cartográfica emprojeção UTM destinada à elaboração e ao acompanha-mento do Plano Diretor Municipal e de todas as açõesdele decorrentes.

3.19 planta indicativa de sistemas de infra-estruturaurbana: Planta obtida a partir da Planta de ReferênciaCadastral do Município, onde estão registradas as infor-mações referentes aos sistemas de infra-estrutura urbana(água, esgoto, eletricidade, iluminação pública, drena-gem, guias, sarjetas, pavimentação, telefone, gás, oleo-dutos e outros), sendo um meio auxiliar às atividades deplanejamento, programação e coordenação dos serviçosde implantação de obras em vias públicas.

3.20 planta de quadra ou planta quadra: Planta integrantedo Cadastro Imobiliário Fiscal, na escala 1:1 000 ou1:500, apresentando, no seu conteúdo básico, o contornoda quadra segundo os alinhamentos de vias de suas fa-ces, os logradouros correspondentes às faces da quadra,os limites dos lotes com as suas dimensões e a codificaçãodos lotes; sua codificação deve estar vinculada à Plantade Referência Cadastral do Município, podendo conteroutros elementos agregados, como a projeção da edifica-ção de cada lote, a numeração do emplacamento, a codi-ficação da infra-estrutura existente em cada face de qua-dra etc.

3.21 Planta de Referência Cadastral: Planta planimétricaelaborada a partir da planta geral do município na escala1:5 000 ou 1:10 000, para gestão municipal integrantedos cadastros técnicos municipais, apresentando, no seuconteúdo básico, hidrografia, o sistema viário, com suadenominação, a codificação de zonas, de quadras paraamarração do Sistema Cadastral Imobiliário, sendo nelalocados todos os novos loteamentos aprovados e as al-terações do sistema viário, quando então, a partir destasmodificações, serão alteradas ou criadas novas plantasde quadras do Cadastro Imobiliário Fiscal.

3.22 ponto de cruzamento de logradouros: Ponto de in-terseção dos eixos de logradouros.

3.23 ponto de esquina: Ponto definidor da interseção outangência do alinhamento de duas faces de quadra,levantado topograficamente.

NOTAS

1 Se o canto da quadra for vivo, há somente um ponto de es-quina.

2 Se o canto da quadra for chanfrado, há dois pontos de esquina.

3 Se o canto da quadra for arredondado ou multifacetado, haverátantos pontos de esquina quantos forem necessários para adefinição da interseção.

3.24 ponto de referência: Ponto materializado no terreno,identificável em planta, passível de ser objeto de geocodi-ficação, servindo de prefixo para a geocodificação deoutros pontos e elementos a si agregados como atributose/ou relacionados por códigos complementares métricos,obtidos pela medição de suas distâncias ao mesmo se-gundo linhas notáveis (eixos de vias, alinhamento devias e contornos de quadras), em um sentido predetermi-nado.

NOTAS

1 Os elementos físicos passíveis de relacionamento são asfaces de quadra, os pontos de esquina, os lotes e as edificações,bem como os elementos dispostos em frente às faces de quadra,tais como: bocas de lobo, arborização de vias, hidrantes, postes,pontos de distribuição de energia elétrica e outros.

2 Como atributos, são passíveis de agregação: infra-estruturaurbana, equipamentos sociais disponíveis, valores de terreno,entre outros.

3.25 ponto de referência de gleba: Ponto de referênciaque, em área ainda não objeto de loteamento ou des-membramento, a si agrega informações de uma glebatais como: propriedade com seu perímetro, área, edifica-ções, benfeitorias, usos etc.

3.26 ponto de referência de quadra: Ponto de referênciaque a si agrega as informações de uma quadra, tais co-mo: código métrico dos lotes, testadas, profundidades,áreas dos lotes e informações sobre as edificações nelascontidas, ou outras informações sócioeconômicas etc.

3.27 ponto de referência de segmento de logradouro:Ponto de referência situado convenientemente no eixodo segmento do logradouro, que a si agrega informaçõessobre as faces de quadra correspondentes e dos elemen-tos nas mesmas dispostos.

3.28 ponto de referência para estrutura fundiária: Pontomaterializado no terreno, que faça parte do perímetro dagleba, identificável em planta cujas coordenadas plani-métricas são conhecidas, ou marco primordial utilizadoem ações judiciais para registros públicos, incorporadoà Rede de Referência Cadastral.

3.29 ponto topográfico: Ponto de coordenadas planimé-tricas ou planialtimétricas, implantado e materializadono terreno, determinado por poligonal topográfica, apoia-da em pontos geodésicos, ou por poligonal secundáriade densificação da malha de pontos topográficos, classi-ficadas como II P ou IPRC conforme a NBR 13133.

3.30 quadra: Unidade básica de terreno urbano, loteadaou não, pública ou privada, referenciada a logradourosque lhe são adjacentes para efeito de controle e codifica-ção em cadastros técnico e imobiliário fiscal.

3.31 referência de nível: Ponto de altitude ortométricaconhecida, referenciada ao datum altimétrico do país,implantado e materializado em locais predeterminados.

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3.32 referência de nível de apoio imediato: Referênciade nível obtida por nivelamento geométrico da classe I N(ver NBR 13133) a partir de Referência de Nível de Pre-cisão do SGB, com a finalidade de apoio aos levantamen-tos locais, parcelamento de áreas, obras, estruturas dedrenagem, gradientes e de base ao apoio suplementarde campo dos levantamentos aerofotogramétricos.

3.33 referência de nível de precisão: Referência de níveldo Sistema Geodésico Brasileiro - SGB, classificada comode precisão, existente na área municipal ou na sua vizi-nhança, utilizada como apoio altimétrico da Rede de Refe-rência Cadastral.

3.34 referência de nível topográfica: Referência de nívelobtida por nivelamento geométrico de classe II N (verNBR 13133), a partir de referência de nível de apoio ime-diato, que serve de apoio topográfico à determinação al-timétrica dos pontos de referência de quadra, de gleba,de segmento de logradouro, esquina e de pontos de se-gurança (PS), em projetos e/ou obras.

3.35 Rede de Referência Cadastral: Rede de apoio bási-co de âmbito municipal para todos os serviços que sedestinem a projetos, cadastros ou implantação e gerencia-mento de obras, sendo constituída por pontos de coorde-nadas planialtimétricas, materializados no terreno, refe-renciados a uma única origem (Sistema Geodésico Brasi-leiro - SGB) e a um mesmo sistema de representaçãocartográfica, permitindo a amarração e conseqüente in-corporação de todos os trabalhos de topografia e carto-grafia na construção e manutenção da Planta CadastralMunicipal e Planta Geral do Município, sendo esta redeamarrada ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB); ficagarantida a posição dos pontos de representação e acorrelação entre os vários sistemas de projeção ourepresentação.

3.36 segmento de logradouro: Trecho de um logradourocompreendido entre duas interseções consecutivas doseu eixo com os eixos de outros logradouros, ou seja,dois pontos de cruzamento de logradouros consecutivos.

3.37 sistema de projeção topográfica (Sistema Topo-gráfico Local): Sistema de projeção utilizado nos levanta-mentos topográficos apoiados na Rede de ReferênciaCadastral pelo método direto clássico para representaçãodas posições relativas dos acidentes levantados atravésde medições angulares e lineares, horizontais e verticais(ver também 3.39).

3.38 Sistema Cartográfico Municipal: Conjunto de do-cumentos cartográficos estruturado a partir da implanta-ção da Rede de Referência Cadastral, básico para o le-vantamento de informações territoriais no âmbito muni-cipal, elaborados de forma sistemática e apoiados naRede de Referência Cadastral Municipal. Este conjuntoé constituído pelas folhas da Carta Topográfica do Mu-nicípio e pelas folhas da Planta Cadastral Municipal, daPlanta de Referência Cadastral, das Plantas Indicativasde Equipamentos Urbanos, da Planta de Valores Gené-ricos de Terreno e das Plantas de Quadra, com enquadra-mento, desdobramento e codificação realizados a partirda Carta Topográfica do Município, que, por sua vez, temsuas folhas enquadradas e desdobradas a partir das cor-respondentes folhas de carta do Sistema CartográficoNacional (1:1 000 000 - 1:500 000 - 1:250 000 -1:100 000 - 1:50 000 - 1:25 000), na sua maior escala.

3.39 sistema topográfico local: Sistema de representa-ção, em planta, das posições relativas de pontos de umlevantamento topográfico com origem em um ponto decoordenadas geodésicas conhecidas, onde todos os ân-gulos e distâncias de sua determinação são representa-dos, em verdadeira grandeza, sobre o plano tangente àsuperfície de referência (elipsóide de referência) do siste-ma geodésico adotado, na origem do sistema, no pressu-posto de que haja, na área de abrangência do sistema, acoincidência da superfície de referência com a do planotangente, sem que os erros, decorrentes da abstração dacurvatura terrestre, ultrapassem os erros inerentes àsoperações topográficas de determinação dos pontos dolevantamento, compreendendo os elementos definidosem 3.39.1 a 3.39.5 e esquematizados conforme indicadona figura 2.

3.39.1 plano de representação, origem, eixos e orienta-ção: Elementos constituintes do sistema fundamentaispara o posicionamento dos pontos do levantamento porintermédio de um sistema cartesiano ortogonal em duasdimensões onde:

a) os eixos X e Y estão jacentes no Plano do HorizonteLocal (plano tangente ao elipsóide de referência),adotando-se, deste instante em diante, para efeitode cálculos, a esfera de adaptação de Gauss comofigura geométrica da terra (superfície de referência);

b) o eixo Y coincide com a linha meridiana (norte-sul) geográfica, no ponto de tangência, orientadopositivamente, para o norte geográfico;

c) o eixo X é orientado, positivamente, para o leste.

