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Brasília 2018 NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

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Diretoria de Educação e Tecnologia

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Mônica Messenberg GuimarãesDiretora

Diretoria de Serviços Corporativos

Fernando Augusto TrivellatoDiretor

Diretoria Jurídica

Hélio José Ferreira RochaDiretor

Diretoria CNI/SP

Carlos Alberto PiresDiretor

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© 2018. CNI – Confederação Nacional da Indústria.Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

CNIGerência Executiva de Assuntos Internacionais

CNIConfederação Nacional da Indústria

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FICHA CATALOGRÁFICA

C748i

Confederação Nacional da Indústria. Negociações comerciais com a Coreia do Sul: interesses ofensivos do Brasil / Confederação Nacional da Indústria. – Brasília : CNI, 2018.

98 p. : il.

1.Relações Econômicas. 2. Relações Bilaterais. 3. Comércio Exterior. I.

Título. CDU: 339.5

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – ESTRUTURA DO PIB DA COREIA EM 2016 (%) .............................................................20

GRÁFICO 2 – COMPOSIÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DA COREIA EM 2016 (%) ..................................21

GRÁFICO 3 – PRINCIPAIS DESTINOS DAS EXPORTAÇÕES DA COREIA EM 2016 (%) .....................22

GRÁFICO 4 – COMPOSIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES DA COREIA EM 2016 (%) ....................................22

GRÁFICO 5 – PRINCIPAIS O RIGENS DAS IMPORTAÇÕES DA COREIA EM 2016 (%) ......................23

GRÁFICO 6 – EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES DE SERVIÇOS DA COREIA DO SUL EM 2016 (EM US$ BILHÕES) .............................................................23

GRÁFICO 7 – PRINCIPAIS DESTINOS DAS EXPORTAÇÕES DE COREIA DO SUL DE SERVIÇOS EM 2016 (%) .........................................................24

GRÁFICO 8 – PRINCIPAIS ORIGENS DAS IMPORTAÇÕES DE SERVIÇOS DA COREIA DO SUL EM 2016 ......................................................................25

GRÁFICO 9 – ESTOQUE DE IED RECEBIDOS PELA COREIA EM 2016 POR INVESTIDORES (%) .................................................................................26

GRÁFICO 10 – ESTOQUE DE IED REALIZADO PELA COREIA DO SUL EM 2016 POR DESTINOS (%) ..........................................................27

GRÁFICO 11 – TARIFAS NMF DA COREIA DO SUL PARA PRODUTOS AGRÍCOLAS E INDUSTRIAIS EM 2016 (EM %) ............................................................36

GRÁFICO 12 – ÍNDICE DE RESTRIÇÃO POR COMÉRCIO DE SERVIÇOS ..........................................40

GRÁFICO 13 – ÍNDICE DE RESTRIÇÃO AO IED EM 2017 DE PAÍSES DA OCDE ................................41

GRÁFICO 14 – PRODUTOS COM OPORTUNIDADES PARA O BRASIL NA COREIA DO SUL COM TARIFA ZERO OU MAIOR QUE ZERO ..............................48

GRÁFICO 15 – PRODUTOS COM OPORTUNIDADE NA COREIA DO SUL COM TARIFA ZERO (NÚMERO DE PRODUTOS) .........................................................49

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – PIB DA COREIA DO SUL EM 2016 .....................................................................................19

TABELA 2 – COEFICIENTE DE ABERTURA COMERCIAL DA ECONOMIA DA COREIA DO SUL (2005 E 2016) ..............................................................21

TABELA 3 – FLUXOS DE IED RECEBIDOS PELA COREIA DO SUL (EM US$ BILHÕES) ....................25

TABELA 4 – FLUXOS DE IEDS EMITIDOS PELA COREIA DO SUL (EM US$ BILHÕES) .....................26

TABELA 5 – COMÉRCIO BILATERAL BRASIL – COREIA DO SUL EM 2017 (US$ MILHÕES E %) ...........................................................................................30

TABELA 6 – PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS DO BRASIL PARA A COREIA DO SUL EM 2017 (US$ MILHÕES) .......................................................30

TABELA 7 – PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS PELO BRASIL DA COREIA DO SUL EM 2017 (US$ MILHÕES) ................................................................31

TABELA 8 – EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES DE SERVIÇOS BRASIL-COREIA DO SUL EM 2015 ....................................................................................31

TABELA 9 – COMPOSIÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DE SERVIÇOS DO BRASIL PARA A COREIA EM 2016 ..............................................................................32

TABELA 10 – COMPOSIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES DO BRASIL DE SERVIÇOS DA COREIA EM 2016 ...............................................................................32

TABELA 11 – FLUXOS ANUAIS LÍQUIDOS DE IED RECEBIDOS PELO BRASIL ..................................33

TABELA 12 – ESTOQUE DE IED SUL-COREANO NO BRASIL EM 2016 – PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL ...........................................................................................34

TABELA 13 – ESTOQUE DE IED DA COREIA DO SUL NO BRASIL POR SETORES EM 2016 ............34

TABELA 14 – DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA DAS ALÍQUOTAS DAS TARIFAS NMF DA COREIA DO SUL PARA PRODUTOS AGRÍCOLAS E NÃO AGRÍCOLAS EM 2016 (%) ..............................................................36

TABELA 15 – ALÍQUOTAS NMF DAS TARIFAS NA COREIA DO SUL EM 2016 (%) .............................37

TABELA 16 – CRONOGRAMAS DE DESGRAVAÇÃO TARIFÁRIA DA COREIA DO SUL NO ACORDO COM OS EUA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS SELECIONADOS ...................................................43

TABELA 17 – SUBSETORES COMPROMETIDOS PELA COREIA DO SUL NO GATS E EM ACORDOS DE COMÉRCIO EM MODO 1 – COMÉRCIO TRANSFRONTEIRIÇO DE SERVIÇOS – (EM %) .........................................44

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TABELA 18 – SUBSETORES COMPROMETIDOS PELA COREIA DO SUL NO GATS E EM APCS EM MODO 3 - PRESENÇA COMERCIAL – (EM %) .....................................44

TABELA 19 – ÍNDICES SETORIAIS DE COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELA COREIA DO SUL NO GATS E EM APC (EM %) .....................................................45

TABELA 20 – SETORES COM OPORTUNIDADES NA COREIA DO SUL ..............................................50

TABELA 21 – NOME DOS CAPÍTULOS COM DISPOSIÇÕES SUBSTANTIVAS EM DIFERENTES ACORDOS COMERCIAIS DA COREIA DO SUL .................................55

TABELA 22 – PRINCIPAIS FORNECEDODRES DO GRUPO 1 ..............................................................68

TABELA 23 – PRINCIPAIS FORNECEDODRES DO GRUPO 2 ..............................................................71

TABELA 24 – TARIFAS NMF E COMPROMISSOS DE LIBERALIZAÇÃO DA COREIA EM ACORDOS SELECIONADOS - GRUPO 1 ..............................................82

TABELA 25 – TARIFAS NMF E COMPROMISSOS DE LIBERALIZAÇÃO DA COREIA EM ACORDOS SELECIONADOS – GRUPO 2 .............................................84

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SUMÁRIO

SUMÁRIO EXECUTIVO ...........................................................................................................................13

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................17

2 AS RELAÇÕES ECONÔMICAS DA COREIA DO SUL COM O MUNDO .............................................19

3 RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL – COREIA DO SUL .......................................................................29

4 AS POLÍTICAS COMERCIAIS E DE INVESTIMENTOS DA COREIA DO SUL.....................................35

5 OS INTERESSES OFENSIVOS BRASILEIROS E OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELA COREIA DO SUL EM ACORDOS PREFERENCIAIS ...........47

6 CONCLUSÕES.....................................................................................................................................61

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................65

ANEXOS ..................................................................................................................................................67

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SUMÁRIO EXECUTIVO

Nos últimos dez anos a balança comercial do Brasil é deficitária com a Coreia e há retração da cor-

rente de comércio bilateral. O Brasil exporta para o país essencialmente produtos de origem mineral e

agrícola e importa manufaturados. A indústria é o principal setor que a Coreia investe no Brasil, embo-

ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno.

Política comercial da Coreia do Sul – tarifas

A política comercial da Coreia do Sul caracteriza-se pela heterogeneidade entre os níveis de proteção,

mais elevados para um conjunto de produtos agrícolas – soja, milho, fumo, carnes, sucos e alimentos

– e menos para demais produtos. A média simples das tarifas era de 14,15% em 2016, mas esta média

“esconde” uma elevada variação de tarifas entre e dentro dos diferentes setores, de 6,6% para bens

industriais e 60% para os agrícolas.

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14NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

14

Entre os bens industriais, a grande maioria tem tarifas médias inferiores a 10%, com exceção de ves-

tuário, com 12,5%. No entanto, apenas 17% dos produtos industriais têm alíquota zero –valor baixo na

comparação com países desenvolvidos.

A Coreia também aplica diferentes tipos de tarifas temporárias, denominadas “flexíveis” ou “de ajus-

te”. Essas tarifas variam permitindo às autoridades aumentar ou reduzir tarifas para proteger setores

ou aumentar a oferta.

Rede de acordos comerciais da Coreia do Sul

A Coreia do Sul tem sido um dos mais ativos em negociações comerciais nos últimos anos. O país

tem 16 acordos comerciais que envolvem economias importantes, como os Estados Unidos (EUA) e

União Europeia. Os acordos de livre comércio em vigor cobrem grande parte dos fluxos comerciais

da Coreia do Sul, à exceção do comércio com o Japão.

Os acordos assinados pela Coreia nos últimos anos são abrangentes em temas e ambiciosos na libe-

ralização e em regras e disciplinas. Os acordos com os EUA e a UE seguem, grosso modo, os mode-

los e os temas de negociações desses dois atores, o que fica nítido, entre outros, na inclusão de capí-

tulos de meio ambiente e trabalho, no acordo com os EUA, e no tratamento dado, no acordo com a

UE, a investimentos, serviços e desenvolvimento sustentável.

Outros acordos de livre comércio assinados pelo país são menos abrangentes tematicamente ou

revelam níveis de profundidade das regras e compromissos inferiores aos observados nos acordos

com EUA e UE. É o caso do acordo da Coreia do Sul com a China e a Índia. De forma geral, a Coreia

do Sul demonstra alguma capacidade de adaptação do escopo de suas negociações preferenciais

às características dos parceiros e a seus objetivos.

A proteção aos produtos agrícolas e alimentares é uma característica notável da posição da Coreia em

suas negociações preferenciais. Percebe-se uma proteção aos produtos da agricultura nos acordos

celebrados pela Coreia por meio de exclusões, cestas de desgravação elevadas, quotas de importa-

ção e salvaguardas agrícolas.

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15SUMÁRIO EXECUTIVO

Interesses ofensivos do Brasil na negociação com a Coreia

Em levantamento realizado pela FUNCEX, foram identificados 273 produtos que o Brasil possui

oportunidades na Coreia do Sul, sendo 43 com presença mínima relevante nas exportações bra-

sileiras ao mercado sul-coreano (grupo 1) e 230 com potencial de venda no mercado sul-coreano

(grupo 2).

No primeiro grupo, 26 produtos (a seis dígitos do SH) têm alíquotas NMF ad valorem diferente de

zero e um produto (soja) tem tarifa específica. No segundo grupo, 188 produtos (ou seja, 82% dos

produtos desse grupo) têm alíquota NMF ad valorem diferentes de zero e não há nenhum produto

com tarifa específica.

Desses produtos que o Brasil tem oportunidades e enfrenta tarifas na Coreia, destacam-se produ-

tos da agricultura e pecuária, derivados de petróleo, biocombustíveis e coque, e produtos de fumo

no primeiro grupo. No segundo, produtos dos setores alimentícios, agricultura e pecuária e auto-

motores enfrentam as maiores tarifas.

Possíveis caminhos para uma estratégia negociadora

Frente a este quadro e tendo em vista as características atuais e potenciais da pauta de exportação

bilateral do Brasil, bem como a concorrência enfrentada pelo país no mercado sul-coreano, os princi-

pais objetivos ofensivos na negociação em bens seriam:

• reduzir barreiras às exportações de produtos de origem agropecuária – e sobretudo daqueles afeta-

dos por elevadas tarifas e por barreiras não tarifárias;

• consolidar bilateralmente tarifa zero para aqueles produtos que têm alíquotas NMF aplicadas nesse

nível; e

• obter preferências comerciais (tarifa zero em prazos não muito longos) em produtos industriais com

potencial de exportação para reduzir desvantagens geradas por preferências concedidas a países

concorrentes do Brasil.

No caso do comércio de serviços, investimentos e compras governamentais, a lógica brasileira seria

a mesma: buscar pelo menos equalizar as condições de acesso ao mercado sul-coreano, em termos

comparáveis com os oferecidos pela Coreia do Sul a seus parceiros dos países desenvolvidos, nota-

damente os EUA.

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Foto: Shutterstock

1 INTRODUÇÃO

A Coreia do Sul ainda é um parceiro relativamente pouco relevante do Brasil no comércio de bens e

serviços e em investimentos. O Brasil exporta para o país essencialmente produtos minerais e agríco-

las, importando manufaturados. Diversificar as exportações e reduzir desvantagens do Brasil na com-

petição com países que têm acordos preferenciais com a Coreia do Sul devem ser os objetivos cen-

trais de uma negociação bilateral, sob a ótica dos interesses ofensivos.

A política comercial unilateral da Coreia do Sul caracteriza-se pelo elevado grau de proteção confe-

rido a um conjunto relevante de produtos agrícolas, enquanto as tarifas industriais são nitidamente

menores, mas somente em poucos casos equivalem a zero.

A Coreia tem sido um dos mais ativos na arena das negociações comerciais preferenciais nos últimos

anos. Em 2010, entraram em vigor doze novos acordos de livre comércio com países relevantes para a

Coreia: Estados Unidos (EUA), União Europeia (UE), Índia, China, os países da Associação de Nações

do Sudeste Asiático (ASEAN) - ampliação do acordo anterior - além de Peru e Colômbia, Austrália e

Nova Zelândia, Associação Europeia de Livre-Comércio (EFTA), Canadá, Turquia e Vietnã. Estão ainda

em negociação acordos bilaterais com Japão, México, seis países centro-americanos e Equador.

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18NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

18

Este estudo pretende fornecer alguns subsídios para ampliar o conhecimento do setor empresarial

brasileiro acerca da Coreia do Sul como parceiro de uma negociação comercial. O foco do trabalho

é colocado nos potenciais interesses ofensivos do Brasil nas negociações com o país, associados

sobretudo à exportação de bens.

A seção 2 faz uma apresentação sintética das relações econômicas da Coreia do Sul com o mundo,

enquanto a seção 3 foca nas relações com o Brasil. A seção 4 resume algumas das principais carac-

terísticas da política comercial, de investimentos e de compras governamentais – unilateral e negocia-

da – da Coreia do Sul. Na seção 5, faz-se, com base em mapeamento prévio realizado pela Fundação

de Comércio Exterior (FUNCEX), a identificação de interesses ofensivos potenciais do Brasil na área

de comércio de bens. Nesta seção, que também inclui os compromissos e as reservas sul-coreanas

em comércio de serviços, investimentos e compras governamentais, são levados em conta dois acor-

dos preferenciais firmados pela Coreia: com os EUA e com a Colômbia (país em desenvolvimento). A

seção 6 conclui esta nota.

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2 AS RELAÇÕES ECONÔMICAS DA COREIA DO SUL COM O MUNDO

O PIB e sua estrutura

A Coreia do Sul era, em 2016, a 12ª economia do mundo, com um PIB de US$ 1,4 trilhão, 1,8% do

PIB mundial. No mesmo ano, o país cresceu 2,8%, abaixo da média anual anotada entre 2010 e 2016

(3,8%) e muito inferior às taxas de crescimento do período de industrialização acelerada. De acordo

com a classificação do Banco Mundial, a Coreia é um país de alta renda, mas é formalmente conside-

rada, por organismos internacionais, como país em desenvolvimento.

Tabela 1 – PIB da Coreia do Sul em 2016

PIB (bilhões de US$) Crescimento PIB 2016 (%) PIB Coreia / PIB mundial Posição no ranking mundial

$1.414,4 2,8% 1,8% 12º

Fonte: Banco Mundial

Do ponto de vista da composição do PIB (Gráfico 1), uma característica marcante da economia sul

coreana, especialmente quando se considera que se trata de um país de alta renda, é a elevada

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20NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

20

participação da indústria (39%) e, em particular, da indústria manufatureira (29%), em contraste com

a média dos países com níveis semelhantes de renda (respectivamente 25% e 15%). O setor de maior

destaque na indústria manufatureira da Coreia é o de máquinas e equipamentos de transporte, quase

metade do valor agregado da manufatura.

Em compensação, os serviços correspondiam no país, em 2016, por 59% do produto total, contra 74%

para os países de alta renda. Esta composição do produto pouco variou entre 2005 e 2016, tendo a

participação da indústria crescido um pouco (de 37% para 39%) e a dos serviços se mantido em 59%.

Gráfico 1 – Estrutura do PIB da Coreia em 2016 (%)

Indústria

Agricultura

Serviços

59%

39%

2%

Fonte: Banco Mundial

O comércio de bens

A Coreia do Sul apresenta elevado e crescente coeficiente de abertura comercial (medido pela soma

das exportações e importações em relação ao PIB): 60,8%, em 2005, e 63,9%, em 2016. No período de

2005 a 2016, o PIB do país cresceu 57% e seu comércio exterior 65%, “puxado” principalmente pelas

exportações, que se expandiram em 74% contra 56% das importações. Com isso, o saldo na balança

comercial do país cresceu no período, mas pode-se afirmar que seu comércio exterior de bens é bas-

tante equilibrado.

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21AS RELAÇÕES ECONÔMICAS DA COREIA DO SUL COM O MUNDO

Tabela 2 – Coeficiente de abertura comercial da economia da Coreia do Sul (2005 e 2016)

2005 2016

60,8% 63,9

Fonte: Banco Mundial, 2017

A Coreia do Sul é o sétimo maior exportador do mundo e suas exportações representam 3,1% do total

mundial (contra apenas 1,8% de participação no PIB mundial). Os produtos manufaturados respondem

pela quase totalidade das exportações sul-coreanas, sendo 90% em 2016. Circuitos integrados, auto-

móveis, navios e autopeças são os principais bens manufaturados exportados pela Coreia do Sul. Dos

demais setores, apenas combustíveis têm participação no total das exportações acima de 5%. Alimen-

tos e matérias primas agrícolas respondem juntos por pouco mais de 2% do total (Gráfico 2).

Gráfico 2 – Composição das exportações da Coreia em 2016 (%)

90,1%

5,4%

1,4%0,1% 0,9%

2,1%

Alimentos Matérias primas agrícolasCombustíveis Minérios e metaisManufaturas Outros

Fonte: Banco Mundial

A maioria das exportações sul-coreanas (60,4%) direcionava-se à região da Ásia-Pacífico, cabendo

aos EUA 13,5% e à UE 9,4%, em 2016. A América Latina respondia por apenas 5,1% das exportações

sul-coreanas.

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22NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

22

Gráfico 3 – Principais destinos das exportações da Coreia em 2016 (%)

60,4%

5,1%

11,7% 13,5%

9,4%

EUAUEÁsia-Pacífico

América Latina e CaribeDemais países

Fonte: FMI

A Coreia do Sul é o 6º principal importador mundial e suas importações também são dominadas pelos

manufaturados, embora com intensidade bem menor do que nas exportações do país. Cerca de 2/3

das compras externas do país são constituídos por manufaturas, notadamente circuitos integrados

eletrônicos e automóveis. Além disso, a pauta de importação contempla, com participação expressiva,

os combustíveis (20%) e, menos relevante, os minérios e metais (6,7%) e os alimentos (6,4%). Matérias

primas agrícolas têm peso quase marginal no total das importações de bens, em 2016.

Gráfico 4 – Composição das importações da Coreia em 2016 (%)

Alimentos Matérias primas agrícolasCombustíveis Minérios e metaisManufaturas Outros

6,4%0,1%1,6%

19,9%

6,7%

65,3%

Fonte: Banco Mundial

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23AS RELAÇÕES ECONÔMICAS DA COREIA DO SUL COM O MUNDO

A concentração geográfica na região da Ásia-Pacífico também se observa do lado das importações

(53,7%), embora com intensidade pouco menor do que nas exportações. A UE supera os EUA no

ranking de origem das importações da Coreia do Sul, invertendo as posições registradas nas expor-

tações, e a América Latina tem participação inferior à observada nas exportações, mas os demais

países crescem muito nas importações, comparado às exportações.

Gráfico 5 – Principais origens das importações da Coreia em 2016 (%)

10,7%

12,8%

53,7%

3,7%

19,2%

EUAUEÁsia-Pacífico

América Latina e CaribeDemais países

Fonte: FMI

O comércio de serviços

A Coreia do Sul é o 16º maior exportador e o 10º maior importador mundial de serviços. Seu comér-

cio total do setor alcança cerca de US$ 200 bilhões – 4,2% do comércio mundial de serviços em 2016.

Nesse ano, o país registrou um déficit comercial de cerca de US$ 17 bilhões.

Gráfico 6 – Exportações e importações de serviços da Coreia do Sul em 2016 (em US$ bilhões)

109%

91,8%

ImportaçõesExportações

Fonte: Banco Mundial, 2017

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24NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

24

Entre 2005 e 2016, as exportações e importações de serviços da Coreia do Sul têm registrado cresci-

mento acentuado e maior do que em bens, cerca de 85%.

As exportações sul-coreanas de serviços têm se concentrado de forma crescente em serviços de

informação, de computação, de comunicação e outros serviços comerciais. Esse conjunto de setores

respondia, em 2016, por 50% das exportações de serviços sul-coreanas. Também têm participação

relevante e crescente nas exportações de serviços do país as viagens (19%, em 2016, contra 12%, em

2005). Em contrapartida, transportes perdem fortemente participação no período, embora tenham

presença relevante nas exportações de serviços (29%, em 2016).

As exportações de serviços sul-coreanos destinavam-se, em 2016, à China (21,5% do total), aos EUA

(14,6%), à UE (11,3%) e ao Japão (8,1%). Assim, as exportações de serviços são menos concentradas

geograficamente que as de bens.

Gráfico 7 – Principais destinos das exportações de Coreia do Sul de serviços em 2016 (%)

25,6%

18,1%

13,5%

7,9%

34,9%

EUAUEChina

JapãoDemais países

Fonte: Banco Mundial, 2017

Também do lado das importações observa-se forte crescimento das compras de serviços de infor-

mação, computação, comunicação e outros serviços comerciais (48% do total, em 2016). As viagens

mantiveram, entre 2005 e 2016, seu nível de participação (em torno de 25%), enquanto, como nas

exportações, os transportes perderam peso, embora ainda sejam expressivos. A principal origem das

importações sul-coreanas de serviços são os EUA (25,6%), seguidos pela UE (18,1%), China (13,5%) e

Japão (7,9%). EUA e UE têm, portanto, participações nas importações sul-coreanas de serviços que

superam as registradas em bens.

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25AS RELAÇÕES ECONÔMICAS DA COREIA DO SUL COM O MUNDO

Gráfico 8 – Principais origens das importações de serviços da Coreia do Sul em 2016

EUAUEChina

JapãoDemais países

25,6%

18,1%

13,5%

7,9%

31,9%

Fonte: Banco Mundial, 2017

Investimentos estrangeiros diretos

A Coreia do Sul não aparece como um destino significativo dos fluxos de investimentos estrangeiros

diretos (IED), mesmo entre as economias em desenvolvimento mais relevantes. O estoque IED na

Coreia é relativamente reduzido, totalizando US$ 185 bilhões.

Entre 2011 e 2016, o país recebeu em média US$ 10 bilhões anuais em fluxos de IED, com a exceção

de 2015 em que o valor foi nitidamente inferior à média. A participação do país entre as economias

receptoras de IED situou-se em apenas 0,6%, em 2016, abaixo da participação sul-coreana no PIB e

no comércio mundial de bens e serviços.

Tabela 3 – Fluxos de IED recebidos pela Coreia do Sul (em US$ bilhões)

2015 2016

Total recebido 4,1 10,8

Participação no mundo 0,2 0,6%

Fonte: UNCTAD

Os IEDs recebidos pela Coreia têm origem geográfica diversificada, mas destacam-se os países da

Ásia-Pacífico (40,3%, em 2016) e a UE (33,4%). A participação dos EUA também é expressiva (18,1%).

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26NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

26

Gráfico 9 – Estoque de IED recebidos pela Coreia em 2016 por investidores (%)

6,4%

18,1%

33,4%

40,3%

1,5%

0,2%

EUAUEÁsia-Pacífico

Paraísos fiscaisDemais países

América Latina

Fonte: FMI

Os fluxos e estoques de IED emitidos pela Coreia do Sul superam o de IEDs recebidos. Em 2016, os

fluxos emitidos alcançaram US$ 27,3 bilhões, superando o nível de 2015 e mantendo-se em torno da

média observada a partir do início da década. Estes fluxos representaram, em 2016, cerca de 1,9%

dos fluxos mundiais emitidos. No caso dos estoques, a participação no total mundial é equivalente a

1,1% e o valor do estoque de IED sul-coreano emitido superava em mais de 50% o de IED recebido,

em 2016.

Tabela 4 – Fluxos de IEDs emitidos pela Coreia do Sul (em US$ bilhões)

2015 2016

Total emitido 23,8 27,3

Participação nos IEDs emitidos pelo mundo 1,5% 1,9%

Fonte: UNCTAD

O estoque de IED sul-coreano no mundo concentrava-se, em 2016, na região da Ásia-Pacífico (53,3%

do total), em níveis muito próximos ao comércio de bens, o que parece indicar que fluxos comerciais e

de IED emitidos pelo país se combinam, dentro de uma lógica de cadeias regionais de valor. Os EUA

aparecem como o segundo destino dos IED emitidos pela Coreia do Sul (com 20,4%), seguidos pela

UE (12,4%). Portanto, juntos estes três destinos geográficos respondiam, em 2016, por mais de 85%

do estoque de IED sul-coreano no mundo (Gráfico 7). A América Latina representa apenas 3,3% deste

estoque, superada pelos paraísos fiscais (4,2%).

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27AS RELAÇÕES ECONÔMICAS DA COREIA DO SUL COM O MUNDO

Gráfico 10 – Estoque de IED realizado pela Coreia do Sul em 2016 por destinos (%)

20,4%

6,3%4,2%

3,3%

12,4%

53,3%

EUAUEÁsia-Pacífico

América Latina e CaribeParaísos fiscaisDemais países

Fonte: FM

Compras governamentais

Em 2015, o mercado de compras governamentais da Coreia do Sul era estimado em 12,5% do PIB (em

torno de US$ 160 bilhões), pouco abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 13,2%. O valor das compras governamentais da Coreia do

Sul, em 2015, representava 38,7% dos gastos totais do governo –acima da média da OCDE (30,4%).

Quase a metade (48,2%) das compras governamentais do país é efetuada pelo governo central, igual

a média da OCDE (48,6%).

As políticas de compras governamentais adotadas pela Coreia do Sul contemplam diversos objeti-

vos além da redução de custos: a promoção do desenvolvimento de novas indústrias e da inovação,

de critérios de responsabilidade social e de bens e serviços “verdes”, bem como o apoio a pequenas

e médias empresas. Os procedimentos adotados nas compras governamentais do país seguem os

compromissos assumidos no Acordo de Compras Governamentais (ACG) da Organização Mundial

de Comércio (OMC), cuja versão revista entrou em vigor em 2016.

Compras de bens e serviços a partir de um certo patamar (em valor) devem ser processadas através

de uma agência federal, que também se encarrega das políticas para promover a participação de

pequenas e médias empresas nas compras governamentais e fomentar a demanda do Estado por

bens e serviços “verdes”. Em 2014, essa agência – Public Procurement Service (PPS) – administrou

cerca de um terço das compras governamentais do país.

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28NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

28

Entre 2011 e 2015, a participação de fornecedores externos caiu de 1,4% para 0,9% nas compras totais

administradas pelo PPS. Em 2014, a participação dos fornecedores externos concentrou-se em seto-

res como pesquisas, transporte, informática, comunicação e aparelhos de mensuração. Tais fornece-

dores tinham origem nos EUA (48% dos casos) e UE (32,2%).

Síntese

• A Coreia do Sul era, em 2016, a 12ª economia do mundo, com um PIB de US$ 1,4 trilhão, 1,8% do

PIB mundial.

• Do ponto de vista da composição do PIB, há elevada participação da indústria (39%) e, em par-

ticular, da indústria manufatureira (29%), com destaque para máquinas e equipamentos de trans-

porte, metade do valor agregado da manufatura.

• A Coreia do Sul apresenta elevado e crescente coeficiente de abertura comercial: 60,8%, em

2005, e 63,9%, em 2016.

• A Coreia do Sul é o 7º maior exportador do mundo, suas exportações representando 3,1% do

total mundial. Os produtos manufaturados respondem por 90% das exportações sul-coreanas

em 2016. A maioria das exportações sul-coreanas (60,4%) direcionava-se à Ásia-Pacífico, caben-

do aos EUA 13,5% e à UE 9,4%, em 2016.

• A Coreia do Sul é o 6º maior importador do mundo. As importações da Coreia do Sul são majo-

ritariamente de produtos manufaturados, principalmente por circuitos integrados eletrônicos e

automóveis. A concentração geográfica na região da Ásia-Pacífico também se observa do lado

das importações (53,7%), embora com intensidade menor do que nas exportações.

• Exportações e importações de serviços têm registrado crescimento. Entre 2005 e 2016, as

exportações e importações cresceram cerca de 85% e concentram-se em serviços de informa-

ção, computação, comunicação e outros serviços comerciais. EUA, UE, China e Japão são os

principais parceiros da Coreia do Sul.

• Mesmo entre as economias em desenvolvimento mais relevantes, a Coreia do Sul não aparece

como um destino significativo dos fluxos de IED e seu estoque é relativamente reduzido. Já como

emissor de IED, a Coreia é um ator mais relevante.

• Em 2015, o mercado de compras governamentais da Coreia do Sul era estimado em 12,5%

do PIB. O valor das compras governamentais da Coreia do Sul, em 2015, representava 38,7% dos

gastos totais do governo. Quase a metade (48,2%) das compras governamentais da Coreia do

Sul é efetuada pelo governo central.

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29

Foto: Shutterstock

3 RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL – COREIA DO SUL

Comércio de bens

O comércio bilateral de bens entre o Brasil e a Coreia do Sul cresceu significativamente a partir da

década de 2000. Em 2000, a corrente de comércio mal ultrapassava US$ 2 bilhões, atingindo, entre

2011 e 2013, média de US$ 14,2 bilhões.

