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Copyright © 1985, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210-3122 Fax: (021) 240-8249/532-2143 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas T écnicas Palavras-chave: Alvenaria. Bloco de concreto. Concreto 15 páginas NBR 8798 FEV 1985 Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Inspeção 1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis que devem ser obedecidas na execução e no controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto, não armada, parcialmente armada e armada. 1.2 Além das condições desta Norma, devem ser obe- decidas as de outras normas especiais citadas e as exi- gências peculiares a cada caso. 1.3 A tecnologia de que trata esta Norma, bem como suas restrições, devem ser mencionadas nos memoriais das incorporações. 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 5732 - Cimento Portland comum - Especificação NBR 5733 - Cimento Portland de alta resistência inicial - Especificação NBR 5735 - Cimento Portland de alto forno - Espe- cificação NBR 5736 - Cimento Portland pozolânico - Espe- cificação NBR 5737 - Cimento Portland de moderada resistên- cia a sulfatos e moderado calor de hidratação (MRS) e cimento Portland de alta resistência a sulfatos (ARS) - Especificação NBR 5738 - Moldagem e cura de corpos-de-prova de concreto cilíndricos ou prismáticos - Método de ensaio NBR 5739 - Ensaio de compressão de corpos-de- prova cilíndricos de concreto - Método de ensaio NBR 5741 - Cimento Portland - Extração e prepara- ção de amostras - Método de ensaio NBR 6118 - Projeto e execução de obras de concreto armado - Especificação NBR 6136 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural - Especificação NBR 6471 - Cal virgem e cal hidratada - Retirada e preparação de amostra - Método de ensaio NBR 7175 - Cal hidratada para argamassas - Especificação NBR 7190 - Cálculo e execução de estruturas de madeira - Procedimento NBR 7211 - Agregados para concreto - Especificação NBR 7215 - Ensaio de cimento Portland - Método de ensaio NBR 7216 - Amostragem de agregados - Método de ensaio Origem: Projeto 02:003.04-011/1984 CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-02:003.04 - Comissão de Estudo de Alvenaria Estrutural de Blocos de Concreto Procedimento Cópia não autorizada

Nbr 8798 - Alvenaria Estrutural

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  • Copyright 1985,ABNTAssociao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28 andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Fax: (021) 240-8249/532-2143Endereo Telegrfico:NORMATCNICA

    ABNT-AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas

    Palavras-chave: Alvenaria. Bloco de concreto. Concreto 15 pginas

    NBR 8798FEV 1985Execuo e controle de obras emalvenaria estrutural de blocos vazadosde concreto

    SUMRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definies4 Condies gerais5 Condies especficas6 Inspeo

    1 Objetivo1.1 Esta Norma fixa as condies exigveis que devemser obedecidas na execuo e no controle de obras emalvenaria estrutural de blocos vazados de concreto, noarmada, parcialmente armada e armada.

    1.2 Alm das condies desta Norma, devem ser obe-decidas as de outras normas especiais citadas e as exi-gncias peculiares a cada caso.1.3 A tecnologia de que trata esta Norma, bem como suasrestries, devem ser mencionadas nos memoriais dasincorporaes.2 Documentos complementaresNa aplicao desta Norma necessrio consultar:

    NBR 5732 - Cimento Portland comum - EspecificaoNBR 5733 - Cimento Portland de alta resistnciainicial - EspecificaoNBR 5735 - Cimento Portland de alto forno - Espe-cificaoNBR 5736 - Cimento Portland pozolnico - Espe-cificao

    NBR 5737 - Cimento Portland de moderada resistn-cia a sulfatos e moderado calor de hidratao (MRS)e cimento Portland de alta resistncia a sulfatos(ARS) - EspecificaoNBR 5738 - Moldagem e cura de corpos-de-provade concreto cilndricos ou prismticos - Mtodo deensaio

    NBR 5739 - Ensaio de compresso de corpos-de-prova cilndricos de concreto - Mtodo de ensaio

    NBR 5741 - Cimento Portland - Extrao e prepara-o de amostras - Mtodo de ensaio

    NBR 6118 - Projeto e execuo de obras de concretoarmado - Especificao

    NBR 6136 - Blocos vazados de concreto simples paraalvenaria estrutural - Especificao

    NBR 6471 - Cal virgem e cal hidratada - Retirada epreparao de amostra - Mtodo de ensaio

    NBR 7175 - Cal hidratada para argamassas -Especificao

    NBR 7190 - Clculo e execuo de estruturas demadeira - Procedimento

    NBR 7211 - Agregados para concreto - Especificao

    NBR 7215 - Ensaio de cimento Portland - Mtodo deensaio

    NBR 7216 - Amostragem de agregados - Mtodo deensaio

    Origem: Projeto 02:003.04-011/1984CB-02 - Comit Brasileiro de Construo CivilCE-02:003.04 - Comisso de Estudo de Alvenaria Estrutural de Blocos deConcreto

    Procedimento

  • 2 NBR 8798/1985

    NBR 7223 - Concreto - Determinao de consistnciapelo abatimento do tronco de cone - Mtodo de ensaio

    NBR 7480 - Barras e fios de ao destinados a arma-duras para concreto armado - Especificao

    NBR 8215 - Prismas de blocos vazados de concretosimples para alvenaria estrutural - Preparo e ensaio compresso - Mtodo de ensaio

    ASTM-C-91 - Masonry cement, espec. for

    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma so adotadas as definiesde 3.1 a 3.29.

    3.1 Material

    Constituinte dos elementos da obra.

    3.2 Elemento

    Parte elementar da obra, constituda por material naturalou de fabricao industrial.

    3.3 Componente

    Parte da obra suficientemente elaborada, constituda dareunio de elementos e/ou materiais.

    3.4 Estruturas de alvenaria no armada de blocosvazados de concreto

    Estruturas de alvenaria nas quais as armaduras tmfinalidade construtiva e de amarrao, no sendo estasconsideradas na absoro dos esforos calculados.

    3.5 Estruturas de alvenaria parcialmente armada deblocos vazados de concreto

    Estruturas de alvenaria nas quais so dispostas arma-duras localizadas em certas regies para resistir aos es-foros calculados segundo esta Norma.

    3.6 Estruturas de alvenaria armada de blocos vazadosde concreto

    Estruturas de alvenaria nas quais so dispostas ar-maduras ao longo do componente estrutural, constituindoum todo solidrio com os elementos da alvenaria, pararesistir aos esforos calculados segundo esta Norma.

    3.7 Parede

    Componente laminar vertical apoiado de modo contnuoem toda a sua base, com comprimento maior que 1/5 desua altura.

    3.7.1 Parede portante

    Toda parede admitida no projeto como suporte de outrascargas, alm do seu peso prprio.

    3.7.2 Parede no portante

    Toda parede no admitida no projeto como suporte deoutras cargas, alm do seu peso prprio.

    3.7.3 Parede de contraventamento

    Toda parede portante, admitida no projeto, absorvendoforas horizontais provenientes de aes externas e/oude efeitos de 2 ordem.

    3.8 Pilar

    3.8.1 Componente estrutural vertical em que a maiordimenso de sua seo transversal utilizada no clculodo esforo resistente menor do que 1/5 de sua altura.

