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QUA11DEZ www.jornaldeangola.co.ao Quarta-feira 11 de Dezembro de 2019 Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR Ano 44 N.º 15837 Kz 45,00 PUBLICIDADE NESTA EDIÇÃO ERNESTO ARAÚJO Brasil e Angola: tempo de reencontro OPINIÃO 11 EM NOVE MESES Hospital Psiquiátrico atende mais de oito mil pacientes SOCIEDADE 27 SOS CRIANÇA INAC lança número para denunciar casos de violência SOCIEDADE 26 TURISMO Indústria de Portugal é atracção para Angola ÚLTIMA 32 DECISÃO DO PLENÁRIO Tribunal Supremo reduz pena de Augusto Tomás POLÍTICA 3 RELATÓRIO Mulheres são as que mais morrem no país ÚLTIMA 32 DECLARAÇÃO DO BP MPLA destaca luta contra a discriminação POLÍTICA 2 ANDEBOL Selecção Nacional está de regresso DESPORTO 30 LOTES DESTINADOS À AUTO-CONSTRUÇÃO DIRIGIDA Terrenos infra-estruturados atraem multidão ao Kilamba Mais de mil candidaturas para a aquisição de lotes destinados à construção de habi- tações na Centralidade do Kilamba deram entrada ontem, na Empresa Gestora de Terrenos Infra-estruturados (EGTI-EP). As duas pequenas salas contentorizadas, instaladas no terreno para proceder ao registo dos interessados, foram cercadas, desde as primeiras horas da manhã, por centenas de pessoas antes mesmo de as portas terem sido abertas. Entre as filas de gente, não faltaram os "espertalhões" que, pressurosos, tentavam furar entre a multidão. A chefe do Departamento da Direcção e Marketing da EGTI, Elba George, disse que, depois do anúncio, na segunda- feira, da abertura do processo de vendas de terreno, algumas pessoas fizeram ins- crições por via online. Os terrenos sofreram uma redução de 50 por cento no preço ini- cialmente estipulado. ECONOMIA 12 ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO EM 2022 DECLARA RÉU Angola acolhe Cimeira do grupo ACP Angola acolhe a 10ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo do Grupo de Paí- ses de África, Caraíbas e Pacífico (ACP), em 2022, devendo assumir a pre- sidência das três regiões. A informação foi avan- çada ontem, em Nairobi, pelo Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, na ceri- mónia de encerramento da 9ª Cimeira. POLÍTICA 2 Ex-Presidente autorizou assinaturas dos contratos O réu Jorge Gaudens Pon- tes Sebastião afirmou, ontem, em tribunal, que o contrato de consultoria técnica e financeira, assi- nado entre a empresa Mais Financial Servicie e o Banco Nacional de Angola, foi autorizado pelo ex-Pre- sidente da República, José Eduardo dos Santos. POLÍTICA 3 Catoca prevê 700 milhões de dólares A Sociedade Mineira de Catoca prevê fechar as con- tas de 2019 com uma fac- turação na ordem dos 700 milhões de dólares, indica um comunicado da em- presa. As projecções foram apresentadas pelo direc- tor-geral de Catoca, Benedito Paulo Manuel, no II Con- selho de Direcção Alargado da empresa, realizado em Saurimo, na Lunda-Sul. ECONOMIA 13 EM DEZ PROVÍNCIAS DO PAÍS Crianças são vacinadas contra a pólio KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Bela Malaquias descreve horrores da Jamba UNITA CONTAS ENTREVISTA 4 | 5 | 6 As crianças dos zero aos cinco anos residentes nas províncias de Luanda, Benguela, Bié, Cuanza-Sul, Huambo, Huíla, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Ma- lanje e Moxico são vacinadas contra a poliomielite, entre os dias 13 e 15 deste mês. Segundo o Ministério da Saúde, Luanda espera vacinar um milhão e 600 mil crianças, tendo mobilizado 22 mil técnicos para trabalhar na cam- panha, com o apoio das FAA, Polícia e dos Bombeiros. SOCIEDADE 26

NESTA EDIÇÃO ERNESTO ARAÚJO atraem multidão ao Kilamba EM … · 2019. 12. 11. · QUA11DEZ Quarta-feira 11 de Dezembro de 2019 Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO

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QUA11DEZ

www.jornaldeangola.co.ao

Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

Director: VÍCTOR SILVADirector-Adjunto: CAETANO JÚNIOR

Ano 44 • N.º 15837

Kz 45,00

PUBLICIDADE

N E S T A E D I Ç Ã O

ERNESTO ARAÚJOBrasil e Angola:

tempo de reencontroOPINIÃO • 11

EM NOVE MESES

Hospital Psiquiátricoatende mais de oitomil pacientes SOCIEDADE • 27

SOS CRIANÇAINAC lança número para denunciar casos de violência

SOCIEDADE • 26

TURISMO

Indústria de Portugalé atracção para Angola

ÚLTIMA • 32

DECISÃO DO PLENÁRIOTribunal Supremo reduzpena de Augusto Tomás

POLÍTICA • 3

RELATÓRIOMulheres são as quemais morrem no país

ÚLTIMA • 32

DECLARAÇÃO DO BPMPLA destaca luta

contra a discriminaçãoPOLÍTICA • 2

ANDEBOL

Selecção Nacionalestá de regresso

DESPORTO • 30

LOTES DESTINADOS À AUTO-CONSTRUÇÃO DIRIGIDA

Terrenos infra-estruturadosatraem multidão ao KilambaMais de mil candidaturas para a aquisiçãode lotes destinados à construção de habi-tações na Centralidade do Kilamba deramentrada ontem, na Empresa Gestora deTerrenos Infra-estruturados (EGTI-EP).As duas pequenas salas contentorizadas,instaladas no terreno para proceder ao

registo dos interessados, foram cercadas,desde as primeiras horas da manhã, porcentenas de pessoas antes mesmo de asportas terem sido abertas. Entre as filasde gente, não faltaram os "espertalhões"que, pressurosos, tentavam furar entre amultidão. A chefe do Departamento da

Direcção e Marketing da EGTI, Elba George,disse que, depois do anúncio, na segunda-feira, da abertura do processo de vendasde terreno, algumas pessoas fizeram ins-crições por via online. Os terrenos sofreramuma redução de 50 por cento no preço ini-cialmente estipulado. ECONOMIA • 12

ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

EM 2022 DECLARA RÉU

Angola acolhe Cimeira dogrupo ACPAngola acolhe a 10ª Cimeirados Chefes de Estado e deGoverno do Grupo de Paí-ses de África, Caraíbas ePacífico (ACP), em 2022,devendo assumir a pre-sidência das três regiões.A informação foi avan-çada ontem, em Nairobi,pelo Presidente do Quénia,Uhuru Kenyatta, na ceri-mónia de encerramentoda 9ª Cimeira.

POLÍTICA • 2

Ex-Presidenteautorizouassinaturas dos contratosO réu Jorge Gaudens Pon-tes Sebastião afirmou,ontem, em tribunal, queo contrato de consultoriatécnica e financeira, assi-nado entre a empresa MaisFinancial Servicie e o BancoNacional de Angola, foiautorizado pelo ex-Pre-sidente da República, JoséEduardo dos Santos.

POLÍTICA • 3

Catoca prevê700 milhões de dólaresA Sociedade Mineira deCatoca prevê fechar as con-tas de 2019 com uma fac-turação na ordem dos 700milhões de dólares, indicaum comunicado da em-presa. As projecções foramapresentadas pelo direc-tor-geral de Catoca, BeneditoPaulo Manuel, no II Con-selho de Direcção Alargadoda empresa, realizado emSaurimo, na Lunda-Sul.

ECONOMIA • 13

EM DEZ PROVÍNCIAS DO PAÍS

Crianças são vacinadas contra a pólio

KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

Bela Malaquiasdescreve horrores da Jamba

UNITACONTAS

ENTREVISTA • 4 | 5 | 6

As crianças dos zero aos cinco anosresidentes nas províncias de Luanda,Benguela, Bié, Cuanza-Sul, Huambo,Huíla, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Ma-lanje e Moxico são vacinadas contra apoliomielite, entre os dias 13 e 15 deste

mês. Segundo o Ministério da Saúde,Luanda espera vacinar um milhão e600 mil crianças, tendo mobilizado22 mil técnicos para trabalhar na cam-panha, com o apoio das FAA, Políciae dos Bombeiros. SOCIEDADE • 26

Page 2: NESTA EDIÇÃO ERNESTO ARAÚJO atraem multidão ao Kilamba EM … · 2019. 12. 11. · QUA11DEZ Quarta-feira 11 de Dezembro de 2019 Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO

KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

Ministro garante progresso dos direitos humanos no país

DIREITOS HUMANOS

O ministro da Justiça e dosDireitos Humanos, FranciscoQueiroz, reafirmou ontem,em Luanda, o compromissode Angola com a implemen-tação dos planos regionaise internacionais de combateao tráfico de seres humanos,tendo em vista reduzir osefeitos desse mal. Ao discursar na abertura

da VI Conferência Nacionalsobre os Direitos Humanos,Francisco Queiroz sublinhouque no quadro dessa estra-tégia o país está na fase finalda elaboração do plano deacção nacional de combateao tráfico de seres humanos.No encontro, que também

visou assinalar o 71º aniver-sário do Dia Internacionaldos Direitos Humanos, quehoje se celebra, o governantereconheceu a existência demuitos desafios no domíniodos direitos humanos.Sublinhou que os passos

dados até agora, a par da coo-peração com os parceiros deAngola, dão ao país a certezade estar no bom caminho eque a situação dos direitoshumanos continuará em per-manente progresso.O ministro da Justiça refe-

riu que Angola deu passosconcretos quanto ao combateao tráfico de seres humanos,

uma das prioridades doEstado angolano.No mesmo acto, a vice-

presidente da 10ª Comissãoda Assembleia Nacional, Ana-bela Gunga, informou quemensalmente a Comissão, daqual faz parte, recebe emmédia 25 reclamações de cida-dãos relativamente a questõesdos direitos humanos.Os cidadãos recorrem tam-

bém à 10ª Comissão do Par-lamento, para alertar sobrea violação dos seus direitoscivis e políticos, referiu Ana-bela Gunga.O representante do UNICEF

em Angola, Abubacar Sultan,reafirmou, a propósito, oempenho da organização empromover e proteger os direi-tos humanos, em colaboraçãocom o Executivo angolano.Este ano, a Organização

das Nações Unidas dedica oDia Internacional dos Direi-tos Humanos à juventude,tendo escolhido o lema: Osjovens defendem os DireitosHumanos.O Dia Internacional dos

Direitos Humanos assinala-se para honrar a data (10 deDezembro 1948) em que aAssembleia Geral das NaçõesUnidas proclamou a Decla-ração Universal dos DireitosHumanos.

Reafirmado combate ao tráfico de pessoas

2 Quarta-feira11 de Dezembro de 2019POLÍTICA

Edna Dala | Nairobi

Angolaacolhe, em 2022, a 10ªCimeira dos Chefes de Estadoe de Governo do Grupo de Paí-ses de África, Caraíbas e Pací-fico (ACP), devendo assumira presidência das três regiõesda organização.A informação foi avançada

pelo Presidente do Quénia,Uhuru Kenyatta, na cerimó-nia de encerramento da 9ªcimeira, e confirmada peloVice-Presidente da Repú-blica, Bornito de Sousa.“Confirmo a disponibilidade

de Angola acolher a 10ª CimeiraACP, cujos detalhes sobre adata para os procedimentosoperativos serão tratados como secretariado”, disse o Chefede Estado queniano.Bornito de Sousa, que vol-

tou a discursar no último diada cimeira que juntou 90chefes de Estado e de Governodo grupo ACP, destacou queo país vive um período degrandes transformações nosplanos político, económico,social, cultural e ainda contacom uma experiência nodomínio dos processos depaz interna e regional.Angola, acrescentou, está

num processo de abandonoda “monocultura” do petró-leo e início da diversificaçãoda economia e a desenvolverprogramas activos de trans-parência governativa e decombate à corrupção. O Vice-Presidente acres-

centou que o país está tambémempenhado nas reformaspolíticas, nas quais se incluia realização, pela primeiravez, de eleições municipais.Recordou que Angola tem

potencial em termos de re-

cursos turísticos, com desta-que para o Projecto OkavangoZambeze, envolvendo Angola,Namíbia, Botswana, Zâmbiae Zimbabwe.Ainda ontem, Bornito de

Sousa foi recebido em audiên-cia pelo homólogo do Quénia,Willian Ruto. Recebeu emaudiência o ministro dos Negó-cios Estrangeiros do Gabão,Allain Claude Billie By-Nze.O Vice-Presidente do

Quénia, Willian Ruto, feli-citou o Governo angolanopela eleição de Georges Chi-koti para o cargo de secre-tário-geral do ACP.

Georges Rebelo Chikoti pro-meteu trabalhar para garantirum grupo de países mais dinâ-mico e visível a todos os níveis,com base no multilateralis-mo, para melhor concorrerna arena internacional. Na conferência de imprensa

que aconteceu depois doencerramento, o diplomataangolano reconheceu que aorganização tem muitos pro-jectos e ideias para pôr emprática neste momento dereformas do grupo.Ladeado do Presidente

Uhuru Kenyatta e do secre-tário-geral cessante Patrick

Gomes, Chikoti reafirmou amobilização de recursosfinanceiros como um dosdesafios do seu mandato.

Declaração de Nairobi Os chefes de Estado e deGoverno dos Países de África,Caraíbas e Pacífico concor-daram em redobrar esforçosde governação intra ACP, Sul-Sul e a cooperação triangularpara promover a paz e a segu-rança mundial, melhorandoo comércio e os investimentosnas três regiões do grupo.Na Declaração de Nairobi,

os líderes apontaram igual-mente a aceleração dos sectoresempresariais e o investimentocomo um dos mecanismosmais acertados para o desen-volvimento do comércio. Assu-miram o sector privado comouma das grandes prioridadesdo Grupo para os próximosanos, com destaque para atransformação do sector indus-trial, com preferência para aseconomias azul e verde. A Declaração, lida pelo

Presidente do Quénia e dogrupo ACP, Uhuru Kenyatta,sublinhou que todos os líderescomprometeram-se em redo-brar esforços para integrar aseconomias ACP nas cadeiasde valor mundial, apoiandoo crescimento das pequenas,médias e micro-empresas,sobretudo aquelas que sãogeridas por jovens, mulherese pessoas com deficiência.Sobre as alterações cli-

máticas, os líderes compro-meteram-se em trabalharde forma mais próxima comas alianças existentes e redo-brar os mecanismos de pro-tecção contra as mudançasdo clima.

EM 2022DR

Vice-Presidente da República foi recebido pelo Presidente do Quénia Uhuru Kenyatta

Angola acolhe próxima cimeira do grupo ACPNa Declaração de Nairobi, os líderes do grupo assumiram o compromisso de promover a paz e segurança mundial

O Bureau Político do MPLAcondenou ontem as acçõesque visam criar um clima detensão social e de descrençanas mudanças políticas, so-ciais e económicas lideradaspelo Presidente da República,João Lourenço.Numa declaração a propó-sito do 63º aniversário dafundação do partido, assi-nalado ontem, o BP do MPLAdeclara incondicional apoioao Executivo e encoraja oPresidente da República aprosseguir com as reformasem curso no país, para orelançamento da economianacional, rumo ao progressoe ao desenvolvimento.A direcção do MPLA con-sidera que a “difícil situaçãoeconómico-financeira deAngola exige sacrifícios porparte de todos os seus filhos”,estando a ser feito tudo comvista a melhorar as condiçõesde vida de todos os angolanose não apenas de uma minorialigada às elites dominantes.Refere a implementação

de medidas de políticas quevisam inverter a actual situa-ção económica adversa,“relançar e posicionar a eco-nomia nacional no rumo doprogresso e do desenvolvi-mento, bem como devolveraos angolanos o legítimosentimento de esperança emdias melhores”.Na declaração, sublinha-sea importância do 10 de Dezem-bro de 1956, por representaro “espírito de coragem e deabnegação pelos valores daauto-determinação dos ango-lanos” e considera que “o per-curso histórico e revolucionáriodo MPLA é a mais pura expres-são da bravura e do patriotismodo povo angolano”. A data,acrescenta, representa o espí-rito de coragem e abnegaçãopelos valores da auto-deter-minação dos angolanos.

DECLARAÇÃO DO BP

MPLA condenatentativas dedesestabilização

EMBAIXADOR DA FRANÇA

César André|

O embaixadorda França emAngola, Sylvain Itté, enalteceuontem, em Luanda, o "papelpreponderante de Angola"na estabilização e segurançado continente africano. Em declarações à im pren-

sa, à margem da cerimóniade entrega de diplomas a umgrupo de oficiais das ForçasArmadas Angolanas e da Polí-cia Nacional, que concluiu umcurso de Língua Francesa naAlliance Française de Luanda,o diplomata garantiu apoiodo seu país ao Exército ango-lano para a estabilização daÁfrica Austral.“As FAA são muito bem

treinadas e com uma repu-

tação muito séria. São forçasmuito bem organizadas.Constituem, sem dúvida,um grande reforço aos esfor-ços para a manutenção dapaz no continente”, disse oembaixador Sylvain Itté,salientando que já existem,entre os dois Estados, acordosfirmados nos domínios dadefesa e segurança. “A Françaestá a construir com Angolauma cooperação estruturada,a longo prazo, no sector daDefesa”, afirmou.O ensino da Língua Fran-

cesa e a cooperação na áreada segurança marítima (Golfoda Guiné) para assegurar asrotas marítimas, são algumasdas áreas de interesse bila-teral mencionadas pelo di-plomata francês.

Elogiado papel do país na estabilização regional

Sylvain Itté também ma-nifestou disponibilidade daFrança em trabalhar com aMarinha de Guerra Angolana(MGA), salientando que emtermos práticos esta co-ope-ração já se observa, tendo men-cionado as constantes escalasde navios franceses no paísnos últimos dois anos."Em cada cinco meses,

um barco francês escalaLuanda, no quadro do Pro-tocolo de Yaoundé sobresegurança marítima do Golfoda Guiné", referiu, acres-centando que o objectivo éreforçar e ampliar a coope-ração bilateral.O embaixador da França

disse que a formação de efec-tivos do Exército angolano nalíngua francesa é uma demons-tração das "excelentes rela-ções" bilaterais, no domínioda Defesa e Segurança.A França, acrescentou,

ofereceu a mais de 150 mili-tares e polícias angolanos apossibilidade de frequentaremaulas de francês na "AllianceFrançaise", em Luanda.

O Vice-Presidenteacrescentou que opaís está tambémempenhado nas

reformas políticas,nas quais se inclui a

realização, pelaprimeira vez, de

eleições municipais

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COOPERATIVA DE PESCA NO BENGO

Mário Clemente | Ambriz

A cooperativa de pescaTunga Kiaponta, no muni-cípio do Ambriz, provínciado Bengo, beneficiou ontemde duas embarcações, noâmbito do projecto de rein-tegração sócio-económicade antigos combatentes eveteranos da Pátria.

As embarcações, equipadascom motores de marca Yamaha,de 40 cavalos e respectivos kitsde acessórios, foram disponi-bilizadas no âmbito do pro-grama de reinserção sócio-eco-nómica dos pensionistas eassistidos pelo Ministério dosAntigos Combatentes e Vete-ranos da Pátria.

Ao fazer a entrega das embar-cações, o ministro dos AntigosCombatentes e Veteranos daPátria, João Ernesto dos Santos“Liberdade”, referiu que osmeios vão, em grande medida,melhorar as condições sociais

dos assistidos, criando 10 novosempregos para descendentesde antigos combatentes.

O projecto de distribuiçãode embarcações, explicou,vai abranger também as pro-víncias de Benguela, Cuanza-Sul e Zaire.

O ministro acrescentouque o processo de recadas-tramento e prova de vida, naprovíncia do Bengo, só vaiacontecer em 2020.

A governadora do Bengo,Mara Quiosa, que testemu-nhou a entrega das embar-cações, apontou os ganhoseconómicos previstos para acooperativa, com impacto nacomunidade local, em funçãoda boa utilização e gestão dosmeios pelos órgãos locaiscompetentes. A cooperativade pesca artesanal Tunga Kia-ponta, criada há mais de dezanos, é constituída por 46mulheres e 26 homens, todosantigos combatentes.

Antigos combatentes recebem embarcações

CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

As embarcações de pesca vão criar dez novos empregos

O plenáriodo Tribunal Supremo reduziu a penade prisão a que foram condenados os réus do“Caso Conselho Nacional de Carregadores”,entre os quais o ex-ministro dos Transportes,Augusto Tomás.

Segundo fonte do Tribunal Supremo, AugustoTomás foi condenado na pena de oito anos equatro meses de prisão maior, pela prática doscrimes de peculato, violação das normas deexecução do plano e orçamento, sob formacontinuada e o crime de participação económicaem negócio.

No julgamento em primeira instância, naCâmara Criminal, o ex-ministro dos Transportesfoi condenado a 14 anos de prisão maior.

Isabel Bragança, antiga directora adjunta paraa área Financeira do CNC teve a pena reduzidade 12 para seis anos e dois meses de prisão.

O antigo director-geral do Conselho Nacionalde Carregadores, Manuel António Paulo, foicondenado a cinco anos e dois meses de prisão,ao contrário dos 10 anos de prisão maior querecebeu na primeira instância.

O antigo director adjunto para a área Técni-ca do CNC, Rui Manuel Moita, condenado a 10anos de prisão pela Câmara Criminal vai cumprirapenas cinco anos e dois meses. Eurico Silvafoi condenado a dois anos de prisão com penasuspensa.