Nos últimos anos, no entanto, observa-se inversão dessa tendência. O comércio bilateral se retraiu

em valores absolutos e relativos, retrocedendo para valores em torno de US$ 8,3 bilhões (apenas 58%

do valor médio de 2011 a 2013) na média anual do biênio 2016/2017.

Em 2017, as exportações bilaterais do Brasil representaram 1,4% do total das exportações brasileiras,

enquanto as importações responderam por 3,5% do total importado do mundo (Tabela 6), ambas as

participações tendo se reduzido nos últimos anos.

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30NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

30

Tabela 5 – Comércio bilateral Brasil – Coreia do Sul em 2017 (US$ milhões e %)

Exportação Brasil-Coreia Importação Brasil-Coreia

US$ bilhões Participação no total US$ bilhões Participação no total

3,1 1,4% 5,2 3,5%

Fonte: MDIC

O Brasil registra déficits comerciais com a Coreia do Sul desde os anos 2000, com exceção de 2003.

O tamanho desses déficits cresceu bastante depois da crise de 2008, oscilando entre US$ 4,5 e US$

5,5 bilhões por ano, entre 2010 e 2014, mas reduziu nos últimos três anos para cerca de US$ 2,2

bilhões por ano.

A composição da pauta brasileira de exportações para a Coreia é fortemente concentrada em pro-

dutos de origem agropecuária e mineral. Os dez principais capítulos das exportações responderam

por 86,7% do total e os quatro principais capítulos da pauta eram, em 2017, básicos, respondendo por

60% das exportações do Brasil. A presença de semimanufaturados ficou por conta de celulose, ferro

fundido, ferro e aço do e de químicos inorgânicos. Um dos objetivos de eventuais negociações deve-

ria ser buscar a diversificação de sua pauta bilateral de exportações e, em especial, fomentar a venda

de produtos manufaturados brasileiros.

Tabela 6 – Principais produtos exportados do Brasil para a Coreia do Sul em 2017 (US$ milhões)

Capítulos Descrição Exportações (US$ milhões) Participação no total

26 Minérios, escórias e cinzas 804,9 26,6%

23 Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares 518,9 17,2%

10 Cereais 306,2 10,1%

12 Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos 180,0 6,0%

72 Ferro fundido, ferro ou aço 177,4 5,9%

02 Carnes e miudezas 169,1 5,6%

47 Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas 139,2 4,6%

22 Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres 136,9 4,5%

29 Químicos orgânicos 110,8 3,7%

52 Algodão 79,8 2,6%

Total dos 10 principais capítulos 2.623,2 86,7%

Total de exportações para a Coreia 3.025,8

Fonte: MDIC

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31RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL – COREIA DO SUL

Do lado das importações, a pauta é ainda mais concentrada, sendo que os dez principais capítulos

responderam, em 2017, por 93,6% do total importado da Coreia do Sul pelo Brasil. Nove dos dez prin-

cipais capítulos da são de bens manufaturados, com destaque para bens de capital e de consumo

durável, dentre eles máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos (52%), veículos automotores (17,5%),

máquinas e aparelhos mecânicos (7,9%) e químicos e petroquímicos (13%). Somados, esses setores

representam por mais de 90% das importações.

Tabela 7 – Principais produtos importados pelo Brasil da Coreia do Sul em 2017 (US$ milhões)

Capítulos Descrição Importações (US$ milhões) Participação no total

85 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 2.099,1 52,0%

87 Automóveis, tratores e suas partes 705,2 17,5%

84 Máquinas e aparelhos mecânicos 320,5 7,9%

39 Plásticos e suas obras 218,6 5,4%

30 Produtos farmacêuticos 111,9 2,8%

29 Químicos orgânicos 92,3 2,3%

72 Ferro fundido, ferro e aço 76,6 1,9%

38 Produtos diversos das indústrias químicas 58,1 1,4%

40 Borracha e suas obras 50,9 1,3%

90 Instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia, etc 46,1 1,1%

Total dos 10 principais capítulos 3.779,3 93,6%

Total de importações vindas da Coreia 4.036,4

Fonte: MDIC

Comércio de serviços

A Coreia do Sul é um parceiro pouco importante do Brasil no comércio de serviços. Em 2016, o país

foi destino de 0,9% das exportações e por 0,7% das importações brasileiras de serviços. A corrente

bilateral de comércio de serviços alcançou US$ 468 milhões, sendo a maior parte de importações bra-

sileiras da Coreia.

Tabela 8 – Exportações e importações de serviços Brasil-Coreia do Sul em 2015

Exportação Brasil-Coreia Importação Brasil-Coreia

US$ milhões Participação no total US$ milhões Participação no total

160,0 0,9% 308,3 0,7%

Fonte: MDIC

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32NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

32

Nas exportações brasileiras de serviços para a Coreia do Sul, o setor de serviços profissionais respon-

de por quase dois terços das exportações em 2016. Serviços relacionados ao transporte, em geral, e

de carga representam, juntos, 15% das exportações brasileiras.

Tabela 9 – Composição das exportações de serviços do Brasil para a Coreia em 2016

Serviços Valor (US$ milhares) Participação

Outros serviços profissionais 98.527,23 62,9%

Serviços de apoio aos transportes 13.794,82 8,8%

Serviços de manutenção, reparação e instalação (Exceto construção) 9.727,97 6,2%

Serviços de transporte de cargas 9.574,01 6,1%

Serviços financeiros e relacionados; securitização de recebíveis e fomento comercial 7.527,10 4,8%

Serviços de tecnologia da informação 5.286,39 3,4%

Serviços jurídicos e contábeis 3.892,26 2,5%

Serviços de apoio às atividades empresariais 2.452,91 1,6%

Fornecimento de alimentação e bebidas e serviços de hospedagem 2.089,43 1,3%

Serviços de distribuição de mercadorias; serviços de despachante aduaneiro 1.515,60 1,0%

Arrendamento mercantil operacional, propriedade intelectual, franquias empresariais e exploração de outros serviços

1.252,00 0,8%

Serviços de telecomunicação, difusão e fornecimento de informações 877,53 0,6%

Serviços educacionais 137,11 0,1%

Serviços de transporte de passageiros 47,72 0,0%

Cessão de direitos de propriedade intelectual 46,51 0,0%

Serviços relacionados à saúde humana e de assistência social 4,36 0,0%

Serviços pessoais 1,20 0,0%

Total 156,75 100,0%

Fonte: MDIC

Nas importações, os serviços com maior peso na pauta bilateral também são aqueles relacionados ao

transporte: serviços de transporte de carga e serviços de apoio ao transporte. Juntos, esses dois seto-

res responderam por 41,6% do total das importações bilaterais do Brasil.

Tabela 10 – Composição das importações do Brasil de serviços da Coreia em 2016

Serviços Valor (US$ milhares) Participação

Serviços de transporte de carga 69.849,1 36,9%

Arrendamento mercantil operacional, propriedade intelectual, franquias empresariais e exploração de outros serviços

27.203,0 14,4%

Serviços de manutenção, reparação e instalação (exceto construção) 25.945,0 13,7%

Serviços financeiros e relacionados; securitização de recebíveis e fomento comercial 23.606,1 12,5%

Outros Serviços profissionais 17.538,7 9,3%

Serviços de tecnologia da informação 10.074,2 5,3%

Serviço de apoio aos transportes 8.849,2 4,7%

Serviços de pesquisa e desenvolvimento 2.366,4 1,2%

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33RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL – COREIA DO SUL

Serviços Valor (US$ milhares) Participação

Serviços de distribuição de mercadorias; serviços de despachante aduaneiro 2.217,4 1,2%

Serviços de apoio às atividades empresariais 914,4 0,5%

Serviços Jurídicos e Contábeis 410,3 0,2%

Cessão de direitos de propriedade intelectual 164,2 0,1%

Fornecimento de alimentação e bebidas e serviços de hospedagem 140,9 0,1%

Serviços educacionais 85,1 0,0%

Serviços de publicação, impressão e reprodução 5,2 0,0%

Serviços postais; serviços de coleta, remessa ou entrega de documentos (exceto cartas) ou de pequenos objetos; serviços de remessas expressas

0,7 0,0%

Total 189.370,03 100,00%

Fonte: MDIC

Investimentos estrangeiros diretos

A Coreia do Sul ainda é um investidor relativamente pequeno no Brasil. Na virada da década

(2009/2011), a participação do país nos fluxos de IED recebidos pelo Brasil era de 2%, cerca de US$

751 milhões por ano, em média. No triênio mais recente (2015/2017), essa participação reduziu para

0,9%, sendo a redução também expressiva em termos absolutos (US$ 422 milhões por ano, em média.

Tabela 11 – Fluxos anuais líquidos de IED recebidos pelo Brasil

2009-2011 2015-2017

US$ milhões Participação US$ milhões Participação

Coreia 751,0 2,0% 422,0 0,9%

Mundo 38.268,0 100,0% 49.482,0 100,0%

Fonte: BACEN

O estoque de IED coreano no Brasil, em 2016, era de US$ 4,55 bilhões, pelo conceito de investidor

imediato, e de US$ 5,16, pelo conceito de investidor final, representando, em ambos os casos, cerca

de 1% do estoque total de IED no País. A Coreia do Sul é um investidor externo relativamente recente

no Brasil.

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34NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

34

Tabela 12 – Estoque de IED sul-coreano no Brasil em 2016 – participação no capital

Investidor imediato Investidor final

US$ milhões Participação US$ milhões Participação

Coreia 4.551,0 0,9% 5.158,0 1,1%

Mundo 480.984,0 100% 480.984,0 100%

Fonte: BACEN

A indústria de transformação respondeu, em 2016, por 89% do IED coreano no Brasil. Trata-se de uma

forte especialização setorial, que contrasta com o que se observa na grande maioria dos países que

têm IED no Brasil – onde a presença do IED em serviços é muito superior à observada no caso sul-co-

reano e a participação da indústria de transformação é menos significativa.

Tabela 13 – Estoque de IED da Coreia do Sul no Brasil por setores em 2016

Setores US$ milhões Participação

Indústrias de Transformação 4.596,0 89,1%

Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados 260,0 5,0%

Outros 96,0 1,9%

Indústrias Extrativas 68,0 1,3%

Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas 41,0 0,8%

Atividades Imobiliárias 37,0 0,7%

Construção 24,0 0,5%

Transporte, Armazenagem e Correio 23,0 0,4%

Informação e Comunicação 11,0 0,2%

Agricultura, Pecuária, Produção Florestal e Aquicultura 1,0 0,0%

Total 5.157,0 100,0%

Fonte: BACEN

Do lado dos investimentos brasileiros no exterior, a participação da Coreia do Sul como país de des-

tino é marginal. Em 2015, o estoque de IED do Brasil naquele país atingia, segundo dados do Banco

Central do Brasil, apenas US$ 120 milhões, ou seja, menos de 0,05% do estoque de investimento bra-

sileiro no mundo. Já os fluxos anuais de investimento brasileiro na Coreia do Sul que, em 2009/2010,

haviam sido de US$ 43 milhões, tiveram forte redução nos últimos anos, não ultrapassando US$ 4,5

milhões, em 2014/2015.

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4 AS POLÍTICAS COMERCIAIS E DE INVESTIMENTOS DA COREIA DO SUL

Política comercial unilateral: tarifas e medidas de defesa comercial

A Coreia do Sul aplica tarifas de nação mais favorecida (NMF) a todos os países membros da OMC e

aos países não membros. Na OMC, o país consolidou 81,3% de suas linhas tarifárias de produtos agrí-

colas e 92% de produtos industriais. As tarifas médias consolidadas na OMC pela Coreia são de 6,8%,

para bens industriais e de 56,9% para bens agrícolas. Há uma diferença de 1 ponto percentuais entre

as tarifas consolidada e aplicada médias para produtos agrícolas e o país utiliza este espaço para apli-

car as “tarifas de ajustes”, mais altas do que a regra NMF.

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36NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

36

Gráfico 11 – Tarifas NMF da Coreia do Sul para produtos agrícolas e industriais em 2016 (em %)

6,8%

13,9%

56,9%

Fonte: World Tariff Profile 2017. OMC. Elaboração CNI

Cerca de 85% das tarifas são inferiores ou iguais a 10% e tarifas superiores a 30% aplicam-se a apenas

3,4% das linhas tarifárias. Mais de 99% das tarifas são cobradas ad valorem e tarifas que combinam

componentes ad valorem e específicos respondendo por 0,8% das linhas.

No caso das tarifas aplicadas, a média simples era de 14,2% em 2016, mas esta média esconde uma

elevada variação de tarifas entre setores e mesmo dentro dos diferentes setores. A clivagem mais

notável, como no caso de muitos países, ocorre entre tarifas industriais, com média de 6,6%, e tarifas

agrícolas, com média de 60%.

Entre os produtos agrícolas, 53,2% das linhas tarifárias têm alíquotas maiores que 15%, configurando

“picos tarifários”. Além disso, 3,2% das linhas tarifárias têm alíquotas não ad valorem, 13,8% sujeitam-

-se a cotas tarifárias e 6,5% a salvaguardas negociadas na OMC. Portanto, configura-se uma política

comercial bastante protecionista, principalmente quando se trata de produtos agrícolas.

Tabela 14 – Distribuição de frequência das alíquotas das tarifas NMF da Coreia do Sul para produtos agrícolas e não agrícolas em 2016 (%)

Alíquotas (%) Agrícola Não agrícola

Duty-free 5,6 16,7

0 <= 5 17,5 11,2

5 <= 10 22,4 62,1

10 <= 15 1,1 6,6

15 <= 25 13,0 3,3

25 <= 50 28,4 0,0

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37AS POLÍTICAS COMERCIAIS E DE INVESTIMENTOS DA COREIA DO SUL

Alíquotas (%) Agrícola Não agrícola

50 <= 100 2,0 0,0

> 100 9,8 0,0

Percentual de tarifas NAV 3,2 0,1

Cotas tarifárias 13,8

Percentual sujeito a salvaguardas 6,5

Fonte: OMC. Elaboração CNI.

No caso dos produtos industriais, 90% das linhas tarifárias têm alíquotas menores ou iguais a 10% e

não há tarifas superiores a 25% ad valorem. Além disso, apenas 0,1% das linhas tarifárias relativas a

esses produtos têm tarifas não ad valorem. Entre os setores industriais, a grande maioria tem tarifas

médias inferiores a 10%, a exceção ficando por conta de vestuário, com 12,5%. Somente a cadeia de

madeira tem um grande percentual de bens com tarifa zero (66,7%).

Nos demais setores, o percentual de tarifas zero não ultrapassa 27% das linhas tarifárias, situando-se,

em alguns casos, como têxteis, vestuário, couro, borracha, calçados e químicos, entre 0% e 6,5%. As

tarifas máximas são, na maioria dos setores, equivalentes a somente 13%, com exceção do setor quí-

mico em que há a tarifa máxima de 193% e de couro, borracha e calçados, com tarifa máxima de 16%.

Tabela 15 – Alíquotas NMF das tarifas na Coreia do Sul em 2016 (%)

Tarifa NMFPart. Prod. duty free

Setores Média Máxima

Cereais e preparados 187,1 800,0 0,2

Produtos lácteos 66,0 176,0 0,0

Frutas, legumes, vegetais 58,6 887,0 0,2

Café, chá 56,4 514,0 0,0

Sementes oleaginosas, gorduras, óleos (azeites) 40,7 630,0 3,6

bebidas alcoólicos e tabacos 32,2 270,0 0,0

Produtos de origem animal 21,5 89,0 3,1

Outros produtos agrícolas 20,3 754,0 22,0

Pescados e outros produtos pesqueiros 16,4 35,0 0,5

Açúcares, confeitos 15,7 243,0 0,0

Vestuário 12,5 13,0 0,0

Têxteis 9,0 13,0 1,5

Couro, borracha e calçados 7,5 16,0 2,6

Manufaturas de outros setores 6,6 13,0 16,0

Equipamentos elétricos 6,2 13,0 21,2

Equipamento mecânicos 6,0 13,0 22,5

Químicos 5,7 193,0 6,5

Material de transporte 5,5 10,0 27,0

Produtos minerais e metais 4,5 8,0 27,1

Petróleo 4,5 8,0 3,3

Madeira, celulose, papel e móveis 2,2 13,0 66,7

Algodão 0,0 0,0 100,0

Fonte: OMC

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38NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

38

A Coreia também aplica diferentes tipos de tarifas MFN temporárias, denominadas “flexíveis”, “de

ajuste”, além das estacionais. Essas tarifas variam de acordo com a orientação de política, permitindo

às autoridades aumentar ou reduzir tarifas para proteger setores ou alternativamente aumentar a ofer-

ta de certos produtos. A lista de produtos sujeitos a tais tarifas é estabelecida anualmente. Em 2016,

elas foram aplicadas a 16 produtos a seis dígitos, cobrindo principalmente pescado, arroz e madeira

compensada. As tarifas de ajuste variaram entre 10% e 50%, acima das tarifas cobradas normalmente

sobre estes produtos (entre 8% e 30%).

As tarifas preferenciais praticadas unilateralmente pela Coreia do Sul derivam dos seus compromis-

sos com Sistema Geral de Preferências (SGP) negociadas entre países em desenvolvimento, mas tais

preferências têm cobertura, em termos de produtos e de valores importados, extremamente limita-

da. Além disso – e mais importante – o país concede aos 48 países definidos pela ONU como menos

desenvolvidos acesso a seu mercado sem tarifas.

Na área de medidas não tarifárias, ações antidumping têm sido usadas crescentemente pela Coreia

para barrar importações de produtos industriais, originados principalmente em outros países asiáti-

cos: China, Índia e países do Sudeste da Ásia. Os principais produtos/setores visados são os quími-

cos/petroquímicos e metais.

A Coreia reservou-se o direito de aplicar a salvaguarda agrícola especial prevista pelo acordo de agri-

cultura da OMC a 124 itens tarifários a dez dígitos e vem utilizando este mecanismo com certa frequên-

cia nos últimos anos para proteger um pequeno grupo de produtos agrícolas.

Os padrões e normas técnicas coreanas vêm sendo gradativamente harmonizados com os padrões

internacionais correspondentes, mas há ainda aqueles que não fazem qualquer referência a padrões

internacionais. Por exemplo, nos últimos anos, o país consolidou em um único documento regulatório

as regras aplicáveis às importações de alimentos. A regulação é rigorosa no que se refere a resíduos

de pesticidas em alimentos e a aditivos alimentares, cuja presença deve ser notificada previamente

pelos importadores e autorizados pelos órgãos competentes. Em 2015, a Coreia tinha uma lista de

605 aditivos alimentares aprovados. Além disso, etiquetagem informando a origem é mandatória para

a importação de alimentos.

De forma geral, as medidas técnicas e sanitárias e fitossanitárias introduzidas pela Coreia nos últi-

mos anos revelam forte preocupação com o tema da segurança dos alimentos e dos produtos de sua

cadeia de produção que se destina ao consumo da população. Além das medidas apontadas acima,

diversos produtos agrícolas geneticamente modificados (soja, milho, algodão, beterraba e etc.), bem

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39AS POLÍTICAS COMERCIAIS E DE INVESTIMENTOS DA COREIA DO SUL

como alimentos contendo estes produtos, devem ser notificados às autoridades e sujeitam-se a requi-

sitos mandatórios de etiquetagem. Na mesma linha, a Coreia introduziu, no período recente, um siste-

ma de rastreabilidade para alimentos para bebês/crianças e para alimentos funcionais.

Esta produção de regulações e normas para alimentos e produtos da cadeia se desdobrou em mani-

festações de preocupação dos parceiros comerciais da Coreia com os riscos de que tais regras aca-

bassem por desincentivar importações. Não por acaso, há 25 Specific Trade Concerns (STC) mani-

festados no Comitê de Barreiras Técnicas ao Comércio da OMC em relação a medidas adotadas pela

Coreia e vários se referem a regulações aplicáveis à rotulagem de alimentos1.

Os STC são em pequeno número no que se refere a medidas sanitárias e fitossanitárias, mas tam-

bém eles dizem respeito essencialmente a alimentos (fixação de limites para resíduos de pesticidas,

padrões de rotulagem e etiquetagem e etc.).

Política aplicável aos serviços e aos investimentos externos

As políticas aplicáveis aos serviços variam conforme os setores a que se destinam e incluem medi-

das de fronteira e regulações domésticas. Foge ao escopo desse trabalho uma análise mais profunda

deste tema, mas cabe avaliar, de forma estilizada, o grau de restrição ao comércio de serviços vigente

na Coreia do Sul, especialmente comparado com outros países desenvolvidos.

Para tanto, recorreu-se ao Services Trade Restrictiveness Index, elaborado pela OCDE, que permite

posicionar a Coreia do Sul, quanto ao grau de restrição comercial de suas regulações aplicadas aos

serviços, entre seus pares.

Os níveis de restrição vigentes na Coreia do Sul – tal como captados pelos índices da OCDE – são

especialmente elevados em setores de serviços profissionais, como contabilidade e serviços legais,

e de serviços de transporte ferroviário, marítimo e aéreo, além de telecomunicações e de courier. Para

este conjunto de setores, o índice da OCDE supera 0,2, mas no caso de contabilidade e de transpor-

te ferroviário de cargas, o índice alcança seu valor máximo, ou seja, 1,00. Os índices mais baixos se

encontram em distribuição, construção, serviços de informática, seguros e armazenagem vinculada

à logística.

1 Há ainda um número não marginal de STCs relativos a produtos industriais, especialmente químicos, cosméticos e produtos dos capítulos 84, 85 e 87.

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40NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

40

Gráfico 12 – Índice de restrição por comércio de serviços

0

0,4

0,2

0,6

0,8

1

1,2

Coreia Média de todos os países da OCDELo

gística

de m

anejo

de c

arga

Logíst

ica d

e arm

azen

agem

Logíst

ica d

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Logíst

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Banco

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is

Segur

os

Comput

ação

Constr

ução

Fonte: OCDE – https://stats.oecd.org/Index.aspx?DataSetCode=STRI

Na comparação internacional (com um conjunto de países membros da OCDE)2, o nível de restrição

identificado na Coreia do Sul é o maior em contabilidade e transporte ferroviário de cargas. Em contra-

partida, os índices em diversos setores – logística (movimentação de cargas, armazenagem, despa-

chos aduaneiros e outros), serviços de informática, seguros, distribuição e transporte rodoviários de

cargas - são os mais baixos entre os países selecionados.

É possível, portanto, concluir, à luz dos indicadores da OCDE, que, os índices setoriais de restrição

variam de forma considerável na Coreia do Sul, sendo, no entanto, na média comparáveis aos dos paí-

ses desenvolvidos.

Analisando as restrições existentes por tipos (restrição à entrada de fornecedores externos, restrição

ao movimento de pessoas, barreiras à competição), observa-se que as mais expressivas são as que

afetam a entrada no mercado coreano de fornecedores estrangeiros, mas que tais restrições se con-

centram em três setores: contabilidade, transporte ferroviário e serviços legais.

No que se refere ao regime de investimentos externos, durante o período do big push da industrializa-

ção, a Coreia do Sul manteve um regime pouco liberal para os investimentos estrangeiros diretos, ao

contrário do Brasil, que adotou um regime liberal para atrair investidores estrangeiros oferecendo seu

mercado interno protegido como fator de atração.

2 EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Canadá, Austrália, Japão, México, Turquia e Chile.

Page 41: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

41AS POLÍTICAS COMERCIAIS E DE INVESTIMENTOS DA COREIA DO SUL

O regime aplicável aos IED foi gradualmente liberalizado, no âmbito de um programa amplo de abertu-

ra econômica levado a efeito na década de 1990: abertura dos serviços de distribuição, dos mercados

financeiros, melhoria das regulações para investimentos estrangeiros e um plano para a internaciona-

lização do won, a moeda coreana. Em boa medida essas iniciativas fizeram parte dos compromissos

assumidos no seu processo de acessão à OCDE, completado em 1996.

Gráfico 13 – Índice de restrição ao IED em 2017 de países da OCDE

0,25

0,2

0,15

0,1

0,05

0

Ale

man

haA

ustr

alia

Aus

tria

Bél

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Sué

cia

Suí

çaTu

rqui

a

Fonte: OCDE – https://data.oecd.org/chart/5dcJ

A principal legislação regulando o investimento externo nos dias de hoje tem como principal objeti-

vo simplificar os procedimentos que envolvem a entrada de IED no país. Os investimentos externos

têm sua regulação estabelecida pelo Comitê de Investimentos Externos, que reúne representantes de

diversos ministérios e agências governamentais. O principal objetivo das políticas anualmente defini-

das para a promoção de IED é a atração de projetos de alto valor agregado, pelo estabelecimento de

um ambiente regulatório mais “amigável” e transparente.

É exigida a prévia notificação de investimentos externos no país, através da KOTRA – a agência de

promoção comercial e de investimentos do país – e investimentos nos setores financeiro e de defesa

devem ser aprovados pelo Governo. Há também procedimentos específicos relacionados à aquisição

de terras por estrangeiros na Coreia do Sul. Há limites à participação de capital externo em setores

como a pecuária, a pesca e diversos setores produtores de serviços, como transmissão e distribuição

de energia elétrica, transporte aéreo, audiovisual e telecomunicações.

Page 42: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

42NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

42

A KOTRA funciona como one stop shop para investidores estrangeiros e o escritório do Ombusdsman

para investimentos estrangeiros se localiza institucionalmente nessa agência, recebendo queixas e

demandas de investidores estrangeiros e buscando solucionar os problemas por estes encontrados.

Política comercial negociada: compromissos na OMC e em acordos preferenciais

A Coreia tem sido um dos países mais ativos na arena das negociações comerciais preferenciais nos

últimos anos. Até 2006, o país tinha apenas um acordo de preferências fixas aplicáveis a menos de

1.400 produtos com diversos países asiáticos, um acordo de bens com a ASEAN e três acordos de

livre comércio com a EFTA (bens e a maioria dos serviços), o Chile (bens, serviços e investimentos)

e Cingapura (bens e serviços).

A partir de 2010, entraram em vigor 12 novos acordos de livre comércio, com países de primeira relevân-

cia para a Coreia: EUA, UE, Índia, China, os países da ASEAN (ampliação do acordo anterior em bens,

serviços e investimentos), Peru e Colômbia, Austrália e Nova Zelândia, EFTA, Canadá, Turquia e Vietnã.

Estão em negociação acordos bilaterais com Japão, México, seis países centro-americanos e Equador.

O país tem 16 acordos de livre comércio em vigor, que cobrem grande parte de seus fluxos comer-

ciais, à exceção do comércio com o Japão. A maioria de suas importações têm origem em países com

os quais a Coreia tem acordos comerciais preferenciais.

Os acordos assinados pela Coreia nos últimos anos são bastante abrangentes em termos temáticos

e ambiciosos quanto aos objetivos de liberalização e de estabelecimento de regras e disciplinas. Os

acordos com os EUA e a UE seguem os modelos de negociações desses dois atores. A Coreia do Sul

demonstra alguma capacidade de adaptação do escopo de suas negociações preferenciais às carac-

terísticas dos parceiros e aos objetivos coreanos na negociação bilateral, dentro do modelo genérico

de um acordo de livre comércio.

A proteção aos produtos agrícolas e alimentares é uma característica notável do posicionamento da

Coreia em suas negociações preferenciais. Além de tarifas elevadas, eles são objeto, em vários casos,

de tarifas estacionais, flexíveis e outras que permitem o ajuste de nível tarifário de forma a conceder

proteção adicional aos produtores domésticos.

Isso se traduz na exclusão (total ou parcial) de certos produtos dos cronogramas de desgravação tari-

fária, da manutenção de regimes de cotas tarifárias mais além do período de desgravação e de outros

Page 43: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

43AS POLÍTICAS COMERCIAIS E DE INVESTIMENTOS DA COREIA DO SUL

mecanismos que buscam limitar os efeitos liberalizantes dos acordos sobre os setores produtores de

bens agropecuários na Coreia, conforme tabela abaixo.

Tabela 16 – Cronogramas de desgravação tarifária da Coreia do Sul no acordo com os EUA de produtos agropecuários selecionados

Produto Período de desgravação

Arroz Exclusão

Lácteos Cotas tarifárias

Carne bovina 15 anos e salvaguardas

Açúcar refinado 16 anos e salvaguardas

Fonte: Acordo Coreia-EUA. Elaboração CNI

A Coreia participa, desde 2012, das negociações do acordo plurilateral RCEP – Regional Comprehen-

sive Economic Partnership –, que inclui as quatro grandes economias asiáticas (China, Japão, Coreia

e Índia), os dez países-membros da ASEAN e os dois países da Oceania. O acordo deverá incluir

comércio de bens e serviços, investimentos, propriedade intelectual, cooperação técnica e econômi-

ca, política de competição e solução de controvérsias, entre outros temas.

Acordos de serviços

A Coreia do Sul é signatária do Acordo Geral de Comércio de Serviços (GATS) da OMC e assumiu

compromissos adicionais no comércio de serviços em seus acordos preferenciais. Além disso, o país

vem participando das negociações do TiSA – Acordo Plurilateral sobre o Comércio de Serviços.

Para o modo 1 de comércio de serviços – prestação transfronteiriça –, observa-se que o escopo seto-

rial de compromissos assumidos pela Coreia do Sul no GATS foi significativo, superando 50% do

número de subsetores. A estes compromissos multilaterais, os acordos preferenciais praticamente

agregaram o dobro de compromissos em “novos subsetores” do que em setores já objeto de compro-

missos na OMC, levando o patamar de setores com compromissos nos dois tipos de acordo a cerca

de 64%.

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44NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

44

Tabela 17 – Subsetores comprometidos pela Coreia do Sul no GATS e em acordos de comércio em modo 1 – comércio transfronteiriço de serviços – (em %)

MODO 1 Coreia

Subsetores com compromissos no GATS não melhorados em APCs (%)

31,7

Subsetores com compromissos no GATS melhorados em APCs (%) 20,4

Subsetores com compromissos apenas em APCs (%) 31,7

Subsetores sem compromissos (%) 16,2

Fonte: OMC

Para o modo 3 de prestação de serviços – presença comercial ou investimentos em serviços –, o nível

de compromissos é nitidamente mais elevado do que em modo 1, tanto para compromissos exclusiva-

mente multilaterais (quase 43% dos subsetores), quanto para compromissos multilaterais melhorados

em acordos preferenciais de comércio (APCs). Como o número de subsetores negociados no GATS

ou nos APCs atinge 72%, aqueles que são objeto apenas de compromissos preferenciais são 23%,

deixando de fora de quaisquer compromissos apenas 5,3% dos subsetores. Ou seja, para 95% dos

subsetores, a Coreia do Sul apresentou compromissos seja na OMC (72% dos subsetores), seja na

OMC e em APC (52%), seja apenas em APC (23%).

