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ÍNDICE - Embrapa Meio Ambiente...2012/07/01  · 3 promoção de crescimento de plantas (Melo, 1991; Howell, 2003; Harman et al., 2004a; Harman et al., 2012). Embora sejam considerados

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    ÍNDICE

    INTRODUÇÃO

    METODOLOGIA PARA CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS

    BIOLÓGICOS À BASE DE Trichoderma.

    I. METODOLOGIAS PARA CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS

    BIOLÓGICOS À BASE DE Trichoderma FORMULADOS EM PÓ-MOLHÁVEL,

    GRÂNULOS DISPERSÍVEIS E SUSPENSÃO CONCENTRADA.

    I. I - METODOLOGIA PARA A CONTAGEM DO NÚMERO DE CONÍDIOS

    I.II-METODOLOGIA PARA A VIABILIDADE DE CONÍDIOS –

    PORCENTAGEM DE CONÍDIOS VIÁVEIS

    I.III-METODOLOGIA PARA A VIABILIDADE DE CONÍDIOS – UNIDADE

    FORMADORA DE COLÔNIA

    II METODOLOGIAS PARA CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS

    BIOLÓGICOS À BASE DE Trichoderma FORMULADOS EM PÓ-DE-ESPORO.

    II. I - METODOLOGIA PARA A CONTAGEM DO NÚMERO DE CONÍDIOS

    II.II-METODOLOGIA PARA A VIABILIDADE DE CONÍDIOS –

    PORCENTAGEM DE CONÍDIOS VIÁVEIS

    II.III-METODOLOGIA PARA A VIABILIDADE DE CONÍDIOS – UNIDADE

    FORMADORA DE COLÔNIA

    REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

    SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA

  • 2

    METODOLOGIA PARA CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS

    BIOLÓGICOS À BASE DE Trichoderma.

    Wagner Bettiol, Marcelo Augusto Boechat Morandi, Zayame Vegette Pinto, Cleusa

    Maria Mantovanello Lucon, Murillo Lobo Júnior, João de Cássia do Bomfim Costa,

    Trazilbo, José de Paula Júnior, Hudson Teixeira, Andréa Bittencourt Moura.

    INTRODUÇÃO

    Nos últimos anos a demanda por agentes de controle biológico vem crescendo

    no Brasil e no mundo devido à preocupação com a segurança alimentar e

    sustentabilidade da produção agrícola. Isto porque, a intensificação do uso de

    bioprodutos para o controle de fitopatógenos contribui diretamente para a redução da

    utilização de agrotóxicos nos sistemas agrícolas, diminuindo os impactos negativos

    desses produtos no ambiente e na saúde humana.

    Dentre os agentes de biocontrole, fungos do gênero Trichoderma encontram-se

    entre os mais conhecidos e comercializados em todos os países devido ao grande

    potencial que possuem para melhorar a sanidade das plantas e a produção vegetal

    (Harman, 2004a; Bettiol et al. 2012).

    Embora sejam conhecidos há mais de 80 anos, o incremento das pesquisas

    visando entender melhor o potencial biotecnológico desses fungos ocorreu apenas nas

    últimas três décadas. Revisões recentes descrevem a evolução dos estudos realizados

    sobre o gênero Trichoderma, justificando a importância desses fungos na produção

    agrícola mundial (Brotman et al., 2012; Carreras-Villasen et al., 2012; Gruber e Seidl-

    Seiboth, 2012; Harman et al., 2012; Hermosa et al., 2012, Lorito et al., 2010; Ryder et

    al., 2012; Rubio et al., 2012).

    Os bioprodutos a base de Trichoderma têm sido empregados com sucesso no

    controle de fitopatógenos, principalmente os de solo, pertencentes aos gêneros

    Fusarium, Pythium, Rhizoctonia e Sclerotinia, em culturas importantes como soja,

    feijão, algodão, milho e várias hortaliças e plantas ornamentais (Bettiol et al., 2012).

    Dentre as características responsáveis pelo sucesso desses fungos podem ser

    mencionadas a facilidade com que são isolados, multiplicados e manipulados em

    condições de laboratório; a produção abundante de conídios em vários tipos de meios e

    substratos; a capacidade que possuem de colonizar o solo e o sistema radicular das

    plantas e os diversos mecanismos que podem utilizar no controle de fitopatógenos e na

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    promoção de crescimento de plantas (Melo, 1991; Howell, 2003; Harman et al., 2004a;

    Harman et al., 2012).

    Embora sejam considerados como fungos habitantes de solo, vivendo

    saprofiticamente ou parasitando outros fungos, algumas linhagens são reconhecidas

    como simbiontes endofíticos multifuncionais de plantas e responsáveis por causar

    mudanças acentuadas na fisiologia e morfologia vegetal (Chaverri et al., 2011; Salmoski

    et al., 2012).

    Algumas linhagens podem modificar a arquitetura do sistema radicular, com

    aumentos da biomassa e do número de ramificações das raízes, melhorando a eficiência

    no uso da água, na aquisição de nutrientes minerais do solo e da taxa de fotossíntese

    (Harman et al., 2004b;Contreras-Cornejo et al., 2009, Rubio et. al., 2012). Outras são

    capazes de aumentar a resistência das plantas a estresses bióticos, abióticos e

    fisiológicos durante o processo de germinação de sementes e desenvolvimento das

    mudas (Mastouri et al., 2010).

    No mercado brasileiro encontram-se disponíveis vários produtos à base de

    agentes de biocontrole, sendo que os formulados à base de Trichoderma spp. têm se

    destacado (Bettiol & Ghini, 2003; Morandi et al., 2006, Bettiol et al., 2008; Bettiol et

    al., 2012).

    Dentre os principais entraves para a ampliação da utilização dos bioprodutos na

    produção agrícola nacional, a escassez de formulações devidamente registradas junto ao

    Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA - tem sido considerado

    como o mais sério (Machado et al., 2012). Segundo Melo e Costa (2005), a baixa oferta

    de bioprodutos registrados é devida à aplicação dos mesmos critérios que regulamentam

    os agrotóxicos de base química, tornando o processo oneroso e demorado.

    A comercialização e utilização de produtos não registrados, dificulta a

    fiscalização e propicia o surgimento de produtos de baixa qualidade, o que tem gerado a

    perda de credibilidade por parte dos agricultores na eficiência de Trichoderma no

    controle de doenças de plantas. Além disso, empresas idôneas têm sido prejudicadas por

    concorrerem no mercado brasileiro com produtos de baixa qualidade e de custo menor.

    Aliando-se ao fato da ausência de registro dos produtos impedir que os mesmos sejam

    utilizados em sistemas certificados para exportação, o que pode gerar barreiras não

    tarifárias ao desenvolvimento do agronegócio brasileiro.

    http://www.plantphysiol.org/content/149/3/1579.full#ref-16http://mic.sgmjournals.org/content/158/1/129.full#ref-21

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    Apesar dos avanços significativos na legislação federal de agrotóxicos,

    especialmente pela publicação da IN Conjunta nº 03/2006, que regulamenta o processo

    de registro de agentes microbiológicos de controle fitossanitário, no Brasil ainda não

    existem metodologias validadas para a análise de conformidade e controle de qualidade

    destes produtos. A ausência de metodologias padronizadas dificulta a realização dos

    testes e emissão de laudos exigidos para registro junto aos órgãos demandantes (MAPA,

    ANVISA e IBAMA). Também não há no Brasil especificações mínimas oficializadas

    para este grupo de produtos, sendo todos os agentes de controle biológico

    (entomopatógenos, parasitoides, predadores e nematoides) enquadrados no contexto de

    “agrotóxicos e afins” (Castro, 2006).

    Portanto, é urgente e necessário o desenvolvimento de metodologias para avaliar

    a qualidade dos produtos biológicos comercializados no Brasil de forma a promover a

    legalização dos produtos e garantir a sua qualidade e efetividade. Uma vez

    desenvolvidas e padronizadas, essas metodologias poderão ser utilizadas para a

    inspeção e fiscalização pelos órgãos e laboratórios oficiais, repercutindo na melhoria

    dos produtos biológicos nacionais.

    Assim, no âmbito do projeto Qualibio foram desenvolvidas metodologias para

    realizar essas avaliações (Figura 1), com a participação da Embrapa Meio Ambiente,

    Embrapa Arroz e Feijão, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais -

    Epamig/Viçosa, Instituto Biológico - IB, Ceplac/Cepec e Universidade Federal de

    Pelotas – UFPel.

    Essas metodologias estão sendo transferidas à sociedade por meio do “Curso

    Teórico e Prático – Avaliação da qualidade de produtos à base de Trichoderma”. Até o

    momento foram realizados alguns cursos, com retorno positivo dos participantes, que já

    estão utilizando as metodologias como rotina nos laboratórios.

    O uso das metodologias padronizadas está auxiliando na promoção e legalização

    dos produtos, bem como em garantir a sua qualidade e efetividade, repercutindo na

    melhoria dos produtos biológicos nacionais e, consequentemente, aumentando seu

    mercado consumidor.

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    Figura 1. Esquema das metodologias propostas para produto à base de Trichoderma.

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    I. METODOLOGIAS PARA CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS

    BIOLÓGICOS À BASE DE Trichoderma FORMULADOS EM PÓ-MOLHÁVEL,

    GRÂNULOS DISPERSÍVEIS E SUSPENSÃO CONCENTRADA.