Supremo reduz penade Augusto Tomás

Adelina Inácio

O empresário Jorge GaudensPontes Sebastião afirmouontem, em Tribunal, que ocontrato de consultoria técnicae financeira assinado entre aempresa Mais Financial Servicee o Banco Nacional de Angolafoi autorizado pelo ex-Pre-sidente da República, JoséEduardo dos Santos.

Jorge Gaudens PontesSebastião foi acusado e pro-nunciado nos crimes de asso-ciação criminosa, fabrico efalsificação de títulos de cré-dito, burla por defraudaçãoe branqueamento de capitais.

O arguido, que foi o pri-meiro dos quatro réus a serouvido pela Câmara Criminaldo Tribunal Supremo, reforçouque foram assinados muitoscontratos , mas todos auto-rizados pelo então Titular doPoder Executivo.

“A assinatura dos várioscontratos foi autorizada peloChefe do Executivo e faziaparte da consultoria técnicae financeira”, afirmou.

Jorge Gaudens PontesSebastião afirmou ainda que

a empresa Mais Financial Ser-vice é credível para assumiro papel que teve na assinaturados referidos contratos. “AMais Financial Service é umaempresa credível, pois já foiescrutinada pelo Banco Nacio-nal de Angola aquando daparticipação accionista noBanco Mais, inicialmente com51 por cento e depois 75 porcento”, disse.

O réu, que foi ouvido durantetodo o dia de ontem, negou terconcertado com José Filomenodos Santos “Zenu” para arqui-tectarem um plano para seapropriarem de valores mone-tários do Estado.

Jorge Gaudens Pontes Sebas-tião referiu que José Eduardodos Santos orientou que seavançasse com o negócio, masque não envolvia o Fundo Sobe-rano de Angola. Segundo osautos, Jorge Gaudens PontesSebastião e José Filomeno dosSantos não pretendiam devolveros 500 milhões e os 24 milhõesde euros ao Estado. A este pro-pósito, Jorge Gaudens PontesSebastião afirmou que a acu-sação não condiz com a verdade,uma vez que ele mesmo soli-citou o retorno destes valores,

depois de o ministro das Finan-ças, através de um e-mail, teralertado que havia problemascom os fundos de garantia.

“Só tive conhecimento queuma carta enviada ao ex-Pre-sidente da República poderiaser falsa no momento em queo Estado angolano moveu umprocesso em Londres devidoa transferência dos 500 milhõesde dólares”, disse.

O réu explicou ainda queos 24 milhões de euros recla-mados no processo dos 500milhões pelo Estado angolanoforam devolvidos voluntaria-mente. Jorge Gaudens PontesSebastião acrescentou que,apesar de a sua conta estar blo-queada, devolveu ao Estado os24 milhões e mais dois milhõesreferentes às custas judiciais.

Economista de profissãoe empresário, Jorge GaudensPontes Sebastião revelou quetem uma renda mensal de 12milhões de kwanzas e é pro-prietário de sete empresas.O réu disse que o Estado fezo contrato com uma das suasempresas, a Bromangol, paraa montagem e gestão da redenacional de laboratórios decontrolo de qualidade.

TRANSFERÊNCIA DE 500 MILHÕES DE DÓLARES PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Dono da empresa Mais Financial Service foi o primeiro réu a ser interrogado pelo Tribunal

Réu afirma que ex-PR autorizou os contratos Empresário Jorge Gaudens Pontes Sebastião foi o primeiro a serouvido e negou intenção de se apropriar de fundos públicos

A secretária-geral da Orga-nização da Mulher Angolana(OMA), Luzia Inglês “Inga”,recebeu na segunda-feira, emLuanda, a Medalha da Ordem“Ana Betancourt”, num eventoorganizado pela Federação dasMulheres Cubanas.

A atribuição da maior dis-tinção conferida a cidadãscubanas ou estrangeirasdeveu-se ao facto de LuziaInglês possuir uma extensatrajectória revolucionária eter participado, activamente,na luta pela Independênciade Angola.

Foi ainda distinguida peloseu contributo, entrega e con-sagração permanente ao tra-balho e à Pátria, sendo, porisso, uma referência para asnovas gerações de jovens deAngola, de África e do mundo,em geral.

“Luzia Inglês é uma mulherinfluente, pela sua hierarquia,entrega e dedicação às causasjustas do país e do mundo,tendo, por isso, um grandeprestígio nacional e interna-cional”, sublinhou IreneWeba, membro do conselhode honra.

Para a secretária-geralda OMA, a medalha tem umsignificado muito especial,pois representa uma figuraexcepcional da luta pela Inde-pendência de Cuba.

No mesmo dia, o secre-tário-geral do MPLA, PauloPombolo, manteve um en-contro de cortesia com asecretária-geral da Federaçãodas Mulheres Cubanas (FMC),Maria Teresa Ulle.

Estiveram no centro daconversa questões relacio-nadas com o fortalecimentodos laços de irmandade e desolidariedade entre o MPLAe o Partido Comunista deCuba. Maria Teresa Ulle disseà imprensa que o encontroserviu também para reforçaros laços de amizade que sem-pre caracterizaram os doispaíses e povos.

A também membro doBureau Político do PartidoComunista de Cuba disse terinformado ao secretário-geraldo MPLA sobre a realizaçãode uma festa especial para acomemoração do 30º aniver-sário da “Operação Tributo”,uma acção que também estáligada à História de Angola.

César André com Angop

Secretária-geral da OMA lutou pela Independência

MEDALHA

Luzia Inglêsdistinguidapelas mulherescubanas

DECISÃO DO PLENÁRIO

DOMINGOS CADÊNCIA | EDIÇÕES NOVEMBRO

O ex-governador do BancoNacional de Angola, Valter Filipe,não compareceu ontem ao Tri-bunal para a sessão de julga-mento devido ao seu estadode saúde, informou o advogadode defesa, Sérgio Raimundo.

“Ele está internado, fez os examese estamos à espera dos resultadose, em função da recomendaçãomédica, vamos ver se ele estaráem condições de estar nas próximassessões”, disse. Segundo a ordemda acusação e da pronúncia, ValterFilipe é o terceiro a ser ouvido peloTribunal , depois de Jorge GaudensPontes Sebastião e José Filomenodos Santos. O advogado de defesaafirmou que Valter Filipe encon-

tra-se doente há mais de um ano.“Antes de ser constituído arguidofoi submetido a uma intervençãocirúrgica em Espanha e teria devoltar tempos depois para umarevisão. Já requeremos inúmerasvezes autorização para tal, mas atéao momento não há uma respostado Tribunal”, disse, salientandonão entender como uma pessoadoente há muitos anos não lhe épermitido sair.

Sérgio Raimundo afirmou queo país não tem médicos para tratara doença do seu constituinte,que está acometido de uma dis-pneia. “Ele pode morrer à noitea dormir e dorme com umamáquina e esta máquina já apre-

senta algumas avarias há algumtempo. Junto fotografia dessamáquina , mas infelizmente nuncafomos respondidos”, lamentou.

O advogado explicou queapesar de terem sido levantadasas medidas de coacção, comexcepção do termo de identidadee residência, as pessoas conti-nuam submetidas a medidasde coacção ilegalmente e nemtêm sequer os passaportes parapoderem viajar como a leimanda. O advogado afirmouque a falta de ar condicionadonas instalações do Palácio deJustiça contribui significativa-mente para o estado de saúdedo seu constituinte.

Ex-governador do Banco Nacional internado

3Quarta-feira11 de Dezembro de 2019POLÍTICA

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Faustino Henrique

Por quê esperou tanto tempopara lançar uma obra sobreas memórias da guerra, que,subitamente, se transfor-mou num “best-seller” e jáesgotado?Não acho que esperei portempo nenhum. Apenas achoque encontrei agora as con-dições objectivas e subjec-tivas para a publicação desselivro. E vale dizer que esselivro não faz parte de qualqueroutra agenda que não tivesseque ver com factos por mimvividos. Não o publiquei emfunção do fim da guerra, dasdatas, calendários, não temnada a ver.

É mera coincidência que o livrosaia numa altura em que, porum lado, existem esforços paraenaltecer a figura de JonasSavimbi e, por outro, a publi-cação da senhora?Se as pessoas tiverem umaideia do tempo que leva aescrever um livro, talvez sejamais fácil a questão começara ser colocada dessa forma.Um livro não se escreve nu-ma semana.

O facto de o livro intitular-se“Heroínas da Dignidade I”pressupõe a publicação dosegundo ?Sim! A vinda do segundo,do terceiro, do quarto... Asminhas vivências, as minhasexperiências e as situaçõespor mim testemunhadas sãomatérias que não se esgotamnum livro. No entanto, eudisse para mim mesma queera preciso reflectir tudoisso em livros, sendo esseo primeiro.

O dia 8 de Fevereiro de 1976foi previsível no que a adesãoà UNITA diz respeito ou aca-bou apenas por ser arreba-tada pela “onda de então”, aoponto de deixar a cidade afavor das matas?Foi a “onda de então”, masisso não tem nada a ver coma adesão à UNITA. Não é umadata que integra as duas situa-ções. Eu já era da UNITA. Aminha família, o meu pai aminha mãe foram os funda-dores da primeira célula daUNITA, no Moxico, e, porcausa disso, o meu pai foiparar à cadeia de São Nicolau,em 1966, como nacionalista,chamado terrorista na altura.Um ano depois, a minha mãetinha sido presa pela PIDE-DGS e lá estávamos nós, ascrianças, a partir para a cadeiade São Nicolau com os pais.Quando ocorre a eclosão daguerra, nós estávamos noHuambo, como uma famíliada UNITA, mas nada indicavaque havia um projecto paraas pessoas seguirem para asmatas. São coisas comple-tamente diferentes.

A forma como tudo começou,a formação das colunas e afuga desordenada, no quecaracterizou no livro como o"Okwenda nõ” (Andar à toa,na língua Umbundu), não era

o prenúncio de excessos queviriam a seguir ?Não era possível prever, por-que, naquela altura, tudoquanto as pessoas estavama fazer era fugir. Fugir semum plano, sem um destinoà vista. Era muita gente dis-persa, colunas atrás de colu-nas, das zonas urbanas paraas matas, numa tentativapara escapar das bombas ebalas. Nestas circunstâncias,havia pessoas que tinhamficado nas aldeias, pessoasque, depois da fuga, conse-guiram regressar e outrasque acabaram integradas nacoluna de Jonas Savimbi.Ele tinha, nesta altura, umasede ou escritório no Bié e,como acabamos fugindo doHuambo para o Bié, lá ficá-mos integrados.

Falando sobre a Jamba ... oque Bela Malaquias descrevecontrasta com o que outros ofizeram. Por exemplo, JardoMuekália, no seu livro “Angolaa Segunda Revolução – Memó-rias da Luta pela Democracia,escreve, na página 129, que,por volta de Outubro de 1980,"a Jamba era uma base quetinha um ar de vitória, comgente que irradiava confiança,pululando de um lado parao outro ….”Eu não quero polemizar comaquilo que os outros disse-ram. Quero apenas dizer oque eu vi e vivi. Creio que,em 1980, estava-se mais noDelta, território da Repúblicada Namíbia. A Jamba nãotinha ainda a configuraçãoque passou a ter mais tarde,não estava ainda povoadacom gente. A Jamba passoua ter uma pujança própria a

determinada altura, depoisdesse ano. Portanto, nãopode dizer que tinha já atin-gido o apogeu em 1980. Maso que descrevo no livro, oestado de medo e outras des-crições, não são da mesmanatureza que os aspectosreferidos, para se poder fazeruma comparação.

A Jamba era, naquela altura,uma espécie de embrião dafutura República Negro-Afri-cana e Socialista de Angola,baseada em paradigmas comoo patriarcado, o tradiciona-lismo e, em certa medida, oobscurantismo? Pessoas comoBela Malaquias e outras, jábastante esclarecidas, con-seguiam rever-se naquelespressupostos?Pessoalmente não. Houvequem se revisse, mas eu não.

No seu primeiro encontro comJonas Savimbi, Bela Malaquias,tal como descreve na página27, diz que “naquela altura,não tinha medo de falar. Diziao que pensava e sentia”. Passoua ter medo depois daqueleencontro?Não passei a ter medo eaquele foi apenas um dosencontros. Não passei a termedo, porque eu não soumedrosa. Eu aprendi a nãoter medo em casa dos meuspais. A educação que os meuspais me deram é para nãoter medo. Se vir bem a minhatrajectória, eu acompanheios meus pais a enfrentar oregime colonial, a enfrentara PIDE; eu vi como eles lida-vam com a situação preva-lecente. Eu fui a São Nicolau,vezes sem conta, acompa-nhei as intervenções do pai

sobre situações de injustiçajá naquela altura. Agora, issonão significa que eu nãotenha cuidado. É preciso dis-tinguir o medo do cuidado.Quando sinto que a corre-lação de forças não me é favo-rável, eu prefiro afastar-me.E às vezes evoco sempre oparalelismo que ocorre comaqueles animais que se fin-gem mortos para não seremmortos. E assim fui passando.E vale dizer também que nãome coibi previamente naabordagem com Savimbi,porque eu não supunha queele tinha as característicasperversas que passou a reve-lar depois. Eu não o conheciae, a dada altura, ele não tinhaainda demonstrado as carac-terísticas como todo o psi-copata, que primeiro mostrao seu lado angelical, paraatrair as pessoas, mas logoque sinta domínio sobre aspessoas, mostra a sua ver-dadeira face. E como naque-la altura não tinha o contextoque passou a existir depois,eu estava completamenteà vontade para falar. Masquando notei que não erabem assim, passei a retrair-me mais.

Como é que eram encaradasas mulheres como Bela Mala-quias, que possuíam, já na-quela altura, o 5º ano do Liceu,da era colonial?Muito mal encaradas e atéeram o alvo preferencial deJonas Savimbi. Porque, sefor a ver, a maior parte, senão todas as mulheres queforam queimadas vivas, eramtodas formadas. Eles, os diri-gentes da UNITA em geral,diziam de boca cheia que

“agora é a nossa vez de usaras mulheres do quinto ano”.

Isso é sério, assim nestes ter-mos?Jonas Savimbi dizia isso emcomício e com palavrões quenem vale a pena aqui repro-duzi-los.

O poder de Jonas Savimbi pas-sou a ser absoluto? Essa per-gunta deve-se ao facto, alegadopor Jardo Muekália, de que opoder na UNITA, a certa altura,era colegial, entre o PresidenteSavimbi, o secretário-geralPuna e o comandante das FALA,Chiwale. Era esse o triunviratoque mandava ?Como disse, não vou pelasapreciações que os outrosfazem ou fizeram, mas poraquilo que eu vi, ouvi e sobreo qual tenho provas. O poderde Jonas Savimbi não passoua ser absoluto, sempre foi.É aquilo que eu disse que adada altura, quando Savimbinão tinha o domínio com-pleto, da mesma forma quese mostrava amável comtodos nós, geria uma situaçãode alguma permissividadepara com os dois que citou.Mas estes não tinham qual-quer poder, nem ousavame digo isso porque vivi comeles; acompanhei de muitoperto a teia de relações tecidaentre os três, que não era deigual para igual. Era Savimbiquem determinava tudo.

Ainda assim, não será excessivodescrever Jonas Savimbi comoum “psicopata narcisista” e"um predador sexual”, comoBela Malaquias o faz no livro ?Não, absolutamente. Não,absolutamente. Não e, na

Florbela Catarina Malaquias ou simplesmenteBela Malaquias, ex-jornalista da extinta RádioVorgan, antiga militante da UNITA e radialistada RNA, é a “autora do momento”, com a obraliterária "Heroínas da Dignidade I - Memóriasde Guerra", obra literária que esgotou poucodepois da sua publicação.

BELA MALAQUIAS, EM ENTREVISTA AO JORNAL DE ANGOLA

4 DESTAQUE Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

“As mulheresdo 5º Ano eram alvospreferenciais de JonasSavimbi”

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"Há pessoas emLuanda que viram

filhos de tenra idadeserem fuzilados,

mas que continuamfanáticas da UNITA"

Page 5: NESTA EDIÇÃO ERNESTO ARAÚJO atraem multidão ao Kilamba EM … · 2019. 12. 11. · QUA11DEZ Quarta-feira 11 de Dezembro de 2019 Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO

verdade, sobre essa figura,eu podia trazer aspectoscom muito mais episódios,evocando nomes de pessoasque ainda estão vivas e queassistiram os vários episó-dios. A descrição feita pormim, de psicopata narci-sista, não tem nada de novo,porque há muitos especia-listas que já o fizeram. Eunão sou a primeira e quemquiser ter uma percepçãosobre essa realidade bastaacessar aos vídeos, às fotos,para ver a expressão facial,ler os seus movimentos edará facilmente conta. Masele não é o primeiro e comoele surgiram vários ao longoda História. Porque o psico-pata é caracterizado por umconjunto de padrões, já estu-dados, e quando uma pessoacabe no conjunto das des-crições, naquelas condutaspsicopáticas, a definição éfácil de atribuir.

No livro, Bela Malaquiasescreve que Jonas Savimbiqueixava-se do tamanho doseu nariz, que não suportavapessoas de boa aparência oude uma determinada ascen-dência… Isso era factual?Várias vezes, nos comícios,fazia referências sobre essasituação, falando, por exem-plo, “olha, vocês falam domeu nariz”, numa alusão àsuposta zombaria de que eraalvo por parte das pessoas.Daí em diante, ninguém podiafalar sobre Savimbi, querpositiva, quer negativamente.Era tanta BRINDE por tudoquanto fosse canto, que, seo nome Savimbi fosse ou-vido, independentementedo contexto, as pessoas envol-vidas acabariam por ter pro-blemas. Para não se correresse risco, as pessoas inven-tavam expressões, gestos ousinais quando estivessem areferir-se a ele.

Todo esse relato, sobre o quese passou no dia 7 de Setem-bro de 1983 e outras situações,são de recolha de informações,de testemunhos, do seu diáriopessoal?Eu estive lá, não precisavade diário.

Mas há passagens do livro sobreas quais diz que lhe foram con-tadas pela sua irmã Tita...Sim! Porque ela tinha sidouma sobrevivente daquelesítio para aonde tinhamsido degredadas. Ela fezparte do segundo grupo.De tudo o que ocorreu com

este grupo, ela fez-me che-gar dados escritos pelo pró-prio punho. Ela tinha sidoenviada para o degredo, lugarpara aonde foram pararaquelas que tinham esca-pado da fogueira.

Falando da fogueira ... No livrohá uma descrição sobre umatentativa de Ernesto Mulatoem defesa de uma senhora,tendo sido contrariado porJonas Savimbi. As pessoaseram encaminhadas para afogueira sem que houvessequem interviesse, no mínimopara dissuadir Jonas Savimbi?Podia haver engano, não?

Essa pergunta, para quemesteve fora do palco dosacontecimentos, pode sercabível, mas para quemesteve lá, como eu, é exac-tamente o contrário. Não sepode falar da possibilida-de de engano. Engano háquando se trata de um jul-gamento, de uma queixa.Mas não quando alguémacorda com uma lista de pes-soas, que acha que se tratade “personae non gratae” eque merecem morrer. Antesde ir queimar as pessoas,houve uma reunião prévia,no jango, por parte dos diri-gentes do partido, e saíramda reunião para a parada,para irem queimar as pessoasvivas. É verdade que não seiqual tinha sido o conteúdoda conversa no jango, muitomenos se Savimbi tinha dadoa conhecer aos colaboradoresmais próximos os nomes daspessoas que, em princípio,seriam queimadas, disso nãosei, porque eu não estava lá.

Nem faz a mínima ideia doprocesso de elaboração dalista das pessoas que seriamqueimadas?Essa lista não era elaborada.Partia da cabeça de JonasSavimbi. Ele próprio é quedeterminava que fulano,sicrano e beltrano devemmorrer.

O ódio de Jonas Savimbi pelasmulheres devia-se apenas aoseu lado "psicopata", comodescreve, ou havia outrascausas?O lado psicopático explicatudo isso. Se alguém se derao trabalho de se informarcomo é que um psicopataage e reage vai encontrarrespostas. Porque o psicopatatem o ego inflado e quer quetoda a gente lhe faça vénia,lhe renda homenagem e quer

ser o proprietário de tudo oque entender que deva ter.E quando encontra algumaresistência nessas pessoas,mas que do alto da sua psi-copatia entende que, sendochefe, ninguém lhe podedizer não, ele mata, porqueacha que terá perdido odomínio sobre aquelas pes-soas que ousam dizer não.Portanto, aqui não tem nadaa ver com o que deve ser,devia ser, com consideraçõespolíticas, não. Tem a ver comanomalia mental da pessoa.

Atendendo a laços de paren-tesco e afinidades na UNITA,como tudo isso acontecia, àluz do dia, na presença detodos, sem que a liderançade Jonas Savimbi tivesse sido“beliscada”?Isso é mais difícil de explicar.Na minha apreciação, aspessoas viviam debaixo domedo; tinham tanto medoe sabiam que se mexessemuma palha seriam fuziladas.Como ninguém quis serfuzilado em defesa da suamãe, esposa, irmão ou filhoconsentiam e temiam. Hápessoas que andam porLuanda e que viram filhosde tenra idade serem fuzi-lados, mas o pai continuafanático da UNITA. Querdizer que se trata de umasituação que, para aquelaspessoas que têm sensibili-dade, não tem explicação.Mas para um psicopata nãoprecisa de explicação.