Tabela 18 – Subsetores comprometidos pela Coreia do Sul no GATS e em APCs em modo 3 - presença comercial – (em %)

MODO 3 Coreia

Subsetores com compromissos no GATS não melhorados em ACPs (%) 42,76

Subsetores com compromissos no GATS melhorados em ACPs (%) 28,95

Subsetores com compromissos apenas em ACPs (%) 23,03

Subsetores sem compromissos (%) 5,26

Fonte: OMC

Apesar de partir de um nível relativamente elevado de compromissos no GATS, a Coreia do Sul expandiu

de forma significativa (e especialmente em modo 1, em que a taxa de “cobertura” cresceu quase 50% ao

se agregarem os compromissos preferenciais) o número de subsetores sujeitos a tais compromissos.

Os níveis de compromissos assumidos pela Coreia do Sul em negociações de serviços variam segun-

do os setores. De um lado, o índice é zero quando se trata de serviços sociais e de saúde – tanto na

esfera multilateral, quanto na preferencial. De outro, o índice alcança 100 em informática no GATS e

em APCs. Exceto para esses dois setores, os compromissos assumidos em APC vão além daqueles

firmados no GATS em todos os demais, sendo que há taxas de incremento de compromissos bastante

significativas na grande maioria deles.

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45AS POLÍTICAS COMERCIAIS E DE INVESTIMENTOS DA COREIA DO SUL

Tabela 19 – Índices setoriais de compromissos assumidos pela Coreia do Sul no GATS e em APC (em %)

GATS APC

Informática 100 100

Turismo 79 100

Construção 79 100

Transporte marítimo 70 93

Telecomunicações 80 90

Distribuição 78 84

Transporte aéreo 55 84

Serviços profissionais 60 81

Audiovisual 30 80

Seguros 40 78

Serviços ambientais 50 67

Correio postal 25 63

Transportes auxiliares 7 54

Serviços recreativos 6 53

Bancos e outros serviços financeiros 31 42

Educação 15 39

Fonte: OMC

Acordos de investimentos

Além dos compromissos definidos pelos capítulos de investimentos que fazem parte dos acordos

da Coreia do Sul, o país assinou mais de 100 acordos bilaterais de proteção e promoção de investi-

mentos, 92 em vigor. O país tem acordos bilaterais de investimentos com 17 países da América Latina

e Caribe, 16 com países africanos, 10 com países do Oriente Médio e Ásia Meridional. Além disso, a

Coreia do Sul tem este tipo de acordos com países da UE, China, Rússia, Japão, países do Sudeste

Asiático e países outros países euroasiáticos.

O País também tem uma vasta rede de tratados (85) voltados para questões tributárias: acordos para

evitar a dupla tributação dos investimentos e para a prevenção de evasão fiscal.

Acordos de compras governamentais

Os compromissos assumidos pela Coreia do Sul no ACG/OMC são bastante amplos, cobrindo uma

vasta gama de entidades do governo central (ministérios, agências e comissões federais), governos

provinciais, metropolitanos e locais e diversas entidades classificadas como “outras” (bancos públi-

cos, empresas estatais federais e metropolitanas etc).

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46NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

46

Os patamares, em valor, a partir dos quais os contratos de compras governamentais se sujeitam às

disciplinas do ACG/OMC são menores para as entidades centrais: 130.000 DES para bens e serviços

e 5 milhões de DES para serviços de construção. No caso das entidades subcentrais, os patamares

são de 200.000 DES para bens e serviços comprados por entidades provinciais e metropolitanas e de

400.000 DES nas compras feitas por governos locais. Em ambos os casos, os patamares de serviços

de construção alcançam 15 milhões de DES. Para as chamadas “outras entidades”, as compras de

bens e serviços somente se sujeitam às regras do Acordo a partir de 400.000 DES e de 15 milhões de

DES para construção.

A cobertura dos compromissos, no que se refere aos bens, é completa, exceto no caso das aquisi-

ções do Ministério da Defesa, para as quais há uma lista de produtos que não se sujeitam às regras do

Acordo. Em serviços, há uma lista positiva dos serviços cobertos, que incluem muitos serviços profis-

sionais, serviços de informática, serviços audiovisuais e ambientais – ambos com algumas restrições

em nível de subsetor – e serviços de transporte internacional. Para serviços de construção, a cobertu-

ra dos compromissos assumidos é total.

A Coreia do Sul sujeita alguns compromissos à reciprocidade dos demais participantes no acordo.

Assim, em serviços, os benefícios oferecidos pelo país em nível de setor só valem para os parceiros

que tenham assumido compromissos semelhantes.

O tema das compras públicas também faz parte de diversos acordos preferenciais assinados pela

Coreia do Sul, sendo objeto de capítulo específico em muitos casos. Nos acordos com a China e com

a Índia, por exemplo, o tema é tratado em uma seção do capítulo de cooperação econômica no acor-

do com a China e resume-se a um artigo do capítulo de cooperação no acordo com a Índia. Em ambos

os casos, as disposições dos acordos são em transparência e cooperação entre as Partes, mas não

incluem qualquer compromisso de acesso a mercados. No acordo com a China há o compromisso de

iniciar negociações bilaterais sobre o tema uma vez que a China tenha ingressado no acordo plurila-

teral da OMC.

Nos acordos com países desenvolvidos, como os EUA, também participantes do acordo plurilate-

ral da OMC, há capítulos completos sobre o tema, com compromissos de acesso a mercado, que

buscam aprofundar aqueles assumidos na OMC. O acordo com a Colômbia também inclui um

capítulo exclusivamente dedicado a compras governamentais, estabelecendo compromissos de

acesso a mercado.

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47

Foto: Shutterstock

5 OS INTERESSES OFENSIVOS BRASILEIROS E OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELA COREIA DO SUL EM ACORDOS PREFERENCIAIS

5.1 O comércio de bens: interesses ofensivos, posição brasileira e compromissos sul-coreanos em acordos preferenciais

Em estudo prévio realizado pela FUNCEX, foram identificados produtos (a seis dígitos do Sistema

Harmonizado - SH) que deveriam receber prioridade nas negociações preferenciais com a Coreia do

Sul. Essa priorização tem por objetivo identificar oportunidades para a consolidação e o aumento da

participação dos produtos brasileiros presentes no mercado sul-coreano, como também incluir novos

bens para a diversificação da pauta de exportação do Brasil ao país.

Nesse sentido, a seleção feita pela FUNCEX identificou dois conjuntos de produtos:

1. produtos com presença mínima relevante nas exportações brasileiras para o mercado sul-

-coreano (que respondem por, ao menos, 0,1% das exportações do Brasil ao país); e

2. produtos com potencial de venda no mercado sul-coreano, identificados, entre os produtos

não exportados ou com exportação inferior à mínima do grupo anterior, como aqueles que

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48NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

48

atendem simultaneamente a três condições, associadas ao valor das importações sul-corea-

nas e das exportações brasileiras do produto para o mundo, bem como à existência de vanta-

gem comparativa revelada do Brasil nos produtos3.

Foram identificados 273 produtos, sendo 43 no primeiro grupo e 230 no segundo. No primeiro grupo,

há uma forte presença de produtos metalúrgicos (12), alimentícios (6), agricultura e pecuária (5) e cou-

ros e seus produtos (5). No segundo, a presença de manufaturados é muito mais significativa do que

no primeiro e há 41 produtos químicos, 31 do setor de máquinas e equipamentos mecânicos e 15 do

setor automotivo. Também aparecem com destaque o setor metalúrgico (26), os produtos alimentícios

(22), e produtos da cadeia florestal - madeira, celulose e papel – (15).

No primeiro grupo, 26 produtos (a seis dígitos do SH) têm alíquotas NMF ad valorem diferente de zero e um

produto (soja) tem tarifa específica. No segundo grupo, 188 produtos (ou seja, 82% dos produtos desse

grupo) têm alíquota NMF ad valorem diferentes de zero e não há nenhum produto com tarifa específica.

Gráfico 14 – Produtos com oportunidades para o Brasil na Coreia do Sul com tarifa zero ou maior que zero

Tarifa maior que zeroTarifa zero

4217

26

188

Fonte: Funcex. Elaboração CNI

Em princípio, para a análise dos interesses ofensivos do Brasil na negociação, o conjunto relevante

de produtos é composto por aqueles que, nos dois grupos acima discriminados, tenham tarifas NMF

diferentes de zero – ou seja, 214 produtos, sendo 26 do primeiro grupo e 188 do segundo. Os produtos

que já têm tarifa NMF zero devem merecer a atenção dos negociadores brasileiros na medida em que

interessa sua consolidação bilateral.

3 Os critérios e parâmetros adotados para esse grupo são os seguintes: o valor anual das importações desse produto pela Coreia do Sul, em 2015/2016 foi expressivo (superior a US$ 10 milhões); o valor anual das exportações totais desse produto pelo Brasil, em 2015/2016, foi superior a US$ 25 milhões – correspondentes aproximadamente a 0,01% das exportações brasileiras na média do biênio -; e o Brasil apresenta vantagens comparativas em relação a esse produto (índice de vantagens comparativas relativas superior a um, na média do biênio 2015/2016).

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49OS INTERESSES OFENSIVOS BRASILEIROS E OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELA COREIA DO SUL EM ACORDOS PREFERENCIAIS

Ao se eliminarem os bens que já se beneficiam de tarifa zero na Coreia do Sul, deixam a lista de pro-

dutos prioritários, no primeiro grupo, produtos do setor de extração de minerais metálicos, algodão e

a quase todos os metalúrgicos. No segundo grupo, são excluídos produtos do setor de extração de

minerais metálicos, celulose e papel, além de um número significativo de produtos metalúrgicos e, em

menor medida, máquinas e equipamentos mecânicos, conforme o gráfico abaixo.

Gráfico 15 – Produtos com oportunidade na Coreia do Sul com tarifa zero (número de produtos)

1

1

3

1

2

9

1

1

1

2

3

4

2

6

6

8

11

Têxteis

Agricultura e pecuária

Móveis

Químicos

Produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos)

Famoquímicos e farmacêuticos

Outros equipamentos de transporte, exceto veículos…

Extração de minerais metálicos

Máquinas e equipamentos

Equipamentos de informáica, produtos eletrônicos e ópticos

Celulose, papel e produtos de papel

Metalurgia

Grupo 1 Grupo 2Fonte: Funcex. Elaboração CNI

Abaixo, a tabela resume os setores e o nível da tarifa aplicada nos dois grupos de produtos que o Bra-

sil possui oportunidades na Coreia do Sul. No primeiro grupo, destacam-se produtos da agricultura e

da pecuária com a maior média de tarifas na Coreia do Sul, seguido de derivados de petróleo, biocom-

bustíveis e coque, e produtos de fumo. No segundo, produtos dos setores alimentícios, agricultura e

pecuária e automotores enfrentam as maiores tarifas.

Page 50: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

50NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

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Tabela 20 – Setores com oportunidades na Coreia do Sul

Grupo 1 Grupo 2

Setores No de produtos Média tarifa (%) No de produtos Média tarifa (%)

Produtos químicos 3 2,8 41 7,5

Metalurgia 12 0,8 26 2,5

Máquinas e equipamentos 0 0,0 31 6,1

Produtos alimentícios 6 16,4 22 24,9

Veículos automotores 1 8,0 15 8,2

Agricultura e pecuária 5 184,5 6 22,5

Produtos de minerais não-metálicos 0 0,0 11 7,5

Celulos, papel e produtos de papel 2 0,0 8 0,0

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 0 0,0 10 7,3

Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos 2 0,3 7 3,6

Couros, artefatos de couro, artigos para viagem e calçados 5 3,8 3 5,3

Produtos de borraha e de material plástico 0 0,0 8 6,1

Produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos 0 0,0 8 6,0

Produtos de madeira 0 0,0 7 6,6

Outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores

0 0,0 7 2,2

Produtos farmoquímicos e farmacêuticos 0 0,0 6 2,6

Extração de minerais metálicos 3 0,0 2 0,0

Produtos têxteis 1 0,0 3 8,0

Extração de minerais não-metálicos 0 0,0 3 3,0

Derivados de petróleo, biocombustíveis e coque 2 53,0 0 0,0

Extração de petróleo e gás 0 0,0 2 3,0

Indústrias diversas 0 0,0 2 8,0

Produtos do fumo 1 20,0 0 0,0

Confecção de artigos do vestuário e acessórios 0 0,0 1 5,0

Móveis 0 0,0 1 0,0

Fonte: Funcex. Elaboração CNI

Vale ressaltar que é pequena a presença de tarifa zero para os produtos manufaturados do segun-

do grupo, indicando que a eliminação de tarifas para estes produtos deve ser objetivo prioritário das

negociações com a Coreia do Sul, como forma de contribuir à necessária diversificação da pauta bra-

sileira de exportação para aquele mercado.

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51OS INTERESSES OFENSIVOS BRASILEIROS E OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELA COREIA DO SUL EM ACORDOS PREFERENCIAIS

Por outro lado, no primeiro grupo, produtos básicos enfrentam altas tarifas, apesar de presença míni-

ma no mercado coreano. Dessa forma, a eliminação de tarifas para estes produtos também deve ser

prioritária nas negociações para aumentar as vendas do Brasil à Coreia do Sul.

Concorrentes do Brasil no mercado sul-coreano – grupo 1

No primeiro grupo, em que o Brasil já tem alguma presença no mercado sul-coreano, o país é um dos

três principais fornecedores externos da Coreia do Sul em 15 dos 28 produtos, ocupando a primeira

posição em nove deles: café não torrado, fumo não manufaturado, álcool etílico, ferronióbio, dois pro-

dutos de couro e três de alimentos.

A concorrência enfrentada pelo Brasil neste grupo de produtos inclui os EUA – essencialmente em

produtos agropecuários e sucos de laranja (produtos em que o Brasil aparece como segundo forne-

cedor da Coreia) – e países da região Ásia-Pacífico, como China (pescado, químicos, partes de apa-

relhos telefônicos), Indonésia (celulose, ferroníquel), Japão (partes de veículos) e Austrália (açúcar).

Entre os países latino-americanos, aparecem como fornecedores com alguma relevância de certos

produtos o Chile (celulose e cobre) e a Colômbia (café, ferroníquel e extratos e essências).

Entre os principais fornecedores dos produtos do primeiro grupo a grande maioria dos concor-

rentes do Brasil têm acordos de livre comércio com a Coreia do Sul, beneficiando-se de prefe-

rências tarifárias às quais o Brasil não tem acesso.

Concorrentes do Brasil no mercado sul-coreano

No segundo grupo, a presença brasileira é marginal, o que é esperado em função dos critérios que

definem os dois grupos. Há apenas três produtos em que o Brasil aparece entre os três principais for-

necedores da Coreia do Sul, e sempre em terceiro lugar: caulim, matérias pécticas, pectina e granitos.

O principal concorrente do Brasil nesse grupo é a China, seguida pelos EUA e pelo Japão. A China

aparece entre os principais fornecedores em setores industriais diversos, como têxteis e confecções,

madeira, químicos, produtos de borracha, produtos de minerais não metálicos, produtos de metal, equi-

pamentos de informática, eletrônico e material elétrico. Os EUA se destacam nos agropecuários, alimen-

tícios e farmacêuticos. O Japão aparece, para um número significativo de produtos, como o primeiro for-

necedor em químicos e em máquinas e equipamentos mecânicos. A participação dos países do Sudes-

te Asiático também é relevante em alimentícios (açúcar e preparação alimentícias), madeiras e químicos.

Os países da UE somente destacam-se setorialmente em veículos automotores, com a Alemanha.

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52NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

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Nesse grupo de produtos, a concorrência com países beneficiados por acordos preferenciais assina-

dos pela Coreia do Sul envolve todos os principais fornecedores e concorrentes do Brasil, com a exce-

ção do Japão.

Tarifas NMF vigentes

As tarifas NMF vigentes diferenciam entre o tratamento dado a produtos agrícolas (SH 1 a 24) e não

agrícolas (do SH 25 em diante), embora haja grande heterogeneidade entre os agrícolas.

No primeiro grupo, as tarifas mais elevadas concentram-se em cinco produtos agrícolas, com desta-

que para milho e soja (cuja tarifa é específica) – ambas com alíquotas superiores a 400%. Sucos de

laranja (com alíquota superior a 50%), fumo e pedaços de frango (ambos em torno de 20%, na média)

são outros produtos agrícolas com tarifas elevadas. Os demais produtos agrícolas (café, torta de soja,

pescado etc) têm alíquotas iguais ou inferiores a 10%. Os produtos industriais do primeiro grupo têm

tarifas mais baixas, entre 0,7% e 8%, na média.

No segundo grupo, os produtos agrícolas (incluindo agropecuários e alimentícios) têm, em geral,

tarifas elevadas (acima de 15%), destacando-se frutas, carnes bovinas, sucos e extratos de vegetais

(média de 128% e máxima de 754%), sucos de frutas, enchidos de carne e preparações alimentícias.

Os produtos não agrícolas têm, em sua quase totalidade, tarifas médias menores ou iguais a 8%.

Alguns veículos automotivos têm tarifa média de 10%, nível que é superado por apenas dois produtos

do grupo: rolamentos de esfera, com média de 10,5% e máxima de 13%, e um produto químico, solu-

ções concentradas, subprodutos terpênicos e soluções aquosas de óleos essenciais, óleo resinas de

extração – com tarifa média de 68,9% e máxima de 754%.

Compromissos de desgravação tarifária assumidos pela Coreia do Sul em

acordos preferenciais

Os cronogramas de desgravação da Coreia do Sul nos acordos com os EUA e a Colômbia preveem

a implementação da liberalização tarifária para diversas cestas de produtos em diferentes prazos

e ritmos.

No caso do acordo com os EUA, há cestas de produtos válidas para ambas as Partes e outras que se

aplicam apenas ao cronograma coreano de desgravação:

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53OS INTERESSES OFENSIVOS BRASILEIROS E OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELA COREIA DO SUL EM ACORDOS PREFERENCIAIS

• Cestas válidas para os EUA e a Coreia: 11 cestas diferentes, com cronogramas que vão de desgra-

vação imediata até 15 anos para a eliminação de tarifas.

• Cestas válidas somente para Coreia: 13 cestas, duas das quais se aplicam a produtos que man-

terão suas tarifas base ou para os quais não há qualquer compromisso. Nas demais 11 cestas, os

cronogramas preveem eliminação de tarifas em um prazo de nove a 20 anos. Há ainda duas cestas

em que o cronograma de eliminação ou redução de tarifas se aplica levando em conta a época do

ano em que o produto chega à Coreia do Sul e cesta de produtos agrícolas sujeitos a cotas tarifárias

e salvaguardas.

O acordo com a Colômbia segue a mesma lógica:

• Cestas válidas para a Colômbia e a Coreia: 10 cestas de produtos que vão da liberalização imedia-

ta até a desgravação em 19 anos, além de uma cesta que prevê a manutenção da tarifa base.

• Cestas válidas apenas para Coreia: 5 cestas de produtos com cronogramas de desgravação de 12

a 16 anos e uma das cestas mantendo a tarifa base quando a entrada do produto ocorre em determi-

nada época do ano. Há ainda uma cesta em que a Coreia do Sul não assume qualquer tipo de com-

promisso de desgravação. Finalmente, como no acordo com os EUA, há bens agrícolas sujeitos a

cotas tarifárias.

No que se refere aos produtos prioritários para o Brasil, há seis características que chamam a atenção

e que são compartilhadas pelos dois grupos de produtos:

• no primeiro grupo, todos os bens industriais têm liberalização imediata nos dois acordos4, enquanto

nos agrícolas os produtos com tarifa NMF baixa (café, trigo, açúcar e torta de soja) também recebem

liberalização imediata, reservando-se para os produtos com tarifas NMF mais elevadas, cronogra-

mas longos de desgravação e, em poucos casos, regime de cotas tarifárias crescentes. Nesses pro-

dutos a seis dígitos (pescado, soja, carnes e fumo) há discrepância entre o tratamento conferido aos

itens a oito dígitos que os compõem.

• as condições de liberalização oferecidas pela Coreia do Sul no acordo com os EUA para os pro-

dutos do primeiro grupo são, no conjunto, mais favoráveis do que as garantidas à Colômbia. Esta

característica se evidencia no tratamento diferenciado concedido em cereais (milho, soja e trigo) e

em suco de laranja, em benefício dos EUA.

• no segundo grupo, a maioria dos produtos industriais têm liberalização imediata, mas há um núme-

ro não desprezível de bens que são incluídos em cestas com prazos relativamente longos de

4 Há uma exceção a oito dígitos em veículos automotores em que o acordo com os EUA prevê desgravação em três anos.

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54NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

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desgravação e até mesmo são excluídos dos compromissos de desgravação, como são os casos

de alguns bens nos setores de madeiras, químicos e máquinas e equipamentos mecânicos.

• muitos produtos agrícolas e alimentícios têm longos prazos de desgravação, em geral iguais ou

superiores a 10 anos, sendo eles frutas, sucos de frutas e outros sucos vegetais, fumo, pescado,

carnes, óleo de soja e embutidos.

• no caso dos produtos agrícolas e alimentícios, o tratamento conferido aos EUA é mais favorável

do que aquele concedido à Colômbia. No caso dos produtos industriais, essa distinção não é cla-

ra, podendo-se mesmo perceber, para certos setores (máquinas e equipamentos e químicos, por

exemplo), tratamento mais vantajoso para a Colômbia, o que poderia revelar que a Coreia do Sul

adapta suas ofertas nas diferentes negociações não apenas em função da capacidade de pres-

são dos seus parceiros, mas também das vantagens competitivas e preocupações defensivas.

• de forma geral, mas sobretudo nos produtos do segundo grupo – incluindo os industriais – dentro

de um mesmo produto SH a seis dígitos, há distintos tratamentos concedidos a itens a 8 dígitos.

Portanto, de forma geral, o tratamento conferido pela Coreia do Sul nessas negociações diferencia

nitidamente entre produtos agrícolas e alimentícios, de um lado, e bens industriais, de outro. Perce-

be-se que a Coreia também leva em consideração suas sensibilidades na esfera industrial, estando

longe de conferir liberalização imediata a todos os produtos industriais, especialmente no segundo

grupo. Além disso, o país adapta suas ofertas aos parceiros.

5.2 Outras áreas temáticas dos acordos preferenciais: os compromissos e reservas da Coreia do Sul em comércio de serviços, investimentos e compras governamentais

Os acordos preferenciais assinados pela Coreia do Sul têm amplo escopo temático, indo muito além

da liberalização de bens e do estabelecimento de regras. No entanto, mais além do escopo geral dos

acordos, estes podem ter conteúdos bastante distintos em certos capítulos e no que se refere à pro-

fundidade dos compromissos assumidos em diferentes temas.

Em geral, a Coreia possui dois grandes escopos de acordos de livre comércio. Um deles segue o

modelo da UE e o outro o modelo do NAFTA, referência essencial para os acordos da Coreia do Sul

com os EUA, o Canadá ou Colômbia. Mesmo entre estes, no entanto, há diferenças em termos de

escopo dos acordos e da distribuição dos temas entre os capítulos.

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55OS INTERESSES OFENSIVOS BRASILEIROS E OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELA COREIA DO SUL EM ACORDOS PREFERENCIAIS

Tabela 21 – Nome dos capítulos com disposições substantivas em diferentes acordos comerciais da Coreia do Sul

EUA – Coreia do Sul Colômbia – Coreia do Sul UE – Coreia do Sul China – Coreia do Sul Índia – Coreia do Sul

Tratamento nacional e acesso a mercados em bens

Tratamento nacional e acesso a mercados em bens

Tratamento nacional e acesso a mercados em bens

Tratamento nacional e acesso a mercados em bens

Comércio de bens (TN e AM, defesa comercial)

AgriculturaRegras e procedimentos de origem

Defesa comercialRegras e procedimentos de origem

Regras de origem

Têxteis e confecçõesAdministração aduaneira e facilitação do comércio

Medidas sanitárias e fitossanitárias

Administração aduaneira e facilitação do comércio

Procedimentos de origem

Farmacêuticos e equipamentos médicos

Medidas sanitárias e fitossanitárias

Barreiras técnicas ao comércio

Medidas sanitárias e fitossanitárias

Administração aduaneira e facilitação do comércio

Regras e procedimentos de origem

Barreiras técnicas ao comércio

Administração aduaneira e facilitação do comércio

Barreiras técnicas ao comércio

Comércio de serviços (modelo GATS)

Administração aduaneira e facilitação do comércio

Defesa comercial

Comércio de serviços, estabelecimento (modelo GATS) e comércio eletrônico (inclui anexos setoriais, como telecomunicações, serviços financeiros, transporte marítimo internacional e sobre movimento temporário de pessoas de negócios)

Defesa comercial Telecomunicações

Medidas sanitárias e fitossanitárias

Investimentos (modelo NAFTA)

Pagamentos e movimentos de capitais

Comércio de serviços (modelo GATS)

Movimento temporário de pessoas de negócios

Barreiras técnicas ao comércio

Comércio transfronteiriço de serviços (modelo NAFTA)

Compras governamentais Serviços financeiros

Investimentos (lista negativa para investimentos em bens, já que serviços são tratados como modo 3 no capítulo de serviços)

Defesa comercialEntrada temporária de pessoas de negócios

Propriedade intelectual Telecomunicações Competição

Investimentos (modelo NAFTA)

Telecomunicações CompetiçãoMovimento temporário de pessoas de negócios

Propriedade intelectual

Comércio transfronteiriço de serviços (modelo NAFTA, com anexos de serviços profissionais, courier)

Comércio eletrônicoComércio e desenvolvimento sustentável

Investimentos (sem lista de compromissos ou reservas específicas)

Solução de controvérsias

Serviços financeiros Política de competição Solução de controvérsias Comércio eletrônico

Telecomunicações Compras governamentais Competição

Comércio eletrônico Propriedade intelectual Propriedade intelectual

Assuntos relacionados à competição

Comércio e desenvolvimento sustentável

Comércio e meio ambiente

Compras governamentais Solução de controvérsias Solução de controvérsias

Propriedade intelectual

Trabalho

Meio ambiente

Solução de controvérsias

Fonte: Elaboração própria

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56NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

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Os dois acordos preferenciais aqui analisados em maior detalhe (os acordos bilaterais com os EUA e

Colômbia) seguem o modelo NAFTA e têm capítulos especificamente dedicados ao comércio trans-

fronteiriço de serviços, aos investimentos de bens e serviços e a compras governamentais – três áreas

temáticas de interesse para o Brasil. Abaixo, as principais características destes capítulos e das reser-

vas e exceções a eles apresentadas nos dois acordos:

Comércio transfronteiriço de serviços

• Escopo: os capítulos de comércio de serviços dos dois acordos têm escopos quase idênticos,

seguindo o modelo NAFTA e, portanto, contemplando exclusivamente o modo de prestação trans-

fronteiriça (modo 1, na terminologia do GATS) e apresentando reservas em listas negativas. Há, no

entanto, outros acordos da Coreia do Sul que adotam o modelo de lista positiva (com UE, China e

Índia) e a metodologia GATS.

• Anexos setoriais: capítulo no acordo com os EUA tem anexos setoriais sobre serviços profissionais

e serviços de entrega rápida (courier). Serviços financeiros, de telecomunicações e comércio ele-

trônico são objeto de capítulos específicos. No acordo com a Colômbia, o anexo setorial se refere

a gambling e há capítulos especificamente dedicados a telecomunicações e comércio eletrônico,

mas não a serviços financeiros.

• Acesso a mercados: os dois têm cláusulas de acesso a mercados - que vedam restrições quanti-

tativas não discriminatórias conforme Artigo XVI do GATS - de tratamento nacional e de nação mais

favorecida e de proibição de exigência de presença local.

• Regulação doméstica: os capítulos têm cláusula de regulação doméstica, que estabelece o prin-

cípio de administração “razoável, objetiva e imparcial” de medidas relacionadas a procedimentos e

requisitos de qualificação e licenciamento e a padrões técnicos aplicáveis a serviços. Também têm

artigos sobre transparência no desenvolvimento e aplicação da regulação doméstica.

• Exclusões: nos dois acordos, transportes aéreos e atividades associadas a práticas governamen-

tais, como as compras públicas e subsídios, estão excluídos das disposições.

• Serviços financeiros: com a Colômbia, prevê-se o estabelecimento de um programa de trabalho

sobre serviços financeiros. O tema não está incluído no acordo, ao contrário do que ocorre naquele

com os EUA, em que há um capítulo dedicado ao tema.

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57OS INTERESSES OFENSIVOS BRASILEIROS E OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELA COREIA DO SUL EM ACORDOS PREFERENCIAIS

Investimentos

• Escopo: nos dois acordos são iguais e baseados no modelo NAFTA. Referem-se a investimentos em

bens e serviços e apresentam as reservas em listas negativas.

• Níveis: as obrigações dos capítulos de ambos os acordos se aplicam aos níveis central, regional e

local de governo – sujeitas às reservas apresentadas em anexos pelos países.

• Definição e regras: nos dois capítulos, os investimentos cobertos são definidos por um conceito

amplo (asset-based) e os acordos compartilham um conjunto de regras e disciplinas relevantes para

o tratamento dos investimentos externos: tratamento nacional e de nação mais favorecida, padrão

mínimo de tratamento, proibição de requisitos de desempenho indo além das regras do acordo de

TRIMs da OMC, cláusula de expropriação, inclusive indireta, cláusula ambiental e de transferências,

• Outras cláusulas: os acordos preveem o direito de estabelecimento, o tratamento justo e equitati-

vo, a expropriação. No caso do acordo com a Colômbia, as transferências são qualificadas em ane-

xos específicos para evitar interpretações “frívolas” por parte de investidores que venham a acionar

a solução de controvérsias investidor – Estado.

Compras governamentais

• Escopo: os acordos tratam essencialmente de acesso a mercados e dos procedimentos associa-

dos a compras de forma a torná-los transparentes e habilitar a participação dos fornecedores da

outra Parte. Aplicam-se a bens, serviços em geral e serviços de construção adquiridos por entes

governamentais em diferentes níveis – listados em anexos nacionais - através de diversas modalida-

des contratuais (inclusive concessão e acordos de build-operate-transfer (BOT), no caso do acordo

com os EUA).

• Regras e disciplinas: são ambiciosas, referindo-se a tratamento nacional e não discriminatório, à

eleição da licitação aberta como método preferencial de compras governamentais, à proibição de

condições compensatórias especiais, inclusive de qualquer tipo de offset e à adoção de regras de

origem não preferenciais.

• Informação e transparência: parte significativa do capítulo nos dois acordos é dedicada a regras

e procedimentos de licitação e impugnação, de maneira a assegurar não discriminação nas várias

etapas e várias modalidades do processo de licitação e contratação (publicação de informação per-

tinente, condições de participação, qualificação de fornecedores, definição das especificações téc-

nicas do produto ou serviço, disponibilidade de documentação para participar das licitações, pra-

zos, regras para contestação e impugnação de resultados etc).