    I. I - METODOLOGIA PARA A CONTAGEM DO NÚMERO DE CONÍDIOS

    1. PRINCÍPIO

    Este é um método quantitativo em que o resultado é expresso em número de conídios

    por massa ou volume de produto biológico formulado. Tem como base a preparação de

    suspensão de conídios de Trichoderma e contagem do número de conídios com auxílio

    de uma Câmara de Neubauer (hemacitômetro) ao microscópio óptico.

    2. APLICAÇÃO

    Aplicável aos produtos nas formulações pó-molhável, grânulos dispersíveis e suspensão

    concentrada que tem como ingrediente ativo estruturas do fungo Trichoderma.

    3. AMOSTRAGEM

    A amostra encaminhada para análise deverá estar em embalagem comercial lacrada,

    contendo as seguintes informações: formulação, concentração do ingrediente ativo,

    número do lote, data de fabricação, data de validade, nome do produto, nome da

    empresa, responsável técnico, ingrediente ativo e inerte, bem como a forma de

    armazenamento. No laboratório, as amostras podem ser armazenadas a temperatura

    ambiente ou, preferencialmente, em geladeira ou câmara fria. As amostras nunca devem

    ser congeladas. Deve-se tomar as amostras de acordo com os princípios microbiológicos

    estabelecidos. Desta forma, as amostras serão representativas do produto a ser

    analisado.

    4. EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS

    - Erlenmeyer com capacidade para 250mL;

    - Tubos de ensaio de 25 mL;

    - Tampas para tubo de ensaio;

    - Estante para tubos de ensaio;

    - Autoclave;

    - Balança semi analítica calibrada com faixa de trabalho de 1 a 2000± 0,04g;

  • 7

    - Agitador de tubo de ensaio – tipo vortex;

    - Banho de ultrassom e frequência de 40 kHz;

    - Agitador orbital para Erlenmeyer;

    - Micropipeta calibrada de 10 ± 0,5 mL e 1000 ± 50 µL;

    - Ponteiras esterilizadas para micropipetas de 10 mL e 1000 µL;

    - Câmara de Neubauer (ou hemacitômetro);

    - Microscópio óptico;

    - Contador manual de conídios;

    - Agitador magnético;

    - Barra magnética.

    5. SOLUÇÕES

    Solução salina com Tween 80 (diluente):

    Ingredientes:

    - NaCl P.A.: 9,0 g;

    - Água destilada: 1000mL;

    -Tween 80: 1 mL.

    Preparo:

    Em frasco de Erlenmeyer suspender o NaCl em 1000 mL de água destilada e

    acrescentar Tween 80. Misturar bem e autoclavar o diluente a 121°C e 1 atm por 20

    minutos.

    Observação: todas as vidrarias e soluções devem ser esterilizadas em autoclave antes

    de serem utilizadas.

    6. PROCEDIMENTO

    6.1 As amostras a serem testadas devem ser colocadas à temperatura ambiente por 30 a

    40 minutos antes do início da análise.

    6.2 Pesar 10g do produto a ser testado em Erlenmeyer de 250mL e completar com 90 g

    do diluente (corresponde à diluição 10-1

    ). Devem ser realizadas duas pesagens para cada

    amostra e uma série de diluição para cada pesagem. A segunda pesagem deve ser

    realizada 10 minutos após a colocação de água na primeira amostra para evitar maior

    tempo de hidratação.

  • 8

    6.3 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em agitador orbital por 60 minutos a 120

    rpm.

    6.4 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em banho de ultrassom, por 5 minutos. O

    nível de água do banho de ultrassom deve ultrapassar o volume da suspensão contida no

    Erlenmeyer.

    6.5 Misturar o conteúdo do Erlenmeyer em agitador de tubo de ensaio, colocando e

    tirando três vezes do aparelho até ser observado o turbilhonamento da suspensão, em

    cada uma das passagens. Ou colocar em agitador magnético por 5 minutos.

    6.6 Transferir 1,0 mL da suspensão contida no Erlenmeyer (10-1

    ), com auxílio de

    micropipeta com ponteira esterilizada para o tubo de ensaio contendo 9,0 mL de

    diluente (10-2

    ). Descartar a ponteira em seguida.

    6.7 Homogenizar o conteúdo em agitador de tubo de ensaio, colocando e tirando três

    vezes do aparelho até ser observado o turbilhonamento da suspensão, em cada uma das

    passagens.

    6.8 Para obter a diluição 10-3

    repetir os itens 6.6 e 6.7 (diluição seriada), utilizando o

    tubo da diluição anterior (10-2

    ). Proceder assim repetidamente até alcançar a diluição

    apropriada para contagem de conídios (Tabela 1). Para cada diluição deve-se trocar a

    ponteira da micropipeta.

    Tabela 1. Diluição apropriada a ser utilizada para o contagem do número de conídios,

    de acordo com a concentração mencionada no rótulo do produto.

    Concentração de conídios* Diluição para contagem

    ≥ 109 10

    -4

    ≤ 108 10

    -3

    *Quando a concentração do produto não é conhecida deve-se utilizar as duas

    diluições e escolher para contagem a que apresentar mais do que 10 conídios por

    subcompartimento da câmera de Neubauer, conforme observação ao

    microscópio óptico.

    6.9 Misturar o conteúdo do tubo de ensaio com a suspensão apropriada em agitador de

    tubo de ensaio colocando e tirando três vezes. O tubo deve ser retirado quando ocorrer o

    turbilhonamento;

    6.10 Retirar imediatamente uma alíquota representativa da suspensão com auxílio de

    uma micropipeta;

  • 9

    6.11 Colocar a suspensão na canaleta da câmara de Neubauer, já coberta com a

    lamínula, até o preenchimento de todo o espaço existente entre a lamínula e a câmara de

    Neubauer;

    6.12 Antes de iniciar a contagem, deixar a câmara de Neubauer com a suspensão de

    conídios em repouso por 5 minutos, para que os conídios precipitem, facilitando a

    contagem e reduzindo erros;

    6.13 Realizar a contagem de conídios ao microscópio óptico, no aumento de 250X ou

    400X, nos campos 1 e 2 da câmara de Neubauer (Figura 1), nos cinco quadrados

    (subcompartimentos) como demarcados na Figura 2, totalizando cinco contagens por

    campo da câmara de Neubauer (E1, E2, E3, E4 e E5).

    Observação: Muitos conídios ficam exatamente sobre as linhas de demarcação internas

    dos subcompartimentos. Recomenda-se contar apenas os conídios que estiverem nas

    linhas da esquerda e superior do mesmo campo da observação para evitar que eles sejam

    contados duas vezes.

    Figura 1. Localização dos campo 1 e 2 na câmara de Neubauer.

    Campo 1

    Campo 2

  • 10

    Figura 2. Área dentro dos subcompartimentos vermelhos para contagem de

    conídios de Trichoderma- E1, E2, E3, E4 e E5.

    7. CÁLCULO DO NÚMERO DE CONÍDIOS

    Para determinar o número de conídios utilizar a fórmula a seguir para cada repetição:

    Conídios/mL={[(Campo 1+Campo 2)/2] x 2,5 x 105}

    Campo 1=(E1+E2+E3+E4+E5)/5 e Campo 2=(E1+E2+E3+E4+E5)/5

    Quando utilizada a diluição 10-3

    , multiplica-se o resultado por 103

    e, quando utilizada a

    diluição 10-4

    , por 104.

    Observação: O software CALIBRA, desenvolvido no âmbito do projeto Qualibio, está

    disponível para cópia no site www.cnpma.embrapa.br (Produtos e serviços – softwares).

    Esse software realiza cálculos e armazenadas as informações para a emissão de laudos.

    A sugestão é que o software seja sempre utilizado, para uma maior facilidade e precisão

    nas análises.

    E1 E2

    E3 E4

    E5

    http://www.cnpma.embrapa.br/

  • 11

    8. REPETIÇÃO

    Devem ser feitas duas pesagens do produto, sendo que de cada pesagem deve ser

    realizada uma série de diluição seriada (Figura 3). A diluição selecionada, deve-se

    colocar na câmara de Neubauer para contagem.

    Figura 3. Esquema das repetições utilizadas na metodologia para análise da qualidade

    de produtos à base de Trichoderma.

    9. PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS APÓS A ANÁLISE E DESCARTE

    Logo após as análises, as amostras deverão ser lacradas e armazenadas conforme

    recomendação do fabricante até a data de validade, caso haja necessidade de repetição

    dos procedimentos. Após este período ou, se não houver mais interesse nas amostras, as

    mesmas deverão ser autoclavadas a 120º C por 20 minutos, e em seguida descartadas.

    10. LIMPEZA

    Antes de realizar e após o término da metodologia, a câmara de fluxo laminar (ou o

    local onde será realizado o procedimento) deve ser limpa com papel toalha embebida

    em álcool 70 % e depois em hipoclorito 2%.

  • 12

    I.II - METODOLOGIA PARA A VIABILIDADE DE CONÍDIOS –

    PORCENTAGEM DE CONÍDIOS VIÁVEIS

    1. PRINCÍPIO

    Este é um método quantitativo onde o resultado é expresso em porcentagem de conídios

    viáveis (germinados e ativos). Tem como base a dispensa de alíquota da suspensão de

    conídios de Trichoderma em áreas delimitadas da placa de Petri com meio de Batata,

    Dextrose e Agar (BDA), incubação em temperatura adequada para a germinação dos

    conídios e contagem do número de conídios viáveis ao microscópio óptico.