    3.8.2 No caso das figuras compostas de retngulos (em L,em T, em Z, etc.), a limitao prevalece para cada ramodistinto.

    3.9 Cinta

    Componente estrutural apoiado continuamente naparede, ligado ou no s lajes ou vergas das aberturas,com a finalidade de transmitir cargas uniformes paredeque lhe d apoio ou ainda servir de travamento eamarrao.

    3.10 Coxim

    Componente estrutural no contnuo apoiado na parede,possuindo relao de comprimento para altura menor ouigual a 3, com a finalidade de distribuir cargas con-centradas parede que lhe d apoio.

    3.11 Verga

    Componente estrutural colocado sobre ou sob os vosde aberturas das paredes com a finalidade de transmitiresforos verticais aos trechos de parede adjacentes saberturas.

    3.12 Enrijecedor

    Componente estrutural, horizontal ou vertical, vinculadoa uma parede portante, com a finalidade de obterenrijecimento na direo perpendicular parede. O enri-jecedor pode ser embutido total ou parcialmente naparede, podendo, quando vertical, absorver cargas se-gundo seu eixo.

    3.13 Diafragma

    3.13.1 Componente estrutural laminar trabalhando comochapa em seu plano e que, quando horizontal e conve-nientemente ligada s paredes portantes, tem a finalidadede transmitir esforos de seu plano mdio s paredes.

    3.13.2 Admite-se que as lajes macias ou lajes painis(devidamente solidarizadas entre si) tm o funcionamentode diafragmas rgidos, enquanto as lajes nervuradas mis-tas, quando analisadas perpendicularmente direode suas nervuras, tm o funcionamento de diafragmassemi-rgidos, necessitando de reforos complementaresde forma a objetivar a efetiva transmisso dos esfoross paredes.

  • NBR 8798/1985 3

    3.14 Travamento

    Componente estrutural do tipo barra, cuja funo limitarou anular deslocamentos normais ao plano dos esforossolicitantes de outros componentes estruturais a elevinculados externamente.

    3.15 Excentricidade

    Distncia do eixo baricntrico do componente estruturalao eixo da resultante das cargas.

    3.16 Excentricidade estrutural

    Excentricidade resultante da posio prevista para acarga.

    3.17 Excentricidade acidental

    Excentricidade resultante de impreciso na execuo.

    3.18 Juntas de controle

    Juntas usualmente verticais e interrompidas, criadas nospainis de alvenaria e seccionando todos os elementos.

    3.19 Juntas de dilatao

    Juntas usualmente verticais e contnuas, seccionandotodos os componentes estruturais, isolando trechos daconstruo.

    3.20 Argamassa de assentamento

    Elemento utilizado na ligao entre os blocos de concreto,garantindo distribuio uniforme de esforos, compostode cimento, agregado mido, gua e cal ou outra adiodestinada a conferir plasticidade e reteno de gua dehidratao mistura.

    3.21 Graute

    Elemento para preenchimento dos vazios dos blocos ecanaletas de concreto para solidarizao da armadura aestes elementos e aumento de capacidade portante,composto de cimento, agregado mido, agregado gra-do, gua e cal ou outra adio destinada a conferir tra-balhabilidade e reteno de gua de hidratao mis-tura.

    3.22 Graute fino

    Graute cujo agregado possui dimenso mxima inferiorou igual a 4,8 mm.

    3.23 Graute grosso

    Graute cujo agregado possui dimenso superior a4,8 mm.

    3.24 Dosagem

    Conjunto de operaes para o estabelecimento do traode uma argamassa ou um graute.

    3.25 Trao

    Expresso das propores adequadas a cada caso, entreas quantidades dos materiais que compem argamassaou um graute.

    3.26 Controle de produo

    Conjunto de operaes que permite ao produtor mantera qualidade do produto dentro de padres preestabe-lecidos.

    3.27 Controle de aceitao

    Conjunto de verificaes destinadas a comprovar se oproduto atende a padres previamente estabelecidos nasespecificaes e no projeto da obra.

    3.28 Argamassas semipreparadas

    Produtos aos quais falta obrigatoriamente gua eopcionalmente cimento; para se obter, atravs de misturaadequada, uma argamassa.

    3.29 Grauteamento

    Conjunto de operaes de preparo dos vazios dos blocose canaletas, lanamento, adensamento e cura do graute.

    4 Condies gerais

    4.1 Materiais e elementos

    4.1.1 Blocos

    Os blocos devem atender a NBR 6136.

    Nota: Recomenda-se a utilizao de blocos somente com idadessuperiores a 21 dias, para evitar os efeitos da retraohidrulica inicial e irreversvel.

    4.1.2 Argamassa de assentamento e graute

    4.1.2.1 Materiais e constituintes:

    a) cimento:

    - cimento Portland comum (deve atender aNBR 5732);

    - cimento Portland de alta resistncia inicial (deveatender a NBR 5733);

    - cimento Portland de alto forno (deve atender aNBR 5735);

    - cimento Portland pozolnico (deve atender aNBR 5736);

    - cimento Portland de moderada resistncia a sul-fatos e moderado calor de hidratao e cimentoPortland de alta resistncia a sulfatos (devematender a NBR 5737);

    b) cal hidratada (deve satisfazer aos requisitos daNBR 7175);

  • 4 NBR 8798/1985

    c) agregados (devem atender a NBR 7211);

    d) gua:

    - a gua destinada ao amassamento da arga-massa e do graute deve ser isenta de teoresprejudiciais de substncias estranhas;

    - presumem-se satisfatrias as guas potveis eas que tenham pH entre 5,8 e 8,0 e respeitem oslimites mximos da Tabela 1;

    - em casos especiais, a critrio do responsvel daobra, devem ser consideradas outras substn-cias prejudiciais;

    - os limites da Tabela 1 incluem as substnciastrazidas argamassa ou ao graute peloagregado;

    - no caso de no ser atendido qualquer dos limitesda Tabela 1, a gua s pode ser usada se obe-decer s recomendaes e limitaes de-correntes de estudo em laboratrio nacionalidneo;

    e) aditivos e adies:

    - os aditivos e adies s podem ser usados seobedecerem s normas brasileiras (especifi-caes) ou, na falta destas, se as suas pro-priedades tiverem sido verificadas experimen-talmente em laboratrio nacional idneo, tendosido considerados satisfatrios;

    - para fins desta Norma, so permitidos os xidospuros de origem mineral utilizados como co-rantes.

    Tabela 1 - Limites mximos

    Matria orgnica (expressa em 3 mg/Loxignio consumido)Resduo slido 500 mg/L

    Sulfatos (expressos em ons SO ) 300 mg/LCloretos (expressos em ons Cl- ) 500 mg/LAcar 5 mg/L

    4.1.2.2 Dosagem experimental

    4.1.2.2.1 A dosagem experimental tem por finalidade esta-belecer o trao da argamassa e/ou graute para que estestenham a resistncia e a trabalhabilidade previstas, ex-pressa esta ltima pela consistncia. Pode ser feita porqualquer mtodo baseado na correlao entre as ca-ractersticas de resistncia e durabilidade do graute e/ouargamassa e a relao gua/cimento, levando-se emconta a trabalhabilidade desejada e satisfazendo-se asseguintes condies:

    a) a fixao da relao gua/cimento deve decorrer:- da resistncia de dosagem aos 28 dias (f

    ad28 oufgd28), ou na idade prevista no plano de obra paraque a resistncia seja atingida;

    - das peculiaridades da obra relativas sua du-rabilidade, tais como impermeabilidade, re-sistncia ao de lquidos e gases agressivos,a altas temperaturas e variaes bruscas de tem-peratura e umidade e relativas preveno con-tra retrao exagerada;

    b) a trabalhabilidade deve ser compatvel com as ca-ractersticas dos materiais constituintes, com oequipamento a ser empregado na mistura, trans-porte, lanamento e, no caso do graute, aden-samento, bem como a eventuais peculiaridadesda fabricao e aplicao do graute e/ou arga-massa;

    c) o teor de cal em relao ao cimento (em volume),no deve ultrapassar os limites de 0,25 paraargamassas e de 0,10 para grautes; a fixaodesse teor deve decorrer:

    - da capacidade de reteno de gua necessria hidratao do cimento e diminuio daretrao;

    - da possibilidade de se obterem a resistncia e atrabalhabilidade desejadas, ao mnimo custo,satisfeita a 2 subalnea de 4.1.2.2.1-a);

    d) a dimenso mxima do agregado do graute deveser inferior a 1/3 da menor dimenso dos furos apreencher.