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• Acesso a mercados: nos dois acordos, os compromissos sul-coreanos de acesso a mercados apro-

fundam os níveis assumidos na OMC. No caso do acordo com os EUA, a Coreia do Sul reduziu, em

relação a seus compromissos no acordo da OMC, o patamar (em valor) das compras de bens e ser-

viços sujeitas às regras do acordo à metade e ampliou a lista de entidades centrais cobertas. Entida-

des subcentrais e outras não foram incluídas no acordo bilateral, mas fazem parte dos compromissos

da Coreia do Sul na OMC, beneficiando os EUA – também signatário do acordo plurilateral. Como a

Colômbia não é membro do acordo temático da OMC e os compromissos cobrem entidades centrais,

subcentrais e outras – a lista coreana sendo praticamente idêntica à do país na OMC. Os patamares

são reduzidos em relação à OMC para bens e serviços - passando a 70.000 DES para as entidades

centrais – e para 200.000 DES para todas as entidades subcentrais – aí incluídos os governos locais,

para os quais o patamar coreano na OMC é de 400.000 DES. Os patamares para serviços de constru-

ção não se alteram em relação aos compromissos assumidos na OMC, em 15 milhões de DES.

• OMC: a principal diferença entre os capítulos dos dois acordos decorre do fato de que EUA e Coreia

do Sul são signatários do acordo da OMC, enquanto a Colômbia não assinou este acordo. Em

decorrência, o acordo com os EUA tem uma cláusula que incorpora uma longa lista de disposições

do acordo da OMC, tornando o capítulo bem mais sucinto do que o do acordo com a Colômbia.

• Outros acordos: em alguns outros acordos da Coreia, o tema das compras governamentais recebe

tratamento superficial, não tendo sequer compromissos em acesso a mercados. No acordo com a

China e a Índia, o tema é tratado no âmbito de um capítulo sobre cooperação e, no caso da Índia, o

tratamento limita-se a compromissos de transparência de procedimentos.

Reservas e exceções da Coreia do Sul

• Listas: os compromissos dos dois acordos seguem, para comércio transfronteiriço de serviços,

investimentos e compras governamentais, modelos semelhantes. No caso de serviços e investi-

mentos, listas negativas de medidas que não cumprem as regras e disciplinas dos capítulos em

questão. No caso de compras governamentais, há listas positivas dos três tipos de entidades cober-

tas e as exceções aos bens cobertos são também explicitamente listadas (trata-se de bens adquiri-

dos para fins de defesa).

• Restrições: em investimentos, as listas negativas de reservas em serviços e investimentos contem-

plam medidas restritivas relacionadas a acesso a mercados, tratamento nacional, tratamento de

nação mais favorecida, requisitos de desempenho, composição da alta administração e diretoria de

empresas. Em serviços, não constam reservas à proibição de requisitos de desempenho, mas há

reservas à proibição de exigência de presença local. Só no acordo com os EUA, há um anexo com

reservas específicas ao capítulo de serviços financeiros.

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59OS INTERESSES OFENSIVOS BRASILEIROS E OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELA COREIA DO SUL EM ACORDOS PREFERENCIAIS

• Medidas horizontais: há anexos listando medidas horizontais ou setoriais aplicáveis ao comércio

de serviços e aos investimentos que as Partes mantêm (Anexo I) e/ou se reservam o direito de man-

ter ou de vir a adotar no futuro (Anexo II).

• Perfil das reservas: não há diferenças relevantes entre os perfis de reservas da Coreia do Sul apre-

sentadas nos dois acordos. No Anexo I, há um número muito maior de reservas aplicáveis ao comér-

cio transfronteiriço de serviços do que aos investimentos (41 contra 9). Nesse Anexo, serviços pro-

fissionais, de transporte (nos diferentes modais), de distribuição e serviços às empresas são os

setores com participação mais relevante. As reservas aplicáveis ao comércio de serviços dizem

respeito, em sua grande maioria, às disciplinas relativas a acesso a mercados e à não exigência

de presença local para prestar o serviço. Há poucos casos de reservas de tratamento nacional, em

setores como transporte, telecomunicações e serviços de pesquisa científica. As reservas relativas

a investimentos do Anexo I envolvem serviços de energia, de comunicação, educacionais e serviços

às empresas. As reservas dizem respeito sempre a tratamento nacional, em alguns casos, também

a requisitos de desempenho e acesso a mercado.

• Bens: há ainda, no Anexo I, duas reservas a investimentos em agricultura e pecuária, manufatura de

produtos biológicos. No primeiro caso, a reserva diz respeito à disciplina de tratamento nacional, no

segundo a requisitos de desempenho.

• Medidas mantidas (espaço de política): o Anexo II traz reservas relativas a medidas que o país

pretende manter ou se autoriza a adotar – é composto por medidas que dizem respeito praticamen-

te aos mesmos setores contemplados no Anexo I. Há duas reservas horizontais amplas (em termos

de disciplinas afetadas) aplicáveis a comércio de serviços e investimentos, referentes ao direito de

condicionar o estabelecimento ou aquisição a considerações de ordem pública e de adotar/manter

medidas relacionadas à transferência de ações de empresas estatais e ativos públicos.

• Setores com reservas em investimentos e serviços: o Anexo II se refere a um conjunto de reser-

vas atuais e futuras em serviços e investimentos, com cobertura bastante ampla. Há reservas à

regra de tratamento de nação mais favorecida no setor de transporte (para preservar arranjos bila-

terais setoriais) e de sérvios de comunicação. Transporte e energia são os principais segmentos

econômicos afetados pelas reservas não horizontais do Anexo II dos dois acordos. O único setor em

bens a que se aplicam reservas aos investimentos no Anexo II é o de pesca em tratamento nacional.

• Melhorias da oferta: o Anexo II dos dois acordos traz uma lista de melhorias feitas pela Coreia do

Sul à sua lista de compromissos apresentada no GATS. As melhorias dizem respeito a acesso a mer-

cados e impactam serviços de pesquisa e desenvolvimento, pesquisa de mercado e de opinião, ser-

viços de turismo e viagens etc.

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• Reservas em compras governamentais: as reservas se aplicam apenas a alguns tipos de bens

comprados pelos órgãos de defesa e às compras de bens e serviços abaixo dos patamares

estabelecidos.

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Foto: Shutterstock

6 CONCLUSÕES

Depois de um período de forte crescimento nos últimos anos, o comércio entre o Brasil e a Coreia do

Sul se retraiu em valores absolutos e relativos. Em 2017, as exportações bilaterais do Brasil represen-

taram 1,4% do total de vendas externas brasileiras, enquanto as importações bilaterais responderam

por 3,5% do total importado do mundo. A pauta brasileira de exportações bilaterais é fortemente con-

centrada em produtos básicos e semimanufaturados, de origem agropecuária e mineral, ao passo

que nas importações os produtos manufaturados dominam de forma quase absoluta.

Além disso, a Coreia do Sul é um parceiro relativamente pouco relevante do Brasil no que tange ao

comércio de serviços e aos investimentos diretos. Estes, assim como as importações bilaterais do

Brasil, concentram-se na indústria manufatureira, indicando clara especialização neste setor – em

contraste com investimentos de outros países no Brasil, em que o destaque são os serviços.

A Coreia tem sido um dos mais ativos na arena das negociações comerciais preferenciais nos últi-

mos anos. O país tem 16 acordos de livre comércio em vigor, que cobrem grande parte de seus fluxos

comerciais, à exceção do comércio com o Japão. A maioria de suas importações têm origem em paí-

ses com os quais a Coreia tem acordos comerciais preferenciais.

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Os acordos assinados pela Coreia nos últimos anos são bastante abrangentes em termos temáticos

e ambiciosos quanto aos objetivos de liberalização e de estabelecimento de regras e disciplinas.

A proteção aos produtos agrícolas e alimentares é uma característica notável do posicionamento da Coreia

em suas negociações preferenciais. Além de tarifas elevadas, eles são objeto, em vários casos, de tarifas

estacionais, flexíveis e outras que permitem o ajuste de nível tarifário de forma a conceder proteção adicio-

nal aos produtores domésticos.

Frente a este quadro e tendo em vista as características atuais e potenciais da pauta de exportação

bilateral do Brasil, bem como a concorrência enfrentada pelo país no mercado sul-coreano, os princi-

pais objetivos ofensivos de uma negociação comercial com a Coreia do Sul na área de bens seriam:

• reduzir barreiras às exportações de produtos de origem agropecuária – e sobretudo àqueles afeta-

dos por elevadas tarifas e por barreiras não tarifárias;

• consolidar bilateralmente tarifa zero para aqueles produtos que têm alíquotas NMF aplicadas nesse

nível; e

• obter preferências comerciais (tarifa zero em prazos não muito longos) em produtos industriais com

potencial de exportação bilateral para reduzir desvantagens geradas por preferências concedidas

a países concorrentes do Brasil – e, na medida do possível, conferir alguma vantagem sobre alguns

destes concorrentes, bem como criar condições para uma estratégia de diversificação (em ter-

mos de produtos e setores) da pauta exportadora bilateral brasileira, que necessariamente incluiria

outros instrumentos de política comercial (promoção de exportações, por exemplo).

No caso do comércio de serviços, de investimentos e de compras governamentais, a lógica brasileira

seria a mesma: buscar pelo menos equalizar as condições de acesso ao mercado sul-coreano, em

termos comparáveis com os oferecidos pela Coreia do Sul a seus parceiros dos países desenvolvidos,

notadamente os EUA.

Como a Coreia já consolidou especialização de seus investimentos no Brasil no setor manufaturei-

ro, pode-se esperar que a negociação de um capítulo de investimentos em acordo bilateral produza

incentivos adicionais para atrair investimentos sul-coreanos.

O número de reservas apresentadas pela Coreia do Sul em comércio transfronteiriço de serviços e em

investimentos não é pequeno e a semelhança entre as listas apresentadas pelo país nos dois acordos

sugere que a estratégia negociadora deste país é de consolidação do status quo regulatório, reduzin-

do fortemente as possibilidades de liberalização adicional através de um acordo bilateral com o Brasil

– um sócio relativamente pouco importante, como ressaltado.

Page 63: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

63CONCLUSÕES

Em investimentos, ambos os acordos contemplam cláusulas de proteção de investimentos e o meca-

nismo de solução de controvérsias investidor – Estado, seguindo de perto o modelo NAFTA. Isso vale

também para acordos menos ambiciosos em outros temas, como aqueles assinados pela Coreia do

Sul com China e Índia. Nesta área, o principal desafio para o Brasil seria lidar com as disciplinas apli-

cáveis a requisitos de desempenho e com a proteção do investimento (inclusive o citado mecanismo

de solução de controvérsias).

Em compras governamentais, embora os acordos com os EUA e a Colômbia contemplem capítulos

abrangentes e com objetivos de acesso a mercado, isso não ocorre no acordo com a Índia. Tal con-

traste sugere que a Coreia do Sul pode vir a demonstrar, em eventual negociação com o Brasil, algu-

ma flexibilidade, quanto ao escopo do capítulo e/ou a suas disposições de acesso a mercado, para

contemplar as sensibilidades brasileiras.

Do lado dos interesses ofensivos neste tema, há que se levar em conta que, nos acordos preferen-

ciais de que a Coreia do Sul participa e que contam com capítulos específicos de compras governa-

mentais, os compromissos assumidos, em termos de entidades, bem e serviços cobertos, são prati-

camente os mesmos dos firmados na esfera multilateral, embora os patamares a partir dos quais as

compras públicas se submetem às regras dos acordos sejam nitidamente inferiores. Também nesse

caso, o nível de compromissos assumidos pela Coreia do Sul no acordo com os EUA deveria ser a

referência para demandas brasileiras que privilegiem os interesses ofensivos.

Page 64: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da
Page 65: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

65

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REFERÊNCIAS

OCDE (2017). Government at a glance.

OMC (2017). Republic of Korea – Trade Policy Review – Report by the Secretariat – WT/TPR/S/346 Rev.

1, January 6.

Page 66: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da
Page 67: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

67

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ANEXOS

Page 68: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

68NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

68

ANEX

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3

Page 69: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

69ANEXOS

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Page 70: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

70NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

70

Prod

utos

Part

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Font

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s (2

) Sec

ex/M

DIC

(3) C

omtra

de/O

nu. E

labo

raçã

o: F

unce

x.N

otas

:a)

Núm

ero

de li

nhas

nac

iona

is n

o an

ob)

NM

F =

Naç

ão m

ais

favo

reci

dac)

As

tarif

as u

tiliz

am a

seg

uint

e no

men

clat

ura:

A =

o p

rodu

to S

.H. p

ossu

i ape

nas

tarif

as A

d Va

lore

m; E

= p

ossu

i ape

nas

tarif

as e

spec

ífica

s; A

E =

pos

sui a

mba

s; (-

) tar

ifa in

exis

tent

e ou

não

iden

tifica

da.

d) O

cál

culo

da

ampl

itude

e m

édia

seg

undo

S.H

leva

em

con

side

raçã

o as

tarif

as a

d va

lore

m e

quiv

alen

tes

elab

orad

as a

par

tir d

as ta

rifas

esp

ecífi

cas

e da

s ta

rifas

apl

icad

as, d

e ac

ordo

com

o c

onju

nto

de li

nhas

nac

iona

is re

laci

onad

as.

e) C

lass

ifica

ção

com

patív

el c

om o

IBG

E. A

s se

ções

são

iden

tifica

das

com

o: (1

)Agr

icul

tura

, pec

uária

, pro

duçã

o flo

rest

al, p

esca

e a

qüic

ultu

ra, (

2)In

dúst

rias

extra

tivas

, (3)

Indú

stria

s de

tran

sfor

maç

ão e

(4

)Não

cla

ssifi

cado

s(*

) Índ

ices

aci

ma

de 1

.000

.(-

) Sem

val

or d

ecla

rado

ou

impo

ssib

ilida

de d

e cá

lcul

o no

per

íodo

.

Page 71: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

71ANEXOS

Tabe

la 2

3 –

Pri

ncip

ais

forn

eced

odre

s do

gru

po 2

Prod

utos

Part

icip

ação

(%) d

os p

rinci

pais

forn

eced

ores

dess

e m

erca

do n

o bi

ênio

201

5/16

1º2º

3ºP

aís

%

Paí

s %

Paí

s %

No

S.H

.D

escr

ição

Nº a

Agr

icul

tura

e p

ecuá

ria

101

05-1

1G

alos

e g

alin

has

vivo

s, d

as e

spéc

ies

dom

éstic

as, d

e pe

so n

ão

supe

rior a

185

g2

Fran

ça33

,1R

eino

Uni

do27

,9E

stad

os U

nido

s17

,6

208

04-5

0G

oiab

as, m

anga

s e

man

gost

ões,

fres

cos

ou s

ecos

3Ta

ilând

ia56

,3Fi

lipin

as24

,9P

eru

2,5

308

05-5

0Li

mõe

s e

limas

, fre

scos

ou

seco

s3

Est

ados

Uni

dos

77,2

Chi

le18

,2M

éxic

o3,

64

0904

-11

Pim

enta

(do

gêne

ro"p

iper

"), s

eca,

não

tritu

rada

nem

em

1Vi

etnã

74,7

Mal

ásia

19,2

Indo

nési

a3,

15

120

9-29

Out

ras

sem

ente

s fo

rrag

eira

s, p

ara

sem

eadu

ra5

Aus

trália

67,8

Est

ados

Uni

dos

26,9

Chi

na2,

06

240

1-10

Fum

o nã

o m

anuf

atur

ado,

não

des

tala

do4

Turq

uia

29,8

Bul

gária

21,7

Gré

cia

16,8

Extr

ação

de

petr

óleo

e g

ás n

atur

al7

270

9-00

Óle

os b

ruto

s de

pet

róle

o ou

de

min

erai

s be

tum

inos

os10

Ará

bia

Sau

dita

30,1

Kuw

ait

13,8

Iraqu

e11

,48

271

1-11

Gás

nat

ural

, liq

uefe

ito1

Cat

ar38

,7O

13,2

Mal

ásia

11,4

Extr

ação

de

min

erai

s m

etál

icos

9 2

602-

00M

inér

ios

de m

anga

nês

e se

us c

once

ntra

dos,

incl

uído

s os

min

ério

s de

m

anga

nês

ferr

ugin

osos

e s

eus

conc

entra

dos,

de

teor

de

man

ganê

s de

=>

20%

, em

pes

o, s

obre

o p

rodu

to s

eco

1A

ustrá

lia60

,1Á

frica

do

Sul

34,2

Gab

ão4,

6

10 2

606-

00M

inér

ios

de a

lum

ínio

e s

eus

conc

entra

dos

1A

ustrá

lia73

,4C

hina

22,2

Jam

aica

4,1

Extr

ação

de

min

erai

s nã

o-m

etál

icos

11 2

504-

10G

rafit

a na

tura

l, em

ou e

m e

scam

as3

Chi

na78

,5A

lem

anha

8,0

Japã

o5,

612

250

7-00

Cau

lim e

out

ras

argi

las

caul

ínic

as, m

esm

o ca

lcin

adas

6E

stad

os U

nido

s56

,0C

hina

29,2

Bra

sil

2,7

13 2

519-

90M

agné

sia

elet

rofu

ndid

a, m

agné

sia

calc

inad

a a

fund

o e

outro

s óx

idos

de

mag

nési

o3

Chi

na79

,1Ja

pão

16,7

Est

ados

Uni

dos

1,4

Prod

utos

alim

entíc

ios

1402

01-3

0C

arne

s de

bov

ino,

des

ossa

das,

fres

cas

ou re

frige

rada

s1

Aus

trália

63,5

Est

ados

Uni

dos

36,2

Nov

a Ze

lând

ia0,

215

0202

-30

Car

nes

de b

ovin

o, d

esos

sada

s, c

onge

lada

s1

Aus

trália

60,2

Est

ados

Uni

dos

33,7

Nov

a Ze

lând

ia4,

416

0203

-29

Out

ras

carn

es d

e su

íno,

con

gela

das

2E

stad

os U

nido

s29

,5A

lem

anha

19,9

Esp

anha

14,0

1702

06-2

9O

utra

s m

iude

zas

com

estív

eis

de b

ovin

o, c

onge

lada

s3

Aus

trália

58,2

Est

ados

Uni

dos

27,4

Nov

a Ze

lând

ia13

,318

0206

-49

Out

ras

miu

deza

s co

mes

tívei

s de

suí

no, c

onge

lada

s2

Est

ados

Uni

dos

42,6

Esp

anha

30,9

Finl

ândi

a5,

3

1905

04-0

0Tr

ipas

, bex

igas

e e

stôm

agos

de

anim

ais,

exc

eto

peix

es, i

ntei

ros

ou

em p

edaç

os, f

resc

os, r

efrig

erad

os, c

onge

lado

s, s

alga

dos,

sec

os o

u de

fum

ados

8E

stad

os U

nido

s48

,1A

ustrá

lia26

,0N

ova

Zelâ

ndia

13,4

2005

10-0

0

Âm

bar-

cinz

ento

, cas

tóre

o, a

lgál

ia e

alm

ísca

r; bí

lis, m

esm

o se

ca;

glân

dula

s e

outra

s su

bstâ

ncia

s de

orig

em a

nim

al u

tiliz

adas

na

prep

araç

ão d

e pr

odut

os fa

rmac

êutic

os, f

resc

as, r

efrig

erad

as,

cong

elad

as o

u pr

ovis

oria

men

te c

onse

rvad

as d

e ou

tro m

odo

9R

ússi

a54

,5C

azaq

uist

ão23

,7Ín

dia

5,7

2108

01-3

2C

asta

nha

de c

aju,

fres

ca o

u se

ca, s

em c

asca

1Ín

dia

73,8

Viet

nã20

,8M

ianm

ar2,

9

22 1

302-

19S

ucos

e e

xtra

tos

de o

utro

s ve

geta

is (m

amão

sec

o, s

emen

te d

e po

mel

o, g

inkg

o bi

loba

sec

o)19

Chi

na30

,7Ín

dia

11,1

Est

ados

Uni

dos

9,9

Page 72: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

72NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

72

Prod

utos

Part

icip

ação

(%) d

os p

rinci

pais

forn

eced

ores

dess

e m

erca

do n

o bi

ênio

201

5/16

1º2º

3ºP

aís

%

Paí

s %

Paí

s %

No

S.H

.D

escr

ição

Nº a

23 1

302-

20M

atér

ias

péct

icas

, pec

tinat

os e

pec

tato

s1

Est

ados

Uni

dos

39,3

Din

amar

ca34

,3B

rasi

l10

,724

150

7-10

Óle

o de

soj

a, e

m b

ruto

, mes

mo

dego

mad

o3

Arg

entin

a54

,4E

stad

os U

nido

s22

,7Vi

etnã

17,5

25 1

601-

00E

nchi

dos

e pr

odut

os s

emel

hant

es d

e ca

rne,

miu

deza

s ou

san

gue;

pr

epar

açõe

s al

imen

tícia

s à

base

de

tais

pro

duto

s2

Est

ados

Uni

dos

92,7

Din

amar

ca3,

6E

span

ha1,

2

26 1

602-

32P

repa

raçõ

es a

limen

tícia

s e

cons

erva

s de

gal

os e

de

galin

has

3Ta

ilând

ia82

,6C

hina

15,9

Est

ados

Uni

dos

1,4

27 1

603-

00E

xtra

tos

e su

cos

de c

arne

s, d

e pe

ixes

ou

de c

rust

áceo

s ou

de

outro

s in

verte

brad

os a

quát

icos

5N

ova

Zelâ

ndia

42,1

Aus

trália

18,6

Viet

nã17

,0

28 1

701-

99O

utro

s aç

úcar

es d

e ca

na, d

e be

terr

aba

e sa

caro

se q

uim

icam

ente

pu

ra, n

o es

tado

sól

ido

1Ta

ilând

ia64

,2M

alás

ia18

,5E

mira

dos

Ára

bes

Uni

dos

4,6

29 1

804-

00M

ante

iga,

gor

dura

e ó

leo

de c

acau

1M

alás

ia40

,9P

aíse

s B

aixo

s30

,4C

inga

pura

24,3

30 1

805-

00C

acau

em

pó,

sem

adi

ção

de a

çúca

r ou

outro

s ed

ulco

rant

es1

Paí

ses

Bai

xos

33,1

Cin

gapu

ra26

,5M

alás

ia12

,731

200

9-80

Suc

os d

e ou

tras

fruta

s ou

de

prod

utos

hor

tícol

as, n

ão fe

rmen

tado

s5

Est

ados

Uni

dos

25,3

Chi

na14

,4P

olôn

ia9,

532

210

2-20

Leve

dura

s m

orta

s e

outro

s m

icro

orga

nism

os m

onoc

elul

ares

mor

tos

7E

stad

os U

nido

s24

,8C

hina

15,5

Aus

trália

10,4

33 2

106-

10C

once

ntra

dos

de p

rote

ínas

e s

ubst

ânci

as p

roté

icas

text

uriz

adas

3E

stad

os U

nido

s38

,1C

hina

34,3

Japã

o7,

4

34 2

308-

00M

atér

ias

vege

tais

, sub

prod

utos

, res

íduo

s e

desp

erdí

cios

veg

etai

s,

utili

zado

s na

alim

enta

ção

de a

nim

ais

4C

hina

74,1

Índi

a8,

6Vi

etnã

8,3

35 2

309-

90O

utra

s pr

epar

açõe

s pa

ra a

limen

taçã

o de

ani

mai

s16

Est

ados

Uni

dos

28,9

Chi

na20

,9A

ustrá

lia6,

9Pr

odut

os tê

xtei

s

36 5

603-

11Fa

lsos

teci

dos

de fi

lam

ento

s si

ntét

icos

ou

artifi

ciai

s, d

e pe

so <

= 25

g/

2C

hina

58,8

Japã

o19

,6E

stad

os U

nido

s9,

8

37 5

806-

32O

utra

s fit

as d

e fib

ras

sint

étic

as o

u ar

tifici

ais

1C

hina

44,2

Filip

inas

23,1

Indo

nési

a8,

2

38 5

911-

32Te

cido

s e

feltr

os s

em fi

m, u

tiliz

ados

em

máq

uina

s pa

ra fa

bric

ação

de

pape

l, de

pes

o =>

650

g/m

²1

Chi

na31

,6Ja

pão

12,6

Ale

man

ha10

,7

Con

fecç

ão d

e ar

tigos

do

vest

uário

e a

cess

ório

s

39 4

302-

19P

elet

eria

(pel

es c

om p

êlo)

cur

tida

ou a

caba

da d

e ou

tros

anim

ais,

in

teira

, não

reun

ida

10C

hina

22,7

Turq

uia

22,5

Esp

anha

21,2

Cou

ros,

art

efat

os d

e co

uro,

art

igos

par

a vi

agem

e c

alça

dos

40 4

104-

19O

utro

s co

uros

e p

eles

cur

tidos

, de

bovi

nos

ou d

e eq

uíde

os, d

epila

dos,

no

est

ado

úmid

o (in

clui

ndo

"wet

blu

e")

1Itá

lia28

,7E

stad

os U

nido

s27

,7M

éxic

o10

,1

41 4

107-

11C

ouro

s e

pele

s in

teiro

s, d

e bo

vino

s ou

de

equí

deos

, pre

para

dos

após

cu

rtim

enta

ou

seca

gem

e c

ouro

s e

pele

s ap

erga

min

hado

s, d

epila

dos,

pl

ena

flor,

não

divi

dido

s 1

Índi

a73

,0Tu

rqui

a8,

2Itá

lia5,

8

42 6

406-

10P

arte

s su

perio

res

de c

alça

dos

e se

us c

ompo

nent

es, e

xcet

o co

ntra

forte

s e

biqu

eira

s ríg

idas

2C

hina

58,2

Viet

nã27

,2In

doné

sia

8,3

Prod

utos

de

mad

eira

43 4

401-

22M

adei

ra d

e nã

o co

nífe

ras,

em

est

ilhas

ou

em p

artíc

ulas

2Vi

etnã

92,7

Tailâ

ndia

5,8

Mal

ásia

0,4

44 4

407-

99O

utra

s m

adei

ras,

ser

rada

s, c

orta

das

em fo

lhas

ou

dese

nrol

adas

, de

espe

ssur

a >

6 m

m13

Chi

na23

,3Vi

etnã

21,1

Mal

ásia

18,0

Page 73: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

73ANEXOS

Prod

utos

Part

icip

ação

(%) d

os p

rinci

pais

forn

eced

ores

dess

e m

erca

do n

o bi

ênio

201

5/16

1º2º

3ºP

aís

%

Paí

s %

Paí

s %

No

S.H

.D

escr

ição

Nº a

45 4

409-

10M

adei

ra d

e co

nífe

ras

(incl

uido

s os

taco

s e

friso

s de

par

quê

não

mon

tado

s), p

erfil

ada

ao lo

ngo

de u

ma

ou m

ais

bord

as, f

aces

ou

estre

mid

ades

3C

hina

25,7

Letô

nia

20,1

Est

ônia

19,4

46 4

409-

29O

utra

s m

adei

ras

(incl

uido

s os

taco

s e

friso

s de

par

quê

não

mon

tado

s),

perfi

lada

s ao

long

o de

um

a ou

mai

s bo

rdas

, fac

es o

u es

trem

idad

es, d

e nã

o co

nífe

ras

3In

doné

sia

57,4

Chi

na21

,4M

alás

ia12

,5

47 4

411-

92P

ainé

is d

e fib

ra d

e m

adei

ra o

u de

out

ras

mat

éria

s le

nhos

as, m

esm

o ag

lom

erad

as c

om re

sina

s ou

out

ros

algu

tinan

tes

orgâ

nico

s, c

om

dens

idad

e su

perio

r a 0

,8 g

/cm

³4

Chi

na96

,5Ta

ilând

ia1,

4A

lem

anha

1,0

48 4

412-

39O

utra

s m

adei

ras

com

pens

adas

con

stitu

ídas

por

folh

as d

e m

adei

ra

(exc

eto

bam

bu),

cada

um

a da

s qu

ais

de e

spes

sura

<=

6 m

m4

Chi

na88

,5Vi

etnã

4,3

Indo

nési

a2,

8

49 4

418-

20P

orta

s e

resp

ectiv

os c

aixi

lhos

, aliz

ares

e s

olei

ras,

de

mad

eira

1C

hina

39,4

Indo

nési

a30

,8Vi

etnã

11,1

Cel

ulos

e, p

apel

e p

rodu

tos

de p

apel

50 4

702-

00P

asta

quí

mic

a de

mad

eira

, par

a di

ssol

ução

1Fr

ança

50,6

Est

ados

Uni

dos

39,1

Nor

uega

8,0

51 4

703-

21P

asta

quí

mic

a de

mad

eira

de

coní

fera

, à s

oda

ou a

o su

lfato

se

mib

ranq

uead

a ou

bra

nque

ada

2E

stad

os U

nido

s23

,5C

anad

á21

,8C

hile

20,5

52 4

802-

55P

apéi

s e

cartõ

es, n

ão re

vest

idos

, con

tend

o <=

10%

de

fibra

s ob

tidas

po

r pro

cess

o m

ecân

ico

ou q

uím

ico-

mec

ânic

o, d

e pe

so =

> 40

g/m

² mas

o >

150

g/m

², em

rolo

s7

Chi

na53

,2Ja

pão

14,5

Ale

man

ha8,

4

53 4

802-

57O

utro

s pa

péis

e c

artõ

es n

ão re

vest

idos

, con

tend

o <=

10%

de

fibra

s ob

tidas

por

pro

cess

o m

ecân

ico

ou q

uím

ico-

mec

ânic

o, d

e pe

so =

> 40

g/

m² m

as n

ão >

150

g/m

², em

rolo

s ou

folh

as7

Chi

na63

,0In

doné

sia

12,4

Japã

o7,

6

54 4

804-

11P

apel

e c

artã

o "k

raftl

iner

", nã

o re

vest

idos

, par

a co

bertu

ra, c

rus,

em

ro

los

ou fo

lhas

1E

stad

os U

nido

s63

,6N

ova

Zelâ

ndia

18,6

Japã

o7,

6

55 4

804-

31P

apel

e c

artã

o kr

aft,

crus

, não

reve

stid

os, d

e pe

so <

= 15

0 g/

m²,

em

rolo

s ou

folh

as4

Japã

o60

,9E

stad

os U

nido

s13

,8P

aíse

s B

aixo

s5,

3

56 4

810-

29O

utro

s pa

péis

e c

artõ

es, p

ara

escr

ita o

u im

pres

são,

reve

stid

os d

e ca

ulim

, con

tend

o m

ais

de 1

0% d

as fi

bras

obt

idas

por

pro

cess

o m

ecân

ico,

em

rolo

s ou

folh

as1

Japã

o38

,0Fi

nlân

dia

27,8

Chi

na10

,2

57 4

811-

59O

utro

s pa

péis

e c

artõ

es c

olor

idos

ou

deco

rado

s à

supe

rfíci

e ou

im

pres

sos,

reve

stid

os, i

mpr

egna

dos

ou re

cobe

rtos

de p

lást

ico,

em

ro

los

ou fo

lhas

1Ja

pão

56,8

Chi

na17

,3A

lem

anha

8,0

Prod

utos

quí

mic

os58

280

4-69

Out

ros

silíc

ios

1C

hina

82,6

Nor

uega

7,2

Áfri

ca d

o S

ul5,

359

281

8-30

Hid

róxi

do d

e al

umín

io2

Chi

na58

,8Ja

pão

12,5

Ale

man

ha7,

660

282

1-10

Óxi

dos

e hi

dróx

idos

de

ferr

o2

Chi

na49

,1A

lem

anha

24,9

Est

ados

Uni

dos

10,0

61 2

825-

90O

utra

s ba

ses

inor

gâni

cas;