    2. APLICAÇÃO

    Aplicável aos produtos nas formulações pó-molhável, grânulos dispersíveis e suspensão

    concentrada que tem como ingrediente ativo estruturas do fungo Trichoderma.

    3. AMOSTRAGEM

    A amostra encaminhada para análise deverá estar em embalagem comercial lacrada,

    contendo as seguintes informações: formulação, concentração do ingrediente ativo,

    número do lote, data de fabricação, data de validade, nome do produto, nome da

    empresa, responsável técnico, ingrediente ativo e inerte, bem como a forma de

    armazenamento. No laboratório, as amostras podem ser armazenadas a temperatura

    ambiente ou, preferencialmente, em geladeira ou câmara fria. As amostras nunca devem

    ser congeladas. Deve-se tomar as amostras de acordo com os princípios microbiológicos

    estabelecidos. Desta forma, as amostras serão representativas do produto a ser

    analisado.

    4. EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS

    - Erlenmeyer com capacidade para 250mL;

    - Tubos de ensaio de 25 mL;

    - Tampa para tubo de ensaio;

    - Estante para tubos de ensaio;

    - Autoclave;

    - Balança semi analítica calibrada com faixa de trabalho de 1 a 2000± 0,04g;

    - Agitador de tubo de ensaio – tipo vortex;

    - Banho de ultrassom e frequência de 40 kHz;

  • 13

    - Agitador orbital para Erlenmeyer;

    - Incubadora operando 25 ± 2 ºC (BOD);

    - Micropipeta de 10 ± 0,5 mL, 20 ± 1 µL e 1000 ± 50 µL;

    - Ponteiras esterilizadas para micropipeta de 10 mL, 15 µL e 1000 µL;

    - Placas de Petri descartável esterilizadas;

    - Agitador magnético;

    - Barra magnética.

    5. SOLUÇÕES

    Solução salina com Tween 80 (diluente):

    Ingredientes:

    - NaCl P.A.: 9,0 g;

    - Água destilada: 1.000mL;

    -Tween 80: 1 mL

    Preparo:

    Em frasco de Erlenmeyer suspender o NaCl em 1000 mL de água destilada e

    acrescentar Tween 80 (0,1%). Misturar bem e autoclavar o diluente a 121 °C e a 1 atm

    por 20 minutos.

    Azul de Lactofenol

    Ingredientes:

    - Fenol: 20g;

    - Ácido lático: 20g;

    - Água destilada: 20g;

    - Glicerol: 40 g;

    - Azul de metila (ou azul de algodão ou azul de Trypan): 0,1g

    Preparo:

    Adicionar os ingredientes em um frasco e homogeneizar durante 5 minutos em agitador

    magnético dentro de capela de exaustão de gases.

    6. MEIO DE CULTURA

    Meio de Batata Dextrose Agar (BDA):

    Ingredientes:

    -Meio de Batata Dextrose Agar comercial: recomendação do fabricante;

    -Água destilada: 1000 mL;

  • 14

    Preparo:

    Em frascos de Erlenmeyer misturar a água destilada ao meio de Batata Dextrose Agar e

    autoclavar a 121° C a 1 atm por 20 minutos. Verter aproximadamente 10 mL do meio

    por placa descartável esterilizada. Depois de solidificado o meio, as placas devem ser

    invertidas e incubadas a 25 ± 2° C por uma noite para secar e para avaliar a condição de

    esterilidade do meio. As placas preparadas com BDA podem ser estocadas em local

    escuro e sob refrigeração (2-8° C) por sete dias.

    Observação: todas as vidrarias e soluções devem ser esterilizadas em autoclave antes

    de serem utilizadas.

    7. PROCEDIMENTO

    7.1 As amostras a serem testadas devem ser colocadas à temperatura ambiente por 30 a

    40 minutos antes do início da análise.

    7.2 Pesar 10g do produto a ser testado em Erlenmeyer de 250mL e completar com 90 g

    do diluente (corresponde à diluição 10-1

    ). Devem ser realizadas duas pesagens para cada

    amostra e uma série de diluição para cada pesagem (item 8). A segunda pesagem deve

    ser realizada 10 minutos após a colocação de água na primeira amostra para evitar maior

    tempo de hidratação.

    7.3 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em agitador orbital por 60 minutos a 120

    rpm.

    7.4 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em banho de ultrassom, por 5 minutos. O

    nível de água do banho de ultrassom deve ultrapassar o volume da suspensão contida no

    Erlenmeyer.

    7.5 Misturar o conteúdo do Erlenmeyer em agitador de tubo de ensaio, colocando e

    tirando três vezes do aparelho quando observar o turbilhonamento da suspensão. Ou

    colocar em agitador magnético por 5 minutos.

    7.6 Transferir 1,0 mL da suspensão contida no Erlenmeyer (10-1

    ), com auxílio de

    micropipeta com ponteira esterilizada para o tubo de ensaio contendo 9,0 mL de

    diluente (10-2

    ). Descartar a ponteira em seguida.

    7.7 Homogenizar o conteúdo em agitador de tubo de ensaio, colocando e tirando três

    vezes do aparelho até ser observado o turbilhonamento da suspensão, em cada uma das

    passagens.

  • 15

    7.8 Para obter a diluição 10-3

    repetir os itens 7.6 e 7.7 (diluição seriada), utilizando o

    tubo da diluição anterior (10-2

    ). Proceder assim repetidamente até alcançar a diluição

    apropriada para contagem de conídios (Tabela 1). Para cada diluição deve-se trocar a

    ponteira da micropipeta.

    Tabela 1. Diluição apropriada a ser utilizada para o teste de viabilidade de conídios, de

    acordo com a concentração mencionada no rótulo do produto.

    Concentração de conídios Diluição

    ≥109 10

    -4

    ≤ 108 10

    -3

    *Quando a concentração do produto não é conhecida deve-se utilizar as duas diluições e

    escolher para contagem a que obtiver melhor visualização dos conídios, conforme

    observação ao microscópio óptico.

    7.9 Misturar o conteúdo do tubo de ensaio com a suspensão apropriada em agitador de

    tubo de ensaio colocando e tirando três vezes. O tubo deve ser retirado quando ocorrer o

    turbilhonamento.

    7.10 Pipetar imediatamente cinco vezes de 20 µL da diluição apropriada em placas de

    Petri com meio de Batata Dextrose Agar (Figura 1). Repetir este passo para mais uma

    placa.

    Figura 1. Placa de Petri com meio BDA com as marcações e os 20µL da suspensão

    para análise da viabilidade – porcentagem de conídios viáveis.

    7.11 Transferir as placas em BOD a25 ± 2º C, no escuro.

  • 16

    7.12 Após iniciar a germinação (apresenta variação de 9 a 20 h após o plaqueamento em

    função do produto) em uma das placas, colocar uma gota de azul de lactofenol (8µL)

    em cada ponto (local onde foi colocada a diluição apropriada) com a suspensão (cinco

    pontos por placa) (Figura 1).

    7.13 Avaliar a viabilidade usando microscópio óptico no aumento de pelo menos 400x.

    7.14 O conídio é considerado viável, quando estiver ativo ou germinado (Figura 2 -

    Glossário).

    7.15 Contar os conídios viáveis e não viáveis nos cinco pontos. Contar pelo menos 100

    conídios por ponto.

    7.16 Se necessário, fazer nova avaliação na segunda placa, seguindo o item 7.10 a 7.13.

    7.17 Calcular a taxa média de viabilidade utilizando a fórmula:

    Viabilidade (%)=(média do número de conídios viáveis das pesagens/total de conídios) X 100

    Deve ser realizado o cálculo para cada gota de cada pesagem de cada diluição,

    separadamente. Posteriormente, obter a média aritmética de cada pesagem.

    Figura 2. Vista dos conídios de Trichoderma viáveis (germinados e ativos não

    germinados) ou inativos em microscópio óptico, após 14 horas de incubação.

    8. REPETIÇÃO

    Devem ser feitas duas pesagens do produto (item 7.2), sendo que de cada pesagem deve

    ser realizada uma diluição seriada (itens 7.6 e 7.8). Da diluição selecionada, deve-se

    colocar cinco gotas por placa em duas placas diferentes (item 7.10 e Figura 1 e 3).

    Conídio inativo

    Conídio ativo não

    germinado Conídio germinado

  • 17

    Figura 3. Esquema das repetições utilizadas na metodologia para análise da qualidade

    de produtos à base de Trichoderma.

    9. PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS APÓS A ANÁLISE E DESCARTE

    Logo após as análises, as amostras deverão ser lacradas e armazenadas conforme

    recomendação do fabricante até a data de validade, caso haja necessidade de repetição

    dos procedimentos. Após este período ou, se não houver mais interesse nas amostras, as

    mesmas deverão ser autoclavadas a 120º C por 20 minutos, e em seguida descartadas.

    10. LIMPEZA

    Antes de realizar e após o término da metodologia, a câmara de fluxo laminar (ou o

    local onde será realizado o procedimento) deve ser limpa com papel toalha embebida

    em álcool 70 % e depois em hipoclorito 2%.

    11. GLOSSÁRIO

    Conídio: estrutura não sexual de reprodução de fungos.

    Conídio ativo ou em processo de germinação: o conídio que aumentou de tamanho

    em relação ao não germinado, mas que ainda não emitiu tubo germinativo.

  • 18

    Conídio germinado: o conídio apresenta tubo germinativo com pelo menos o mesmo

    comprimento que o tamanho do conídio.

    Conídios inativos: conídios não viáveis.