    4.1.2.2.2 Quando for conhecido o desvio-padro sn da re-

    sistncia, determinado em ensaios com corpos-de-provada obra considerada ou de outra cujo graute e/ou arga-massa tenham sido executados com o mesmo equipa-mento e iguais organizaes e controle de qualidade, asresistncias de dosagem (f

    aj ou fgj) devem ser calculadaspelas frmulas:

    faj = fak + 1,65 sd

    fgj = fgk + 1,65 sd

    Onde:

    fak = resistncia caracterstica de projeto da arga-

    massa

    fgk = resistncia caracterstica de projeto do grautesd = desvio-padro de dosagem, determinado pela

    expresso:

    sd = xn . s

    n

    xn tem o valor determinado conforme abaixo, de acordo

    com o nmero n de ensaios:

    n < 20 20 25 30 50 200

    xn

    (A) 1,35 1,30 1,25 1,20 1,10

    (A) Adotar o critrio dado pela Tabela 2.

    Notas: a) fak e fgk so resistncias caractersticas de projeto da

    argamassa e do graute, respectivamente, mesmaidade.

    b) No se deve tomar sd com valor inferior a 2,0 MPa.

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  • NBR 8798/1985 5

    4.1.2.2.3 Se no for conhecido o desvio-padro sn, o cons-

    trutor deve indicar, para efeito da dosagem inicial, o modocomo pretende conduzir a construo, de acordo com oqual deve ser fixada a tenso da dosagem segundo o cri-trio da Tabela 2 (em todos os casos deve ser feito o con-trole da resistncia, durante o decorrer da obra, conformeos Captulos 5 e 6).

    4.1.2.3 Dosagem no experimental

    A dosagem no experimental, feita no canteiro da obra,por processo rudimentar, somente deve ser permitida paraobras de pequeno vulto, respeitadas as seguintes con-dies e dispensado o controle da resistncia:

    a) a resistncia caracterstica do prisma fpk de projetodeve ser menor ou igual a 6,0 MPa para prismaoco, na rea lquida, ou 3,0 MPa para prisma cheio;

    b) a trabalhabilidade necessria ao graute e/ou ar-gamassa deve ser obtida com o proporcionamentoespecificado na Tabela 3;

    c) a adequabilidade da proporo agregado grado/agregado mido deve ser verificada com os ma-teriais da obra, respeitando-se os limites da Ta-bela 3.

    4.1.2.4 Desempenho

    A argamassa e o graute devem atender as exigncias daTabela 4. Nos casos especiais de haver necessidade deuso de elementos que no cumpram alguma das es-pecificaes da Tabela 4, necessria a comprovaoexperimental de desempenho satisfatrio, principalmentedos pontos de vista de propriedades como a trabalha-bilidade, a resistncia compresso medida em painisem verdadeira grandeza, a resistncia penetrao degua em ensaio simulado de vento e chuva, a deforma-bilidade e a durabilidade.

    4.1.3 Ao

    O ao deve atender a NBR 7480.

    4.1.4 Controle de aceitao

    4.1.4.1 Blocos

    O controle de aceitao dos blocos deve seguir o prescritona NBR 6136.

    4.1.4.2 Cimento

    Deve obedecer ao seguinte:

    a) amostragem:

    - deve ser coletada uma amostra de cimento porlote, conforme a NBR 5741, considerando-secomo lote a quantidade de cimento fabricadacom matria-prima de mesma procedncia, equi-pamento e processos constantes, no exce-dendo os seguintes limites:

    Uma carretaCimento a granel Um vago ou 30 toneladas,

    prevalecendo a menor quantidade

    Cimento ensacado 400 sacos ou 20 toneladas

    b) responsabilidade pela qualidade do lote:

    - o comprador deve enviar para ensaio as amostrasde cimento coletadas e verificar o atendimento especificao correspondente; o fabricante res-ponsvel pelo atendimento das especificaescitadas em 4.1.2.1-a), bem como pelas impli-caes decorrentes do emprego de cimento re-cusvel na obra.

    Tabela 2 - Critrios para estabelecimento da tenso de dosagem, quando desconhecido o desvio-padro sn

    Assistncia de Medida dos materiais Determinao do sd aprofissional teor de umidade adotartecnologista Cimento Cal Agregado gua(A) freqente (MPa)de concreto

    Sim Massa Massa Massa Massa Sim 4,0Volume

    Sim Massa Volume Volume Massa Sim 5,5Volume

    - Massa Volume Volume Massa - 7,0Volume

    (A) O volume deve ser determinado por medidor adequado.

    Nota: A determinao do teor de umidade dos agregados deve ser feita por mtodo considerado preciso.

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    BR 8798/1985

    Tabela 3 - Condies mnimas para dosagem no experimental de graute e argamassa

    Materiais

    Elemento Trao AgregadosCal gua

    Cimento hidratada Mido D mx. = 4,8 mm Grado D mx. = 19 mm

    seco umidade 5% seco umidade 5%inchamento 25% inchamento 10%

    massa 1,00 0,04 2,30 - - - 0,75(em proporo)

    88 dm3 - - - 37 dm3Graute em volume 1 saco 3,5 dm3

    fino - 110 dm3 - - 32 dm3

    por m3 450 kg 1000 dm3 - - - 450 dm3de graute 24 kg

    600 kg - 1250 dm3 - - 380 dm3

    massa 1,00 0,04 2,20 - 1,70 - 0,70(em proporo)

    88 dm3 - 66 dm3 - 35 dm3em volume 1 saco 3,5 dm3

    Graute - 110 dm3 - 73 dm3 26 dm3grosso

    por m3 350 kg 900 dm3 - 600 dm3 - 350 dm3de graute 24 kg

    500 kg - 1130 dm3 - 660 dm3 280 dm3

    massa 1,00 0,12 4,0 - - - 0,80(em proporo)

    133 dm3 - - - 40 dm3em volume 1 saco 10 dm3

    Argamassa - 166 dm3 - - 32 dm3

    por m3 400 kg 1000 dm3 - - - 320 dm3de argamassa 60 kg

    600 kg - 1250 dm3 - - 240 dm3

    Nota: A dimenso mxima do agregado do graute deve ser inferior a 1/3 da menor dimenso dos vazios a preencher.

