Nbr 15575 Desempenho de Edificios Parte 1

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    Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 / 28 andarCEP 20003-900 Caixa Postal 1680Rio de Janeiro RJTel.: PABX (21) 210-3122Fax: (21) 220-1762/220-6436Endereo eletrnico:www.abnt.org.br

    ABNT AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas

    Copyright 2000,ABNT Associao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    15 MAIO

    2006

    Projeto02:136.01-001/1

    Edifcios habitacionais de at cincopavimentos Desempenho

    Parte 1: Requisitos gerais

    Origem: Projeto 02:136.01-001/1:2005ABNT/CB 02 - Comit Brasileiro da Construo CivilCE 02.136.01 Comisso de Estudos de Desempenho de EdificaesProjeto 02:136.01-001/1 Residential buildings up to five storied Performance Part 1: General RequirenmentsDescriptors: Performance, residential buildings

    Palavras-chave: Desempenho, edifcios habitacionais 41 Pginas

    Sumrio

    PrefcioIntroduo1 Objetivo2 Referncias normativas3 Definies4 Exigncias do usurio

    5 Incumbncias dos intervenientes6 Avaliao do desempenho7 Segurana estrutural8 Segurana contra incndio9 Segurana no uso e na operao10 Estanqueidade11 Conforto trmico12 Conforto acstico13 Conforto lumnico14 Durabilidade e manutenabilidade15 Sade, higiene e qualidade do ar16 Funcionalidade e acessibilidade17 Conforto tctil e antropodinmico18 Adequao ambiental

    ANEXOSA Procedimentos alternativos para a avaliao do desempenho trmicoB Procedimento de avaliao do desempenho lumnicoC Critrios visando a durabilidadeD EliminadoE Aplicao do conceito de vida til de projetoF Instrues e recomendaes sobre prazos de garantiaG BibliografiaH ndice

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    Prefcio

    A ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujocontedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial(ABNT/ONS), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delasfazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    Os projetos de Norma Brasileira, elaborados no mbito dos ABNT/CB ou ABNT/ONS, circulam para Consulta Nacionalentre os associados da ABNT e demais interessados.

    Esta Norma, sob o ttulo geral de Edifcios habitacionais de at cinco pavimentos Desempenho, constituda pelasseguintes partes:

    Parte 1: Requisitos gerais

    Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais

    Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos internos

    Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedaes verticais internas e externas

    Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas

    Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitrios

    Os anexos B, C, e E tm carter normativo e os anexos A, F, G e H so informativos.

    Introduo

    Normas de desempenho so estabelecidas buscando atender exigncias dos usurios, que, no caso desta Norma,referem-se a sistemas que compem edifcios habitacionais de at cinco pavimentos, independentemente dos seusmateriais constituintes e do sistema construtivo utilizado.

    O foco desta Norma est nas exigncias dos usurios para o edifcio habitacional e seus sistemas, quanto ao seucomportamento em uso e no na prescrio de como os sistemas so construdos.

    A forma de estabelecimento do desempenho comum e internacionalmnete pensada por meio da definio de requisitos(qualitativos), critrios (quantitativos ou premissas) e mtodos de avaliao, os quais sempre permitem a mensuraoclara do seu cumprimento.

    As normas, assim elaboradas, visam de um lado incentivar e balizar o desenvolvimento tecnolgico e, de outro, orientar a

    avaliao da eficincia tcnica e econmica das inovaes tecnolgicas.Normas de desempenho traduzem as exigncias dos usurios em requisitos e critrios, e no substituem as normasprescritivas, todavia so complementares a estas ltimas.

    Por sua vez, as normas prescritivas estabelecem requisitos com base no uso consagrado de produtos ou procedimentos,buscando o atendimento s exigncias dos usurios de forma indireta.

    A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes no so considerados em normas prescritivas especficascomo, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenabilidade da edificao, o conforto ttil e antropodinmico dosusurios.

    A interrelao entre normas de desempenho e normas prescritivas deve possibilitar o atendimento s exigncias dousurio, com solues tecnicamente adequadas e economicamente viveis. Portanto esta norma de desempenho e asnormas precritivas so simultaneamente utilizadas, ou melhor devem ser atendidos todos os requisitos e critrios destaNorma e ao mesmo tempo todas as prescries contidas nas normas prescritivas, quando disponveis.

    Todas as disposies contidas nesta Norma, so aplicveis aos sistemas que compem edifcios habitacionais de atcinco pavimentos, projetados, construdos, operados e submetidos a intervenes de manuteno que atendam sinstrues especficas do respectivo manual de operao, uso e manuteno.

    Requisitos e critrios particularmente aplicveis a determinado sistema so tratados separadamente em cada Parte destaNorma.

    A Parte 1 se refere s exigncias dos usurios e aos requisitos gerais comuns aos diferentes sistemas, estabelecendo asdiversas interaes e interferncias entre estes.

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    1 Objetivo

    1.1 Esta Norma estabelece os requisitos e critrios de desempenho que se aplicam ao edifcio habitacional de at cincopavimentos, como um todo integrado, e que podem ser avaliados de forma isolada para um ou mais sistemas especficos.

    1.2 Esta Norma pode ser utilizada como um procedimento de avaliao do desempenho de Sistemas Construtivos.

    1.3 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da Norma (sees 7 a 17) so complementados pelos requisitos estabelecidos

    nas Partes 2 a 6.1.4 Os requisitos e critrios estabelecidos nesta Norma podem ser aplicados para edifcios habitacionais ou sistemas, commais de cinco pavimentos, excetuados aqueles que dependem diretamente da altura do edifcio habitacional,

    1.5 Esta Norma no se aplica a obras j concludas, ou em andamento, at a data da entrada em vigor desta Norma, nema projetos protocolados nos rgos competentes at seis meses aps a data da entrada em vigor desta Norma. Tambmno se aplica a obras de reformas, nem de retrofit.

    2 Referncias normativas

    As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem prescries paraesta Norma. As edies indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita areviso, recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usarem asedies mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dadomomento.

    ABNT NBR 5410:2004 Instalaes eltricas prediais de baixa tenso

    ABNT NBR 5419:2001 Proteo de estruturas contra descargas atmosfricas

    ABNT NBR 5628:1980 Componentes construtivos estruturais Determinao da resistncia ao fogo Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 5629

    ABNT NBR 5671:1990 Participao de intervenientes nos servios e obrasde engenharia e arquitetura

    ABNT NBR 5674:1999 Manuteno de edificaes

    ABNT NBR 6118:2003 Projeto de estruturas de concreto

    ABNT NBR 6122:1996 Projeto e execuo de fundaes

    ABNT NBR 6479: 1992 Portas e vedadores - Determinao da resistncia ao fogo - Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 6565

    ABNT NBR 7190:1997 Projeto de estruturas de madeira

    ABNT NBR 7398

    ABNT NBR 7400

    ABNT NBR 8044:1983 Projeto geotcnico

    ABNT NBR 8681:2003 Aes e segurana nas estruturas

    ABNT NBR 8800:1986 Projeto e execuo de estruturas de ao de edifcios: mtodo dos estados limites

    ABNT NBR 8094

    ABNT NBR 8096

    ABNT NBR 9050:1994 Acessibilidade de pessoas portadoras de deficincias a edificaes, espao, mobilirio eequipamentos urbanos

    ABNT NBR 9062:2001 Projeto e execuo de estruturas de concreto pr-moldado

    ABNT NBR 9077:2001 Sada de emergncia dos edifcios

    ABNT NBR 9441:1998 Execuo de sistema de alarme de incndio

    ABNT NBR 9622

    ABNT NBR 10151:2000 Acstica Avaliao do rudo em reas habitadas, visando o conforto da comunidade

    ABNT NBR 10152:2004 Nveis de rudo para conforto acstico

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    02:136.01.001/1:20064

    ABNT NBR 10837:1989 Clculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto

    ABNT NBR 10898:1999 Sistema de iluminao de emergncia

    ABNT NBR 11682:1991 Estabilidade de taludes

    ABNT NBR 11945

    ABNT NBR 12693:1993 Sistema de proteo por extintores de incndio

    ABNT NBR 13434:2004 Sinalizao de segurana contra incndio e pnico. Parte 1: Princpios de projeto. Parte 2:

    Smbolos e suas formas, dimenses e cores

    ABNT NBR 13103:2000 Adequao de ambientes residenciais para instalao de aparelhos que utilizam gs combustvel

    ABNT NBR 13523:1995 Central de gs liquefeito de petrleo

    ABNT NBR 13714:2000 Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incndio

    ABNT NBR 13932:1997 Instalaes internas de gs liquefeito de petrleo (GLP) Projeto e execuo

    ABNT NBR 13933:1997 Instalaes internas de gs natural (GN) Projeto e execuo

    ABNT NBR 14024:2000 Centrais prediais e industriais de gs liquefeito de petrleo (GLP) Sistema de abastecimento agranel

    ABNT NBR 14037:1998 Manual de operao, uso e manuteno das edificaes Contedo e recomendaes paraelaborao e apresentao

    ABNT NBR 14323:1999 - Dimensionamento de estruturas de ao de edifcios em situao de incndio

    ABNT NBR 14432:2000 Exigncias de resistncia ao fogo de elementos construtivos de edificaes

    ABNT NBR 14570:2000 Instalaes internas para uso alternativo de GN e GLP Projeto e execuo

    ABNT NBR 14762:2001 Dimensionamento de estruturas de ao constitudas por perfis formados a frio - Procedimento

    ABNT NBR 15200:2004 Projeto de estruturas de concreto em situao de incndio

    ABNT NBR 15220:2005 Desempenho trmico de edificaes - Parte 3: Zoneamento bioclimtico Brasileiro e estratgiasde condicionamento trmico passivo para habitaes de interesse social

    ABNT NBR 15220:2005 Desempenho trmico de edificaes - Parte 1 a Parte 5

    ABNT NBR 15215:2005 Iluminao natural Parte 3: Procedimento de clculo para a determinao da iluminao naturalem ambientes internos

    Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. Resoluo n 176, de 24/10/2000.

    Eurocode

    ASTM D 1413

    ISO 15686 partes 1 a 7

    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma aplicam-se as seguintes definies.

    3.1 desempenho: Comportamento em uso de um edifcio habitacional e dos sistemas que o compe .

    3.2 usurio: Pessoa que ocupa o edifcio habitacional.

    3.3 exigncias do usurio: Exigncias de carter humano, expressas de forma qualitativa em relao aocomportamento em uso da edificao habitacional.

    3.4 condies de exposio; aes: Conjunto de aes atuantes sobre a edificao habitacional, incluindocargas gravitacionais, aes externas e aes resultantes da ocupao.

    3.5 requisitos de desempenho: Condies qualitativas que devem ser cumpridas pela habitao, a fim de quesejam satisfeitas as exigncias do usurio.

    3.6 critrios de desempenho: Conjunto de especificaes que visam representar tecnicamente as exignciasdo usurio.

    NOTA So expressos de forma a possibilitar a anlise o bjetiva do seu atendimento.

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    3.7 norma de desempenho: Conjunto de requisitos e critrios estabelecidos para um edifcio habitacional eseus sistemas,com base em exigncias do usurio, independentemente da sua forma ou dos materiaisconstituintes.

