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ABNT/CB-04 2º PROJETO ABNT NBR 14712 JULHO 2013 NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/22 Elevadores elétricos e hidráulicos Elevadores de carga, monta-cargas e elevadores de maca Requisitos de segurança para construção e instalação APRESENTAÇÃO 1) Este 2º Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Elevadores Elétricos (CE-04:010.13) do Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04), nas reuniões de: 02/08/2012 06/09/2012 04/10/2012 08/11/2012 06/12/2012 10/01/2013 06/05/2013 06/06/2013 2) Este 2º Projeto de Revisão é previsto para cancelar e substituir a edição anterior (ABNT NBR 14712:2001), quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida Norma continua em vigor; 3) Não tem valor normativo; 4) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informação em seus comentários, com documentação comprobatória; 5) Este Projeto de Norma será diagramado conforme as regras de editoração da ABNT quando de sua publicação como Norma Brasileira. 6) Tomaram parte na elaboração deste Projeto: Participante Representante ADDTECH TECNOLOGIA Wander Aranda Lemke ELEVADORES ATLAS SCHINDLER Carlos Augusto ELEVADORES OTIS Mário Sérgio Sineta HTS ELEVADORES Décio Massaro MUNDO DO ELEVADOR Francisco Thurler Valente ORTOBRÁS IND. COM. ORTOPEDIA Sérgio Aguiar Corrêa THYSSENKRUPP ELEVADORES Aldo da Silva Leal

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ABNT/CB-04 2º PROJETO ABNT NBR 14712

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Elevadores elétricos e hidráulicos – Elevadores de carga, monta-cargas e elevadores de maca – Requisitos de segurança para construção e instalação

APRESENTAÇÃO

1) Este 2º Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Elevadores Elétricos (CE-04:010.13) do Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04), nas reuniões de:

02/08/2012 06/09/2012 04/10/2012

08/11/2012 06/12/2012 10/01/2013

06/05/2013 06/06/2013

2) Este 2º Projeto de Revisão é previsto para cancelar e substituir a edição anterior (ABNT NBR 14712:2001), quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida Norma continua em vigor;

3) Não tem valor normativo;

4) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informação em seus comentários, com documentação comprobatória;

5) Este Projeto de Norma será diagramado conforme as regras de editoração da ABNT quando de sua publicação como Norma Brasileira.

6) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:

Participante Representante

ADDTECH TECNOLOGIA Wander Aranda Lemke

ELEVADORES ATLAS SCHINDLER Carlos Augusto

ELEVADORES OTIS Mário Sérgio Sineta

HTS ELEVADORES Décio Massaro

MUNDO DO ELEVADOR Francisco Thurler Valente

ORTOBRÁS IND. COM. ORTOPEDIA Sérgio Aguiar Corrêa

THYSSENKRUPP ELEVADORES Aldo da Silva Leal

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Elevadores elétricos e hidráulicos – Elevadores de carga, monta-cargas e elevadores de maca – Requisitos de segurança para construção e instalação

Electric and hydraulic lifts – Goods lifts, dumbwaiters and hospital stretcher lifts – Safety rules for the construction and installation

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope

This Standard establishes safety requirements for the construction and installation of goods lifts, dumbwaiters and hospital stretcher lifts, electric and hydraulic, permanently installed, serving defined landing levels and moving between guide rails inclined not more than 15° to the vertical, with/without machine room.

In special cases, to complement the requirements of this standard additional requirements shall be considered (explosive atmosphere, extreme weather conditions, earthquakes, transporting dangerous goods etc.).

This Standard does not apply to:

a) garage lifts with automatic loading and unloading, rack-and-pinion lifts, screw-column lifts and inclined lifts;

b) installations in existing buildings to accommodate that space does not permit;

NOTE Existing building is a building which is used or was already used before the order for the lift was placed. A building whose internal structure is completely renewed is considered as a new building.

c) significant changes (see Annex A) for a lift installed before this standard is validated;

d) lifting appliances such as paternoster, mine lifts, stage lifts, appliances with automatic caging, ships hoists, builders hoists with guided cages, platform for exploration or drilling at sea, construction and maintenance appliances;

e) installations where the inclination of the guide rails to the vertical exceeds 15 °.

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Introdução

Esta Norma foi revisada para:

a) contemplar adicionalmente os elevadores hidráulicos de carga;

b) contemplar adicionalmente os elevadores elétricos de carga sem casa de máquinas;

c) cancelar a permissão de que os elevadores de maca pudessem ter o número de passageiros reduzido em até 75 % do número de passageiros dos elevadores de passageiros com a mesma área útil da cabina;

d) acrescentar requisitos para o aço e tensões máximas admissíveis nos elementos da armação do carro e da plataforma e suas fixações;

e) acrescentar requisitos para resistência mecânica das portas dos elevadores de carga;

f) cancelar a permissão para o uso da porta pantográfica;

g) inserir o Anexo B (normativo) – Dados de projeto e fórmulas

h) corrigir erros.

1 Escopo

Esta Norma estabelece os requisitos de segurança para construção e instalação de elevadores de carga, monta-cargas e elevadores de maca, elétricos e hidráulicos, instalados permanentemente, servindo a pavimentos definidos, e movendo-se entre guias inclinadas em no máximo 15° com a vertical, com ou sem casa de máquinas.

Em casos especiais, em complementação às exigências desta Norma, devem ser consideradas exigências suplementares (atmosfera explosiva, condição climática extrema, terremotos, transporte de carga perigosa etc.)