óxi

dos,

hid

róxi

dos

e pe

róxi

dos

de o

utro

s m

etai

s12

Chi

na82

,9Ja

pão

8,8

Itália

2,7

62 2

849-

20C

arbo

neto

de

silíc

io, q

uim

icam

ente

defi

nido

ou

não

1C

hina

77,2

Japã

o9,

0N

orue

ga4,

463

290

1-29

Out

ros

hidr

ocar

bone

tos

acíc

licos

não

sat

urad

os3

Est

ados

Uni

dos

43,4

Can

adá

25,7

Japã

o12

,2

Page 74: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

74NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

74

Prod

utos

Part

icip

ação

(%) d

os p

rinci

pais

forn

eced

ores

dess

e m

erca

do n

o bi

ênio

201

5/16

1º2º

3ºP

aís

%

Paí

s %

Paí

s %

No

S.H

.D

escr

ição

Nº a

64 2

902-

20B

enze

no1

Japã

o85

,0C

hina

14,9

Est

ados

Uni

dos

0,0

65 2

905-

45G

licer

ol1

Mal

ásia

67,2

Indo

nési

a25

,3Ta

ilând

ia2,

8

66 2

909-

19O

utro

s ét

eres

ací

clic

os e

seu

s de

rivad

os h

alog

enad

os, s

ulfo

nado

s,

nitra

dos

ou n

itros

ados

3C

hina

17,3

Tailâ

ndia

16,3

Ará

bia

Sau

dita

8,2

67 2

916-

14É

ster

es d

o ác

ido

met

acríl

ico

2Ja

pão

65,4

Tailâ

ndia

10,0

Chi

na4,

968

291

7-36

Áci

do te

reftá

lico

e se

us s

ais

2Ja

pão

75,7

Chi

na11

,6Ín

dia

6,2

69 2

918-

19O

utro

s ác

idos

car

boxí

licos

de

funç

ão á

lcoo

l, m

as s

em o

utra

funç

ão

oxig

enad

a, s

eus

anid

ridos

, hal

ogen

etos

, per

óxid

os, p

erác

idos

e s

eus

deriv

ados

9C

hina

56,2

Japã

o28

,0Itá

lia4,

5

70 2

922-

41Li

sina

e s

eus

éste

res

e sa

is3

Chi

na59

,1In

doné

sia

31,1

Japã

o3,

571

292

2-42

Áci

do g

lutâ

mic

o e

seus

sai

s3

Indo

nési

a59

,0C

hina

37,7

Japã

o1,

372

292

3-20

Leci

tinas

e o

utro

s fo

sfoa

min

olip

ídio

s2

Ale

man

ha27

,8C

hina

21,6

Est

ados

Uni

dos

11,5

73 2

933-

39O

utro

s co

mpo

stos

het

eroc

íclic

os 1

(hum

) cic

lo p

iridi

na n

ão

cond

ensa

do6

Japã

o30

,1C

hina

24,3

Ale

man

ha15

,0

74 3

105-

20A

dubo

s ou

ferti

lizan

tes

cont

endo

nitr

ogên

io, f

ósfo

ro e

pot

ássi

o1

Chi

na19

,2P

aíse

s B

aixo

s12

,4E

stad

os U

nido

s11

,8

75 3

301-

90S

oluç

ões

conc

entra

das,

sub

prod

utos

terp

ênic

os e

sol

uçõe

s aq

uosa

s de

óle

os e

ssen

ciai

s; ó

leor

essi

nas

de e

xtra

ção

13Ín

dia

52,1

Esp

anha

15,8

Chi

na13

,0

76 3

306-

90O

utra

s pr

epar

açõe

s pa

ra h

igie

ne b

ucal

ou

dent

ária

2Ta

ilând

ia60

,0E

stad

os U

nido

s22

,6Irl

anda

9,1

77 3

401-

11S

abõe

s, p

rodu

tos

ou p

repa

raçõ

es te

nsoa

tivos

de

touc

ador

, inc

luíd

os

os d

e us

o m

edic

inal

2E

stad

os U

nido

s52

,9In

doné

sia

11,6

Mal

ásia

6,6

78 3

402-

13A

gent

es o

rgân

icos

de

supe

rfíci

e, n

ão iô

nico

s, m

esm

o ac

ondi

cion

ados

pa

ra v

enda

a re

talh

o2

Japã

o41

,4C

hina

15,6

Ale

man

ha13

,7

79 3

402-

90O

utra

s pr

epar

açõe

s te

nsoa

tivas

e p

repa

raçõ

es p

ara

lava

gem

e

limpe

za3

Est

ados

Uni

dos

38,8

Chi

na16

,4Ja

pão

15,7

80 3

503-

00G

elat

inas

e s

eus

deriv

ados

; ict

ioco

la e

out

ras

cola

s de

orig

em a

nim

al,

exce

to c

ola

de c

aseí

na4

Chi

na27

,3E

stad

os U

nido

s15

,9S

uéci

a15

,0

81 3

506-

91A

desi

vos

à ba

se d

e po

límer

os d

as p

osiç

ões

3901

a 3

913

ou d

e bo

rrac

ha1

Japã

o49

,5C

hina

15,7

Est

ados

Uni

dos

15,3

82 3

507-

90O

utra

s en

zim

as p

repa

rada

s15

Chi

na29

,7D

inam

arca

17,9

Japã

o12

,6

83 3

701-

30O

utra

s ch

apas

e fi

lmes

pla

nos,

sen

sibi

lizad

os, n

ão im

pres

sion

ados

, co

m u

m d

os la

dos

> 25

5 m

m7

Chi

na50

,7Ja

pão

20,9

Mal

ásia

7,0

84 3

806-

10C

olof

ônia

s e

ácid

os re

síni

cos

2C

hina

63,4

Viet

nã22

,1In

doné

sia

10,8

85 3

808-

91In

setic

idas

2E

stad

os U

nido

s26

,8C

inga

pura

23,4

Japã

o12

,286

380

8-92

Fung

icid

as2

Japã

o20

,1C

olôm

bia

18,6

Est

ados

Uni

dos

17,6

87 3

808-

93H

erbi

cida

s, in

ibid

ores

de

germ

inaç

ão e

regu

lado

res

de c

resc

imen

to

para

pla

ntas

3E

stad

os U

nido

s40

,9Ja

pão

12,0

Chi

na12

,0

88 3

811-

21A

ditiv

os c

onte

ndo

óleo

de

petró

leo

ou d

e m

iner

ais

betu

min

osos

, par

a ól

eos

lubr

ifica

ntes

1C

inga

pura

37,9

Est

ados

Uni

dos

29,6

Fran

ça10

,7

Page 75: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

75ANEXOS

Prod

utos

Part

icip

ação

(%) d

os p

rinci

pais

forn

eced

ores

dess

e m

erca

do n

o bi

ênio

201

5/16

1º2º

3ºP

aís

%

Paí

s %

Paí

s %

No

S.H

.D

escr

ição

Nº a

89 3

901-

10P

olie

tilen

o de

den

sida

de <

0,9

4, e

m fo

rma

prim

ária

2S

uéci

a21

,7A

rábi

a S

audi

ta19

,5M

alás

ia12

,2

90 3

901-

20P

olie

tilen

o de

den

sida

de =

> 0,

94, e

m fo

rma

prim

ária

2E

stad

os U

nido

s25

,2Ja

pão

18,1

Cat

ar14

,291

390

2-10

Pol

ipro

pile

no, e

m fo

rma

prim

ária

1C

hina

14,4

Est

ados

Uni

dos

14,2

Japã

o13

,892

390

2-30

Cop

olím

eros

de

prop

ileno

, em

form

as p

rimár

ias

1E

stad

os U

nido

s32

,1C

inga

pura

22,7

Paí

ses

Bai

xos

11,7

93 3

904-

10P

olic

lore

to d

e vi

nila

, não

mis

tura

do c

om o

utra

s su

bstâ

ncia

s, fo

rma

prim

ária

1E

stad

os U

nido

s31

,0C

hina

30,4

Bél

gica

12,8

94 3

906-

90O

utro

s po

límer

os a

críli

cos,

em

form

as p

rimár

ias

2Ja

pão

41,9

Est

ados

Uni

dos

18,8

Chi

na8,

895

390

7-20

Out

ros

polié

tere

s, e

m fo

rmas

prim

ária

s4

Chi

na36

,0Ta

ilând

ia15

,2E

stad

os U

nido

s14

,096

390

7-60

Tere

ftala

to d

e po

lietil

eno,

em

form

a pr

imár

ia1

Chi

na30

,5Ja

pão

24,5

Mal

ásia

12,1

97 4

002-

19O

utra

s bo

rrac

has

de e

stire

no-b

utad

ieno

ou

de e

stire

no-b

utad

ieno

-ca

rbox

ilada

s, e

m fo

rmas

prim

ária

s ou

em

cha

pas,

folh

as o

u tir

as1

Japã

o36

,7C

inga

pura

15,8

Fran

ça15

,2

98 5

402-

44O

utro

s fio

s si

mpl

es d

e el

astô

mer

os, s

em to

rçao

ou

com

torç

ão <

= 50

vo

ltas

por m

etro

1C

hina

62,9

Viet

nã27

,2C

inga

pura

7,9

Prod

utos

farm

oquí

mic

os e

farm

acêu

ticos

99 2

941-

90O

utro

s an

tibió

ticos

7C

hina

41,2

Japã

o24

,8Ín

dia

15,0

100

300

2-30

Vaci

nas

para

med

icin

a ve

terin

ária

2E

stad

os U

nido

s46

,8R

eino

Uni

do26

,9P

aíse

s B

aixo

s11

,4

101

300

4-39

Out

ros

med

icam

ento

s co

nten

do h

orm

ônio

s ou

out

ros

prod

utos

da

posi

ção

2937

, mas

não

ant

ibió

ticos

, em

dos

es, p

ara

vend

a a

reta

lho

9E

stad

os U

nido

s16

,7A

lem

anha

15,9

Itália

10,0

102

300

5-10

Pen

sos

ades

ivos

e o

utro

s ar

tigos

com

um

a ca

mad

a ad

esiv

a,

impr

egna

dos

ou re

cobe

rtos

de s

ubst

ânci

as fa

rmac

êutic

as o

u ac

ondi

cion

ados

par

a ve

nda

a re

talh

o, p

ara

usos

med

icin

ais,

cirú

rgic

os

dent

ário

s ou

vet

erin

ário

s,

2E

stad

os U

nido

s34

,5Ja

pão

30,9

Chi

na12

,3

103

300

6-10

Cat

egut

es e

ster

iliza

dos

e m

ater

iais

est

erili

zado

s se

mel

hant

es p

ara

sutu

ras

cirú

rgic

as; l

amin

ária

s es

teril

izad

as, h

emos

tátic

os a

bsor

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is

este

riliz

ados

, bar

reira

s an

tiade

rent

es e

ster

iliza

das,

par

a ci

rugi

a ou

od

onto

logi

a

8E

stad

os U

nido

s48

,3R

eino

Uni

do13

,3R

epúb

lica

Dom

inic

ana

13,0

104

300

6-60

Pre

para

ções

quí

mic

as c

ontra

cept

ivas

à b

ase

de h

orm

ônio

s, d

e ou

tros

prod

utos

da

posi

ção

2937

ou

de e

sper

mic

idas

1A

lem

anha

31,6

Paí

ses

Bai

xos

29,1

Finl

ândi

a19

,4

Prod

utos

de

borr

acha

e d

e m

ater

ial p

lást

ico

105

391

7-10

Trip

as a

rtific

iais

de

prot

eína

s en

dure

cida

s ou

de

plás

ticos

cel

ulós

icos

2R

epúb

lica

Tche

ca44

,9R

eino

Uni

do16

,5A

lem

anha

14,3

106

391

7-39

Out

ros

tubo

s fle

xíve

is d

e pl

ástic

o, in

clus

ive

com

ace

ssór

ios

3M

alás

ia28

,4C

inga

pura

16,8

Japã

o11

,7

107

392

0-43

Cha

pas,

folh

as, t

iras,

fita

s, p

elíc

ulas

, de

polím

eros

de

clor

eto

de v

inila

, co

m c

onte

údo

de p

last

ifica

nte

=> 6

% e

m p

eso,

sem

sup

orte

, não

re

forç

adas

1Ja

pão

84,0

Chi

na6,

0Vi

etnã

2,2

108

401

1-20

Pne

us n

ovos

de

borr

acha

dos

tipo

s ut

iliza

dos

em ô

nibu

s ou

cam

inhõ

es5

Chi

na53

,3Ta

ilând

ia18

,8Ja

pão

8,0

Page 76: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

76NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

76

Prod

utos

Part

icip

ação

(%) d

os p

rinci

pais

forn

eced

ores

dess

e m

erca

do n

o bi

ênio

201

5/16

1º2º

3ºP

aís

%

Paí

s %

Paí

s %

No

S.H

.D

escr

ição

Nº a

109

401

1-94

Out

ros

pneu

s no

vos

de b

orra

cha

dos

tipos

util

izad

os e

m v

eícu

los

e m

áqui

nas

próp

rios

para

con

stru

ções

ou

man

uten

ção

indu

stria

l, pa

ra

aros

de

diâm

etro

> 6

1 cm

1C

hina

44,1

Japã

o27

,9Ín

dia

10,9

110

401

1-99

Out

ros

pneu

s no

vos

de b

orra

cha

1C

hina

63,6

Esp

anha

5,8

Mal

ásia

2,6

111

401

6-93

Junt

as, g

axet

as e

sem

elha

ntes

de

borr

acha

vul

cani

zada

não

en

dure

cida

1C

hina

21,5

Est

ados

Uni

dos

18,0

Japã

o17

,1

112

401

6-99

Out

ras

obra

s de

bor

rach

a vu

lcan

izad

a, n

ão e

ndur

ecid

a5

Chi

na26

,7Ja

pão

19,9

Viet

nã10

,6Pr

odut

os d

e m

iner

ais

não-

met

álic

os11

3 2

818-

10C

orin

do a

rtific

ial,

quim

icam

ente

defi

nido

ou

não

2C

hina

67,2

Japã

o19

,8E

stad

os U

nido

s4,

6

114

680

2-29

Out

ras

pedr

as d

e ca

ntar

ia, t

alha

das

ou s

erra

das,

de

supe

rfíci

e pl

ana

ou li

sa2

Chi

na52

,9Vi

etnã

28,1

Paq

uist

ão3,

7

115

680

2-91

Már

mor

e, tr

aver

tino

e al

abas

tro, t

raba

lhad

os d

e ou

tro m

odo

e su

as

obra

s3

Chi

na62

,8Itá

lia13

,0O

5,2

116

680

2-93

Gra

nito

s tra

balh

ados

de

outro

mod

o e

suas

obr

as1

Chi

na98

,8Itá

lia0,

3B

rasi

l0,

311

7 6

802-

99O

utra

s pe

dras

de

cant

aria

trab

alha

das

de o

utro

mod

o e

suas

obr

as1

Chi

na78

,7Vi

etnã

8,5

Indo

nési

a3,

211

8 6

804-

22O

utro

s m

ós d

e ou

tros

abra

sivo

s ag

lom

erad

os o

u de

cer

âmic

a1

Japã

o24

,6C

hina

20,5

Est

ados

Uni

dos

20,3

119

681

3-89

Out

ras

guar

niçõ

es d

e fri

cção

, não

mon

tada

s, n

ão c

onte

ndo

amia

nto

2E

stad

os U

nido

s83

,6C

hina

9,7

Fran

ça3,

1

120

690

2-10

Tijo

los,

pla

cas,

ladr

ilhos

e p

eças

cer

âmic

as s

emel

hant

es, p

ara

cons

truçã

o, re

fratá

rios,

con

tend

o >

50%

em

pes

o do

s el

emen

tos

Mg,

C

a, o

u C

r, to

mad

os is

olad

amen

te o

u em

con

junt

o, e

xpre

ssos

em

MgO

, C

aO2

ou C

r2O

3

1C

hina

86,8

Ale

man

ha5,

0E

stad

os U

nido

s3,

4

121

690

8-90

Out

ros

ladr

ilhos

e a

rtigo

s se

mel

hant

es, d

e ce

râm

ica,

vid

rado

s ou

es

mal

tado

s2

Chi

na80

,3E

span

ha4,

5Itá

lia3,

4

122

700

5-21

Out

ro v

idro

flot

ado

não

arm

ado,

cor

ado

na m

assa

, opa

cific

ado,

fo

lhea

do (c

hape

ado)

, ou

sim

ples

men

te d

esba

stad

o, e

m c

hapa

s ou

fo

lhas

9C

hina

78,3

Tailâ

ndia

6,8

Est

ados

Uni

dos

6,7

123

701

9-12

Mec

has

ligei

ram

ente

torc

idas

("ro

ving

s"),

de fi

bras

de

vidr

o1

Chi

na93

,8M

alás

ia3,

4Ja

pão

1,4

Met

alur

gia

124

281

8-20

Óxi

dos

de a

lum

ínio

, exc

eto

corin

do a

rtific

ial

1Ja

pão

40,1

Aus

trália

17,0

Ale

man

ha9,

8

125

710

8-13

Our

o (in

cluí

do o

our

o pl

atin

ado)

em

out

ras

form

as s

emim

anuf

atur

adas

, pa

ra u

sos

não

mon

etár

ios

5A

lem

anha

37,6

Em

irado

s Á

rabe

s U

nido

s19

,0H

ong

Kon

g13

,3

126

711

2-99

Res

íduo

s e

desp

erdí

cios

de

prat

a ou

de

met

ais

folh

eado

s ou

ch

apea

dos

de p

rata

3C

hile

51,7

Esp

anha

25,7

Índi

a4,

9

127

720

1-10

Ferr

o fu

ndid

o br

uto

não

ligad

o, c

onte

ndo,

em

pes

o <=

0,5

% d

e fó

sfor

o3

Rús

sia

47,1

Chi

na23

,3Á

frica

do

Sul

7,0

128

720

2-21

Ferr

ossi

lício

, con

tend

o em

pes

o >

55%

de

silíc

io1

Chi

na70

,6R

ússi

a21

,5M

alás

ia4,

412

9 7

202-

49O

utra

s lig

as d

e fe

rroc

rom

o1

Chi

na36

,1R

ússi

a34

,0C

azaq

uist

ão25

,713

0 7

202-

99O

utro

s fe

rrol

igas

2C

hina

91,9

Japã

o3,

6R

eino

Uni

do1,

9

Page 77: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

77ANEXOS

Prod

utos

Part

icip

ação

(%) d

os p

rinci

pais

forn

eced

ores

dess

e m

erca

do n

o bi

ênio

201

5/16

1º2º

3ºP

aís

%

Paí

s %

Paí

s %

No

S.H

.D

escr

ição

Nº a

131

720

7-20

Out

ros

prod

utos

sem

iman

ufat

urad

os, d

e fe

rro

ou a

ços,

não

liga

dos,

co

nten

do e

m p

eso

=> 0

,25%

de

carb

ono

5C

hina

67,5

Japã

o26

,1B

rasi

l3,

4

132

720

8-38

Pro

duto

s la

min

ados

pla

nos,

de

ferr

o ou

aço

s nã

o lig

ados

, de

larg

ura

=> 6

00 m

m, e

m ro

los,

lam

inad

os a

que

nte,

de

espe

ssur

a =>

3 m

m e

<

4,75

mm

, não

folh

eado

s ne

m re

vest

idos

2Ja

pão

54,1

Chi

na44

,3A

ustrá

lia0,

8

133

720

9-16

Pro

duto

s la

min

ados

pla

nos,

de

ferr

o ou

aço

s nã

o lig

ados

, de

larg

ura

=> 6

00 m

m, e

m ro

los,

lam

inad

os a

frio

, de

espe

ssur

a >

1 m

m e

< 3

m

m, n

ão fo

lhea

dos

nem

reve

stid

os2

Chi

na72

,3Ja

pão

19,1

Viet

nã7,

2

134

721

0-12

Pro

duto

s la

min

ados

pla

nos,

de

ferr

o ou

aço

s nã

o lig

ados

, de

larg

ura

=> 6

00 m

m, e

stan

hado

s, d

e es

pess

ura

< 0,

5 m

m1

Chi

na70

,3Ja

pão

9,8

Est

ados

Uni

dos

2,5

135

721

0-49

Out

ros

prod

utos

lam

inad

os p

lano

s, d

e fe

rro

ou a

ços

não

ligad

os, d

e la

rgur

a =>

600

mm

, gal

vani

zado

s po

r out

ro p

roce

sso

4C

hina

89,0

Japã

o10

,1A

lem

anha

0,2

136

721

0-61

Pro

duto

s la

min

ados

pla

nos,

de

ferr

o ou

aço

s nã

o lig

ados

, de

larg

ura

=> 6

00 m

m, r

eves

tidos

de

ligas

de

alum

ínio

-zin

co1

Chi

na91

,4Ja

pão

5,8

Aus

trália

2,2

137

721

4-20

Bar

ras

de fe

rro

ou a

ços

não

ligad

as, l

amin

adas

a q

uent

e, d

enta

das,

co

m n

ervu

ras,

sul

cos

ou re

levo

s, o

btid

os d

uran

te a

lam

inag

em, o

u to

rcid

as a

pós

a la

min

agem

2C

hina

86,2

Japã

o11

,5Vi

etnã

1,9

138

721

6-32

Per

fis d

e fe

rro

ou a

ços

não

ligad

os, e

m I,

lam

inad

os, e

stira

dos

ou

extru

dado

s a

quen

te, a

ltura

=>

80 m

m1

Japã

o75

,5C

hina

22,1

Est

ados

Uni

dos

1,1

139

722

5-30

Pro

duto

s la

min

ados

pla

nos,

de

outra

s lig

as d

e aç

os, d

e la

rgur

a =>

600

m

m, l

amin

ados

a q

uent

e, e

m ro

los

5C

hina

93,4

Japã

o1,

8Fr

ança

0,1

140

722

8-50

Bar

ras

de o

utra

s lig

as d

e aç

os, o

btid

as o

u co

mpl

etam

ente

aca

bada

s a

frio

1C

anad

á53

,7Ja

pão

20,2

Chi

na9,

8

141

730

7-19

Out

ros

aces

sório

s m

olda

dos

para

tubo

s, d

e fe

rro

fund

ido,

ferr

o ou

aço

1C

hina

86,1

Viet

nã4,

3E

stad

os U

nido

s3,

414

2 7

307-

99O

utro

s ac

essó

rios

para

tubo

s, d

e fe

rro

fund

ido,

ferr

o ou

aço

2C

hina

28,4

Est

ados

Uni

dos

19,0

Itália

10,3

143

740

8-11

Fios

de

cobr

e re

finad

o, c

om a

mai

or d

imen

são

da s

eção

tran

sver

sal >

6

mm

1C

hile

59,2

Est

ados

Uni

dos

18,8

Ale

man

ha16

,2

144

741

1-10

Tubo

s de

cob

re re

finad

o (a

finad

o)1

Chi

na50

,5Vi

etnã

19,2

Mal

ásia

16,2

145

760

1-10

Alu

mín

io n

ão li

gado

em

form

a br

uta

1A

ustrá

lia33

,5Ín

dia

22,9

Ará

bia

Sau

dita

9,6

146

790

1-11

Zinc

o nã

o lig

ado,

em

form

as b

ruta

s, c

onte

ndo,

em

pes

o, =

> 99

,99%

de

zin

co1

Índi

a74

,4B

élgi

ca9,

0P

eru

4,6

147

800

1-10

Est

anho

não

liga

do, e

m fo

rmas

bru

tas

1M

alás

ia48

,8In

doné

sia

36,7

Tailâ

ndia

13,2

148

811

2-99

Obr

as e

out

ros

prod

utos

de

gálio

, ger

mán

io, h

áfni

o, ín

dio,

nió

bio,

rêni

o e

vaná

dio

8E

stad

os U

nido

s40

,4C

hina

30,6

Japã

o16

,6

149

830

7-10

Tubo

s fle

xíve

is d

e fe

rro

ou a

ço, m

esm

o co

m a

cess

ório

s1

Fran

ça19

,7E

stad

os U

nido

s19

,3C

hina

16,0

Prod

utos

de

met

al, e

xcet

o m

áqui

nas

e eq

uipa

men

tos

150

730

9-00

Res

erva

tório

s, to

néis

, cub

as e

reci

pien

tes

sem

elha

ntes

, de

ferr

o fu

ndid

o, fe

rro

ou a

ço, d

e ca

paci

dade

> 3

00 li

tros,

sem

dis

posi

tivos

m

ecân

icos

nem

térm

icos

1C

hina

25,7

Est

ados

Uni

dos

13,7

Japã

o11

,3

Page 78: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

78NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

78

Prod

utos

Part

icip

ação

(%) d

os p

rinci

pais

forn

eced

ores

dess

e m

erca

do n

o bi

ênio

201

5/16

1º2º

3ºP

aís

%

Paí

s %

Paí

s %

No

S.H

.D

escr

ição

Nº a

151

731

1-00

Rec

ipie

ntes

par

a ga

ses

com

prim

idos

ou

lique

feito

s, d

e fe

rro

fund

ido,

fe

rro

ou a

ço3

Chi

na40

,0Ja

pão

16,5

Est

ados

Uni

dos

11,6

152

731

2-10

Cor

das

e ca

bos,

de

ferr

o ou

aço

, não

isol

ados

par

a us

os e

létri

cos

10C

hina

71,7

Viet

nã14

,9A

lem

anha

3,0

153

732

0-20

Mol

as h

elic

oida

is d

e fe

rro

ou a

ço5

Chi

na19

,8Ja

pão

18,2

Ale

man

ha16

,2

154

820

7-30

Ferr

amen

tas

inte

rcam

biáv

eis

de e

mbu

tir, e

stam

par o

u de

pun

cion

ar,

de m

etai

s co

mun

s4

Chi

na25

,7Ja

pão

20,2

Est

ados

Uni

dos

15,3

155

821

2-20

Lam

inas

de

barb

ear,

de s

egur

ança

, inc

luíd

os o

s es

boço

s em

tira

s, d

e m

etai

s co

mun

s1

Ale

man

ha92

,3P

olôn

ia3,

1E

stad

os U

nido

s1,

2

156

840

2-11

Cal

deira

s aq

uatu

bula

res

com

pro

duçã

o de

vap

or >

45

t por

hor

a1

Japã

o95

,2C

hina

4,7

Est

ados

Uni

dos

0,0

157

930

6-21

Car

tuch

os p

ara

espi

ngar

das

e ca

rabi

nas

de c

ano

liso

1E

stad

os U

nido

s86

,1A

lem

anha

6,2

Itália

2,9

Equi

pam

ento

s de

info

rmát

ica,

pro

duto

s el

etrô

nico

s e

óptic

os15

8 8

523-

52C

artõ

es in

telig

ente

s ("

smar

t car

ds")

, par

a gr

avaç

ão2

Chi

na52

,6Ja

pão

14,7

Índi

a6,

215

9 8

529-

90O

utra

s pa

rtes

dest

inad

as a

os a

pare

lhos

das

pos

içõe

s 85

.25

a 85

.28

16C

hina

35,4

Viet

nã13

,5E

stad

os U

nido

s10

,716

0 8

532-

22C

onde

nsad

ores

fixo

s el

etro

lític

os, d

e al

umín

io1

Chi

na59

,4Ja

pão

30,1

Tailâ

ndia

2,5

161

853

2-25

Con

dens

ador

es fi

xos

com

die

létri

cos

de p

apel

ou

de p

lást

icos

1C

hina

72,0

Ale

man

ha7,

0R

epúb

lica

Tche

ca4,

416

2 9

027-

10A

nalis

ador

es d

e ga

ses

ou d

e fu

maç

a (fu

mo)

1A

lem

anha

24,2

Est

ados

Uni

dos

21,9

Japã

o17

,516

3 9

028-

20C

onta

dore

s de

líqu

idos

3E

stad

os U

nido

s37

,7Ja

pão

16,3

Nor

uega

14,4

164

903

2-89

Out

ros

inst

rum

ento

s e

apar

elho

s pa

ra re

gula

ção

ou c

ontro

le,

auto

mát

icos

8C

hina

21,1

Est

ados

Uni

dos

16,7

Japã

o12

,2

Máq

uina

s, a

pare

lhos

e m

ater

iais

elé

tric

os16

5 8

501-

40O

utro

s m

otor

es, e

létri

cos,

de

corr

ente

alte

rnad

a, m

onof

ásic

os4

Chi

na69

,3Ja

pão

10,9

Viet

nã6,

1

166

850

1-52

Out

ros

mot

ores

elé

trico

s de

cor

rent

e al

tern

ada,

pol

ifási

cos,

de

potê

ncia

> 7

50 W

e <

= 75

kW

1C

hina

26,5

Japã

o21

,8A

lem

anha

16,3

167

850

1-53

Out

ros

mot

ores

elé

trico

s de

cor

rent

e al

tern

ada,

pol

ifási

cos,

de

potê

ncia

> 7

5 kW

3B

élgi

ca22

,5A

lem

anha

21,7

Est

ados

Uni

dos

13,7

168

850

2-13

Gru

pos

elet

rogê

neos

de

mot

or d

e pi

stão

, de

igni

ção

por c

ompr

essã

o,

de p

otên

cia

> 37

5 kV

A4

Est

ados

Uni

dos

32,3

Nor

uega

13,2

Japã

o11

,5

169

850

3-00

Par

tes

reco

nhec

ívei

s co

mo

dest

inad

as à

s m

áqui

nas

das

posi

ções

85

01ou

850

24

Chi

na28

,3Itá

lia17

,0Ja

pão

13,0

170

850

4-21

Tran

sfor

mad

ores

de

diel

étric

o líq

uido

, de

potê

ncia

<=

650

kVA

3E

stad

os U

nido

s44

,6Ja

pão

35,0

Ale

man

ha5,

517

1 8

504-

23Tr

ansf

orm

ador

es d

e di

elét

rico

líqui

do, d

e po

tênc

ia >

10.