    3.8 norma prescritiva: Conjunto de requisitos e critrios estabelecidos para um produto ou um procedimentoespecfico, com base na consagrao do uso ao longo do tempo.

    3.9 sistema: Parte da edificao,constituda de elementos e componentes, destinada a cumprir com umconjunto amplo de funes e atender simultaneamente a diversas exigncias dos usurios e a requisitosespecficos.

    3.10 sistema construtivo: Processo construtivo de um sistema ou de um edifcio habitacional.

    3.11 inovaes tecnolgicas: Solues diferenciadas, no estabelecidas em normas tcnicas especficas.

    3.12 sistemas de impermeabilizao: Solues que assegurem a estanqueidade gua.

    3.13 durabilidade: Capacidade da edificao ou do sistema conservar ao longo do tempo desempenhocompatvel com a utilizao prevista no projeto, sob condies de instalao, operao e manutenoespecificados.

    3.14 vida til: Perodo de tempo durante o qual o sistema pode ser utilizado sob condies satisfatrias desegurana, sade e higiene.

    Nota: A vida til subdivide-se em vida til de projeto e vida til residual.

    3.15 vida til de projeto: Perodo estimado de tempo, em que um sistema projetado para atender osrequisitos de desempenho estabelecido nesta Norma, desde que cumprido o programa de manuteno previstono manual de operao, uso e manuteno (3.19).

    3.16 estado da arte: Estgio de desenvolvimento de uma capacitao tcnica em um determinado momento,em relao a produtos, processos e servios, baseado em descobertas cientficas, tecnolgicas e experinciasconsolidadas e pertinentes.

    3.17 vida til residual: Perodo de tempo, contado aps a vida til de projeto, em que o sistema apresentadecrscimo continuado de desempenho em funo do uso e/ou do envelhecimento natural.

    3.18 vida total: Perodo de tempo que compreende a vida til de projeto, a vida til residual e uma sobrevida naqual passa a existir a possibilidade de que os nveis de segurana comecem a ser perigosamente afetados, verfigura 1.

    A incluir no desenho Prazo de garantia

    Figura 1 Desempenho ao longo do tempo

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    3.19 manual de operao, uso e manuteno: Manual destinado a orientar o usurio quanto ao correto uso,operao e manuteno do imvel.

    NOTA Tambm conhecido como Manual do proprietrio quando aplicado para as unidades autnomas, e Manualdas reas comuns ou Manual do sndico quando aplicado para as reas de uso comum.

    3.20 incorporador: Pessoa fsica ou jurdica legalmente habilitada para desenvolver uma incorporaoimobiliria, ou seja, promover e realizar a construo, por si ou por terceiros contratados, para alienao totalou parcial de edificaes ou conjunto de edificaes compostas de unidades autnomas.

    3.21 construtor: Pessoa fsica ou jurdica, legalmente habilitada, contratada para executar o empreendimento,de acordo com o projeto e em condies mutuamente estabelecidas

    3.22 fornecedor: Pessoa fsica ou jurdica, legalmente habilitada, que presta um servio ou fornece um bem.

    3.23prazo de garantia: Perodo de tempo em que elevada a probabilidade de que eventuais defeitos no sistema, emestado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de falhas de execuo, defeitos de fabricao de elementos ecomponentes, instalao e ou montagem de sistemas que repercutam em desempenho inferior quele previsto.Notas:1) O prazo de garantia no se confunde com o prazo de vida til conforme demonstrado na figura 1.O prazo de garantia da solidez e segurana da estrutura da edificao fixado por lei.2) O prazo de garantia dos diversos sistemas, elementos ou componentes que compem a edificao segue o estabelecido peloconstrutor e / ou incorporador mencionados nos Manuais do Proprietrio e reas Comuns.3) O no surgimento de defeitos durante o perodo de garantia demonstra com alta probabilidade que o sistema foi bem executado, e osseus elementos e componentes constituintes no apresentam defeitos de fabricao4) O anexo F informa as instrues sobre esses prazos

    3.24 elemento: Parte de um sistema do edifcio, destinado a cumprir um conjunto amplo de funes e atendersimultaneamente a diversas exigncias dos usurios (por exemplo: distribuio de gua fria, divisrias internas , estruturade uma cobertura etc).Nota: Conjunto de componentes que compem um determinado sistema.

    3.25 componente : Produto integrante, de determinado elemento do Edifcio, com forma definida e destinado a cumprirfunes especficas.

    3.26 equipamentos: Sistemas autnomos do edifcio habitacional, adquiridos de terceiros, e apenas instalados pelaempresa construtora, com prazos de garantia oferecidos diretamente pelos respectivos fabricantes.Nota: Correspondem normalmente a dispositivos eletro-mecnicos destinados a cumprir funes especficas no uso daedificao (aquecedores de gua, sistemas de PABX, elevadores, bombas de recalque, etc).

    3.27 manuteno: Conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional daedificao e suas partes constituintes de atender as necessidades e segurana dos seus usurios.

    Nota: A manuteno de incumbncia do proprietrio da edificao, ou do sndico, quando for o caso, devendo observar ocontedo do manual de operao, uso e manuteno da edificao entregue pela construtora.

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    4 Exigncias do usurio

    4.1 Generalidades

    Para os efeitos dsta Norma, apresenta-se uma lista geral de exigncias dos usurios, descrita de 4.2 a 4.4 e utilizada comoreferncia para o estabelecimento dos requisitos e critrios. Em sendo atendidos os requisitos e critrios estabelecidosnesta Norma, considera-se para todos os efeitos que estejam satisfeitas as exigncias do usurio.

    4.2 Segurana

    As exigncias do usurio relativas segurana, para efeitos deste projeto de norma, podem ser expressas pelosseguintes fatores:

    segurana estrutural

    segurana contra o fogo

    segurana no uso e na operao.

    4.3 Habitabilidade

    As exigncias do usurio relativas habitabilidade, para efeitos deste projeto de norma, podem ser expressas pelosseguintes fatores:

    estanqueidade

    conforto trmico

    conforto acstico

    conforto lumnico

    sade, higiene e qualidade do ar

    funcionalidade e acessibilidade

    conforto ttil e antropodinmico.

    4.4 Sustentabilidade

    As exigncias do usurio relativas sustentabilidade, para efeitos deste projeto de norma, podem ser expressas pelosseguintes fatores:

    durabilidade

    manutenibilidade

    impacto ambiental.

    4.5Nvel de desempenho

    4.5.1 Em funo das necessidades bsicas de segurana, sade, higiene e de economia, so estabelecidos para osdiferentes Sistemas ou, conforme o caso, para elementos e componentes, requisitos mnimos de desempenho (Nvel M),que devem ser considerados e estabelecidos pelos intervenientes, e obrigatoriamente atendidos.Esta Norma tambm prev atendimento s premissas de projeto, formuladas de modo qualitativo, e quando da avaliaoao atendimento elas, o nvel M deve ser entendido como condio obrigatria quando da anlise do projeto.

    4.5.2 Considerando as diferentes possibilidades de agregao de qualidade aos sistemas, elementos e componentes, oque implica inclusive em diferentes relaes custo / benefcio, para alm dos desempenhos mnimos estabelecidos, foram

    fixados nveis classificatrios, a saber os nveis I (intermedirio) e S (superior).

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    5 Incumbncias dos intervenientes

    5.1 Generalidades

    As incumbncias tcnicas de cada um dos intervenientes encontram-se estabelecidas de 5.2 a 5.6 e na ABNT NBR 5671.

    5.2 Projetista e contratante

    Os projetistas, de comum acordo com o contratante, e com o usurio, quando for o caso, devem estabelecer a vida til deprojeto de cada sistema que compe esta Norma, com base na vida til total apresentada na seo 14.

    5.3 Construtor e incorporador

    5.3.1 O construtor ou incorporador deve informar o nvel de desempenho dos sitemas que compem o edifciohabitacional, quando exceder ao nvel mnimo (M).

    5.3.2 Aos construtores e incorporadores cabe elaborar o Manual de operao uso e manuteno ou documento similar,conforme 3.19, atendendo NBR 14037, que deve ser entregue ao proprietrio da unidade quando da disponibilizao daedificao para uso; cabendo tambm elaborar o Manual das reas comuns que deve ser entregue ao condomnio.

    5.3.3 O Manual de uso e operao da edificao (3.19) deve estabelecer os prazos de garantia previstos pelo construtor epelo incorporador.Nota:O Manual de uso, operao e manuteno, ou documento similar, podem fazer referncia aos mnimos prazos indicadosna tabela F.1 do anexo F.

    5.4 UsurioAo usurio ou seu preposto cabe realizar a manuteno, de acordo com o que estabelece a ABNT NBR 5674 e o Manualde operao, uso e manuteno, ou documento similar (ver 3.19).

    5.5 Avaliao do desempenho5.5.1 Generalidades

    A avaliao do desempenho deve ser realizada por instituies de ensino ou pesquisa, laboratrios especializados, esempre que possvel, acreditados pela Rede Brasileira de Laboratrios de Ensaio (RBLE), empresas de tecnologia,equipes multi-profissionais ou profissionais de reconhecida capacidade tcnica.

    A avaliao do desempenho de edificaes ou de sistemas construtivos, de acordo com esta Norma, deve ser realizadaconsiderando as premissas bsicas estabelecidas na seo 6.

    5.5.2 Relatrio de avaliao

    Deve ser elaborado pelo responsvel pela avaliao e cumprir com as exigncias estabelecidas em 6.5.

    5.5.3 Documento de aceitao

    A aceitao do edfcio habitacional de at cinco pavimentos ou do sistema, de acordo com esta Norma, deve cumprir comas exigncias estabelecidas em 6, devendo ser elaborado pelo responsvel pela avaliao.

    6 Avaliao do desempenho6.1 Generalidades

    6.1.1 A avaliao de desempenho busca analisar a adequao ao uso de um sistema ou de um sistema construtivodestinado a cumprir uma funo, independentemente da tcnica da soluo adotada.

    6.1.2 Para atingir esta finalidade, na avaliao do desempenho realizada uma investigao sistemtica baseada emmtodos consistentes, capazes de produzir uma interpretao objetiva sobre o comportamento esperado do sistema nascondies de uso definidas. Em funo disso, a avaliao do desempenho exige o domnio de uma ampla base deconhecimentos cientficos sobre cada aspecto funcional de uma edificao, sobre materiais e tcnicas de construo, bemcomo sobre as diferentes exigncias dos usurios nas mais diversas condies de uso.

    6.1.3 Os requisitos de desempenho derivados de todas as exigncias dos usurios podem resultar em uma lista muitoextensa; neste sentido conveniente limitar o nmero de requisitos a serem considerados em um contexto de uso definido.Dessa forma, esta Norma estabelece, nas sees 7 a 17, os requisitos e critrios que devem ser atendidos por edifcioshabitacionais de at cinco pavimentos.