Esta Norma não se aplica a:

a) elevadores para garagem com carregamento e descarregamento automáticos, elevadores dos tipos pinhão e cremalheira, elevador de fuso e plano inclinado;

b) instalações em edifícios existentes para acomodação que o espaço não permite;

NOTA Edifício existente é um edifício que é usado ou já foi usado antes que o pedido do elevador tenha sido feito. Um edifício cuja estrutura interna tenha sido completamente renovada é considerado um edifício novo.

c) modificações importantes (ver Anexo A) para um elevador instalado antes que esta Norma seja validada;

d) aparelhagens de levantamento, como, paternoster, elevador de mina, elevador de palco, aparelhagem de armazenamento automático, elevador de caçamba, elevador para canteiro de obras, elevadores e guindaste de navios, plataforma para exploração ou perfuração no mar, aparelhagem de construção e manutenção;

e) instalações onde a inclinação das guias com a vertical exceda 15°.

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2 Referências normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 16042, Elevadores elétricos de passageiros – Requisitos de segurança para construção e instalação de elevadores sem casa de máquinas

ABNT NBR NM 207, Elevadores elétricos de passageiros – Requisitos de segurança para construção e instalação

ABNT NBR NM 267, Elevadores hidráulicos de passageiros – Requisitos de segurança para construção e instalação

ASTM A27, Standard specification for steel casting, carbon, for general application

ASTM A36, Standard specification for carbon structural steel

ASTM A283, Standard specification for low and intermediate tensile strength carbon steel plates

ASTM A307, Standard specification for carbon steel bolts, studs, and threaded rod

ASTM A502, Standard specification for rivets, steel, structural

ASTM A668, Standard specification for steel forgings, carbon and alloy, for general use

Portaria nº 1884/GM, 11/11/1994 do Ministério da Saúde, Normas para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, Brasília 1994

3 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 5410, ABNT NBR NM 207, ABNT NBR NM 267 e ABNT NBR 16042, e os seguintes.

3.1 elevador de carga elevador destinado exclusivamente ao transporte de cargas e no qual somente é permitido que o ascensorista e o acompanhante de carga viajem 3.2 elevador de maca elevador de passageiros com as dimensões da Portaria nº 1884/GM de 11 de novembro de 1994 do Ministério da Saúde para o transporte de maca 3.3 monta-carga mecanismo de transporte com carro de capacidade e tamanho limitados, que se move em guias de direção substancialmente vertical e que é usado exclusivamente para transportar pequenas cargas

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4 Elevadores de carga

Os elevadores de carga devem satisfazer as prescrições dos elevadores de passageiros (conforme ABNT NBR NM 207, ABNT NBR NM 267 ou ABNT NBR 16042) no que lhes for aplicável e devem ser compatíveis com o transporte de carga, não colidindo com as disposições desta seção.

4.1 Limitações de utilização

É proibido o transporte de passageiros em elevadores de carga. Além do ascensorista, é permitido apenas que o acompanhante da carga viaje.

4.2 Carga nominal mínima

A carga nominal mínima deve ser baseada na carga e na classe de carregamento a serem consideradas, mas nunca deve ser inferior ao estabelecido em 4.3.

4.3 Classes de carregamento

Os elevadores de carga devem ser projetados para uma das classes de carregamento descritas em 4.3.1 a 4.3.3.

4.3.1 Classe A

Carga comum, onde a carga é distribuída e nunca uma peça singela pesa mais que 25 % da carga nominal do elevador. O carregamento e o descarregamento são manuais ou através de empilhadeiras manuais. Para este tipo de carregamento, a carga nominal mínima deve ser calculada à base de 250 kg/m2 da área útil da cabina.

4.3.2 Classe B

Carga automotiva, onde o elevador é usado para transporte de veículos utilitários ou automóveis de passageiros, até a carga nominal do elevador. Para este tipo de carregamento, a carga nominal mínima deve ser calculada à base de 150 kg/m2 da área útil da cabina.

4.3.3 Classe C

A classe C aplica-se se o peso da carga concentrada, incluindo o da empilhadeira motorizada ou manual, se usada, é maior que 25 % da carga nominal e onde a carga a ser transportada não excede a carga nominal.

Para este tipo de carregamento, a carga nominal mínima deve ser calculada à base de 250 kg/m2 da área útil da cabina.

O elevador deve ser provido com dispositivo de renivelamento de dois sentidos.

A classe C é dividida em três tipos de carregamento:

Carregamento de classe C1

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O carregamento e o descarregamento são feitos por empilhadeira motorizada ou manual e a mesma viaja com a carga. A carga estática durante o carregamento e o descarregamento não excede a carga nominal do elevador.

Carregamento de classe C2

O carregamento e o descarregamento são feitos por empilhadeira motorizada ou manual, mas a mesma não viaja junto com a carga. A carga estática durante o carregamento e o descarregamento excede a carga nominal do elevador. A carga máxima sobre a plataforma durante o carregamento e o descarregamento não pode exceder 150 % da carga nominal e o peso da empilhadeira motorizada ou manual não pode exceder 50 % da carga nominal do elevador. A máquina de acionamento, o freio eletromecânico e a relação de tração devem ser adequados para suportar e manter o nivelamento de 150 % da carga nominal.

Carregamento de classe C3

Carregamento com grande concentração de carga. A carga estática durante o carregamento, o descarregamento e a viagem não pode exceder a carga nominal do elevador.