    Conídios não germinados: conídios que podem ou não estar viáveis, porém não

    formou tubo germinativo com pelo menos o mesmo comprimento que o tamanho do

    conídio.

    Conídios viáveis: são os conídios ativos e os germinados.

    Conidióforo: estrutura do fungo produtora de conídios.

    Grânulos: tipo de formulação de produto biológico em forma de grânulos que se

    desfazem na presença de água.

    Pó-molhável: tipo de formulação de produto biológico composta pelo ingrediente ativo

    e inerte que permita a mistura com água, formando suspensões dotadas de grande

    estabilidade.

  • 19

    I. III - METODOLOGIA PARA A VIABILIDADE DE CONÍDIOS – UNIDADE

    FORMADORA DE COLÔNIA

    1. PRINCÍPIO

    Este é um método quantitativo, onde o resultado é expresso em unidades formadoras de

    colônia (UFC/mL). Tem como base a homogeneização do produto biológico com o

    diluente esterilizado (solução salina com adição de Tween 80). A partir dela é realizado

    diluições decimais, as quais são distribuídas em placas sobre meio BDA com Triton e

    incubadas a 25 ± 2 °C no escuro para posterior contagem do número de colônias

    formadas pelo Trichoderma.

    2. APLICAÇÃO

    Aplicável aos produtos nas formulações pó-molhável, grânulos dispersíveis e suspensão

    concentrada que tem como ingrediente ativo estruturas do fungo Trichoderma.

    3. AMOSTRAGEM

    A amostra encaminhada para análise deverá estar em embalagem comercial lacrada,

    contendo as seguintes informações: formulação, concentração do ingrediente ativo,

    número do lote, data de fabricação, data de validade, nome do produto, nome da

    empresa, responsável técnico, ingrediente ativo e inerte, bem como a forma de

    armazenamento. No laboratório, as amostras podem ser armazenadas a temperatura

    ambiente ou, preferencialmente, em geladeira ou câmara fria. As amostras nunca devem

    ser congeladas. Deve-se tomar as amostras de acordo com os princípios microbiológicos

    estabelecidos. Desta forma, as amostras serão representativas do produto a ser

    analisado.

    4. EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS

    - Erlenmeyer com capacidade para 250mL;

    - Tubos de ensaio de 25 mL;

    - Tampa para tubo de ensaio;

    - Estante para tubos de ensaio;

    - Autoclave;

    - Balança semi analítica calibrada com faixa de trabalho de 1 a 2000 ± 0,04g;

    - Agitador de tubo de ensaio – tipo vortex;

  • 20

    - Banho de ultrassom e frequência de 40 kHz;

    - Agitador orbital para Erlenmeyer;

    - Incubadora operando 25 ± 2 ºC (BOD);

    - Micropipeta para 10± 0,5 mL, 20± 1L, 100 ± 5µL e 1000± 50 µL;

    - Ponteiras estéreis para micropipeta de 10 mL, 20 L, 100 µL e 1000 µL;

    - Placas de Petri descartável esterilizada;

    - Alça de Drigalski esterilizada;

    - Agitador magnético;

    - Barra magnética;

    - Microscópio óptico;

    - Lâmina de microscopia e fita adesiva transparente.

    5. SOLUÇÕES

    Solução salina com Tween 80 (diluente):

    Ingredientes:

    - NaCl P.A.: 9,0 g;

    - Água destilada: 1000mL;

    -Tween 80: 1mL.

    Preparo:

    Em frasco de Erlenmeyer suspender o NaCl em 1000 mL de água destilada e

    acrescentar Tween 80 (0,1%). Misturar bem e autoclavar o diluente a 121°C e 1 atm por

    20 minutos.

    6. MEIO DE CULTURA

    Meio de Batata Dextrose Agar (BDA):

    Ingredientes:

    -Meio de Batata Dextrose Agar comercial: recomendação do fabricante;

    -Água destilada: 1000 mL;

    Preparo:

    Em frascos de Erlenmeyer misturar a água destilada ao meio de Batata Dextrose Agar e

    autoclavar a 121° C a 1 atm por 20 minutos. Verter aproximadamente 10 mL do meio

    por placa descartável esterilizada. Depois de solidificado o meio, as placas devem ser

    invertidas e incubadas a 25 ± 2° C por uma noite para secar e para avaliar a condição de

  • 21

    esterilidade do meio. As placas preparadas com BDA podem ser estocadas em local

    escuro e sob refrigeração (2-8° C) por sete dias.

    Meio de Batata Dextrose Agar com adição de Triton (BDA + T):

    Ingredientes:

    -Meio de Batata Dextrose Agar comercial: recomendação do fabricante;

    -Água destilada: 1000 mL;

    -Triton X-100: 25 g;

    Preparo:

    O modo de preparo do meio deve seguir a recomendação do fabricante. Em frascos de

    Erlenmeyer misturar a água destilada e Triton X-100 (redutor de colônia) ao meio de

    Batata Dextrose Agar e autoclavar a 121° C a 1 atm por 20 minutos. Verter

    aproximadamente 20 mL por placa descartável esterilizada. Depois de solidificado o

    meio, as placas devem ser invertidas e incubadas a 25 ± 2° C por uma noite para secar e

    para avaliar a condição de esterilidade do meio. As placas preparadas com BDA+T

    podem ser estocadas em local escuro e sob refrigeração (2-8° C) por sete dias.

    Observação: todas as vidrarias e soluções devem ser esterilizadas em autoclave antes

    de serem utilizadas.

    7. PROCEDIMENTO

    7.1 TESTE DE MICROGOTAS:

    7.1.1 As amostras a serem testadas devem ser colocadas à temperatura ambiente por 30

    a 40 minutos antes do início da análise.

    7.1.2 Pesar 10g do produto a ser testado em Erlenmeyer de 250mL e completar com 90

    g do diluente (corresponde à diluição 10-1

    ). Devem ser realizadas duas pesagens para

    cada amostra e duas séries de diluições para cada pesagem (item 8). A segunda pesagem

    deve ser realizada 10 minutos após a colocação de água na primeira amostra para evitar

    maior tempo de hidratação.

    7.1.3 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em agitador orbital por 60 minutos a 120

    rpm.

    7.1.4 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em banho de ultrassom, por 5 minutos. O

    nível de água do banho de ultrassom deve ultrapassar o volume da suspensão contida no

    Erlenmeyer.

  • 22

    7.1.5 Misturar o conteúdo do Erlenmeyer em agitador de tubo de ensaio, colocando e

    tirando três vezes do aparelho quando observar o turbilhonamento da suspensão. Ou

    colocar em agitador magnético por 5 minutos.

    7.1.6 Transferir 1,0 mL da suspensão contida no Erlenmeyer (10-1

    ), com auxílio de

    micropipeta com ponteira esterilizada para o tubo de ensaio contendo 9,0 mL de

    diluente (10-2

    ). Descartar a ponteira em seguida.

    7.1.7 Homogenizar o conteúdo em agitador de tubo de ensaio, colocando e tirando três

    vezes do aparelho até ser observado o turbilhonamento da suspensão, em cada uma das

    passagens.

    7.1.8 Para obter a diluição 10-3

    repetir os itens 7.1.6 e 7.1.7 (diluição seriada), utilizando

    o tubo da diluição anterior (10-2

    ). Proceder assim repetidamente até alcançar a diluição

    apropriada para contagem de conídios (Tabela 1). Para cada diluição deve-se trocar a

    ponteira da micropipeta.

    Tabela 1. Máximo de diluição seriada que deve ser realizado para obtenção da diluição

    apropriada.

    Informação do fabricante Diluir até

    105 10

    -6

    106 10

    -7

    107 10

    -8

    108 10

    -9

    109 10

    -10

    1010

    10-11

    1011

    10-12

    1012

    10-13

    7.1.9 Riscar com caneta de retroprojetor a base das placas contendo meio BDA,

    dividindo-as em 4 quadrantes.

    7.1.10 Misturar o conteúdo do tubo de ensaio com a suspensão apropriada em agitador

    de tubo de ensaio colocando e tirando três vezes. O tubo deve ser retirado quando

    ocorrer o turbilhonamento.

  • 23

    7.1.11 Pipetar imediatamente três alíquotas de 20 L de cada diluição preparada para a

    superfície do meio de BDA de cada um dos quadrantes, conforme representado na

    Figura 1.

    Figura 1. Placa de Petri com meio de Batata Dextrose e Agar dividida em 4 quadrantes

    com três alíquotas de 20L da diluição seriada referente a marcação da placa.

    7.1.12 Os tubos com as diluições devem ser guardados sobre refrigeração (2-8° C) por

    no máximo 48 horas para serem utilizados no teste de unidade formadora de colônia;

    7.1.13 Esperar para que os 20µL de cada diluição sejam absorvidos no meio de cultura e

    transferir as placas em BOD, por 24 a 48 horas, 25 ± 2° C, no escuro, antes de continuar

    o procedimento;

    7.1.14 Observar quais as diluições houve o crescimento de colônias de Trichoderma e

    selecionar as três últimas diluições que apresentaram o crescimento do fungo nas três

    gotas das duas pesagens realizadas para a realização do teste de unidade formadora de

    colônia.

    7.2 TESTE DE UNIDADE FORMADORA DE COLÔNIA (UFC):

    7.2.1 Retirar os tubos de cultura com as diluições seriadas da refrigeração por 30 a 40

    minutos antes do início da análise.