NOTA - O plano do horizonte local é elevado à altitude ortométri-ca Ht média da área de abrangência do sistema, passandoa chamar-se Plano Topográfico Local, conforme indicado na fi-gura 2.

3.39.2 coordenadas plano-retangulares (X,Y): Coor-denadas cartesianas definidoras da localização plani-métrica dos pontos medidos no terreno e representadosno plano topográfico do sistema topográfico local, cujaorigem está no ponto de tangência deste plano com asuperfície de referência adotada pelo Sistema GeodésicoBrasileiro - SGB.

NOTAS

1 O sistema de coordenadas plano-retangulares tem a mesmaorigem do Sistema Topográfico Local.

2 A orientação do sistema de coordenadas plano-retangularesé em relação ao eixo das ordenadas (Y).

3 A fim de serem evitados valores negativos para as coordena-das plano-retangulares, a estas são adicionados termos cons-tantes adequados a esta finalidade.

4 A fim de elevar o plano topográfico de projeção ao nível médioda área objeto do sistema topográfico, as coordenadas plano-retangulares são afetadas por um fator de elevação, carac-terizando o Plano Topográfico Local.

5 A origem do Sistema Topográfico Local deve estar posicionada,geograficamente, de modo a que nenhuma coordenada plano-retangular, isenta do seu termo constante, tenha valor superiora 50 km (ver figura 3).

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Figura 3 - Origem do Sistema Topográfico Local e distância máxima a esta origem

OA’’’ é a projeção ortogonal de OA sobre o Plano Topográfico Local;

OB’’’ é a projeção ortogonal de OB sobre o Plano Topográfico Local;

A’’’A’’ é o erro devido à desconsideração da curvatura terrestre de OA;

B’’’B’’ é o erro devido à desconsideração da curvatura terrestre de OB;

OA’’ é a representação do arco OA sobre o Plano Topográfico Local;

OB’’ é a representação do arco OB sobre o Plano Topográfico Local;

AB é a projeção gnomônica ou central de uma distância ( )ab medida no terreno, sobre a superfície do nível médio do terreno,correspondendo à distância horizontal entre “a” e “b”;

A’B’ é a projeção gnomônica ou central de AB sobre a superfície da esfera de adaptação de Gauss (superfície de nível zero);

A’’B’’ é a projeção (representação) em verdadeira grandeza de AB sobre o Plano Topográfico Local.

Figura 2 - Elementos do Sistema Topográfico Local

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NBR 14166:1998 7

3.39.3 fator de elevação: Fator (c) que, aplicado às coor-denadas plano-retangulares dos pontos do apoio geo-désico do sistema, definidores do plano topográfico deprojeção, isentas de seus termos constantes, eleva esteplano ao nível médio do terreno da área de abrangênciado sistema, caracterizando o Sistema Topográfico Local,onde serão representados todos os pontos levantadostopograficamente.

m

tm

RHR

c+=

onde:

c é o fator de elevação, adimensional;

Ht é a altitude média do terreno, em metros;

Rm é o raio médio terrestre igual a MN , adotadocomo raio da esfera de adaptação de Gauss, emmetros;

M é o raio de curvatura da elipse meridiana do elip-sóide de referência na origem do sistema topográficolocal, em metros;

N é o raio de curvatura da elipse normal à elipse me-ridiana na origem do sistema topográfico local, emmetros.

NOTA - Devido à grandeza de Rm face à pequenez de Ht, nautilização desta Norma pode ser usada a expressão simplificadaseguinte:

c = 1 + 1,57 x 10-7 x Ht

3.39.4 plano topográfico: Superfície definida pelas tangen-tes, no ponto origem do Sistema Topográfico, ao meridia-no deste ponto e à geodésica normal a este meridiano.

NOTAS

1 O plano topográfico é tangente ao elipsóide de referência noponto de origem do Sistema Topográfico, tendo sua dimensãomáxima limitada a aproximadamente 70 km, a partir da origemdo Sistema Topográfico Local, de maneira que o erro relativo,decorrente da desconsideração da curvatura terrestre, nãoultrapasse 1:50 000 nesta dimensão e 1:20 000 nas imediaçõesda extremidade desta dimensão, sendo que a dimensão máximado plano topográfico é a metade da diagonal de um quadrado de100 km de lado, correspondente à área máxima de abrangênciado Sistema Topográfico Local.

2 O plano topográfico deve ser elevado ao nível médio do terrenoda área, objeto de levantamento topográfico, para a caracteriza-ção do plano topográfico local pela imposição de um fator deelevação aplicado às coordenadas plano retangulares de todosos pontos levantados geodésica e topograficamente e nele re-presentados.

3.39.5 plano topográfico local: Plano topográfico elevadoao nível médio do terreno da área de abrangência doSistema Topográfico Local, segundo a normal à superfí-cie de referência no ponto de origem do sistema (pontode tangência do plano topográfico de projeção no elipsói-de de referência).

4 Estruturação e classificação da Rede deReferência Cadastral

4.1 Para a estruturação e implantação da Rede de Refe-rência Cadastral Municipal deve-se, no mínimo, observara seguinte seqüência de operações:

a) sobre a carta do IBGE, em escala 1:50 000 ou1:100 000, estabelecer a área de abrangência doSistema Topográfico Local (um único município, con-junto de municípios ou incorporar-se a um conjuntojá existente);

b) sobre essa mesma carta, após estabelecer a áreade abrangência do sistema, fixar o ponto central deste(ponto de tangência ao elipsóide, cujas coordenadasgeodésicas serão utilizadas nas transformaçõesentre sistemas de coordenadas); este ponto, tantoquanto possível, deve ser escolhido dentro da áreaurbanizada, fazendo-se, dessa forma, com que asáreas de deformação, praticamente nulas, coincidamcom as áreas de maior valor de terreno;

c) definir a altitude média a ser adotada para o sis-tema topográfico local na sua área de abrangência;

d) estabelecer sistema de desdobramento e articula-ção de folhas da futura planta cadastral do município,dentro dos princípios que norteiam o Sistema Carto-gráfico Brasileiro;

e) identificar o(s) fuso(s), meridiano(s) central(is) emeridianos limites, no sistema de projeção UTM, ofi-cialmente adotado para a cartografia nacional, naárea de abrangência da Rede de Referência Cadas-tral em causa;

f) pesquisar nas proximidades da área um vértice doSistema Geodésico Brasileiro (SGB) que esteja embom estado, o qual será eleito para servir de amarra-ção do Sistema Topográfico Local e ao sistema carto-gráfico em função UTM ao SGB;

g) inventariar vértices existentes, na área de abran-gência da Rede de Referência Cadastral a ser im-plantada, averiguando a qualidade de sua localiza-ção (estabilidade, segurança, acessibilidade, inter-visibilidade etc.) e data (origens), visando sua incor-poração à Rede de Referência Cadastral;

h) verificar no mapeamento existente - quer executa-do pela topografia clássica quer pela aerofotogramé-trica - os sistemas de projeção utilizados, elipsóide edata adotados, verificando também se o sistema dearticulação de folhas corresponde ao do SistemaCartográfico Brasileiro - SCB, identificando os parâ-metros de transformação de coordenadas entre todosos sistemas existentes;

i) adotar o Sistema Geodésico Brasileiro SAD-69conforme documento Especificações e Normas Ge-rais para Levantamentos Geodésicos - IBGE;

j) obedecer todo o planejamento e implantação darede conforme o estabelecido nas seções 5 e 6.

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8 NBR 14166:1998

4.2 Na estruturação da rede, seus elementos classificam-se em:

a) marcos geodésicos de precisão;

b) marcos geodésicos de apoio imediato;

c) marcos referenciadores de divisas estaduais emunicipais;

d) referências de nível de precisão;

e) referências de nível de apoio imediato;

f) referências de nível topográficas;

g) pontos topográficos;

h) pontos de referência de segmentos de logradou-ros;

i) pontos de esquina;

j) pontos de referência de quadras;

k) pontos de referência para estrutura fundiária;

l) pontos de referência de glebas.

5 Requisitos gerais

5.1 Os marcos geodésicos de apoio imediato devem ne-cessariamente apoiar-se em marcos geodésicos do IBGE,próximos à área.

Não havendo estes vértices, devem-se transportar coor-denadas do vértice mais próximo à área, com a exatidãoconstante no quadro I - “Sistema Geodésico Brasileiro,Classificação dos Levantamentos Geodésicos”, cons-tantes no documento Especificações e Normas Geraispara Levantamentos Geodésicos - IBGE, servindo comomarco geodésico de precisão ao sistema a ser implantado.

5.2 Os marcos geodésicos de apoio imediato devem serlocalizados preferencialmente no cume das elevações enos altos dos edifícios de grande porte e, se possível, empropriedades públicas, em uma densidade aproximadade um para cada 3 km2 nas áreas urbanizadas e, nasáreas rurais, de um para cada 16 km2 a 50 km2, na depen-dência da densidade demográfica de interferências e douso e ocupação do solo.

5.3 Os marcos geodésicos de apoio imediato e os pontostopográficos devem estar situados de modo a permitir in-tervisibilidade com os pontos contíguos, no mínimo doisa dois, em lugares favoráveis à sua identificação, devendo

ser materializados e monografados de acordo com asprescrições e os modelos da NBR 13133.

Nas monografias dos pontos topográficos devem constaras suas amarrações para no mínimo três pontos bemdefinidos e identificáveis nas suas proximidades.

5.4 Os elementos da Rede de Referência Cadastral po-dem ter suas coordenadas plano-retangulares determi-nadas nos Sistemas Transverso de Mercator (UTM-RTM-LTM) como no Sistema Topográfico Local. Neste caso aorigem do Sistema Topográfico Local é também a origemdo seu sistema de coordenadas plano-retangulares(X e Y).

