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Relato Financeiro Empresarial
Tânia Duarte nº 10249
Ano Letivo 2013 /2014
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra
Tem como suporte a Norma Internacional de
Contabilidade IAS 19 — Benefícios dos
Empregados, adotada pelo texto original do
Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3
de Novembro.
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Aplicação:
A norma aplica-se a entidades empregadoras na
contabilização dos benefícios dos empregados.
Conceito de benefícios dos empregados:
São todas as formas de remuneração dadas por uma
entidade em troca do serviço prestado pelos empregados.
3
Categorias de benefícios:
4
Benefícios a curto prazo dos empregados
Benefícios pós–emprego
Outros benefícios a longo prazo dos
empregados
Benefícios de cessação de emprego
Benefícios de remuneração em capital próprio
5
Definição
que não sejam benefícios de
cessação de emprego e benefícios
de compensação em capital
próprio;
e que se vençam na totalidade
dentro de doze meses após o final
do período em que os empregados prestem o respetivo serviço.
Benefícios de curto prazo dos empregados
Exemplos
1. ordenados, salários e
contribuições para a Segurança
Social;
2. licença anual paga e licença por
doença paga;
3. participação nos lucros e bónus;
4. benefícios não monetários
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Contabilização
Direta:
- porque as suposições atuariais não são necessárias e
- as obrigações não são descontadas
Reconhecimento
quando o empregado tenha
prestado serviço a uma entidade
durante um período contabilístico;
a entidade deve reconhecer a
quantia não descontada em troca
desse serviço como:
um gasto;
um passivo
Regra geral:
Um passivo quando um empregado tiver prestado serviços em
troca de benefícios de empregados a serem pagos no futuro
(conta 23/2722);
Um gasto quando a entidade consumir o benefício económico
proveniente do serviço proporcionado por um empregado em
troca dos benefícios do empregado (conta 63).
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Os gastos com pessoal incluem:
salários e ordenados;
subsídio de alimentação e outros subsídios;
prémios de produtividade e outros prémios;
comissões pagas aos funcionários;
pagamento de trabalho complementar;
ajudas de custo;
contribuições para a segurança social.
8
Definem-se como pagáveis dentro de doze meses, do final do
período em que os empregados prestam o respetivo serviço;
Os lucros das sociedades podem, mediante deliberação em
Assembleia Geral de sócios/acionistas, serem distribuídos aos
detentores de capital e aos trabalhadores (incluindo órgão de
gestão), mediante o pagamento de gratificações;
As gratificações a pagar deverão ser reconhecidas como gastos
do exercício em que o serviço foi prestado à entidade.
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Reconhecimento e Mensuração:
Deve-se reconhecer o custo esperado dos pagamentos de
participação nos lucros e bónus, só quando:
A entidade tenha uma obrigação presente legal ou
construtiva de fazer tais pagamentos em consequência de
acontecimentos passados;
Possa ser feita uma estimativa fiável da obrigação.
10
Estimativa fiável:
Exista um plano que permita determinar a quantia do
benefício;
A entidade determine as quantias a serem pagas antes das
demonstrações financeiras serem aprovadas para emissão
(NCRF 24 – Acontecimentos passados após a data do
balanço);
A prática passada dá evidência clara da quantia da
obrigação construtiva da entidade.
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Ausências permitidas podem ser:
Acumuláveis
As Ausências permitidas não gozadas acumuláveis são
as que são reportáveis e possam ser usadas em períodos
futuros se o direito do período corrente não for usado
totalmente.
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Não Acumuláveis
As ausências permitidas não acumuláveis não são
possíveis de transferir para outros períodos temporais. Elas
esgotam-se no momento em que deveriam ser gozadas;
A entidade deve mensurar o seu custo esperado como a
quantia adicional que a entidade espera pagar em
consequência do direito não utilizado que tenha acumulado à
data do balanço (Por exemplo, férias não gozadas).
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Os empregados podem usufruir de outros meios e bens, (que não
dinheiro) como retribuição pela prestação do serviço na entidade.
Exemplo de benefícios não monetários:
Habitação;
Automóvel;
Seguros de saúde;
Outros seguros;
Viagens de Férias.
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Reconhecimento e Mensuração:
Devem ser reconhecidos no período em que o serviço foi
prestado, tal como acontece com os salários, ordenados e
contribuições para a segurança social.