    7.2.2 Misturar o conteúdo dos tubos de cultura com as diluições escolhidas em agitador

    para tubos de ensaio colocando e tirando três vezes. O tubo deve ser retirado quando

    ocorrer o turbilhonamento;

    7.2.3 Transferir de cada diluição apropriada, com uma micropipeta estéril, 100µL para a

    superfície de cinco placas de Petri com meio de Batata Dextrose Agar com adição de

    Triton;

  • 24

    7.2.4 A diluição é distribuída uniformemente sobre a superfície do meio com uma alça

    de Drigalski esterilizada, imediatamente após a transferência. Para cada grupo de cinco

    placas utilizar uma alça de Drigalski.

    7.2.5 Fazer uma placa controle antes de iniciar o item 7.2.3, espalhando 100µL da

    solução salina com Tween em placa com meio de Batata Dextrose Agar com adição de

    Triton com alça de Drigalski esterilizada;

    7.2.6 Incubar as culturas a 25 ± 2ºC, no escuro, de 48 horas a 72 horas, e contar o

    número de colônias crescidas;

    7.2.7 Incubar em BOD a 25 ± 2ºC, no escuro, novamente as culturas até 7 dias para

    verificar se as colônias formadas são realmente de Trichoderma, por meio da

    visualização da colônia na placa e das estruturas do fungo em microscópio óptico.

    7.2.8 Para observar em microscópio óptico as estruturas do fungo, deve-se com colocar

    a parte adesiva da fita adesiva transparente sobre a colônia desenvolvida na placa de

    Petri com meio de BDA + T e transferir a fita para uma lâmina de microscopia, com o

    lado adesivo sobre a lâmina. Observar a estrutura do fungo (geralmente, conidióforos e

    conídios) em microscópio óptico em aumento entre 200 a 500X. Para confirmar se a

    estrutura observada é de Trichoderma utilizar livros ou sites de identificação de fungos,

    como: Barnett, H. L. & Hunter, B. B. 1998. Illustrated genera of imperfect fungi. APS

    Press, 1998.

    8. REPETIÇÃO

    Devem ser feitas duas pesagens do produto (item 7.1.2), sendo que de cada pesagem

    deve ser realizada duas séries de diluição (item 7.1.6). Das três diluições selecionadas,

    deve-se plaquear no mínimo cinco repetições por diluição (item 7.2.3 e Figura 2).

  • 25

    Figura 2. Esquema das repetições utilizadas na metodologia para análise da qualidade

    de produtos à base de Trichoderma.

    9. CONTAGEM DE COLÔNIAS

    Fazer a contagem do número de unidades formadoras de colônias, por placa, no tempo

    de 72 horas (facultativo na 96 h), segundo a fórmula:

    UFC/mL= número médio de colônias nas placas X diluição escolhida da amostra X 10*

    * este 10 refere-se ao fato de terem sido plaqueados apenas 100µL de suspensão.

    Observação: Ideal é que cada placa tenha de 30 a 300 colônias.

    Outra sugestão é a utilização da “Planilha Bacillus” para o cálculo da unidade

    formadora de colônia, desenvolvida no âmbito do projeto Qualibio. A planilha permite

    uma maior facilidade e precisão nas análises (Figura 3). Ela pode ser obtida no site:

    http://www.cnpma.embrapa.br/, no link: “Eventos”, na parte de “Fórum” – “Bacillus

    subtilis - 2012”.

    http://www.cnpma.embrapa.br/http://www.cnpma.embrapa.br/unidade/index.php3?id=501&func=unidhttp://www.cnpma.embrapa.br/unidade/index.php3?id=501&func=unid

  • 26

    Figura 3. Planilha para cálculo e avaliação da unidade formadora de colônias de micro-

    organismos.

    10. PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS APÓS A ANÁLISE E DESCARTE

    Logo após as análises, as amostras deverão ser lacradas e armazenadas conforme

    recomendação do fabricante até a data de validade, caso haja necessidade de repetição

    dos procedimentos. Após este período ou, se não houver mais interesse nas amostras, as

    mesmas deverão ser autoclavadas a 120º C por 20 minutos, e em seguida descartadas.

    11. LIMPEZA

    Antes de realizar e após o término da metodologia, a câmara de fluxo laminar (ou o

    local onde será realizado o procedimento) deve ser limpa com papel toalha embebida

    em álcool 70 % e depois em hipoclorito 2%.

  • 27

    II METODOLOGIAS PARA CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS

    BIOLÓGICOS À BASE DE Trichoderma FORMULADOS EM PÓ-DE-ESPORO.

    II. I - METODOLOGIA PARA A CONTAGEM DO NÚMERO DE CONÍDIOS

    1. PRINCÍPIO

    Este é um método quantitativo em que o resultado é expresso em número de conídios

    por massa ou volume de produto biológico formulado. Tem como base a preparação de

    suspensão de conídios de Trichoderma e contagem do número de conídios com auxilio

    de uma Câmara de Neubauer (hemacitômetro) ao microscópio óptico.

    2. APLICAÇÃO

    Aplicável aos produtos na formulação pó-de-esporo que tem como ingrediente ativo

    estruturas do fungo Trichoderma.

    3. AMOSTRAGEM

    A amostra encaminhada para análise deverá estar em embalagem comercial lacrada,

    contendo as seguintes informações: formulação, concentração do ingrediente ativo,

    número do lote, data de fabricação, data de validade, nome do produto, nome da

    empresa, responsável técnico, ingrediente ativo e inerte, bem como a forma de

    armazenamento. No laboratório, as amostras podem ser armazenadas a temperatura

    ambiente ou, preferencialmente, em geladeira ou câmara fria. As amostras nunca devem

    ser congeladas. Deve-se tomar as amostras de acordo com os princípios microbiológicos

    estabelecidos. Desta forma, as amostras serão representativas do produto a ser

    analisado.

    4. EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS

    - Erlenmeyer com capacidade para 250mL;

    - Tubos de ensaio de 25 mL;

    -Tampa para tubo de ensaio;

    - Estante para tubos de ensaio;

    - Autoclave;

    - Balança semi analítica calibrada com faixa de trabalho de 1 a 2000 ± 0,04g;

    - Agitador de tubo de ensaio – tipo vortex;

  • 28

    - Banho de ultrassom e frequência de 40 kHz;

    - Agitador orbital para Erlenmeyer;

    - Micropipeta de 10 ± 0,5 mL e 1000 ± 50µL;

    - Ponteiras esterilizadas para micropipetas de 10 mL e 1000 µL;

    - Câmara de Neubauer (ou hemacitômetro);

    - Microscópio óptico;

    - Contador manual de conídios;

    - Agitador magnético;

    - Barra magnética.

    5. SOLUÇÕES

    Solução salina com Tween 80 (diluente):

    Ingredientes:

    - NaCl P.A.: 9,0 g;

    - Água destilada: 1000mL;

    -Tween 80: 1 mL.

    Preparo:

    Em frasco de Erlenmeyer suspender o NaCl em 1000 mL de água destilada e

    acrescentar Tween 80. Misturar bem e autoclavar o diluente a 121°C e 1 atm por 20

    minutos.

    Observação: todas as vidrarias e soluções devem ser esterilizadas em autoclave antes

    de serem utilizadas.

    6. PROCEDIMENTO

    6.1 As amostras a serem testadas devem ser colocadas à temperatura ambiente por 30 a

    40 minutos antes do início da análise.

    6.2 Pesar 0,1g do produto em erlenmeyer de 250mL e completar para 99,9 g com

    solução salina com Tween a 0,1 % (corresponde às diluição 10-3

    ). Devem ser realizadas

    duas pesagens para cada amostra e uma série de diluição para cada pesagem. A segunda

    pesagem deve ser realizada 10 minutos após a colocação de água na primeira amostra

    para evitar maior tempo de hidratação.

    6.3 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em agitador orbital por 60 minutos a 120

    rpm.

  • 29

    6.4 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em banho de ultrassom, por 5 minutos. O

    nível de água do banho de ultrassom deve ultrapassar o volume da suspensão contida no

    Erlenmeyer.

    6.5 Misturar o conteúdo do Erlenmeyer em agitador de tubo de ensaio, colocando e

    tirando três vezes do aparelho até ser observado o turbilhonamento da suspensão, em

    cada uma das passagens. Ou colocar em agitador magnético por 5 minutos.

    6.6 Transferir 1,0 mL da suspensão contida no Erlenmeyer (10-3

    ), com auxílio de

    micropipeta com ponteira esterilizada para o tubo de ensaio contendo 9,0 mL de

    diluente (obter a suspensão 10-4

    ). Descartar a ponteira em seguida. Utilizar para a

    contagem a diluição apropriada segundo a Tabela 1.

    6.7 Homogenizar o conteúdo em agitador de tubo de ensaio, colocando e tirando três

    vezes do aparelho até ser observado o turbilhonamento da suspensão, em cada uma das

    passagens.

    Tabela 1. Diluição apropriada a ser utilizada para o contagem do número de conídios,

    de acordo com a concentração mencionada no rótulo do produto.

    Concentração de conídios* Diluição para contagem

    ≥ 109 10

    -4

    ≤ 108 10

    -3

    *Quando a concentração do produto não é conhecida deve-se utilizar as duas

    diluições e escolher para contagem a que apresentar mais do que 10 conídios por

    subcompartimento da câmera de Neubauer, conforme observação ao

    microscópio óptico.