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    Tabela 4 - Exigncias mnimas para argamassa e graute

    Argamassa GrautePropriedades

    Exigncia Mtodo Exigncia Mtodo

    Consistncia(A) 230 10 mm NBR 7215 20 3 cm(C) NBR 7223

    Reteno de gua 75% ASTM C-91(B) - -

    Resistncia compresso 9 MPa 14 MPa NBR 5738axial ou NBR 7215 ou NBR 5739

    fakj(D) fgkj(D)

    (A) Medida no mximo aps 15 min do amassamento com a quantidade mxima de gua a ser empregada.

    (B) At que se publique norma brasileira sobre o assunto.

    (C) De 17 a 20 cm para adensamento por apiloamento; de 20 a 23 cm apara adensamento pelo peso prprio do material (quando o graute simplesmente vertido nos furos da alvenaria); quando for usado vibrador mecnico adequado, a consistncia deve ser o menosfluida possvel.

    (D) fakj e fgkj= resistncias caractersticas idade de j dias expressas no projeto da obra, respectivamente para a argamassa

    e o graute.

    4.1.4.3 Cal hidratada

    Deve obedecer ao seguinte:

    a) amostragem:

    - deve ser coletada uma amostra de cal hidratadapor lote, conforme a NBR 6471, considerando-se como lote a quantidade de cal hidratada deum mesmo fornecimento, fabricada com matria-prima de mesma procedncia, equipamentos eprocessos constantes, no excedendo o limitede 20 toneladas ou 1000 sacos;

    b) responsabilidade pela qualidade do lote:

    - o comprador deve enviar para ensaio as amos-tras de cal hidratada coletadas e verificar o aten-dimento especificao de 4.1.2.1-b);

    - o fabricante responsvel pelo atendimento daespecificao, bem como pelas implicaes de-correntes do emprego da cal hidratada recusvelna obra.

    4.1.4.4 Agregados

    Deve ser coletada uma amostra de agregado por lote,conforme a NBR 7216, considerando-se como lote m-ximo a quantidade de 50 m3 de agregado de mesma pro-cedncia. O controle de aceitao deve seguir o prescritona NBR 7211.

    4.1.4.5 gua

    No caso de guas provindas do abastecimento pblico, dispensvel o controle de aceitao; em outros casos,deve ser coletada e ensaiada uma amostra de gua noincio da obra e a cada perodo mximo de dois meses. Agua deve atender a 4.1.2.1-d).

    4.1.4.6 Aditivos/responsabilidade pela qualidade do lote

    4.1.4.6.1 O fabricante responsvel pelo atendimento dasespecificaes de 4.1.2.1-e), bem como pela manutenodas caractersticas do lote em questo, similares s ca-ractersticas do lote empregado na comprovao expe-rimental de desempenho, quando exigida.

    4.1.4.6.2 De cada fornecimento de aditivo deve ser retiradauma amostra de 1 L, ou quantidade de p para compo-sio de 1 L, para eventuais comprovaes de compo-sio e/ou desempenho.

    4.1.4.7 Argamassas semipreparadas

    4.1.4.7.1 Deve-se coletar uma amostra de material por lote,considerando-se como este a argamassa fabricada commatria-prima de mesma procedncia, equipamento eprocessos constantes, no excedendo limites de 20 tone-ladas de material tal como entregue.

    4.1.4.7.2 A amostra deve atender ao prescrito na Tabe-la 4, quando ensaiada de acordo com as prescries dofabricante e o modo de emprego na hora.

    4.1.4.8 Ao

    O controle e as condies de aceitao so os prescritosna NBR 7480.

    4.1.5 Armazenamento

    4.1.5.1 Blocos

    Os blocos devem ser armazenados preferivelmente demodo a serem empregados na ordem cronolgica de rece-bimento, isolados do solo de modo a evitar contaminaopor umidade ou materiais presentes no mesmo. As pilhasdevem ter altura mxima de 2,0 m e comprimento oulargura mxima de 5,0 m, devendo ser preferivelmenteprotegidas da chuva.

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    4.1.5.2 Cimento

    4.1.5.2.1 O cimento deve ser armazenado em local sufici-entemente protegido da ao das intempries, da umi-dade do solo, paredes ou tetos de depsitos e de outrosagentes nocivos s suas qualidades. Lotes recebidos empocas diversas no devem ser misturados, mas colo-cados em pilhas separadas de maneira a facilitar a ins-peo e o emprego na ordem cronolgica de recebimento.

    4.1.5.2.2 Se o armazenamento do cimento for previsto paraperodos menores que 15 dias, pode-se utilizar pilhas comat 15 sacos de cimento superpostos; quando a previsode utilizao envolver perodos maiores de arma-zenamento, recomenda-se a formao de pilhas de atdez sacos superpostos.

    4.1.5.3 Cal hidratada

    A cal hidratada deve ser armazenada em local sufi-cientemente protegido da ao das intempries, da umi-dade do solo, paredes ou teto de depsitos e de outrosagentes nocivos s suas qualidades. Lotes recebidos empocas diversas no devem ser misturados, mas colo-cados em pilhas separadas de maneira a facilitar a ins-peo e o emprego da ordem cronolgica de recebimento.A cal hidratada em pasta deve ser mantida submersa.

    4.1.5.4 Agregados

    Os agregados midos e grados devem ser depositadosem plataformas separadas, onde no haja possibilidadede se misturarem com outros agregados ou com materiaisestranhos que venham a prejudicar sua qualidade. Osmontes de estocagem devem dispor de sistema ade-quado de drenagem.

    4.1.5.5 Aditivos e adies

    4.1.5.5.1 Os aditivos devem ser armazenados em em-balagens fornecidas pelo fabricante e em locais secos efrescos, ao abrigo das intempries. Especificaes par-ticulares do fabricante devem ser seguidas risca.

    4.1.5.5.2 Os lotes de aditivos e adies devem ser iden-tificados e utilizados na ordem cronolgica de rece-bimento.

    4.1.5.5.3 As adies em p devem ser armazenadas aoabrigo da umidade e contaminao de substnciasestranhas.

    4.1.5.6 Argamassas semipreparadas

    4.1.5.6.1 O armazenamento deve seguir as instrues dofabricante no tocante ao perodo mximo de armazena-mento. O material, se embalado, deve ser mantido nasembalagens originais fechadas.

    4.1.5.6.2 O armazenamento deve ser ao abrigo do sol, dasintempries e da umidade, sem contato com pisos, pa-redes ou tetos dos depsitos. A disposio do materialdeve permitir facilidade de inspeo e emprego na ordemcronolgica de recebimento. A altura mxima das pilhas de dez sacos.

    4.1.5.7 Ao

    4.1.5.7.1 O armazenamento deve ser feito sobre suportesque no permitam o contato do ao com o solo.

    4.1.5.7.2 O perodo de armazenamento deve ser pequenoo suficiente para evitar a formao de placas de oxidaodo material e a deposio de partculas de p, leo ougraxa presentes no ar, que possam prejudicar a ade-rncia.

