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Aula da residência médica do Hospital de Base do Distrito Federal
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Julia Souza Dominguez Sotelino
R3 de Oftalmologia
Setor de Retina
HBDF
*
*
1- DEFINIÇÃO
*É uma rara e devastadora retinite necrosante que afeta
tipicamente indivíduos saudáveis de todas as idades.
2- FISIOPATOLOGIA
*Causada por Vírus Varicela Zóster (VZV) – indivíduos mais velhos
*Herpes Simples Vírus (HSV) I e II – menor frequência, pacientes
jovens
*
3- EPIDEMIOLOGIA
*Mais comum em homens 2:1
*Bilateral em 33% dos casos e envolvimento do segundo olho
ocorre nas primeiras 6 semanas
*Imunossuprimidos podem apresentar NRA com evolução
fulminante e bilateral
*
4- CLÍNICA
*Dor
*Hiperemia ocular
*BAV progressiva
Biomicroscopia:
*RCA significativa
*Precipitados ceráticos granulomatosos
*Vitreíte
*
4- CLÍNICA
Fundo de Olho:
*Focos de retinite necrosante periférica, com tendência a
confluírem centripetamente.
*Progressão da necrose para toda a espessura retiniana
*Vasculite e hemorragias
*Pólo posterior é poupado
*Neurite
*
*
*
5- DIAGNÓSTICO
*Outras síndromes causadas por vírus da família Herpesviridae que não
preencham esses critérios, devem ser incluídas no grupo das retinopatias
herpéticas necrosantes
Critérios Essenciais Critérios que dão
suporte ao diagnóstico
1 ou mais focos de necrose retiniana periférica,
com margens bem demarcadas
Neuropatia óptica
Progressão rápida na ausência de TTO Esclerite
Extensão circunferencial das lesões Dor
Vasculopatia oclusiva e envolvimento arteriolar
Vitreíte e RCA
*
5- DIAGNÓSTICO
*Hemograma completo
*FTA-ABS
*Sorologia para toxoplasmose, CMV
*Radiografia de tórax
*Teste para HIV
*Paracentese da CA para PCR de herpes simples e VZV
*TC de órbita ou US modo B para pesquisar aumento do NO
*TC ou RM de crânio (encefalite, sífilis terciária)
*
6- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
*Retinopatia Herpética
*Retinite por CMV
*PORN
*Sífilis
*Toxoplasmose
*Doença de Behçet
*Endoftalmite fúngica ou bacteriana
*Linfoma de células grandes
*NRA CMV Toxoplasmose
Hemorragias
retinianas
Incomuns Significativas Ausentes
Vitreíte Significativa Mínima Significativa
Dor Significativa Ausente Moderada
Estado imune Saudável Imunocomprometido Qualquer um
Aspecto Lesões bem
demarcadas de
aparência quase
homogênea e mesma
idade
Necrose retiniana
granular associadas a
hemorragias ao longo
das arcadas
vasculares retinianas
(brushfire)
“Farol na
neblina”com vitreíte
densa e bordas lisas
*6- TRATAMENTO
*Aciclovir IV (10 mg/kg/dia a cada 8 horas) por 10 a 14 dias
*Seguido de aciclovir oral (800 mg 5 vezes/dia) por 6 a 14 semanas
*Ganciclovir intravítreo: reduz progressão da lesão e o risco de DR
*Ácido acetilsalicílico(500 mg/dia)- reduzir a vasculopatia oclusiva
*Costicóide sistêmico(prednisona 40-60 mg/dia) após 24 a 48hs do
inicio do aciclovir – para casos graves principalmente com
envolvimento do NO
*Colírios de corticóide e cicloplégico/midriático para RCA
*
6- TRATAMENTO
*Fotocoagulação a laser cercando a margem posterior das lesões
para profilaxia de DR
*
7- PROGNÓSTICO
*Lesões necróticas progridem rapidamente quando não tratadas.
*O tratamento adequado acelera a resolução das lesões retinianas
agudas e reduz o risco de envolvimento do segundo olho, mas não
previne o DR.
*Lesões agudas resolvem-se em 6 a 12 semanas – retina necrótica
transparente com bordos hiperpigmentados
*Prognóstico sombrio: 60% evoluem com BAV devido ao DR,
neurópatia óptica isquêmica e perifeblite oclusiva
*
1- DEFINIÇÃO
*É uma necrose retiniana que ocorre predominantemente em
pacientes imunossuprimidos principalmente na AIDS
*CD4 em torno de 24/uL
*É uma condição rara porém devastadora
2- FISIOPATOLOGIA
*Causada por Vírus Varicela Zóster (VZV)
3- CLÍNICA
*Perda visual rapidamente progressiva
*Infiltrados retinianos branco-amarelados e multifocais
*Acometimento macular precoce
*Apenas nos estágios iniciais a infecção é limitada à retina externa
*Rápida confluência e necrose de toda a espessura da retina
*Uveíte anterior e vitreíte mínimas
*DR em 70% dos casos
4- DIAGNÓSTICO
*Clínico
*É confirmado com exame de PCR para DNA do vírus varicela zóster
a partir de uma amostra do vítreo
5- TRATAMENTO
*Associação de ganciclovir EV com ou sem foscarnete
*Ganciclovir ou foscarnete intravítreo
*Demarcação profilática por laser para diminuir o risco de DR
6- PROGNÓSTICO
*Pouca resposta ao tratamento
*Péssimo prognóstico visual
*Cegueira: Por necrose macular ou DR
*Resultados das cirurgias vítreo-retiniana são muito ruins
NRA PORN
Estado imune Saudáveis Imunossuprimidos
Clínica RCA +
Precipitado granulomatoso
Vitreíte
Polo posterior é poupado
Uveíte e vitreíte mínimas
Acometimento macular
precoce
Etiologia VZV e VHS VZV
Tratamento Aciclovir IV Ganciclovir IV
*KANSKI, J.J. Oftalmologia clínica: Uma abordagem
sistemática. Sexta Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 478 p.
*ORÉFICE, F; SANTOS, D.V.V; ORÉFICE, J.L. Uveítes: Série
Oftalmologia Brasileira. Ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica,
2011. 243 p.
*EHLERS, J.P; SHAH, C.P. Manual de doenças oculares do Wills
Eye Hospital. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 367 p.