A tentativa de golpe atribuí-da a Sangumba, Chindondoera apenas uma invençãode Savimbi? Savimbi nuncatinha sofrido uma tentativade derrube?Se fosse possível, talvez fossederrubado lá na Jamba, por-que grande parte das pessoasestavam fartas e descon-tentes com as atitudes deSavimbi e com o rumo quea UNITA levava. Mas as pes-soas fuziladas, por exemplo,Sangumba, que até era meuprimo, não era da área mili-tar. Era um diplomata, umintelectual, que se encon-trava a trabalhar pelo partidonos Estados Unidos e queacabou convocado para aJamba por qualquer razãoque eu desconheço, mas ter-minou acusado de participarde um golpe contra Savimbi.Sangumba foi morto, porqueera benquisto pelas pessoas,

tinha proeminência, era umintelectual de fina fibra eessas qualidades faziamconfusão a Savimbi. Se virmosbem, todas as pessoas fuzi-ladas por Savimbi tinhamsempre algum estatutosocial, intelectual ou militarde alto gabarito. É com essaspessoas que Savimbi se preo-cupava para dizimar. NaJamba, nunca houve tenta-tiva para o derrubar. E houveuma cena caricata envol-vendo três senhoras, entreelas a minha irmã, na alturaem que Savimbi a assediava.Foram alvo de uma paradacom militares, na qual TitaMalaquias, Eunice Sapassae uma outra foram apre-sentadas por Jonas Savimbicomo pessoas que estavama tentar fazer um golpe.Tudo isso para instigar atropa contra as senhoras.Era impossível fazer golpe,porque ninguém tinha tro-pas do seu lado.

Falemos um bocado do para-doxo ligado ao facto de, mui-tas vezes, a UNITA ser apre-sentada como tendo formadomuitos quadros, mas, aomesmo tempo, uma exces-siva promoção do obscuran-tismo no seio do partido, ajulgar pela descrição no livrode Bela Malaquias...É mesmo um paradoxo. Masfalando sobre essa coisa deformação de quadros, aspessoas devem fazer umacronologia dos factos .Quando fui para as matas,já tinha feito o 5º ano doensino colonial e muitaspessoas com idade superiorà minha estavam já forma-das. Todos esses dirigentesdas forças armadas faziamparte daquela nata que vinhado Huambo, alguns já eramfurriéis. Muitos pastoresvindos das igrejas tinhamcomo ofício ensinar. Essegrupo de gente já formadanão tinha sido pela UNITA.Tal como os professores, ospastores das igrejas, numaaltura em que não havia umhorizonte temporal para ofim da guerra e preocupadoscom o futuro das crianças,dos seus filhos, passaram adedicar-se ao ensino. Foramessas pessoas que começa-ram a dar aulas informal-mente, debaixo das árvores,um processo que começoue ganhar corpo até à for-malização, que permitiu aformação a vários níveis,do base ao secundário.Depois de um certo nível,eram seleccionados algunse enviados para o exterior.Mas não sei se passava de200 o número de benefi-ciários. Por isso, quando sefala em formação de quadrosna UNITA, não se pode per-der de vista que grande partejá vinha formada desde aépoca colonial.

Como se processava o acessode pessoas para a Jamba,como é que as populaçõeschegavam e que tipo de aco-lhimento recebiam?Isso é matéria do meu pró-ximo livro. Assim estareia esgotar o que ainda estána forja.

Que papel é que as igrejastinham na Jamba? Dedica-vam-se ao ensino do evangelho

à luz da cartilha da UNITA?Isso era muito complexo.Numa primeira me-dida, as igrejas eramproibidas, porquealegadamente iriamenfraquecer o ím-peto dos soldados.E há um caso para-digmático, que é odo fuzilamento dosenhor Sicato, a quemchamávamos Sicatão,simplesmente por serTestemunha de Jeová.As igrejas eram proibi-das, mas depois,com o

crescimento da Jamba ecom as visitas que as váriasdelegações estrangeirasfaziam, havia toda a neces-sidade de propagandear aliberdade religiosa. Assim,construíram-se duas igre-jas, uma católica e outraprotestante, frequentadana sua maioria por mulhe-res e idosos. Lembro-meque mandava os meus filhosà igreja com o meu pai, jáidoso naquela altura. Masse eu fosse à igreja, podiaser encarada como reac-cionária. Apenas a popu-lação de uma certa idade,as crianças podiam fre-quentar as igrejas. Há mui-ta manipulação em relaçãoàs igrejas, tendo havidocenas de espancamentode pastores.

Havia casos de fuga bem su-cedida ou tentativa de fugana Jamba?Houve, numa altura, entre1991 e 1992, em que o antigoQuartel-General da UNITAjá estava mais ou menos sobabandono, porque a direcçãodo partido já tinha saído delá. Tenho o caso de umasobrinha, o marido e o filho,que tentaram fugir, mas que,depois de perseguidos, oesposo acabou morto. Elaescapou com o filho.

Citou o nome de Eunice Sa-passa, fundadora da LIMA,dizendo que se tratava deuma mulher com uma verti-calidade sem precedentes noseio da ala feminina da UNITA.Essa forma de a descrever é

5Quarta-feira11 de Dezembro de 2019DESTAQUE

"O poder de JonasSavimbi não passou aser absoluto, semprefoi. É aquilo que eudisse que a dadaaltura, quando

Savimbi não tinha odomínio completo, damesma forma que semostrava amável comtodos nós, geria umasituação de algumapermissividade paracom os dois que citou.Mas estes não tinhamqualquer poder, nemousavam e digo issoporque vivi com eles;acompanhei de muitoperto a teia de relaçõestecida entre os três,que não era de igual

para igual

JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

Nascida, a 26 deJaneiro de 1959, naprovíncia do Moxico,Florbela CatarinaMalaquias élicenciada emDireito, pelaUniversidadeAgostinho Neto(UAN), Mestre emCiências Jurídico-empresariais.

Também conhecidacomo Bela

Malaquias, foimilitar das antigasFALA, braço armadoda UNITA, na épocado conflito armado,tendo chegado àpatente de capitã.Exerceu jornalismona extinta RádioVorgan, durante oconflito armado,tendo continuado omesmo exercício naRádio Nacional deAngola, na qual, nos

últimos anos,chegou a ocupar o

cargo deadministradoraexecutiva.Actualmente,dedica-se à advocacia e à escrita.

Notabiográfica

A escritora descreve Savimbi como um predador sexual

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um ataque às demais que asucederam e tentaram outentam minimizar o papelque ela teve na fundação econdução da LIMA?Ainda bem que fala em ata-que para poder dizer que eunão pretendo atacar ninguém.Essa pergunta é óptima, numaaltura em que alguns se sen-tem atacados . Quandoalguém narra factos, tal comoeles se passaram, não se tratade um ataque, mas apenasum relato sobre o que teste-munhou. Se eu disser queSavimbi matou Eunice é tãoverdade que não estou a ata-car Savimbi, estás a perceber?Não é ataque, é apenas dizerque A matou B. Quanto aEunice Sapassa, foi presidenteda LIMA, trabalhou e deu oseu melhor em nome daorganização. A minha indig-nação radica no facto de verhoje pessoas que falam dedireitos humanos, da valo-rização das mulheres, etc.Toda esta narrativa sem quesejam capazes de aberta-mente dizer que ali foi assas-sinada uma mulher da estirpede Eunice Sapassa.

Por quê razão acha que háessa omissão por parte dasmulheres da UNITA, que nãosão capazes de denunciar osexcessos contra as suas com-panheiras?Não gosto de especular, maso que lhe posso dizer é queoptaram por esse compor-tamento.

Todas as mulheres passarampelo crivo e porquê?Todas, eu também. Isto doCrivo não foi uma coisa deum dia apenas. Criou-semesmo uma máquina ouestrutura para transportar asmulheres de camiões portudo quanto fossem aldeiase bases mais distantes paraa Jamba para o crivo, espaçoem que as mulheres eramsubmetidas a procedimentosque visavam alegadamentedespojá-las de mixórdias oufeitiços. Fingia-se que asmulheres possuíam feitiço,havendo mesmo casos emque se dizia que existiampessoas com feitiço sem quedisso tivessem conheci-mento, razão pela qual pre-cisavam de passar pelo Crivo.Dizia-se que o feitiço de algu-mas mulheres estava atrasaro andamento da revolução.

No dia 7 de Setembro de 1983,Bela Malaquias ficou mesmoem casa, sem ir à parada,quando havia ordens expres-sas de Savimbi para que a

“polícia” não deixasse nin-guém ficar em casa?Fiquei mesmo em casa.Havia as tais ordens, é ver-dade, mas fiquei. E estavaa supor que os agentes nãoentrariam de casa em casa,mas acabaram por encon-trar-me. Tive de inventarque estava incomodada e,sabe, é como em tudo, numgrupo de algozes, há sempreos que se compadecem. Ealguém disse “eh pá, deixemlá a senhora”.

No dia seguinte, escreve noseu l ivro, os agentes daBRINDE tinham afinado aaudição, a visão, o tacto e atéo olfacto, para denunciar todae qualquer reacção contráriaàs matanças do dia anterior.A BRINDE era assim tão omni-presente e omnipotente?Sim, era. A BRINDE tinhaescalões. Uns instruíamoutros, havia outros que nãoeram propriamente mem-bros da referida brigada ehavia, por exemplo, a URIAL(um destacamento da JURA,no seio da BRINDE), umacoisa medonha, formadapor elementos que chega-vam a denunciar inclusiveos pais. Todos vigiavamtodos e depois havia aquelasituação em que quem quei-xasse mais, mais isento daperseguição estaria, maisnas graças de Savimbi ficariae mais privilégios podia ter. Havia essas “guerrinhas” eas pessoas mais avisadas,como eu, procuravam man-ter equidistância ou auto-isolamento, privando apenascom pessoas da máximaconfiança. A minha situaçãoera pior, porque tinha aminha irmã, Tita, entre aspróximas que iriam para a

fogueira, razão pela qualestava na mira dos agentesda BRINDE, para se certi-ficarem das minhas reac-ções, positivas ou negativas.

As cinzas das pessoas quei-madas eram usadas parauntar as prisioneiras?Não posso dizer que as cinzasdas vítimas eram usadaspara untar as prisioneiras.Mas apenas retrato que ascinzas foram usadas paraaquelas pessoas da segundaleva, quando vieram àparada para serem humi-lhadas, antes de partirempara o desterro.

No livro faz referência a umaencomenda do PresidenteMobutu a Jonas Savimbi.Como deram conta que setratava de um garrafão demixórdias?Foi o próprio portador, Eugé-nio Manuvakola, que o disse.

Eram frequentes as corres-pondências entre o PresidenteMobutu e Jonas Savimbi, paraas questões místicas ?Não sei, falo apenas desseepisódio. Dos demais, se oshouve, não sei dizer.

Tem ideia de quem inventavaas intrigas em que estavamenvolvidos Eugénio Manu-vakola, umas vezes acusadode agente do MPLA, outrasvezes visto como estandocontra o Presidente Savimbi?O próprio Savimbi dizia issonos comícios.

Quais as razões que levaramBela Malaquias a reagir ener-gicamente ao convite deLukamba Gato para parti-cipar das exéquias de JonasSavimbi?

Não é possível que pessoasque acompanharam o tipode vida a que fui submetidalá tivessem o desplante deme fazer um convite paraenaltecer Savimbi. Essas pes-soas sabem que eu lá andeide cadeia em cadeia, quenem sei como de lá saí viva.

Kamalata Numa, durante umdebate televisivo, na fase decampanha para a liderançado partido, antes da realizaçãodo XIII Congresso Ordinárioda UNITA, disse que “JonasSavimbi foi muito mal com-preendido pelos angolanos”...Não tenho nada que concordarou discordar. Cada angolanofaz a sua apreciação com basenos dados que tem. Há quemviu comícios muito sump-tuosos, com palavras boni-tinhas; há quem esteve lá apassar as passinhas do Algarvee viu o senhor todo nu, nosentido figurado do termo,emite o seu juízo de valor.

Que retrato pode fazer deSamuel Epalanga, o chefe daBRINDE?Samuel Epalanga era meuprimo, já falecido. Ele era ochefe da BRINDE. Sendo pes-soa próxima, seria difícilcaracterizá-lo, porque gostode ser isenta. A BRINDEmatava, fazia e desfazia e eleera o chefe daquela organi-zação. Mas tudo quanto sei,enquanto chefe da BRINDE,Samuel Epalanga não tomavanenhuma medida sem achancela de Savimbi; nãotinha a autonomia para dizer“hoje, vou buscar fulano ousicrano para o matar”, porquelhe pediriam conta no diaseguinte. Deixa-me contarum episódio: encontrei umacarta em minha casa, dealguém dizendo que eu erafeiticeira, justificando queeu tinha ratos em casa quetransportavam bolachas denoite. Peguei na carta e dirigi-me ao Samuel Epalanga. Eledisse-me “esteja calma, quenão vai acontecer nada”.

Era carta forjada?Não. Era uma carta de alguémque pretendia dissuadir…(longa pausa). Se calhar, émelhor ficar para o próxi-mo livro. Permita-me pararpor aqui…

Deixa-me perguntar sobre umdos heróis do seu livro, o Tel-mo, o menino que, aos trezemeses, deixou de usar fraldas,para saber sobre a condiçãode todas as crianças na Jamba.

As crianças são fantásticas,desde que esteja aí a mãe.Cresceram felizes, inocentescom a apanha de Joaninhas,a construção de carrinhos dechapas, dentro daquele es-forço para evitar que sofres-sem tanto quanto os pais.Curiosamente, as crianças,algumas hoje adultas, têmboas memórias da Jamba.Quanto ao meu filho, Telmo,cresceu como as outras cri-anças do seu tempo. Cresceucom muitas habilidades. Aquifez Arquitectura, está a tra-balhar e está bem. E quantoàs influências, deixa-me dizerque muito do que se passouapenas estão a tomar conhe-cimento agora, nas várias con-versas que vamos tendo.

O que é que se lhes ensinavanas escolas, o programa cur-ricular era feito em função daideologia do partido ou haviaalgum espaço de manobra paraos professores para que o pro-cesso de ensino e aprendiza-gem fosse livre da política?Nem por isso. Eu fui profes-sora. Os programas eram ela-borados pelos professores.Tinha o tio Chingufo, que eraum dos directores, e outrosprofessores que elaboravamos programas. Agora, a parteideológica também havia,mas para o efeito havia a or-ganização infantil, a Alvo-rada, onde as crianças eramdoutrinadas.

Hoje, não tem mágoas, lida bemcom todo o pessoal da UNITAou, tal como fazia na Jamba,

prefere resguardar-se?Isolo-me de alguns círculos,de algumas pessoas, sobre-tudo daquelas que tiveramo desplante de me apontaruma arma.

Estão vivas, a viver aqui emLuanda?Sim, estão vivas. O Kami,o Beja, um tal de Massanga(não confundir com filhode Savimbi, que era muitonovo na altura). Fui tam-bém ameaçada por Vinama.Há pessoas com quem lidonormalmente, até porqueuma boa parte é parente.Não me sinto confortávela frequentar ambientes emque estejam aquelas pes-soas, na medida em que háa tendência de reconsti-tuição dos ambientes emque eu vivi.

Como vê a UNITA sob a liderançade Adalberto Costa Júnior.Acha que o partido devia fazerum pedido público de des-culpas a todas as mulheresangolanas?Sobre as duas perguntas,gostaria deixar ao critérioda própria UNITA. E sobrea primeira, deixa-me dizerque não ando preocupadacom isso.

Como encara as reacções aoseu livro, recebeu ameaças ...Recebi ameaças de morte ejá fiz participação aos ór-gãos competentes. Gostariade deixar o assunto para osórgãos que estão a fazer oseu trabalho.

JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

A ex-jornalista, da extintaRádio Vorgan, afecta à UNITA,Florbela Malaquias, autorado livro “Heróinas da Digni-dade”, desvalorizou, domingo,em Luanda, as declaraçõesde Adalberto Costa Júnior,presidente da UNITA, queenquadrou a publicação comomero exercício da liberdadede opinião.

“Não se trata de mera opinião,basei-me em factos e sobre osquais existem pessoas vivasque podem comprovar”, disseem entrevista ao Jornal deAngola a antiga militante daUNITA, também conhecida porBela Malaquias.

Falando para o programa"Angola Fala Só", da emissoraVoz da América, na sema-na passada, referindo-se àsameaças que a autora rece-beu e ao exercício literário,o líder da UNITA tinha decla-rado que “essas ameaças nãovieram da UNITA, que respeitaa liberdade de expressão ede opinião de todos”. BelaMalaquias refutou as leiturasque apontam para supostoataque contra a figura de JonasSavimbi, tendo defendido anecessidade da preservaçãoda memória e da verdadesobre as vivências e experiên-cias que tiveram lugar naJamba(antiga base da UNITAenquanto guerrilha).

"Quando alguém narra fac-tos, tal como eles se passaram,não se trata de um ataque,

mas apenas um relato sobreo que testemunhou. Se eu dis-ser que Savimbi matou EuniceSapassa, é tão verdade quenão estou a atacar Savimbi,nem estou a opinar porque setratam de factos”, sublinhou.

Quanto às ameaças de morte,através de telefonema anó-nimo, a autora do mais recentebest-seller revelou ao Jornalde Angolaque o autor está iden-tificado, apesar do anonimato,mas defendeu que, de mo-mento, cabe aos órgãos com-petentes fazer o seu trabalho.

Sobre o livro, cujas 1500exemplares da tiragem inicialesgotaram, pouco depois dapublicação, Bela Malaquiasafirmou que está já na forjauma segunda edição com vintemil cópias para satisfazer aprocura e interesse. Questio-nada sobre eventuais adendasou inclusão de novos capítulos,Bela Malaquias disse que asegunda edição vai ser a mes-ma e que vai apenas incluiralgumas correcções linguís-ticas pontuais.

Lançado no dia 26 de No-vembro, em Luanda, o livro“Heróinas da Dignidade”retrata, de forma clarividente,desnuda, em boa parte, acomplexa personalidade deJonas Savimbi, líder fundadorda UNITA, que durante longosanos submeteu a tratamentodesumano muitas pessoas,principalmente mulheres,na Jamba.

Bela Malaquias desvalorizadeclarações do líder da UNITA

6 DESTAQUE Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

Bela Malaquias destacou que as igrejas não conseguiram fazer o seu papel na Jamba

Ex-jornalista da antiga Rádio Vorgan diz que sofreu ameaças por causa do seu livro

SOBRE O LIVRO “HERÓINAS DA DIGNIDADE”

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ARGÉLIA

O MinistérioPúblico argelinopediu pesadas penas de prisãopara antigos líderes políticos,dois dos quais antigos Pri-meiros-Ministros, e empre-sários acusados de corrupçãonum julgamento sem prece-dentes na Argélia, noticia-ram, ontem, os meios locaisde Comunicação Social, cita-dos pela agência de notíciasFrance Press.

Trata-se de Ahmed Ouya-hia e Abdelmalek Sellaldos,dois Primeiros-Ministros doex-Presidente AbdelazizBouteflika.

Esta é a primeira vez, desdea independência, em 1962,que antigos chefes do Governosão julgados.

A pena de 20 anos de pri-são foi pedida, à revelia, para

o antigo ministro da Indústriae das Minas, Adeslam Bou-chouareb, que fugiu para oestrangeiro. As outras penaspedidas vão de oito a 15 anos,para dois ex-ministros daIndústria, Mahdjoub Bedda,e Youcef Yousfi. O procuradorexigiu ainda o arresto de todosos bens dos acusados e a emis-são de um mandado de de-tenção internacional contraAdeslam Bouchouareb.

Os réus foram processadospor financiamento “ocul-to”da última campanha eleitoralde Abdelaziz Bouterflika e porfavorecimento na indústriaautomóvel, através de parceriasentre marcas estrangeiras egrandes grupos argelinos, pro-priedade de empresários liga-dos ao Presidente deposto.

Antigos governantestêm penas pesadas

O Presidente russo, VladimirPutin, e o homólogo da Ucrâ-nia, Volodymyr Zelenski,realizaram, ontem, o primeiroencontro bilateral em Paris,onde decorreu uma cimeirasobre a guerra na Ucrânia.

Volodymyr Zelenski con-firmou uma “importantetroca de prisioneiros”, acor-dada entre ambas as partesaté 31 de Dezembro.

A última troca de prisio-neiros entre os dois paísesocorreu em Setembro e envol-veu 70 detidos, na primeira,desde o início da guerra noLeste do país, em 2014.

Foi ainda acordado queos países trabalhem para aretirada das tropas de trêsáreas em disputa até ao finalde Março, concordando como objectivo de “desarmar asforças e equipamentos atéao final de Março de 2020”,segundo uma declaraçãoconjunta.

A cimeira decorreu noPalácio presidencial do Eliseue reuniu líderes da Rússia,Ucrânia, Alemanha e França,seguindo-se a realização doencontro bilateral.

O foco da cimeira, queaconteceu pela primeira vezem três anos, é o conteúdo doacordo de Minsk, que propôsum cessar-fogo imediato, aretirada de armas pesadas,restauração do controlo ter-ritorial na fronteira com a Rús-sia por parte de Kiev e maiorautonomia para a zona sobcontrolo separatista que, apesarde assinado em Setembro de2014, nunca chegou a entrar

em vigor. Volodymyr Zelenskiafirmou que esperava con-seguir mais resultados noencontro da capital francesa.

“Muitas questões foramlevantadas e discutidas, osmeus colegas disseram queeste é um resultado muitobom para uma primeira reu-nião. Para mim, digo hones-tamente, é muito pouco:gostaria de resolver maisproblemas”, disse VolodymyrZelenski em conferência deimprensa após o encontro.

