Negação da Autoria Mosaica.doc

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     Negação da Autoria Mosaica

    2.1.1.Origem do Desenvolvimento da Teoria Documentária

      Alguns movimentos como o Deísmo e Racionalismo forneceram o cenário, e

    contribuíram para o surgimento da Teoria Documentária. Estas duas correntes depensamento, embora diferentes, concordam numa coisa a nega!"o de uma rela!"osobrenatural de Deus com o #omem.

    $egando a premissa sobrenatural, n"o se pode sustentar a doutrina da inspira!"o,profecias, a provid%ncia divina, etc. A &íblia torna'se um livro meramente #umano. (oi)uando come!aram a )uestionar a autoria mosaica, e a sua data de escrita, comotamb*m a veracidade de seu conte+do.

      T#omas obbes em sua obra Leviathan -1/10 afirmou )ue o entateuco #avia

    sido editado por Esdras a partir de fontes antigas.  &enedicto pino3a declarou em Tractatus Theologico-Politicus -1450 )ueEsdras #avia editado o entateuco com interpola!"o de Deuteron6mio, )uestionando aautoria mosaica.

     

    2.1.2.Teoria Documentária rimitiva

      7ean Astruc, m*dico franc%s, foi o primeiro a dar e8press"o literária a essa

    teoria -em 14/90. :imitou suas d+vidas apenas a autoria de ;n 1. ua tese era )uea#?e#. Todavia, aceita

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    diferentes, um elo#ístico, e o outro Gavístico. A data da composi!"o final do e8ateucoteria ocorrido em 7erusal*m, durante o reinado de alom"o.

      7. Hater -1B52'1B5/0 fe3 a divis"o do entateuco em 9F fragmentos. A data dacomposi!"o final do entateuco foi no e8ílio babil6nico, sendo )ue nesta *poca

    ad)uiriu a forma )ue #oGe con#ecemos.

      A.T. artmann foi o primeiro a di3er )ue a escrita era descon#ecida no tempode

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    2.1..Teoria Documental em seu Estado (inal

      egundo esta teoria, )uatro ou cinco documentos principais, mais outrosdocumentos secundários foram combinados por )uatro redatores principais e maisoutros redatores secundários.

      Reuss -1B/50 acreditava em cinco documentos principais 7, E1, E2, d, . (oi oprimeiro a sugerir o documento como sendo documento básico e tamb*m comosendo o +ltimo deles. Atribuiu ao tempo de Esdras como data final da reda!"o doentateuco.

      Narl . ;raff, em 1B/, afirmou a literatura de C8odo, :evítico e $+meros, n"opertencia ao período de 7osias, mas ao cativeiro babil6nico. ReGeitou o documento E1como sendo um documento independente. ara ele o E1 * igual ao , um documentoprocedente do período do reinado de 7osias. ara ;raff a ordem dos documentos seria

    #ist=rico, E, 7, D, 'legal.

      Abra#am Nuenen -1BF'1B450 desenvolveu a teoria de ;raff e a difundiu,principalmente na Aleman#a. Em sua obra A Religi"o de Psrael -1BF0 argumentou)ue o '#ist=rico n"o poderia ser separado do documento 'legal. ua teoria resultouem 7, E, D, .

      7ulius Kell#ausen foi )uem deu uma popular formula!"o literária M teoria, emsua obra Die Composition ds Hexateuchs, em 1B4. Iom ele a teoria ad)uiriu o nomede ;raff'Nuenen'Kell#ausen. Iausou um grande impulso ao criticismo moderno.

     

    2.1.4.Teoria Documentária no *culo QQ

      erman ;unel -1B2'1F920 e ugo ;ressmann -1B44'1F240 posicionaram'secontra as tend%ncias do ?ell#ausenismo clássico. Os grandes e8poentes na crítica dasfontes. Defendiam a necessidade de se descobrir o !it" im Le#en -conte8to vital0.Iompara!"o com a mitologia antiga.

      Otto Eissfeldt em sua Einleitung in das Alte Testament  -1F9J0 defendia a

    classifica!"o da literatura do AT em vários g%neros e categorias. Tenta tra!ar odesenvolvimento -a influ%ncia pr*'#ist=ria literária0 dos diferentes documentos.rop@em a e8ist%ncia de um documento : -fonte leiga0. $"o possui uma concep!"oade)uada da revela!"o, considera a literatura do AT como de origem meramente#umana.

      R.. feiffer em $ntroduction to the %ld Testament  -1FJ10 mostra erudi!"o eapologia, basicamente anti'crist". Ensinou a e8ist%ncia de um documento -ul oueir0, mas obteve aceita!"o popular. $ega a revela!"o, milagres, etc., segundo feifferestas s"o cousas subGetivas, sem prova científica.

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      ;er#ard Hon Rad -1F9J0 defendeu a e8ist%ncia de mais dois documentos a eb. rop6s a teoria do e8ateuco.

      Aage &ent3en publicou em 1FJ1 uma obra )ue esposa o m*todo hist&rico-cr'tico )ue presta dedicada aten!"o ao estudo das supostas formas da literatura do AT.