    4.2 Execuo

    4.2.1 Argamassas

    4.2.1.1 Medida dos materiais

    Obedece ao seguinte:

    a) medir o cimento, quando usado a granel, emmassa, com tolerncia de 3%; no caso de cimentoensacado, pode ser considerado o peso nominaldo saco;

    b) medir os agregados midos em massa ou volume,com tolerncia de 3%, devendo-se sempre levarem conta a influncia da umidade;

    c) medir a gua em volume ou massa com tolernciade 3%;

    d) medir o aditivo lquido em volume ou massa comtolerncia de 5%;

    - devem ser tomados cuidados especiais na do-sagem do aditivo;

    - seguir fielmente as instrues do fabricante, dis-solvendo o aditivo previamente na gua deamassamento antes da mistura com os demaismateriais;

    e) medir o aditivo em p em massa com tolernciade 5%;

    f) medir a cal hidratada e outras adies em massaou volume, com tolerncia de 3%;

    - no caso da cal hidratada em pasta, deve-se sem-pre levar em conta a gua presente na mesma.

    4.2.1.2 Mistura manual

    4.2.1.2.1 O amassamento manual da argamassa, a em-pregar-se excepcionalmente em pequenos volumes ouem obras de pequeno porte, deve ser realizado sobreum estrado ou superfcie plana impermevel e resistente.

    4.4.1.2.2 Misturar primeiramente a seco os agregados e ocimento, de maneira a obter-se cor uniforme; em seguidaadicionar aos poucos a gua necessria, prosseguindocom a mistura at a obteno de uma massa de aspectouniforme. No permitido amassar-se, de cada vez, volu-me de argamassa superior ao correspondente a 50 kgde cimento.

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    4.2.1.2.3 Quando for empregada pasta de cal, em lugarde cal hidratada em p, aquela deve ser lanada porltimo, colocando-se toda a gua no incio da mistura,descontando-se a gua contida na pasta de cal.

    4.2.1.3 Mistura mecnica

    4.2.1.3.1 Sempre que se empregar misturador para amas-samento mecnico deve-se seguir o procedimentoabaixo:

    a) lanar parte da gua e todo o agregado, pondo omisturador em funcionamento;

    b) lanar o cimento com o misturador j em funcio-namento; e,

    c) aps algumas voltas do misturador, lanar a calhidratada e o resto da gua.

    4.2.1.3.2 O amassamento mecnico em canteiro devedurar, sem interrupo, o tempo necessrio para permitira homogeneizao da mistura de todos os materiais, in-clusive eventuais aditivos; a durao necessria aumentacom o volume da amassada, devendo ser tanto maisquanto mais seca a argamassa. O tempo mnimo de amas-samento, em segundos, aps terem sido colocados todosos materiais no misturador deve ser

    conforme o eixo do misturador seja respecti-vamente inclinado, horizontal ou vertical, sendo d o di-metro mximo do tambor (em metros).4.2.1.3.3 Nos misturadores de produo contnua devemser descartadas as primeiras amassadas at se alcanara homogeneizao necessria, sendo seguidas ins-trues particulares do fabricante do equipamento.

    4.2.1.4 Remistura

    Deve obedecer ao seguinte:

    a) remistura para restabelecimento da trabalha-bilidade (retempero):- a argamassa pode ser remisturada nos caixes

    de madeira junto aos pedreiros, manualmente,sempre que isso se fizer necessrio para resta-belecer a trabalhabilidade inicial;

    - este procedimento s pode ser efetuado dentrodo prazo de incio de pega do cimento que estsendo utilizado, que em mdia da ordem de2,5 h, podendo ser inferior em clima quente;

    - no se deve cobrir de gua a argamassa nemtentar dissolver pores j endurecidas; nestecaso as pores devem ser rejeitadas;

    b) argamassas semipreparadas na obra:- no caso de prazos muito dilatados de espera, a

    argamassa pode ser misturada e transportada aseco, adicionando-se gua na caixa do pedreiro;

    - quando o prazo de espera previsto superar2,5 h, deve-se secar a areia;

    - tomando essa precauo o prazo mximo deespera tolerado 10 h;

    ou d60 ,240 d, 120 d,

    c) argamassas semipreparadas comerciais:

    - neste caso, uma vez abertas as embalagens,valem as restries referentes s alneas an-teriores e exigncias particulares do fabricante.

    4.2.1.5 Transporte

    Deve obedecer ao seguinte:

    a) a argamassa deve ser transportada de modo ano sofrer evaporao, perda de constituintes ousegregao dos materiais;

    b) em dias quentes, com sol forte ou ventos acen-tuados, recomendvel cobrir as caixas de ar-gamassa com panos e/ou sacos midos;

    c) ao final da operao de transporte, a argamassadeve ser homogeneizada manualmente em seurecipiente.

    4.2.2 Graute

    4.2.2.1 Medida dos materiais

    Alm de serem seguidas as prescries de 4.2.1.1, deve-se medir o agregado grado em massa ou volume comtolerncia de 3%.

    4.2.2.2 Mistura manual

    4.2.2.2.1 O amassamento manual do graute, a empregar-se excepcionalmente em pequenos volumes ou em obrasde pequeno porte, deve ser realizado sobre um estradoou superfcie plana impermevel e resistente. Misturarprimeiramente a seco os agregados e o cimento, de ma-neira a obter cor uniforme; em seguida, adicionar aospoucos a gua necessria, prosseguindo a mistura atconseguir massa de aspecto uniforme.

    4.2.2.2.2 No permitido amassar, de uma s vez, volumesuperior de graute ao correspondente a 50 kg de cimento.

    4.2.2.3 Mistura mecnica

    4.2.2.3.1 O amassamento mecnico em canteiro deve du-rar, sem interrupo, o tempo necessrio homogenei-zao da mistura de todos os elementos, inclusive adi-tivos; a durao necessria aumenta com o volume daamassada e ser tanto maior quanto mais seco o graute.O tempo mnimo de amassamento, contado aps teremsido colocados todos os materiais, em segundos, deveser de , conforme o eixo do mis-turador seja respectivamente inclinado, horizontal ouvertical, sendo d o dimetro mximo do tambor (emmetros). Nos misturadores de produo contnua devemser descartadas as primeiras amassadas at se alcanara homogeneizao necessria, sendo seguidas ins-trues particulares do fabricante do equipamento.

    4.2.2.3.2 A ordem prefervel para colocao dos materiaisno misturador em funcionamento a seguinte: agregadogrado, parte da gua, agregado mido mais cimento,mais cal ou outras adies e restante da gua. Quandofor empregada pasta da cal extinta na obra, esta deve serlanada por ltimo.

    240 d,120 d ou 60 d

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    4.2.2.4 Transporte

    4.2.2.4.1 O graute deve ser transportado do local doamassamento para o de lanamento em um tempo com-patvel com o incio da pega do cimento e o meio utilizadodeve ser tal que no acarrete desagregao ou segre-gao de seus elementos ou perda sensvel de qualquerdeles por vazamento ou evaporao.

    4.2.2.4.2 O sistema de transporte deve, sempre que pos-svel, no permitir depsito intermedirio. Se este for ne-cessrio, no manuseio do graute devem ser tomadas pre-caues para evitar sua desagregao ou segregao.

    4.2.3 Armaes

    4.2.3.1 Emprego de diferentes classes e categoria de ao

    4.2.3.1.1 No podem ser empregados na obra aos dequalidades diferentes das especificadas no projeto, semaprovao prvia do projetista.

    4.2.3.1.2 Quando previsto o emprego de aos de quali-dades diversas, devem ser tomadas as necessrias pre-caues para evitar a troca involuntria.

    4.2.3.2 Limpeza

    As barras de ao devem ser convenientemente limpasde quaisquer substncias prejudiciais aderncia, re-tirando-se as escamas eventualmente destacadas porcorroso.