5.4.1 O eixo das ordenadas é o eixo dos Y com orientaçãopara o norte geográfico e o eixo das abscissas é o eixodos X.

5.4.2 Os eixos coordenados do sistema de coordenadasplano-retangulares do Sistema Topográfico Local defi-nem o plano de projeção topográfica deste sistema, nopressuposto de que todos os pontos dos levantamentostopográficos realizados na sua área de abrangência se-jam projetados ortogonalmente neste plano.

5.5 As coordenadas plano-retangulares (X, Y) dos marcosgeodésicos de apoio imediato no Sistema TopográficoLocal são obtidas a partir de suas coordenadas geodési-cas (ϕ, λ) e das coordenadas geodésicas da origem dosistema (ϕo, λo)

3).

5.5.1 Às coordenadas plano-retangulares da origem doSistema Topográfico Local (0,0) são adicionados os ter-mos constantes 150 000 m e 250 000 m, respectivamentepara a abscissa (X) e para a ordenada (Y), no escopo deevitarem-se valores negativos nos demais pontos da áreade abrangência do sistema4).

5.5.2 Se a origem do sistema for 0 (zero), de coordenadasgeodésicas ϕo e λo e plano-retangulares X = 150 000 m eY = 250 000 m, e o ponto geodésico de apoio imediato forP, de coordenadas geodésicas ϕp e λp, as coordenadasplano-retangulares de P são dadas pelas expressõesconstantes no anexo A.

5.6 As coordenadas plano-retangulares dos pontos le-vantados, topograficamente, na área de abrangência doSistema Topográfico Local, são obtidas a partir das coor-denadas plano-retangulares dos pontos geodésicos deapoio imediato.

5.6.1 As coordenadas plano-retangulares dos pontos le-vantados topograficamente no âmbito do Sistema Topo-gráfico Local, a partir do apoio topográfico, subentendemque as observações angulares, horizontais e lineares,

3) Esse cálculo deve ser executado por intermédio de expressões derivadas das fórmulas da solução inversa do problema geodésicode transporte de coordenadas geodésicas, ou seja, aquelas aplicadas no cálculo de azimutes e lados geodésicos, sendo um dospontos a origem do sistema e, o outro, o ponto de apoio geodésico imediato considerado. Estas expressões contêm, também, um fatorde elevação que transporta os pontos geodésicos de apoio imediato à altitude do Plano Topográfico Local, onde são representados emverdadeira grandeza todos os pontos levantados topograficamente em 3.39.

4) A imposição destes valores deve-se ao fato de que, assim procedendo, todas as coordenadas com algarismo significativo inicial1 (um) representem a absicssa X e com 2 (dois) representem a ordenada Y. Este procedimento evita a ocorrência de erros grosseirosna identificação dos pontos, como também a existência de pontos fora da área de abrangência do sistema (coordenadas maiores queX = 200 000 m e Y = 300 000 m e menores que X = 100 000 m e Y = 200 000 m).

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nas operações topográficas de sua determinação, estãorepresentadas em verdadeira grandeza no plano topo-gráfico local, com orientação, em planta, para o norte daquadrícula. Isto significa que estão afetadas pela conver-gência meridiana, a qual, no Sistema Topográfico Local,só é nula para pontos situados ao longo do meridiano daorigem do sistema e que somente o eixo das ordenadas(Y) está orientado para o norte geográfico.

5.6.2 A convergência meridiana, mencionada em 5.6.1,quando calculada a partir da latitude ϕp e de um pontogeodésico (de precisão ou de apoio imediato), tem a suaexpressão rigorosa indicada no anexo B.

5.6.3 A convergência meridiana, quando calculada a partirdas coordenadas plano-retangulares dos pontos, temuma expressão suficientemente aproximada, apresen-tada no anexo C5).

5.7 As coordenadas plano-retangulares dos pontos dosSistema Topográfico Local devem estar limitadas, emseus valores absolutos (isentas dos termos constantes),ao máximo de 50 000 m, de maneira que nenhum pontodiste da origem do sistema mais que 70 710,68 m, o quegarantirá um erro relativo decorrente da desconsideraçãoda curvatura terrestre menor que 1:50 000 nesta dimen-são e 1:20 000 nas imediações de sua extremidade.

5.7.1 Caso a área municipal exceda a área máxima deabrangência do sistema ou apresente distâncias à origemdo sistema maiores que 70 710,68 m, deve(m) ser esta-belecido(s) outro(s) sistema(s) de projeção topográficaadjacente(s).

Estes sistemas parciais devem ter superposições entresi adequadas à existência de pontos comuns para suasinterligações, com coordenadas inerentes a cada sistemainterligado.

5.7.2 A área de abrangência do Sistema Topográfico Localdeve ser reduzida, no caso de a superfície terrestre abran-gida ser muito acidentada em seu relevo, apresentandoáreas em que haja desníveis superiores a 150 m, paramais ou para menos, em relação ao plano topográficolocal adotado, o que determinará a subdivisão do sistemaem sistemas parciais, adequados conforme mencionadoem 5.8.

5.8 Os pontos topográficos devem estar localizados emsítios notáveis que facilitem a sua ocupação e utilizaçãoe que garantam a estabilidade a perenidade de sua ma-terialização. A sua configuração deve ser tal que nasáreas urbanizadas nenhum ponto de esquina fique dis-tante mais do que 400 m de pontos topográficos principaisou mais do que 250 m de pontos topográficos secundá-rios; sua densidade deve ser de no mínimo quatro pontospor km2. Nas áreas rurais, a densidade e o espaçamentoentre pontos contíguos devem decorrer das condiçõesdo terreno, da configuração das glebas e das necessida-des de apoio dos serviços topográficos, garantindo a den-sidade mínima de um ponto topográfico a cada 2 km2.

Os pontos topográficos, sempre que possível, devem ser,também, referências de nível topográfico.

5.9 As referências de nível de apoio imediato e as refe-rências de nível topográfico devem estar localizadas emlugares favoráveis à sua identificação e que garantam aestabilidade e a perenidade de sua materialização, de-vendo ser matriculadas e monografadas com descriçãode itinerários de acesso e adjacências, de acordo comas prescrições e o modelo da NBR 13133.

5.9.1 As referências de nível de apoio imediato e as refe-rências de nível topográfico devem ser materializadaspor marcos e/ou pinos metálicos, nas áreas urbanas, epor marcos, nas áreas rurais, quando não forem encon-tradas obras de arte (pontes, viadutos, pontilhões, etc.)estáveis, onde possam ser cravados pinos metálicos.

5.9.2 Os pontos chamados de marcos primordiais, utiliza-dos em ações judiciais e registros públicos, só serão in-corporados à Rede de Referência Cadastral como pontosreferenciadores para estrutura fundiária caso tenham sidoobtidos de acordo com as prescrições desta Norma paraa determinação dos pontos topográficos principais edevidamente verificados.

5.10 Os pontos de esquina devem ser materializadosjunto ao solo nos pisos das calçadas, segundo a verticaldos cantos das edificações situadas nas esquinas pro-venientes de dois logradouros, por pinos metálicos crava-dos nestes pisos, como forma de caracterizar o ponto le-vantado.

No caso de construções curvilíneas nas esquinas, a de-terminação dos pontos de esquina deve ser realizadapela identificação visual dos pontos de tangência dessacurva (PC-PT) com materialização por pinos metálicos,quando houver calçada e, quando não houver calçada,o pino deve ser cravado na própria parede, junto ao solo.Inexistindo edificações na esquina, pontos irradiadosauxiliares devem ser implantados e materializados visan-do permitir futuras medições complementares para a suadeterminação.

Quando da implantação de loteamentos ou outro qual-quer tipo de urbanização, os pontos notáveis de esquinae de mudança de direção de alinhamento deverão sermaterializados por marcos de concreto.

5.11 Os pontos de referência de quadra, de gleba e desegmento de logradouro, cuja finalidade é a obtençãode códigos a partir de suas coordenadas plano-retangu-lares (geocódigos) como prefixos referenciais para acomposição dos códigos de localização geográfico doselementos físicos a si relacionados ou das informaçõesterritoriais a si agregadas como atributos, não são objetode determinação por operações topográficas. Suas coor-denadas plano-retangulares são obtidas, graficamente,nos originais dos documentos cartográficos do SistemaCartográfico Municipal em escala compatível a sua deter-minação.

5) A utilização desta expressão aproximada é importante quando da elaboração de memorial descritivo dos limites de uma propriedade,a partir da poligonal de contorno, para fins de registro público, onde os rumos devem ser dados em termos geográficos, ou seja,referidos ao norte geográfico. O problema consiste no cálculo em cada estação poligonal, da convergência meridiana para transformaçãodos azimutes planos dos lados poligonais em azimutes geográficos.

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5.12 Os elementos da Rede de Referência Cadastral de-vem ser matriculados pelos órgãos gestores da adminis-tração municipal com prefixos que os identifiquem e ca-talogados em fichas individuais de identificação, elabo-radas com adaptação ao modelo apresentado em A.2 daNBR 13133:1994, devendo conter, no que for pertinente,o seguinte:

a) coordenadas plano-retangulares e/ou altimétricascom indicação de sua obtenção e exatidão (erro mé-dio ou desvio-padrão);

b) descrição da materialização no terreno;

c) documentos cartográficos do Sistema CartográficoMunicipal onde se inserem;

d) esquema orientado, com detalhes de suas ime-diações e/ou itinerário de acesso;

e) fotografias tomadas de diferentes posições, queauxiliem a sua localização;

f) coordenadas geodésicas da origem do SistemaTopográfico Local;

g) orientação azimutal para pontos contíguos e des-crição das miras, quando houver;

h) pontos determinados e operação topográfica desua determinação;

i) identificação da organização, empresa ou profis-sional encarregado de sua implantação.

A organização, empresa ou profissional que realizar aimplantação dos pontos da Rede de Referência Cadastral,como também os usuários dos seus elementos devemcomunicar ao seu órgão gestor da administração munici-pal os problemas porventura encontrados, quando desua utilização.