O Presidente russo garantiuque o seu país vai fazer tudopara acabar com o conflito.

“A Rússia vai fazer tudoo que depende de si para queeste conflito termine”, disseVladimir Putin.

O conflito entre a Ucrâniae os separatistas pró-russos,iniciado em 2014, logo apósa anexação da península daCrimeia pela Rússia em Março,já provocou mais de 13 milmortos. O Quarteto de paz da

Normandia, formado em Junhode 2014, com a participaçãode França, Alemanha, Rússiae Ucrânia, tem procurado váriassoluções diplomáticas, sobre-tudo através de conversas tele-fónicas entre os líderes e, emvários momentos, acoplandoa ajuda de países como a Bie-lorrússia, Itália e Reino Unido,mas sem grande sucesso.

Após a eleição de Volody-myr Zelenski em Maio, a Ucrâ-nia e a Rússia já trocaram pri-sioneiros e retiraram soldadosde várias regiões de conflitonum sinal de boa vontademútua, reconhecida pelosnegociadores de paz.

Uma nova cimeira sobreo restabelecimento da pazna Ucrânia, reunindo a Ucrâ-nia, Rússia, Alemanha e Fran-ça será realizada nos próximosquatro meses, anunciou oPresidente francês, Emma-nuel Macron.

"Fizemos progressos emmatéria da retirada, inter-câmbio de prisioneiros, ces-sar-fogo e evolução políticae pedimos aos nossos minis-tros que, nos próximos qua-tro meses, trabalhem (...)para organizar eleições locais,com vista a uma nova cimei-ra nos próximos quatro me-ses", afirmou o Presidentefrancês, juntamente com oshomólogos russo, ucranianoe alemão.

A data em concreto para arealização de eleições locais eo controlo das fronteiras nazona dominada pelos separa-tistas pró-russos são dois aspec-tos ainda por resolver.

PUTIN E ZELENSKI ACORDARAM CESSAR-FOGO COMPLETODR

Putin garante que o seu Governo faz tudo para acabar com o conflito no Leste ucraniano

Rússia e Ucrânia acertama troca de prisioneiros Os Presidentes russo e ucraniano acordaram, ontem, trabalharpara conseguir um cessar-fogo completo no Leste da Ucrânia e uma troca de prisioneiros ainda antes do final do ano

Uma nova cimeirasobre o

restabelecimento dapaz na Ucrânia,

reunindo líderes deKiev, Rússia.

Alemanha e Françaserá realizada nospróximos quatromeses, anunciou oPresidente francês,Emmanuel Macron

Os sindicatos que integramos sindicatos franceses e qua-tro organizações de juventudeconvocaram, ontem, novasgreves e manifestações contrao projecto de reforma do regi-me de pensões proposto peloPresidente francês, Emma-nuel Macron.

No sexto dia consecutivodas greves, que atingem todaa França, turistas e residentesde Paris usaram aplicaçõesde telemóveis, bicicletas com-partilhadas e criatividade paraencontrar maneiras de chegarao trabalho, escola e museus.

Muitos franceses expres-sam apoio à greve, temendoque as suas próprias reformasdiminuam se for aplicado oplano de Emmanuel Macron.

Mas, alguns admitiram quea paciência está a acabar comos problemas que se verificamsobretudo nos transportes.

FRANÇA

Greve atinge sectores sociais

CORRUPÇÃO EM MOÇAMBIQUE

O Primeiro-Ministro mo-çambicano, Carlos Agostinhodo Rosário, alertou, ontem,para as graves consequên-cias da corrupção, conside-rando que a situação colocaem causa a credibilidade dosGovernos e ameaça a esta-bilidade económica.

“A corrupção põe em causaa credibilidade dos Governos”,disse Carlos Agostinho doRosário, segundo a Lusa, quefalava durante a celebraçãodo Dia Internacional de Com-bate contra a Corrupção naprovíncia da Zambézia, Centrode Moçambique.

Para o Primeiro-Ministro,além de descredibilizar osGovernos, a corrupção abreespaço para a instabilidadeeconómica, abalando a “inte-gridade” e os valores sociais.

“A corrupção põe em causaos valores morais e de inte-gridade da sociedade, o queconcorre para a proliferaçãodas práticas associadas aocrime organizado”, acres-centou Carlos Agostinho doRosário.

Dados avançados no encon-tro indicam que, só nos últi-mos dois anos, foram instruí-dos cerca de 2 mil processosdisciplinares contra funcio-nários e agentes do Estadoem Moçambique, entre osquais 205 culminaram emdemissões e 104 em expulsões.O Dia Internacional de Com-bate à Corrupção foi instituídoem 2003, pela Organizaçãodas Nações Unidas (ONU),com objectivo de conscien-cializar as pessoas sobre aimportância do combate aeste tipo de crime.Enquanto isso, um novo

ataque armado a um auto-carro no Centro de Moçam-bique fez um morto e um

Primeiro-Ministro alerta para graves consequências

ferido, na noite de segunda-feira para ontem, disseramà Lusa fontes locais. Com esteincidente sobe para 11 o totalde vítimas mortais, desdeAgosto, em ataques armadosde grupos que deambulampelas matas da região contraalvos civis e policiais. O ataqueaconteceu na Estrada Nacio-nal 1 (EN1) junto a Muda Ser-ração, no distrito de Gondola.

O alvo foi um autocarro,que fazia transporte de pas-sageiros de Maputo, capital,no Sul do país, para Queli-mane, capital provincial daZambézia, no Centro.

A situação de insegurançaafecta dois dos principais cor-redores rodoviários do país,a EN1, que liga o Norte ao Sul,e a EN6, que liga o porto dacidade da Beira ao Zimbabwee restantes países do interiorda África Austral, levando ao

reforço do policiamento e aescoltas nalguns troços.

A Polícia tem responsa-bilizado um grupo de guer-rilheiros dissidentes daoposição, a auto-proclamadaJunta Militar da ResistênciaNacional Moçambicana(Renamo), pelos ataques.

As incursões acontecemnum reduto da Renamo,onde os guerrilheiros se con-frontaram com as forças dedefesa e segurança moçam-bicanas e atingiram alvoscivis até ao cessar-fogo deDezembro de 2016.

Por outro lado, o InstitutoNacional de Gestão de Cala-midades (INGC) disse, nasegunda-feira, que tem a“situação controlada” na pro-víncia de Sofala, após as chu-vas intensas da semanapassada, que deixaram cincomil pessoas vulneráveis.

Carlos Agostinho do Rosário denuncia casos de corrupção

DR

7Quarta-feira11 de Dezembro de 2019MUNDO

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SOCIEDADE PETROLÍFERA ANGOLA, S.A

Sede (Provisória): Rua Eduardo Mondlane nº5– Distrito Urbano da Ingombota – Luanda – Angola - Contribuinte nº 5401080840Telef: +226 430 772 / 3 / 4 / 5 / 6 e 9 Fax: +226 430 785 C.P.: 1945 E-mail: [email protected] nº 1 12/06/15

8 Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

PUBLICIDADE

CONCURSO PÚBLICOENGENHARIA, APROVISIONAMENTO, CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO DE UMA LINHA DE 18", 21.5 KM COM UM MANIFOLD SUBMARINO DE

EXPEDIÇÃO DO PÂNGALA NAS ASSOCIAÇÕES FS-FST PARA O ESSUNGO NO BLOCO 2-05 - ASSOCIAÇÕES FS e FST

A SOMOIL – Sociedade Petrolífera Angolana, S.A., na qualidade de Operadora das Associações FS e FST, localizada na Zona Terrestre da Bacia do Congo,Município do Soyo, Província do Zaire vem, por este meio, anunciar a sua intenção de realizar um concurso público para ENGENHARIA, APROVISIONAMENTO,CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO DE UMA LINHA DE 18", 21.5 KM COM UM MANIFOLD SUBMARINO DE EXPEDIÇÃO DO PANGALA NAS ASSOCIAÇÕES FS-FST PARA O ESSUNGO NO BLOCO 2-05, nas Associações FS e FST.

As empresas especializadas e com experiência relevante, interessadas em participar no concurso acima epigrafado, deverão pronunciar-se dentro de um prazo de 5dias úteis a contar desde a data de publicação do presente anúncio, enviando um e-mail para o endereço electrónico citado abaixo, fazendo menção da referência doconcurso na qual pretende participar e seguir as instruções posteriormente recebidas.

O endereço electrónico na qual deve enviar a sua candidatura é o seguinte: [email protected], indicando a referência SML/FS-FST/CP-29/2019.

O e-mail deverá conter os seguintes requisitos mínimos:

Nome da Empresa e Endereço Postal;Carta de apresentação da Empresa com descrição da equipe de trabalho e equipamentos (força de trabalho, software, patentes, etc.);Documentos legais de constituição da Empresa (Cópia do ALVARÁ; Cópia da Certidão Comercial; Cópia do Diário da República; NIF, etc.); Estrutura Acionista e Documentação dos Acionistas/ beneficiários da companhia (informação concernente aos beneficiários);Certificado de Registo no CAE;Certificado de Registo no MIREMPET – Departamento Nacional de Promoção da Angolanização;Evidência de 8 anos de experiência no Sector Petrolífero e respectiva Licença do Ministério de Tutela;Evidência com descrição detalhada e documentos comprovativos dos 2 últimos contratos executados em Angola ao longo dos últimos 5 anos;E-mail e contacto telefónico da Empresa e da pessoa responsável a ser contactada.

(501.704a)

(501.703)

Anúncio de Concurso Público para Empresas

A Cabinda Gulf Oil Company Ltd (CABGOC), subsidiária da Chevron, figura entre as principais empresas petrolíferasde Angola, vem, por este meio, anunciar um concurso público para o fornecimento do seguinte material:

Concurso Público Número: RFBA-068-SS-2019Âmbito de Trabalho

A contratada deve fornecer à companhia, mas não se limitar, ao fornecimento de 6 a 8 Segway para serviços de patrulha.

A contratada será responsável pela prestação de serviços de manutenção e assistência técnica do equipamento(Segway) localizado em Luanda, no Centro Recreativo Mulemba, Condomínio Imbondeiro e Monte Belo.

A contratada deve prestar serviços de formação para os especialistas em segurança da infra-estrutura, na qualidadede especialista de segurança de primeiro nível.

A contratada deve prestar serviços de formação para os usuários dos segway do ponto de vista operacional.

Os requisitos técnicos incluem, mas não se limitarão ao seguinte:

Os trabalhadores da contratada devem ter pelo menos 2 anos de experiência, trabalhando com o equipamentoe ter devido conhecimento operacional do equipamento. Os trabalhadores da contratada devem ter certificação de nível 2 do fabricante ou de um fornecedor de equipa-mentos autorizado, para requisitos de intervenção técnica para este equipamento em particular. A contratada deve ter à disposição 50% das peças de reposição necessárias para evitar atrasos na reposição dematerial ou quaisquer problemas de assistência técnica.

Os âmbitos de trabalho devem incluir, mas não se limitarão ao seguinte: Manutenções e reparações trimestral de prevenção do Segway devem ser realizadas da seguinte forma:

o Intervenção inicial para limpeza, lubrificação, aperto e ajustes nas peças de reposição.o Verificação e troca de baterias sempre que necessário.o Verificação do pneu/rodas e calibração sempre que necessário.

Assistência técnica começando por um diagnóstico e análise do problema (solucionar problemas) quando ne-cessário.

Todas as chamadas de emergência devem sempre ser atendidas em menos de 24 horas.

As empresas qualificadas que estejam interessadas em serem consideradas para o concurso acima descrito poderãoaccessar a página www.angola.chevron.com, na secção de Fornecedores, Concurso Público; preencher o formu-lário informativo do fornecedor e remeter para o endereço electrónico [email protected] no prazo definidona página da internet.

Cabinda Gulf Oil Company LimitedEdifício da Chevron – ChicalaNova MarginalCaixa Postal 2950 Luanda, República de Angola

(501.705)

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9Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

PUBLICIDADE

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10 OPINIÃO Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO

“O cidadão angolano, pelo menos dentro das grandes cidades, tem cada vez maisconsciência do que são os direitos humanos e esforça-se por os exercer, tanto osdireitos individuais como colectivos”. Esta observação, feita em tempos por umactivista cívico, em muitos aspectos reflecte a realidade ligada aos direitos humanosem Angola, numa altura em que o país faz progressos na garantia dos mesmos afavor das comunidades, dos cidadãos.

É verdade que temos ainda um longo caminho a percorrer, mas está ainda porser implementado em todo o país um amplo processo de promoção da chamadaliteracia em matéria de direitos humanos. Por isso, fazemos referência à mudançade mentalidade, enquanto elemento primordial na avaliação do que pretendemosem matéria de direitos humanos, como estamos e para aonde podemos caminharà medida que todos soubermos, ao mesmo tempo, exercer direitos e observar osdeveres. Quase sempre que se faz referência aos direitos humanos, natural paraa fase de aprendizagem em que todos nos encontramos, são raras as vezes que,nas conversas, debates, reuniões e inclusive manifestações, as pessoas ou massasenvolvidas demonstram conhecimento e observância rigorosa dos deveres.Inclusive nas relações laborais, no emprego, raramente, é possível ouvir e percebera consciência de deveres por parte dos trabalhadores, sobretudo quando em rei-vindicações de direitos.

Os avanços que Angola regista em matéria de observância dos direitos humanosconstituem, para todos os efeitos, um processo de aprendizagem, numa alturaem que as instituições do Estado continuam abertas e disponíveis para trabalharemcom as organizações internacionais e parceiros locais para a contínua melhoria.

É verdade que, em todo esse processo, vão surgir sempre informações desen-contradas, produzidas propositadamente para colocar o país numa posição menosboa em matéria de direitos humanos.

Para a secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania, Ana CelesteJanuário, hoje, há uma maior abertura e diálogo com a sociedade civil, consideradaparceira do Executivo na implementação das políticas e programas projectados.

Atendendo à transversalidade dos problemas e desafios ligados aos direitoshumanos, não há dúvidas de que o trabalho é vasto, abrangente e permanente.

Hoje, em matéria de reformas a nível do Direito e da Justiça, há um grandeesforço do Estado e das suas instituições no sentido de reduzir-se a burocracianaquele sector e, com maior incidência, na redução dos números da prisãopreventiva em todo o país. Nalgumas realidades, persistem situações ligadas aodireito costumeiro, hábitos e valores que, embora tradicionais e seculares, conflituamainda com as leis.

Em todo o caso, o importante é que Angola, em matéria de direitos humanos,não está em situação pior quando comparada com outras realidades de paísesafricanos.

Todas as contribuições para melhorar, vindas de parceiros nacionais e interna-cionais, bem como informações fornecidas pelos índices de idoneidade e reputaçãointernacionalmente reconhecidas são encaradas com seriedade pelas instituiçõesdo Estado angolano.

EDITORIAL

C A R T A S D O S L E I T O R E S

IMAGEM DO DIA

Direitos humanos em Angola

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOVíctor Silva (presidente)

ADMINISTRADORES EXECUTIVOSCaetano Pedro da Conceição Júnior

José Alberto DomingosRui André Marques Upalavela

Luena Kassonde Ross Guinapo

ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOSFilomeno Jorge Manaças

Mateus Francisco João dos Santos Júnior

DIRECTOR: Víctor Silva

DIRECTOR-ADJUNTO: Caetano Júnior

DIRECTOR EXECUTIVO: Guilhermino Alberto

EDITOR EXECUTIVO: Diogo Paixão

SUB-EDITOR EXECUTIVO: Cândido Bessa

GRANDE REPÓRTER: Luísa Rogério

EDITORIAS: POLÍTICA:

Santos Vilola (editor-chefe), Fonseca Bengui (subeditor) e Bernardino Manje (subeditor)

Adelina Inácio, João Dias, Edna Dala, Garrido Fragoso e Gabriel Bunga

OPINIÃO: Ambrósio Clemente (editor-chefe), Faustino Henrique (subeditor)

SOCIEDADE: Nhuca Júnior (editor),

Alberto Pegado (editor), José Meireles (editor),

Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes,Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, César Esteves, Edivaldo Cristóvão,

Carla Bumba e Mazarino da CunhaREGIÕES:

Sérgio Chivaca (editor-chefe), Béu Pombal (subeditor),

Filipe EduardoECONOMIA:

Cristóvão Neto (editor-chefe),Armando Estrela (subeditor),

Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José, Natacha Roberto e Victorino JoaquimMUNDO:

Bernardino Fançony (editor-chefe), António Canepa

DESPORTO: Amândio Clemente (editor-chefe),

Anaximandro Magalhães (subeditor), António Cristóvão, Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo,

António de Brito e Honorato SilvaCULTURA:

António Bequengue (editor-chefe), Adriano Melo (subeditor), Francisco Pedro (subeditor), Amilda dos Santos, Manuel Albano,

Mário Cohen e Roque SilvaGENTE E FIM-DE-SEMANA: António Cruz (editor-chefe),

Isaquiel Cori (editor)Edna Cauxeiro (subeditora),

Ferraz Neto (subeditor) e Pereira Dinis

EDIÇÕES ESPECIAIS: Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,

Leonel Kassana e Yara Simão

FOTOGRAFIA: Kindala Manuel (editor-chefe),

José Cola (editor),Dombele Bernardo, Domingos Cadência, Eduardo Pedro, João Gomes,

Maria Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio, Paulo Mulaza, KindalaManuel, Santos Pedro, Agostinho Narciso, Vigas da Purificação, Contreira Pipas

CORRESPONDENTES PROVINCIAIS: Adão Diogo (Lunda-Sul),

Alberto Coelho (Cabinda), João Mavinga (Zaire),

Vladimir Prata (Namibe), Esídoro Natalício (Cuanza-Norte),

Luís Pedro (Cuanza-Sul), Noé Jamba (Bengo),

Francisco Curinhingana (Malanje) Fernando Cunha (Huambo),

João Constantino (Bié),José Chaves (Andulo),

Jaime Azulay (Benguela), Jesus Silva (Lobito),

Estanislau Costa (Huíla), Joaquim Aguiar (Lunda-Norte),

Silvino Paulo (Uíge), Lourenço Manuel (Cuando Cubango),

Quinito Kanhamei (Cunene), Samuel António (Moxico),

PAGINAÇÃO E ARTE: Salvador Escórcio (Editor), Soares Neto, Eugénia Victor, Augusta Lucéu, Tomás Cruz,

Noé Pungue, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Josefa Abreu, Maria Messele, AlbertoBumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, António Saldanha,

Henrique Faztudo, António Quipuna, Raúl Geremias, Ana Paula Dias , Isabel Fragão,Manuel Cassinda, Francisco da Silva, Rui Jacinto, Bruno Bernardo, Luquemba Pedro

CARTOON E ILUSTRAÇÃO:Armando Pululo e Casemiro Pedro

COPY DESK: Rui Ramos, Arlindo Soares e Esperança Vieira Dias

O Jornal de Angola utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina

PUBLICIDADE: (+244) 937 550 262

(+244) 949 770 006 e-mail: [email protected]

Kupapata transporta grades de bebidas na estrada de Catete, não havendo espaçono veículo para o ajudante sentar-se

PROPRIEDADEEdições Novembro, E.P.

SEDE: Rua Rainha Ginga, 12-26

Caixa Postal 1312 - LuandaRedacção: 222 020 174

Telefone geral (PBX): 222 333 344Fax: 222 336 073

Telegramas: ProangolaAtaque armadoEscrevo pela primeira vez parao Jornal de Angola para falar so-bre os ataques armados no nortede Moçambique, que têm custadoa vida de muitos homens, mu-lheres e crianças. Acho que a União Africana eas organizações regionais de-viam levar muito a sério na me-dida em que são vidas humanasque se perderam e bens mate-riais destruídos. Penso que mais do que as forçasarmadas, era bom que Moçam-bique fizesse amplo uso dos ser-viços de inteligência e informa-ção. É preciso dar espaço paraque o processo de recolha de in-formação se efective e consigamter uma ideia dos autores mate-riais e morais dos ataques suces-sivos que ocorrem na provínciade Cabo Delgado e Zambézia.Urge dar uma resposta adequadaa tais actos para que os mesmosnão se repercutam em todo opaís e Moçambique não volte aviver situações de conflito arma-do como no passado. Por outro lado, parece-me igual-mente lamentável que OssufoMomade, o líder da Renamo,maior partido na oposição, falede maneira irresponsável sobreo processo eleitoral já passado,dizendo que o país se encontra

numa situação perigosa de re-torno ao conflito armado. Numa altura como esta, em queos moçambicanos precisam dese unirem para fazer frente aosataques no norte daquele país,não faz sentido que se esteja acolocar em causa a unidade na-cional por causa das eleições. É verdade que não deixam deser legítimas as reclamações daoposição quando feitas de acor-do com as leis e dirigidas aosfóruns apropriados. Acredito que os povos irmãosde Moçambique precisam depaz e estabilidade para melhorfazer face aos desafios impostospela instabilidade militar na zo-na norte do país. Gostaria que a SADC, por ini-ciativa da União Africana, en-viasse uma equipa para inquirirsobre o que realmente se passanaquele país, nas zonas afecta-das pelos ataques armados, paraa possibilidade de uma respostaa nível continental.Termino a minha carta ende-reçando palavras de encoraja-

mento e votos de felicidade atodos os moçambicanos.ALEXANDRE MENDESSamba

Alcoolismo precoce Sou professor do ensino primá-rio, residente no distrito do Ran-gel. Escrevo para repudiar prá-ticas que acabam por incentivaro alcoolismo precoce nos ado-lescentes.Quando os mais ve-lhos enviam as crianças paraadquirir bebidas alcoólicas, es-tão, de alguma maneira a in-centivar aos mais novos a umritual para adultos. Não raras vezes, as criançasacabam estimuladas a provar,portanto, sendo reprovável. To-dos os fins de semana, assistono meu bairro a cenas que de-viam merecer da parte das ins-tituições, porque não as policiais,para desincentivar práticas quetendem a colocar em causa ocrescimento equlibrado dascrianças. Não deve ser normalmandar as crianças comprarbebidas alcoólicas.Acho que osmais velhos devem ponderardeterminadas práticas comoessa, a de mandar as criançascomprar bebidas alcoólicas.AIDA SILVARangel

ESCREVA-NOS Cartas recebidas na

Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda

ou por e-mail:

[email protected]

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11Quarta-feira11 de Dezembro de 2019OPINIÃO

Apesar do carácter privado de que se revestem as instituições po-líticas, o caso do MPLA pode configurar excepção à regra, dadoser, a sua história, transversal à vida de todos os angolanos, nemque seja pela realidade de nunca terem vivido numa Angola in-dependente, sob o “comando” de um governo, que não fosse su-portado pelo MPLA.