    4.2.3.3 Dobramento

    O dobramento das barras, inclusive para os ganchos,deve ser feito com os raios de curvatura previstos noprojeto. As barras de ao Classe B devem ser sempre do-bradas a frio.

    4.2.3.4 Emendas

    4.2.3.4.1 As emendas de barras de armadura devem serfeitas de acordo com o previsto no projeto.

    4.2.3.4.2 Quanto s emendas com solda, a solda s podeser:

    a) por presso (caldeamento);

    b) com eletrodo.

    4.2.3.4.3 As mquinas soldadoras devem ter caracte-rsticas eltricas e mecnicas apropriadas qualidadedo ao e bitola da barra e ser de regulagem automtica.

    4.2.3.4.4 Nas emendas por presso, as extremidades dasbarras devem ser planas e normais aos eixos e, nas comeletrodo, as extremidades devem ser chanfradas, de-vendo-se limpar perfeitamente as superfcies.

    4.2.3.4.5 Probe-se a solda em barras de ao Classe B.

    4.2.3.4.6 A solda de barras de ao CA-50 A deve ser feitacom eletrodos adequados, preaquecimento e resfria-mento gradual.

    4.2.3.4.7 Devem ser realizados ensaios prvios na soldana forma e com o equipamento e o pessoal a serem em-pregados na obra, assim como ensaios posteriores paracontrole.

    4.2.3.4.8 Se qualquer resultado dos ensaios prvios, comos corpos-de-prova emendados ou no emendados, nosatisfizer s especificaes, deve ser procurada a causada deficincia (no material, no processo de solda ou nodesempenho do operador) e, feitas as devidas correes,os ensaios devem ser repetidos na mesma forma anterior.Se a mdia aritmtica do oitavo inferior dos resultadosdos ensaios de controle for menor que o valor espe-cificado para o ao empregado, todo o lote ser consi-derado com essa resistncia ruptura e com a resistnciaao escoamento correspondente de ruptura dividida por1,2, devendo ajuizar-se, em face do projeto e da locali-zao da emenda na estrutura, da possibilidade ou nodo emprego das barras do lote.

    4.2.3.5 Montagem

    4.2.3.5.1 A armadura deve ser colocada de modo que du-rante o lanamento do graute se mantenha na posioindicada no projeto, conservando-se inalteradas as dis-tncias das barras entre si e as faces internas dos blocos.

    4.2.3.5.2 Permite-se, para isso, o uso de arame e de taru-gos de ao ou de tacos de argamassa; nunca, porm,deve ser admitido o emprego de calos de ao cujo co-brimento, depois de lanado o graute, tenha espessuramenor que a prescrita nas disposies construtivas danorma sobre a alvenaria estrutural de blocos vazados deconcreto.

    4.2.3.6 Barras de espera

    As barras de espera devem ser devidamente protegidascontra a corroso; ao ser retomada a concretagem, devemser perfeitamente limpas (ver 4.2.3.2) de modo a permitirboa aderncia.

    4.2.4 Escoramento

    4.2.4.1 Dimensionamento

    4.2.4.1.1 Os escoramentos devem ser dimensionados econstrudos obedecendo s prescries das normasbrasileiras para estruturas de madeira (NBR 7190) e paraestruturas metlicas.

    4.2.4.1.2 O escoramento deve ser projetado de modo ano sofrer, sob a ao de seu peso, do peso da estruturae das cargas acidentais que possam atuar durante a exe-cuo da obra, deformaes prejudiciais forma da es-trutura ou que possam causar esforos na mesma fasede endurecimento da argamassa e/ou graute. No seadmitem pontaletes de madeira com dimetro ou menorlado da seo retangular inferior a 5 cm, para madeirasduras, e 7 cm para madeiras moles.

    4.2.4.1.3 Os pontaletes com mais de 3 m de comprimentodevem ser contraventados, salvo se for demonstradadesnecessidade desta medida para evitar a flambagem.

  • NBR 8798/1985 11

    4.2.4.1.4 Devem ser tomadas as precaues necessriaspara evitar recalques prejudiciais provocados no solo ouna parte da estrutura que suporta o escoramento, pelascargas por este transmitidas.

    4.2.4.2 Madeira

    O teor de umidade natural da madeira deve ser compatvelcom o tempo a decorrer entre a execuo do escoramentoe da estrutura. No caso de se prever que esse tempo ul-trapasse dois meses, a madeira a ser empregada deveter o teor de umidade correspondente ao estado seco doar.

    4.2.4.2.1 Emendas nos pontaletes

    Cada pontalete de madeira s pode ter uma emenda, aqual no deve ser feita no tero mdio do seu compri-mento. Nas emendas, os topos das duas peas a emendardevem ser planos e normais ao eixo comum. Devem serempregadas cobrejuntas em toda a volta das emendas.

    4.2.4.2.2 Precaues contra incndio

    Devem ser tomadas nas obras as devidas precauespara proteger o escoramento contra os riscos de incndio,tais como cuidados nas instalaes eltricas provisrias,remoo de resduos combustveis e limitao no empregode fontes de calor.

    4.2.4.3 Dispositivos para retirada do escoramento

    A construo do escoramento deve ser feita de modo ahaver facilidade na retirada de seus diversos elementosseparadamente, se necessrio. Para que se possa fazeressa retirada sem choques, o escoramento deve serapoiado sobre cunhas, caixas de areia ou outros dis-positivos apropriados a esse fim.

    4.2.5 Assentamento

    4.2.5.1 Nivelamento, alinhamento e prumo

    4.2.5.1.1 A base para assentamento da alvenaria deveser executada plana e em nvel, exigindo-se discrepnciado plano horizontal inferior a 0,5 cm em 2 m.

    4.2.5.1.2 Cada fiada deve ser assentada com o auxlio defios flexveis estirados horizontal e paralelamente ao planoda parede, de modo que um observador situado prximoa uma das extremidade do fio no constante, a olho nu,curvatura resultante do efeito da gravidade ou do vento.

    4.2.5.1.3 A fixao dos fios deve ser feita em guias perfei-tamente aprumadas nas extremidades das paredes,podendo as guias ser os prprios cantos das mesmas,executados com antecedncia. As extremidades dos fiosdevem ser niveladas por processo satisfatrio.

    4.2.5.1.4 O alinhamento vertical das juntas deve ser obtidocom auxlio de fio prumo ou gabarito modular.

    4.2.5.1.5 Nestas condies as tolerncias mximas denivelamento, alinhamento e prumo so as especificadasem 5.1.3.

    4.2.5.2 Colocao da argamassa

    Obedece s seguintes condies:

    a) os locais de aplicao da argamassa de assen-tamento, assim como os blocos, devem estar lim-pos e sem agregados soltos, graxa, p, gua emexcesso ou qualquer outra substncia que impeaa perfeita aderncia e unio entre a argamassa eos substratos;

    b) a quantidade de argamassa a ser aplicada nodeve corresponder a um tempo de colocao dosblocos que supere o incio da pega ou perda datrabalhabilidade;

    c) a argamassa deve ser aplicada em todas asparedes do bloco para formao da junta horizontale em dois cordes verticais nos bordos de umadas extremidades do bloco para formao da juntavertical;

    - os cordes devem ter espessura tal que, aps oassentamento dos blocos, as juntas resultantestenham espessura de (10 3) mm, proibindo-secalos de qualquer natureza;

    - outras espessuras de juntas podero estar pre-vistas em projeto, desde que de eficincia com-provada em ensaios de desempenho;

    d) em dias muito quentes, secos e com ventos, asuperfcie de assentamento dos blocos deve serlevemente umedecida com brocha de pintor,alguns minutos antes da aplicao da argamassa;

    e) a argamassa no deve avanar no interior dosvazios do bloco mais que 1 cm, no momento doassentamento, principalmente para deixar livre oespao destinado ao enchimento com graute egarantir melhor impermeabilidade da junta;

    - em alvenarias ocas, esse cuidado evita desper-dcios, apesar de no ser essencial do ponto devista da segurana da estrutura;

    - recomenda-se, para atingir este objetivo, o usode instrumental e tcnica adequados;

    f) o excesso de argamassa retirado das juntas podeser remisturado com a argamassa fresca; aargamassa que tenha cado no cho ou no an-daime deve ser descartada.