5.13 Os elementos da Rede de Referência Cadastraltêm o seguinte escalonamento hierárquico em ordemdecrescente:

5.13.1 Pontos planimétricos:

a) marco geodésico de precisão;

b) marco geodésico de apoio imediato;

c) ponto topográfico principal;

d) ponto topográfico secundário;

e) ponto de referência para estrutura fundiária;

f) ponto de esquina;

g) pontos de referência (quadra, gleba e de seg-mento de logradouro).

5.13.2 Pontos altimétricos:

a) referência de nível de precisão;

b) referência de nível de apoio imediato;

c) referência de nível topográfico;

d) ponto topográfico (principal e secundário);

e) ponto de segurança.

5.14 As matrículas, a catalogação e o escalonamentohierárquico dos elementos da Rede de Referência Ca-dastral, nos moldes preconizados em 5.12 e 5.13, sãosubsídios fundamentais para o mapeamento digital doselementos do Sistema Cartográfico Municipal, para a ca-racterização da base de dados para o geoprocessamentodas informações territoriais e para a implantação de umsistema de informações geográficas municipais, tanto nostrabalhos de cartografia como nos de topografia.

5.15 Todos os procedimentos a serem normalizados re-ferentes às alterações do sistema viário, às obras de arte,às obras de infra-estrutura empreendidas pelo Poder Pú-blico e por suas concessionárias, ao parcelamento dosolo, às alterações das edificações e à sistematizaçãode todos os levantamentos topográficos, no âmbito muni-cipal, devem estar vinculadas à utilização obrigatória dospontos da Rede de Referência Cadastral e prever a cria-ção de novos pontos, de maneira que a aplicação contí-nua destes conduza ao seu adensamento e à incorpora-ção dos seus elementos topográficos aos documentoscartográficos do Sistema Cartográfico Municipal, visandoas suas atualizações tanto nas cartas topográficas comonas plantas topográficas, porém sempre compatíveis coma escala de representação.

5.15.1 A normalização acima referida deve incorporaras prescrições contidas nesta Norma conforme seções5 e 6.

5.15.2 A implantação e a manutenção da Rede de Refe-rência Cadastral são de atribuição e de responsabilidadeda administração municipal, através de um órgão gestor.

6 Requisitos específicos

6.1 As condições específicas para a implantação e manu-tenção da Rede de Referência Cadastral referem-se ape-nas aos procedimentos para a determinação de seuselementos, sua atualização e complementação.

6.2 As condições específicas fundamentam-se nos pro-cedimentos preconizados pela NBR 13133.

6.3 Os marcos geodésicos de apoio imediato são deter-minados a partir dos marcos geodésicos de precisão,por intermédio de poligonal da classe I-P (NBR 13133),ou por rastreamento de saté l ites do sistemaGPS-NAVSTAR, no método diferencial; triangulação outrilateração ou outro método, desde que em termos deexatidão, seja igual ou melhor que a obtida por essaclasse de poligonal.

No caso de emprego do rastreamento de satélites dosistema GPS-NAVSTAR devem ser observadas as es-pecificações mínimas divididas conforme a seguir:

a) aparelhagem;

b) implantação de pontos;

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c) operações de campo;

d) precisão das medições e exatidão dos resultados

6.3.1 A aparelhagem deve ser constituída por rastreadoresde sinais de satélites GPS conforme as seguintes caracte-rísticas mínimas:

a) dos receptores:

1) receptores devem ser do tipo geodésico;

2) freqüência L1;

3) desvio-padrão (s) de cada componente da li-nha de base medida (dX, dY, dZ), no método dife-rencial estático, igual ou superior a:

- distância horizontal ± (10 mm + 2 ppm x D);

- distância vertical ± (20 mm + 2 ppm x D);

- azimutal ±

+

5" 1"

D , onde D é a distância

em quilômetros;

4) para atingir a precisão acima mencionada, exi-gem-se as seguintes condições:

- sessões de observação com duração mínimade 60 min;

- observação contínua de no mínimo cinco saté-lites durante toda a sessão de rastreio;

- observação e processamento de fase de bati-mento da portadora;

- precisão das coordenadas orbitais igual oumelhor que 1 ppm;

- ausência de multicaminhamento;

b) dos instrumentais pertinentes:

1) dispositivo para medir a altura instrumental comresolução milimétrica;

2) é necessário que a antena possua plano terraquando da determinação dos pontos de controle;

3) as antenas devem ser instaladas em pilares outripés e niveladas empregando-se base nivelantecom prumo óptico aferido;

4) quando a distância entre pontos nos vetoresou linhas de base a serem determinadas for supe-rior a 50 km, é necessário o emprego de recepto-res de dupla freqüência, possibilitando assim oprocessamento do sinal L3 ou sinal livre de efeitosionosféricos (ionosfere free).

6.3.2 Na implantação dos pontos geodésicos de apoioimediato devem ser observadas as seguintes prescrições:

a) os pontos devem estar em locais com boa visibili-dade, tanto para os satélites quanto para o empregoda metodologia geodésica clássica;

b) os pontos sem intervisibilidade devem ter um mar-co de azimute (determinado por GPS), deles distan-ciados, conforme as previsões contidas na alínea l;

c) na implantação de mais de cinco pontos geodési-cos de apoio imediato, deve ser realizado um polígo-no fechado, apoiado no mínimo por dois pontos geo-désicos de primeira ordem (classe AP) do SGB;

d) na implantação de mais de cinco pontos geodési-cos de apoio imediato deve ser realizada, preliminar-mente, uma rede de controle para apoio dos demaispontos, devendo esta ser formada por três ou maispontos, denominados pontos de controle e conecta-dos a pelo menos dois pontos geodésicos de primei-ra ordem (classe AP) do SGB;

e) estando disponível nas imediações da área aomenos um pilar de classe superior a AP, tais comoos da Rede Geodésica GPS de São Paulo e similares,este pode ser utilizado como único ponto de apoiopara a rede de controle, observados os limites espe-cificados na alínea f);

f) o espaçamento (E) entre os pontos da rede decontrole e o centro (C) da área de interesse deveobedecer aos seguintes critérios:

1) (E) não pode exceder cinco vezes a distânciaentre C e seu ponto geodésico de apoio imediatomais afastado;

2) 50% dos pontos de controle não devem estar amenos de um quinto da distância entre C e seumarco geodésico de apoio imediato mais afasta-do;

3) os pontos de controle, que estiverem fora daárea de interesse, não podem estar a mais de50 km de seu limite;

g) as prescrições contidas nas alíneas c), d), e f) partemdo pressuposto da existência de marcos de primeiraordem ou superior do SGB, dentro das dimensõespreconizadas; caso haja carência de apoio geodésicodeve-se realizar um estudo técnico, devendo-se ela-borar um memorial descritivo e justificativo da metodolo-gia adotada, considerando-se fatores tais como:

1) densidade de marcos;

2) uso e ocupação do solo; e

3) desenvolvimento econômico da região;

h) o planejamento da implantação dos pontos geodé-sicos e controle e apoio imediato devem ser embasa-dos em um documento cartográfico existente em es-cala adequada às dimensões da área, sendo queneste documento são assinalados os locais de todosos tipos de pontos projetados e seus pontos deapoio; só após o reconhecimento deve-se lançar,em convenção cartográfica distinta, os pontos defini-tivos com indicação daqueles que são intervisíveis;

i) a implantação dos marcos geodésicos, de controleou de apoio imediato, deve ser feita em locais com aproteção adequada, tais como: próprios do estado,campus de universidades, escolas etc., com monu-mentação estável e visibilidade para aplicação demetodologia clássica, evitando-se também locaisonde haja a possibilidade de implantação de obrasfuturas que possam vir a prejudicar a estabilidadedo marco e sua utilização;

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j) os responsáveis ou proprietários das áreas escolhi-das devem ser consultados sobre a implantação eposteriormente notificados, oficialmente e por escrito,da real importância e benefícios à comunidade queaquele Patrimônio Público significa, bem como a leique o protege. O texto empregado deve ser adequa-do às pessoas leigas, em tom amigável, e o maiselucidativo possível;

k) nos marcos geodésicos devem ser afixadas placasde aço inoxidável com 1 mm de espessura, nas di-mensões 15 cm x 10 cm onde devem constar:

1) a expressão Marco Geodésico;

2) número ou nome;

3) classificação;

4) órgão executor e departamento responsávelpela implantação; e

5) os dizeres: Este marco é um Patrimônio Públicode significativa importância. Favor não destruí-lo,danificá-lo, obstruir sua visibilidade ou movê-lo,sem antes consultar o órgão executor, através deseu departamento responsável indicado acima.

l) os marcos geodésicos devem ser acompanhadosde um ou dois marcos de azimute, instalados a umadistância mínima; sua precisão máxima do azimutedeterminado a partir do posicionamento relativo comGPS é baseada no espaçamento mínimo entre paresde estações intervisíveis, sendo que o azimute entreum par de estações é determinado após os vetoresno sistema geodésico do satélite serem ajustadosao sistema de referência local, sendo que a tabela 1fornece a distância mínima entre as estações,considerando-se as precisões relativas do posiciona-mento com 95% de nível de confiança e a precisãodo azimute a ser obtido.

6.3.3 Nas operações de campo devem ser observadas asseguintes prescrições:

a) para estações que tenham espaçamento acimade 50 km deve ser aplicada a correção ionosférica;

b) os pontos espaçados a menos de 3 km devem serconectados por vetores;

c) a altura instrumental deve ser medida, em milíme-tros, duas vezes em cada sessão;

d) sob condições atmosféricas perturbadas (tempes-tades), em distâncias superiores a 50 km ou quandohouver diferenças de altitudes superiores a 100 mentre as estações, devem ser medidas as temperatu-ras úmida e seca e tomada a pressão atmosféricapara imposição no programa, quando da realizaçãodos cálculos.