Por isso, tem o seu “quê” de interesse, alguma reflexão emtorno dos 63 anos da fundação do Movimento Popular de Libertaçãode Angola, MPLA, assinalados ontem, 10 de Dezembro, data deum partido que governa o País desde a proclamação da Indepen-dência Nacional, com a obrigação de assumir o ónus das ocorrênciasao longo do seu processo histórico, nas mais diversas vertentes,marcado por factos que numa escala de classificação obtémtodos os resultados possíveis.

Não entram nas contas o período em que o poder governamentalteve de ser repartido no âmbito do arranjo político-militar como qual se tentou salvar o que fosse possível dos Acordos deBicesse, que declinou nos pós eleições gerais de 1992, e permitiua “invenção” do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional,que na altura poderia ser entendido como um acto de salvaguardados mais altos interesses nacionais.

E não há porque duvidar que, na altura, eram muitos os inte-resses nacionais ameaçados de extermínio, dos quais a vidahumana representava o de maior valor, e ainda bem que sãocoisas do passado, pelas quais se deve encarregar a história, nosseus actos narrativos às gerações vindouras.

Enquanto isso a vida continua. E nesta continuidade, é factualque a efeméride tem ou deveria ter, um expressivo peso na vidados cidadãos que, de forma transversal, carregam nas suas vidasmarcas indeléveis de alguma relação com o MPLA, seja ela clas-sificada como de “ódio visceral” ou “amor platónico”, o que é tãonormal nas sociedades humanas.

Mais do que normal, a forma livre de ser e estar-se na política,reflecte a opção de cada cidadão e, acima de tudo, é a concretizaçãodo nº 2 do Artigo 41.º com a epígrafe, (Liberdade de consciência, dereligião e de culto), redigida nos seguintes termos: “Ninguém podeser privado dos seus direitos, perseguido ou isento de obrigações pormotivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”.

Em resumo, o postulado constitucional acima expresso impõerespeito à opção de cada cidadão no que tange a religião e política.

Infelizmente, e com alguma tendência crescente, parece queser membro do MPLA constituium amargo de boca aos adver-sários políticos que, apesar dasrazões que até podem ter emnão viver de amores ao partidodos camaradas, nas suas abor-dagens, não deixam espaços parao respeito às liberdades consa-gradas na Constituição da Repú-blica de Angola (CRA).

Agindo de tal forma, não secontribui para a solidificação doEstado Democrático de Direito,como fundamento da soberaniapopular, do primado da Consti-tuição e da lei, da separação depoderes e interdependência defunções, da unidade nacional, dopluralismo de expressão e de or-ganização política e da democra-cia representativa e participativa,no espírito do que se estabeleceno nº 1 do Artigo 2.º, da CRA.

Entretanto, o momento só-cio-político marcado por umagritante crise económica e finan-ceira é propício para convocar

todos os angolanos a colocarem em evidência as suas competênciasaí onde elas sejam consideradas fundamentais, para inverter orumo da situação, que não afecta apenas os partidários do MPLA,que também não é o único culpado pelo estado das coisas.

Aliás, por via da interpretação profunda da primeira quadra dohino do MPLA, o partido se propõe a ser o líder do povo heróico egeneroso, no combate não mais pela independência proclamadana longínqua madrugada de 11 de Novembro de 1975, mas sim detodas as acções que corroem as instituições do Estado e não só.

É neste espírito que, acreditamos, se devem fundar todas asacções relacionadas com as celebrações do 63º aniversário doMPLA, que é mais antigo que a República de Angola, genuínacomo Estado independente e soberano há 44 anos, contadosde Novembro de 1975.

Os angolanos de modo geral, em particular os membros doMPLA, são instados ao ataque, de forma decidida, pela vitóriaque só não é certa, como diz o amigo do meu falecido pai, quandoé nome de alguém ou se refere a qualquer manifestação desportiva,cujo resultado não é conhecido antes de terminar o jogo.

Carlos Calongo

REFLAXÕES

“Sob a sombra da crise climáticae das profundas

mudançastecnológicas,

as desigualdades no desenvolvimento

humano estão a assumir

novas formas no século XXI” Relatório do PNUD

(Programa das NaçõesUnidas para o

Desenvolvimento)

“O Dr GeorgesChikoti temexperiência,

conhecimento e,ouso mesmo dizer,tem o perfil idealpara essa missão,pois, além dasqualidadesindividuais,

tem o apoio plenoe incondicional doGoverno de Angola

para as linhas de força e ospropósitos doGrupo ACP, emparticular na

implementação de uma agenda

por ummultilateralismoproactivo e focado

em resultados”Bornito de Sousa

Vice-Presidente da República,ao referir-se à eleição de

Georges Chikoti ao cargo desecretário -geral do Grupo

ACP (África , Caraíbase Pacífico)

“A magistraturaJudicial tem de ser revista e reformulada.Talvez mesmo,

dentro doscondicionalismosconstitucionais,

tenha de ser criadoum corpo especialde magistrados

vocacionados parao combate àcorrupção”

Rafael MarquesJornalista e activista cívico

“Na vertenteinternacional,

apesar de ainda o país não ter

atingido lugaresdecentes na

avaliação, nosÍndices de

Percepção daCorrupção, é

notória a mudançade percepção que a comunidade

internacional temdas condições para

investir e fazernegócios

em Angola”Francisco QueirozMinistro da Justiça e dos

Direitos Humanos

C I T A Ç Õ E S

Uma história transversal

Em minha primeira visita a Angola como Ministrodas Relações Exteriores do Brasil, chego a Luandacom uma dupla responsabilidade. Daremos se-guimento a uma longa história de intercâmbio eamizade. E iniciaremos um capítulo inteiramentenovo, impulsionando iniciativas concretas em proldo futuro dos povos angolano e brasileiro.

Os nossos países compartilham raízes comuns,uma mesma herança que contribuiu para ariquezade nossas culturas. No Brasil, são milhões os des-cendentes de angolanos, assim como são nume-rosos os brasileiros que vivem em Angola. Comodestacou o Embaixador Alberto da Costa e Silva,eminente historiador das relações entre Brasil eAngola, é de sua herança africana que veio o mododo brasileiro morar, criar e falar.

Ao mesmo tempo, somos nações que possuemhistórias, desafios e modos de ser próprios. Cadapovo desenvolveu traços distintivos e personali-dade singular, e é fácil sentir que existe uma ad-miração recíproca entre nossas sociedades. Éesta Angola independente e genuína que o Brasilquer reencontrar.

Para nossa alegria, Angola é hoje um país líderna África. Tem voz ativa nos temas políticos, eco-nómicos e de segurança do continente. Além disso,em seu plano interno, o imenso mercado consu-midor e a abundante força de trabalho somam-seà riqueza em recursos minerais e terras aráveis.

No plano político nacional, é notável a proxi-midade das agendas dos Presidentes João Lourençoe Jair Bolsonaro, no que se refere ao compromissocom reformas económicas, transparência públicae combate à corrupção. Tal sintonia nos permitelançar um novo capítulo das relações bilaterais.

Esta etapa de dinamismo e inovação já foi ini-ciada. Em Agosto passado, estiveram em missãoa Brasília oInspetor-Geral da Administração do Es-tado e representantes da Procuradoria-Geral daRepública de Angola, que abriram amplas possi-bilidades de trabalho conjunto nos campos da ca-pacitação e do compartilhamento de informaçõescom vistas à prevenção e ao combate à corrupção.Negociamos também um importante acordo naárea de segurança e ordem pública.

Na vertente económica, dividimos com os an-golanos a expectativa de diversificar a economiae estabelecer marco normativo sólido para inves-tidores estrangeiros, criando oportunidades parao engajamento do sector privado em projectosprodutivos.

Novos instrumentos bilaterais, como o acordode facilitação de investimentos, hoje em vigor,

o acordo de serviços aéreos, assinado em Setem-bro, e o acordo para evitar a dupla tributação notransporte aéreo, recentemente concluído, per-mitirão reconfigurar as nossas relações econó-micas e comerciais com base na transparência eno livre mercado.

Brasil e Angola continuarão a cooperar para obem-estar de suas sociedades. Há poucas sema-nas, o Ministro da Saúde do Brasil, Henrique Man-detta,inaugurou, com a Ministra Sílvia Lutucuta,o primeiro banco de leite humano de Angola.Além de novos projectos na área de Saúde, estu-damos meios de compartilhar a experiência bra-sileira em pesquisa agropecuária, de modo a as-sistir o legítimo interesse angolano no desenvol-vimento desse sector.

A cultura, outro aspecto muito relevante denossas relações, tem no Centro Cultural do Brasilem Angola importante espaço de disseminaçãodo idioma e de projetos de interesse comum. Es-tamos provendo meios para que o CCBA se mo-dernize e amplie a sua oferta cultural, aumentandoa sinergia com os artistas angolanos e as indústriascriativas locais.

Cooperamos, igualmente, na área de defesa.Há anos militares brasileiros contribuem para acapacitação de oficiais angolanos, inclusive paraactuação em operações de manutenção da paz.Os ministros da Defesa do Brasil e de Angola man-tiveram encontro, em Maio deste ano, em Luanda,quando trataram de cada vez mais relevante cola-boração no Golfo da Guiné.

O Brasil apoiará com muito gosto a presidênciaangolana da Comunidade dos Países de LínguaPortuguesa a partir de 2020, quando Luandasediará a cúpula daquela organização. Esperamoscontinuar a impulsionar a CPLP, cuja projecção in-ternacional vem crescendo a olhos vistos.

Relacionei aqui apenas alguns dos recentes re-sultados e das novas perspectivas de uma relaçãohistórica que os nossos países têm sabido aprimorare renovar.

Chego a Luanda um mês após o 44º aniversárioda independência de Angola, celebrado em 11de Novembro.No Brasil, sempre nos orgulhamosde termos sido o primeiro país a reconhecê-la.Os novos ventos em Angola e Brasil permitirão,agora, desenhar o futuro de nossos países comonações livres e soberanas e, sobretudo, de nossospovos em direcção ao progresso e ao seu bem-estar material e moral.*Ministro de Estado das RelaçõesExteriores do Brasil.

Ernesto Araújo |*

COOPERAÇÃO

Brasil e Angola: tempo de reencontro

Casa da Cultura do Brasil em Angola

O momentosócio-políticomarcado poruma gritantecriseeconómica efinanceira épropício paraconvocar todosos angolanos a colocarem em evidência as suascompetências

Page 12: NESTA EDIÇÃO ERNESTO ARAÚJO atraem multidão ao Kilamba EM … · 2019. 12. 11. · QUA11DEZ Quarta-feira 11 de Dezembro de 2019 Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO

Os Prémios Sirius, que aolongo de oito anos distin-guiram, durante o mês deNovembro, o que os pro-motores consideram “asmelhores práticas de gestãoe excelência das empresas”,vêem a gala de 2019 rea-lizar-se durante o primeirosemestre do próximo ano,depois de aperfeiçoamen-tos que adaptam a iniciativaaos desafios do contextomacroeconómico do país.Isso mesmo foi dito ao

Jornal de Angolapelo pre-sidente da Comissão Exe-cutiva da Deloitte Angola,a empresa que atribui adistinção, numa entrevistaem que revela a decisãode lançar. com a premia-ção, o “Think Tank Sirius”,algo que define como “umcentro acelerador de ideiase fórum de reflexão cujamissão será contribuir parao crescimento e desenvol-vimento da comunidadeempresarial angolana”.

José Barata anunciouque o “Think Tank Sirius”vai reunir um conjunto depersonalidades com reco-nhecido mérito e expe-riência comprovada nomercado e oriundas domeio académico, no queé denominado por ComitéConsultivo. Os membros desse

comité vão realizar reuniõesperiódicas de trabalho, asquais têm como objectivoproduzir pesquisas tangí-veis e relevantes para asociedade, podendo servirde base para o “desenho”de novas políticas públicas. No início de cada ano

civil, prosseguiu, haveráum evento anual ondeserão publicamente par-tilhadas, junto dos prin-cipais agentes públicos eprivados, as conclusões eideias desenvolvidas no“Think Tank Sirius. José Barata considera que

os Prémios Sirius tiveramum contributo importantena promoção da transpa-rência e aplicação das boaspráticas de gestão em Angola,uma evolução marcada “pelaexposição mediática queteve, seja pela notoriedadeque atingiu”.

O diferencial entre as taxasdas casas de câmbio e do mer-cado informal foi, ontem, deapenas 8,37 por cento para odólar e de 4,28 por cento parao euro, o que se compara osníveis mais assimétricos ante-riores à reforma cambial ini-ciada em Janeiro de 2018, deacordo com dados coligidosde informação estatística dis-ponível no Jornal de Angola.Os números indicam que,

no início da reforma, em Janeirode 2018, o diferencial cambialpara o dólar entre o mercadosecundário (casas de câmbio)e o informal situava-se em 61,1por cento. Um ano depois, emJaneiro do ano em curso, adiferença diminuiu para 15,5por cento, até situar-se em 8,9por cento, na segunda-feira,e em 8,37, ontem.Relativamente ao euro, no

início do ano de 2019, o dife-rencial situava-se em 15,1por cento, caindo ontem paraapenas 4,28 por cento.Ontem, o dólar era trocado

nas casas de câmbio a 554,60kwanzas, contra 601 kwanzasno mercado informal, ondeo curso da moeda nacionalregistou uma variação posi-tiva de 0,50 por cento.O curso de kwanza ascen-

deu a 478,88 diante do dólarno mercado primário (paratransacções entre o BNA e osbancos), mais 0,46 por cento,caindo ligeiramente, em 0,31por cento, nos bancos comer-ciais, para 499,39 kwanzas.O kwanza também avan-

çou 0,21 por cento diante do

euro nas casas de câmbio,ontem, cotando-se a 620,45,mantendo o curso inalteradono mercado paralelo, em647 kwanzas pela unidadeeuropeia.No mercado primário, o

kwanza apreciou-se em 0,35por cento face ao euro, para530,36, perdendo 0,10 porcento nos bancos comerciais,onde se cotou a 559,73.Os números também apon-

tam a incapacidade do mer-cado paralelo oferecer maiskwanzas pelas divisas: desdeo início do ano, o kwanzadepreciou-se 38,06 por centoface ao dólar nas casas de câm-bio e 33,17 entre os cambistasde rua. As perdas diante deeuro são de 35,83 e 29,29 porcento, respectivamente.Os sinais de estabilidade

coincidem com a implemen-tação das medidas de políticamonetária e cambial tomadaspelo Banco Nacional de Angola(BNA) ao longo do períodopelo que perduram as refor-mas, o que conduz a essa tra-jectória de convergência emque se assiste, inclusive, àapreciação da taxa de câmbionas últimas semanas. A trajectória de conver-

gência das taxas nos mer-cados pode ser reveladorada assertividade das medidastomadas pelo BNA no âmbitodas reformas estruturais emcurso na economia e do equi-líbrio e estabilidade do mer-cado cambial, sendo tambémum sinal de maior confiançana moeda nacional.

DR

Trajectória do câmbio revela assertividade das reformas

DR

Última edição dos PrémiosSirius aconteceu em 2018

DELOITTECURSO DO KWANZA

PELA THE BANKER

Prémios Siriuscom adaptaçãoao contextoeconómico

Taxas estão a convergirno mercado de câmbios

Madalena José

A Empresa Gestora de Terrenos Infra-estruturados ( EGTI-EP) registou ontem,segundo dia de venda de lotes para cons-trução de habitações na centralidade doKilamba, mais de mil candidaturas.As duas pequenas salas contentori-

zadas, montadas no terreno para procederao registo dos interessados, foram cercadasdesde as primeiras horas da manhã porcentenas de pessoas, antes mesmo deabrirem as portas.No período da tarde, por volta das 15 horas,

perto da hora do fecho, a reportagem doJornal de Angolaainda contabilizou cercade 500 pessoas, divididas em três filas,ávidas de serem atendidas.Entre as filas apinhadas de gente paciente,

não faltaram os chamados "Chico espertos",que, pressurosos, tentavam furar entre amultidão, exercícios frequentemente frus-trados pelos agentes da Polícia Nacionaldestacados no local.A chefe do Departamento da Direcção

e Markting da EGTI, Elba George, disseque, depois do anúncio, na segunda-feira,da abertura do processo de vendas de ter-reno, algumas pessoas fizeram inscriçõespor via on line. Para as candidaturas presenciais, cuja

primeira fase decorre ao longo do mês deDezembro, referiu, as inscrições vão das9h às 16 horas.O processo, explicou, circunscreve-

se, na recolha de dados pessoais do can-didato, mediante o preenchimento deuma ficha, contendo, entre outros ele-mentos, número do telemóvel e o ende-reço de email. 72 horas depois, prosseguiu, o candidato

é informado por email sobre a confir-mação da inscrição (candidatura).Elba George lembrou que a empresa

reduziu os preços iniciais em cerca de50 por cento. inicialmente fixados entre90 a 214 dólares por cada metro quadrado,os valores sofreram uma redução naordem dos 50 por cento, anunciou, nosábado, o presidente do Conselho deAdministração da Empresa Gestora deTerrenos Infra-estruturados (EGTI, E.P.),Pedro Cristôvão.A medida, que reduziu para 45 dólares

os preços dos terrenos anteriormentefixados em 90 dólares e para 107 os orçados

em 214, de acordo com o responsável,teve em conta a perda do poder de comprados cidadãos.“Tendo em conta a actual realidade

económica do país, caracterizada pelaperda do poder de compra dos cidadãos,os antigos preços sofreram alguma reduçãona ordem de 50 por cento. Nessa revisãode preços, tivemos o cuidado de ter emconta aquilo que é a capacidade de aqui-sição”, revelou a fonte.Em entrevista à Angop, o gestor lem-

brou que os preços definidos para os ter-renos infra-estruturados em 2015, queainda vigoravam até recentemente, “nãose adequam a actual realidade económicado país”, tendo em conta a constante varia-ção da taxa de câmbio e a desvalorizaçãoda moeda nacional.

Naquela altura (2015), recordou, ospreços foram fixados na ordem dos 90dólares por cada metro quadrado, nazona adjacente da centralidade do Sequele,e USD 214/metro quadrado no Kilamba.Com essa redução, prevê-se que os pre-

ços dos terrenos infra-estruturados estejamfixados na ordem dos 45 dólares/metroquadrado, no Sequele, e 107 dólares noKilamba, de acordo com as contas feitaspela Angop.Os novos preços desses terrenos, des-

tinados à construção de residências aogosto/escolha do cliente, serão conhecidoshoje, em Luanda, durante o acto de lan-çamento da campanha de vendas dosespaços urbanizados.Nessa primeira fase, o processo de ven-

das desses espaços vai começar nos terrenosadjacentes à centralidade do Kilamba, emLuanda, que conta com cerca de cincomil hectares infra-estruturados.Ao câmbio actual, 45 dólares equivale

a 21 mil e 592 kwanzas, enquanto 107dólares corresponde 54 mil e 701.Isso significa que cada metro quadrado

poderá custar cerca de 21 mil e 592 kwan-zas no Sequele, e 54 mil e 701 no Kilamba.

ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

72 horas depois o candidato é informado por email sobre a confirmação da inscrição

AUTO CONSTRUÇÃO DIRIGIDA

Terrenos infra-estruturadosatraem multidão ao Kilamba

Natacha Roberto

O StandardBank Angola foieleito melhor Banco do Anode 2019 pela publicação TheBanker, por apresentar bonsindicadores de rentabilidade,solidez e eficácia na gestãode custos.O presidente da comissão

executiva do banco, Luís Teles,afirmou que a instituição pre-tende impulsionar o cresci-mento de Angola mudandoa vida das pessoas e, acima

de tudo, “ser mais do que umbanco”, identificando-secomo “ uma organização uni-versal de serviços financeiros,centrada nos clientes e apos-tando cada vez mais na expe-riência digital”, disse.Com uma rede comercial

composta por 19 agências,três centros de empresa, trêspostos de atendimento e duassuites private, o banco possuibalcões nas províncias deCabinda, Luanda, CuanzaSul, Benguela, Huíla, Huamboe Namibe.

Standard Bank Angolavence o prémio do ano

No período da tarde, quando faltava uma hora para ofecho, cerca de 500 pessoas ainda aguardavam em filas

12 ECONOMIA Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

Por enquanto, o processocircunscreve-se na recolha dedados pessoais do candidato,

mediante o preenchimento deuma ficha

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13Quarta-feira11 de Dezembro de 2019ECONOMIA

Ana Paulo|

Angola e a União Europeiaapresentaram ontem, emLuanda, o Projecto de Apoioà Gestão das Finanças Públi-cas em Angola, instrumentoavaliado em cinco milhõesde euros e que vai ajudar natransparência da gestão orça-mental e na eficácia das des-pesas públicas.