    4.2.5.3 Colocao dos blocos

    4.2.5.3.1 Os blocos devem ser assentados sobre as fiadasj compostas, de forma que a movimentao dos mesmospara os ajustes de posio seja a mnima possvel, princi-palmente com relao ao cisalhamento da argamassafresca.

    4.2.5.3.2 Todos os ajustes para dar o alinhamento,nivelamento e prumo de cada bloco at sua posiodefinitiva devem ser realizados de preferncia com o au-xlio de martelo, durante o perodo de boa trabalhabilidadeda argamassa, seguindo-se as prescries de 4.2.5.1.

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    4.2.5.3.3 A espessura resultante das juntas deve ser talcomo descrito em 4.2.5.2.

    4.2.5.4 Acabamento das juntas

    4.2.5.4.1 Nos casos em que a alvenaria no seja revestida,depois que uma seo da parede tenha sido construdae a argamassa endurecido o suficiente para resistir presso do polegar, porm ainda no resista formaode marcas com a unha, deve-se proceder ao acabamentoda junta com o auxlio de ferramentas que comprimam aargamassa de encontro aos blocos, proporcionando umperfil cncavo arredondado ou formato de V.

    4.2.5.4.2 As ferramentas devem manter-se a uma in-clinao pequena em relao ao plano da parede, demaneira a compactar a argamassa, sem arrast-la parafora da junta.

    4.2.5.4.3 Nos casos em que a alvenaria seja revestida, asjuntas podem ser rasadas imediatamente aps o assen-tamento, tendo-se o cuidado de no remover as poresde argamassa internas junta nem deslocar os blocosde suas posies relativas.

    4.2.6 Grauteamento

    4.2.6.1 Preparo dos locais a grautear

    Deve obedecer ao seguinte:

    a) visitas:

    - devem ser executados furos de dimensesmnimas de 7,5 cm de largura por 10 cm de alturaao p de cada vazio a grautear;

    b) limpeza dos vazios:

    - deve-se retirar cuidadosamente, atravs das vi-sitas, todo material estranho presente no fundodos vazios verticais;

    - os excessos de argamassa que ficam salientesno interior dos vazios verticais ou canaletasdevem tambm ser removidos;

    c) colocao das ferragens:

    - aps a limpeza dos vazios deve-se colocar aarmadura vertical ou horizontal de modo a obe-decer s prescries de projeto, evitando a possi-bilidade de alteraes no posicionamento du-rante o grauteamento, mediante o uso de dispo-sitivos posicionadores distanciados entre si nomximo 1,6 m, colocados obrigatoriamente naextremidade superior do furo;

    d) preparo das canaletas:

    - deve-se providenciar um confinamento horizontalque impea a entrada do graute em furos e vaziosno previstos;

    e) molhagem:

    - os vazios verticais ou canaletas devem sersaturados para evitar excessiva absoro dagua do graute;

    - tal operao deve ser feita imediatamente antesde iniciar-se o grauteamento.

    4.2.6.2 Lanamento

    4.2.6.2.1 O lanamento do graute deve efetuar-se nomnimo 24 h aps o assentamento das paredes a serempreenchidas.

    4.2.6.2.2 A altura mxima de lanamento permitida de3,0 m com uso de adensamento manual ou mecnico e1,6 m sem adensamento e com obrigatoriedade deexistncia de furos de visita ao p de cada trecho agrautear.

    4.2.6.2.3 No incio do lanamento deve-se verificar a sadado graute atravs do furo de visita, obturando-se este l-timo a seguir.

    4.2.6.2.4 No caso de lanamento em alturas corres-pondentes a fraes do p-direito, deve-se lanar o grauteat que o nvel superior do mesmo atinja metade da alturada ltima fiada.

    4.2.6.2.5 O nmero mximo de juntas de grauteamentopermitido de duas juntas por trecho vertical de 3 m.

    4.2.6.3 Adensamento

    4.2.6.3.1 No adensamento do graute deve-se objetivar amaior compacidade possvel, preenchendo-se comple-tamente os vazios e suas reentrncias sem ocorrer se-gregao dos materiais.

    4.2.6.3.2 No adensamento manual, deve-se usar hastemetlica de dimetro entre 10 mm e 15 mm e comprimentosuficiente para atingir a base do furo a preencher. Probe-se o uso da prpria armadura para este fim. medidaque o graute vai sendo lanado, deve-se adens-lo emcamadas sucessivas de altura da ordem de 40 cm, fazen-do com que a haste penetre na camada de modo a atingiro topo da antecedente.

    4.2.6.3.3 No adensamento mecnico, deve-se usarvibrador de agulha que no afete as ligaes entre blocose argamassa, no devendo as camadas de lanamentoter altura superior ao comprimento da agulha. O tempode vibrao deve ser suficientemente grande paraeliminao de bolhas, e pequeno para evitar a segrega-o dos materiais.

    4.2.6.3.4 O tempo de lanamento entre camadas suces-sivas no deve superar 30 min.

    4.2.6.3.5 recomendvel o readensamento do graute cer-ca de 15 a 20 min aps o adensamento para evitar osefeitos da retrao inicial.

  • NBR 8798/1985 13

    4.2.6.4 Cura

    4.2.6.4.1 Em condies de baixa umidade do ar, os blocosenvolventes das colunas e canaletas de graute devempermanecer umedecidos durante os primeiros sete diasde idade quando se usar cimento Portland comum,trs dias quando se usar cimento de alta resistncia iniciale dez dias quando se usar cimento pozolnico ou de altoforno.

    4.2.6.4.2 Nas cintas ou elementos onde o graute perma-nea com grande superfcie exposta, a cura do mesmodeve ser feita com o auxlio de meios que garantam amanuteno de umedecimento constante, tais como ca-mada de areia ou serragem, etc.

    4.2.6.4.3 Os perodos mnimos de cura em tais condiesso os mesmos prescritos acima, a no ser que a su-perfcie venha a ser coberta por novas fiadas de blocos.

    5 Condies especficas5.1 Controle de produo

    O objetivo do controle de produo avaliar uma ou maispropriedades do elemento ou componente produzido aintervir no processo de produo para manter essa(s)propriedade(s) dentro de limites considerados satis-fatrios, quer do ponto de vista tcnico, quer do econ-mico.

    5.1.1 Da argamassa

    5.1.1.1 O principal parmetro de controle de produo aconsistncia, podendo-se empregar a mesa de fluidezdescrita na NBR 7215 ou o tronco de cone de Abrams,descrito na NBR 7223.