    6.1.4 Para a avaliao de sistemas, devem ser cumpridos os requisitos e critrios estabelecidos nas sees 7 a 14 destaNorma, os requisitos e critrios das sees 11 a 14, situam-se em uma zona intermediria, podendo ou no ser avaliadosindependentemente. Os demais requisitos e critrios, estabelecidos nas sees 15 a 18, devem ser verificadosconsiderando-se edifcio habitacional como um todo

    6.1.5 Os requisitos de desempenho previstos nesta Norma,devem ser verificados aplicando-se os respectivos mtodos deavaliao explicitados nas suas diferentes Partes.

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    6.1.6 Todas as verificaes devem ser realizadas com base nas condies do meio-fsico na poca do projeto e daexecuo do empreendimento

    6.1.7 Alguns dos requisitos e critrios estabelecidos para edifcios habitacionais de at cinco pavimentos podem serutilizados na verificao de outros edifcios habitacionais, com as devidas adequaes em cada caso, atendidas as normasprescritivas e a legislao vigentes.

    6.2 Diretrizes para implantao e entorno6.2.1 Implantao

    Para edifcios ou conjuntos habitacionais com local de implantao definido, os projetos de arquitetura, projetos daestrutura, das fundaes, contenes e outras eventuais obras geotcnicas devem ser desenvolvidos com base nascaractersticas do local da obra ( topogrficas, geolgicas etc), avaliando-se convenientemente os riscos de deslizamentos,enchentes, eroses, vibraes transmitidas por vias frreas ou outras fontes, vibraes transmitidas por trabalhos deterraplenagem e compactao do solo, ocorrncia de subsidncia do solo, presena de crateras em camadas profundas,presena de solos expansveis ou colapsveis, presena de camadas profundas deformveis e outros.Devem ainda ser considerados riscos de exploses oriundas do confinamento de gases resultantes de aterros sanitrios,solos contaminados, proximidade de pedreiras e outros, tomando-se as providncias necessrias para que no ocorramprejuzos segurana e funcionalidade da obra.

    6.2.2 EntornoOs projetos devem ainda prever as interaes entre construes prximas, considerando-se convenientemente aseventuais sobreposies de bulbos de presso, efeitos de grupo de estacas, rebaixamento do lenol fretico edesconfinamento do solo em funo do corte do terreno.Tais fenmenos tambm no devem prejudicar a segurana e a funcionalidade da obra, bem como de edificaes vizinhas.O desempenho da edificao est intimamente associado ao projeto de implantao e ao desempenho das fundaes,devendo pois serem cumpridas as disposies das normas tcnicas aplicveis, particularmente da ABNT NBR 8044, ABNTNBR 5629, ABNT NBR 11682 e ABNT NBR 6122.

    6.2.3 Segurana e estabilidadeDo ponto de vista da segurana e estabilidade ao longo da vida til da estrutura, devem ser adequadamente consideradasas condies de agressividade do solo, do ar e da gua na poca do projeto, prevendo-se quando necessrio as proteespertinentes estrutura e suas partes.Salvo conveno escrita, da incumbncia do incorporador, de seus prepostos e/ou dos projetistas envolvidos, dentro desuas respectivas competncias, e no da empresa construtora, a identificao dos riscos previsveis na poca do projeto,devendo o incorporador neste caso providenciar os estudos tcnicos requeridos e alimentar os diferentes projetistas comas informaes necessrias.Como riscos previsveis exemplifica-se: presena de aterro sanitrio na rea de implantao do empreendimento,contaminao do lenol fretico, presena de agentes agressivos no solo, etc.

    6.3 Mtodos de avaliao do desempenho

    6.3.1 Para atender interpretao objetiva do comportamento em uso da edificao ou do sistema, os requisitos dedesempenho devem ser verficados aplicando-se os respectivos mtodos de ensaios previstos neste projeto de norma.

    6.3.2 Os mtodos de avaliao estabelecidos nesta Norma consideram a realizao de ensaios laboratoriais, ensaios detipo, ensaios em campo, inspees em prottipos ou em campo, simulaes e anlise de projetos.

    6.3.3 A realizao de ensaios laboratoriais deve ser baseada em normas brasileiras, ou em sua ausncia em normasinternacionais selecionadas em comum acordo entre fornecedor e consumidor.

    6.3.4 O nmero de repeties de cada ensaio deve ser indicado no respectivo mtodo de ensaio ou, na sua ausncia, narespectiva especificao ou norma prescritiva.

    6.4 Amostragem

    6.4.1 No caso de sistemas construtivos j utilizados em outras obras, pode-se considerar na avaliao a realizao deinspees de campo, atendendo aos requisitos e critrios de desempenho estabelecidos nesta Norma, desde que secomprove que o edifcio habitacional ou o sistema construdo seja igual ao da avaliao que se deseja proceder e que aamostragem seja representativa.

    6.4.2 Do ponto de vista da durabilidade, as avaliaes de campo s sero aceitas se a construo ou instalao tiverocorrido hpelo menos dois anos.

    6.4.3 Sob qualquer aspecto, deve-se tomar a mxima precauo para, com base nas anlises de campo, no se inferir ouextrapolar resultados para condies diversas de clima, implantao, agressividade do meio e utilizao.

    6.4.4 Sempre que a avaliao estiver baseada na realizao de ensaios de laboratrio, a amostragem deve ser aleatria.

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    6.5 Relao entre Normas

    6.5.1 Quando uma norma brasileira prescritiva contiver exigncias suplementares a este projeto de Norma, elas devem serintegralmente cumpridas.

    6.6 Relatrio de avaliao

    6.6.1 O relatrio resultante da avaliao de desempenho deve reunir informaes que caracterizem o edicfcio habitacionalou sistema analisado.

    6.6.2 Quando houver a necessidade de realizao de ensaios laboratoriais, o documento com os resultados da avaliaodeve conter a solicitao de realizao desses ensaios, informando os resultados pretendidos e a metodologia a serseguida, de acordo com normas brasileiras especficas e com este projeto de Norma.

    6.6.3 A amostra tomada para ensaio deve ser acompanhada de todas as informaes que a caracterizem, considerandosua participao no sistema.

    6.7 Documento com os resultados da avaliao do sistema.

    6.7.1 A partir dos resultados obtidos deve ser elaborado um documento com os resultados da avaliao do sistema,baseado nos requisitos e critrios avaliados.

    6.7.2 A adequao do sistema em relao aos requisitos de desempenho no consiste em recebimento da edificao, poiseste prpjeto de norma No contempla todos os sistemas que compem uma edificao..

    6.7.3 Este documento deve ser acompanhado com a metodologia de avaliao empregada em cada caso e dos relatrioslaboratoriais dos ensaios realizados, podendo conter informaes sobre prazo de garantia e vida til de projeto para cadacaso em particular (ver anexos D e E), bem como registrar desempenho superior ao estabelecido nesta Norma para osistema analisado (ver anexo F).

    6.8 Nvel de desempenho

    6.8.1 Esta Norma estabelece os nveis mnimos (M) de desempenho, que so obrigatrios para o atendimento de cadarequisito.

    6.8.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificao, com uma anlise de valor da relao custo-benefcio dos sistemas, so estabelecidos os nveis de desempenho intermedirio (I) e superior (S).

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    7 Desempenho estrutural

    7.1 Generalidades

    De acordo com a ABNT NBR 8681, os estados limites de uma estrutura estabelecem as condies a partir das quais aestrutura apresenta desempenho inadequado s finalidades da construo.

    7.2 Requisito Estabilidade e resistncia estrutural

    Evitar a runa da estrutura pela ocorrncia de algum estado limite ltimo.

    Os estados limites ltimos (ELU) determinam a paralizao, no todo ou em parte, do uso da construo, por sua simplesocorrncia.

    7.2.1 Critrio Estado limite ltimo

    As estruturas devem ser projetadas, construdas e montadas de forma a atender aos requisitos estabelecidos na Parte 2desta Norma, consideradas as especificidades registradas nas normas brasileiras vigentes.

    No estado limite ltimo, o desempenho estrutural de qualquer edificao deve ser verificado pelas Normas brasileiras deprojeto estrutural especficas.

    7.2.2 Mtodos de avaliao

    Anlise do projeto estrutural, verificando sua conformidade com as normas brasileiras especficas e com as premissas deprojeto indicadas em 7.2.1.2 na Parte 2 desta Norma.

    Dessa forma, devem ser atendidos todos os requisitos estabelecidos nas normas a seguir registradas:

    ABNT NBR 6118 para estruturas de concreto

    ABNT NBR 6122 para fundaes

    ABNT NBR 7190 para estruturas de madeira

    ABNT NBR 8800 para estruturas de ao ou mistas

    ABNT NBR 9062 para estruturas de concreto pr-moldado

    ABNT NBR 10837 para alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto

    ABNT NBR 14762 para estruturas de ao constitudas por perfis formados a frio

    ou outras normas brasileiras de projeto estrutural vigentes.

    7.2.3 Premissas de projetoDevem ser considerados em projeto os estados limites ltimos caracterizados por:

    a) perda de equilbrio, global ou parcial, admitida a estrutura como um corpo rgido;

    b) ruptura ou deformao plstica excessiva dos materiais;

    c) transformao da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hiposttico;

    d) instabilidade por deformao;

    e) instabilidade dinmica.

    Em casos particulares pode ser necessrio considerar outros estados limites ltimos, conforme as normas brasileirasespecficas de projeto estrutural.

    Devem ser previstas nos projetos consideraes sobre as condies de agressividade do solo, do ar e da gua na poca

    do projeto, prevendo-se as protees aos sistemas estruturais e suas partes.

    As sobrecargas limitantes ao uso das edificaes devem constar do manual do proprietrio

    7.3 Requisito Deformaes, fissuraes ocorrncia de outras falhas

    Circunscrever as deformaes resultantes das cargas de servio e as deformaes impostas ao edifcio habitacional ousistema a valores que no causem prejuzos ao desempenho de outros elementos e no causem comprometimento dadurabilidade da estrutura (ver seo 14).

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    7.3.1 Critrio Estados limites de servio

    O edifcio habitacional ou o sistema deve ser projetado, construdo e montado de forma a atender aos requisitos e critriosespecificados nas Partes 2 a 6 desta Norma.

    7.3.2 Mtodos de avaliao

    Anlise do projeto estrutural conforme norma brasileira especfica e mtodos estabelecidos nas Partes 2 a 6 desta Norma.

    7.3.3 Premissas de projeto

    O comportamento em servio do edifcio habitacional ou do sistema deve ser previsto em projeto, de forma que os estadoslimites de servio (ELS), por sua ocorrncia, repetio ou durao no causem efeitos estruturais que impeam o usonormal da construo, ou que levem ao comprometimento da durabilidade da estrutura.

    8 Segurana contra incndio

    8.1 Generalidades

    As exigncias desta Norma relativamente segurana contra incndio so pautadas em:

    a) baixa probabilidade de incio de incndio;

    b) alta probabilidade dos usurios sobreviverem sem sofrer qualquer injria;

    c) reduzida extenso de danos propriedade e vizinhana imediata ao local de origem do incndio.

    De forma a atender s exigncias do usurio quanto segurana (ver 4.1) devem ser cumpridos os requisitos

    estabelecidos na ABNT NBR 14432, ABNT NBR 14433 e ABNT NBR 15200, e neste projeto de Norma.