6.3.4 Nas operações de cálculo e ajustamento das obser-vações, devem ser seguidas as seguintes prescrições:

a) após o processamento das observações, os ve-tores independentes da rede de pontos de controledevem passar por ajustamento vetorial pelo métododos mínimos quadrados, empregando-se comoinjunções os pontos de apoio do SGB, sendo que aprecisão final, relativa aos pontos do SGB, deve serda ordem de 10 ppm (1:100 000) ou superior, consi-derando-se 95% de nível de confiança;

b) somente após o cumprimento do estabelecido naalínea a) é que poderão ser ajustados os vetorespertencentes à rede de marcos geodésicos de apoioimediato, empregando-se o mesmo processo deajustamento vetorial e usando como injunções ospontos da rede de controle, sendo que a precisãofinal, relativa aos pontos da rede de controle, deveser da ordem de 20 ppm (1:50 000) ou superior,considerando-se 95% de nível de confiança;

c) as coordenadas finais dos marcos geodésicos de-vem ser transformadas para o Sistema Geodésicooficial do Brasil e posteriormente para o plano topo-gráfico local, sendo que em regiões onde, por motivosde existência de cartografia referida ao Datum Córre-go Alegre ou outro motivo justificável perante a parti-cularidade do caso, será aceita a transformação dascoordenadas para este Sistema, porém, nas mono-grafias serão também expressas as coordenadasno sistema oficial.

Tabela 1 - Espaçamento mínimo entre estações para referência azimutal

Precisão azimutal requerida em segundos de arco Espaçamento mínimo entre os pares(com 95% de nível de confiança) de estações

1 2 4 6 10 m

- - 02 03 05 100

- 02 04 06 10 200

- 03 06 09 14 300

02 04 08 12 19 400

03 05 10 14 24 500

03 06 12 18 29 600

Exemplo: considerando-se a expectativa de precisão relativa de 4 mm, com 95% de nível de confiança, para a posição de doismarcos e desejando-se atingir uma precisão de 2 s de arco no azimute, a 95% de nível de confiança, o espaçamento mínimo entreeles deve ser de 400 m.

Precisão, em milímetros,da posição GPS (com

95% de nível deconfiança)

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6.4 As referências de nível de apoio imediato são deter-minadas a partir de referência de nível de precisão darede básica do IBGE por intermédio de nivelamentos geo-métricos da classe I N da NBR 13133.

6.5 As referências de nível topográficas são determinadasa partir das referências de nível de apoio imediato, porintermédio de nivelamento geométrico da classe II N (verNBR 13133).

6.6 Os pontos topográficos se apoiam nos marcosgeodésicos de apoio imediato, interligando-os por poligo-nais de classe I PRC Principal ou Poligonais II P (verNBR 13133) desenvolvidas ao longo de rodovias e logra-douros, segundo traçados, aproximadamente, retilíneos,condicionados, obviamente, pelos acidentes naturais eartificiais do terreno. Apoiados nos vértices dessas poli-gonais principais, a malha dos pontos topográficosprincipais é densificada por poligonais secundárias daclasse IPRC secundária ou III P, dando origem aos pontostopográficos secundários.

6.6.1 Os pontos topográficos podem ser determinados apartir dos marcos geodésicos de apoio imediato, porrastreamento de satélites do sistema GPS-NAVSTAR.

Neste caso, após o ajustamento vetorial pelo método dosmínimos quadrados, tendo como injunção os marcosgeodésicos de apoio imediato, todos os vetores devemter exatidão igual ou melhor que 50 ppm, ou 1:20 000, a95% de nível de confiança.

6.6.2 Os pontos topográficos são nivelados por nivela-mento geométrico da classe I N (ver NBR 13133) a partirdas referências de nível de apoio imediato, constituindo-se, também, em referências de nível topográficas.

6.7 Os elementos materializadores no terreno dos pontosgeodésicos, referências de nível de precisão e de apoioimediato, devem conter inscrições de identificação commatrícula, numeração e os dizeres: “Prefeitura.....”, “Prote-gido por lei. Não destruir”.

6.8 Os nivelamentos geométricos duplos para a determi-nação das referências de nível topográfico, devem desen-volver-se em circuitos.

No caso da configuração em nós, ou seja, pontos perten-centes a mais de um circuito, o ajustamento para obten-ção de suas altitudes definitivas deve ser realizado pelométodo dos mínimos quadrados.

Os pontos de esquina são planimétricos e devem ser de-terminados por poligonais auxiliares da classe II PRC ouIII P (ver NBR 13133) e nivelamentos geométricos simplesde precisão 16 mm ,K sendo K a distância nivelada emquilômetros.

7 Inspeção

7.1 A inspeção a ser realizada pelo órgão municipal com-petente, quando da implantação e manutenção da Redede Referência Cadastral Municipal, tem por escopo asse-gurar a consecução do objetivo desta Norma.

7.2 Especificamente, devem ser inspecionados:

a) classificação dos pontos implantados;

b) situação dos pontos determinados, incluindo: loca-lização, amarrações, espaçamento, intervisibilidade,estabilidade e segurança;

c) materialização e monografias dos pontos determi-nados;

d) codificação, catalogação e indexação aos elemen-tos cartográficos do Sistema Cartográfico Municipaldos pontos determinados;

e) operações geodésicas e topográficas para a deter-minação dos pontos segundo as prescrições destaNorma e da NBR 13133.

7.3 A eficácia e a eficiência da inspeção dependem, fun-damentalmente, da concretização dos pressupostos de7.3.1 a 7.3.4.

7.3.1 Existência de instrumento legal instituindo a Redede Referência Cadastral Municipal como referência espa-cial, única e obrigatória, para os elementos geradoresdas informações territoriais, com obrigação de seu cum-primento por:

a) todos os órgãos da administração municipal;

b) todas as entidades públicas e privadas, governa-mentais ou não, com atuação no território municipal;

c) pessoas físicas em geral, que realizem quaisquerdos serviços topográficos, desde que o seu anda-mento ou seus resultados estejam sujeitos à aprova-ção, verificação e acompanhamento de órgãos ouentidades da administração municipal.

O anexo D desta Norma contém dois modelos recomen-dados para a oficialização da Rede de Referência Cadas-tral Municipal.

7.3.2 Existência de um competente órgão gestor da Redede Referência Cadastral Municipal, criado, no âmbito daadministração municipal, por instrumento legal específico.

7.3.3 Existência de mecanismo de registro territorial comsuporte em:

a) sistema cartográfico único (Sistema CartográficoMunicipal) como ponto de partida para o levantamen-to de informações territoriais, constituído pela CartaTopográfica do Município, Planta de Referência Ca-dastral, Plantas Indicativas de Equipamentos Urba-nos, Planta Genérica de Valores de Terreno, PlantaCadastral e Plantas de Quadras, todas apoiadas naRede de Referência Cadastral Municipal;

b) sistema descritivo padronizado contendo os dadosbásicos sobre a propriedade imobiliária com vincula-ção aos pontos de referência da Rede de ReferênciaCadastral Municipal.

Page 14: NBR 14166 Rede de Referência Cadastral Municipal - Procedimento

14 NBR 14166:1998

7.3.4 Existência de normas, especificações e procedimen-tos relativos ao recebimento, controle de qualidade, ar-mazenamento de produtos, sistematização de consultae utilização dos elementos da Rede de Referência Ca-dastral Municipal e dos documentos cartográficos do Sis-tema Cartográfico Municipal.

7.3.5 Existência de pessoal técnico habilitado e capacitadopara o atendimento à aplicação das disposições contidasnesta Norma.

8 Aceitação e rejeição

As condições de aceitação ou rejeição dos serviços eprodutos elaborados, quando da implantação e manuten-ção da Rede de Referência Cadastral Municipal, são es-tabelecidas em decorrência do resultado da inspeçãopelo Órgão Municipal competente, levando em conside-ração, no que for pertinente, o disposto nesta Norma e asprescrições da NBR 13133.

/ANEXO A

Page 15: NBR 14166 Rede de Referência Cadastral Municipal - Procedimento

NBR 14166:1998 15

A.1 Na aplicação das fórmulas, considerar ϕ negativo nohemisfério sul e λ crescendo positivamente para oeste.

A.2 Os coeficientes C e D são negativos no hemisfériosul.

A.3 O eixo das ordenadas é o eixo dos Y e o das abscissasé X.

A.4 O formulário a ser adotado é o seguinte:

Xp = 150 000 + xp

Yp = 250 000 + yp

Xp = - ∆λ1 cosϕpNparc1" x c

[ ] cCx ExEDCxB

y pppp x )( )( 1

421

21

21 ++++= ∆ϕ∆ϕ∆ϕ

∆λ = λp - λo

∆ϕ = ϕp - ϕo

∆λ1 = ∆λ"[1 - 3,9173 x 10-12 (∆λ")2]

∆ϕ1 = ∆ϕ"[1 - 3,9173 x 10-12 (∆ϕ")2]

arc1" 1

oM

B =

arc1"2 tan

oo

o

NMC

ϕ=

) sen - (1 2

arc1" cos sen 3

22

2

o

oo

e

eD

ϕϕϕ=

6

tan 3 1

2o

o

NE

ϕ+=

o

to

RHR

c+=

x ooo NMR =

) sen - (1

) - (1

23

o22

2

ϕe

eaMo =

) sen - (1

21

o22 ϕe

aNo =

) sen - (1

2122

p

pe

aN

ϕ=

212

1

2

22

)] - (2 [

- ff

a

bae =

=

onde:

Mo é o raio de curvatura da seção meridiana do elip-sóide de referência em Po (origem do sistema);

No é o raio de curvatura da seção normal ao planomeridiano do elipsóide de referência em Po;

Np é o raio de curvatura da seção normal ao planomeridiano do elipsóide de referência em P;

c é o fator de elevação;

a é o semi-eixo maior do elipsóide de referência;

b é o semi-eixo menor do elipsóide de referência;

e é a primeira excentricidade do elipsóide de referên-cia;

f é o achatamento do elipsóide de referência;

Ht é a altitude ortométrica média do terreno ou altitudedo plano topográfico local.