4.4 Fechamento da caixa, casa de máquinas e casa de polias, quando estas existirem

Em recintos fechados e onde ocorre somente a presença de funcionários e não de público em geral, é permitido o fechamento da caixa, casa de máquinas ou casa de polias, quando esta existir, com tela metálica de fio com diâmetro maior que 2 mm ou chapa metálica perfurada de espessura maior que 2 mm. A maior dimensão da malha ou abertura não deve ser superior a 25 mm.

O fechamento deve ser adequadamente contraventado ou reforçado, de modo que, quando da aplicação de uma força de 450 N, uniformemente distribuída em uma área circular ou quadrada de 25 cm2, perpendicular ao fechamento, em qualquer ponto, de fora para dentro, ele:

a) resista sem qualquer deformação permanente; e

b) resista sem deformação elástica maior que 15 mm.

4.5 Cálculo das guias do carro e do contrapeso

Para cálculo das guias e das distâncias entre suportes deve ser tomada como orientação a ABNT NBR NM 267:2002, Anexo G.

Os valores destas forças devem ser indicados no desenho de montagem do elevador.

4.6 Casas de máquinas exteriores à edificação

As casas de máquinas situadas fora do edifício podem ter suas paredes fechadas com tela metálica com abertura de malha não excedente a 25 mm e construída de fio de diâmetro no mínimo de 2 mm.

4.7 Requisitos para o aço e tensões e deformações máximas admissíveis nos elementos da armação do carro e da plataforma e suas fixações

4.7.1 Requisitos para o aço

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4.7.1.1 Requisitos para o aço de elementos da armação do carro e da plataforma

O aço deve ser laminado, forjado, formado ou fundido, atendendo aos requisitos das seguintes especificações:

a) aço laminado e formado: ASTM A 36 ou ASTM A 283 Grau D;

b) aço forjado: ASTM A 668 Classe B;

c) aço fundido: ASTM A 27 Grau 60/30.

Ferro fundido não pode ser usado para quaisquer partes submetidas a tensão, torção ou flexão, exceto para:

a) suportes de guiamento;

b) corrediças; ou

c) ancoragem de cabos de compensação.

4.7.1.2 Requisitos para o aço de fixações (rebites, parafusos e tirantes)

O aço usado para rebites, parafusos e tirantes deve ser conforme as seguintes especificações:

a) para rebites: ASTM A 502;

b) para parafusos e tirantes: ASTM A 307.

4.7.2 Tensões máximas admissíveis nos elementos da armação do carro e da plataforma e suas fixações

4.7.2.1 As tensões nos elementos da armação do carro e da plataforma e de suas fixações, baseadas na carga estática imposta sobre eles, não podem exceder as seguintes:

a) para aços atendendo aos requisitos de 4.7.1.1 e 4.7.1.2, conforme Tabela 1;

b) para aços de maior ou menor resistência, as tensões admissíveis da Tabela 1 devem ser ajustadas proporcionalmente, baseadas na razão com o limite de resistência à tração;

c) para metais diferentes de aço, as tensões admissíveis da Tabela 1 devem ser ajustadas proporcionalmente, baseadas na razão com o limite de resistência à tração.

4.7.2.2 Os elementos da armação do carro, suportes e suas fixações sujeitas a forças devidas à aplicação de freio de emergência devem ser projetados para suportar as máximas forças desenvolvidas durante a fase de retardamento da freada de emergência, de modo que as tensões resultantes devido à

freada de emergência e quaisquer outras cargas agindo simultaneamente, se aplicáveis, não podem exceder 190 MPa.

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Tabela 1 - Tensões máximas admissíveis em elementos da armação do carro e da plataforma e suas conexões para os aços indicados em 4.7.1.1 e 4.7.1.2

Elemento Tipo de tensão

Tensão máxima

admissível MPa

Área base

Cabeçote superior Flexão 95 Seção bruta

Cabeçote inferior (carregamento normal) Flexão 95 Seção bruta

Cabeçote inferior (batida no para-choque) Flexão 190 Seção bruta

Longarinas Flexão+tração 115 140

Seção bruta Seção líquida

Placa de amarração dos cabos ou outro arranjo com esta finalidade

Flexão+tração 75 Seção líquida

Vigas do quadro da plataforma Flexão 95 Seção bruta

Vigas intermediárias da plataforma Flexão 115 Seção bruta

Tirantes roscados e outros elementos de tensão, exceto parafusos

Tração 60 Seção líquida

Parafusos Tração 55 Seção líquida

Parafusos em furos folgados Cisalhamento 55 Área real

Parafusos em furos folgados Pressão 120 Seção bruta

Parafusos ajustados Cisalhamento 75 Área real

Parafusos ajustados Pressão 140 Seção bruta

Qualquer elemento de armação, carga normal Compressão Nota 1 Seção bruta NOTA 1 A máxima tensão de compressão admissível em qualquer elemento de armação não pode exceder 80 % daquela permitida para cargas estáticas.

4.7.3 Deformações máximas admissíveis nos elementos da armação do carro e da plataforma

As deformações dos elementos da armação do carro e da plataforma, baseadas na carga estática imposta sobre eles, não podem ser maiores que as seguintes:

a) para os elementos do cabeçote superior, do cabeçote inferior e da armação da plataforma: 1/960 do vão;

b) para as longarinas, como determinado por B.1.1.5.3.

4.8 Cálculo das tensões e deformações máximas nos elementos da armação do carro e da plataforma

Ver Anexo B.