    8.2 Requisito Dificultar o princpio do incndio

    Dificultar a ocorrncia de princpio de incndio por meio de premissas adotadas no projeto e na construo do edifcio.

    8.2.1 Critrios para dificultar o princpio do incndio8.2.1.1 Proteo contra descargas atmosfricas

    Os edifcios multifamiliares devem ser providos de proteo contra descargas atmosfricas, atendendo ao estabelecido naABNT NBR 5419, nos casos previstos na legislao vigente.

    8.2.1.2 Proteo contra risco de ignio nas instalaes eltricas

    As instalaes eltricas dos edifcios habitacionais devem ser projetadas de acordo com a ABNT NBR 5410.

    NOTA Especial ateno deve ser dada para prevenir o risco de ignio dos materiais em funo de curto-circuitos esobre-tenses.

    8.2.1.3 Proteo contra risco de vazamentos nas instalaes de gs

    As instalaes de gs devem ser projetadas e executadas de acordo com as ABNT NBR 13103, ABNT NBR 13523, ABNTNBR 13932, ABNT NBR 13933, ABNT NBR 14024 e ABNT NBR 14570.

    8.2.2 Mtodos de avaliao da segurana relativa ao princpio do incndio

    A comprovao do atendimento ao requisito de 8.2, pelos critrios estabelecidos em 8.2.1.1 a 8.2.1.3 deve ser feita pelaanlise do projeto ou por inspeo em prottipo.

    8.2.3 Premissas de projeto

    Nos sistemas que utilizam componentes vazados (blocos, painis alveolares para paredes ou lajes, dry wall) deve serconsiderada especial ateno para prevenir confinamento de gs nos vazios dos componentes, bem como no vazio deshafts ou outros elementos.

    8.3 Requisito Fuga em situao de incndioFacilitar a fuga dos usurios em situao de incndio.

    8.3.1 Critrio Rotas de fuga

    As rotas de sadas dos edifcios devem atender ao disposto na ABNT NBR 9077.

    8.3.2 Mtodos de avaliao

    Anlise do projeto ou por inspeo em prottipo.

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    8.4 Requisito Inflamao generalizada

    Dificultar a ocorrncia da inflamao generalizada no ambiente de origem de eventual incndio.

    8.4.1 Critrio Propagao superficial de chamas

    Os materiais de revestimento, acabamento e isolamento termo-acstico empregados na face interna dos elementos quecompem o edifcio devem ter as caractersticas de propagao de chamas controladas de forma a atender aos requisitosestabelecidos nas Partes 3 a 5 desta Norma.

    8.4.2 Mtodos de avaliao da segurana a inflamao generalizada de incndioA comprovao do atendimento aos requisitos estabelecidos em 8.4.1 deve ser feita pela anlise do projeto ou porinspeo em prottipo, conforme a ABNT NBR 14432, atendendo tambm ainda a ABNT NBR 14323 e ABNT NBR 15200.

    8.5 Requisito Propagao do incndio para outras unidades habitacionais

    Dificultar a propagao de incndio para unidades contguas.

    Caso no seja possvel o atendimento ao critrio de isolamento de risco a distncia ou proteo (8.5.1), a edificao no considerada independente e o dimensionamento das medidas de proteo contra incndio deve ser feito considerando oconjunto de edificaes como uma nica.

    8.5.1 Critrios8.5.1.1 Isolamento de risco distncia

    A distncia entre edifcios deve atender condio de isolamento, considerando-se todas as interferncias previstas nalegislao vigente.

    8.5.1.2 Isolamento de risco por proteo

    As medidas de proteo, incluindo no sistema construtivo o uso de portas ou selos corta-fogo devem possibilitar que oedifcio seja considerado como uma unidade independente.

    8.5.2 Mtodos de avaliao

    Anlise do projeto ou inspeo em prottipo, aplicando-se a NBR 6479 para a determinao da resistncia ao fogo deportas e selos corta-fogo, bem como obedecendo-se legislco vigente.

    8.6 Requisito Segurana estrutural

    Garantir a segurana estrutural ou dificultar o colapso estrutural da edificao em situao de incndio.

    8.6.1 Critrios8.6.1.1 Minimizar o risco de colapso estrutural

    O edifcio habitacional deve atender a ABNT NBR 14432.

    8.6.1.2 Assegurar estanqueidade e isolamentoOs elementos de compartimentao que integram os edifcios habitacionais devem atender a ABNT NBR 14432 paraminimizar a propagao do incndio, assegurarando estanqueidade e isolamento.

    8.6.2 Mtodos de avaliao8.6.2.1 Anlise do projeto estrutural em situao de incndio

    Atendimento s normas de projeto estrutural, como a seguir relacionadas:

    ABNT NBR 14323 para estruturas de ao;

    ABNT NBR 15200 para estruturas de concreto.

    Na ausncia de normas brasileiras, de projeto estrutural, o dimensionamento da estrutura em situao de incndio podeser realizada de acordo com 8.3.2.2 ou 8.3.2.3

    8.6.2.2 Mtodo experimental

    O dimensionamento em situao de incndio deve ser realizado atravs de ensaios de resistncia ao fogo, de acordo coma ABNT NBR 5628.

    8.6.2.3 Mtodos gerais de clculo

    O dimensionamento em situao de incndio deve ser realizado pelo atendimento ao Eurocode, em sua ltima edio, oupor mtodos gerais de clculo que considerem:

    a) combinao de aes em situao de incndio composta rigorosamente com base na ABNT NBR 8681;

    b) os esforos solicitantes de clculo, que podem ser acrescidos dos efeitos do aquecimento, podendo ser calculadospor modelos no-lineares capazes de considerar as profundas redistribuies de esforos que ocorrerem;

    c) os esforos resistentes, que devem ser calculados considerando as distribuies de temperatura conforme o TRRF(Tempo requerido de resistncia ao fogo) definido na NBR 14432, modelos computacionais ou experimentais querespeitem de forma precisa a situao de incndio.

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    A verificao da capacidade resistente deve respeitar o que estabelecem as normas de projeto estrutural em situaoambiente.

    A determinao da distribuio e da temperatura na estrutura e a verificao do isolamento trmico podem ser feitasanaliticamente por programas que considerem adequadamente a distribuio de temperatura na edificao. Os programasutilizados devem ser validados, ser de uso consagrado internacionalmente ou ser avalizados por ensaios experimentais emestruturas.

    O atendimento aos requisitos de estanqueidade, quando exigidos, pode ser feito por ensaios experimentais do elementoque deve apresentar funo corta-fogo, (amostra do material ou sistema), de acordo com a ABNT NBR 5628.

    8.7 Requisito Sistema de extino e sinalizao de incndio

    Dispor de sistemas de extino e sinalizao de incndio.

    8.7.1 Critrio Equipamentos de extino, sinalizao e iluminao de emergncia

    O edifcio habitacional deve dispor de sinalizao, iluminao de emergncia e equipamentos de extino do incndioconforme as ABNT NBR 9441, ABNT NBR 10898, ABNT NBR 12693, ABNT NBR 13434, ABNT NBR 13714 e ABNT NBR14276, atendendo a legislao vigente.

    8.7.2 Mtodos de avaliao

    Anlise do projeto ou por inspeo em prottipo.

    9 Segurana no uso e na operao

    9.1 Requisito Segurana na utilizao do imvel

    Garantir segurana aos usurios do edifcio habitacional..

    9.1.1 Critrio Segurana na utilizao dos sistemasOs sistemas no devem apresentar:

    a) rupturas, instabilizaes, tombamentos ou quedas, que possam colocar em risco a integridade fsica dosocupantes ou de transeuntes nas imediaes do imvel;

    b) partes expostas cortantes ou perfurantes;c) deformaes e defeitos acima dos limites especificados nesta Norma.

    9.1.2 Mtodo de avaliao

    Anlise do projeto ou inspeo em prottipo.

    9.1.3 Premissas de projeto

    Devem ser previstos no projeto e na execuo formas de minimizar o risco de:

    a) queda de pessoas em altura: telhados, ticos, lajes de cobertura, e quaisquer partes elevadas da construo;b) acessos no controlados aos riscos de quedas;c) queda de pessoas em funo de rupturas das protees;

    d) queda de pessoas em funo de irregularidades nos pisos, rampas e escadas, pisos escorregadios, pisos comexcessivo caimento, pisos com possibilidade de empoamento de gua (de lavagem ou de chuva) ou pisoscontguos com pequenas diferenas de cota (de 0,5 cm a 10cm);

    e) ferimentos provocados por ruptura de elementos ou componentes, resultando partes cortantes ou perfurantes;f) ferimentos ou contuses em funo da operao das partes mveis de componentes como janelas, portas,

    alapes e outros;g) ferimentos ou contuses em funo da dessolidarizao ou da projeo de materiais ou componentes a partir das

    coberturas e das fachadas;h) ferimentos ou contuses em funo da dessolidarizao ou do tombamento de tanques de lavar, pias ou lavatrios,

    com ou sem pedestal, e de componentes ou equipamentos normalmente fixveis em paredes;i) ferimentos ou contuses em funo de exploso resultante de vazamento ou de confinamento de gs combustvel.

    9.2 Requisito Segurana das instalaes

    Evitar a ocorrncia de ferimentos ou danos aos usurios, em condies normais de uso.

    9.2.2 Critrio Segurana na utilizao das instalaesO edifcio habitacional deve atender as exigncias das ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 13523, ABNT NBR13932, ABNT NBR 13933 , ABNT NBR 14570 e na Parte 6 desta Norma.

    9.2.3 Mtodo de avaliao

    Anlise do projeto ou inspeo em prottipo.

    10 Estanqueidade

    10.1 Generalidades

    A exposio gua de chuva, umidade proveniente do solo e quela proveniente do uso do edifcio habitacional devemser consideradas em projeto, pois a umidade acelera os mecanismos de deteriorao e acarreta a perda das condies dehabitabilidade e de higiene do ambiente construdo.

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    11 Conforto trmico

    11.1 Generalidades

    A edificao habitacional deve reunir caractersticas que atendam s exigncias de conforto trmico dos usurios,considerando-se a regio de implantao da obra e as respectivas caractersticas bioclimticas definidas na ABNT NBR15220-3 e considerando-se que o desempenho trmico do edifcio depende do comportamento interativo entre fachada,cobertura e piso.

    O procedimento estabelecido nesta Norma trata das propriedades trmicas, caracterizadas pela transmitncia trmica epela absortncia dos materiais empregados.

    A tabela 4, a seguir, indica as normas a serem adotadas para a determinao das propriedades trmicas de materiais oucomponentes.