Anexo A (normativo)Fórmulas de transformação de coordenadas geodésicas em coordenadas plano-retangulares no

Sistema Topográfico Local

/ANEXO B

Page 16: NBR 14166 Rede de Referência Cadastral Municipal - Procedimento

16 NBR 14166:1998

+= 3)"(

2

sec sen " - ∆λ∆ϕϕ∆λγ Fmp

sendo: ∆λ" = (λp - λo) x 3 600

∆ϕ = ϕp - ϕo

12 1"sen cos sen

2

mmFϕϕ=

onde:

γp é a convergência meridiana no ponto considerado;

ϕo é a latitude da origem do sistema;

ϕp é a latitude do ponto geodésico de apoio imediatoconsiderado;

λo é a longitude da origem do sistema;

ϕm é a latitude média entre o ponto geodésico deapoio imediato considerado (P) e a origem do siste-ma (O).

NOTAS

1 A simbologia destes elementos está em graus sexagesimais.

2 Na aplicação da expressão, considerar ϕ negativo no hemis-fério sul e λ crescendo positivamente para oeste.

3 O coeficiente F é negativo para o hemisfério sul.

4 A convergência meridiana é também a diferença entre o azimu-te direto da direção OP (O-origem do sistema e P-ponto geo-désico considerado) e o azimute recíproco desta direção (PO).

5 No hemisfério sul, a convergência meridiana é positiva paraos pontos situados a oeste do meridiano da origem do sistema enegativa para os pontos a este deste meridiano, sendo nula nospontos situados ao longo deste meridiano (eixo dos Y ou dos N).Somente quando a origem situar-se no equador a convergênciameridiana será nula no eixo dos X (E). No hemisfério norte a si-tuação se inverte quanto aos pontos situados a este e a oestedo meridiano da origem do sistema.

Anexo B (normativo)Fórmula de cálculo da convergência meridiana a partir das coordenadas geodésicas

no Sistema Topográfico Local

/ANEXO C

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NBR 14166:1998 17

6-2- 10x 8,9946

)tan( 10x 3,2380

"c y

cx

op += ϕγ

sendo:

x = X - 150 000 m, y = Y - 250 000 m ec = 1 + 1,57 x 10-7 Ht

onde:

γp" é a convergência meridiana no ponto considera-do, no caso a ser obtida, em segundos sexagesimais;

ϕo é a latitude da origem do sistema, em graussexagesimais;

X é a abscissa do ponto considerado, em metros;

Y é a ordenada do ponto considerado, em metros;

x é a abscissa do ponto considerado, isenta do seutermo constante;

y é a ordenada do ponto considerado, isenta do seutermo constante;

c é o fator de elevação do plano topográfico ao nívelmédio do terreno para obtenção do plano topográficolocal, dado em metros;

Ht é a altitude do plano topográfico local, em metros.

NOTA - O sinal da convergência meridiana decorre dos sinaisdas coordenadas x e y do ponto considerado e do sinal da latitu-de da origem do Sistema Topográfico Local, que cresce positiva-mente para o norte do equador e negativamente para o sul domesmo; no hemisfério sul, os pontos situados a leste do meridianoda origem do sistema têm convergência meridiana negativa e,quando situados a oeste do mesmo, têm convergência meridianapositiva; no hemisfério norte, com esta mesma situação dospontos em relação ao meridiano da origem, os sinais da conver-gência meridiana se invertem.

Anexo C (normativo)Fórmula de cálculo da convergência meridiana a partir das coordenadas plano-retangulares no

Sistema Topográfico Local (aproximada)

/ANEXO D

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18 NBR 14166:1998

D.1 Objetivo

Este anexo apresenta dois modelos de instrumentos le-gais para oficialização da Rede de Referência CadastralMunicipal, recomendados para serem adotados pelasprefeituras municipais.

D.2 Modelo de decreto aprovando a Rede deReferência Cadastral Municipal

Decreto nº _________ de ___ de _______ de 199 ___ .

Aprova a Rede de Referência Cadastral Municipal e dáoutras providências.

O Prefeito do município de ______________________ ,no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o quedispõe o Decreto-Lei nº 243, de 28 de fevereiro de 1967.

Considerando que a sistemática de registro territorial temcomo suportes um sistema cartográfico único como pontode partida para o levantamento de informações territoriaise um sistema descritivo padronizado contendo os dadosbásicos sobre a propriedade imobiliária.

Considerando que um sistema cartográfico único de âm-bito Municipal, cuja Planta Geral do Município, Plantasde Referência Cadastral, Plantas Cadastrais e Plantasde Quadra devem ser referenciadas e enquadradas nosSistemas Cartográficos Estadual, Nacional e Internacio-nal por intermédio de uma referência espacial única vin-culada ao Sistema Geodésico Brasileiro - SGB.

Considerando que uma Rede de Referência CadastralMunicipal, cujos pontos geodésicos e topográficos, refe-rências de nível geodésicos e topográficos, pontos refe-renciadores de quadras, glebas, logradouros e para es-trutura fundiária e pontos de esquina, referenciados aoSistema Geodésico Brasileiro - SGB, constitui referênciaespacial válida, indispensável e única para os elementosgeradores das informações territoriais e para um SistemaCartográfico Municipal único.

Considerando que a Rede de Referência Cadastral Muni-cipal realizada pela Secretaria constitui uma infra-estrutu-ra de apoio geodésico e topográfico que proporciona anormalização e a sistematização de todos os levantamen-tos topográficos, quer pelo método direto quer pelo métodoaerofotogramétrico ou por outro que vier a ser criado, exe-cutando em qualquer escala e para qualquer finalidade,no âmbito municipal, no objetivo da sua inclusão em ummesmo sistema, atualizando-o e/ou complementando-o.

DECRETA:

Artigo 1º - A Rede de Referência Cadastral Municipalrealizada pela Secretaria _______________________passa a constituir referência oficial obrigatória para:

a) todos os trabalhos de cartografia e topografia deapoio à construção e atualização de plantas do Sis-tema Cartográfico Municipal;

b) todos os serviços topográficos de demarcação,de anteprojetos, de implantação e acompanhamentode obras de engenharia em geral, de levantamentosde obras conforme constituídas (as built) e de ca-dastros imobiliários para registros públicos e fis-cais; e

c) amarração, de um modo geral, de todos os serviçosde topografia, visando a incorporação das plantasdeles decorrentes às Plantas de Referência Cadas-tral do Município.

Artigo 2º - Além dos órgãos da Administração da Prefei-tura Municipal de _________________ , estão aindaobrigados ao que estabelece o artigo 1º os demaisórgãos ou entidades públicas ou privadas, governamen-tais ou não, com atuação no Município, bem como aspessoas físicas em geral, quando realizarem quaisquerdos trabalhos ou serviços ali referidos, desde que o anda-mento ou os resultados dos mesmos estejam sujeitos àaprovação, verificação ou acompanhamento de órgãosou entidades da Administração da Prefeitura Municipalde _____________________________ .

Artigo 3º - As referências de nível, os pontos geodésicos,topográficos, referenciadores de quadra, de gleba, de lo-gradouros, de referência para estrutura e de esquina fun-diária, implantados e materializados no terreno comoelementos integrantes da Rede de Referência Cadastral,são considerados obras públicas, na forma do que precei-tuam e no que for pertinente o artigo 13 e seus parágrafosdo Decreto-Lei nº 243, de 28 de fevereiro de 1967.

§ 1º - O proprietário do terreno ou do prédio onde es-tiverem implantados e materializados os elementosintegrantes da Rede de Referência Cadastral Muni-cipal serão, obrigatoriamente, notificados pela Secretaria__________________ , responsável pela implantação,

materialização e sinalização destes elementos, das obri-gações que a lei estabelece para sua preservação e dasrestrições necessárias para assegurar sua utilização.

§ 2º - A notificação será averbada gratuitamente, noRegistro de Imóveis onde estiver registrada a proprieda-de, por iniciativa do órgão notificador, nos termos do pará-grafo 4º do artigo 13º do Decreto-Lei nº 243/67.

§ 3º - Os elementos da Rede de Referência CadastralMunicipal referidos neste artigo conterão em sua materia-lização, obrigatoriamente, a indicação do órgão respon-sável pela sua implantação, seguida da advertência“PROTEGIDO POR LEI”, aplicando-se aos que praticaremqualquer dano a estes elementos os dispositivos do Có-digo Penal e demais leis cíveis de proteção aos bens dopatrimônio público.

§ 4º - Qualquer nova edificação, obra ou arborizaçãoque, a critério do órgão responsável pela implantaçãodos elementos da Rede de Referência Cadastral Munici-pal, referidos no parágrafo 2º deste artigo, possa prejudicara sua utilização só poderá ser autorizada pelo órgãocompetente municipal, após a prévia autorização do órgãoresponsável por sua implantação.

Anexo D (informativo)Modelos de instrumentos legais para oficialização da Rede de Referência Cadastral Municipal

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NBR 14166:1998 19

Artigo 4º - Os operadores de campo, responsáveis pelamanutenção e atualização da Rede de Referência Cadas-tral Municipal, bem como pela fiscalização dos seus ele-mentos, quer pertençam a órgão público, quer a empresaprivada oficialmente autorizada, quando no exercício desuas funções técnicas, atendidas as restrições relativasao direito de propriedade e à segurança nacional, têmlivre acesso às propriedades públicas e particulares,na forma do que preceitua o artigo 14 do Decreto-Leinº 243/67.