4.9 Cabina

O elevador de carga deve ter teto inteiriço em toda extensão da área da cabina. É permitido teto perfurado se a maior dimensão da abertura não exceder 12 mm. Se o teto for de tela metálica, adicionalmente, o diâmetro do fio deve ser maior que 2 mm.

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As cabinas devem ter internamente uma altura livre mínima de 2 m.

4.10 Iluminação da cabina

4.10.1 A iluminação da cabina deve ser protegida de modo a não ser danificada pela carga transportada pelo elevador.

4.10.2 Em elevadores de carga automáticos, pode ser colocado interruptor para desligar a iluminação da cabina.

4.11 Soleiras

As soleiras devem resistir às forças de B.1.1.6.

4.12 Placas indicativas da carga nominal e classe de carregamento

4.12.1 Os elevadores de carga devem ter placas, colocadas em lugar bem visível, com os seguintes dizeres:

CARGA NOMINAL …… kg

PROIBIDO O TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

As letras e os números utilizados nas placas devem ter altura mínima de 15 mm.

4.12.2 Além da placa descrita em 4.12.1, deve ser colocada outra placa nas mesmas condições de visibilidade, pertinente com a classe de carregamento, com um dos seguintes dizeres:

a) Para a classe A de carregamento:

Carregamento Classe A

Carregamento e descarregamento somente manuais ou por empilhadeira manual.

Peça unitária da carga ou empilhadeira manual mais sua carga não pode exceder ____ kg

b) Para a classe B de carregamento:

Carregamento Classe B

Este elevador está projetado para transportar veículos motorizados

com carga bruta máxima de ____ kg

c) Para classe C1 de carregamento:

Carregamento Classe C1

Este elevador está projetado para transportar empilhadeira motorizada.

A massa combinada da empilhadeira motorizada mais a carga não pode exceder ____ kg

d) Para classe C2 de carregamento:

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Carregamento Classe C2

Este elevador está projetado para carregamento e descarregamento por empilhadeira motorizada.

A massa máxima de carregamento e descarregamento com o elevador parado não pode exceder ____ kg

A massa máxima viajando não pode exceder ____ kg

e) Para classe C3 de carregamento:

Carregamento Classe C3

Este elevador está projetado para transportar cargas concentradas não excedendo ____ kg

As letras e os números utilizados nas placas devem ter altura mínima de 15 mm.

4.13 Portas do carro e dos pavimentos

4.13.1 Além dos tipos permitidos para os elevadores de passageiros, são admitidos mais os seguintes tipos de portas, desde que metálicas e com resistência mecânica de acordo com 4.13.5.

4.13.1.1 Portas de eixo vertical (porta batente), de um painel ou dois painéis de abertura central, de abertura manual e fechamento autônomo ou manual, e atendendo aos seguintes requisitos:

a) os painéis devem fechar completamente o vão no sentido da largura e altura;

b) cada painel deve ser provido de puxador;

c) portas de dois painéis devem ser restritas a elevadores que possam ser operados somente através da cabina ou instalados em recintos fechados e onde ocorre somente a presença de funcionários e não de público em geral.

4.13.1.2 Porta corrediça vertical singela ou bipartida de um painel ou dois painéis, de operação manual ou motorizada e atendendo aos seguintes requisitos:

a) os painéis devem ser guiados em ambos os lados e fechar completamente o vão no sentido da largura e da altura;

b) quando de operação manual, tanto para abrir quanto para fechar, as portas devem ser balanceadas e dotadas de puxador.

Quando os painéis forem construídos de tela ou chapa perfurada, sua malha ou abertura não deve ser superior a 25 mm.

4.13.1.3 Porta corrediça vertical formada por múltiplos painéis articuláveis ou folhas de aço flexíveis que se recolhem junto ao teto dos pavimentos ou sobre o teto da cabina, atendendo aos seguintes requisitos:

a) sua operação deve ser motorizada;

b) os painéis ou folhas devem ser guiados em ambos os lados e fechar completamente o vão no sentido da largura e da altura.

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4.13.1.4 Porta corrediça lateral, singela ou bipartida, formada por múltiplos painéis articuláveis ou folhas de aço flexíveis, que se recolhem junto à face lateral interna da caixa ou junto à face externa do painel lateral da cabina, atendendo aos seguintes requisitos:

a) os painéis ou folha devem ser guiados na sua parte superior e inferior e fechar completamente o vão no sentido da largura e da altura;

b) quando de operação manual, as portas devem ser dotadas de puxador.

4.13.2 A velocidade de fechamento das portas cujos tipos permitem motorização não pode ultrapassar 0,4 m/s e o seu acionamento deve ser através de botões do tipo pressão constante, instalados no interior da cabina.

4.13.3 As portas motorizadas devem ser dotadas de dispositivos de segurança que, ao tocarem qualquer obstáculo, interrompam o seu fechamento.

4.13.4 Nos tipos de porta citados em 4.13.1.2, 4.13.1.3 e 4.13.1.4, quando instalados em recintos fechados e onde ocorre somente a presença de funcionários e não de público em geral, é permitido o fechamento parcial do vão no sentido da altura, desde que a altura do painel seja no mínimo 1,80 m.