000

kVA

1Ja

pão

33,6

Filip

inas

31,9

Finl

ândi

a10

,317

2 8

536-

20D

isju

ntor

es p

ara

tens

ão <

= 1

kV1

Chi

na36

,0E

stad

os U

nido

s13

,5Ja

pão

11,7

173

853

6-49

Out

ros

relé

s, p

ara

tens

ão >

60

V e

<=

1.00

0 V

1Ja

pão

19,6

Chi

na18

,4Fi

lipin

as9,

3

174

853

7-20

Qua

dros

, pai

néis

, con

sole

s co

m d

ois

ou m

ais

apar

elho

s da

s po

siçõ

es

85.3

5 ou

85.

36, p

ara

com

ando

ou

dist

ribui

ção

de e

nerg

ia e

létri

ca, p

ara

tens

ão >

1 k

V3

Nor

uega

18,1

Ale

man

ha11

,4C

anad

á8,

8

Page 79: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

79ANEXOS

Prod

utos

Part

icip

ação

(%) d

os p

rinci

pais

forn

eced

ores

dess

e m

erca

do n

o bi

ênio

201

5/16

1º2º

3ºP

aís

%

Paí

s %

Paí

s %

No

S.H

.D

escr

ição

Nº a

Máq

uina

s e

equi

pam

ento

s

175

840

8-90

Out

ros

mot

ores

de

pist

ão, d

e ig

niçã

o po

r com

pres

são,

die

sel o

u se

mid

iese

l7

Japã

o22

,7A

lem

anha

18,9

Rei

no U

nido

17,0

176

841

1-81

Out

ras

turb

inas

a g

ás, d

e po

tênc

ia <

= 5.

000

kW3

Est

ados

Uni

dos

42,1

Japã

o18

,6Fr

ança

15,7

177

841

2-21

Mot

ores

hid

rául

icos

, de

mov

imen

to re

tilín

eo (c

ilind

ros)

2E

stad

os U

nido

s19

,4C

hina

18,7

Paí

ses

Bai

xos

14,3

178

841

3-60

Out

ras

bom

bas

volu

mét

ricas

rota

tivas

5Ja

pão

20,6

Ale

man

ha17

,7E

stad

os U

nido

s13

,417

9 8

414-

30C

ompr

esso

res

para

equ

ipam

ento

s fri

gorífi

cos

2C

hina

45,9

Est

ados

Uni

dos

12,1

Tailâ

ndia

11,4

180

841

8-99

Out

ras

parte

s de

refri

gera

dore

s, c

onge

lado

res

e bo

mba

s de

cal

or2

Chi

na54

,7E

stad

os U

nido

s10

,2D

inam

arca

6,5

181

841

9-89

Out

ros

apar

elho

s e

disp

ositi

vos

para

trat

amen

to d

e m

atér

ias

por m

eio

de o

pera

ções

que

impl

ique

m m

udan

ça d

e te

mpe

ratu

ra10

Japã

o19

,9E

stad

os U

nido

s15

,0C

hina

12,6

182

842

1-29

Out

ros

apar

elho

s pa

ra fi

ltrar

ou

depu

rar l

íqui

dos

5Ja

pão

25,4

Est

ados

Uni

dos

19,6

Ale

man

ha16

,818

3 8

421-

39O

utro

s ap

arel

hos

para

filtr

ar o

u de

pura

r gas

es6

Est

ados

Uni

dos

19,5

Ale

man

ha14

,7C

hina

13,4

184

842

2-40

Out

ras

máq

uina

s e

apar

elho

s pa

ra e

mpa

cota

r ou

emba

lar m

erca

doria

s5

Japã

o34

,6A

lem

anha

16,7

Itália

15,3

185

842

4-81

Out

ros

apar

elho

s pa

ra a

gric

ultu

ra o

u ho

rticu

ltura

, par

a pr

ojet

ar o

u pu

lver

izar

líqu

idos

ou

pós

3Ja

pão

37,3

Chi

na25

,6Itá

lia9,

5

186

842

8-39

Out

ros

apar

elho

s el

evad

ores

ou

trans

porta

dore

s, d

e aç

ão c

ontín

ua,

para

mer

cado

rias

1Ja

pão

24,2

Ale

man

ha18

,2C

hina

9,9

187

842

9-40

Com

pact

ador

es e

rolo

s ou

cili

ndro

s co

mpr

esso

res,

aut

opro

puls

ores

2Ja

pão

55,1

Chi

na19

,6A

lem

anha

12,3

188

842

9-51

Car

rega

dora

s e

pás

carr

egad

oras

, de

carr

egam

ento

fron

tal,

auto

prop

ulso

res

9E

stad

os U

nido

s40

,8S

uéci

a28

,0B

élgi

ca15

,2

189

843

2-30

Sem

eado

res,

pla

ntad

ores

e tr

ansp

lant

ador

es4

Japã

o88

,6C

hina

9,5

Irã0,

7

190

843

3-90

Par

tes

de m

áqui

nas

e ap

arel

hos

para

col

heita

ou

debu

lha

de p

rodu

tos

agríc

olas

, ou

para

lim

par o

u se

leci

onar

ovo

s, fr

utas

ou

outro

s pr

odut

os

agríc

olas

3C

hina

34,1

Japã

o27

,6E

stad

os U

nido

s13

,1

191

843

6-80

Out

ras

máq

uina

s e

apar

elho

s pa

ra a

gric

ultu

ra, h

ortic

ultu

ra, s

ilvic

ultu

ra,

avic

ultu

ra o

u ap

icul

tura

1E

stad

os U

nido

s31

,6Ja

pão

16,4

Ale

man

ha15

,5

192

843

9-20

Máq

uina

s e

apar

elho

s pa

ra fa

bric

ação

de

pape

l ou

cartã

o3

Chi

na41

,3A

lem

anha

36,6

Japã

o15

,319

3 8

455-

30C

ilind

ros

de la

min

ador

es, d

e m

etai

s3

Japã

o53

,4C

hina

31,0

Est

ados

Uni

dos

8,3

194

846

2-10

Máq

uina

s-fe

rram

enta

s (in

cluí

das

as p

rens

as) p

ara

forja

r ou

esta

mpa

r, m

arte

los,

mar

telo

s-pi

lões

e m

artin

etes

2Ja

pão

46,3

Rús

sia

12,1

Chi

na7,

4

195

846

7-81

Ser

ras

de c

orre

nte,

hid

rául

icas

o d

e m

otor

não

elé

trico

, de

uso

man

ual

1Ja

pão

39,6

Chi

na20

,7S

uéci

a19

,6

196

846

7-89

Out

ras

ferr

amen

tas

hidr

áulic

as o

u de

mot

or n

ão e

létri

co, d

e us

o m

anua

l4

Japã

o38

,2E

stad

os U

nido

s12

,9C

hina

11,0

197

847

4-20

Máq

uina

s e

apar

elho

s pa

ra e

smag

ar, m

oer o

u pu

lver

izar

sub

stân

cias

m

iner

ais

sólid

as2

Chi

na29

,1Ja

pão

11,6

Finl

ândi

a10

,9

198

847

9-89

Out

ras

máq

uina

s e

apar

elho

s m

ecân

icos

com

funç

ão p

rópr

ia14

Est

ados

Uni

dos

26,4

Ale

man

ha11

,3Ja

pão

10,8

Page 80: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

80NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

80

Prod

utos

Part

icip

ação

(%) d

os p

rinci

pais

forn

eced

ores

dess

e m

erca

do n

o bi

ênio

201

5/16

1º2º

3ºP

aís

%

Paí

s %

Paí

s %

No

S.H

.D

escr

ição

Nº a

199

848

1-80

Torn

eira

s e

outro

s di

spos

itivo

s se

mel

hant

es p

ara

cana

lizaç

ões,

ca

ldei

ras,

rese

rvat

ório

s, c

ubas

e o

utro

s re

cipi

ente

s6

Chi

na18

,0Ja

pão

13,6

Est

ados

Uni

dos

12,7

200

848

2-10

Rol

amen

tos

de e

sfer

as2

Japã

o30

,4C

hina

28,8

Ale

man

ha8,

620

1 8

482-

20R

olam

ento

s de

role

tes

côni

cos

1Ja

pão

50,1

Est

ados

Uni

dos

13,5

Ale

man

ha10

,0

202

848

3-10

Árv

ores

(vei

os) d

e tra

nsm

issã

o, in

cluí

das

as d

e ex

cênt

ricos

(cam

es) e

vi

rabr

equi

ns (c

ambo

tas)

e m

aniv

elas

3C

hina

26,0

Japã

o14

,9A

lem

anha

11,3

203

848

3-30

Man

cais

(chu

mac

eira

s) s

em ro

lam

ento

s; "b

ronz

es"

2C

hina

22,0

Japã

o20

,7A

lem

anha

18,9

204

848

3-40

Eng

rena

gens

e ro

das

de fr

icçã

o, e

ixos

de

esfe

ras

ou d

e ro

lete

s; c

aixa

s de

tran

smis

são,

redu

tore

s, m

ultip

licad

ores

e v

aria

dore

s de

vel

ocid

ade

8A

lem

anha

26,5

Japã

o21

,8E

stad

os U

nido

s10

,2

205

848

3-50

Vola

ntes

e p

olia

s, in

cluí

das

as c

ader

nais

2C

hina

37,5

Can

adá

19,8

Ale

man

ha12

,8Ve

ícul

os a

utom

otor

es, r

eboq

ues

e ca

rroc

eria

s

206

840

7-34

Mot

ores

de

pist

ão a

ltern

ativ

o, d

e ig

niçã

o po

r cen

telh

a, p

ara

prop

ulsã

o de

veí

culo

s do

cap

ítulo

87,

de

cilin

drad

a >

1.00

0 cm

³2

Est

ados

Uni

dos

32,5

Aus

trália

23,9

Chi

na21

,9

207

840

9-99

Out

ras

parte

s pa

ra m

otor

es d

iese

l ou

sem

idie

sel

7Ja

pão

17,0

Ale

man

ha15

,7C

hina

13,1

208

841

3-30

Bom

bas

para

com

bust

ívei

s, lu

brifi

cant

es o

u líq

uido

s de

arr

efec

imen

to,

para

mot

ores

de

igni

ção

por c

ente

lha

ou p

or c

ompr

essã

o5

Ale

man

ha24

,4Ja

pão

16,3

Nor

uega

14,8

209

851

1-30

Dis

tribu

idor

es e

bob

inas

de

igni

ção

para

mot

ores

de

igni

ção

por

cent

elha

ou

por c

ompr

essã

o2

Chi

na32

,4M

éxic

o28

,1Ja

pão

19,0

210

870

1-20

Trat

ores

rodo

viár

ios

para

sem

i-reb

oque

s2

Ale

man

ha51

,9S

uéci

a23

,7P

aíse

s B

aixo

s20

,8

211

870

2-10

Veíc

ulos

aut

omóv

eis

para

tran

spor

te =

> 10

pes

soas

, com

mot

or d

e pi

stão

, de

igni

ção

por c

ompr

essã

o6

Ale

man

ha39

,8C

olôm

bia

8,9

Est

ados

Uni

dos

7,6

212

870

3-21

Aut

omóv

eis

de p

assa

geiro

s, in

cluí

dos

os v

eícu

los

de u

so m

isto

("

stat

ion

wag

ons"

) e o

s au

tom

óvei

s de

cor

rida,

com

mot

or d

e pi

stão

al

tern

ativ

o, d

e ig

niçã

o po

r cen

telh

a, d

e ci

lindr

ada

<= 1

.000

cm

³2

Japã

o55

,5C

hina

11,9

Ale

man

ha10

,3

213

870

3-23

Aut

omóv

eis

de p

assa

geiro

s, in

cluí

dos

os v

eícu

los

de u

so m

isto

("

stat

ion

wag

ons"

) e o

s au

tom

óvei

s de

cor

rida,

com

mot

or d

e pi

stão

al

tern

ativ

o, d

e ig

niçã

o po

r cen

telh

a, d

e ci

lindr

ada

> 1.

500

cm³ e

<=

3.00

0 cm

³

4A

lem

anha

44,7

Est

ados

Uni

dos

23,4

Japã

o22

,0

214

870

3-90

Out

ros

auto

móv

eis

de p

assa

geiro

s, in

cluí

dos

os v

eícu

los

de u

so m

isto

e

os a

utom

óvei

s de

cor

rida

2A

lem

anha

68,3

Est

ados

Uni

dos

27,5

Chi

na1,

2

215

870

4-22

Veíc

ulos

aut

omóv

eis

para

tran

spor

te d

e m

erca

doria

s, c

om m

otor

de

pist

ão, d

e ig

niçã

o po

r com

pres

são,

de

peso

em

car

ga m

áxim

a >

5 t e

<=

20

t7

Fran

ça63

,5A

lem

anha

21,3

Japã

o8,

0

216

870

4-31

Veíc

ulos

aut

omóv

eis

para

tran

spor

te d

e m

erca

doria

s, c

om m

otor

de

pist

ão, d

e ig

niçã

o po

r cen

telh

a, d

e pe

so e

m c

arga

máx

ima

<= 5

t5

Est

ados

Uni

dos

82,8

Chi

na12

,3A

lem

anha

2,5

217

870

8-40

Cai

xas

de m

arch

as (v

eloc

idad

e) e

sua

s pa

rtes,

par

a ve

ícul

os

auto

móv

eis

das

posi

ções

870

1 a

8705

1Ja

pão

53,4

Ale

man

ha15

,1C

hina

9,0

Page 81: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

81ANEXOS

Prod

utos

Part

icip

ação

(%) d

os p

rinci

pais

forn

eced

ores

dess

e m

erca

do n

o bi

ênio

201

5/16

1º2º

3ºP

aís

%

Paí

s %

Paí

s %

No

S.H

.D

escr

ição

Nº a

218

870

8-50

Eix

os d

e tra

nsm

issã

o co

m d

ifere

ncia

l, m

esm

o pr

ovid

os d

e ou

tros

órgã

os d

e tra

nsm

issã

o, e

sua

s pa

rtes,

par

a ve

ícul

os a

utom

óvei

s da

s po

siçõ

es 8

701

a 87

052

Chi

na56

,5E

stad

os U

nido

s10

,5A

lem

anha

8,9

219

870

8-80

Sis

tem

as d

e su

spen

são

e su

as p

arte

s (in

cluí

dos

os a

mor

tece

dore

s de

su

spen

são)

, par

a ve

ícul

os a

utom

óvei

s da

s po

siçõ

es 8

701

a 87

051

Ale

man

ha44

,1C

hina

35,2

Est

ados

Uni

dos

5,7

220

870

8-94

Vola

ntes

, bar

ras,

cai

xas

de d

ireçã

o, e

sua

s pa

rtes,

par

a ve

ícul

os

auto

móv

eis

das

posi

ções

870

1 a

8705

1C

hina

56,7

Est

ados

Uni

dos

11,1

Fran

ça10

,4

Out

ros

equi

pam

ento

s de

tran

spor

te, e

xcet

o ve

ícul

os a

utom

otor

es22

1 8

411-

91P

arte

s de

turb

orre

ator

es o

u de

turb

opro

puls

ores

2E

stad

os U

nido

s81

,9Ja

pão

4,7

Ale

man

ha3,

122

2 8

607-

19E

ixos

e ro

das

e su

as p

arte

s, d

e ve

ícul

os p

ara

vias

férr

eas

4R

epúb

lica

Tche

ca35

,0C

hina

34,8

Índi

a8,

522

3 8

802-

12H

elic

ópte

ros,

de

peso

> 2

.000

kg,

vaz

ios

2R

eino

Uni

do49

,1E

stad

os U

nido

s31

,1Itá

lia11

,2

224

880

2-30

Aviõ

es e

out

ros

veíc

ulos

aér

eos,

de

peso

> 2

.000

kg

e <=

15.

000

kg,

vazi

os4

Fran

ça91

,3C

anad

á8,

1E

stad

os U

nido

s0,

5

225

880

2-40

Aviõ

es e

out

ros

veíc

ulos

aér

eos,

de

peso

> 1

5.00

0 kg

, vaz

ios

4E

stad

os U

nido

s66

,1Fr

ança

33,9

--

226

880

3-20

Tren

s de

ate

rris

sage

m e

sua

s pa

rtes,

par

a ve

ícul

os a

éreo

s1

Est

ados

Uni

dos

78,3

Fran

ça14

,5R

eino

Uni

do4,

4

227

890

5-90

Bar

cos-

faró

is, g

uind

aste

s, d

ocas

, diq

ues

flutu

ante

s e

outra

s em

barc

açõe

s em

que

a n

aveg

ação

e a

cess

ória

da

funç

ão p

rinci

pal

9A

ustrá

lia66

,4C

hina

18,6

Japã

o14

,2

Móv

eis

228

940

3-50

Móv

eis

de m

adei

ra p

ara

quar

tos

de d

orm

ir2

Chi

na69

,9Vi

etnã

18,0

Indo

nési

a2,

6In

dúst

rias

dive

rsas

229

901

8-32

Agu

lhas

tubu

lare

s de

met

al e

agu

lhas

par

a su

tura

s, p

ara

uso

méd

ico,

ci

rúrg

ico,

odo

ntol

ógic

o ou

vet

erin

ário

3Ja

pão

26,5

Est

ados

Uni

dos

23,8

Méx

ico

20,4

230

960

9-10

Lápi

s3

Chi

na44

,4A

lem

anha

17,6

Indo

nési

a12

,8

Font

es: (

1) W

its/T

rain

s (2

) Sec

ex/M

DIC

(3) C

omtra

de/O

nu. E

labo

raçã

o: F

unce

x.N

otas

:a)

Núm

ero

de li

nhas

nac

iona

is n

o an

ob)

NM

F =

Naç

ão m

ais

favo

reci

dac)

As

tarif

as u

tiliz

am a

seg

uint

e no

men

clat

ura:

A =

o p

rodu

to S

.H. p

ossu

i ape

nas

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as A

d Va

lore

m; E

= p

ossu

i ape

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as e

spec

ífica

s; A

E =

pos

sui a

mba

s; (-

) tar

ifa in

exis

tent

e ou

não

iden

tifica

da.

d) O

cál

culo

da

ampl

itude

e m

édia

seg

undo

S.H

leva

em

con

side

raçã

o as

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as a

d va

lore

m e

quiv

alen

tes

elab

orad

as a

par

tir d

as ta

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esp

ecífi

cas

e da

s ta

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apl

icad

as, d

e ac

ordo

com

o c

onju

nto

de

linha

s na

cion

ais

rela

cion

adas

.e)

Cla

ssifi

caçã

o co

mpa

tível

com

o IB

GE

, as

seçõ

es s

ão id

entifi

cada

s co

mo:

(1)A

gric

ultu

ra, p

ecuá

ria, p

rodu

ção

flore

stal

, pes

ca e

aqü

icul

tura

, (2)

Indú

stria

s ex

trativ

as, (

3)In

dúst

rias

de tr

ansf

orm

ação

e (4

)N

ão c

lass

ifica

dos

(*) Í

ndic

es a

cim

a de

1.0

00.

(-) S

em v

alor

dec

lara

do o

u im

poss

ibili

dade

de

cálc

ulo

no p

erío

do.

Page 82: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

82NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

82

Tabe

la 2

4 –

Tari

fas

NM

F e

com

prom

isso

s de

libe

raliz

ação

da

Cor

eia

em a

cord

os s

elec

iona

dos

- Gru

po 1

Tarif

as N

MF b

,1

Ad

Valo

rem

Esp

ecífi

cas

(Ln/

SH

-6)

Tipo

de ta

rifa

c(L

n/S

H-6

)A

mpl

itude

Méd

ia

EUA

- Cor

eia

Col

ômbi

a - C

orei

aS

.H.

Des

criç

ãoN

º a

Agr

icul

tura

e p

ecuá

ria09

01-1

1C

afé

não

torr

ado,

não

des

cafe

inad

o1

1/1

2,0

2,0

-A

A0

100

1-90

Trig

o (e

xcet

o tri

go d

uro)

e m

istu

ra d

e tri

go c

om c

ente

io5

8/8

0,0-

3,0

2,2

-A

A (5

)3

(1) e

0 (4

) 1

005-

90M

ilho,

exc

eto

para

sem

eadu

ra3

3/3

328,

0-63

0,0

428,

7-

AA

(1) e

F (2

)10

(2) e

16

(1)

120

1-00

Soj

a, m

esm

o tri

tura

da3

-48

7,0

487,

06/

6E

A (2

) e T

RQ

(1)

16 (1

) e E

(3)

120

7-20

Sem

ente

s de

alg

odão

, mes

mo

tritu

rada

s1

3/3

2,0-

3,0

2,7

-A

A0

Prod

utos

alim

entíc

ios

0207

-14

Ped

aços

e m

iude

zas

com

estív

eis

de g

alos

e g

alin

has

da

espé

cie

dom

éstic

a, c

onge

lado

s6

6/6

20,0

-27,

021

,6-

AG

(4) e

M (2

)10

(1),

12 (3

) e

13 (2

)

0303

-79

Out

ros

peix

es, c

onge

lado

s, e

xcet

o fíg

ado,

ova

s, s

êmen

, ou

filés

e o

utra

s ca

rnes

da

posi

ção

0304

2633

/33

10,0

10,0

-A

D (1

), G

(13)

, I

(4),

A (4

), C

(2),

TRQ

(2)

E (2

), 10

(19)

, 5 (2

) e

0 (3

)

170

1-11

Açú

car d

e ca

na, e

m b

ruto

, sem

adi

ção

de a

rom

atiz

ante

s ou

de

cor

ante

s2

3/3

3,0

3,0

-A

A (2

) 0

(2)

200

9-11

Suc

os d

e la

ranj

as, c

onge

lado

s, n

ão fe

rmen

tado

s1

1/1

54,0

54,0

-A

A10

210

1-11

Ext

rato

s, e

ssên

cias

e c

once

ntra

dos

de c

afé

12/

28,

08,

0-

AD

3

(2)

230

4-00

Torta

s e

outro

s re

sídu

os s

ólid

os d

a ex

traçã

o do

óle

o de

soj

a1

1/1

1,8

1,8

-A

A0

Prod

utos

do

fum

o 2

401-

20Fu

mo

não

man

ufat

urad

o, to

tal o

u pa

rcia

lmen

te d

esta

lado

44/

420

,020

,0-

AG

(4)

10 (4

)C

ouro

s, a

rtef

atos

de

cour

o, a

rtig

os p

ara

viag

em e

cal

çado

s

410

4-11

Cou

ros

e pe

les

curti

dos,

de

bovi

nos

ou d

e eq

uíde

os,

depi

lado

s, n

o es

tado

úm

ido

(incl

uind

o "w

et b

lue"

), pl

ena

flor,

não

divi

dido

s; d

ivid

idos

, com

a fl

or1

1/1

3,0

3,0

-A

A0

410

4-41

Cou

ros

e pe

les

curti

dos,

de

bovi

nos

ou d

e eq

uíde

os,

depi

lado

s, n

o es

tado

sec

o ("

crus

t"), p

lena

flor

; não

div

idid

os;

divi

dido

s, c

om a

flor

11/

13,

03,

0-

AA

0

Page 83: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

83ANEXOS

Tarif

as N

MF b

,1

Ad

Valo

rem

Esp

ecífi

cas

(Ln/

SH

-6)

Tipo

de ta

rifa

c(L

n/S

H-6

)A

mpl

itude

Méd

ia

EUA

- Cor

eia

Col

ômbi

a - C

orei

aS

.H.

Des

criç

ãoN

º a

410

4-49

Out

ros

cour

os e

pel

es c

urtid

os, d

e bo

vino

s ou

de

equí

deos

, de

pila

dos,

no

esta

do s

eco

("cr

ust")

11/

13,

03,

0-

AA

0

410

7-12

Cou

ros

e pe

les

inte

iros,

de

bovi

nos

ou d

e eq

uíde

os,

prep

arad

os a

pós

curti

men

ta o

u se

cage

m e

cou

ros

e pe

les

aper

gam

inha

dos,

dep

ilado

s, d

ivid

idos

, com

a fl

or1

1/1

5,0

5,0

-A

A0

410

7-92

Cou

ros

e pe

les,

incl

uída

s as

ilha

rgas

, de

bovi

nos

ou d

e eq

uíde

os, p

repa

rado

s ap

ós c

urtim

enta

ou

seca

gem

, di

vidi

dos,

com

a fl

or1

1/1

5,0

5,0

-A

A0

271

0-11

Óle

os le

ves

de p

etró

leo

ou d

e m

iner

ais

betu

min

osos

e

prep

araç

ões,

exc

eto

desp

erdí

cios

11

0,0-

5,0

2,7

-A

A0

(6)

Prod

utos

quí

mic

os 2

825-

30Ó

xido

s e

hidr

óxid

os d

e va

nádi

o2

2/2

1,0-

3,0

2,0

-A

A (2

)0

(2)

292

6-10

Acr

iloni

trila

11/

16,

56,

5-

AG

0M

etal

urgi

a 7

202-

60Fe

rron

íque

l1

1/1

3,0

3,0

-A

A0

720

2-93

Ferr

onió

bio

11/

13,

03,

0-

AA

0

740

3-11

Cát

odos

de

cobr

e re

finad

o e

seus

ele

men

tos,

em

form

as

brut

as1

1/1

3,0

3,0

-A

A0

Equi

pam

ento

s de

info

rmát

ica,

pro

duto

s el

etrô

nico

s e

óptic

os

851

7-70

Par

tes

de a

pare

lhos

tele

fôni

cos,

tele

fone

s pa

ra re

des

celu

lare

s ou

rede

s se

m fi

o, a

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de

trans

mis

são

ou

rece

pção

de

voz,

imag

ens

ou o

utro

s da

dos

2323

/23

0,0-

8,0

0,7

-A

nd0

(23)

Veíc

ulos

aut

omot

ores

, reb

oque

s e

carr

ocer

ias

840

9-91

Out

ras

parte

s ex

clus

iva

ou p

rinci

palm

ente

des

tinad

as a

os

mot

ores

de

pist

ão, d

e ig

niçã

o po

r cen

telh

a3

3/3

8,0

8,0

-A

A (2

) e C

(1)

0 (3

)

Font

es: (

1) W

its/T

rain

s (2

) Sec

ex/M

DIC

(3) C

omtra

de/O

nu. E

labo

raçã

o: F

unce

x.

Page 84: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

84NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

84

Tabe

la 2

5 –

Tari

fas

NM

F e

com

prom

isso

s de

libe

raliz

ação

da

Cor

eia

em a

cord

os s

elec

iona

dos

– G

rupo

2

Pro

duto

sA

d va

lore

mE

spec

ífica

s(L

n/S

H-6

)Ti

pode

tarif

a c

(Ln/

SH

-6)

Am

plitu

deM

édia

EUA

- Cor

eia

Col

ômbi

a - C

orei

aS

.H.

Des

criç

ãoN

º aA

gric

ultu

ra e

pec

uária

0105

-11

Gal

os e

gal

inha

s vi

vos,

das

esp

écie

s do

més

ticas

, de

peso

não

sup

erio

r a 1

85 g

22/

29,

09,

0-

AA

(2)

0 (1

) e 5

(1)

0804

-50

Goi

abas

, man

gas

e m

ango

stõe

s, fr

esco

s ou

sec

os3

3/3

30,0

30,0

-A

D (1

) e G

(2)

5 (1

) e 7

(2)

0805

-50

Lim

ões

e lim

as, f

resc

os o

u se

cos

33/

330

,0-1

44,0

68,0

-A

B (1

), G

(1) e

A (1

)7

(2) e

10

(1)

0904

-11

Pim

enta

(do

gêne

ro"p

iper

"), s

eca,

não

tritu

rada

nem

em

11/

18,

08,

0-

AA

5

240

1-10

Fum

o nã

o m

anuf

atur

ado,

não

des

tala

do4

4/4

20,0

20,0

-A

G (4

)10

(3) e

16

(1)

Extr

ação

de

petr

óleo

e g

ás n

atur

al 2

709-

00Ó

leos

bru

tos

de p

etró

leo

ou d

e m

iner

ais

betu

min

osos

1010

/10

3,0

3,0

-A

A (9

)3

(10)

271

1-11

Gás

nat

ural

, liq

uefe

ito1

1/1

3,0

3,0

-A

A0

(8)

Extr

ação

de

min

erai

s nã

o-m

etál

icos

250

4-10

Gra

fita

natu

ral,

em p

ó ou

em

esc

amas

33/

33,

03,

0-

AA

(3)

0 (3

) 2

507-

00C

aulim

e o

utra

s ar

gila

s ca

ulín

icas

, mes

mo

calc

inad

as6

6/6

3,0

3,0

-A

A (6

)0

(6)

251

9-90

Mag

nési

a el

etro

fund

ida,

mag

nési

a ca

lcin

ada

a fu

ndo

e ou

tros

óxid

os d

e m

agné

sio

33/

33,

03,

0-

AA

(3)

0 (3

)

Prod

utos

alim

entíc

ios

0201

-30

Car

nes

de b

ovin

o, d

esos

sada

s, fr

esca

s ou

refri

gera

das

11/

140

,040

,0-

AH

1902

02-3

0C

arne

s de

bov

ino,

des

ossa

das,

con

gela

das

11/

140

,040

,0-

AH

1902

03-2

9O

utra

s ca

rnes

de

suín

o, c

onge

lada

s2

2/2

25,0

25,0

-A

Q (2

)16

(1) e

10

(1)

0206

-29

Out

ras

miu

deza

s co

mes

tívei

s de

bov

ino,

con

gela

das

33/

318

,018

,0-

AH

(3)

19 (3

)02

06-4

9O

utra

s m

iude

zas

com

estív

eis

de s

uíno

, con

gela

das

22/

218

,018

,0-

AQ

(2)

16 (2

)

0504

-00

Trip

as, b

exig

as e

est

ômag

os d

e an

imai

s, e

xcet

o pe

ixes

, int

eiro

s ou

em

ped

aços

, fre

scos

, ref

riger

ados

, co

ngel

ados

, sal

gado

s, s

ecos

ou

defu

mad

os8

8/8

27,0

27,0

-A

H (2

), M

(1) e

G (1

)10

(4)

0510

-00

Âm

bar-

cinz

ento

, cas

tóre

o, a

lgál

ia e

alm

ísca

r; bí

lis,

mes

mo

seca

; glâ

ndul

as e

out

ras

subs

tânc

ias

de

orig

em a

nim

al u

tiliz

adas

na

prep

araç

ão d

e pr

odut

os

farm

acêu

ticos

, fre

scas

, ref

riger

adas

, con

gela

das

ou

prov

isor

iam

ente

con

serv

adas

de

outro

mod

o

99/

98,

08,

0-

AA

(9)

5 (9

)

0801

-32

Cas

tanh

a de

caj

u, fr

esca

ou

seca

, sem

cas

ca1

1/1

8,0

8,0

-A

A10

(1)

130

2-19

Suc

os e

ext

rato

s de

out

ros

vege

tais

(mam

ão s

eco,

se

men

te d

e po

mel

o, g

inkg

o bi

loba

sec

o)19

19/1

98,

0-75

4,3

128,

4-

AG

(4),

H (3

), A

(4),

D (2

)16

(4),

5 (5

), 10

(1),

E (3

) 1

302-

20M

atér

ias

péct

icas

, pec

tinat

os e

pec

tato

s1

1/1

8,0

8,0

-A

A5

150

7-10

Óle

o de

soj

a, e

m b

ruto

, mes

mo

dego

mad

o3

3/3

5,0

5,0

-A

G10

(3)

160

1-00

Enc

hido

s e

prod

utos

sem

elha

ntes

de

carn

e, m

iude

zas

ou s

angu

e; p

repa

raçõ

es a

limen

tícia

s à

base

de

tais

pr

odut

os2

2/2

18,0

-30,

024

,0-

AD

(1) e

Q (1

)10

(2)

Page 85: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

85ANEXOS

Pro

duto

sA

d va

lore

mE

spec

ífica

s(L

n/S

H-6

)Ti

pode

tarif

a c

(Ln/

SH

-6)

Am

plitu

deM

édia

EUA

- Cor

eia

Col

ômbi

a - C

orei

aS

.H.