      Atualmente o liberalismo predomina nos estudos do AT em todo o mundo.Todavia, #á vo3es conservadoras )ue se fa3em ouvir com vasta erudi!"o. Temos emportugu%s algumas obras acad%micas publicas sobre PAT

    2.1.B. Iaracterísticas dos supostos documentos

      Resumidamente, segue abai8o um resumo sobre os supostos documentos )uecomp@e o entateuco, segundo os adeptos da teoria documentária.

     Documento J (Jeová, Jeovista)

    1.Data F/5 ou B/5 a.I.

    2.:ocal escrita 7udá

    9.Autoria * atribuído a um #istoriador descon#ecido, pertencente ao reino do ul

    J.Ionte+do come!a com a cria!"o e vai at* o fim do reino de Davi -;n 2 a $m 22'2J0.

    /.$ature3a uma cole!"o de literatura *pica, demonstrando forte sentimentonacionalista. Iont*m dramati3a!"o vívida, apresenta!@es antropom=rficas de Deus,

    em )ue Deus * descrito em termos #umanos. refere usar o nome >a#?e# para Deus.Ressalta a continuidade do prop=sito de Deus desde a cria!"o, passando pelospatriarcas, at* o papel de Psrael como seu povo. Essa continuidade leva aoestabelecimento da monar)uia com Davi.

     Documento E  (Elohista)

    1.Data B/5 ou 4/5 a.I.

    2.Autoria atribuída a um sacerdote descon#ecido de &etel -Reino do $orte0, ou a um

    profeta, sob a influ%ncia de Elias.9.:ocal escrita Efraim

    J.Ionte+do come!a com Abra"o e termina com 7osu*

    /.$ature3a Ssa'se a #ist=ria na forma *pica. Este documento possui uma variedadede detal#es, grande interesse no ritual e uma teologia mais abstrata, )ue evitaantropomorfismo e usa vis@es e anGos como meios de revela!"o. a narrativa datradi!"o de Psrael -reino do $orte0 em paralelo com documente 7. refere Elo#im comonome de Deus at* a revela!"o de seu nome >a#?e# a

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     Documento D (Deuteronomista)

    1.Data /5 a.I.

    2.Autoria atribuída a um sacerdote descon#ecido.

    9.:ocal escrita 7erusal*m

    J.Ionte+do * o material n+cleo do livro de Deuteron6mio

    /.$ature3a tem interesse teol=gico pelo Templo de 7erusal*m, e forte oposi!"o contraa idolatria. O estilo literário * prosaico, proli8o, paran*tico -repleto de e8orta!@es ouconsel#os0. eria o tal livro descoberto no reinado do rei 7osias no ano 21 a.I.

     Documento P (do inglês Priestl!"acerdotal#)

    1.Data /2/ ou J/5 a.I.2.Autoria descon#ecida

    9.Ionte+do composto de tradi!@es mosaicas antigas depois do E8ílio.

    $ma avaliação cr%tica da &eoria Documentária'

    Devemos considerar algumas implica!@es da Teoria Documentária em afirmar aforma!"o final do entateuco num período p=s'e8ílico -entre /55'J55 a.I.0, )uando areligi"o de Psrael Gá estava bem desenvolvida.

    1. A Teoria Documentária n"o prova a n"o autoria de

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    faria sentido c#amá'lo de a :ei. e ele n"o foi o princípio regulador para os primeirosleitores, n"o teria valor algum para os crentes de outras *pocas, uma ve3 )ue osconceitos #umanos mudam e o )ue n"o foi normativo para um povo, pode n"o ser paraoutro.

    /. Pnvalida o esfor!o de composi!"o. O relato do entateuco * rico em detal#es einforma!@es. ossui informa!@es das origens e desenvolvimento dos povos, emespecial do povo de Psrael. Os supostos autores teriam se dado a um imenso trabal#ode imagina!"o para simplesmente manter uma ordem )ue Gá estava estabelecida.

    . Devemos considerar a aus%ncia de evid%ncias #ist=rica, ou manuscritol=gicas, de)ue estes supostos documentos -7ED0 ten#am circulado em algum período soltos unsdos outros.

    4. Ionsidera o autor mal intencionado. A Teoria Documentária implica )ue um autor

    -ou autores0, com um sentimento profundamente religioso e com o intuito de condu3ir opovo diante de Deus, ten#a se rebai8ado a abandonar valores )ue )uer ensinar eredigir uma mentira, colocando na boca de Deus, o )ue Ele n"o disse, inventandoest=rias e fa3endo com )ue todos a considerassem como verdadeiras

    B. Pmpossibilidade do sobrenatural no AT. Ionse)Yentemente a interven!"o divina *negada revela!"o, inspira!"o, encarna!"o, milagres, etc.

    F. $ega!"o da revela!"o especial. A &íblia torna'se meramente uma refer%ncialiterária semítica. Sm livro antigo como outro )ual)uer, dei8ando de ser a auto'

    revela!"o proposicional de Deus.

     

    2.9. Argumentos em favor da Autoria

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    J. $m 991'2

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    n"o e8istir nen#um registro desses fatos\ Respondemos mencionando a contribui!"odo ar)ue=logo Alan

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    2.9./. O _ue se Entende or Autoria