4.13.5 As portas de pavimento devem ser capazes de suportar as forças seguintes:

a) o conjunto entrada com portas tipo corrediça horizontal deve ser capaz de suportar uma força de 2 500 N aplicada no lado do pavimento, em ângulos retos, aproximadamente no centro do painel. A força deve ser distribuída em uma área de 100 mm x 100 mm. Não pode ocorrer deslocamento permanente ou deformação perceptível de qualquer parte do conjunto entrada como resultado deste ensaio;

b) as partes superior e inferior das portas tipo corrediça horizontal devem ser providas com meios de retenção do painel de porta fechada em posição, se falhar o meio primário de guiamento e evitando o deslocamento das partes superior e inferior por mais de 20 mm, quando o painel de porta estiver sujeito a uma força de 5 000 N no sentido da caixa, aplicada em ângulos retos sobre o painel, em uma área de 300 mm x 300 mm aproximadamente no centro do painel.

Os meios de retenção devem suportar também, sem deslocamento ou deformação permanente, uma força de 1 000 N aplicada para cima em qualquer ponto da largura do painel de porta e, enquanto essa força é mantida, uma força adicional de 1 100 N aplicada em ângulos retos à porta, no centro do painel. Essa força deve ser distribuída sobre uma área de 300 mm x 300 mm.

Os meios de retenção não podem ser submetidos a desgaste ou tensão durante a operação normal da porta ou em manutenção;

c) os painéis, trilhos e corrediças das portas do tipo corrediça vertical devem ser capazes de suportar uma força de 2 500 N, aplicada no lado do pavimento, em ângulos retos, aproximadamente no centro do painel. A força deve ser distribuída em uma área de 100 mm x 100 mm. Não pode ocorrer deslocamento permanente ou deformação perceptível de qualquer parte do conjunto entrada como resultado deste ensaio. As suspensões, guias e cursores não podem deslocar-se ou deformar-se permanentemente por mais que 20 mm, quando o seu painel estiver sujeito a uma força de 5 000 N, aplicada no painel, no sentido da caixa, em ângulos retos, em uma área de 300 mm x 300 mm, aproximadamente no centro do painel.

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4.14 Fechamento de portas corrediças verticais

O fechamento motorizado de portas corrediças verticais só é permitido se as seguintes condições forem satisfeitas simultaneamente:

a) o elevador possuir somente comando manual;

b) o fechamento for comandado mediante botão ou chave do tipo de pressão constante;

c) a velocidade de fechamento for limitada ao máximo de 0,40 m/s.

4.15 Dispositivos de travamento para portas de pavimento

As portas de pavimento devem ser providas de dispositivos de travamento que impossibilitem o movimento do elevador quando os mesmos estiverem abertos ou destravados e devem possuir dispositivo que possibilite sua abertura em caso de emergência. Esses dispositivos devem atender aos requisitos de 7.7 da ABNT NBR NM 207:1999.

4.16 Contatos elétricos de segurança na porta do carro

As portas do carro devem ser providas de contatos elétricos de segurança que impeçam o funcionamento do elevador quando abertas mais que 25 mm. Esses contatos elétricos devem atender 14.1.2.2 da ABNT NBR NM 207:1999.

4.17 Botão de emergência na cabina

Na botoeira da cabina deve ser provido um botão de emergência que atenda aos requisitos dos dispositivos de parada da ABNT NBR NM 207:1999, ABNT NBR NM 267:2002 ou ABNT NBR 16042:2012.

5 Monta-cargas

Os monta-cargas devem ter carga nominal de no máximo 300 kg e devem obedecer às seguintes condições:

a) ter na cabina uma placa onde conste a carga útil, em quilogramas;

b) na face externa das portas de pavimento deve constar a expressão: “PROIBIDO O TRANSPORTE DE PESSOAS”.

5.1 O local destinado à máquina pode ser um compartimento específico ou parte da caixa e deve obedecer às seguintes condições:

a) ser construído de material incombustível;

b) ser dotado de portas de acesso;

c) a porta de acesso à máquina deve ter no mínimo 0,60 m de largura e 0,40 m de altura, e o acesso à porta pode ser feito através de escada removível;

d) deve ser colocado extintor de incêndio no máximo a 1,0 m de distância do acesso ao compartimento.

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5.1.1 O local destinado à máquina deve ser exclusivamente ocupado por equipamentos do monta-cargas, não sendo permitido o seu uso como depósito ou para a instalação de equipamentos para outros fins.

5.1.2 O local destinado à máquina deve ser provido de iluminação artificial, interruptor de luz, tomada elétrica e, para cada monta-carga, um interruptor principal que atenda aos requisitos da ABNT NBR NM 207, ABNT NBR NM 267 ou ABNT NBR16042, no que for aplicável.

5.1.3 Quando o painel de comando for instalado fora do local destinado à máquina, ele deve ser fechado em gabinete de material incombustível com fechadura.

5.2 O coeficiente de segurança usado no projeto das máquinas não pode ser inferior a:

a) 2, para aço, baseado no limite de escoamento, se o alongamento for igual ou maior que 14 % em um corpo de prova de 5 cm de comprimento;

b) 2,5, para aço, baseado no limite de escoamento, se o alongamento for menor que 14 % em um corpo de prova de 5 cm de comprimento;

c) 2,5, para outros metais dúcteis, baseado no limite de escoamento;

d) 5, para ferro fundido solicitado à compressão, e 6, se solicitado à tração e flexão, baseado na carga de ruptura, não sendo permitido o uso deste material para engrenagens e sem-fins.

A carga a ser considerada na determinação dos coeficientes de segurança nas solicitações à flexão, cisalhamento e tração é igual ao dobro da carga estática resultante do cálculo, admitindo-se o carro carregado com sua carga nominal. Para os elementos da máquina solicitados à torção, a carga a ser considerada na determinação dos coeficientes de segurança é igual ao dobro da carga estática em balanço resultante pelo cálculo, admitindo-se o carro carregado com sua carga nominal.