Artigo 5º - As monografias dos elementos da Rede deReferência Cadastral Municipal são de caráter ostensivo,sendo facultadas ao público em geral, observadas asnormas que vierem a ser estabelecidas pela Secretaria

_________________________ .

Artigo 6º - A utilização dos dados, informações e elemen-tos da Rede de Referência Cadastral Municipal por qual-quer órgão público estatal, bem como por entidades priva-das ou pessoas físicas, na forma do que determina esteDecreto, dar-se-à mediante indenização das despesascorrespondentes, de acordo com o que ficar estabelecidopela Secretaria ____________ em instrumento próprio.

Artigo 7º - Fica a Secretaria _____________________responsável pela administração da Rede de ReferênciaCadastral Municipal aprovada por este Decreto.

Artigo 8º - Competirá à Secretaria ________________a atualização e densificação da Rede de Referência Ca-dastral Municipal, cabendo, para tanto, a esta Secretariaelaborar projeto específico, contendo os elementos técni-cos financeiros necessários à alocação dos recursos or-çamentários correspondentes.

Artigo 9º - Fica a Secretaria _____________________responsável pelo cumprimento deste Decreto, sem pre-juízo das demais responsabilidades nele fixadas.

Artigo 10º - Este Decreto entrará em vigor na data de suapublicação, revogadas as disposições em contrário.

D.3 Modelo de lei municipal instituindo a BaseCartográfica Municipal apoiada na Rede deReferência Cadastral Municipal ja oficializada pordecreto do Poder Executivo Municipal

Lei nº _____________ de ___ de _______ de 199 ___

Regula a base cartográfica municipal.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE _________________ ,Estado de ________ , de acordo com o que decre-tou a Câmara Municipal em Sessão Ordinária, realizadano dia ____de ________ de 199 ____ , PROMULGA aseguinte lei:

CAPÍTULO I - DA BASE CARTOGRÁFICA

Artigo 1º - Fica instituída a base cartográfica do Municípiode _____________________ , constituída dos seguinteselementos:

I - Rede de Referência Cadastral Municipal

II - Sistema Cartográfico Municipal

§ 1º - Constituem a Rede de Referência Cadas-tral Municipal:

a) Os marcos geodésicos de precisão e as referên-cias de nível de precisão integrantes do SistemaGeodésico Brasileiro - SGB, implantados no terri-tório municipal;

b) Os marcos geodésicos de apoio imediato e asreferências de nível de apoio imediato, implanta-dos no território municipal, para densificação doSistema Geodésico Brasileiro - SGB, para apoiodos levantamentos topográficos e aerofotogramé-tricos;

c) Os pontos topográficos e as referências de níveltopográficas de apoio aos levantamentos topográ-ficos executados no território municipal a partirdo apoio geodésico;

d) Os pontos de referência para estrutura fundiáriaimplantados e materializados no terreno a partirdo apoio geodésico;

e) Os pontos de segurança - PS, implantados ematerializados no terreno pelos levantamentostopográficos executados no território municipal;

f) Os pontos de esquina, implantados e materiali-zados no terreno pela administração municipalpara definição de interseção de alinhamentos deduas faces de quadra;

g) Os pontos de referência utilizados como geocó-digos (de quadra, de gleba e de segmento de lo-gradouro) para geoprocessamento das informa-ções territoriais.

§ 2º - Constituem o Sistema Cartográfico Munici-pal:

a) Folhas de carta do IBGE em escala 1:100 000e/ou 1:50 000;

b) Folhas de carta na escala 1:10 000, que abran-gem o território municipal;

c) Plantas de Referência Cadastral, na escala1:5 000, integrantes dos cadastros técnico e imo-biliário fiscal do Município;

d) Plantas indicativas de equipamentos urbanos,na escala 1:5 000, obtidas a partir de Plantas deReferência Cadastral integrantes dos cadastrostécnico e imobiliário fiscal do Município;

e) Plantas de Valores Genéricos de Terreno, naescala 1:5 000, obtidas a partir das Plantas deReferência Cadastral, integrantes do cadastroimobiliário fiscal do Município;

f) Plantas Cadastrais Municipais, na escala1:1 000 da área urbana e 1:5 000 da área rural,integrantes do cadastro técnico do Município;

g) Plantas de Quadra, na escala 1:1 000 (ou1:5 000), obtidas a partir das plantas cadastraismunicipais, integrantes do cadastro imobiliário fis-cal do Município;

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20 NBR 14166:1998

h) Arquivos magnéticos correspondentes aoslevantamentos topográficos e/ou aerofotogramé-tricos realizados pela Prefeitura do Município ouatravés de convênios com órgãos estaduais e fe-derais.

Artigo 2º - A Rede de Referência Cadastral Municipalpassa a constituir referência oficial obrigatória para:

a) Todos os trabalhos de cartografia e topografiade apoio à construção e à atualização das cartase plantas do Sistema Cartográfico Municipal;

b) Todos os serviços topográficos de demarcação,de anteprojetos, de projetos, de acompanhamen-to de obras de engenharia em geral, de levanta-mentos de obras conforme construídas (as built)e de cadastros imobiliários para registros públicose fiscais; e

c) Amarração, de um modo geral, de todos os ser-viços de topografia, visando a incorporação dasplantas decorrentes destes serviços às plantasde referência cadastral do Sistema CartográficoMunicipal.

Parágrafo Único - Além dos órgãos da Administração daPrefeitura _________________________ , estão aindaobrigados ao que estabelece este artigo os demais ór-gãos ou entidades públicas ou privadas, governamentaisou não, com atuação no Município, bem como as pessoasfísicas em geral, quando realizarem quaisquer dos tra-balhos ou serviços nele referidos, desde que o andamen-to ou os resultados dos mesmos estejam sujeitos à apro-vação, verificação ou acompanhamento de órgãos ouentidades da administração da Prefeitura.

Artigo 3º - Os marcos geodésicos e referências de nívelde precisão e de apoio imediato, implantados e materiali-zados no terreno como elementos integrantes da Redede Referência Cadastral Municipal são consideradosobras públicas, na forma do que preceituam e no que forpertinente o artigo 13 e seus parágrafos do Decreto-Leinº 243, de 28 de fevereiro de 1967.

§ 1º - O proprietário do terreno ou do prédio onde es-tiverem implantados e materializados os elementos inte-grantes da Rede de Referência Cadastral Municipal, con-siderados como obras públicas será, obrigatoriamente,notificado pela Secretaria _______________________ ,responsável pela implantação, materialização e sinaliza-ção destes elementos, das obrigações que a lei estabele-ce para sua preservação e das restrições necessáriaspara assegurar sua utilização.

§ 2º - A notificação será averbada, gratuitamente, noRegistro de Imóveis onde estiver registrada a proprieda-de, por iniciativa do órgão notificador, nos termos do pa-rágrafo 4º do artigo 13 do Decreto-Lei nº 243/67.

§ 3º - Os elementos de Rede de Referência CadastralMunicipal, referidos neste artigo, conterão em sua mate-rialização, a indicação do órgão responsável pela suaimplantação, seguida da advertência “PROTEGIDO PORLEI”, aplicando-se aos que praticarem qualquer dano aestes elementos os dispositivos do Código Penal e de-mais leis cíveis de proteção aos bens do patrimônio pú-blico.

§ 4º - Qualquer nova edificação, obra ou arborizaçãoque, a critério do órgão responsável pela implantaçãodos elementos da Rede de Referência Cadastral Munici-pal, referidos no parágrafo 2º deste artigo, possa prejudicara sua utilização só poderá ser autorizada pelo órgãocompetente municipal após a prévia autorização do órgãoresponsável por sua implantação.

§ 5º - Os operadores de campo, responsáveis pelamanutenção e atualização da Rede de Referência Cadas-tral Municipal, bem como pela fiscalização dos seus ele-mentos, quer pertençam a órgão público, quer a empresaprivada oficialmente autorizada, quando no exercício desuas funções técnicas, atendidas as restrições relativasao direito de propriedade e à segurança nacional, têmlivre acesso às propriedades públicas e particulares, naforma do que preceitua o artigo 14 do Decreto-Leinº 243/67.

Artigo 4º - Os levantamentos geodésicos e topográficospara implantação, manutenção e atualização da Redede Referência Cadastral Municipal devem atender àsespecificações contidas nos seguintes instrumentosnormativos:

a) “Especificações e Normas Gerais para Levanta-mento Geodésico” aprovado pela ResoluçãoPR nº 22, de 21/07/83, do IBGE - Instituto Brasileirode Geografia e Estatística, no que se refere aoslevantamentos geodésicos de 2ª ordem relativos aosmarcos geodésicos de precisão e aos levantamentosgeodésicos de 3ª ordem relativos aos marcosgeodésicos de apoio imediato e às referências denível de apoio imediato.

b) NBR 13133 da ABNT - Associação Brasileira deNormas Técnicas, no que se refere aos levantamen-tos topográficos relativos aos pontos topográficos(principais e secundários), referências de nível topo-gráficas, pontos de referência para estrutura fundiária(marcos primordiais utilizados em ações judiciais eem registros públicos incorporados à Rede de Re-ferência Cadastral), pontos de segurança (PS) e pon-tos de esquina.