O contrato foi assinadopela ministra das Finanças,Vera Daves, e pelo embai-xador da União Europeia emAngola, Tomás Ulicny.

Ao intervir na cerimóniade assinatura do acordo, aministra das Finanças disseque o objectivo central émelhorar a gestão dos inves-timentos, promover a esta-bilidade e a sustentabilidadedas finanças públicas. Vera Daves garantiu que

o projecto já está em cursoe que vai permitir renovar

o quadro legal que suportaa gestão das finanças públi-cas através da adopção deuma Lei de Responsabili-dade Fiscal."Acreditamos que a assis-

tência técnica proporcionadapela União Europeia e peloFundo Monetário Interna-cional (FMI) vai melhorar acapacidade de gestão dasfinanças públicas nas áreasde gestão da dívida pública,do orçamento e estabilidadepública, do tesouro e inves-timento público e na arreca-dação" de impostos, reconhe-ceu Vera Daves.

O Projecto de Apoio àGestão de Finanças Públicasbaseia-se nas recomenda-ções do Departamento deAssuntos Fiscais do FMI, doCentro Regional de Assis-tência Técnica para a ÁfricaAustral (AFRITAC South) eestá em linha com a visãoda equipa técnica do Minis-tério das Finanças. Segundo

Tomás Ulicny, ao longo dostrês anos de execução do Pro-jecto de Apoio à Gestão dasFinanças Públicas pretende-se aumentar a capacidade deprevisão macroeconómica eorçamental por parte doMinistério das Finanças. Tam-bém será reforçada a capa-cidade de acompanhamentoe gestão dos riscos orçamen-tais fiscais.

Testemunharam a ceri-mónia de assinatura o vice-governador do Banco Nacio-nal de Angola, Manuel TiagoDias, representantes do FMIe quadros do Ministério dasFinanças.A iniciativa apresentada

ontem faz parte do Programade Apoio à Governação Eco-nómica, com a duração detrês anos. O Programa de Apoioà Governação Económica éfinanciado pela União Euro-peia e conta com o apoio téc-nico do Fundo MonetárioInternacional (FMI).

NAMIBE PARCERIA FOI ONTEM ASSINADA EM LUANDA

Gestão do Orçamento temo apoio da União Europeia

Manuel de Sousa | Moçâmedes

A fraca dinâmica na exe-cução do Programa de Apoioà Produção, Diversificaçãodas Exportações e Substitui-ção das Importações (Pro-desi), a nível da província doNamibe foi discutida, segun-da-feira, num encontro, quejuntou, na cidade de Moçâ-medes, empresários e res-ponsáveis da banca.Orientado pelo Gabinete

Provincial Económico e Pro-dutivo do governo provincial,o encontro de auscultaçãoaos empresários e respon-

sáveis da banca sobre acti-vidade económica na pro-víncia no âmbito do Prodesie do Projecto de Apoio ao Cré-dito (PAC), visou compreenderas razões da fraca dinâmicaque se regista na execuçãodos referidos programas.O empresário Paulo Santos,

da empresa SICOPAL, afirmouque a banca não dá respostaaos projectos apresentados.“Nós apresentamos um pro-jecto de renovação da nossafrota ao BPC, há dois anos, eaté hoje nenhuma respostafoi dada, e a melhor posiçãofoi uma resposta verbal de

que não tinham possibilidadede nos financiar”, lamentou.O empresário salineiro

Fernando Solinho questionase os bancos locais estão emcondições de responderemafectivamente às solicitações.“Seria muito mais prático sea banca informasse que asua autonomia é só receberos processos do que propria-mente dar solução e trata-mento aos mesmos”, disse.Arleth Fernandes, gerente

do BFA no Namibe, esclareceuque todo projecto requer enca-minhamento, requisitos e pas-sos a serem dados e a bancatem técnicos capazes parafazer todo o acompanhamento.“O empresário não precisa

de ter acesso ao BDA, ir aoFID e ao INAPEM; na apre-sentação do projecto primei-ramente foi regulamentadoque a entrada devia ser peloINAPEM, pelo facto de a ins-tituição ter menos agênciaspara o efeito; então a bancacomercial recebe os projectose dá o devido tratamento”.O representante do BPC

lembrou que a instituiçãoestá no PAC por via do BAD,cujas regras procura cumprire fazer observar no finan-ciamento de projectos.

SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

DR

Empresários culpam os bancospela fraca execução do Prodesi

PREVISÃO DE RECEITAS DE 2019

Catoca espera facturar USD 700 milhões

Iniciativa, orçada em cinco milhões de euros, vai ajudar noaumento da transparência da gestão orçamental e na eficácia dasdespesas públicas

Contrato foi assinado pela ministra das Finanças e pelo embaixador da União Europeia

O grosso de empresários no Namibe actua no sector das Pescas

A Sociedade Mineira deCatoca, a maior empresa aoperar no sector diamantí-fero em Angola, prevê fecharas contas de 2019 com umafacturação a rondar os 700milhões de dólares, anun-ciou ontem a companhia,em comunicado.As projecções, de acordo

com o documento, foramapresentadas pelo director-geral de Catoca, BeneditoPaulo Manuel, no decursodo II Conselho de DirecçãoAlargado da empresa, rea-lizado a 5 do corrente, nacidade de Saurimo, capitalda Lunda-Sul.“Estamos a prever fechar

este ano com uma factura-ção na ordem dos 700 mi-

lhões de dólares, o que vaipermitir gerar, em benefíciopara o Estado, em termosde impostos e royalites,cerca de 90 milhões de dóla-res” disse.A cifra, de acordo com o

gestor, ultrapassa as previ-sões iniciais, porque a quedado preço do diamante naordem de 26 por cento, quese regista no mercado inter-nacional, desde Outubro doano passado, foi compensadapelo aumento da produçãoe pela redução dos custosde produção.Apesar dos resultados

positivos, Benedito Manueldestacou a necessidade deuma aposta cada vez maiorna qualidade dos processos,

para que mais do que umaempresa rentável, Catocaseja um agente promotor dodesenvolvimento profissionalde todos os seus colabora-dores, uma postura que deveresultar em competênciaspráticas, conhecimento e ati-tudes que deem respostas àmissão da empresa.Presente no Conselho de

Direcção de Catoca, AndréButa Neto, director nacionalde Recursos Minerais, subli-nhou que a empresa con-tribui consideravelmentepara o Produto Interno Bruto(PIB) Nacional.

Localizada na provínciada Lunda-Sul, Catoca é a quartamaior mina do mundo explo-rada a céu aberto.(501.709)

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N I SS A N PAT H F I N D E R ,51.000Km, inspecção feitar o d a + p n e u s e x t r a s ,10.500.000 negociáveis. Telefs:912550373, 931012266(3156)

FIAT Panda a 1.700.000kz,matrícula GS, com AC. Telef:924070409. (3259a)

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HILUX 5.500.000, Pajero5.900.000, Canter 3.300.000Jimny 2.500.000, Hyundai Ter-racan a 1.500.000. Terminaltelef: 939735505. (3259)

TOYOTA Hiace Quadradinho,a gasolina, em perfeitas con-dições, pronto para táxi,4.400.000 Akz. Terminais te-lefs: 993916067, 930444625

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TOYOTA Hilux, manual, diesel,AC, 87.000 Km, 5.950.000 Akz,negociável. Terminal telefó-nico: 941540104. (3.314)

AUTOCARROS p/ aluguer, de30 lugares (Hyundai Countyou Toyota Coaster), em bomestado técnico e AC. Telefone:938489868 (2.714)

CARRINHA Mazda bt 50, por2.500.000kz. Telef:915439970,924151295. (3262a)

TOYOTA Starlet bolinha, co-rolla desportivo ou rabo depato. Telefones: 925231394,928992131. (3295)

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MÁQUINAS de gelo escama,liquidificador, 20/40 L, CX. de10 mil palitos/picolé, amassa-deira 130l, divisória 36 furos,novos. Telefones: 936196882,917747359.

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COLCHÕES Kamaflex - cama,estrados, bases, berços, al-mofadas, lençóis e tapetes naRua da Maianga. Terminalte-lefónico: 938910826 (2.972)

BOMBASde combustível, con-tentorizadas com 50 mil litros,com duas pistolas / gasolinae gasóleo, 14.000.000 Akz. Ter-minal telef: 923576334(3061)

FAZENDA no Bengo, com1.700 hectares. Terminal te-lefónico:925389735. (3.059)

TERRENO Via Expressa, 11 deNovembro, 19/20, e um Ter-reno 50x70, no Huambo. Ter-minal telefónico: 925468999.

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VITRINE de Frutas para lojaAkz. 950.000.00. Terminal te-lefónico: 921047808. (3.161)

28 PRATELEIRAS para lojaAkz 1.200.000.00. Terminal te-lefónico: 921047808. (3.161a)

TERRENO de 200 hectares,no Cuanza-Sul, por 90.000.000Kz, negociável. Terminais te-lefs: 992540364/934694139 .

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TERRENO de 5.000m², no Co-ração do Maculusso, na es-trada principal, a bom preçoem Kzs. Telefs: 912447777,934736591. (3.227)

TERRENO de 3 hectares, Km36, Viana, junto ao novo Aero-porto, direito de superfície.Terminais telefs: 921173177/928067386 (3420)

TERRENOS 15x20/20x30, Ki-lamba, com direito de super-fície, pagamentos mensal a63.500Kz. Telfs: 990439614,941439614 (3225)

PT 800 Kvs, a funcionar7.000.000Kz. discutível. Ter-minais telefs: 926101874,923879866 (3.291)

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MESA de Jantar de 6 cadeiras350 mil Akz. Terminais tlfs:924151295, 915439970.

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CONTABILISTASénior, prestaserviços a Empresas: Encer-ramento de Contas, etc... Ter-minais telefs: 935372227ou994581111. (2872)

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V I A T U R A S

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D I V E R S O S

V E N D E - S E

A R R E N D A - S E

P E R D E U - S EC O M P R A - S E

14 Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

I M O B I L I Á R I O

C L A S S I F I C A D O SAtendimentoRua Rainha Ginga, 18/24 — Luandade Segunda a Sexta-feira, das 8h às 18h, aos Sábados e Domingos, das 8h às 14h V I A T U R A S D I V E R S O S

Mais informaçõesTelefones: 937 550 262 /949 770 006

e-mail: [email protected]

REPÚBLICA DE ANGOLATRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA

3.ª SECÇÃO DA SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO

ANÚNCIOProceso n.º 1415/017-F

DOUTORA DÁRJIA N. DE SÁ NOGUEIRA GOMES, JUÍZ DE DIREITO PROVINCIAL DELUANDA, SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO, TERCEIRA SECÇÃO.

FAZ SABER QUE, corre seus regulares termos pela 3.ª Secção do Cível e Administrativo,Acção Especial de Interdição em é Requerente, Maria Eduarda Viera Dias de Castro Va-lente, residente em Luanda, em que é Citado o Requerendo Manuel Inácio de Castro Va-lente, residente na Travª Montepio Ferroviário n.º 81, bairro dos Coqueiro, Distrito daIngombata. com o último domicílio conhecido em Luanda, para contestar no prazo de 05(cinco)dias, nos termos artigos 945.º, 249.º e 947.º CPC, que começa a correr finda a dilação de 30(trinta) dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio.Nesta Acção, o Autor solicita à citação do Requerido para que seja decretada a Interdição doRequerido Por Anomalia Psíquica, que seja nomeada curadora do maior interdito a requerente,conforme tudo melhor consta do duplicado que encontra à disposição no Cartório deste Tribunal.A presente acção é de constituição obrigatória de advogado. Para constar, passou-se o presente Edital e mais duas de igual teor,que serão afixados nos lu-gares que a lei designa.

Luanda, 09 de Outubro de 2019.

2.ª PUBLICAÇÃO

(700.119a)

A JUÍZA DE DIREITODarjia N. de Sá Nogueira Gomes

O ESCRIVÃO DE DIREITOOrlev Chipululu

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15Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

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16 Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

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(900.017a)

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17Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

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ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO N.º 02/2019

O Instituto Nacional da Aviação Civil, abreviadamente designado por INAVIC, torna público, nos termos do n.º 4 doartigo 24.º da Lei n.º 9/16, de 16 de Junho, que aprova a Lei dos Contratos Públicos, conjugados com o DecretoPresidencial n.º 2/15 de 02 de Janeiro – Estatuto Orgânico do INAVIC, que está aberto o Concurso Público paraaquisição de equipamentos informáticos e instalação de infra-estrutura de rede de voz e dados, para as instalaçõesdo INAVIC/Mutamba.

1. DADOS DA ENTIDADE PÚBLICA CONTRATANTE – INAVIC

Designação (UO): Instituto Nacional da Aviação Civil – INAVIC.

Endereço: Rua Miguel de Melo N.º 96, 6 º Andar.

Localidade: Município da Ingombota, Província de Luanda.

Contactos: 222-335 936/222 338 596 –FAX: 222 390529.

Correio Electrónico: [email protected]

2. INFORMAÇÕES RELATIVAS AO CONTRATO

a) Designação dada ao contrato: a aquisição de equipamentos informáticos e serviços tecnológicos.

b) Tipo de Contrato: Aquisição de Serviços Tecnológicos.

c) Local da realização do serviço: Província de Luanda, Município das Ingombota.

d) O concurso esta aberto a participação de entidades estrangeiras: Não

e) O Concurso implica a celebração de um contrato público: Sim

f) Prazo de execução do contrato: 12 meses.

3. CRITÉRIOS DE INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS CONCORRENTES E AS PROPOSTASa) Proposta economicamente mais vantajosa;b) O histórico da empresa no mercado; ec) Capacidade técnica e financeira da empresa.

4. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

As peças do presente procedimento estão disponíveis, no endereço citado no ponto 1, em formato físico e ou/ dis-positivo de armazenamento (pen drive) do concorrente, mediante apresentação do comprovativo (DAR) de paga-mento do valor de AKZ: 35.000,00 (trinta e cinco mil kwanzas) a ser depositado na Conta Única do Tesouro (CUT).

A apresentação das propostas é de cinco (5) dias úteis, contados da data do levantamento do caderno de encargos,das 8 horas e 30 minuto até às 15 horas, no endereço enunciado no ponto 1.

i) Prazo para apresentação das candidaturas: 10 de Janeiro de 2020.

Instituto Nacional da Aviação Civil, em Luanda, aos 10 de Dezembro de 2019.

A COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

ASSINATURA ILEGÍVEL(3194)

Eni Angola SpA – Sucursal de AngolaEdifício Downtown Center, Rua Joaquim Figueiredo, N.º19, 7.º / 12.º AndaresCaixa Postal 1289, Luanda, Angolaeni.com

ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO PARA EMPRESAS

A Eni Angola SpA, sucursal da Eni SpA, empresa Italiana que opera em Angola na área de Exploração, Desenvolvimento e Produção de Produtos Petrolíferos, vem,por este meio, anunciar a realização de um concurso público com o objectivo de seleccionar empresas qualificadas para a prestação e fornecimento de bens e serviçosconforme a tabela abaixo indicada:

As empresas interessadas em participar no referido concurso deverão pronunciar-se dentro de um prazo de 7 (Sete) dias úteis a partir da data de publicação dopresente anúncio, enviando a sua candidatura para o seguinte endereço electrónico: [email protected]

A candidatura deverá reunir os seguintes requisitos mínimos: Objecto Social;• Nome da Empresa;• Objecto social;• Endereço postal (incluindo NIF);• Carta de apresentação da Empresa com a descrição dos serviços de manutenção, da equipe de apoio, política de HSE, infraestrutura das instalações de manutenção em Angola;

• Evidência de pelo menos 5 anos de experiência no sector Petrolífero;• Evidência com descrição detalhada dos 2 últimos Contractos (relacionados com os bens e serviços do objecto do concurso) executados ao longo dos últimos 5 anos;• E-mail e contacto telefónico da Empresa e da pessoa a ser contactada.• Estrutura da empresa e evidência de afiliação / parceria com fornecedores / empresa de Internet baseados em fibra óptica local e internacional.• Evidência de gerenciamento de projectos e capacidade de instalação / manutenção, incluindo suporte logístico.• Descrição detalhada do plano de backup / contingência da Internet.• Garantia de qualidade de equipamentos e serviços,• Prova de pessoal competente com certificações profissionais relevantes para instalações, movimentação e manutenção.• Documentação demonstrando a alta disponibilidade da infraestrutura do fornecedor• O uso de material e equipamento profissional é obrigatório durante as actividades de manutenção. Equipamentos não profissionais são estritamente proibidos pela Empresa,

• Além disso, espera-se que o documento do concurso seja bem produzido e fácil de seguir com o índice.(501.694a)

REF.º DO SERVIÇO DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS REFERÊNCIA DO CONCURSO

WP 23 Unidades de Transporte de Carga 023-PRO-EOI-15/06

(501.703a)

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18 Quarta-feira11 de Dezembro de 2019NECROLOGIA

FALECEU

As famílias: Sousa Araújo, Rosendo Naval, Paixão Franco, VicenteBarreto e Monteiro Jardim cumprem o doloroso dever de comunicaro falecimento de JAIME DE SOUSA ARAÚJO, ocorrido no dia 8de Dezembro, em Lisboa. Paz à sua alma. (3.267)

JAIME DE SOUSA ARAÚJO

CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda dor e costernação, que o pessoal do Gabinetedo Chefe da Direcção Principal de Logística/EMGFAA tomouconhecimento do passamento físico do senhor FRANCISCOINÁCIO SACHIVUNDA, destacado funcionário da BCA N.º3,ocorrido no passado dia 7 de Dezembro de 2019, vítima de acidentede viação. Neste momento de luto, o colectivo dos Oficiais,Superiores, Subalternos, Sargentos, Praças e Funcionários desteGabinete endereçam à Sua Excia, senhor Tenente General CarlosChivundan e à família enlutada os seus profundos sentimentosde pesar. (3.339)

FRANCISCO INÁCIO SACHIVUNDA

FALECEU

Malua de Carvalho Bouton, Nguxi de Carvalho, Lukeny BambaFortunato, Osvaldo Loth, Juliana Domingos (filhos), HenryBouton, Nerika Fortunato (genros), Noáh Bouton e MalconFortunato (netos) comunicam o falecimento de IDALINA BAMBA,ocorrido no dia 3/12/2018, por doença, em França. O funeralrealiza-se na sexta-feira, 13/12/2019, partindo da Igreja MetodistaUnida Central de Luanda, para o cemitério do Alto das Cruzes,às 11h30. (3.348)

IDALINA BUMBA

SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 9H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 8H ÀS 14H

FALECEU

O Comando da Unidade de Segurança Pre-sidencial, em nome dos seus Oficiais Generais,Oficiais Superiores, Capitães, Subalternos,Sargentos, Praças, Agentes e TrabalhadoresCivis comunicam o falecimento do SoldadoJOAQUIM SAMORA TCHAMA, ocorridodia 9/12/2019, por doença. O funeral rea-lizar-se-à em data a anunciar oportunamente.À família enlutada, o Comando endereçaos sentimentos de pesar. (3.324)

JOAQUIM SAMORA TCHAMA

CONDOLÊNCIAS

A Direcção da Cooperativa Portuguesade Ensino em Angola e a Direcção Peda-gógica, corpo Docente, Discente e Fun-cionários da Escola Portuguesa de Luandacomunicam o falecimento da ProfessoraELENA GANDAVILA. Neste momentode dor e consternação, rendem sentidahomenagem à colega e apresentam àfamília enlutada, os mais profundos sen-timentos de pesar. (3.319)

ELENA GANDAVILA

CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda dor e consternação, que aDirecção e o colectivo de trabalhadores do InstitutoNacional de Obras Públicas (INOP) tomou conhe-cimento do passamento físico do sogro do seuChefe de Departamento de RegulamentaçãoTécnica, que em vida se chamou JOAQUIM DECARVALHO. Perante este triste e inesperadoacontecimento, vimos, por este meio, endereçarà família enlutada, os nossos mais profundossentimentos de pesar. (3.358)

JOAQUIM DE CARVALHO

MISSA

Marinela Vicente, Mário Leonel, FilomenaSilveira, Teresa Silveira (filhos), Tana, Mirco,Edmilson, Moise, Abraão, Tariny, Igor, Ruca,Mimi, Petra, Marito, Mário (netos), genro, norase bisnetos familiares comunicam que serárezada a Missa do 2.º Ano, do passamento físicode MARIA LUÍSA SILVEIRA (Lizeth/Abi), naIgreja da Sagrada Família, amanhã, dia 12/12/2019,às 18h00. Que a sua alma descanse em paz.

(3.285)

MARIA LUÍSA SILVEIRA(Lizeth/Abi)

FALECEU

Olga Sebastião, Eunice Sebastião Mendes, Antónia Sebastião,Alice Sebastião Moreira, Stober Sebastião (sobrinhos), genros enetos comunicam o falecimento de IDALINA BAMBA, ocorridono dia 3/12/2018, por doença, em França. O funeral realiza-sena sexta-feira, 13/12/2019, partindo da Igreja Metodista UnidaCentral de Luanda, para o cemitério do Alto das Cruzes, às 11h30.