    Tabela 4 Mtodos de medio de propriedades trmicas de materiais e elementos construtivos

    Propriedade DeterminaoCondutividade trmica Medio conforme NBR Proj 02:135.07.004 (ASTM C 177),

    NBR Proj. 02:135.07.004 (ASTM C 518)Calor especfico Medio ASTM C 351Densidade de massa aparente Medio conforme mtodo de ensaio preferencialmente

    normalizado, especfico para o materialEmissividade Medio JIS A 1423

    Absortncia Irradincia Solar Global sobre planohorizontal

    Medio ANSI/ASHRAE 74/88

    Transmitncia Irradincia Solar Global sobreplano horizontal

    Medio ANSI/ASHRAE 74/88

    Refletncia Irradincia Solar Global sobreplano horizontal

    Medio ANSI/ASHRAE 74/88

    Resistncia trmica de elementos e espaos de ar Medio de acordo com mtodo ASTM C 1363 ou clculoconforme Projeto de Norma NBR 02:135.07-002, tomando-sepor base valores de condutividade trmica medidos

    Para os efeitos destes requisitos aplicam-se as definies, smbolos e unidades da NBR 15220-1 a NBR 15220-5.

    Os sistemas que compem o edifcio habitacional deve cumprir tambm os requisitos das partes 3, 4 e 5 desta Norma.

    11.2 Requisito Condies de conforto no veroApresentar condies trmicas no interior do edifcio habitacional melhores ou iguais s do ambiente externo, sombra,para o dia tpico de vero.

    11.2.1 Critrio Valores mximos de temperatura

    O valor mximo dirio da temperatura do ar interior de recintos de permanncia prolongada, como por exemplo salas edormitrios, sem a presena de fontes internas de calor (ocupantes, lmpadas, outros equipamentos em geral), deve sersempre menor que os apresentados na tabela 1.

    Tabela 1 - Critrio de avaliao de desempenho trmico para condies de vero

    Nvel de desempenho Limites de temperatura do ar no vero

    M- Valor mximo dirio da temperatura do ar interior valor mximo dirio da temperaturado ar exterior (zonas 1 a 8)

    I- Valor mximo dirio da temperatura do ar interior 29C (zonas 1 a 7)- Valor mximo dirio da temperatura do ar interior 28C (zona 8)

    S- Valor mximo dirio da temperatura do ar interior 27C (zonas 1 a 7)- Valor mximo dirio da temperatura do ar interior 26C (zona 8)

    NOTA Zonas bioclimticas de acordo com a ABNT NBR 15220/3.

    11.2.2 Mtodo de avaliao

    Procedimento de verificao estabelecido na NBR 15220

    11.2.3 Premissas de projeto

    O projeto deve atender ABNT NBR 15220-3.

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    11.3 Requisito Condies de conforto no inverno

    Propiciar conforto trmico no interior do edifcio habitacional, no dia tpico de inverno.

    11.3.1 Critrio Valores mnimos de temperatura

    Os valores mnimos dirios da temperatura do ar interior de recintos de permanncia prolongada, como por exemplo salase dormitrios, no dia tpico de inverno, devem ser sempre maiores ou iguais aos apresentados na tabela 2.

    Tabela 2 Critrio de avaliao de desempenho trmico para condies de invernoCritrioNvel de

    desempenho Zonas bioclimticas 1 a 51) Zonas bioclimticas 6, 7 e 8M Valor mnimo dirio da temperatura do ar interior 12oCI Valor mnimo dirio da temperatura do ar interior 15oCS Valor mnimo dirio da temperatura do ar interior 17oC

    Dispensa verificao

    1) Nas zonas 1 e 2 o critrio deve ser verificado considerando-se fonte interna de calor de 1000W.NOTA Zonas bioclimticas de acordo com a ABNT NBR 15220/3

    11.3.2 Mtodo de avaliao

    Procedimento de verificao estabelecido na ABNT NBR 15220.

    12 Conforto acstico

    12.1 Generalidades

    De forma a gerar conforto acstico a seus ocupantes, o edifcio habitacional deve apresentar adequado isolamento

    acstico das vedaes externas, no que se refere aos rudos areos provenientes do exterior da habitao, e adequadoisolamento acstico entre ambientes.

    12.2 Requisito Isolao acstica de vedaes externas

    Propiciar condies de conforto acstico no interior da edificao, com relao a fontes externas de rudos areos.

    12.2.1 Critrio Nvel tolervel de rudo no interior da habitao

    A edificao, submetida aos limites de estmulos sonoros externos especificados na ABNT NBR 10151, deve atender aoslimites especificados pela ABNT NBR 10152 no que se refere aos nveis de rudo em seus ambientes internos.

    12.2.2 Mtodo de avaliao

    Especificado na ABNT NBR 10152.

    12.3 Requisito Isolao acstica entre ambientes

    Propiciar condies de isolao acstica entre ambientes.

    12.3.1 Critrio Isolao ao som areo de entre pisos e paredes internas

    Os sistemas de pisos e vedaes verticais que compem o edifcio habitacional devem ser projetados, construdos emontados de forma a atender aos requisitos estabelecidos nas Partes 3 e 4 desta Norma.

    12.3.2 Mtodo de avaliao

    Mtodos especificados nas partes 3 e 4 desta Norma.

    12.3.2 Critrio - Isolao ao som areo da envoltria da habitaoOs sistemas de vedaes externos e os sistemas de coberturas dos edifcios habitacionais devem ser projetados,construdos e montados de forma a atender aos requisitos e critrios especificados nos projetos 02:136.01.001/4 e5.

    12.3.3 Mtodo de avaliao

    Anlise do projeto e atendimento s NBRs 10152 e 10151 conforme mtodos de ensaios especificados nos projetos02:136.01.001/3 e 4.

    12.3.4 Premissas de projeto

    O projeto deve mencionar a avaliao das condies do entorno, em relao ao rudo.

    12.3.5 Nvel de desempenho

    O nvel mnimo para aceitao o M (denominado mnimo), ou seja atende ao projeto e s premissas de projeto

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    12.4 Requisito Rudos por impactos e rudos de equipamentosReunir caractersticas de privacidade e conforto acsticos dos usurios.12.4.1 Critrio Rudos gerados por impactos ou vibraesOs sistemas que compem os edifcios habitacionais devem atender aos requisitos e critrios especificados nos projetos02:136.01.001/3 , 5 e 6.12.4.2 Mtodos de avaliao

    Anlise do projeto e atendimento s NBRs 10152 e 10151 conforme mtodos de ensaios especificados nos projetos02:136.01.001/3, 4 e 6.

    12.4.3 Premissas de projetoO projeto deve considerar:a) o nvel de rudo externo edificao e os valores limites estabelecidos para uso interno dos ambientes;.b) a reduo do rudo requerida entre o lado externo e o lado interno de ambientes de uso especfico, inclusive fachadas;c) as condies de gerao, propagao e recepo dos sons na edificao;d) os rudos contnuos, variveis e de impactos, e das vibraes de equipamentos, como motores-bomba,elevadores,vlvulas de descarga, motores geradores de energia, tubulaes de gua e esgoto, ventilao e arcondicionado.

    12.4.4 Nveis de desempenhoO nvel mnimo para aceitao o M (denominado mnimo), ou seja atende ao projeto e s premissas de projeto, alm doantendimento s NBRs 10152 e 101151 e legislao vigente.

    13 Conforto lumnico

    13.1 Generalidades

    Durante o dia, todas as dependncias da edificao habitacional devem receber conveniente iluminao natural seja elaoriunda diretamente do exterior ou indiretamente atravs de recintos adjacentes.

    Para o perodo noturno, o sistema de iluminao artificial deve proporcionar condies internas satisfatrias para ocupaodos recintos e circulao nos ambientes com conforto e segurana

    13.2 Requisito Iluminao natural

    Propiciar condies de iluminao natural de todas as dependncias do edifcio habitacional durante o dia.

    13.2.1 Critrio Nveis mnimos de iluminao natural

    Contando unicamente com iluminao natural, os nveis gerais de iluminamento nas diferentes dependncias do edifciohabitacional devem atender ao disposto para iluminao na tabela 3.

    Tabela 3 Nveis de iluminamento natural

    Iluminamento geral para os nveis de desempenho

    luxDependncia

    M I S

    Sala de estar

    Dormitrio

    Copa / cozinha

    Banheiro

    rea de servio

    60 90 120

    Corredor ou escada interna unidadeCorredor de uso comum (prdios)

    Escadaria de uso comum (prdios)

    Garagens/estacionamentos

    No exigido 30 45

    NOTA: Para os edifcios multipiso, admitem-se para as dependncias situadas no pavimento trreo ou em pavimentos abaixo da cota darua nveis de iluminamento ligeiramente inferiores aos valores especificados na tabela acima (diferena mxima de 20% em qualquerdependncia).

    13.2.2 Mtodo de avaliao

    Anlise de projeto, em face das premissas estabelecidas em 13.2.3, ou inspeo em prottipo, utilizando um dos mtodosestabelecidos no anexo B, para iluminao natural.

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    13.2.3 Premissas de projeto

    Os projetos, para os ambientes com iluminao natural, devem considerar:

    a) disposio dos cmodos;

    b) orientao geogrfica da edificao;

    c) dimensionamento e posio das aberturas;

    d) tipo de janela e de envidraamento;

    e) rugosidade e cor de paredes, tetos e pisos;

    f) poos de ventilao e iluminao;

    g) domus de iluminao;

    h) influncia de interferncias externas (construes vizinhas, por exemplo).

    13.3 Requisito Iluminao artificial

    Propiciar condie de iluminao artificial interna satisfatria, segundo as normas tcnicas vigentes, para ocupao dosrecintos e circulao nos ambientes com conforto e segurana.

    13.3.1 Nveis mnimos de iluminao artificial

    Os nveis gerais de iluminao promovidos nas diferentes dependncias dos edifcios habitacionais por iluminao artificialdevem atender ao disposto na tabela 4.

    Tabela 4 Nveis de iluminamento geral para iluminao artificial

    Iluminamento geral para os nveis de desempenho

    luxDependncia

    M I S

    Sala de estar

    Dormitrio

    Copa / cozinha

    Banheirorea de servio

    100 150 200

    Corredor ou escada interna unidade

    Corredor de uso comum (prdios)

    Escadaria de uso comum (prdios)

    Garagens/estacionamentos

    50 75 100

    13.3.2 Mtodo de avaliao

    Anlise de projeto ou inspeo em prottipo, utilizando um dos mtodos estabelecidos no anexo B, para iluminaoartificial.

    14 Durabilidade e manutenibilidade

    14.1 Generalidades

    A durabilidade dos sistemas que compem o edifcio habitacionalest ligada agressividade do meio ambiente, spropriedades inerentes dos elementos e de seus componentes e interao entre ambos ao longo do tempo.

    A vida til procura expressar de forma objetiva a durabilidade prevista para os sistemas contemplados por este projeto denorma.

    Ensaios que buscam espelhar a durabilidade ao longo do tempo so objeto de estudos e pesquisas, existindo algunsensaios consagrados pelo uso e que, via de regra, so especficos para determinados sistemas. Alguns sistemastradicionais possuem a prpria histria como prova do seu desempenho.

    A partir do atual estado da arte no possvel estabelecer com preciso o perodo de vida til de um edifcio habitacionalou de um sistema, mas sim estim-la baseada nos aspectos citados acima.

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    Recorrendo-se ao conhecimento disponvel sobre os agentes agressivos, os diferentes processos degenerativos e ascaractersticas dos sistemas, pode-se apenas estabelecer estimativas tecnicamente fundamentadas da vida til de projeto(3.15).