Parágrafo Único: Os pontos de referência utilizados emgeoprocessamento (de quadra, de gleba e de segmentode logradouro) não são objeto de levantamento topográ-fico, sendo as suas coordenadas plano-retangulares obti-das, graficamente, nos originais das plantas cadastraismunicipais ou, na inexistência destas plantas, nas folhasde carta do IGC na escala 1:10 000, a critério da ________________________________________________

Artigo 5º - Será de responsabilidade da ___________________________ a organização e a manutenção de

todos os documentos relacionados à base cartográficado Município, a seguir especificados:

I - Da Rede de Referência Cadastral Municipal

a) Álbum das monografias dos pontos geodésicos ereferências de nível, de precisão e de apoio imediato,dos pontos topográficos e referências de nível topo-gráficas, dos pontos de referências para estrutura

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NBR 14166:1998 21

fundiária, dos pontos de segurança (PS) e dos pontosde esquina, contendo:

- identificação da operação geodésica ou topográ-fica de implantação;

- exatidão (erro médio ou desvio-padrão obtido);

- matrícula do ponto;

- tipo de materialização (marco de concreto ou pi-no metálico);

- itinerário para localização;

- croqui de localização;

- coordenadas geodésicas (somente para os pon-tos geodésicos de precisão e de apoio imediato);

- coordenadas plano-retangulares no sistema deUTM (Universal Transverso de Mercator) e no sis-tema topográfico local (pontos geodésicos de pre-cisão e de apoio imediato, pontos topográficos,pontos de referência para estrutura fundiária epontos de esquina);

- coordenadas geodésicas da origem do SistemaTopográfico Local e indicação da altitude ortomé-trica referencial adotada;

- referência azimutal para pontos contíguos e des-crição das miras, quando houver (pontos geodési-cos de precisão e de apoio imediato, pontos topo-gráficos, pontos de referência para estrutura fun-diária e pontos de esquina);

- pontos determinados a partir do ponto conside-rado e operação topográfica de sua determinação;

- altitude ortométrica (referências de nível de pre-cisão, de apoio imediato e topográfica, pontos desegurança e pontos topográficos quandos nivela-dos por nivelamento geométrico);

- elementos a si relacionados ou agregados comoatributos (pontos de referência utilizados em geo-processamento);

- carta e/ou planta do Sistema Cartográfico Muni-cipal onde o ponto considerado está inserido;

- identificação da organização ou empresa encar-regada da implantação do ponto considerado.

b) Mapa do Município com a localização dos pontosgeodésicos e referências de nível, de precisão e deapoio imediato, dos pontos topográficos e referênciasde nível topográficas, dos pontos de referência paraestrutura fundiária e dos pontos de segurança, todoscom a devida identificação e com a indicação desuas coordenadas geodésicas, planorretangularese altitudes, quando for o caso.

c) Listagem de coordenadas e altitudes dos pontosintegrantes da Rede de Referência Cadastral comsua vinculação às cartas e/ou plantas do SistemaCartográfico Municipal

II - Do Sistema Cartográfico Municipal

a) Coberturas aerofotogramétricas:

- relatórios de vôos fotogramétricos;

- planos de vôos fotogramétricos;

- foto-índices;

- coleções de cópias de fotografias;

- mosaicos aerofotogramétricos.

b) Apoio terrestre (básico e suplementar):

- relatórios com descrição da metodologia ado-tada;

- cadernetas de campo e memórias de cálculos;

- croquis de desenvolvimento das operações geo-désicas e topográficas;

- croquis das redes de nivelamento geométrico;

- listas de coordenadas e altitudes.

c) Aerotriangulação:

- relatórios com descrição da metodologia e me-mórias de cálculo e ajustamento;

- listas de coordenadas e altitudes (se for o caso)dos pontos determinados.

d) Restituição estereofotogramétrica:

- arquivos magnéticos contendo os elementos res-tituídos e separados em níveis de informações.

e) Mapas e plantas:

- originais dos mapas índices dos levantamentosaerofotogramétricos com a identificação daspranchas, localização dos pontos do apoio terres-tre e registro das suas coordenadas e altitudes(se for o caso);

- coleção dos originais das pranchas dos levan-tamentos aerofotogramétricos;

- originais e/ou cópias das folhas de carta e deplanta, integrantes do Sistema Cartográfico Muni-cipal;

- mapa do Município com a sistematização e odesdobramento das folhas de carta e de plantasdo Sistema Cartográfico Municipal;

- levantamentos topográficos.

Artigo 6º - Será da responsabilidade da Secretaria _____________________a fiscalização e a manutenção

dos pontos geodésicos e referências de nível implantadose materializados no terreno, por marcos de concreto oupor pinos metálicos para Rede de Referência CadastralMunicipal.

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§ 1º - Os marcos de concreto para materialização noterreno dos pontos geodésicos e referências de nível im-plantados pela Rede de Referência Cadastral Municipaldevem ter formato tronco piramidal, das dimensões de0,10 m x 0,20 m x 0,50 m, com alma de aço e encimadospor placas metálicas contendo a identificação do pontogeodésico ou referência de nível. Os pinos metálicos de-vem ter, em sua cabeça, espaço suficiente para a identifi-cação do objeto da materialização do terreno.

§ 2º - Os órgãos municipais, em especial aquelescom atividades externas, deverão ter conhecimento daRede de Referência Cadastral e da localização dos seusvértices e referências de nível, a fim de contribuírem paraa manutenção e para a integridade de suas materializa-ções no terreno.

CAPÍTULO II - DA ATUALIZAÇÃO DA BASECARTOGRÁFICA

Artigo 7º - A atualização da base cartográfica dar-se-àem caráter permanente, através dos seguintes procedi-mentos:

I - realização de novos levantamentos geodésicos deprecisão (3ª ordem), de áreas do município, executadospor intermédio de órgãos públicos ou de particulares,atendendo ao que está especificada no Artigo 4º destaLei.

II - cadastragem e inserção de informações inerentes aobras e serviços projetados e executados por intermédiodo Poder Público ou de particulares, em todo o territóriodo Município.

§ 1º - Serão de responsabilidade da __________________________ todas as providências necessárias

à atualização permanente da Rede de Referência Cadas-tral Municipal e do Sistema Cartográfico Municipal.

§ 2º - Os órgãos da administração municipal deverãoencaminhar à ____________________ as informaçõesnecessárias à atualização da Rede de Referência Cadas-tral Municipal e do Sistema Cartográfico Municipal.

§ 3º - As obras e serviços de pequeno porte que nãoimpliquem alteração ou prolongamento de sistema viárioou de logradouro, nem na modificação da forma do parce-lamento do solo, serão cadastradas após sua conclusão,cabendo ao órgão responsável pela execução ou fisca-lização o encaminhamento das informações à _______

_________________ .

§ 4º - As edificações construídas em lotes serãocadastradas, após obtenção do “habite-se” ou da consta-tação de sua conclusão, com o encaminhamento dosrespectivos projetos à ______________________para aatualização das plantas do Sistema Cartográfico Muni-cipal.

§ 5º - As obras ou serviços de maior porte que im-pliquem alteração do sistema viário, de logradouros ouda forma de parcelamento do solo serão cadastradas,em caráter provisório, quando da expedição do alvaráde construção e, em caráter definitivo, após sua conclu-são, para a atualização das plantas do Sistema Carto-gráfico Municipal.

Artigo 8º - Todos os projetos para a execução deobras ou empreendimentos de porte, com a ocupaçãode glebas ou de lotes com área superior a 10 000 m2, de-verão ser apresentados sobre planta de levantamentoplanialtimétrico cadastral de acordo com o que preceituaa NBR 13133, no mesmo sistema de coordenadas pla-norretangulares do sistema topográfico local e altitudesortométricas das plantas cadastrais do SistemaCartográfico Municipal.

§ 1º - O transporte de coordenadas, a partir dos marcosexistentes, através de poligonação, deverá atender àsespecificações da NBR 13133 para poligonais da classeI P.

§ 2º - Sempre que possível, o transporte de coordena-das deverá ser realizado entre dois marcos da Rede deReferência Cadastral Municipal.

§ 3º - Caberá à ____________________________fornecer as informações relativas à localização, coorde-nadas e altitudes dos marcos da Rede de ReferênciaCadastral mais próximos do local da obra ou empreendi-mento.

§ 4º - Deverá ser apresentado e integrará o projetoda obra ou empreendimento, o memorial descritivo dosserviços de transporte de coordenadas e altitudes, como seguinte conteúdo mínimo.

a) identificação dos marcos da Rede de ReferênciaCadastral Municipal adotados como referência eapoio para o serviço de transporte de coordenadase altitudes;

b) descrição da metodologia adotada;

c) especificação da aparelhagem empregada;

d) memória dos cálculos realizados;

e) croqui com o desenvolvimento da poligonal comlocalização dos vértices definidos para o transporte;

f) erros médios obtidos conforme tolerâncias defi-nidas pela NBR 13133.

§ 5º - Após a análise do projeto, o memorial descritivodos serviços de transporte de coordenadas e altitudesserá arquivado pela _______________ e, se aprovado,integrará a Rede de Referência Cadastral Municipal.

CAPÍTULO III - DA REPRODUÇÃO DOS ELEMENTOSDA BASE CARTOGRÁFICA

Artigo 9º - Os elementos que constituem a base carto-gráfica são de caráter ostensivo, sendo facultado ao pú-blico em geral, observadas as normas que vierem a serestabelecidas pela ____________________________ .

Artigo 10º - A utilização dos dados, informações e ele-mentos da base cartográfica, por qualquer órgão públicoestatal ou para estatal, bem como por entidades privadasou pessoas físicas, na forma do que determina esta Lei,dar-se-à mediante indenização das despesas corres-pondentes, de acordo com o que ficar estabelecido pelaSecretaria _________________ em instrumento próprio.

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CAPÍTULO IV - DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 11º - Fica a Secretaria ____________________responsável pela administração da Base Cartográficaaprovada por esta Lei.

Artigo 12º - Competirá à Secretaria _______________a manutenção e a atualização da Base Cartográfica, ca-bendo, para tanto, a esta Secretaria elaborar projeto espe-cífico, contendo os elementos técnicos e financeiros ne-

cessários à alocação dos recursos orçamentários cor-respondentes.

Artigo 13º - Fica a Secretaria ____________________responsável pelo cumprimento desta Lei, sem prejuízodas demais responsabilidades nela fixadas.

Artigo 14º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua pu-blicação, revogadas as disposições em contrário.