Des

criç

ãoN

º a

160

2-32

Pre

para

ções

alim

entíc

ias

e co

nser

vas

de g

alos

e d

e ga

linha

s3

3/3

30,0

30,0

-A

G (3

)10

(1) e

16

(2)

160

3-00

Ext

rato

s e

suco

s de

car

nes,

de

peix

es o

u de

cru

stác

eos

ou d

e ou

tros

inve

rtebr

ados

aqu

átic

os5

5/5

30,0

30,0

-A

M (1

), H

(1) e

C (3

)16

(2),

3 (2

) e 5

(1)

170

1-99

Out

ros

açúc

ares

de

cana

, de

bete

rrab

a e

saca

rose

qu

imic

amen

te p

ura,

no

esta

do s

ólid

o1

1/1

30,0

30,0

-A

N16

180

4-00

Man

teig

a, g

ordu

ra e

óle

o de

cac

au1

1/1

5,0

5,0

-A

A3

180

5-00

Cac

au e

m p

ó, s

em a

diçã

o de

açú

car o

u ou

tros

edul

cora

ntes

11/

15,

05,

0-

AD

3

200

9-80

Suc

os d

e ou

tras

fruta

s ou

de

prod

utos

hor

tícol

as, n

ão

ferm

enta

dos

55/

530

,0-5

0,0

46,0

-A

G (3

), D

(2) e

G8

(1)

10 (1

) e 7

(3)

210

2-20

Leve

dura

s m

orta

s e

outro

s m

icro

orga

nism

os

mon

ocel

ular

es m

orto

s7

7/7

8,0

8,0

-A

D (6

) e G

(1)

5 (7

)

210

6-10

Con

cent

rado

s de

pro

teín

as e

sub

stân

cias

pro

téic

as

text

uriz

adas

33/

38,

08,

0-

AD

(3)

5 (3

)

230

8-00

Mat

éria

s ve

geta

is, s

ubpr

odut

os, r

esíd

uos

e de

sper

díci

os

vege

tais

, util

izad

os n

a al

imen

taçã

o de

ani

mai

s4

4/4

5,0-

46,4

15,4

-A

G (3

) e A

(1)

10 (2

), 3

(1) e

16

(1)

230

9-90

Out

ras

prep

araç

ões

para

alim

enta

ção

de a

nim

ais

1616

/16

4,2-

71,0

20,4

-A

A (1

0), G

(1) e

TR

Q

(4)

0 (1

0) e

16

(5)

Prod

utos

têxt

eis

560

3-11

Fals

os te

cido

s de

fila

men

tos

sint

étic

os o

u ar

tifici

ais,

de

peso

<=

25 g

/m²

22/

28,

08,

0-

AA

(2)

0

580

6-32

Out

ras

fitas

de

fibra

s si

ntét

icas

ou

artifi

ciai

s1

1/1

8,0

8,0

-A

A0

591

1-32

Teci

dos

e fe

ltros

sem

fim

, util

izad

os e

m m

áqui

nas

para

fa

bric

ação

de

pape

l, de

pes

o =>

650

g/m

²1

1/1

8,0

8,0

-A

A0

Con

fecç

ão d

e ar

tigos

do

vest

uário

e a

cess

ório

s

430

2-19

Pel

eter

ia (p

eles

com

pêl

o) c

urtid

a ou

aca

bada

de

outro

s an

imai

s, in

teira

, não

reun

ida

1010

/10

5,0

5,0

-A

A (9

)0

(10)

Cou

ros,

art

efat

os d

e co

uro,

art

igos

par

a vi

agem

e c

alça

dos

410

4-19

Out

ros

cour

os e

pel

es c

urtid

os, d

e bo

vino

s ou

de

equí

deos

, dep

ilado

s, n

o es

tado

úm

ido

(incl

uind

o "w

et

blue

")1

1/1

3,0

3,0

-A

A0

410

7-11

Cou

ros

e pe

les

inte

iros,

de

bovi

nos

ou d

e eq

uíde

os,

prep

arad

os a

pós

curti

men

ta o

u se

cage

m e

cou

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les

aper

gam

inha

dos,

dep

ilado

s, p

lena

flor

, não

di

vidi

dos

11/

15,

05,

0-

AA

0

640

6-10

Par

tes

supe

riore

s de

cal

çado

s e

seus

com

pone

ntes

, ex

ceto

con

trafo

rtes

e bi

quei

ras

rígid

as2

2/2

8,0

8,0

-A

A (2

)0

(2)

Prod

utos

de

mad

eira

440

1-22

Mad

eira

de

não

coní

fera

s, e

m e

stilh

as o

u em

par

tícul

as2

2/2

0,0-

2,0

1,0

-A

A0

(2)

Page 86: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

86NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

86

Pro

duto

sA

d va

lore

mE

spec

ífica

s(L

n/S

H-6

)Ti

pode

tarif

a c

(Ln/

SH

-6)

Am

plitu

deM

édia

EUA

- Cor

eia

Col

ômbi

a - C

orei

aS

.H.

Des

criç

ãoN

º a

440

7-99

Out

ras

mad

eira

s, s

erra

das,

cor

tada

s em

folh

as o

u de

senr

olad

as, d

e es

pess

ura

>

6 m

m13

13/1

35,

05,

0-

AC

(15)

5 (1

3)

440

9-10

Mad

eira

de

coní

fera

s (in

clui

dos

os ta

cos

e fri

sos

de

parq

uê n

ão m

onta

dos)

, per

filad

a ao

long

o de

um

a ou

m

ais

bord

as, f

aces

ou

estre

mid

ades

33/

38,

08,

0-

AD

12

440

9-29

Out

ras

mad

eira

s (in

clui

dos

os ta

cos

e fri

sos

de p

arqu

ê nã

o m

onta

dos)

, per

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as a

o lo

ngo

de u

ma

ou m

ais

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aces

ou

estre

mid

ades

, de

não

coní

fera

s3

3/3

8,0

8,0

-A

nd12

441

1-92

Pai

néis

de

fibra

de

mad

eira

ou

de o

utra

s m

atér

ias

lenh

osas

, mes

mo

aglo

mer

adas

com

resi

nas

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utro

s al

gutin

ante

s or

gâni

cos,

com

den

sida

de s

uper

ior a

0,

8 g/

cm³

44/

48,

08,

0-

And

12 (1

) e 1

0 (3

)

441

2-39

Out

ras

mad

eira

s co

mpe

nsad

as c

onst

ituíd

as p

or fo

lhas

de

mad

eira

(exc

eto

bam

bu),

cada

um

a da

s qu

ais

de

espe

ssur

a <=

6 m

m4

4/4

8,0

8,0

-A

nd10

(4)

441

8-20

Por

tas

e re

spec

tivos

cai

xilh

os, a

lizar

es e

sol

eira

s, d

e m

adei

ra1

1/1

8,0

8,0

-A

D10

Prod

utos

quí

mic

os 2

804-

69O

utro

s si

lício

s1

1/1

5,0

5,0

-A

A0

281

8-30

Hid

róxi

do d

e al

umín

io2

2/2

5,5

5,5

-A

A (2

)0

(2)

282

1-10

Óxi

dos

e hi

dróx

idos

de

ferr

o2

2/2

5,5

5,5

-A

A (2

)0

(2)

282

5-90

Out

ras

base

s in

orgâ

nica

s; ó

xido

s, h

idró

xido

s e

peró

xido

s de

out

ros

met

ais

1212

/12

1,0-

5,5

5,1

-A

A (1

2)0

(12)

284

9-20

Car

bone

to d

e si

lício

, qui

mic

amen

te d

efini

do o

u nã

o1

1/1

5,0

5,0

-A

A0

290

2-20

Ben

zeno

11/

13,

03,

0-

AG

0 2

905-

45G

licer

ol1

1/1

8,0

8,0

-A

C

0

290

9-19

Out

ros

éter

es a

cícl

icos

e s

eus

deriv

ados

hal

ogen

ados

, su

lfona

dos,

nitr

ados

ou

nitro

sado

s3

3/3

5,5

5,5

-A

A (2

) e C

(1)

0 (3

)

291

6-14

Ést

eres

do

ácid

o m

etac

rílic

o2

2/2

6,5

6,5

-A

G (2

)0

(2)

291

7-36

Áci

do te

reftá

lico

e se

us s

ais

22/

23,

0-6,

54,

8-

AA

(2)

0 (2

)

291

8-19

Out

ros

ácid

os c

arbo

xílic

os d

e fu

nção

álc

ool,

mas

sem

ou

tra fu

nção

oxi

gena

da, s

eus

anid

ridos

, hal

ogen

etos

, pe

róxi

dos,

per

ácid

os e

seu

s de

rivad

os9

9/9

6,5

6,5

-A

A (9

)0

(9)

292

2-41

Lisi

na e

seu

s és

tere

s e

sais

33/

36,

56,

5-

AA

(3)

0 (3

) 2

922-

42Á

cido

glu

tâm

ico

e se

us s

ais

33/

35,

0-6,

56,

0-

AA

(3)

0 (3

) 2

923-

20Le

citin

as e

out

ros

fosf

oam

inol

ipíd

ios

22/

26,

56,

5-

AA

(2)

0 (2

)

293

3-39

Out

ros

com

post

os h

eter

ocíc

licos

1 (h

um) c

iclo

piri

dina

o co

nden

sado

66/

62,

0-6,

55,

8-

AA

(4) e

C (1

)0

(6)

310

5-20

Adu

bos

ou fe

rtiliz

ante

s co

nten

do n

itrog

ênio

, fós

foro

e

potá

ssio

11/

16,

56,

5-

AA

0

Page 87: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

87ANEXOS

Pro

duto

sA

d va

lore

mE

spec

ífica

s(L

n/S

H-6

)Ti

pode

tarif

a c

(Ln/

SH

-6)

Am

plitu

deM

édia

EUA

- Cor

eia

Col

ômbi

a - C

orei

aS

.H.

Des

criç

ãoN

º a

330

1-90

Sol

uçõe

s co

ncen

trada

s, s

ubpr

odut

os te

rpên

icos

e

solu

ções

aqu

osas

de

óleo

s es

senc

iais

; óle

ores

sina

s de

ex

traçã

o13

13/1

38,

0-75

4,3

68,9

-A

A (1

1) e

G (2

)5

(9),

10 (1

), 16

(2)

e E

(1)

330

6-90

Out

ras

prep

araç

ões

para

hig

iene

buc

al o

u de

ntár

ia2

2/2

6,5

6,5

-A

C (2

)0

(2)

340

1-11

Sab

ões,

pro

duto

s ou

pre

para

ções

tens

oativ

os d

e to

ucad

or, i

nclu

ídos

os

de u

so m

edic

inal

22/

26,

56,

5-

AA

(1) e

D (1

)0

(2)

340

2-13

Age

ntes

org

ânic

os d

e su

perfí

cie,

não

iôni

cos,

mes

mo

acon

dici

onad

os p

ara

vend

a a

reta

lho

22/

22,

0-8,

05,

0-

AG

(1)

0 (2

)

340

2-90

Out

ras

prep

araç

ões

tens

oativ

as e

pre

para

ções

par

a la

vage

m e

lim

peza

33/

35,

0-6,

56,

0-

AD

(3)

0 (3

)

350

3-00

Gel

atin

as e

seu

s de

rivad

os; i

ctio

cola

e o

utra

s co

las

de

orig

em a

nim

al, e

xcet

o co

la d

e ca

seín

a4

4/4

8,0

8,0

-A

A (3

) e D

(1)

5 (4

)

350

6-91

Ade

sivo

s à

base

de

polím

eros

das

pos

içõe

s 39

01 a

39

13 o

u de

bor

rach

a1

1/1

6,5

6,5

-A

G0

350

7-90

Out

ras

enzi

mas

pre

para

das

1515

/15

6,5

6,5

-A

A (1

4) e

C (1

)0

(15)

370

1-30

Out

ras

chap

as e

film

es p

lano

s, s

ensi

biliz

ados

, não

im

pres

sion

ados

, com

um

dos

lado

s >

255

mm

77/

73,

0-6,

56,

0-

AA

(5) e

C (1

)0

(7)

380

6-10

Col

ofôn

ias

e ác

idos

resí

nico

s2

2/2

6,5

6,5

-A

D (1

) e A

(1)

5 (1

) e 0

(1)

380

8-91

Inse

ticid

as2

2/2

2,0-

6,5

4,3

-A

nd0

(2)

380

8-92

Fung

icid

as2

2/2

2,0-

6,5

4,3

-A

nd0

(1) e

3 (1

)

380

8-93

Her

bici

das,

inib

idor

es d

e ge

rmin

ação

e re

gula

dore

s de

cr

esci

men

to p

ara

plan

tas

33/

36,

56,

5-

And

0 (3

)

381

1-21

Adi

tivos

con

tend

o ól

eo d

e pe

tróle

o ou

de

min

erai

s be

tum

inos

os, p

ara

óleo

s lu

brifi

cant

es1

1/1

5,0

5,0

-A

C0

390

1-10

Pol

ietil

eno

de d

ensi

dade

< 0

,94,

em

form

a pr

imár

ia2

2/2

6,5

6,5

-A

G0

(2)

390

1-20

Pol

ietil

eno

de d

ensi

dade

=>

0,94

, em

form

a pr

imár

ia2

2/2

6,5

6,5

-A

C (2

)0

(2)

390

2-10

Pol

ipro

pile

no, e

m fo

rma

prim

ária

11/

16,

56,

5-

AA

0 3

902-

30C

opol

ímer

os d

e pr

opile

no, e

m fo

rmas

prim

ária

s1

1/1

6,5

6,5

-A

A0

390

4-10

Pol

iclo

reto

de

vini

la, n

ão m

istu

rado

com

out

ras

subs

tânc

ias,

form

a pr

imár

ia1

1/1

6,5

6,5

-A

G0

390

6-90

Out

ros

polím

eros

acr

ílico

s, e

m fo

rmas

prim

ária

s2

2/2

8,0

8,0

-A

C (2

)0

(2)

390

7-20

Out

ros

polié

tere

s, e

m fo

rmas

prim

ária

s4

4/4

6,5

6,5

-A

A (4

) 0

(4)

390

7-60

Tere

ftala

to d

e po

lietil

eno,

em

form

a pr

imár

ia1

1/1

6,5

6,5

-A

A0

400

2-19

Out

ras

borr

acha

s de

est

ireno

-but

adie

no o

u de

est

ireno

-bu

tadi

eno-

carb

oxila

das,

em

form

as p

rimár

ias

ou e

m

chap

as, f

olha

s ou

tira

s1

1/1

8,0

8,0

-A

G0

540

2-44

Out

ros

fios

sim

ples

de

elas

tôm

eros

, sem

torç

ao o

u co

m

torç

ão <

= 50

vol

tas

por m

etro

11/

18,

08,

0-

And

0

Page 88: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

88NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

88

Pro

duto

sA

d va

lore

mE

spec

ífica

s(L

n/S

H-6

)Ti

pode

tarif

a c

(Ln/

SH

-6)

Am

plitu

deM

édia

EUA

- Cor

eia

Col

ômbi

a - C

orei

aS

.H.

Des

criç

ãoN

º aPr

odut

os fa

rmoq

uím

icos

e fa

rmac

êutic

os 2

941-

90O

utro

s an

tibió

ticos

77/

72,

0-6,

55,

9-

AA

(5) e

C (1

)0

(6) e

5 (1

)

300

4-39

Out

ros

med

icam

ento

s co

nten

do h

orm

ônio

s ou

out

ros

prod

utos

da

posi

ção

2937

, mas

não

ant

ibió

ticos

, em

do

ses,

par

a ve

nda

a re

talh

o9

9/9

8,0

8,0

-A

A (6

) e C

(3)

0 (9

)

300

6-10

Cat

egut

es e

ster

iliza

dos

e m

ater

iais

est

erili

zado

s se

mel

hant

es p

ara

sutu

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cirú

rgic

as; l

amin

ária

s es

teril

izad

as, h

emos

tátic

os a

bsor

víve

is e

ster

iliza

dos,

ba

rrei

ras

antia

dere

ntes

est

erili

zada

s, p

ara

ciru

gia

ou

odon

tolo

gia

88/

80,

0-8,

01,

8-

AK

(4)

0 (8

)

Prod

utos

de

borr

acha

e d

e m

ater

ial p

lást

ico

391

7-10

Trip

as a

rtific

iais

de

prot

eína

s en

dure

cida

s ou

de

plás

ticos

cel

ulós

icos

22/

26,

56,

5-

AA

(2)

0 (3

)

391

7-39

Out

ros

tubo

s fle

xíve

is d

e pl

ástic

o, in

clus

ive

com

ac

essó

rios

33/

36,

56,

5-

AA

(2) e

D (1

)0

(3)

392

0-43

Cha

pas,

folh

as, t

iras,

fita

s, p

elíc

ulas

, de

polím

eros

de

clor

eto

de v

inila

, com

con

teúd

o de

pla

stifi

cant

e =>

6%

em

pes

o, s

em s

upor

te, n

ão re

forç

adas

11/

16,

56,

5-

AA

0

401

1-20

Pne

us n

ovos

de

borr

acha

dos

tipo

s ut

iliza

dos

em ô

nibu

s ou

cam

inhõ

es5

5/5

5,0

5,0

-A

A (5

)0

(5)

401

1-94

Out

ros

pneu

s no

vos

de b

orra

cha

dos

tipos

util

izad

os

em v

eícu

los

e m

áqui

nas

próp

rios

para

con

stru

ções

ou

man

uten

ção

indu

stria

l, pa

ra a

ros

de d

iâm

etro

> 6

1 cm

11/

15,

05,

0-

AA

0

401

1-99

Out

ros

pneu

s no

vos

de b

orra

cha

11/

15,

05,

0-

AA

0

401

6-93

Junt

as, g

axet

as e

sem

elha

ntes

de

borr

acha

vul

cani

zada

o en

dure

cida

11/

18,

08,

0-

AA

0

401

6-99

Out

ras

obra

s de

bor

rach

a vu

lcan

izad

a, n

ão e

ndur

ecid

a5

5/5

0,0-

8,0

6,4

-A

A (4

) e K

(1)

0 (5

)Pr

odut

os d

e m

iner

ais

não-

met

álic

os 2

818-

10C

orin

do a

rtific

ial,

quim

icam

ente

defi

nido

ou

não

22/

23,

03,

0-

AA

(2)

0 (2

)

680

2-29

Out

ras

pedr

as d

e ca

ntar

ia, t

alha

das

ou s

erra

das,

de

supe

rfíci

e pl

ana

ou li

sa2

2/2

8,0

8,0

-A

A 0

(1) e

5 (1

)

680

2-91

Már

mor

e, tr

aver

tino

e al

abas

tro, t

raba

lhad

os d

e ou

tro

mod

o e

suas

obr

as3

3/3

8,0

8,0

-A

G (1

) e A

(2)

0 (3

)

680

2-93

Gra

nito

s tra

balh

ados

de

outro

mod

o e

suas

obr

as1

1/1

8,0

8,0

-A

A5

680

2-99

Out

ras

pedr

as d

e ca

ntar

ia tr

abal

hada

s de

out

ro m

odo

e su

as o

bras

11/

18,

08,

0-

AA

5

680

4-22

Out

ros

mós

de

outro

s ab

rasi

vos

aglo

mer

ados

ou

de

cerâ

mic

a1

1/1

8,0

8,0

-A

C0

681

3-89

Out

ras

guar

niçõ

es d

e fri

cção

, não

mon

tada

s, n

ão

cont

endo

am

iant

o2

2/2

8,0

8,0

-A

nd0

(2)

Page 89: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

89ANEXOS

Pro

duto

sA

d va

lore

mE

spec

ífica

s(L

n/S

H-6

)Ti

pode

tarif

a c

(Ln/

SH

-6)

Am

plitu

deM

édia

EUA

- Cor

eia

Col

ômbi

a - C

orei

aS

.H.

Des

criç

ãoN

º a

690

2-10

Tijo

los,

pla

cas,

ladr

ilhos

e p

eças

cer

âmic

as

sem

elha

ntes

, par

a co

nstru

ção,

refra

tário

s, c

onte

ndo

> 50

% e

m p

eso

dos

elem

ento

s M

g, C

a, o

u C

r, to

mad

os

isol

adam

ente

ou

em c

onju

nto,

exp

ress

os e

m M

gO,

CaO

2 ou

Cr2

O3

11/

18,

08,

0-

AA

0

690

8-90

Out

ros

ladr

ilhos

e a

rtigo

s se

mel

hant

es, d

e ce

râm

ica,

vi

drad

os o

u es

mal

tado

s2

2/2

8,0

8,0

-A

A (2

)0

(2)

700

5-21

Out

ro v

idro

flot

ado

não

arm

ado,

cor

ado

na m

assa

, op

acifi

cado

, fol

head

o (c

hape

ado)

, ou

sim

ples

men

te

desb

asta

do, e

m c

hapa

s ou

folh

as9

9/9

8,0

8,0

-A

A (6

) e C

(1)

0 (9

)

701

9-12

Mec

has

ligei

ram

ente

torc

idas

("ro

ving

s"),

de fi

bras

de

vidr

o1

1/1

8,0

8,0

-A

C0

Met

alur

gia

281

8-20

Óxi

dos

de a

lum

ínio

, exc

eto

corin

do a

rtific

ial

11/

11,

01,

0-

AA

0

710

8-13

Our

o (in

cluí

do o

our

o pl

atin

ado)

em

out

ras

form

as

sem

iman

ufat

urad

as, p

ara

usos

não

mon

etár

ios

55/

53,

03,

0-

AA

(5)

0 (5

)

711

2-99

Res

íduo

s e

desp

erdí

cios

de

prat

a ou

de

met

ais

folh

eado

s ou

cha

pead

os d

e pr

ata

33/

32,

0-6,

53,

8-

AA

(2) e

G (1

)0

(3)

730

7-19

Out

ros

aces

sório

s m

olda

dos

para

tubo

s, d

e fe

rro

fund

ido,

ferr

o ou

aço

11/

18,

08,

0-

AA

0

730

7-99

Out

ros

aces

sório

s pa

ra tu

bos,

de

ferr

o fu

ndid

o, fe

rro

ou

aço

22/

28,

08,

0-

AA

0 (2

)

740

8-11

Fios

de

cobr

e re

finad

o, c

om a

mai

or d

imen

são

da s

eção

tra

nsve

rsal

> 6

mm

11/

18,

08,

0-

AA

0

741

1-10

Tubo

s de

cob

re re

finad

o (a

finad

o)1

1/1

8,0

8,0

-A

C0

760

1-10

Alu

mín

io n

ão li

gado

em

form

a br

uta

11/

11,

01,

0-

AA

0

790

1-11

Zinc

o nã

o lig

ado,

em

form

as b

ruta

s, c

onte

ndo,

em

pes

o,

=> 9

9,99

% d

e zi

nco

11/

13,

03,

0-

AA

0

800

1-10

Est

anho

não

liga

do, e

m fo

rmas

bru

tas

11/

12,

02,

0-

AA

0

811

2-99

Obr

as e

out

ros

prod

utos

de

gálio

, ger

mán

io, h

áfni

o,

índi

o, n

ióbi

o, rê

nio

e va

nádi

o8

8/8

3,0

3,0

-A

A0

(8)

830

7-10

Tubo

s fle

xíve

is d

e fe

rro

ou a

ço, m

esm

o co

m a

cess

ório

s1

1/1

8,0

8,0

-A

A0

Prod

utos

de

met

al, e

xcet

o m

áqui

nas

e eq

uipa

men

tos

730

9-00

Res

erva

tório

s, to

néis

, cub

as e

reci

pien

tes

sem

elha

ntes

, de

ferr

o fu

ndid

o, fe

rro

ou a

ço, d

e ca

paci

dade

> 3

00

litro

s, s

em d

ispo

sitiv

os m

ecân

icos

nem

térm

icos

11/

18,

08,

0-

AA

0

731

1-00

Rec

ipie

ntes

par

a ga

ses

com

prim

idos

ou

lique

feito

s, d

e fe

rro

fund

ido,

ferr

o ou

aço

33/

38,

08,

0-

AA

(3)

0 (3

)

732

0-20

Mol

as h

elic

oida

is d

e fe

rro

ou a

ço5

5/5

8,0

8,0

-A

A (5

)0

(4) e

3 (1

)

820

7-30

Ferr

amen

tas

inte

rcam

biáv

eis

de e

mbu

tir, e

stam

par o

u de

pun

cion

ar, d

e m

etai

s co

mun

s4

4/4

8,0

8,0

-A

A (4

)0

(4)

Page 90: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

90NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

90

Pro

duto

sA

d va

lore

mE

spec

ífica

s(L

n/S

H-6

)Ti

pode

tarif

a c

(Ln/

SH

-6)

Am

plitu

deM

édia

EUA

- Cor

eia

Col

ômbi

a - C

orei

aS

.H.

Des

criç

ãoN

º a

821

2-20

Lam

inas

de

barb

ear,

de s

egur

ança

, inc

luíd

os o

s es

boço

s em

tira

s, d

e m

etai

s co

mun

s1

1/1

8,0

8,0

-A

D0

840

2-11

Cal

deira

s aq

uatu

bula

res

com

pro

duçã

o de

vap

or >

45

t po

r hor

a1

1/1

8,0

8,0

-A

C0

Equi

pam

ento

s de

info

rmát

ica,

pro

duto

s el

etrô

nico

s e

óptic

os 8

523-

52C

artõ

es in

telig

ente

s ("

smar

t car

ds")

, par

a gr

avaç

ão2

2/2

0,0-

8,0

4,0

-A

nd0

(2)

852

9-90

Out

ras

parte

s de

stin

adas

aos

apa

relh

os d

as p

osiç

ões

85.2

5 a

85.2

816

16/1

60,

0-8,

07,

0-

AA

(11)

, C (1

) e K

(1)

0 (1

4)

902

8-20

Con

tado

res

de lí

quid

os3

3/3

8,0

8,0

-A

A (3

)0

(3)

903

2-89

Out

ros

inst

rum

ento

s e

apar

elho

s pa

ra re

gula

ção

ou

cont

role

, aut

omát

icos

88/

85,

0-8,

06,

5-

AA

(8)

0 (8

)

Máq

uina

s, a

pare

lhos

e m

ater

iais

elé

tric

os

850

1-40

Out

ros

mot

ores

, elé

trico

s, d

e co

rren

te a

ltern

ada,

m

onof

ásic

os4

4/4

8,0

8,0

-A

A (4

)0

(4)

850

1-52

Out

ros

mot

ores

elé

trico

s de

cor

rent

e al

tern

ada,

po

lifás

icos

, de

potê

ncia

> 7

50 W

e <

= 75

kW

11/

18,

08,

0-

AA

0

850

1-53

Out

ros

mot

ores

elé

trico

s de

cor

rent

e al

tern

ada,

po

lifás

icos

, de

potê

ncia

> 7

5 kW

33/

38,

08,

0-

AC

(2) e

A (1

)3

(2) e

0 (1

)

850

2-13

Gru

pos

elet

rogê

neos

de

mot

or d

e pi

stão

, de

igni

ção

por

com

pres

são,

de

potê

ncia

> 3

75 k

VA4

4/4

0,0-

8,0

2,0

-A

K (3

) e A

(1)

0 (4

)

850

3-00

Par

tes

reco

nhec

ívei

s co

mo

dest

inad

as à

s m

áqui

nas

das

posi

ções

850

1ou

8502

44/

45,

0-8,

07,

3-

AC

(1) e

A (2

)3

(1) e

0 (2

)

850

4-21

Tran

sfor

mad

ores

de

diel

étric

o líq

uido

, de

potê

ncia

<=

650

kVA

33/

38,

08,

0-

AA

(3)

0 (3

)

850

4-23

Tran

sfor

mad

ores

de

diel

étric

o líq

uido

, de

potê

ncia

>

10.0

00 k

VA1

1/1

8,0

8,0

-A

A0

853

6-20

Dis

junt

ores

par

a te

nsão

<=

1 kV

11/

18,

08,

0-

AA

3 8

536-

49O

utro

s re

lés,

par

a te

nsão

> 6

0 V

e <

= 1.

000

V1

1/1

8,0

8,0

-A

C0

853

7-20

Qua

dros

, pai

néis

, con

sole

s co

m d

ois

ou m

ais

apar

elho

s da

s po

siçõ

es 8

5.35

ou

85.3

6, p

ara

com

ando

ou

dist

ribui

ção

de e

nerg

ia e

létri

ca, p

ara

tens

ão >

1 k

V3

3/3

8,0

8,0

-A

C (1

) e A

(2)

3 (1

) e 0

(2)

Máq

uina

s e

equi

pam

ento

s

840

8-90

Out

ros

mot

ores

de

pist

ão, d

e ig

niçã

o po

r com

pres

são,

di

esel

ou

sem

idie

sel

77/

70,

0-8,

05,

9-

AA

(5),

C (1

) e K

(1)

0 (7

)

841

1-81

Out

ras

turb

inas

a g

ás, d

e po

tênc

ia <

= 5.