    No intuito de estimular a cultura da manuteno e preservao do imvel e de suas partes, a figura 2 mostra umarepresentao do desempenho ao longo do tempo de um edifcio ou de um sistema, indicando-se a vida til de projeto(3.15), a vida til residual (3.17), a vida til total (3.18) e o prazo de garantia (3,23).

    A incluir no desenho Prazo de garantia

    Figura 2 Desempenho ao longo do tempo

    14.2 Requisito Durabilidade dos sistemas que compem o edifcio

    Manter a capacidade funcional durante a vida til de projeto indicada no anexo E, desde que realizadas intervenesperidicas de manuteno e conservao.

    14.2.1 Critrio Vida til

    Assegurar o atendimento tabela E.1 indicada no anexo E.

    14.2.1.1 Mtodo de avaliao

    Conforme anexo E, alm de atender o contedo do anexo C.

    14.2.2 Critrio Durabilidade

    Os sistemas, elementos e componentes que compem o edifcio habitacional devem apresentar durabilidade compatvelcom a vida til esperada, especificada em projeto de forma a atender tabela E.1 indicada no anexo E.

    14.2.2.1 Mtodo de avaliao

    A avaliao pode ser realizada:

    a) pelo atendimento s condies estabelecidas no anexo C e nas Partes 2 a 6 desta Norma, complementadas poranlises de campo que possibilitem a avaliao da durabilidade por conhecimento das caractersticas do sistema,como estabelecido em 6.3; ou

    b) por anlise de campo, com inspeo em prottipos, obedecendo ao tempo mnimo de comprovao dadurabilidade e considerando a vida til pretendida assegurando o atendimento tabela E.1 do anexo E; ou

    c) pela utilizao da metodologia constante da ISO 15686 partes 1 a 7

    A bibliografia constante do anexo G pode auxiliar na avaliao durabilidade.

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    14.2.3 Premissas de projeto

    Considerar a possibilidade de ocorrncia dos diversos fenmenos e processos degenerativos em funo do sistemautilizado (ver bibliografia anexo G) e critrios de durabilidade do anexo C.

    15 Sade, higiene e qualidade do ar

    15.1 Generalidades

    As exigncias relativas sade so regidas por Regulamentos Tcnicos estabelecidos pela Agncia Nacional de VigilnciaSanitria.

    Esta Norma, alm da observncia ao que estabelece os Regulamentos Tcnicos da Agncia Nacional de VigilnciaSanitria, recomenda que cumpram com os requisitos de 15.2 e 15.3.

    15.2 Requisito Proliferao de microorganismos

    Propiciar condies de salubridade no interior da edificao, de forma a evitar a proliferao de microorganismos (comofungos e bactrias), considerando as condies de umidade e temperatura no interior da unidade habitacional, aliadas aotipo dos sistemas utilizados na construo.

    15.3 Requisito Poluentes na atmosfera interna habitao

    Limitar a presena de dixido de carbono e aerodispersides na atmosfera interna habitao, retringindo-a a nveis noprejudiciais sade dos ocupantes.

    15.4 Critrios e mtodos de avaliao

    Os requisitos mencionados devem atender aos critrios fixados nas Normas Tcnicas 001 e 002 da Resoluo RE n o.176da Agncia de Vigilncia Sanitria, sendo verificados pelos mtodos de ensaios estabelecidos nesses documentos.

    16 Funcionalidade e acessibilidade

    16.1 Requisito Dimenses mnimas e organizao funcional dos espaos

    Apresentar adequada organizao dos cmodos e dimenses compatveis com as necessidades humanas.

    16.1.1 Critrio Disponibilidade mnima de espaos para uso e operao da habitao

    Os projetos de arquitetura de edifcios habitacionais devem prever, no mnimo, a disponibilidade de espao para colocaoe utilizao dos mveis e equipamentos padres listados na tabela 5

    Tabela 5 (1) - Mveis e equipamentos padro e incrementos

    Atividades essenciais Mveis e equipamentos padro Incrementos - No Obrigatrios

    Dormir Dormitrio Casal Cama de casal, guarda roupa e criadomudo (mnimo 1)

    bero e/ou 2a cama, criado(s) mudo(s),cmoda / penteadeira

    Dormir Dormitrio p/ 2pessoas 2. Dormitrio

    Cama de solteiro (duas), guarda roupa ecriado mudo ou mesa de estudo

    Mesa de estudo

    Dormir Dormitrio p/ 1pessoa 3. dormitrio

    Cama de solteiro, guarda roupa e criadomudo

    Mesa de estudo

    Estar Sof de 2 ou 3 lugares e armrio/estantee Poltrona

    poltronas, cadeiras, televiso, aparelhode som, mesinha de centro ou cadeira

    de apoio

    CozinharFogo, geladeira, pia de cozinha, armriosobre a pia e gabinete , apoio p/ refeio

    (2 pessoas)

    armrio de cozinha, bancada (ouarmrio com bancada); forno de

    microondas; freezer

    Alimentar/ tomar refeies Mesa + 4 cadeiras Armrio, mesa com 6 cadeiras

    Fazer higiene pessoal

    Lavatrio; chuveiro (box) (2); vaso

    sanitrio

    armrio de banheiro e bid

    Lavar, secar e passarroupas

    Tanque (externo para unidadeshabitacionais trreas), mquina de lavar

    roupa

    varais; tbua de passar roupas

    Estudar, ler, escrever,costurar, reparar e

    guardar objetos diversos

    Escrivaninha ou mesa com 1,00 m x 0,60m e cadeira

    mquina de costura; bancada;armrios /estantes

    (1) a Publicao IPT no. 1721 (ver referncia bibliogrfica no anexo G) comtm informaes sobre mveis eequipamentos padro e incrementos.

    (2) no caso de lavabos, no necessrio o chuveiro

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    Com a finalidade de alojar os mveis e equipamentos listados, provendo ainda condies de salubridade e funcionalidade,os projetos das edificaes habitacionais devem considerar para os cmodos as dimenses mnimas indicadas na Tabela6, desde que atendam as exigncias especficas dos rgos municipais / estaduais

    16.1.2 Mtodo de avaliao

    Anlise de projeto.

    16.1.3 Nvel de desempenhoO nvel mnimo para aceitao o M (denominado mnimo), ou seja atende ao projeto e s premissas de projeto16.1.2 Critrio Dimenses mnimas dos cmodos

    Os projetos de arquitetura de edifcios habitacionais devem prever as dimenses mnimas para os cmodos indicadas natabela 4, desde que atendam legislao especfica, com a finalidade de alojar mveis e equipamentos, provendo aindacondies de salubridade e funcionalidade.

    16.1.3 Nvel de desempenho

    O nvel mnimo para aceitao o M (denominado mnimo), ou seja atende ao projeto e s premissas de projeto

    Tabela 6 Dimenses mnimas dos cmodos das habitaes

    Dimenses mnimas (1)

    Dependncia rea mnima(m2)

    Extenso domenor lado

    (m)

    P direitomnimo (2)

    (m)

    Sala de estar 9,00 2,40

    Copa / cozinha 4,00 1,60

    Copa / cozinha conjugada com sala 14,00 2,40

    Dormitrio nico ou principal 9,00 2,50

    2 Dormitrio 7,00 2,40

    2,30 nosbanheiros e

    2,50 norestante

    para casas

    2,60m

    Dormitrios excedentes ao 2 Dormitrio 6,00 que permita

    inscrever umcrculo dedimetro2,10m

    Banheiro 2,20 1,20

    exceto no box

    rea de servio 1,40 1,20

    Largura til das portas Largura mnima (3) = 0,78

    Corredor ou escada interna unidade Largura mnima = 0,80

    Corredor de uso comum (prdios) Largura mnima = 1,20

    Escadaria de uso comum (prdios) Largura mnima = 1,20

    2,50

    (1) Dimenses livres, medidas entre os acabamentos de paredes, pisos e tetos;(2) p direito mnimo igual a 2,50m (exceto banheiros, onde o p direito deve ser igual ou maior que2,30m);(3) 0,78m (portas externas) ou 0,68m (portas internas), exceto banheiros onde se admite 0,58m;evos obrigatoriamente guarnecidos com folhas de porta.

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    16.2 Requisito Adequao para portadores de deficincias fsicas ou pessoas com mobilidade reduzida

    Prever adaptaes necessrias s reas privativas e de uso comum do edifcio habitacional para portadores de deficinciafsica ou pessoas com mobilidade reduzida.

    16.2.1 Critrio Adaptaes de reas comuns e privativas

    As reas privativas devem receber as adaptaes necessrias para portadores de deficincia fsica ou pessoas commobilidade reduzida, quando previsto, e as reas de uso comum sempre devem obedecer ao que estabelece a ABNT NBR9050.

    16.2.2 Mtodo de avaliaoAnlise de projeto.

    16.2.3 Premissas de projeto

    O projeto deve prever para as reas comuns, e quando previsto para as reas privativas, as adaptaes que normalmentereferem-se a:

    a) acessos e instalaes;

    b) substituio de escadas por rampas;

    c) limitao de declividades e de espaos a percorrer;

    d) largura de corredores e portas;

    e) alturas de peas sanitrias; ou

    f) disponibilidade de alas e barras de apoio.

    16.2.4 Nvel de desempenho

    O nvel mnimo para aceitao o M (denominado mnimo), ou seja atende ao projeto e s premissas de projeto

    16.3 Requisito Possibilidade de ampliao da unidade habitacional

    Possibilitar a ampliao das unidades habitacionais trreas e assobradadas de carter evolutivo, sem a necessidade deprojetos ou equipamentos especiais, recorrendo-se apenas a recursos regionais.

    Sempre que possvel, devem ser utilizados os mesmos materiais e tcnicas construtivas do imvel original.

    16.3.1 Critrio Ampliao de unidades habitacionais evolutivas

    No projeto e na execuo das edificaes trreas e assobradadas de carter evolutivo deve ser prevista peloincorporador ou construtor - a possibilidade de ampliao, especificando-se os detalhes construtivos necessrios paraligao ou acontinuidade de paredes, pisos, coberturas e instalaes.

    NOTA Edificaes de carter evolutivo so aquelas comercializadas j com previso de ampliaes.

    O incorporador ou construtordo sistema construtivo deve anexar ao Manual de operao, uso e manuteno (3.19) asespecificaes e detalhes construtivos necessrios para ampliao do corpo da edificao, do piso, do telhado e dasinstalaes prediais, considerando a coordenao dimensional e as compatibilidades fsicas e qumicas com os materiaisdisponveis regionalmente sempre que possvel.

    As especificaes e detalhes construtivos fornecidos devem permitir no mnimo a manuteno dos nveis de desempenhoda construo no ampliada, relativamente ao comportamento estrutural, segurana ao fogo, estanqueidade gua,conforto trmico, conforto acstico e durabilidade.

    As propostas de ampliao devem ser devidamente consideradas nos estudos de arquitetura, devendo atender aos nveisde funcionalidade previstos nesta Norma.

    16.3.2 Mtodo de avaliao

    Anlise de projeto.