(3.349)

IDALINA BUMBA

FALECEU

Luís Sílvio de Carvalho, Deolinda Estrela Luna de Carvalho Fortes,Elizabeth Carla Constantino Luna de Carvalho, Joaquim da Silva Lunade Carvalho Júnior, Valdemar Luna de Carvalho, Vanda Luna deCarvalho, Ana Paula Chantre Luna de Carvalho, Yolanda Chantre Lunade Carvalho Mendes, sobrinhos e netos comunicam o falecimento deJOAQUIM EDMUNDO DOS PASSOS DA SILVA LUNA DE CARVALHO,ocorrido segunda-feira, dia 9/12/2019. O velório decorre hoje, dia11/12/19, no Velório Provincial de Luanda (Sant´Ana), pelas 18h00. O funeral realza-se amanhã, dia 12/12/2019, quinta-feira, no cemitériode Sant`Ana, às 10h00. (3.365b)

JOAQUIM EDMUNDO DOS PASSOS DA SILVALUNA DE CARVALHO

FALECEU

A família Sachivunda: Esposa, filhos, sobrinhos, netos e demaisfamiliares cumprem o doloroso dever de comunicar o falecimentodo seu ente querido FRANCISCO INÁCIO SACHIVUNDA, ocorridono dia 7 de Dezembro de 2019, vítima de acidente de viação. O funeral realiza-se hoje, dia 11/12/2019, partindo o cortejofúnebre do Quartel do Comando do Exército (Ex-I.R-20), parao cemitério de Sant'Ana, às 9h00. (3367)

FRANCISCO INÁCIO SACHIVUNDA

AGRADECIMENTO

Mateus José Bernardo "Maninho" (filho), Negui-nho, Gica, Tetinha, Mónica, Jorge, Mano, Adélio,Manucho, Lukénia, Daniel, Tchinósol, Marta(netos), Baros e Loló (sobrinhos) agradecem atodos familiares, amigos e pessoas conhecidasque, de alguma forma, fizeram chegar a nóspalavras de conforto após o falecimento deMARIA DA CONCEIÇÃO MATEUS ADÃO DACOSTA, até à sua última morada. Que a suaalma descanse em paz. (3.293)

MARIA DA CONCEIÇÃOMATEUS ADÃO DA COSTA

FALECEU

O colectivo de trabalhadores do Ministériodo Ordenamento do Território e Habitaçãocumpre o doloroso dever de comunicaro falecimento de JOAQUIM EDMUNDODOS PASSOS DA SILVA LUNA DE CAR-VALHO, pai de sua Excelência, Ana PaulaChantre Luna de Carvalho, Ministra doOrdenamento do Território e Habitação,ocorrido no dia 9/12/2019. (3.365a)

JOAQUIM E. DOS PASSOS DASILVA LUNA DE CARVALHO

MISSA

Adjani Micael da Paixão dos Santos "Tuca"(filho) e demais familiares comunicamque será rezada Missa do 7º Dia, emmemória da sua querida JOAQUINA DAPAIXÃO DOS SANTOS, hoje, quarta-feira, 11/12/2019, às 18h00, na Igreja deSant'Ana. Desde já, agradecem a todosquantos se dignarem a assistir este piedosoacto. Paz à sua alma. (3.360)

JOAQUINA DA PAIXÃODOS SANTOS

MISSA

Francisco Paixão dos Santos (Chico),Bento Paixão dos Santos, Maria da Paixãodos Santos Pitra (São Pitra) e Maria deFátima da Paixão dos Santos (Fató)(irmãos) comunicam que será rezadaMissa do 7º Dia, em memória da sua irmãJOAQUINA DA PAIXÃO DOS SANTOShoje, quarta-feira, 11/12/2019, às 18h00,na Igreja de Sant'Ana. Paz à sua alma.

(3.360a)

JOAQUINA DA PAIXÃODOS SANTOS

CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda dor e consternação, queo colectivo de trabalhadores da Neofarmatomou conhecimento do passamento físicodo Sr. JOSÉ FRANCISCO MARIA PORTU-GAL, ocorrido no dia 8/12/2019. Nesta horade dor e luto, endereça à família enlutadaos mais sentidos pêsames. (3.345)

JOSÉ FRANCISCO MARIAPORTUGAL

MISSA

Lourença António Domingos (irmã) e filhoscomunicam que será rezada Missa do 7º Dia,em memória da sua irmã e tia JOAQUINA DAPAIXÃO DOS SANTOS, hoje, dia 11/12/2019, às18h00, na Igreja de Sant'Ana. Desde já, agradecema todos quantos se dignarem a acompanhar estepiedoso acto. Paz à sua alma. (3.360b)

JOAQUINA DA PAIXÃODOS SANTOS

RECORDAÇÃO

Não é fácil perder quem amamos, fica umvazio, um adeus constante, tantos porquês,tantas lembranças, tanto amor, tanta sau-dade. Mas tenha uma certeza: Não foi umadeus... é somente um até breve. Descanseem paz, meu amor. (3.337)

JOSÉ MANUEL MOÇÂMEDES

FALECEU

Os familiares de JAIME DE SOUSAARAÚJO cumprem o doloroso dever decomunicar o seu falecimento, ocorridono dia 8 de Dezembro de 2019, em Lisboa.Que a sua alma descanse em paz, aolado do Nosso Senhor. (3.244)

JAIME DE SOUSA ARAÚJO

CONDOLÊNCIAS

Pelo falecimento do pai da senhora Ministrado Ordenamento do Território e Habitação,senhor JOAQUIM EDMUNDO DOS PASSOSDA SILVA LUNA DE CARVALHO, o colectivode trabalhadores do Instituto Nacionalde Habitação endereça à família enlutada,os mais profundos sentimentos. (3.361)

JOAQUIM E. DOS PASSOS DASILVA LUNA DE CARVALHO

Page 19: NESTA EDIÇÃO ERNESTO ARAÚJO atraem multidão ao Kilamba EM … · 2019. 12. 11. · QUA11DEZ Quarta-feira 11 de Dezembro de 2019 Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO

19Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

FALECEU

Nelson Costa, Marinela Costa, Ana Bela Costae Maria Franco (filhos), Aníbal Teixeira, Dio-nísio Teixeira, Virgínia Rego, Maria Rego,Arlinda Teixeira (sobrinhos) e demais fami-liares comunicam que o funeral de ANTÓNIAATAYDE REGO DIAS DA COSTA, se realizahoje, 11/12/2019, partindo o cortejo fúnebreda sua residência, sita no Bairro CTT, às11h00, para o cemitério de Sant'Ana.

(3.368)

ANTÓNIA ATAYDE REGODIAS DA COSTA

FALECEU

Edgar Matias Lourenço, Walter MatiasLourenço e Lorena Matias Lourenço (filhos),Francisca, Lemba, Manuel, Joana, Amélia,Antónia, Mizé e Isabel (irmãos), sobrinhosJojó, Iana Olga, Nequinhas, Vitó, Nuno,Biby, Iza, Zé, Zita,Vado, Elsa, Evandro edemais familiares comunicam que o funeralde LUZIA MATIAS LOURENÇO(Tia Lily),se realiza hoje, 11/12/2019, às 11h00, nocemitério do Benfica. (3.369)

LUZIA MATIAS LOURENÇO(Tia Lily)

FALECEU

Luzia Caprichosa de Almeida (mãe), MauriaJosela dos Santos, Março Aurélio dos Santos,(irmãos), Domingos Brás dos Santos, DomingasBras dos Santos, Eulélia Dias dos Santos(ausente), Carlos Alberto dos Santos, IdelfonsoM. dos Santos e António Dias dos Santos(tios),primos e demais familiares comunicam ofalecimento de seu ente querido MÁRIO DEALMEIDA DIAS DOS SANTOS, ocorrido dia9/12/19. O funeral realizar-se-á em data aanunciar. (3.375)

MÁRIO DE ALMEIDA DIAS DOS SANTOS

FALECEU

As famílias Dias dos Santos e SebastiãoAdão de Almeida comunicam o faleci-mento de seu ente querido MÁRIO DEALMEIDA DIAS DOS SANTOS, ocorridodia 9/12/2019. O funeral realizar-se-áem data a anunciar. (3.375a)

MÁRIO DE ALMEIDA DIAS DOS SANTOS

FALECEU

Guilhermina, Alberto, Isaura, Georgina,Zulmira, Ana Paula (filhos), genros, netos,bisnetos, trinetos e sobrinhos comunicam ofalecimento da sua querida MARIA MANUELADE OLIVEIRA DA RESSURREIÇÃO, ocorridono dia 7/12/2019, em Lisboa (Portugal). Asexéquias terão lugar hoje, dia 11/12/2019,pelas 10h30, partindo da Igreja das Furnaspara o cemitério do Benfica (Portugal).

(3.372)

MARIA MANUELA DEOLIVEIRA DA RESSURREIÇÃO

FALECEU

Isau Francisco Pedro e Esperança Franciscodos Santos (pais), Isaura, Sandra, Teresa,Gasparito, Cristina, António, Carolina,Diomar, Gonçalves e Maro Dance (irmãos)comunicam o falecimento de seu entequerido ABENILSON DOS SANTOSPEDRO “Dj Beny Mix”, ocorrido dia7/12/19, por doença. O funeral realiza-se hoje, quarta-feira, dia 11/12/19, nocemitério de Viana, às 10h00. (3.370)

ABENILSON DOS SANTOSPEDRO (Dj Beny Mix)

FALECEU

Medeiros Silva, Beltrania Silva, PutoAgressivo, Dedé Banco Bic, ComplexoMini e Bolso Fundo, Facadas e demaisprodutores de Eventos comunicam ofalecimento de seu amigo ABENILSONDOS SANTOS PEDRO (Dj Beny Mix),ocorrido dia 7/12/19, por doença. O funeral realiza-se hoje, quarta-feira,dia 11/12/19, no cemitério de Viana, às10h00. (3.370a)

ABENILSON DOS SANTOSPEDRO (Dj Beny Mix)

FALECEU

O Comando da Força Área Nacional cum-pre o doloroso dever de comunicar opassamento físico do Sr. Tte. CoronelCAIM MONIZ GOMES, ocorrido no dia8/12/2019, por doença. O funeral rea-liza-se hoje, 11/12/2019, partindo ocortejo fúnebre da Base Área para oMunicípio de Nambuangongo, às 9h00.Que a sua alma descanse em paz.

(3.373)

CAIM MONIZ GOMES

SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 9H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 8H ÀS 14H

FALECEU

Violante Paulo (esposa), Maria Salomão,Gabriel Safa, Elisa Safa, Jú Safa, IvaldinaComboio, Isabel Comboio, Tamila Com-boio, Jonilson Comboio, Pedro Safa(filhos) e demais familiares comunicamque o funeral de PEDRO MANUEL SAFAse realiza hoje, quarta-feira, 11/12/2019,partindo o cortejo fúnebre da sua resi-dência, sita no Calemba 2, às 10h00,para o cemitério do Benfica. (3.377)

PEDRO MANUEL SAFA

FALECEU

O colectivo de funcionários da antiga DirecçãoProvincial dos Serviços de Fiscalização doG.P.L comunicam o falecimento do colegaFLORÊNCIO GAMALIEL PEDRO MARTINS,ocorrido no dia 9/12/2019. Neste momentode dor e luto o colectivo de funcionárioendereça à família enlutada os sentimentosde pesar e comunicam que o seu funeralrealiza-se amanhã, dia 12/12/2019, nocemitério de Sant'Ana, às 11h00. (3.380a)

FLORÊNCIO GAMALIELPEDRO MARTINS

FALECEU

O colectivo de funcionário dos Serviços deFiscalização do Município do Talatona,comunicam o falecimento do colega FLORÊNCIO GAMALIEL PEDRO MARTINS,ocorrido no dia 9/12/2019. Neste momentode dor e luto o colectivo de funcionárioendereça a família enlutada os sentimentosde pesar e comunicam que o seu funeral rea-liza-se amanhã, dia 12/12/2019, no cemitériode Sant'Ana, às 11h00. (3.380)

FLORÊNCIO GAMALIELPEDRO MARTINS

FALECEU

O Comando da Unidade de Segurança Pre-sidencial, em nome dos seus Oficiais Generais,Oficiais Superiores, Capitães, Subalternos,Sargentos, Praças, Agentes e TrabalhadoresCivis comunica o falecimento do Sr. TenenteJACINTO COUTINHO DE ALMEIDA, ocorridono dia 10/12/2019, vítima de hemorragiacerebral interna. O funeral realizar-se-á emdata a anunciar oportunamente. À famíliaenlutada o Comando endereça sentimentosde pesar. (3381)

JACINTO COUTINHO DE ALMEIDA

FALECEU

Esperança Martins Fortunato, HermíniaAfonso Dias, Margarida Martins de Almeida,Artur Dias Martins, Madalena Martins, Sebas-tiana Martins, Miguel Martins, e AntónioMartins (irmãos) comunicam o falecimentodo seu ente querido FLORÊRNCIO GAMALIELPEDRO MARTINS. O funeral realiza-se ama-nhã, quinta-feira, 12/12/2019, no cemitériode Sant'Ana, às 11h00. (3377b)

FLORÊNCIO GAMALIELPEDRO MARTINS

FALECEU

Rosa Martins Xavier, Rosalina Matins,Teresa Martins, Santa Mabuquila (filhas),sobrinhos primos, tios netos e demaisfamiliares comunicam o falecimentodo seu ente querido FLORÊRNCIOGAMALIEL PEDRO MARTINS. O funeralrealiza-se amanhã, quinta-feira,12/12/2019, no cemitério de Sant'Ana,às 11h00. (3377a)

FLORÊNCIO GAMALIELPEDRO MARTINS

FALECEU

Passaram -se 365 dias, por sinal muitodifíceis, mas Deus irá ajudar. Recor-dam-te teus familiares: Madalena Abrigada(esposa), Cláudia Abrigada, Ivete Abrigada,Samuel Abrigada (filhos) e netos, commuita dor. (3.352)

FRANCISCO DA COSTAABRIGADA (Zito)

FALECEU

Maria Fernanda José Martins e Martinse filhos comunicam o falecimento doseu esposo e pai FLORÊNCIO GAMALIELPEDRO MARTINS, ocorrido no dia9/12/2019, por doença. O funeral rea-liza-se amanhã, quinta-feira, 12/12/2019,no cemitério de Sant'Ana, às 11h00.

(3377)

FLORÊNCIO GAMALIELPEDRO MARTINS

RECORDAÇÃO

Querido filho, irmão, pai, tio e amigo!Há um ano que não partilhamos contigo,deixaste-nos, partiste para o além, masestás presente nos nossos corações. Quea tua alma descanse em paz.

(3.248)

HERNANI TEODORONGANDAVILA

FALECEU

Guilhermina, Alberto, Isaura, Georgina,Zulmira, Ana Paula (filhos), genros, netos,bisnetos, trinetos e sobrinhos cumpremo doloroso dever de comunicar o faleci-mento da sua querida MARIA MANUELADE OLIVEIRA DA RESSURREIÇÃO, ocorridono dia 7/12/2019, em Lisboa (Portugal). O funeral realiza-se hoje, quarta-feira,11/12/2019, naquele mesmo país.

(3.249R)

MARIA MANUELA DEOLIVEIRA DA RESSURREIÇÃO

CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda dor e consternação que os Corpos Directivose os Sócios da Liga Africana tiveram conhecimento do falecimentode JAIME DE SOUSA ARAÚJO, nacionalista, sócio n.º 1 – Fundadorda Liga Africana e seu dirigente, ocorrido em Lisboa, aos 8/12/2019,por doença, onde se realizará o funeral. A Liga Africana apresentaà família enlutada os seus mais sinceros e profundos sentimentosde pesar. O livro de condolências está patente na Sede da LigaAfricana, desde ontem, dia 10, às 8h00. Paz à sua alma.

(3.303)

JAIME DE SOUSA ARAÚJO

CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda tristeza e consternação que a EPASBENGO-E.P. tomou conhecimento do passamento físico de seu colega eamigo, Eng. CELESTINO JOÃO, P.C.A da Empresa de Águas eSaneamento da Província do Moxico, ocorrido no dia 7/12/2019,na Clínica Sagrada Esperança em Luanda, por doença. Nesta horade dor e luto o Conselho de Administração e o seu colectivo detrabalhadores vergam-se perante a sua memória, associando-se à família enlutada a quem endereçam os mais profundos sen-timentos de pesar. Que a sua alma descanse em paz.

(3.378)

CELESTINO JOÃO

Page 20: NESTA EDIÇÃO ERNESTO ARAÚJO atraem multidão ao Kilamba EM … · 2019. 12. 11. · QUA11DEZ Quarta-feira 11 de Dezembro de 2019 Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO

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20 Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

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SOJA - SINDICATO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DE ANGOLA SECRETARIADO NACIONAL

CONVOCATÓRIA n.º 4/2019A Mesa da Assembleia-Geral do SOJA convoca, nos ter-mos do n.º 2 do art.º 24.º, conjugados com as alíneas i doart.º 20.º e da alínea a) do art.º 21.º do Estatuto do Sindi-cato dos Oficiais de Justiça, todos os Oficiais de Justiçade Angola, a participarem na Assembleia-Geral Extraordi-nária, no dia 13 de Dezembro de 2019, pelas 8h30, no Pa-lácio da Justiça, com a seguinte ordem de trabalho: 1. Alteração do Estatuto à luz da nova realidade; 2. Votação;

A presença de todos é indispensável, para o bem da Justiça de Angola.

Luanda, aos 27 de Novembro de 2019.

O Presidente da Mesa em ExercícioJoaquim de Brito Teixeira

(2.800)

ABANDONO DE TRABALHO

A Direcção de Recursos Humanos da Comatel Infraestrutura, Limitada. comunica ao trabalhadorabaixo mencionado, que será declarado culpadona situação de Abandono de Trabalho, conformealínea c) do n.º 2 do artigo 229.º da Lei Geral doTrabalho, se nos próximos cinco (5) dias úteis sub-sequentes a esta comunicação não fazer provadas razões da ausência, bem como da impossibi-lidade de cumprir à obrigação de informar e justi-ficar à entidade empregadora, de acordo com oartigo 144.º da LGT.

• Pascoal Sebastião da Silva

Luanda, aos 9 de Dezembro de 2019.

Departamento de Recursos Humanos(3252)

(3199)

REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E HABITAÇÃO

INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLADEPARTAMENTO PROVINCIAL DO CUANZA SUL

EDITAL N.º __/19PROCESSO DE CONCESSÃO N.º 60-CS/10

Tendo, o senhor PAULINO LINHELO, requerido o direito de superfície de uma parcela de terrenoRural com uma área de 255 (Duzentos e Cinquenta e Cinco) hectares, onde será implantado um pro-jecto Agro - Pecuário, localizado na Província do Cuanza Sul, Município do Sumbe, Comuna doGungo, a uma distância de 2.700 (Dois Mil Setecentos), metros a Este do Bairro Evale Guerra. Feita a demarcação provisória a mesma ficou com as seguintes confrontações: Norte, terreno de ter-ceiros não cadastrado, a Sul com terreno de terceiros não cadastrado, a Este com a Estrada Nacionaln.º 100 (no troço Sumbe Lobito) e a Oeste com um riacho inominado. São, por este meio, convocadas as pessoas que se julgarem com direitos sobre o mesmo terreno, avirem comprová-lo neste Instituto Geográfico e Cadastral de Angola, no prazo de 30 dias a contar dadata da publicação deste Edital.

DEPARTAMENTO PROVINCIAL DO INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA DOCUANZA SUL, NO SUMBE, 28 DE NOVEMBRO DE 2019.

O CHEFE DE DEPARTAMENTOBERNARDO MANECO

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6)

REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS1.ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA

EDITALESTER DA SILVA SEBASTIÃO DOS SANTOS, CONSERVADORA DAPRIMEIRA CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA.

CERTIFICA QUE, corre seus termos, nesta Conservatória do Registo Civilde Luanda, um processo de Aquisição de Nacionalidade Angolana por Ca-samento, em que é requerente o senhor André Roseiro Colaço, casado,de 44 anos de idade, natural da Freguesia de Carnaxide, Concelho de Oei-ras, de nacionalidade Portuguesa, filho de Marcos Colaço e de Maria deFátima Fernandes Roseiro Colaço, portador do Passaporte n.º P434182,emitido pelo Consulado Geral de Portugal em Angola, aos 19 de Setembrode 2016, residente em Luanda, Rua Cónego Manuel das Neves, n.º 53,R/C, Distrito Urbano da Ingombota.

Nos termos do disposto na Lei n.º 02/16, de 15 de Abril e por força do Re-gulamento da Lei da Nacionalidade, são convidadas todas as pessoas in-certas a deduzirem a oposição que julgarem existir contra o requerente noprazo de Quinze dias a contar da data da afixação do presente EDITAL.E, para constar, lavrou-se o presente EDITAL que será afixado nos lugaresdesignados por lei.

1.ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA, 02 DE DEZEM-BRO DE 2019.

A CONSERVADORAESTER DA SILVA SEBASTIÃO DOS SANTOS (3190)

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(501.676)

COMUNICADOA ENDE - Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade, EP, com sedena rua Cónego Manuel das Neves, 234, sob o número de Identificação Fiscal5410778170, está a proceder a actualização de dados de todos os seus forne-cedores e clientes, bem como dos seus parceiros de negócio para a garantia dafiabilidade das transações comerciais efectuadas periodicamente.Esta medida surge na sequência da entrada em vigor no passado dia 02 deAbril de 2019 do Regime Jurídico de Facturas e Documentos Equivalentes, àluz do Decreto Presidencial n.º 292/18 de 03 de Dezembro, que consagra aexigência da emissão de Facturas e Documentos Equivalentes em todas astransações comerciais.