5.2.1 Todas as máquinas devem ser munidas de freio eletromecânico que se abra por corrente elétrica e mantenha as máquinas freadas por ação de molas ou da gravidade.

5.2.2 As máquinas devem ter seus redutores construídos de maneira a não permitir a aceleração ou o retrocesso no caso de falha do motor em que o freio se mantenha aberto.

5.2.3 Quando for adotado o uso de máquinas a tambor, a cabina deve ser dotada de dispositivo que desligue a alimentação do motor da máquina no caso de afrouxamento ou sobrecarga do cabo de tração.

5.2.4 A polia de tração da máquina deve ter diâmetro de pelo menos 30 vezes o diâmetro do cabo.

5.3 As caixas devem ser fechadas em todos os lados e em toda a altura, permitindo-se somente o vão das portas. As caixas devem atender aos regulamentos locais em vigor sobre resistência ao fogo e satisfazer os seguintes requisitos mínimos:

a) as paredes devem ser construídas de material incombustível;

b) seu fechamento deve, em caso de incêndio, manter sua resistência mecânica pelo período de tempo exigido pelos regulamentos locais em vigor sobre resistência ao fogo. O fechamento não pode ser constituído de materiais que possam tornar-se perigosos pela inflamabilidade ou pela natureza e

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quantidade de fumaça produzida. É permitido o uso de tela metálica ou chapa metálica perfurada, desde que atendam ao disposto em 4.4.

5.4 As guias devem ser metálicas, rigidamente presas à caixa com chapas de junção, ligando entre si os diversos elementos. Um mesmo jogo de guias pode ser usado para o carro e o contrapeso.

5.5 A cabina deve ser suspensa por cabo ou corrente de aço. Os elementos de suspensão devem ser calculados com coeficiente de segurança no mínimo 7, considerando a carga estática, exceto o caso previsto em 5.9.3 b).

5.6 A cabina deve ter as dimensões internas máximas de 1,0 m de largura por 1,0 m de comprimento e 1,2 m de altura.

5.6.1 As plataformas devem ser construídas por um piso não perfurado e estendendo-se por toda a área dentro da cabina. Todos os elementos da plataforma devem ser dimensionados para suportar as forças desenvolvidas sob as condições de carga para as quais o monta-cargas foi projetado.

5.6.2 A parte inferior das plataformas de madeira e a superfície exposta de suas travessas devem ser protegidas contra fogo pela cobertura com chapas de aço de espessura mínima de 0,5 mm. As juntas expostas da chapa de aço devem ter sobreposição ou grifagem.

5.6.3 As paredes da cabina devem suportar, sem deformação permanente, 1/10 da carga nominal uniformemente distribuída sobre uma área de 25 cm2, aplicada em qualquer ponto. A deflexão produzida por esta força não pode exceder 10 mm.

5.7 Devem ser instalados, nos poços, para-choques para os carros e contrapesos, capazes de absorver a energia dos carros com sua carga nominal e animados com 125 % da velocidade nominal.

A carga estática nos para-choques deve obedecer ao descrito em 5.7.1 e 5.7.2.

5.7.1 Os para-choques de acumulação de energia para carro e contrapeso devem ser capazes de suportar, sem ficar completamente comprimidos, uma carga estática de no mínimo duas vezes os pesos:

a) do carro e sua carga nominal, para o para-choque do carro;

b) do contrapeso, para o para-choque do contrapeso.

5.7.2 Os para-choques de acumulação de energia para o carro ou contrapeso devem ficar completamente comprimidos com uma carga estática de pelo menos três vezes os pesos:

a) do carro e sua carga nominal, para o para-choque do carro;

b) do contrapeso, para o para-choque do contrapeso.

5.8 Em todos os casos em que houver, embaixo dos poços dos monta-cargas, recinto utilizado por pessoas, os fundos dos poços devem ser calculados para absorver o impacto resultante da queda livre dos carros ou contrapesos na situação mais desfavorável.

Nos casos em que os carros e os contrapesos forem dotados de freio de segurança, a laje pode ser calculada para resistir apenas ao impacto exercido pelo carro ou contrapeso com 125 % da velocidade nominal sobre os para-choques, atendendo ao descrito em 5.7.

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5.9 As portas de pavimento podem ser dos tipos eixo vertical, corrediça horizontal ou corrediça vertical, atendendo, no que for aplicável, ao descrito em 4.13.

5.9.1 As portas de pavimento, quando abertas, devem oferecer um vão livre cujas dimensões não ultrapassem a largura e a altura da cabina.

No caso de exigência de botoeiras na cabina que exijam um vão livre de porta de pavimento superior ao vão livre da cabina, as dimensões das portas podem ser aumentadas, desde que atendidas as seguintes condições:

a) o aumento não pode ser superior a 0,20 m;

b) com a porta de pavimento aberta e a cabina presente, não pode existir qualquer espaço vazado entre o interior e o exterior da caixa.

5.9.2 As portas de pavimento devem ser munidas de contatos que interrompam obrigatoriamente o movimento do carro quando qualquer uma delas for aberta.

5.9.3 Caso a soleira da porta de pavimento esteja situada até 0,80 m acima do nível do piso, também as seguintes condições devem ser atendidas:

a) as portas devem ser dotadas de dispositivos de travamento acionados por rampa fixa ou móvel;

b) o coeficiente de segurança citado em 5.5 deve ser no mínimo 10.