    17 Conforto ttil e antropodinmico

    17.1 Generalidades

    As diretrizes para verificao das exigncias dos usurios com relao a conforto ttil e antropodinmico so normalmenteestabelecidas nas respectivas normas prescritivas dos componentes, bem como nos projetos 02:136.01.001/2 a 6.

    No caso de edifcios habitacionais destinados aos usurios com deficincias fsicas e pessoas com mobilidade reduzida(pmr), os dispositivos de manobra, apoios, alas e outros equipamentos devem obedecer s prescries da NBR 9050.

    17.2 Requisito - Conforto ttil e adaptao ergonmicaNo prejudicar as atividades normais dos usurios, dos edifcios habitacionais, quanto ao caminhar, apoiar, limpar, brincare semelhantes.

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    No apresentar rugosidades, contundncias, depresses ou outras irregularidades nos elementos, componentes,equipamentos e quaisquer acessrios ou partes da edificao.

    17.2.1 Critrio Adequao ergonmica de dispositivos de manobraOs elementos e componentes da habitao (trincos, puxadores, cremonas, guilhotinas, etc) devem ser projetados,construdos e montados de forma a no provocar ferimentos nos usurios.Relativamente s instalaes hidrossanitrias devem ser atendidas as disposies do projeto 02:136.01.001/6.Os elementos e componentes que contam com normalizao especfica (portas, janelas, torneiras e outros) devem aindaatender as exigncias das respectivas normas.

    17.2.3 Mtodos de avaliaoAnlise de projetos, mtodos especificados nas NBRs de cada componente, e atendimento s especificaes constantesdo anexo E.

    17.2.4 Nvel de desempenhoO nvel mnimo para aceitao o M (denominado mnimo), ou seja atende ao projeto.Alm disso, os elementos e componentes tambm devem atender, quando ensaiados, as NBRs especficas.Concomitantemente deve atender ao anexo E.

    17.3 Requisito - Adequao antropodinmica de dispositivos de manobra1Apresentar formato compatvel com a anatomia humana.No requerer excessivos esforos para a manobra e movimentao.

    17.3.1 Critrio Fora necessria para o acionamento de dispositivos de manobraOs componentes, equipamentos e dispositivos de manobra devem ser projetados, construdos e montados de forma a

    evitar que a fora necessria para o acionamento no exceda 10N nem o torque ultrapasse 20 N.m.17.3.2 Mtodos de avaliaoAnlise de projetos, mtodos de ensaio relacionados s normas tcnicas especficas dos componentes,

    17.3.3 Nveis de desempenhoO nvel mnimo para aceitao o M (denominado mnimo), ou seja atende ao projeto, alm de que quando ensaiados deacordo com os mtodos especificados nas NBRs, para cada componente, tambm as atende.

    18 Adequao ambiental

    18.1 Generalidades

    18.1.1 Tcnicas de avaliao do impacto ambiental resultante das atividades da cadeia produtiva da construo ainda soobjeto de pesquisa e no atual estado da arte no possvel estabelecer critrios e mtodos de avaliao relacionados expresso desse impacto.

    18.1.2 De forma geral, os empreendimentos e sua infra-estrutura (arruamento, drenagem, rede de gua, gs, esgoto,telefonia, energia) devem ser projetados, construdos e mantidos de forma a minimizar as alteraes no ambiente.

    18.1.3 A Parte 6 desta Norma estabelece requisitos relativos ao consumo de gua e deposio de esgotos sanitrios.

    18.2 Projeto e implantao de empreendimentos

    A implantao do empreendimento deve considerar os riscos de desconfinamento do solo, deslizamentos de taludes,enchentes, eroses, assoreamento de vales ou cursos dgua, lanamentos de esgoto a cu aberto, contaminao do soloou da gua por efluentes ou outras substncias, alm de outros riscos similares.

    Independentemente das recomendaes explcitadas , devem ser obedecidas as exigncias das normas NBR 8044 e NBR11682, bem como da legislao vigente.

    Salvo conveno escrita, da incumbncia do incorporador e dos projetistas envolvidos, ou dos projetistas, dentro de suas

    respectivas competncias, e no da empresa construtora, a incumbncia pela identificao dos riscos ambientais e daadoo das medidas recomendadas neste requisito.

    18.3 Seleo e consumo de materiais18.3.1 Recomenda-se que os empreendimentos sejam construdos mediante explorao e consumo racionalizado derecursos naturais, objetivando a menor degradao ambiental, menor consumo de gua, de energia e de matrias primas.Na medida das possibilidades recomenda-se ser privilegiadosos materiais que causem menor impacto ambiental, desdeas fases de explorao dos recursos naturais sua utilizao final.

    18.3.2 Recomenda-se a utilizao de madeiras, cuja origem possa ser comprovada, mediante apresentao de certificaolegal ou provenientes de plano de manejo aprovado pelos rgos ambientais.

    1 fechaduras, maanetas, trincos, puxadores, manoplas de registros e torneiras, etc

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    18.3.3 Recomenda-se recorrer ao uso de espcies alternativas de madeiras que no estejam enquadradas como madeirasem extino, sendo que as caractersticas destas espcies podem ser encontradas nas referncias bibliogrficas (verpublicao IPT N1791 Fichas de caractersticas das madeiras brasileiras, So Paulo, 1989 e na publicao IPT N2980

    Madeiras Uso Sustentvel na Construo Civil).

    18.3.4 Durante a construo, deve-se implementar um sistema de gesto de resduos no canteiro da obras, de forma aminimizar sua gerao e possibilitar a segregao de maneira adequada para facilitar o reuso, a reciclagem ou adisposio final em locais adequados para este fim.

    18.3.5 Recomenda-se aos projetistas que avaliem junto aos fabricantes de materiais, componentes e equipamentos osresultados de inventrios de ciclo de vida de seus produtos, de forma a subsidiar a tomada de deciso na avaliao doimpacto que estes elementos provocam ao meio ambiente.

    18.4 Consumo de gua e deposio de esgotos no uso e ocupao da habitao

    Recomenda-se que as instalaes hidrossanitrias privilegiem a adoo de solues, caso a caso, que minimizem oconsumo de gua e possibilitem o uso de fontes alternativas e o reuso, reduzindo a demanda da gua da rede pblica deabastecimento e minimizando o volume de esgoto conduzido para tratamento, sem com isso reduzir a satisfao dousurio ou aumentar a probabilidade de ocorrncia de doenas.

    As guas servidas provenientes dos sistemas hidrossanitrios devem ser encaminhadas s redes pblicas de coleta e, naindisponibilidade desta, deve-se utilizar sistemas que evitem a contaminao do ambiente local.

    18.5 Consumo de energia no uso e ocupao da habitao

    Recomenda-se que as instalaes eltricas privilegiem a adoo de solues, caso a caso, que minimizem o consumo de

    energia, dentre elas a utilizao de iluminao, aquecimento e ventilao natural e de sistemas de aquecimento baseadosem energia alternativa.

    Tais recomendaes devem tambm ser aplicadas aos aparelhos e equipamentos utilizados durante a execuo da obra eno uso do imvel (guinchos, serras, gruas, aparelhos de ilumino, eletrodomsticos, elevadores, sistemas de refrigerao,etc).

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    Anexo A(Informativo)Procedimentos alternativos de avaliao do desempenho trmico

    A.1. introduoEm razo do estado atual da arte, os Procedimentos por Simulao e por Medio, abordados neste anexo soorientativos.Assim sendo, recomendamos a adoo dos termos de referncia, explicitados em A.2 ou A.3, a serem acordados, entre as

    partes, caso sejam adotadas a avaliao do desempenho trmico de edifcios via simulao computacional ou por medioin loco.

    A avaliao, pois, da adequao de edifcios habitacionais pode ser realizada ento por meio de um dos seguintesprocedimentos alternativos:

    a) simulao, ou seja a avaliao do desempenho trmico do edifcio habitacional por meio de simulaocomputacional, conforme diretrizes explicitadas em A.2; ou

    b) medio, ou seja a avaliao do desempenho trmico do edifcio habitacional por meio de medies, conformediretrizes explicitadas em A.3.

    A.2. Procedimentos por simulao

    A.2.1 Generalidades

    Aplicar, preferencialmente, programas de simulao que considerem os valores horrios das variveis climticas1 do lugar,tais como DOE, EnergyPlus, ESP.

    Levar em considerao o disposto de A.2.2 a A.2.6.

    A.2.2 Periodicidade dos dados climticos para simulao

    Os dados horrios representativos do clima de 17 cidades brasileiras podem ser obtidos emwww.labeee.ufsc.br/downloads/downloadaclim.html.

    Para algumas outras cidades, os dados horrios podem ser obtidos junto a estaes climatolgicas locais (aeroportos,escritrios das secretarias de agricultura, etc.) ou no Instituto Nacional de Meteorologia2.

    Para cidades que no disponham de arquivos climticos horrios, recomenda-se considerar as Normais Climatolgicaseditadas pelo INMET3.

    A.2.3 Representatividade dos dados climticos para simulao

    Os dados climticos adotados nas simulaes devem ser estatisticamente representativos do clima local.

    Esta representatividade pode ser obtida por meio de diferentes procedimentos, como, por exemplo o TRY (Test ReferenceYear), o TMY (Typical Meteorological Year), ou outros semelhantes.

    A.2.4 Programas de simulao computacional a serem adotados

    Recomenda-se adotar programas aprovados conforme o mtodo padronizado de teste para programas computacionais deavaliao energtica de edificaes, conforme ASHRAE 140, 2001.

    A.2.5 Caracterizao dos edifcios habitacionais e dos ambientes a serem simulados

    Para caracterizar adequadamente os edifcios habitacionais, a serem simulados, considerar:

    a) a sua geometria;b) as orientaes e declividades de fachadas e coberturas;c) as absortncias das superfcies externas;d) o sistema construtivo;e) as reas envidraadas e eventuais simplificaes;f) os padres de ocupao;g) as cargas trmicas; eh) o uso de equipamentos nos ambientes internos.

    A.2.6 Anlise do resultado das simulaesPara analisar os resultados das simulaes, aplicar mtodos consagrados internacionalmente.

    Nos documentos utilizados para estas anlises incluir:

    a) a descrio detalhada do mtodo; e

    b) as informaes sobre a base de dados climticos e sua representatividade.

    1 Para detalhes ver www.eere.energy.gov/buildings/tools_directory/2 www.inmet.gov.br3 www.inmet.gov.br

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    A.3. Procedimentos por medio

    A.3.1 Generalidades

    Perodos de medio, variveis a serem medidas, condies de uso e ocupao dos ambientes, so aspectos ainda nototalmente disseminados no meio tcnico, assim sendo seguem diretrizes auxiliares.

    A.3.2 Perodos de medio

    Para as diferentes pocas do ano e para as condies climticas tpicas representativas do lugar, considerar de forma

    estatstica, as seqncias dos dias monitorados.A.3.3 Variveis a serem medidas e os respectivos instrumentos

    Considerar as seguintes variveis do clima exterior a serem medidas:

    a) temperatura do ar;

    b) umidade relativa do ar;

    c) irradincia solar sobre o plano horizontal; e

    d) velocidade e direo do vento.