    5.1.1.2 O controle se faz verificando se a consistncia estdentro de um dos limites estabelecidos abaixo:

    a) para assentamento com colher de pedreiro, emcordes:

    - NBR 7215: 230 10 mm;

    - NBR 7223: 30 10 mm;

    b) outros processos:- os ndices devem ser estabelecidos experimental-

    mente.

    5.1.1.3 Fazem parte das operaes do controle de pro-duo a verificao e eventual correo da observnciados tempos mximos de manuseio prescritos em 4.2.1.4e 4.2.5.2, e da fidelidade do proporcionamento dosmateriais ao estabelecido na dosagem da argamassa.

    5.1.2 Do graute

    5.1.2.1 O parmetro do controle de produo a ser adotadodeve ser a consistncia (NBR 7223), a ser mantida dentrodos limites.

    A = A 15 mm

    Onde:

    A = abatimento mdio adotado na dosagem dograute

    A = abatimento medido ao final da mistura do graute

    5.1.2.2 Fazem parte das operaes do controle de pro-duo a verificao e eventual correo da observnciado tempo mximo de manuseio prescrito em 4.2.2.4 e dafidelidade do proporcionamento dos materiais ao estabe-lecimento na dosagem do graute.

    5.1.3 Dos componentes

    O controle de produo deve basear-se na verificaodas tolerncias dimensionais da Tabela 5 e tomada derpidas providncias corretivas, quando necessrias. Asverificaes devem ser feitas antes de qualquer operaode grauteamento, ou no mximo a cada meio p-direitoassentado, no caso de trechos de alvenarias no grau-teadas.

    Tabela 5 - Tolerncias dimensionaisFator Tolerncia

    Espessura 3 mm(A)

    2 mm/mNvel 10 mm no mximo

    Espessura 3 mm(A)

    2 mm/m 10 mm no mximo

    2 mm/mVertical 10 mm no mximo por piso

    25 mm na altura total

    Horizontal 2 mm/m 10 mm no mximo

    Variao no nvel entre 1 mm/melementos de piso adjacentes

    1,5 mm

    (A) Tolerncia referida a juntas de 10 mm de espessura nominal; nos demais casos, considerar 30% da espessura correspondente.

    Junta horizontal

    Alinhamento vertical

    Alinhamentoda parede

    Junta vertical

    Superfcie superiordas paredes portantes

    Variao no nvel dentro da largurade cada bloco isoladamente

  • 14 NBR 8798/1985

    m = n - 1

    2 se n mpar

    n = nmero de exemplares da amostra

    f1, f2 ... fn = resistncia dos exemplares em ordemcrescente de magnitude

    b) o valor da resistncia do exemplar o maior valorobtido entre os resultados dos corpos-de-provaque o compem,

    n 6 7 8 10 12 14 16 18

    0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02 1,04

    f f e fmaior entre

    akak4

    1ak

    3

    f f e fmaior entre

    gkgk4 1 gk3

    f f e fmenor entre

    akak

    , est ak

    42

    f f e fmenor entre

    gk gk, est

    gk42

    c) condies de aceitao do lote:- f

    ak, est fak para argamassas, e

    - fgk, est fgk para grautes.

    6.1.2 Componentes

    O parmetro de aceitao do componente parede deveser a resistncia compresso medida no ensaio deprismas cheios ou ocos, conforme a NBR 8215.

    6.1.2.1 Amostragem

    A estrutura deve ser dividida em lotes de preferncia cons-titudos de argamassas, grautes e blocos de mesmos lo-tes. Na ausncia destas informaes, cada lote deve cor-responder aos componentes, perfazendo no mximo: umasemana de produo, ou um andar, ou 200 m2 de reaconstruda, ou 500 m2 de parede, prevalecendo a menorquantidade.

    6.1.2.1.2 A amostra representativa do lote deve constituir-se de no mnimo seis exemplares. Cada exemplar deveconstituir-se de um ou mais prismas, preparados alea-toriamente durante a execuo do correspondente lote,utilizando-se os mesmos operadores, equipamentos, ar-gamassa e graute.

    (1) A notao 6 foi adotada para coerncia com a NBR 6118.

    6

    6 Inspeo

    6.1 Controle de aceitao

    6.1.1 Argamassa e graute

    Para argamassas e grautes, o parmetros de controledeve ser a resistncia compresso, obtida no ensaiode cilindros, moldados e rompidos de acordo com a Ta-bela 6.

    6.1.1.1 Amostragem

    6.1.1.1.1 A estrutura deve ser dividida em lotes de prefe-rncia constitudos de argamassas ou grautes, utilizandoos mesmos materiais, propores e caractersticas. Naausncia de outras informaes o lote deve corresponder argamassa ou ao graute utilizado em no mximo umandar, ou uma semana de produo, ou 200 m2 de reaconstruda, ou 500 m2 de parede, prevalecendo a menorquantidade.

    6.1.1.1.2 A amostra que representa o lote deve constituir-se de seis exemplares no mnimo. Cada exemplar deveconstituir-se preferivelmente de dois ou mais corpos-de-prova, moldados com a argamassa ou graute de uma smassada no mesmo ato e destinados mesma data deruptura (exemplares de um s corpo-de-prova podem serusados quando se espera uma baixa variabilidade den-tro do ensaio).

    6.1.1.2 Aceitao e rejeio

    Obedece ao seguinte procedimento:

    a) deve-se comparar a resistncia caracterstica doprojeto (f

    ak para a argamassa e fgk para o graute)com a resistncia caracterstica estimada (f

    ak, estpara a argamassa e fgk, est para o graute) dadapelas frmulas:

    f ou f = 2 f + f +... f - fak1 gk11 2 m-1

    mm 1

    f ou f = 0,85 f + ... fak2 gk21 n

    n

    f ou f =ak3

    gk3

    6 1f (1)

    Onde:

    m = n

    2 se n par, ou

  • NBR 8798/1985 15

    Tabela 6 - Mtodos para ensaios de aceitao

    Procedimento de

    Material Dimenses dos corpos-de-provaMoldagem Ruptura

    e cura compresso

    Argamassa NBR 5738 NBR 7215 Altura: 10 cmDimetro: 5 cm

    Mnima altura: 15 cmGraute NBR 5738 NBR 5739 Dimetro: 7,5 cm

    f1, f2 ... fn = resistncia dos exemplares em ordemcrescente de magnitude

    b) o valor da resistncia do exemplar o maior valorobtido entre os resultados dos prismas que ocompem

    n 6 7 8 10 12 14 16 18

    6 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02 1,04

    f f e fmaior entre

    pkpk4 1 pk3

    f f e fmenor entre

    pk pk, est

    pk42

    c) condio de aceitao do lote:

    f , est fpk

    pk

    6.1.2.2 Aceitao e rejeio

    Obedece ao seguinte procedimento:

    a) deve-se comparar a resistncia caracterstica doprojeto (fpk) com a resistncia caractersticaestimada (fpk, est) dada pelas frmulas:

    f = 2 f + f + ... f fpk1 1 2 m - 1

    mm

    1

    f = 0,85 f + ... fpk21 n

    n

    fpk3 = 6 1f ,

    Onde:

    m = n

    2 se n par, ou

    m= n - 1

    2 se n mpar

    n = nmero de exemplares da amostra

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