5.10 Toda a instalação elétrica dos monta-cargas deve obedecer às especificações para elevadores de passageiros (ABNT NBR NM 207, ABNT NBR NM 267 ou ABNT NBR 16042) e a ABNT NBR 5410, no que lhes for aplicável.

6 Elevadores de maca

6.1 Os elevadores de maca devem satisfazer as prescrições dos elevadores de passageiros (ABNT NBR NM 207, ABNT NBR NM 267 ou ABNT NBR 16042) no que lhes for aplicável, não colidindo com as disposições desta seção. Devem também atender a outras disposições legais vigentes.

A carga nominal e o número de passageiros devem ser determinados de acordo com a ABNT NBR NM

207, ABNT NBR NM 267 ou ABNT NBR16042.

6.2 As cabinas devem ter dimensões internas mínimas de 1,20 m de largura por 2,20 m de comprimento, para possibilitar o transporte de macas.

Quando for previsto o transporte do paciente no próprio leito, a cabina deve ter dimensões internas mínimas de 1,50 m de largura por 2,20 m de comprimento.

6.3 O sistema de portas deve ser do tipo corrediça horizontal automático, simultâneo na cabina e no pavimento. As portas devem ter largura livre mínima de 1,10 m.

Quando for previsto o transporte do paciente no próprio leito, as portas devem ter largura mínima de 1,20 m.

6.4 O movimento das portas do elevador automático deve ser retardado com interrupção mínima de 18 s.

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6.5 Os botões ou outros dispositivos de comando do elevador, tanto no interior da cabina como no pavimento, devem estar situados a uma altura máxima de 1,30 m em relação ao piso.

6.6 Os elevadores de maca devem:

a) ter na cabina um dispositivo que impeça o fechamento automático das portas durante a operação de carregamento e descarregamento;

b) ser providos de um dispositivo de nivelamento que automaticamente nivele o piso da cabina com os pisos dos pavimentos dentro de uma tolerância máxima de 10 mm sob condições normais de carregamento ou descarregamento;

c) ter na cabina um dispositivo que transfira para o ascensorista (ou pessoa qualificada) o comando do elevador, eliminando as chamadas externas, possibilitando levar a cabina diretamente ao andar desejado;

d) se servir a mais de quatro pavimentos, ter comando automático coletivo com seleção na subida e na descida.

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Anexo A

(normativo)

Modificações importantes

São consideradas modificações importantes as seguintes situações:

Troca:

da velocidade nominal;

da carga nominal;

da massa do carro;

do percurso;

do tipo do dispositivo de travamento (a substituição de um dispositivo de travamento por um do mesmo tipo não é considerada uma modificação importante).

Troca ou substituição:

do sistema de controle;

das guias ou do tipo das guias;

do tipo da porta (ou a adição de uma ou mais portas da cabina ou de pavimento);

da máquina ou da polia motriz;

do limitador de velocidade;

do para-choque;

do freio de segurança.

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Anexo B

(normativo)

Dados de projeto e fórmulas

Este Anexo contém dados de projeto e fórmulas para o projetista. Não é intenção limitar o projeto. Outros métodos de cálculo e projeto mais detalhados podem ser usados desde que as tensões e deformações exigidas por outras seções desta Norma não sejam excedidas.

B.1 Tensões e deformações na plataforma e na armação do carro do elevador

B.1.1 Requisitos gerais

As tensões e deformações nos vigamentos da armação do carro e da plataforma devem ser baseadas nos dados e fórmulas de B.1.1.

Todas as tensões e deformações resultantes, não somente naquelas baseadas nos dados e fórmulas nesta seção, devem ser consideradas quando as armações de carros tipo montagem lateral são localizadas fora da linha de centro da plataforma por mais que um oitavo da distância da frente até o fundo da plataforma.

Para carros do tipo montagem de canto e do tipo infratração ou outras construções de armação de carro e plataforma especiais, as fórmulas e métodos de cálculo especificados de cargas e as tensões e deformações resultantes geralmente não se aplicam e devem ser modificados para se adequar às condições e requisitos particulares em cada caso.

As tensões máximas e deformações máximas admissíveis dos elementos de quaisquer armações de carro e plataformas não podem ser maiores que aquelas permitidas por 4.7.2 e 4.7.3.

B.1.1.1 Simbologia empregada nas fórmulas

Os símbolos usados nas fórmulas de B.1.1 têm o seguinte significado:

A é a área líquida da seção transversal, expresso em milímetros quadrados (mm2);

B é a largura interna livre da cabina, expresso em milímetros (mm);

C é a massa total do carro, expresso em quilogramas (kg);

D é a distância entreguias, expresso em milímetros (mm);

E é o módulo de elasticidade transversal do material usado, expresso em magapascals (MPa);

G é a força atuante no cabeçote superior com a carga máxima para a classe de carregamento na cabina com o carro estacionado no pavimento extremo superior, expresso em newtons (N);

H é a distância vertical entre os cursores do carro, expresso em milímetros (mm);

I é o momento de inércia do vigamento, expresso em milímetros à quarta (mm4);

K é o momento de giro como determinado para as classes de carregamento, expresso em

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newtonsmilímetros (N.mm);

L é o vão das longarinas (distância entre o parafuso mais baixo no cabeçote superior e o parafuso mais alto no cabeçote inferior), expresso em milímetros (mm);

R é o raio de giração mínimo do vigamento, expresso em milímetros (mm);

W é a carga nominal, expresso em quilogramas (kg);

Z é o módulo de resistência à tração combinado dos elementos do cabeçote inferior, expresso em milímetros ao cubo (mm3);

Zu é o módulo de resistência de uma longarina, em milímetros ao cubo (mm3).