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São benefícios dos empregados (que não sejam benefícios de
cessação de emprego e benefícios de compensação em capital
próprio) que sejam pagáveis após a conclusão do emprego.
Nos casos de reforma do empregado, por velhice ou invalidez,
este poderá beneficiar de benefícios pós–emprego, sempre que
a entidade, por opção proporcione esses benefícios.
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Exemplos de benefícios pós emprego:
Pensões;
Outros benefícios de reforma;
Seguro de vida pós-emprego;
Cuidados médicos pós-emprego.
Os planos de benefícios pós-emprego classificam-se como
planos de contribuição definida ou como planos de
benefícios definidos, dependendo da substancia económica do
plano que resulte dos principais termos e condições.
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1. Planos de Contribuição Definida:
São planos de benefícios pós-emprego pelos quais uma
entidade paga contribuições fixadas a uma entidade
separada (um fundo); e
Não terá obrigação legal ou construtiva de pagar
contribuições adicionais se o fundo não detiver ativos
suficientes para pagar todos os benefícios dos empregados
relativos ao serviço dos empregados no período
corrente e em períodos anteriores.
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A obrigação legal ou construtiva da entidade é limitada à
quantia que ela aceita contribuir para o fundo. Em
consequência, o risco atuarial (que os benefícios possam
vir a ser inferiores aos esperados) e o risco de
investimento (que os ativos investidos possam vir a ser
insuficientes para satisfazer os benefícios esperados)
recaem no empregado.
19
1.1 - Reconhecimento e Mensuração
Linear porque a obrigação da entidade empregadora
relativamente a cada período, é determinada pelas quantias a
serem contribuídas relativas a esse período;
Não são necessários cálculos atuariais;
Não há ganhos ou perdas atuariais;
As obrigações são mensuradas e registadas numa base não
descontada (exceto quando as contribuições não se vençam
completamente dentro de 12 meses após o final do período em
que os empregados prestam o respetivo serviço).
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2. Planos de Benefícios Definida:
São planos de benefícios pós-emprego que não sejam
planos de contribuição definida. Neste tipo de plano a
entidade é responsável por garantir um determinado benefício
pós-emprego ao empregado;
A obrigação da entidade é a de proporcionar os benefícios
acordados com os empregados correntes e antigos, sendo que
o risco atuarial e o risco de investimento recaem, neste caso,
sobre a entidade.
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2.1 - Reconhecimento e Mensuração:
A sua contabilização é complexa porque são necessários
pressupostos atuariais para mensurar a obrigação e o gasto,
existindo a possibilidade de ganhos e perdas atuariais, sendo
as obrigações mensuradas numa base descontada porque
elas podem ser liquidadas muitos anos após os empregados
prestarem o respetivo serviço.
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Licença de longo serviço ou licença sabática;
Outros benefícios de longo serviço;
Benefícios de invalidez a longo prazo;
A participação nos lucros e bónus (se não forem pagáveis
completamente dentro de 12 meses após o final do período);
Remunerações diferidas pagas 12 meses ou mais após o fim
do período no qual seja obtida.
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Reconhecimento e Mensuração:
Reconhecer como um passivo relativo a outros benefícios a
longo prazo dos empregados:
o valor presente da obrigação de benefícios definidos à
data do balanço;
o justo valor à data do balanço dos ativos do plano (se
os houver) dos quais as obrigações devem ser liquidadas
diretamente.
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Benefícios a pagar em consequência de:
decisão da empresa de dar como terminado o emprego
antes da data normal de reforma;
decisão do empregado de aceitar uma cessação voluntária
em troca desses benefícios.
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Reconhecimento e Mensuração:
Reconhecer benefícios de cessação de emprego como um passivo
e um gasto quando, e somente quando, a entidade esteja
comprometida de uma forma demonstrável, quer a:
Cessar o emprego de um empregado ou grupo de
empregados antes da data normal de reforma;
Proporcionar benefícios de cessação como resultado de
uma oferta feita a fim de encorajar a saída voluntária.
26
Os empregados têm direito a receber instrumentos financeiros
de capital próprio emitidos pela entidade (ou pela sua empresa
mãe);
A quantia da obrigação da entidade para com os empregados
depende do preço futuro de instrumentos financeiros de capital
próprio emitidos pela entidade.
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Reconhecimento e Mensuração:
A NCRF 28 não prescreve qualquer critério de
reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação
desses benefícios.
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