    6.8 Misturar o conteúdo do tubo de ensaio com a suspensão apropriada em agitador de

    tubo de ensaio colocando e tirando três vezes. O tubo deve ser retirado quando ocorrer o

    turbilhonamento;

    6.9 Retirar imediatamente uma alíquota representativa da suspensão com auxílio de uma

    micropipeta;

    6.10 Colocar a suspensão na canaleta da câmara de Neubauer, já coberta com a

    lamínula, até o preenchimento de todo o espaço existente entre a lamínula e a câmara de

    Neubauer;

  • 30

    6.11 Antes de iniciar a contagem, deixar a câmara de Neubauer com a suspensão de

    conídios em repouso por 5 minutos, para que os conídios precipitem, facilitando a

    contagem e reduzindo erros;

    6.12 Realizar a contagem de conídios ao microscópio óptico,no aumento de 250X ou

    400X, nos campos 1 e 2 da câmara de Neubauer (Figura 1), nos cinco quadrados

    (subcompartimentos) como demarcados na Figura 2, totalizando cinco contagens por

    campo da câmara de Neubauer (E1, E2, E3, E4 e E5).

    Observação: Muitos conídios ficam exatamente sobre as linhas de demarcação internas

    dos subcompartimentos. Recomenda-se contar apenas os conídios que estiverem nas

    linhas da esquerda e superior do mesmo campo da observação para evitar que eles sejam

    contados duas vezes.

    Figura 1. Localização dos campo 1 e 2 na câmara de Neubauer.

    Campo 2

    Campo 1

  • 31

    Figura 2. Área dentro dos subcompartimentos vermelhos para contagem de

    conídios de Trichoderma- E1, E2, E3, E4 e E5.

    7. CÁLCULO DO NÚMERO DE CONÍDIOS

    Para determinar o número de conídios utilizar a fórmula a seguir para cada repetição:

    Conídios/mL={[(Campo 1+Campo 2)/2] x 2,5 x 105}

    Campo 1=(E1+E2+E3+E4+E5)/5 e Campo 2=(E1+E2+E3+E4+E5)/5

    Para obter a concentração do produto original, o resultado obtido deve ser multiplicado

    pela diluição utilizada. Quando utilizada a diluição 10-3

    , multiplica-se o resultado por

    103e, quando utilizada a diluição 10

    -4, por 10

    4.

    O resultado final será a média das 4 repetições.

    Observação: O software, desenvolvido no âmbito do projeto Qualibio, está disponível

    para cópia no site www.cnpma.embrapa.br (Produtos e serviços – softwares). Esse

    software realiza cálculos e armazena as informações para a emissão de laudos. A

    sugestão é que o software seja sempre utilizado, para uma maior facilidade e precisão

    nas análises.

    E5

    E4 E3

    E2 E1

    http://www.cnpma.embrapa.br/

  • 32

    8. REPETIÇÃO

    Devem ser feitas duas pesagens do produto, sendo que de cada pesagem deve ser

    realizada uma série de diluição seriada. A diluição selecionada, deve-se colocar na

    câmara de Neubauer para contagem.

    Figura 3. Esquema das repetições utilizadas na metodologia para análise da qualidade

    de produtos à base de Trichoderma.

    9. PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS APÓS A ANÁLISE E DESCARTE

    Logo após as análises, as amostras deverão ser lacradas e armazenadas conforme

    recomendação do fabricante até a data de validade, caso haja necessidade de repetição

    dos procedimentos. Após este período ou, se não houver mais interesse nas amostras, as

    mesmas deverão ser autoclavadas a 120º C por 20 minutos, e em seguida descartadas.

  • 33

    10. LIMPEZA

    Antes de realizar e após o término da metodologia, a câmara de fluxo laminar (ou o

    local onde será realizado o procedimento) deve ser limpa com papel toalha embebida

    em álcool 70 % e depois em hipoclorito 2%.

  • 34

    II. II - METODOLOGIA PARA A VIABILIDADE DE CONÍDIOS –

    PORCENTAGEM DE CONÍDIOS VIÁVEIS

    1. PRINCÍPIO

    Este é um método quantitativo onde o resultado é expresso em porcentagem de conídios

    viáveis (germinados e ativos). Tem como base a dispensa de alíquota da suspensão de

    conídios de Trichoderma em áreas delimitadas da placa de Petri com meio de Batata,

    Dextrose e Agar (BDA), incubação em temperatura adequada para a germinação dos

    conídios e contagem do número de conídios viáveis ao microscópio óptico.

    2. APLICAÇÃO

    Aplicável aos produtos na formulação pó-de-esporo que tem como ingrediente ativo

    estruturas do fungo Trichoderma.

    3. AMOSTRAGEM

    A amostra encaminhada para análise deverá estar em embalagem comercial lacrada,

    contendo as seguintes informações: formulação, concentração do ingrediente ativo,

    número do lote, data de fabricação, data de validade, nome do produto, nome da

    empresa, responsável técnico, ingrediente ativo e inerte, bem como a forma de

    armazenamento. No laboratório, as amostras podem ser armazenadas a temperatura

    ambiente ou, preferencialmente, em geladeira ou câmara fria. As amostras nunca devem

    ser congeladas. Deve-se tomar as amostras de acordo com os princípios microbiológicos

    estabelecidos. Desta forma, as amostras serão representativas do produto a ser

    analisado.

    4. EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS

    - Erlenmeyer com capacidade para 250mL;

    - Tubos de ensaio de 25 mL;

    -Tampa para tubo de ensaio;

    - Estante para tubos de ensaio;

    - Autoclave;

    - Balança semi analítica calibrada com faixa de trabalho de 1 a 2000 ± 0,04g;

    - Agitador de tubo de ensaio – tipo vortex;

    - Banho de ultrassom e frequência de 40 kHz;

  • 35

    - Agitador orbital para Erlenmeyer;

    - Incubadora operando 25 ± 2 ºC (BOD);

    - Micropipeta de 10 ± 0,5 mL, 20 ± 1 µL e 1000± 50 µL;

    - Ponteiras esterilizadas para micropipeta de 10 mL, 15 µL e 1000 µL;

    - Placas de Petri descartável esterilizadas;

    - Agitador magnético;

    - Barra magnética.

    5. SOLUÇÕES

    Solução salina com Tween 80 (diluente):

    Ingredientes:

    - NaCl P.A.: 9,0 g;

    - Água destilada: 1.000mL;

    -Tween 80: 1 mL

    Preparo:

    Em frasco de Erlenmeyer suspender o NaCl em 1000 mL de água destilada e

    acrescentar Tween 80 (0,1%). Misturar bem e autoclavar o diluente a 121 °C e a 1 atm

    por 20 minutos.

    Azul de Lactofenol

    Ingredientes:

    - Fenol: 20g;

    - Ácido lático: 20g;

    - Água destilada: 20g;

    - Glicerol: 40 g;

    - Azul de metila (ou azul de algodão ou azul de Trypan): 0,1g

    Preparo:

    Adicionar os ingredientes em um frasco e homogeneizar durante 5 minutos em agitador

    magnético dentro de capela de exaustão de gases.

    6. MEIO DE CULTURA

    Meio de Batata Dextrose Agar (BDA):

    Ingredientes:

    -Meio de Batata Dextrose Agar comercial: recomendação do fabricante;

    -Água destilada: 1000 mL;

  • 36

    Preparo:

    Em frascos de Erlenmeyer misturar a água destilada ao meio de Batata Dextrose Agar e

    autoclavar a 121° C a 1 atm por 20 minutos. Verter aproximadamente 10 mL do meio

    por placa descartável esterilizada. Depois de solidificado o meio, as placas devem ser

    invertidas e incubadas a 25 ± 2° C por uma noite para secar e para avaliar a condição de

    esterilidade do meio. As placas preparadas com BDApodem ser estocadas em local

    escuro e sob refrigeração (2-8° C) por sete dias.

    Observação: todas as vidrarias e soluções devem ser esterilizadas em autoclave antes

    de serem utilizadas.

    7. PROCEDIMENTO

    7.1 As amostras a serem testadas devem ser colocadas à temperatura ambiente por 30 a

    40 minutos antes do início da análise.

    7.2 Pesar 0,1 g do produto a ser testado em Erlenmeyer de 250mL e completar para 99,9

    g com solução salina com 0,1% (corresponde às diluições 10-3

    ). Devem ser realizadas

    duas pesagens para cada amostra e uma série de diluição para cada pesagem (item 8). A

    segunda pesagem deve ser realizada 10 minutos após a colocação de água na primeira

    amostra para evitar maior tempo de hidratação.

    7.3 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em agitador orbital por 60 minutos a 120

    rpm.

    7.4 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em banho de ultrassom, por 5 minutos. O

    nível de água do banho de ultrassom deve ultrapassar o volume da suspensão contida no

    Erlenmeyer.

    7.5 Misturar o conteúdo do Erlenmeyer em agitador de tubo de ensaio, colocando e

    tirando três vezes do aparelho quando observar o turbilhonamento da suspensão. Ou

    colocar em agitador magnético por 5 minutos.

    7.6 Transferir 1,0 mL da suspensão contida no Erlenmeyer (10-3

    ), com auxílio de

    micropipeta com ponteira esterilizada para o tubo de ensaio contendo 9,0 mL de

    diluente (10-4

    ). Descartar a ponteira em seguida. Escolher a diluição apropriada segundo

    a Tabela 1.

    7.7 Homogenizar o conteúdo em agitador de tubo de ensaio, colocando e tirando três

    vezes do aparelho até ser observado o turbilhonamento da suspensão, em cada uma das

    passagens.