B.1.1.2 Cabeçote superior da armação do carro

As tensões de deformações no cabeçote superior da armação do carro devem ser baseadas na carga total suspensa pelo cabeçote superior com o carro e a carga máxima para a classe de carregamento na cabina com o carro estacionado no pavimento extremo superior.

B.1.1.3 Cabeçote inferior da armação do carro

As tensões e deformações no cabeçote inferior da armação do carro, quando os elementos de batida são suportados diretamente pelos vigamentos do cabeçote inferior, devem ser baseadas na soma de cinco oitavos do peso da plataforma uniformemente distribuídos mais as cargas concentradas oriundas da tensão nos meios de compensação e cabos de comando mais a carga especificada em a) ou b) abaixo:

a) para elevadores de carga classe A, cinco oitavos da carga nominal uniformemente distribuída;

b) para elevadores classes B e C, a carga especificada em B.1.1.6.

B.1.1.4 Cabeçote inferior da armação do carro (batida contra o para-choque do carro)

No cálculo das tensões resultantes da batida no para-choque, metade da soma do peso do carro com a sua carga nominal deve ser considerada atuando concentrada em cada extremidade do cabeçote inferior com a força do para-choque aplicada ao meio. A força do para-choque deve ser considerada aquela requerida para produzir retardamento gravitacional com a carga nominal na cabina.

A seguinte fórmula deve ser usada para determinar a tensão na batida contra o para-choque:

Z

WCD

2

)(807,9

em megapascals (MPa)

Quando for usado mais de um para-choque, a fórmula deve ser modificada para se adequar à localização dos para-choques.

B.1.1.5 Longarinas da armação do carro

A tensão total em cada longarina da armação do carro devida à tensão e flexão, o índice de esbelteza de cada longarina e seu momento de inércia, devem ser determinados de acordo com as seguintes fórmulas:

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B.1.1.5.1 Tensão devida à flexão e tração

A

G

HZ

KL

u

total24

em megapascals (MPa),

Onde

uHZ

KL

4 é a tensão de flexão em cada longarina no plano da armação devida à carga viva W na

plataforma para a classe de carregamento A, B, ou C para a qual o elevador é usado;

A

G

2 é a tensão de tração em cada longarina.

O momento de giro K é determinado de acordo com as seguintes fórmulas:

a) Para classe A de carregamento

8807,9

WBK expresso em newtons milímetros (N.mm)

b) Para classe B de carregamento

8807,9

WBK expresso em newtons milímetros (N.mm)

b) Para classe C de carregamento

4807,9

WBK expresso em newtons milímetros (N.mm)

B.1.1.5.2 Índice de esbelteza

O índice de esbelteza L/R para longarinas submetidas à compressão que não sejam aquelas resultantes

das ações de freio de segurança ou de para-choque não pode exceder 120.

B.1.1.5.3 Momento de inércia

O momento de inércia de cada longarina deve ser no mínimo o determinado pela seguinte fórmula:

EH

KLI

457

3

expresso em milímetros à quarta (mm4)

B.1.1.6 Plataforma do elevador de carga

O cálculo das tensões nos elementos da plataforma dos elevadores de carga deve ser baseado nas seguintes cargas concentradas assumidas ocupando a posição na qual produzem tensão máxima:

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a) para carregamento classe A: 25 % da carga nominal;

b) para carregamento classe B: 75 % da carga nominal ou 15 400 kg, aquela que for menor, dividida em duas partes iguais separadas 1 525 mm;

c) para carregamento classe C: deve ser determinada com base nas condições de carregamento real, mas nunca inferior àquele requerido para carregamento classe A.

B.1.1.7 Placa de fixação dos cabos de tração

A tensão na placa de fixação dos cabos de tração deve ser baseada na carga total aplicada aos cabos com o carro e a sua carga nominal estacionados no pavimento extremo superior.

B.2 Impacto nos suportes dos para-choques

B.2.1 Reação e impacto nos suportes de para-choque a óleo

As seguintes fórmulas dão a reação e o impacto nos suportes dos para-choques a óleo do carro e do contrapeso durante a batida:

a) Reação

S

vWR

2807,9

2

expresso em newtons (N)

b) Impacto

RP 2 expresso em newtons (N)

B.2.2 Reação e impacto nos suportes de para-choque de mola

As seguintes fórmulas dão a reação e o impacto nos suportes dos para-choques de mola do carro e do contrapeso que não se comprimem totalmente nas condições estabelecidas em B.2.3:

a) Reação

S

vWR

2807,92

2

expresso em newtons (N)

b) Impacto

RP expresso em newtons (N)

Onde

P é a força de impacto, expressa em newtons (N);

R é a reação do para-choque, expressa em newtons (N);

S é o percurso do para-choque, expresso em metros (m);

v é a velocidade no impacto, expressa em metros por segundo (m/s);

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W é a massa do carro mais a carga nominal ou massa do contrapeso, expressa em quilogramas (kg).

B.2.3 Resistência do piso do poço

O equipamento do poço, vigamentos, piso e suportes devem ser projetados e construídos de forma a suportar a força de impacto de entrosamento do para-choque do carro ou do contrapeso, considerando 125 % da velocidade nominal ou 125 % da velocidade de batida, quando usados para-choques de percurso reduzido.