000

kW3

3/3

3,0-

8,0

6,3

-A

A (2

) e C

(1)

0 (3

) 8

412-

21M

otor

es h

idrá

ulic

os, d

e m

ovim

ento

retil

íneo

(cili

ndro

s)2

2/2

8,0

8,0

-A

A (2

) 0

(2)

841

3-60

Out

ras

bom

bas

volu

mét

ricas

rota

tivas

55/

58,

08,

0-

AA

(5)

0 (5

) 8

414-

30C

ompr

esso

res

para

equ

ipam

ento

s fri

gorífi

cos

22/

28,

08,

0-

AA

(1) e

C (1

)0

(2)

841

8-99

Out

ras

parte

s de

refri

gera

dore

s, c

onge

lado

res

e bo

mba

s de

cal

or2

2/2

8,0

8,0

-A

A (1

) e C

(1)

0 (2

)

841

9-89

Out

ros

apar

elho

s e

disp

ositi

vos

para

trat

amen

to

de m

atér

ias

por m

eio

de o

pera

ções

que

impl

ique

m

mud

ança

de

tem

pera

tura

1010

/10

8,0

8,0

-A

A (8

) e C

(2)

0 (1

0)

842

1-29

Out

ros

apar

elho

s pa

ra fi

ltrar

ou

depu

rar l

íqui

dos

55/

50,

0-8,

06,

4-

AA

(2),

C (2

) e K

(1)

0 (5

)

Page 91: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

91ANEXOS

Pro

duto

sA

d va

lore

mE

spec

ífica

s(L

n/S

H-6

)Ti

pode

tarif

a c

(Ln/

SH

-6)

Am

plitu

deM

édia

EUA

- Cor

eia

Col

ômbi

a - C

orei

aS

.H.

Des

criç

ãoN

º a 8

421-

39O

utro

s ap

arel

hos

para

filtr

ar o

u de

pura

r gas

es6

6/6

0,0-

8,0

6,7

-A

C (3

), A

(2) e

K (1

)0

(6)

842

2-40

Out

ras

máq

uina

s e

apar

elho

s pa

ra e

mpa

cota

r ou

emba

lar m

erca

doria

s5

5/5

8,0

8,0

-A

A (5

)0

(5)

842

4-81

Out

ros

apar

elho

s pa

ra a

gric

ultu

ra o

u ho

rticu

ltura

, par

a pr

ojet

ar o

u pu

lver

izar

líqu

idos

ou

pós

33/

38,

08,

0-

AA

(1) e

C (2

)0

(3)

843

6-80

Out

ras

máq

uina

s e

apar

elho

s pa

ra a

gric

ultu

ra,

horti

cultu

ra, s

ilvic

ultu

ra, a

vicu

ltura

ou

apic

ultu

ra1

1/1

8,0

8,0

-A

C

0

843

9-20

Máq

uina

s e

apar

elho

s pa

ra fa

bric

ação

de

pape

l ou

cartã

o3

3/3

8,0

8,0

-A

A (2

) e C

(1)

0 (3

)

845

5-30

Cili

ndro

s de

lam

inad

ores

, de

met

ais

33/

38,

08,

0-

AC

(2) e

A (1

)0

(3)

846

2-10

Máq

uina

s-fe

rram

enta

s (in

cluí

das

as p

rens

as) p

ara

forja

r ou

est

ampa

r, m

arte

los,

mar

telo

s-pi

lões

e m

artin

etes

22/

28,

08,

0-

AA

(1) e

D (1

)0

(2)

846

7-81

Ser

ras

de c

orre

nte,

hid

rául

icas

o d

e m

otor

não

elé

trico

, de

uso

man

ual

11/

18,

08,

0-

AA

0

846

7-89

Out

ras

ferr

amen

tas

hidr

áulic

as o

u de

mot

or n

ão e

létri

co,

de u

so m

anua

l4

4/4

0,0-

8,0

6,0

-A

K (1

), A

(1) e

C (2

)0

(4)

847

9-89

Out

ras

máq

uina

s e

apar

elho

s m

ecân

icos

com

funç

ão

próp

ria14

14/1

48,

08,

0-

AA

(14)

, K (8

), G

(1)

e C

(3)

0 (1

1) e

3 (1

)

848

1-80

Torn

eira

s e

outro

s di

spos

itivo

s se

mel

hant

es p

ara

cana

lizaç

ões,

cal

deira

s, re

serv

atór

ios,

cub

as e

out

ros

reci

pien

tes

66/

68,

08,

0-

AG

(4),

D (1

) e C

(1)

0 (6

)

848

2-10

Rol

amen

tos

de e

sfer

as2

2/2

8,0-

13,0

10,5

-A

G

0 (2

) 8

482-

20R

olam

ento

s de

role

tes

côni

cos

11/

18,

08,

0-

AG

0

848

3-10

Árv

ores

(vei

os) d

e tra

nsm

issã

o, in

cluí

das

as d

e ex

cênt

ricos

(cam

es) e

vira

breq

uins

(cam

bota

s) e

m

aniv

elas

33/

33,

0-8,

06,

3-

AA

(2) e

G (1

)0

(2) e

3 (1

)

848

3-30

Man

cais

(chu

mac

eira

s) s

em ro

lam

ento

s; "b

ronz

es"

22/

23,

0-8,

05,

5-

AA

(1) e

C (1

)0

(2)

848

3-40

Eng

rena

gens

e ro

das

de fr

icçã

o, e

ixos

de

esfe

ras

ou d

e ro

lete

s; c

aixa

s de

tran

smis

são,

redu

tore

s,

mul

tiplic

ador

es e

var

iado

res

de v

eloc

idad

e8

8/8

3,0-

8,0

6,8

-A

A (8

) 0

(7) e

3 (1

)

848

3-50

Vola

ntes

e p

olia

s, in

cluí

das

as c

ader

nais

22/

28,

08,

0-

AA

(2)

0 (2

)Ve

ícul

os a

utom

otor

es, r

eboq

ues

e ca

rroc

eria

s

840

7-34

Mot

ores

de

pist

ão a

ltern

ativ

o, d

e ig

niçã

o po

r cen

telh

a,

para

pro

puls

ão d

e ve

ícul

os d

o ca

pítu

lo 8

7, d

e ci

lindr

ada

> 1.

000

cm³

22/

28,

08,

0-

AA

(2)

0 (2

)

840

9-99

Out

ras

parte

s pa

ra m

otor

es d

iese

l ou

sem

idie

sel

77/

75,

0-8,

07,

6-

AA

(3),

C (2

) e G

(2)

0 (6

) e 3

(1)

841

3-30

Bom

bas

para

com

bust

ívei

s, lu

brifi

cant

es o

u líq

uido

s de

ar

refe

cim

ento

, par

a m

otor

es d

e ig

niçã

o po

r cen

telh

a ou

po

r com

pres

são

55/

58,

08,

0-

AA

(3),

C (1

) e D

(1)

0 (4

) e 3

(1)

851

1-30

Dis

tribu

idor

es e

bob

inas

de

igni

ção

para

mot

ores

de

igni

ção

por c

ente

lha

ou p

or c

ompr

essã

o2

2/2

3,0-

8,0

5,5

-A

A (2

)0

(1) e

3 (1

)

870

1-20

Trat

ores

rodo

viár

ios

para

sem

i-reb

oque

s2

2/2

8,0

8,0

-A

A0

(2)

870

2-10

Veíc

ulos

aut

omóv

eis

para

tran

spor

te =

> 10

pes

soas

, co

m m

otor

de

pist

ão, d

e ig

niçã

o po

r com

pres

são

66/

610

,010

,0-

AA

(2)

0 (6

)

Page 92: NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL · ra o estoque de investimentos coreano ainda seja pequeno. Política comercial da Coreia do Sul – tarifas A política comercial da

92NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

92

Pro

duto

sA

d va

lore

mE

spec

ífica

s(L

n/S

H-6

)Ti

pode

tarif

a c

(Ln/

SH

-6)

Am

plitu

deM

édia

EUA

- Cor

eia

Col

ômbi

a - C

orei

aS

.H.

Des

criç

ãoN

º a

870

3-21

Aut

omóv

eis

de p

assa

geiro

s, in

cluí

dos

os v

eícu

los

de

uso

mis

to ("

stat

ion

wag

ons"

) e o

s au

tom

óvei

s de

cor

rida,

co

m m

otor

de

pist

ão a

ltern

ativ

o, d

e ig

niçã

o po

r cen

telh

a,

de c

ilind

rada

<=

1.00

0 cm

³

22/

28,

08,

0-

AA

(7)

0 (2

)

870

3-23

Aut

omóv

eis

de p

assa

geiro

s, in

cluí

dos

os v

eícu

los

de

uso

mis

to ("

stat

ion

wag

ons"

) e o

s au

tom

óvei

s de

cor

rida,

co

m m

otor

de

pist

ão a

ltern

ativ

o, d

e ig

niçã

o po

r cen

telh

a,

de c

ilind

rada

> 1

.500

cm

³ e <

= 3.

000

cm³

44/

48,

08,

0-

AA

(7)

0 (4

)

870

3-90

Out

ros

auto

móv

eis

de p

assa

geiro

s, in

cluí

dos

os

veíc

ulos

de

uso

mis

to e

os

auto

móv

eis

de c

orrid

a2

2/2

8,0

8,0

-A

A (6

) e G

(2)

0 (2

)

870

4-22

Veíc

ulos

aut

omóv

eis

para

tran

spor

te d

e m

erca

doria

s,

com

mot

or d

e pi

stão

, de

igni

ção

por c

ompr

essã

o, d

e pe

so e

m c

arga

máx

ima

> 5

t e <

= 20

t7

7/7

10,0

10,0

-A

A (4

)0

(7)

870

4-31

Veíc

ulos

aut

omóv

eis

para

tran

spor

te d

e m

erca

doria

s,

com

mot

or d

e pi

stão

, de

igni

ção

por c

ente

lha,

de

peso

em

car

ga m

áxim

a <=

5 t

55/

510

,010

,0-

AA

(4)

0 (5

)

870

8-40

Cai

xas

de m

arch

as (v

eloc

idad

e) e

sua

s pa

rtes,

par

a ve

ícul

os a

utom

óvei

s da

s po

siçõ

es 8

701

a 87

051

1/1

8,0

8,0

-A

A3

870

8-50

Eix

os d

e tra

nsm

issã

o co

m d

ifere

ncia

l, m

esm

o pr

ovid

os

de o

utro

s ór

gãos

de

trans

mis

são,

e s

uas

parte

s, p

ara

veíc

ulos

aut

omóv

eis

das

posi

ções

870

1 a

8705

22/

28,

08,

0-

AA

3 (2

)

870

8-80

Sis

tem

as d

e su

spen

são

e su

as p

arte

s (in

cluí

dos

os a

mor

tece

dore

s de

sus

pens

ão),

para

veí

culo

s au

tom

óvei

s da

s po

siçõ

es 8

701

a 87

051

1/1

8,0

8,0

-A

A3

870

8-94

Vola

ntes

, bar

ras,

cai

xas

de d

ireçã

o, e

sua

s pa

rtes,

par

a ve

ícul

os a

utom

óvei

s da

s po

siçõ

es 8

701

a 87

051

1/1

8,0

8,0

-A

A3

Out

ros

equi

pam

ento

s de

tran

spor

te, e

xcet

o ve

ícul

os a

utom

otor

es 8

411-

91P

arte

s de

turb

orre

ator

es o

u de

turb

opro

puls

ores

22/

23,

0-8,

05,

5-

AA

(1) e

C (1

)0

(2)

860

7-19

Eix

os e

roda

s e

suas

par

tes,

de

veíc

ulos

par

a vi

as

férr

eas

44/

45,

05,

0-

AA

(4)

0 (3

) e 3

(1)

890

5-90

Bar

cos-

faró

is, g

uind

aste

s, d

ocas

, diq

ues

flutu

ante

s e

outra

s em

barc

açõe

s em

que

a n

aveg

ação

e a

cess

ória

da

funç

ão p

rinci

pal

99/

95,

05,

0-

AA

(9)

0 (9

)

Indú

stria

s di

vers

as

901

8-32

Agu

lhas

tubu

lare

s de

met

al e

agu

lhas

par

a su

tura

s, p

ara

uso

méd

ico,

cirú

rgic

o, o

dont

ológ

ico

ou v

eter

inár

io3

3/3

8,0

8,0

-A

C (3

)0

(3)

960

9-10

Lápi

s3

3/3

8,0

8,0

-A

A (3

)0

(3)

Font

es: (

1) W

its/T

rain

s (2

) Sec

ex/M

DIC

(3) C

omtra

de/O

nu. E

labo

raçã

o: F

unce

x.N

otas

:a)

Núm

ero

de li

nhas

nac

iona

is n

o an

ob)

NM

F =

Naç

ão m

ais

favo

reci

dac)

As

tarif

as u

tiliz

am a

seg

uint

e no

men

clat

ura:

A =

o p

rodu

to S

.H. p

ossu

i ape

nas

tarif

as A

d Va

lore

m; E

= p

ossu

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as e

spec

ífica

s; A

E =

pos

sui a

mba

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) tar

ifa in

exis

tent

e ou

não

iden

tifica

da.

d) O

cál

culo

da

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itude

e m

édia

seg

undo

S.H

leva

em

con

side

raçã

o as

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as a

d va

lore

m e

quiv

alen

tes

elab

orad

as a

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tir d

as ta

rifas

esp

ecífi

cas

e da

s ta

rifas

apl

icad

as, d

e ac

ordo

com

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93ANEXOS

ANEXO B – Cronograma de desgravação tarifária da Coreia do Sul no acordo com os EUA

Categorias válidas para ambos os países

Categorias de produtos Cronograma

A Liberalização imediata.

B Duas reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo1 (tarifa eliminada no início do 20 ano de vigência).

C Três reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 30 ano de vigência).

D Cinco reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 50 ano de vigência).

E Seis reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 60 ano de vigência)

F Sete reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 7º ano de vigência).

G Dez reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 10º ano de vigência).

H Quinze reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 15º ano de vigência).

I Dez reduções anuais com percentuais crescentes a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 10º ano de vigência).

J Oito anos de carência, seguidos de quatro reduções anuais iguais (tarifa eliminada no início do 12º ano de vigência).

K Manutenção da tarifa zero vigente antes do acordo.

Categorias válidas apenas para a Coreia

Categorias de produtos Cronograma

L Nove reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 9º ano de vigência).

M Doze reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 12º ano de vigência).

N Redução para 30% ad valorem em quinze reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 160 ano).

O Dezoito reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 18º ano de vigência).

P Vinte reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 200 ano de vigência)

Q Reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada em 2014, menos de dois anos após a entrada em vigor do acordo)

T Dez anos de carência, seguidos de cinco reduções anuais iguais (tarifa eliminada no início do 15º ano de vigência).

UEliminação imediata na entrada em vigor do acordo para bens entrando na Coreia entre 1 de dezembro e 30 de abril. Para o restante do ano, carência de sete anos, seguida de oito reduções anuais iguais (tarifa eliminada no início do 150 ano) de vigência).

V

Para bens entrando na Coreia entre 1 de maio e 15 de outubro, dezessete reduções anuais iguais a partir da entrada em vigor do acordo (tarifa eliminada no início do 170 ano de vigência). Para o restante do ano, redução para 24% ad valorem na entrada em vigor do acordo. A partir do início do segundo ano de vigência, quatro reduções anuais iguais (tarifa eliminada no início do 50 ano).

WPara bens entrando na Coreia entre 1 de setembro e o fim de fevereiro, as alíquotas permanecerão no nível das tarifas base. Para o restante do ano, redução para 30% ad valorem na entrada em vigor do acordo. A partir do início do segundo ano de vigência, seis reduções anuais iguais (tarifa eliminada no início do 70 ano).

X Alíquotas permanecerão no nível das tarifas base.

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94NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

94

Categorias de produtos Cronograma

Y Sem qualquer tipo de compromisso

Z Redução para 20% ad valorem na entrada em vigor do acordo. A partir do início do segundo ano de vigência, nove reduções anuais iguais (tarifa eliminada no início do 100 ano).

Categorias de produtos agrícolas sujeitos a cotas tarifárias

Categorias de produtos Cronograma

Apêndice 2.B.1.O Apêndice lista os produtos sujeitos a cotas, bem como as cotas isentas de tarifas durante períodos de 12 a 15 anos> os produtos incluem pescados, lácteos, mel, cereais, batatas, soja para alimentação humana etc.

ANEXO C – CRONOGRAMA DE DESGRAVAÇÃO TARIFÁRIA DA COREIA DO SUL NO ACORDO COM A COLÔMBIA

Categorias válidas para ambos os países

Categorias de produtos Cronograma

0 Liberalização imediata.

3 Três reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 30 ano de vigência).

5 Cinco reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 50 ano de vigência).

7 Sete reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 7º ano de vigência).

10 Dez reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 10º ano de vigência).

12 Doze reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 12º ano de vigência).

15 Quinze reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 15º ano de vigência).

16 Dezesseis reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 16º ano de vigência).

19 Dezenove reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 19º ano de vigência).

E Manutenção da tarifa base

Categorias válidas apenas para a Coreia

Categorias de produtos Cronograma

12-A Carência de dois anos a partir da vigência do acordo. A partir do início do terceiro ano, dez reduções anuais iguais (tarifa eliminada no início do 120 ano).

13 Treze reduções anuais iguais a partir da vigência do acordo (tarifa eliminada no início do 13º ano de vigência)

16-A Carência de dois anos a partir da vigência do acordo. . A partir do início do terceiro ano, catorze reduções anuais iguais (tarifa eliminada no início do 160 ano).

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95ANEXOS

Categorias de produtos Cronograma

16-S Para bens entrando na Coreia entre 1 de maio e 31 de outubro, as alíquotas permanecerão nos níveis da tarifa base. Para o restante do ano, dezesseis reduções anuais iguais (tarifa eliminada no início do 160 ano).

X Sem qualquer tipo de compromisso

Categorias de produtos agrícolas sujeitos a cotas tarifárias

Categorias de produtos Cronograma

Apêndice 2.A.1.O Apêndice lista os produtos sujeitos a cotas com base em salvaguardas agrícolas, bem como as cotas crescentes e tarifas decrescentes aplicáveis a tais produtos durante 20 ou 21 anos. Dois produtos são contemplados: carne bovina (02.01.30 e 02.02.30) e tangerinas.

ANEXO D – PRINCIPAIS DISPOSIÇÕES EM COMÉRCIO DE SERVIÇOS, INVESTIMENTOS E COMPRAS GOVERNAMENTAIS NOS ACORDOS SELECIONADOS

Quadro 1 – Comércio transfronteiriço de serviços – principais disposições dos acordos selecionados

Cobertura do capítulo

Setores e medidas excluídas do

capítulo

Acesso a mercados, tratamento nacional

e de NMFPresença local Outras disposições Reservas

Comércio transfronteiriço de serviços (modos 1 e 2 do GATS). Modo 3 incluído em Investimentos e modo 4 é objeto do capítulo de entrada provisória de pessoas de negócios).

Setores tratados em capítulo específicos.

Nos dois acordos, subsídios, compras governamentais, serviços de transporte aéreo (e serviços auxiliares).

Sim, nos dois acordos.

Exigência não permitida nos dois acordos

Regulação doméstica, reconhecimento de qualificações e transparência são artigos dos capítulos de ambos os acordos.

Reservas horizontais e setoriais a TN, NMF, presença local e acesso a mercados apresentadas nos Anexos I e II sob a forma de listas negativas.

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96NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM A COREIA DO SUL – INTERESSES OFENSIVOS DO BRASIL

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Quadro 2 – Investimentos – principais disposições dos acordos selecionados

Conceito de investimento

Âmbito de aplicação

Acesso a mercados

e Tratamento Nacional

Tratamento NMF

Nível mínimo de tratamento Requisitos de desempenho

Cláusula de expropriação

indireta

Solução de controvérsias

Investidor – Estado

Amplo (asset-based), cobrindo vasta gama de ativos. Inclui investimentos em serviços (considerado modo 3 de comércio de serviços no GATS).

Nos dois acordos, obrigações se aplicam aos níveis central e subcentrais de governo.Investimentos cobertos pelo acordo são aqueles existentes na data de entrada em vigor ou posteriormente a ela.

Não há cláusula de acesso a mercado nos capítulos de investimentos. Tratamento nacional: presente nos dois acordos..

Sim, mas no caso do acordo com a Colômbia, a cláusula de NMF do capítulo não se submete ao mecanismo de solução de controvérsias investidor - Estado. No acordo com os EUA não há esta exceção.

Nos dois acordos, tratamento de acordo com direito internacional consuetudinário. Conceitos de tratamento justo e equitativo e garantia de proteção e segurança plena , conforme definidos pelo direito internacional consuetudinários. Anexos qualificam estes conceitos.O acordo com os EUA inclui disposições adicionais sobre restituição ou compensação de perdas do investidor em função de requisição ou destruição do investimento pelas autoridades ou forças do país.

Nos dois acordos: TRIMs plus para exigências impostas ao investimento.Proibição de TRIMs vetadas pela OMC como condicionante da recepção de vantagens pelo investimento.

Nos dois acordos: qualificação das restrições segundo critérios de saúde, segurança e meio ambiente.

Proibição de TRIMS relacionada à transferência de tecnologia não se aplica se a Parte autoriza uso de propriedade intelectual nos termos autorizados pelos Artigos 31 e 39 de TRIPs

Nos dois acordos: sim, mas qualifica-se “expropriação indireta” segundo critérios que levem em conta o caráter e o impacto econômico do ato governamental. Medidas não discriminatórias adotadas em defesa do bem estar público não constituem expropriações indiretas, exceto em raras circunstâncias.

Nos dois acordos: sim..

Quadro 3 – Compras governamentais– principais disposições dos acordos selecionados

Âmbito de aplicação Princípios e disciplinas gerais

Regras e procedimentos

de licitação e de impugnação

Outras disposições

Os dois capítulos têm escopo idêntico:, embora com formatos diferentes. O Acordo com a Colômbia é longo, detalhando disposições de acesso a mercado, além de regras de transparência e de procedimentos voltados para mitigar riscos de discriminação. Como tal, o capítulo define as atividades cobertas, não cobertas, os schedules de apresentação de compromissos e reservas, princípios de compliance e de valoração dos contratos com a finalidade de determinar se este está coberta pelo capítulo.

Âmbito de aplicação: medidas aplicáveis às compras cobertas pelo Capítulo, ou seja, compras de bens e serviços (ou uma combinação de ambos) listados em anexo de cada Parte, pelas entidades governamentais também listadas, com valor igual ou superiores aos patamares também definidos em anexo.

Ambos os acordos contemplam compras governamentais como conceito amplo, incluindo modalidades contratuais, como leasing, arrendamento, contratos de concessão, BOT etc. Apenas no acordo com os EUA, prevê-se a cobertura, pelo capítulo, das compras governamentais de produtos digitais.

O acordo com os EUA é mais sucinto, na medida em que incorpora uma grande quantidade de disposições substantivas do acordo da OMC, evitando-se portanto repeti-las no acordo bilateral. A forma de apresentação de compromissos e reservas converge com a do acordo com a Colômbia.

Nos dois acordos, tratamento nacional e não discriminatório.Regras de origem aplicadas a bens e serviços comprados devem ser as regras do Acordo aplicadas ao comércio de bens e serviços.Proibição de condições compensatórias especiais: proibição de qualquer tipo de offset

Regras buscando assegurar não discriminação nas várias etapas e várias modalidades do processo de licitação e contratação (publicação de informação pertinente, condições de participação, qualificação de fornecedores, definição das especificações técnicas do produto ou serviço, disponibilidade de documentação para participar das licitações, prazos, regras para contestação e impugnação de resultados etc).

Na TPP, exceções relacionadas à segurança nacional, saúde, ordem pública, proteção da propriedade intelectual, proteção do meio ambiente etc.

Outras exceções às disciplinas do Capítulo: aquisição de terras e imóveis (apenas no caso do acordo com a ColÔmbia), acordos não contratuais (inclusive subsídios e incentivos fiscais), compras para ajuda internacional etc.

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97ANEXOS

ANEXO E – COMPROMISSOS, RESERVAS E EXCEÇÕES DA COREIA DO SUL EM COMÉRCIO DE SERVIÇOS, INVESTIMENTOS E COMPRAS GOVERNAMENTAIS NOS ACORDOS SELECIONADOS

Quadro 1 – Compromissos, reservas e exceções da Coreia do Sul em comércio de serviços, investimentos e compras governamentais

Comércio transfronteiriço de serviços e Investimentos

As matrizes de compromissos dos dois acordos seguem, para comércio transfronteiriço de serviços, investimentos e compras governamentais, modelos semelhantes. No caso de serviços e investimentos, listas negativas de medidas que não cumprem as regras e disciplinas dos capítulos em questão. No caso de compras governamentais, há listas positivas dos três tipos de entidades cobertas e as exceções aos bens cobertos são também explicitamente listadas (trata--se de alguns tipos de bens adquiridos para fins de defesa pelos órgãos competentes).

Nos dois acordos, as listas negativas de reservas em serviços e investimentos contemplam medidas restritivas relacionadas a uma ou mais das seguintes disciplinas do capítulo de investimentos: acesso a mercados, tratamento nacional, tratamento de nação mais favorecida, requisitos de desempenho, composição da alta administração e da diretoria das empresas e acesso a mercados. No caso do capítulo de serviços, não constam reservas à proibição de requisitos de desempenho – que não existe neste capítulo – mas há reservas à proibição de exigência de presença local. No acordo com os EUA, há um anexo com reservas específicas ao capítulo de serviços financeiros – que não existe no acordo com a Colômbia.

Nos dois acordos há anexos listando medidas horizontais ou setoriais aplicáveis ao comércio de serviços e aos investimentos que as Partes mantêm (Anexo I) e/ou se reservam o direito de manter ou de vir a adotar no futuro (Anexo II).

Não há diferenças relevantes entre os perfis de reservas da Coreia do Sul apresentadas nos dois acordos. No Anexo I, há um número muito maior de reservas aplicáveis ao comércio transfronteiriço de serviços do que aos investimentos (41 contra 9). Nesse Anexo, serviços profissionais, de transporte (nos diferentes modais), de distribuição e serviços às empresas são os setores com participação mais relevante. As reservas aplicáveis ao comércio de serviços dizem respeito, em sua grande maioria, às disciplinas relativas a acesso a mercados e à não exigência de presença local para prestar o serviço. Há poucos casos de reservas de tratamento nacional, em setores como transporte, telecomunicações e serviços de pesquisa científica. As reservas relativas a investimentos do Anexo I envolvem serviços de energia, de comunicação, educacionais e serviços às empresas. As reservas dizem respeito sempre a tratamento nacional, em alguns casos, também a requisitos de desempenho e acesso a mercado.

Há ainda, no Anexo I, duas reservas a investimentos em atividades produtivas: agricultura e pecuária, manufatura de produtos biológicos. No primeiro caso, a reserva diz respeito à disciplina de tratamento nacional, no segundo a requisitos de desempenho.

O Anexo II – reservas relativa a medidas que o país pretende manter ou se autoriza a adotar – é composto por medidas que dizem respeito praticamente aos mesmos setores contemplados no Anexo I. Há duas reservas horizontais amplas (em termos de disciplinas afetadas) aplicáveis a comércio de serviços e investimentos, referentes ao direito de condicionar o estabelecimento ou aquisição a considerações de ordem pública e de adotar/manter medidas relacionadas à transferência de ações de empresas estatais e ativos públicos.

As reservas setoriais do Anexo II se referem em geral simultaneamente ao comércio transfronteiriço de serviços quanto a investimentos e constituem waivers a diversas disciplinas ao mesmo tempo: tratamento nacional, requisitos de desempenho, presença local e conselho de administração e direção das empresas. Caracteriza-se assim um conjunto de reservas atuais e futuras ao comércio de serviços e aos investimentos com cobertura bastante ampla. Há reservas à regra de tratamento de nação mais favorecida no setor de transporte (para preservar arranjos bilaterais setoriais) e de sérvios de comunicação. Em termos setoriais, transporte e energia são os principais segmentos econômicos afetados pelas reservas não horizontais do Anexo II dos dois acordos. O único setor produtor de bens a que se aplicam reservas aos investimentos no Anexo II é o de pesca e a reserva inscrita se refere a tratamento nacional.

Ainda no Anexo II dos dois acordos, existe uma lista de melhorias feitas pela Coreia do Sul à sua lista de compromissos apresentada no GATS. As melhorias dizem respeito a acesso a mercados e impactam serviços de pesquisa e desenvolvimento, pesquisa de mercado e de opinião, serviços de turismo e viagens etc.

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Compras governamentais

Nos dois acordos considerados, os compromissos sul-coreanos de acesso a mercado aprofundam os níveis assumidos no acordo da OMC. Concretamente, no caso do acordo com os EUA, a Coreia do Sul reduziu, em relação a seus compromissos no acordo da OMC, o patamar (em valor) das compras de bens e serviços sujeitas às regras do acordo à metade e ampliou a lista de entidades centrais cobertas pelos compromissos. Entidades subcentrais e outras não foram incluídas no acordo bilateral, mas fazem parte dos compromissos da Coreia do SUL na OMC, os quais beneficiam os EUA – também signatário do acordo plurilateral.

O acordo com a Colômbia também inclui um capítulo exclusivamente dedicado a compras governamentais, estabelecendo compromissos de acesso a mercado. Neste caso, a Colômbia não é membro do acordo temático da OMC e os compromissos cobrem entidades centrais, subcentrais e outras – a lista coreana sendo praticamente idêntica à do país na OMC. Os patamares são reduzidos em relação à OMC para bens e serviços - passando a 70.000 SDR para as entidades centrais – e para 200´.000 SDR para todas as entidades subcentrais – aí incluídos os governos locais, para os quais o patamar coreano na OMC é de 400.000 SDR. Os patamares para serviços de construção não se alteram em relação aos compromissos assumidos na OMC, mantendo-se em 15 milhões de SDR.

As reservas se aplicam apenas a alguns tipos de bens (listados nos acordos) comprados pelos órgãos de defesa e às compras de bens e serviços que se situem abaixo dos patamares estabelecidos.

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CNI

Robson Braga de AndradePresidente

DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO INDÚSTRIAL – DDI

Carlos Eduardo AbjaodiDiretor de Desenvolvimento Industrial

GERÊNCIA EXECUTIVA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS

Diego Zancan BonomoGerente-Executivo de Assuntos Internacionais

GERÊNCIA DE NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS

Fabrizio Sardelli PanziniGerente de Negociações Internacionais

Allana RodriguesCarolina MatosEduardo AlvimEquipe Técnica

DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO – DIRCOM

Carlos Alberto BarreirosDiretor de Comunicação

GERÊNCIA EXECUTIVA DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA – GEXPP

Carla GonçalvesGerente-Executiva de Publicidade e Propaganda

Walner de OliveiraProdução Editorial

DIRETORIA DE SERVIÇOS CORPORATIVOS – DSC

Fernando Augusto TrivellatoDiretor de Serviços Corporativos

ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO, DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO – ADINF

Maurício Vasconcelos de Carvalho Gerente-Executivo de Administração, Documentação e Informação

Alberto Nemoto YamagutiNormalização

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CINDESFUNCEXConsultoria

IComunicaçãoProjeto Gráfico e Diagramação

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