  • 37

    Tabela 1. Diluição apropriada a ser utilizada para o teste de viabilidade de conídios, de

    acordo com a concentração mencionada no rótulo do produto.

    Concentração de conídios Diluição

    ≥109 10

    -4

    ≤ 108 10

    -3

    *Quando a concentração do produto não é conhecida deve-se utilizar as duas diluições e

    escolher para contagem a que obtiver melhor visualização dos conídios, conforme

    observação ao microscópio óptico.

    7.8 Misturar o conteúdo do tubo de ensaio com a suspensão apropriada em agitador de

    tubo de ensaio colocando e tirando três vezes. O tubo deve ser retirado quando ocorrer o

    turbilhonamento.

    7.9 Pipetar imediatamente cinco vezes de 20 µL da diluição apropriada em placas de

    Petri com meio de Batata Dextrose Agar (Figura 1). Repetir este passo para mais uma

    placa.

    Figura 1. Placa de Petri com meio BDA com as marcações e os 20µL da suspensão

    para análise da viabilidade – porcentagem de conídios viáveis.

    7.10 Transferir as placas em BOD a25 ± 2º C, no escuro.

    7.11 Após iniciar a germinação (apresenta variação de 9 a 20 h após o plaqueamento em

    função do produto) em uma das placas, colocar uma gota de azul de lactofenol (8µL)

    em cada ponto (local onde foi colocada a diluição apropriada) com a suspensão (cinco

    pontos por placa) (Figura 1).

    7.12 Avaliar a viabilidade usando microscópio óptico no aumento de pelo menos 400x.

  • 38

    7.13 O conídio é considerado viável, quando estiver ativo ou germinado (Figura 2 -

    Glossário).

    7.14 Contar os conídios viáveis e não viáveis nos cinco pontos. Contar pelo menos 100

    conídios por ponto.

    7.15 Se necessário, fazer nova avaliação na segunda placa, seguindo o item 7.10 a 7.13.

    7.16 Calcular a taxa média de viabilidade utilizando a fórmula:

    Viabilidade (%)=(média do número de conídios viáveis das pesagens/total de conídios) X 100

    Deve ser realizado o cálculo para cada gota de cada pesagem de cada diluição,

    separadamente. Posteriormente, obter a média aritmética de cada pesagem.

    Figura 2. Vista dos conídios de Trichoderma viáveis (germinados e ativos não

    germinados) ou inativos em microscópio óptico, após 14 horas de incubação.

    8. REPETIÇÃO

    Devem ser feitas duas pesagens do produto (7.2), sendo que de cada pesagem deve ser

    realizada uma diluição seriada (7.6). Da diluição selecionada, deve-se colocar cinco

    gotas por placa em duas placas diferentes (item 7.9 e Figura 1 e 3).

    Conídio inativo

    Conídio ativo não

    germinado Conídio germinado

  • 39

    Figura 3. Esquema das repetições utilizadas na metodologia para análise da qualidade

    de produtos à base de Trichoderma.

    9. PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS APÓS A ANÁLISE E DESCARTE

    Logo após as análises, as amostras deverão ser lacradas e armazenadas conforme

    recomendação do fabricante até a data de validade, caso haja necessidade de repetição

    dos procedimentos. Após este período ou, se não houver mais interesse nas amostras, as

    mesmas deverão ser autoclavadas a 120º C por 20 minutos, e em seguida descartadas.

    10. LIMPEZA

    Antes de realizar e após o término da metodologia, a câmara de fluxo laminar (ou o

    local onde será realizado o procedimento) deve ser limpa com papel toalha embebida

    em álcool 70 % e depois em hipoclorito 2%.

    11. GLOSSÁRIO

    Conídio: estrutura não sexual de reprodução de fungos.

  • 40

    Conídio ativo ou em processo de germinação: o conídio que aumentou de tamanho

    em relação ao não germinado, mas que ainda não emitiu tubo germinativo.

    Conídio germinado: o conídio apresenta tubo germinativo com pelo menos o mesmo

    comprimento que o tamanho do conídio.

    Conídios inativos: conídios não viáveis.

    Conídios não germinados: conídios que podem ou não estar viáveis, porém não

    formou tubo germinativo com pelo menos o mesmo comprimento que o tamanho do

    conídio.

    Conídios viáveis: são os conídios ativos e os germinados.

    Conidióforo: estrutura do fungo produtora de conídios.

    Grânulos: tipo de formulação de produto biológico em forma de grânulos que se

    desfazem na presença de água.

    Pó-molhável: tipo de formulação de produto biológico composta pelo ingrediente ativo

    e inerte que permita a mistura com água, formando suspensões dotadas de grande

    estabilidade.

  • 41

    II. III - METODOLOGIA PARA A VIABILIDADE DE CONÍDIOS – UNIDADE

    FORMADORA DE COLÔNIA

    1. PRINCÍPIO

    Este é um método quantitativo, onde o resultado é expresso em unidades formadoras de

    colônia (UFC/mL). Tem como base a homogeneização do produto biológico com o

    diluente esterilizado (solução salina com adição de Tween 80). A partir dela é realizado

    diluições decimais, as quais são distribuídas em placas sobre meio BDA com Triton e

    incubadas a 25 ± 2 °C no escuro para posterior contagem do número de colônias

    formadas pelo Trichoderma.

    2. APLICAÇÃO

    Aplicável aos produtos na formulação pó-de-esporo que tem como ingrediente ativo

    estruturas do fungo Trichoderma.

    3. AMOSTRAGEM

    A amostra encaminhada para análise deverá estar em embalagem comercial lacrada,

    contendo as seguintes informações: formulação, concentração do ingrediente ativo,

    número do lote, data de fabricação, data de validade, nome do produto, nome da

    empresa, responsável técnico, ingrediente ativo e inerte, bem como a forma de

    armazenamento. No laboratório, as amostras podem ser armazenadas a temperatura

    ambiente ou, preferencialmente, em geladeira ou câmara fria. As amostras nunca devem

    ser congeladas. Deve-se tomar as amostras de acordo com os princípios microbiológicos

    estabelecidos. Desta forma, as amostras serão representativas do produto a ser

    analisado.

    4. EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS

    - Erlenmeyer com capacidade para 250mL;

    - Tubos de ensaio de 25 mL;

    - Tampa de tubo de ensaio;

    - Estante para tubos de ensaio;

    - Autoclave;

    - Balança semi analítica calibrada com faixa de trabalho de 1 a 2000 ± 0,04g;

    - Agitador de tubo de ensaio – tipo vortex;

  • 42

    - Banho de ultrassom e frequência de 40 kHz;

    - Agitador orbital para Erlenmeyer;

    - Incubadora operando 25 ± 2 ºC (BOD);

    - Micropipeta para 10 ± 0,5mL, 20 ± 1L, 100 ± 5µL e 1000 ± 50µL;

    - Ponteiras estéreis para micropipeta de 10 mL, 20 L, 100 µL e 1000 µL;

    - Placas de Petri descartável esterilizada;

    - Alça de Drigalski esterilizada;

    - Agitador magnético;

    - Barra magnética;

    - Microscópio óptico;

    - Lâmina de microscopia e fita adesiva transparente.

    5. SOLUÇÕES

    Solução salina com Tween 80 (diluente):

    Ingredientes:

    - NaCl P.A.: 9,0 g;

    - Água destilada: 1000mL;

    -Tween 80: 1mL.

    Preparo:

    Em frasco de Erlenmeyer suspender o NaCl em 1000 mL de água destilada e

    acrescentar Tween 80 (0,1%). Misturar bem e autoclavar o diluente a 121°C e 1 atm por

    20 minutos.

    6. MEIO DE CULTURA

    Meio de Batata Dextrose Agar (BDA):

    Ingredientes:

    -Meio de Batata Dextrose Agar comercial: recomendação do fabricante;

    -Água destilada: 1000 mL;

    Preparo:

    Em frascos de Erlenmeyer misturar a água destilada ao meio de Batata Dextrose Agar e

    autoclavar a 121° C a 1 atm por 20 minutos. Verter aproximadamente 10 mL do meio

    por placa descartável esterilizada. Depois de solidificado o meio, as placas devem ser

    invertidas e incubadas a 25 ± 2° C por uma noite para secar e para avaliar a condição de

  • 43

    esterilidade do meio. As placas preparadas com BDA podem ser estocadas em local

    escuro e sob refrigeração (2-8° C) por sete dias.

    Meio de Batata Dextrose Agar com adição de Triton (BDA + T):

    Ingredientes:

    -Meio de Batata Dextrose Agar comercial: recomendação do fabricante;

    -Água destilada: 1000 mL;

    -Triton X-100: 25 g;

    Preparo:

    O modo de preparo do meio deve seguir a recomendação do fabricante. Em frascos de

    Erlenmeyer misturar a água destilada e Triton X-100 (redutor de colônia) ao meio de

    Batata Dextrose Agar e autoclavar a 121° C a 1 atm por 20 minutos. Verter

    aproximadamente 20 mL por placa descartável esterilizada. Depois de solidificado o

    meio, as placas devem ser invertidas e incubadas a 25 ± 2° C por uma noite para secar e

    para avaliar a condição de esterilidade do meio. As placas preparadas com BDA+T

    podem ser estocadas em local escuro e sob refrigeração (2-8° C) por sete dias.

    Observação: todas as vidrarias e soluções devem ser esterilizadas em autoclave antes

    de serem utilizadas.