    Dados obtidos em estaes cl imatolgicas prximas, tambm podem ser utilizados, desde que representem tipologias deocupao urbana, semelhantes s do lugar da edificao.Considerar, conforme as recomendaes da ISO 7726, as seguintes variveis do micro-clima interior a serem medidas:

    a) temperatura e umidade relativa do ar;

    b) temperatura radiante mdia;c) temperatura radiante orientada; e

    d) velocidade do ar.

    Posicionar e proteger os sensores dos instrumentos contra interferncias indevidas, a fim de que os dados monitoradospossam ser aplicados.

    Proteger, por exemplo, os sensores de temperatura do ar, contra radiaes trmicas.

    Nos documentos utilizados para estas anlises incluir:

    a) a representatividade dos perodos monitorados;

    b) as caractersticas tcnicas dos equipamentos e instrumentos; e

    c) os procedimentos adotados para calibrao dos mesmos.

    A.3.4 Condies de uso e ocupao dos ambientes:

    Em cada caso, os resultados das medies refletem somente as mesmas condies de uso e ocupao observadas nosambientes durante os perodos de monitoramento, considerando-se as cargas trmicas internas, as operaes de aberturae fechamento dos dispositivos de ventilao e o acesso de aportes solares.

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    Anexo B (Normativo)

    Procedimento de avaliao do desempenho lumnico

    B.1 Generalidades

    A verificao ao atendimento aos requisitos e critrios de desempenho lumnico deve ser efetuada por meio de um dosmtodos propostos a seguir.

    B.2 Mtodo de clculo

    De acordo com a ABNT NBR 15215, simulando o nvel de iluminamento para o plano horizontal sempre 0,75 m acima donvel do piso, nas seguintes condies:

    perodo noturno, simulaes sem nenhuma entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);

    supor a iluminao artificial do ambiente totalmente ativada, considerando a tenso nominal da rede e as potnciasnominais de luminrias, lmpadas, reatores e outros dispositivos de iluminao;

    simulaes para o centro dos ambientes;

    simulaes nos pontos centrais de corredores internos ou externos unidade;

    para escadarias, simulaes nos pontos centrais dos patamares e a meia-largura do degrau central de cada lance.

    B.3 Medio in loco

    Realizao de medies no plano horizontal, a 0,75 m acima do nvel do piso, com o emprego de luxmetro porttil comerro mximo 5 % do valor medido, nas seguintes condies:

    perodo noturno, medies sem nenhuma entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);

    medies realizadas com a iluminao artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presena de obstrues opacas(roupas estendidas nos varais, etc);

    medies no centro dos ambientes;

    medies nos pontos centrais de corredores internos ou externos unidade;

    para escadarias, medies nos pontos centrais dos patamares e a meia-largura do degrau central de cada lance.

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    Anexo C (Normativo)

    Critrios de durabilidade

    C.1 Generalidades

    Na ausncia de metodologia nica de avaliao, que possibilite estabelecer condies de durabilidade para os sistemas,elementos e componentes que compem o edifcio habitacional, independentemente dos materiais e tcnicas construtivasutilizados, este anexo apresenta critrios e recomendaes prticas que visam a durabilidade dos sistemas, com base noconhecimento adquirido pelo uso.

    Se atendidos os critrios estabelecidos neste anexo, pode-se considerar como atendido o critrio de 14.2.1, desde que:

    a) tambm sejam atendidas as normas prescritivas especficas quando existirem - que tratam da durabilidade dosistema, considerando o que estabelecem as Partes 2 a 6 desta Norma; ou

    b) na ausncia de normas prescritivas especficas, sejam atendidos os critrios estabelecidas nas Partes 2 a 6 destaNorma, conforme o caso, complementados por anlises de campo que possibilitem a avaliao da durabilidadepor conhecimenbto das caractersticas do sistema, como estabelecido em 6.3; ou ainda,

    c) por anlise de campo, com inspeo em prottipos, obedecendo ao tempo mnimo de comprovao dadurabilidade e considerando a vida til de projeto .

    A bibliografia constante do anexo G pode auxiliar na aplicao deste anexo.

    Em todos os casos devem ser consideradas as caractersticas de agressividade do meio ambiente em que a obra forimplantada, tendo em vista evitar processos degenerativos, tando de estruturas como de outros sistemas que fazem partedo edifcio habitacional.

    A agressividade do meio ambiente est relacionada s aes fsicas e qumicas que atuam sobre os edifcios e sistemas.

    A agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado na tabela C.1 e ser considerada em projeto,podendo ser avaliada simplificadamente segundo as condies de exposio do edifcio habitacional e seus sistemas.

    NOTA O responsvel pelo projeto, de posse de dados relativos ao ambiente em que ser construdo o edifcio habitacional, podeconsiderar classificao do ambiente mais agressiva que a estabelecida na tabela C.1.

    Tabela C.1 - Classes de agressividade ambiental

    Classe de agressividadeambiental (CAA)

    Agressividade Classificao geral do tipo de ambientepara efeito de Projeto

    Risco de deteriorao

    RuralI Fraca

    SubmersaInsignificante

    II Moderada Urbana 1) 2) Pequeno

    Marinha 1)

    III ForteIndustrial 1) 2)

    Grande

    Industrial 1) 3)IV Muito forte

    Respingos de marElevado

    1) Pode-se admitir um micro-clima com classe de agressividade um nvel mais branda para ambientes internos secos (salas,dormitrios, banheiros, cozinhas e reas de servio, com paredes e tetos revestidos).

    2) Pode-se admitir uma classe de agressividade um nvel mais branda em: obras em regies de clima seco, com umidade relativado ar menor ou igual a 65%, partes do edifcio protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos, ou regies ondechove raramente.

    3)Ambientes quimicamente agressivos.

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    C.2 Requisito Proteo de armaduras de ao de concreto armado ou protendido

    Promover condies de durabilidade de edifcios habitacionais e sistemas pela proteo de armaduras de ao de concretoarmado ou protendido.

    C.2.1 Critrio - Proteo das armaduras de ao de concreto armado ou protendido

    Armaduras ativas ou passivas, considerando as caractersticas do concreto e a agressividade do meio em que a obra forimplantada, devem ser convenientemente protegidas contra a corroso.

    O crirrio se aplica tanto para peas moldadas no local como para peas pr-moldadas.

    C.2.2 Mtodo de avaliao

    Anlise de projeto, verificando o cumprimento s exigncias ABNT NBR 6118 e da ABNT NBR 9062, conforme o caso.

    C.3 Requisito Proteo contra a corroso atmosfrica de elementos em ao

    Promover condies de durabilidade de edifcios habitacionais e sistemas pela proteo contra a corroso atmosfrica doao.

    C.3.1 Critrio Proteo contra a corroso atmosfrica de elementos em ao

    Nas edificaes ou sistemas constitudos por elementos em ao deve ser verificada a possibilidade de desenvolvimento deprocessos de corroso atmosfrica.C.3.2 Mtodo de avaliao

    Anlise de projeto, verificando o cumprimento das exigncias ABNT NBR 8800 e da ABNT NBR 14762, conforme o caso eem C.3.3.

    C.3.3 Premissas de projetoC.3.3.1 Mesmo em locais onde no haja contato direto com as intempries, devem ser tomados os seguintes cuidados noprojeto e na execuo com elementos em ao, de forma a dificultar o acmulo de gua e materiais particulados:

    a) ausncia de frestas ou descontinuidades;b) concavidades de perfis voltadas para baixo;c) introduo de drenos;d) obturao de frestas com selantes ou soldas de enchimento; ee) limpeza e remoo de resduos de solda.

    C.3.3.2 Devem ser evitados:

    a) contato direto com materiais que possam provocar corroso;b) apoio diretamente sobre bases sujeitas a empoamentos de gua (pisos com irregularidades, por

    exemplo);c) descarga de gases de tubos de ventilao de esgoto; ed) condensao de umidade

    NOTA A condensao de umidade pode ser evitada mediante ventilao dos ambientes ou de introduo debarreiras antivapor.

    C.3.3.3 Cuidados especiais devem ser tomados no projeto e na execuo quando ocorrerem uma das seguintes situaes:

    a) em processos de soldagem, de forma a no devem induzir a sensibilizao do ao;b) em atmosfera com a presena de dixido de enxofre, cloretos e sais de amnia; ouc) em atmosferas marinhas ou industriais.

    C.3.3.4 Aos aclimveis ou resistentes corroso somente desenvolvem camada protetora (ptina) quando a superfciemetlica for submetida a ciclos alternados de molhamento (chuva, nvoa) e secagem (sol, vento) e presena de SO 2 emconcentraes moderadas. O emprego desse material sem pintura de proteo no admitido em atmosferas marinhas ouindustriais. Para outras regies devem existir aplicaes anteriores (mnimo de dois anos) ou estudos que comprovem aformao da camada de ptina contnua e aderente.

    C.4 Requisito Proteo contra a corroso bimetlicaPromover condies de durabilidade de edifcios habitacionais e seus sistemas pela proteo contra a corroso bimetlicaonde haja a presena de metais de diferentes naturezas.

    C.4.1 Critrio Proteo contra a corroso bimetlica

    Nas edificaes ou sistemas constitudos por metais de diferentes naturezas (por exemplo: estruturas de dry wall em ao,tubos de cobre, caixilhos de alumnio, parafusos de ao, estrutura de ao e telhas de cobre,) submetidas s classes deagressividade III a IV, no deve ocorrer contato direto entre metais cuja diferena de potencial possibilite odesenvolvimento de corroso galvnica.

    C.4.2 Mtodo de avaliao

    Anlise de projeto, verificando o cumprimento das exigncias ABNT NBR 8800 e da ABNT NBR 14762, conforme o caso eem C.4.3.

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    C.4.3 Premissas de projeto

    Considerando a significativa diferena de potencial, no devem ser admitidos em projeto o contato direto entre:

    cobre e ferro;

    cobre e alumnio;

    zinco e ferro;

    ferro e alumnio;zinco e cobre.

    O contato direto pode ser evitado:

    pela galvanizao dos elementos de ferro;

    pelo uso de isoladores de borracha ou plstico;

    por pinturas orgnicas com espessura da pelcula 80 m;

    outro procedimento que leve aos memos resultados.

    C.5 Requisito Durabilidade de componentes em ao zincado e pr-pintado

    Promover condies de durabilidade de edifcios habitacionais e sistemas que utilizem componentes em ao zincado e/oupr-pintado.

    C.5.1 Critrio Durabilidade de componentes em ao zincado e pr-pintado

    Nas edificaes ou seus sistemas onde se utilize componentes em ao zincado ou pr-pintado, deve ser verificada apossibilidade de desenvolvimento de processos de corroso.

    C.5.2 Mtodo de avaliao

    Anlise de projeto, verificando o cumprimento das exigncias estabelecidas em C.5.3.

    C.5.3 Premissas de projeto

    C.5.3.1 Caixilhos, gradis, tubulaes, telhas e outros componentes fabricados com ao zincado, com ou sem a aplicaode pintura, devem sofrer processo de galvanizao preferencialmente por imerso a quente, de acordo com as normasbrasileiras aplicveis. Sendo ainda atendidas as seguintes condies:

    a) a camada protetora deve apresent