    7. PROCEDIMENTO

    7.1 TESTE DE MICROGOTAS:

    7.1.1 As amostras a serem testadas devem ser colocadas à temperatura ambiente por 30

    a 40 minutos antes do início da análise.

    7.1.2 Pesar 0,1 g do produto a ser testado em Erlenmeyer de 250mL e completar para

    99,9 g com solução salina com 0,1% (corresponde às diluições 10-3

    ). Devem ser

    realizadas duas pesagens para cada amostra e duas séries de diluições para cada

    pesagem (item 8). A segunda pesagem deve ser realizada 10 minutos após a colocação

    de água na primeira amostra para evitar maior tempo de hidratação.

    7.1.3 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em agitador orbital por 60 minutos a 120

    rpm.

    7.1.4 Colocar o Erlenmeyer com a suspensão em banho de ultrassom, por 5 minutos. O

    nível de água do banho de ultrassom deve ultrapassar o volume da suspensão contida no

    Erlenmeyer.

  • 44

    7.1.5 Misturar o conteúdo do Erlenmeyer em agitador de tubo de ensaio, colocando e

    tirando três vezes do aparelho quando observar o turbilhonamento da suspensão. Ou

    colocar em agitador magnético por 5 minutos.

    7.1.6 Transferir 1,0 mL da suspensão contida no Erlenmeyer (10-3

    ), com auxílio de

    micropipeta com ponteira esterilizada para o tubo de ensaio contendo 9,0 mL de

    diluente (10-4

    ). Descartar a ponteira em seguida.

    7.1.7 Homogenizar o conteúdo em agitador de tubo de ensaio, colocando e tirando três

    vezes do aparelho até ser observado o turbilhonamento da suspensão, em cada uma das

    passagens.

    7.1.8 Para obter a diluição 10-5

    repetir os itens 7.1.6 e 7.1.7 (diluição seriada), utilizando

    o tubo da diluição anterior (10-4

    ). Proceder assim repetidamente até alcançar a diluição

    apropriada para contagem de conídios (Tabela 1). Para cada diluição deve-se trocar a

    ponteira da micropipeta.

    Tabela 1. Máximo de diluição seriada que deve ser realizado para obtenção da diluição

    apropriada.

    Informação do fabricante Diluir até

    105 10

    -6

    106 10

    -7

    107 10

    -8

    108 10

    -9

    109 10

    -10

    1010

    10-11

    1011

    10-12

    1012

    10-13

    7.1.9 Riscar com caneta de retroprojetor a base das placas contendo meio BDA,

    dividindo-as em 4 quadrantes.

    7.1.10 Misturar o conteúdo do tubo de ensaio com a suspensão apropriada em agitador

    de tubo de ensaio colocando e tirando três vezes. O tubo deve ser retirado quando

    ocorrer o turbilhonamento.

  • 45

    7.1.11 Pipetar imediatamente três alíquotas de 20 L de cada diluição preparada para a

    superfície do meio de BDA de cada um dos quadrantes, conforme representado na

    Figura 1.

    Figura 1. Placa de Petri com meio de Batata Dextrose e Agar dividida em 4 quadrantes

    com três alíquotas de 20L da diluição seriada referente a marcação da placa.

    7.1.12 Os tubos com as diluições devem ser guardados sobre refrigeração (2-8° C) por

    no máximo 48 horas para serem utilizados no teste de unidade formadora de colônia;

    7.1.13 Esperar para que os 20µL de cada diluição sejam absorvidos no meio de cultura e

    transferir as placas em BOD, por 24 a 48 horas, 25 ± 2° C, no escuro, antes de continuar

    o procedimento;

    7.1.14 Observar quais as diluições houve o crescimento de colônias de Trichoderma e

    selecionar as três últimas diluições que apresentaram o crescimento do fungo nas três

    gotas das duas pesagens realizadas para a realização do teste de unidade formadora de

    colônia.

    7.2 TESTE DE UNIDADE FORMADORA DE COLÔNIA (UFC):

    7.2.1 Retirar os tubos de cultura com as diluições seriadas da refrigeração por 30 a 40

    minutos antes do início da análise.

    7.2.2 Misturar o conteúdo dos tubos de cultura com as diluições escolhidas em agitador

    para tubos de ensaio colocando e tirando três vezes. O tubo deve ser retirado quando

    ocorrer o turbilhonamento;

    7.2.3 Transferir de cada diluição apropriada, com uma micropipeta estéril, 100µL para a

    superfície de cinco placas de Petri com meio de Batata Dextrose Agar com adição de

    Triton;

  • 46

    7.2.4 A diluição é distribuída uniformemente sobre a superfície do meio com uma alça

    de Drigalski esterilizada, imediatamente após a transferência. Para cada grupo de cinco

    placas utilizar uma alça de Drigalski.

    7.2.5 Fazer uma placa controle antes de iniciar o item 7.2.3, espalhando 100µL da

    solução salina com Tween em placa com meio de Batata Dextrose Agar com adição de

    Triton com alça de Drigalski esterilizada;

    7.2.6 Incubar as culturas a 25 ± 2ºC, no escuro, de 48 horas a 72 horas, e contar o

    número de colônias crescidas;

    7.2.7 Incubar em BOD a 25 ± 2ºC, no escuro, novamente as culturas até 7 dias para

    verificar se as colônias formadas são realmente de Trichoderma, por meio da

    visualização da colônia na placa e das estruturas do fungo em microscópio óptico.

    7.2.8 Para observar em microscópio óptico as estruturas do fungo, deve-se com colocar

    a parte adesiva da fita adesiva transparente sobre a colônia desenvolvida na placa de

    Petri com meio de BDA + T e transferir a fita para uma lâmina de microscopia, com o

    lado adesivo sobre a lâmina. Observar a estrutura do fungo (geralmente, conidióforos e

    conídios) em microscópio óptico em aumento entre 200 a 500X. Para confirmar se a

    estrutura observada é de Trichoderma utilizar livros ou sites de identificação de fungos,

    como: Barnett, H. L. & Hunter, B. B. 1998. Illustrated genera of imperfect fungi. APS

    Press, 1998.

    8. REPETIÇÃO

    Devem ser feitas duas pesagens do produto (item 7.1.2), sendo que de cada pesagem

    deve ser realizada duas séries de diluição seriada (item 7.1.6). Das três diluições

    selecionadas, deve-se plaquear no mínimo cinco repetições por diluição (item 7.2.3 e

    Figura 2).

  • 47

    Figura 2. Esquema das repetições utilizadas na metodologia para análise da qualidade

    de produtos à base de Trichoderma.

    9. CONTAGEM DE COLÔNIAS

    Fazer a contagem do número de unidades formadoras de colônias, por placa, no tempo

    de 72 horas (facultativo na 96 h), segundo a fórmula:

    UFC/mL= número médio de colônias nas placas X diluição escolhida da amostra X 10*

    * este 10 refere-se ao fato de terem sido plaqueados apenas 100µL de suspensão.

    Observação: Ideal é que cada placa tenha de 30 a 300 colônias.

    Outra sugestão é a utilização da “Planilha Bacillus” para o cálculo da unidade

    formadora de colônia, desenvolvida no âmbito do projeto Qualibio. A planilha permite

    uma maior facilidade e precisão nas análises (Figura 3). Ela pode ser obtida no site:

    http://www.cnpma.embrapa.br/, no link: “Eventos”, na parte de “Fórum” – “Bacillus

    subtilis - 2012”.

    http://www.cnpma.embrapa.br/http://www.cnpma.embrapa.br/unidade/index.php3?id=501&func=unidhttp://www.cnpma.embrapa.br/unidade/index.php3?id=501&func=unid

  • 48

    Figura 3. Planilha para cálculo e avaliação da unidade formadora de colônias de micro-

    organismos.

    10. PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS APÓS A ANÁLISE E DESCARTE

    Logo após as análises, as amostras deverão ser lacradas e armazenadas conforme

    recomendação do fabricante até a data de validade, caso haja necessidade de repetição

    dos procedimentos. Após este período ou, se não houver mais interesse nas amostras, as

    mesmas deverão ser autoclavadas a 120º C por 20 minutos, e em seguida descartadas.

  • 49

    REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

    BETTIOL, W.; GHINI, R. Proteção de plantas em sistemas agrícolas alternativos. In:

    CAMPANHOLA, C.; BETTIOL, W. Métodos alternativos de controle fitossanitário.

    Jaguariúna, Embrapa Meio Ambiente, 2003, p. 80-96.

    BETTIOL, W.; GHINI, R.; MORANDI, M.A.B.; STADNIK, M.J.; KRAUS, U.;

    STEFANOVA, M.; PRADO, A.M.C. Controle biológico de doenças de plantas na

    América Latina. In: ALVES, S.B.; LOPES, R.B. (eds.). Controle Microbiano de Pragas

    na América Latina – Avanços e Desafios. Piracicaba, Fealq, 2008, p. 303-331.

    BETTIOL, W.; MORANDI, M.A.B.; PINTO, Z.V.; PAULA JÚNIOR, T.J.; CORREA,

    E.B.; MOURA, A.B.; LUCON, C.M.M.; COSTA, J.C.B.; BEZERRA, J.L. Produtos

    Comerciais à Base de Agentes de Biocontrole de Doenças de Plantas. Jaguariúna, SP,

    Embrapa Meio Ambiente, 2012, 155 p. — (Documentos / Embrapa Meio Ambiente;

    88).

    BROTMAN, Y.; LISEC, J.; MÉRET, M.; CHET, I.; WILLMITZER, L.; VITERBO, A.

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