Sendo assim, solicitamos à V/Excia que nos forneça os dados actualizados,nomeadamente:

I. Designação correcta da sociedade;II. Número de Identificação Fiscal;III. Declaração do regime de sujeição do IVA;IV. Saldo e extracto da contabilidade até 14.11.19.

Agradecemos, desde já, a prestação dos dados supracitados até ao dia 14 deDezembro do corrente ano, através de um ofício devidamente assinado pelosórgãos de direcção da empresa, dirigido à Direcção de Finanças e Administra-ção da ENDE-EP, no seguinte e-mail: [email protected], ou através dosterminais: 927005297 / 912381166.

DIRECÇÃO DE FINANÇAS E ADMINISTRAÇÃO DA ENDE-EP, em Luanda,aos 27 de Novembro de 2019.

O DIRECTORFRANCISCO JOSÉ FERNANDES

EMPRESA NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ELECTICIDADE EP

21Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

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EMPREEDIMENTOS ANGOLANOS DE HOTELARIA, Lda.

SEDE SOCIAL. Largo Kinaxixi, n.º 13º LuandaCAPITAL SOCIAL: N.º 5.829CONTRIBUINTE FISCAL N.º 5401130147

Gerência e Administração

Solicita-se a comparência da trabalhadora Lizeth Africana André Congo, no seuposto de trabalho, nesta empresa, no prazo limite de 5 (cinco) dias, contados apartir da publicação deste aviso, sob pena de lhe ser instaurado idóneo auto deabandono de trabalho, com as consequências legais.

Luanda, aos 5 de Dezembro de 2019.

O sócio-gerente Afonso Carlos Louro Verdades

(3.187)

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DO INTERIOR

DELEGAÇÃO PROVINCIAL DE LUANDA SERVIÇO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL DE LUANDA

Proc: n.º 168/016-04 2.° AVISO- NOTIFICAÇÃO

Por ordem do Exmo. Senhor Chefe de Departamento do SPIC, fica notificado o senhor

EDGAR IVANOV GOURGEL DOMBOLO, residente nesta cidade de Luanda.

A comparecer neste Serviço de Investigação Criminal, no dia 26 de Fevereiro de 2016, pelas 09H30,a fim de prestar declarações, devendo para o efeito contactar a Instrutora Processual, Isabel Augusto,no Departamento de Crimes Contra a Ordem e Tranquilidade Pública, Bloco G, l.º andar, porta n.º 57.

A FALTA É PUNIDA NOS TERMOS DA LEI.

Luanda, aos 19 de Fevereiro de 2016.

O CHEFE DE DEPARTAMENTODANIEL SIMÃO DAVID (5.591)

ANÚNCIO DE VAGA

A Empresa Salinas Calombolo, Lda., precisa paraadmissão nos seus quadros:- 100 trabalhadores para ocupar as vagas de sa-lineiros e estivadores.

Estamos abertos todos os dias, das 7h30 às16h30 min, pelo que, os interessados devem di-rigir-se aos Recursos Humanos da nossa Em-presa no Chamume para admissão.

Benguela, aos 28 de Novembro de 2019.

A GERÊNCIA(3.297)

COMUNICADO

ABANDONO DE TRABALHO

O Departamento de Recursos Humanos da Empresa AtisNebest-Angola, Tecnologia e Serviços, Lda. comunicaao trabalhador AGOSTINHO MASSIALA, que se encon-tra em situação de abandono de trabalho, nos termos dosartigos 144.º e 229.º da Lei Geral de Trabalho, devendoapresentar no prazo de cinco (5) dias utéis a seguir a pu-blicação deste comunicado, a fim de justificar documen-talmente a razão da sua ausência, sob pena de lhe seraplicada a sansão disciplinar prevista na referida LeiGeral de Trabalho.

Luanda, 09 de Dezembro de 2019

A Chefe de Departamento,Isabel Viegas (3311)

TECNOLOGIA E SERVIÇOS, LDA

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REPÚBLICA DE ANGOLAGOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGOGABINETE PROVINCIAL DA SAÚDE

AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO PÚBLICO DE INGRESSO DA SAÚDE

1. De acordo com o Despacho n.º 1692/2019, de 6 de Dezembro, de Sua Exce-lência Senhora Governadora Provincial, está aberto o Concurso Público de In-gresso no Sector da Saúde nas Carreiras Especiais dos Profissionais de Saúdee do Regime Geral, sendo admitidos as candidaturas no prazo de 20 dias, a con-tar da data da publicação do presente aviso, nos termos da legislação em vigor.

2. Através do Despacho n.º 1693 de Sua Excelência Governadora Provincial,nomeou o Júri composto por:

• Presidente: Victória da Graça Miguel Emílio Cambuanda;• Vice-Presidente: Lourdes Maria Torres Leitão Pinto;• Vogal: Rosa Maria Ferreira;• Vogal: Osvaldo José Engenheiro Mavenda;• Vogal: Álvaro Matubacana;• Vogal: Fernanda Pedro António.

3. No exercício das funções da Comissão do Júri terá uma equipa técnica deapoio.4. Profissionais de Enfermagem: Licenciatura ou formação média e inscrito naordem dos enfermeiros;5. Profissionais de Diagnóstico e Terapêutico: Formação Superior ou Média emárea de Diagnóstico e Terapêuta ou associação profissional correspondente;6. Profissionais da Carreira Geral: Licenciatura ou Formação Média Técnica;7. Profissionais de Apoio Hospitalar: Formação Média ou Equiparada.

VAGAS PARA ADMISSÃO NA PROVÍNCIA DO BENGO

- Documentos para a candidatura ao concurso1. Requerimento dirigido à Ministra da Saúde (Carreira Médica);2. Requerimento dirigida à Governadora Provincial;3. Original ou fotocópia autenticada do Certificado de Habilitações Literárias ouProfissionais;4. Original ou fotocópia autenticada da Declaração do Reconhecimento dos Estudos Superiores (INAARES);5. Fotocópia do Bilhete de Identidade;6. Comprovativo da Inscrição na Ordem Profissional;7. Comprovativo de regularização da situação militar para os candidatos do género masculino.

CAXITO, AOS 6 DE DEZEMBRO DE 2019.

A PRESIDENTE DO JÚRIVICTÓRIA CAMBUANDA

22 Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

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REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS

GABINETE DE GESTÃO DE CONTRATOS

ANÚNCIO N.º 013 CONCURSOS PÚBLICOS N.os 019 a 40/DNOE/GGC/MINCOP/19

O MINISTÉRIO DA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS vem através do GABINETE DE GESTÃO DE CON-TRATOS, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 69.º e do anexo VI, da Lei n.º 9/16, de 16 de Junho, da Lei dosContratos Públicos, tornar público que no quadro do Programa Integrado de Intervenção aos Municípios (PIIM),estão abertos os Concursos Públicos abaixo discriminados para contratação dos serviços de Empreitadas na Mo-dalidade de Concepção e Construção e respectivos serviços de Fiscalização:

1. Concurso Público n.º 019 - Contrato de Empreitada da Ponte sobre o Rio Wava, com extensão de 25 m x 11 m,no Município da Cunhinga, Província do Bié;2. Concurso Público n.º 020 – Contrato de Fiscalização da Empreitada da Ponte sobre o Rio Wava, com extensãode 25 m x 11 m, no Município da Cunhinga, Província do Bié;3. Concurso Público n.º 021 - Contrato de Empreitada da Ponte sobre o Rio Ndolo, com extensão de 25 m x 11 m,no Município da Cunhinga, Província do Bié;4. Concurso Público n.º 022 - Contrato de Fiscalização da Empreitada da Ponte sobre o Rio Ndolo, com extensãode 25 m x 11 m, no Município da Cunhinga, Província do Bié;5. Concurso Público n.º 023 - Contrato de Empreitada da Ponte sobre o Rio Cunhinga, com extensão de 30 m x11 m, no Município da Cunhinga, Província do Bié;6. Concurso Público n.º 024 – Contrato de Fiscalização da Empreitada da Ponte sobre o Rio Cunhinga, com ex-tensão de 30 m x 11 m, no Município da Cunhinga, Província do Bié;7. Concurso Público n.º 025 - Contrato de Empreitada da Ponte sobre o Rio Mbale I, com extensão de 20 m x 11m, no Município da Cunhinga, Província do Bié;8. Concurso Público n.º 026 – Contrato de Fiscalização da Empreitada da Ponte sobre o Rio Mbale I, com extensãode 20 m x 11 m, no Município da Cunhinga, Província do Bié;9. Concurso Público n.º 027 – Contrato de Empreitada da Ponte sobre o Rio Mbale II, com extensão de 20 m x 11m, no Município da Cunhinga, na Província do Bié;10. Concurso Público n.º 028 – Contrato de Fiscalização da Empreitada da Ponte sobre o Rio Mbale II, com ex-tensão de 20 m x 11 m, no Município da Cunhinga, na Província do Bié;11. Concurso Público n.º 029 - Contrato de Empreitada da Ponte sobre o Rio Calondo, com extensão de 27 m x11 m, no Município de Caimbambo, Província de Benguela;12. Concurso Público n.º 030 - Contrato de Fiscalização da Empreitada da Ponte sobre o Rio Calondo, com exten-são de 27 m x 11 m, no Município de Caimbambo, Província de Benguela; 13. Concurso Público n.º 031 - Contrato de Empreitada do Pontão sobre o Rio Tchayombo, com extensão de 6,5m x 11 m, no Município de Caconda, Província da Huíla;14. Concurso Público n.º 032 – Contrato de Fiscalização da Empreitada do Pontão sobre o Rio Tchayombo, comextensão de 6,5 m x 11 m, no Município de Caconda, Província da Huíla;15. Concurso Público n.º 033 - Contrato de Empreitada da Ponte sobre o Rio Cuando, com extensão de 35 m x 11m, no Município da Caconda, Província da Huíla;16. Concurso Público n.º 034 - Contrato de Fiscalização da Empreitada da Ponte sobre o Rio Cuando, com exten-são de 35 m x 11 m, no Município da Caconda, Província da Huíla;17. Concurso Público n.º 035 - Contrato de Empreitada da Ponte sobre o Rio Qué, com extensão de 25 m x 11 m,no Município da Caconda, Província da Huíla;18. Concurso Público n.º 036 - Contrato de Fiscalização da Empreitada da Ponte sobre o Rio Qué, com extensãode 25 m x 11 m, no Município da Caconda, Província da Huíla;19. Concurso Público n.º 037 - Contrato de Empreitada da Ponte sobre o Rio Vionga, com extensão de 12 m x 11m, no Município da Caconda, Província da Huíla;20. Concurso Público n.º 038 - Contrato de Fiscalização da Empreitada da Ponte sobre o Rio Vionga, com extensãode 12 m x 11 m, no Município da Caconda, Província da Huíla;21. Concurso Público n.º 039 - Contrato de Empreitada do Pontão sobre o Rio Mboba, com extensão de 7 m x 11m, no Município do Cuimba, Província do Zaire;22. Concurso Público n.º 040 - Contrato de Fiscalização da Empreitada do Pontão sobre o Rio Mboba, com exten-são de 7 m x 11 m, no Município do Cuimba, Província do Zaire.

NOTA: Cada serviço refere-se a um contrato público 1. Dados da Entidade Pública Contratante.1.1 - Ministério da Construção e Obras Públicas;1.2 - Endereço: Rua Frederich Engels, n.º 92, 1.º Andar, Porta U.1.3 – Localidade: Luanda;1.4 – Província: Luanda;1.5 - Telefone: 921781965; 1.6 - Correio electrónico: [email protected];1.7 - Tipo de Entidade Contratante e suas principais actividades:1.7.1.- Ministério da Construção e Obras Públicas1.7.2. - Órgão Auxiliar do Titular do Poder Executivo responsável pela execução das políticas públicas no domínioda construção e obras públicas;1.8 - O Ministério da Construção e Obras Públicas está a contratar no quadro das suas competências, para o de-senvolvimento da sua carteira de projectos;1.9 - NIF: 50000756042. Informações Relativas aos Contratos. 2.1. Designação dos Contratos: Contrato para Concepção e Construção para Empreitadas de Obras Públicas eContratos de Serviço de Fiscalização.2.2. Tipos de Contratos: Empreitada e Fiscalização de Obras Públicas.2.3. Local de Realização das Empreitadas e Fiscalização de Obras Públicas: Províncias do Bié, Benguela, Huíla e Zaire.2.4. Os Concursos implicam a celebração de Contratos Públicos.2.5. Os Concursos estão abertos à participação de entidades públicas empresariais e entidades privadas residentescambiais.2.6. O objecto do Concurso: Adjudicar na modalidade de Concepção e Construção de Pontes e Pontões e os res-pectivos serviços de fiscalizações nas Províncias do Bié, Benguela, Huíla e Zaire.2.8. Prazo de Execução dos Contratos: 4 meses.3. Informações relativas aos concorrentes e às propostas. 3.1. Os Documentos de Habilitação devem ser apresentados nos termos do art.º 58º, da Lei nº 9/16, de 16 de Junho.3.2. Não é permitida a submissão de propostas variantes.3.3. Não é exigida a caução provisória.4. Critérios de adjudicação Proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta os factores enunciados nas peças de procedimento. 5. Processo5.1. Prazo para recepção das peças do procedimento é até o dia 15 de Janeiro de 2020, das 9 horas às 15 horas;5.2. Peças do Procedimento;- Programa do Concurso - Caderno de Encargos.5.3. Preço e condições para aquisição das peças do procedimento.- Serviço de Concepção e Construção - 150.000.00 KZ/ Serviço de Fiscalização 100.000,00 Kz a serem depositadosna Conta Única do Tesouro numa Repartição Fiscal.- Cópia do Alvará Comercial e do Alvará que autoriza a prestação de serviços de Projectistas, Empreitada e Fis-calização de Obras Públicas, correspondente a classe do serviço que se propõe executar. 5.4. Prazo para apresentação das propostas:Para o serviço de concepção e construção, até ao dia 16 de Janeiro e para o serviço de fiscalização, até ao dia 17de Janeiro de 2020, às 15 horas.5.5. Valor da caução definitiva 5% do valor global da proposta adjudicada.6. Informações Complementares6.1. Endereço e ponto de contacto onde podem ser obtidas as informações adicionais. Ministério da Construção eObras Publicas;6.1.1. Endereço: Rua Frederich Engels, n.º 92, 1.º Andar, Portas T, U e V.6.1.2. Localidade: Luanda;6.1.3. Província: Luanda;6.1.4. Telefone: 9217819656.1.5. Correio electrónico: [email protected];6.1.6. Serviço Nacional de Contratação Pública: www.contratacaopublica.minfin.gov.ao.

NOTA: As visitas ao local da obra, realizar-se-ão no dia 13 de Janeiro de 2020, quer para o serviço de empreitada,como para o serviço de fiscalização.

MINISTÉRIO DA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS, GABINETE DE GESTÃO DE CONTRATOS Luanda,aos 4 de Dezembro de 2019.

O DIRECTOR DEALDINO DE OLIVEIRA FUATO BALOMBO

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24 Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

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REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DA ENERGIA E ÁGUASDIRECÇÃO NACIONAL DE ÁGUAS

PROJECTO DE APOIO INSTITUCIONAL E DE SUSTENTABILIDADE AO ABASTECIMENTO DE ÁGUA URBANO E AO SERVIÇO DE SANEAMENTO

CONCURSO PÚBLICO PARA AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS INFORMÁTICOS PARA AS 7 EMPRESAS PÚBLICAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO (EPAS)(GO05A-ISSUWSSSD/19)

Referência do Acordo Financeiro: 2000130013430

Projecto N.º: P-AO-E00-005IFB N.º: GO05A-ISSUWSSSD/19

Luanda, aos 10 de Dezembro de 2019.

1. Este Anúncio Específico de Concurso aos Fornecedores Interessados para Apresentação deofertas (IFB), segue o Anúncio Geral de Aquisições Públicas (GPN) deste Projecto publicado nossites dos Negócios de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDB on-line) N.º AfDB227-04/15 edo Banco Africano de Desenvolvimento (www.afdb.org), aos 07 de Abril de 2015.

2. O Governo da República de Angola recebeu financiamento do Banco Africano de Desenvolvi-mento em várias moedas, para custodiar o Projecto de Apoio Institucional e de Sustentabilidade aode Abastecimento de Abastecimento de Água Urbano e ao Serviço de Saneamento. Pretende-seaplicar parte destes recursos do financiamento, em pagamentos elegíveis ao âmbito do contrato aser formado: Aquisição de Equipamentos Informáticos para as Empresas Públicas de Abaste-cimento de Água e Saneamento das Províncias do Cunene, Cuanza Sul, Bengo, Namibe,Lunda Norte, Lunda Sul e Cabinda (EPAS);

3. A Direcção Nacional de Águas de Ministério da Energia e Águas de Angola convida a todosos fornecedores elegíveis interessados, a apresentarem as suas propostas ao concurso, em enve-lopes fechados para o fornecimento de:Equipamentos Informáticos para as 7 Empresas Públicas de Abastecimento de Água e Sa-neamento das Províncias do Cunene, Cuanza Sul, Bengo, Namibe, Lunda Sul, Lunda Nortee Cabinda.

4. Os fornecedores elegíveis, interessados ao concurso, podem obter mais informações e inspec-cionar os documentos de concurso disponíveis no escritório da:Direcção Nacional de Águas (DNA)Em atenção: Dra. Elsa RamosDirectora NacionalEndereço: Via S8, Condomínio DOLCE VITA, Prédio 1D, 5.º e 6.º andares, TalatonaNúmero de telefone de contacto: +244 929 831 102

Endereço de correio electrónico: [email protected], Angola

5. Conjuntos completos de documentos de licitação estão disponíveis para ser entregues aos lici-tantes interessados, que solicitarem mediante apresentação de uma carta por escrito para o ende-reço acima.

6. Os fornecedores devem ser exclusivamente de países Estados Membros do Banco Africano deDesenvolvimento (Regionais e Não-Regionais Membros), bem como os bens a serem fornecidosserem produzidos nesses países. A lista de Estados Membros Regionais e Não-Regionais pode serencontrada aqui: http://www.afdb.org/en/about-us/corporate-information/members/

7. Um conjunto completo de documentos de concurso que pode ser obtido (sem qualquer custo)por fornecedor interessado mediante a apresentação de uma solicitação por escrito ao referidadirecção ou pode ser solicitado através do endereço do correio de electrónico indicado no ponton.º 4 acima.

8. As disposições de instruções aos concorrentes e das condições gerais de contratos, são aquelasdos Documentos Padrões para Aquisições de Bens do Banco Africano de Desenvolvimento EdiçãoSetembro de 2010, revisado Fevereiro de 2018.

9. As propostas devem ser entregues no escritório acima ou antes das 14h30 (Horário Local) do dia 10 de Janeiro de 2020, e deve ser acompanhado por uma Declaração de Garantia de Proposta, conforme estabelecido na cláusula 19.1 das instruções aos concorrentes dos documentosde concurso.

10. As propostas serão abertas na presença de representantes dos proponentes que decidirem par-ticipar, às 11h30 (Horário Local) do dia 10 de Janeiro de 2020, nos escritórios da:

Direcção Nacional da Águas (DNA)Endereço: Unidade de Coordenação de Projectos da DNA (UCP/DNA)Via S8, DOLCE VITA Condomínio, Edifício 1D, 6.º Andar B, TalatonaLuanda, República de Angola

A DIRECTORA NACIONAL ELSA RAMOS

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ABANDONO DE TRABALHO

A MARTIFER - CONSTRUÇÕES METÁLICAS ANGOLA, S.A., sociedade comsede no Pólo de Desenvolvimento Industrial de Viana, S/n, contribuinte n.º 5405149900, registada na Conservatória do Registo Comercial de Luanda sobo n.º 241/2007, vem, por este meio, comunicar que os trabalhadores: MariaSambo Martins; Nzola José; Nelson Pedro Ribeiro; Alexandre José da Conceição; Lando António Alberto; Samuel António Dongoxi; Santos DanielDias; José Francisco Miguel; Domingos Marco António; Manuel MateusNgola; Rui António Caquema; Luzia Inácio Manuel Morais; Job Patrício Frederico; Domingos José Soares; Paulino Jamba; Criciano Luboma; Joãode Oliveira Adão; José Bumba Chipango; Simão Sambaca Bole; Alfredo Domingos João; Nelson Artur Gola; Josué Pousa; Carlos Sebastião João;Tomás Garcia; Xavier Palanga; Augusto Miranda Manuel; Mateus Domingos;Xavier Prego; Bande Raul Estêves; Nelson Sabino Senha, se encontram emsituação de Abandono de Trabalho, pelo facto de estarem ausentes do seu localde trabalho, por um período superior a 10 (dez) dias consecutivos, sem que te-nham apresentado justificação, presumindo-se, por isso, a sua intenção de nãoregressar aotrabalho, nos termos da alínea c) do n.º 2, do artigo 229.º da LeiGeral do Trabalho.

Nos termos do n.º 4 do mesmo artigo, ficam notificados para, no prazo de 5(cinco) dias úteis, provarem documentalmente as razões das suas ausências eda impossibilidade de terem cumprido a obrigação de informação e justificaçãodas ausências estabelecida no artigo 144.º da Lei Geral do Trabalho.

Caso não justifiquem documentalmente as razões das suas ausências, a decla-ração de abandono, nos termos do n.º 5 do artigo 229.º da Lei Geral do Trabalho,valerá como rescisão dos contratos de trabalho sem justa causa e sem aviso pré-vio e constitui o trabalhador na obrigação de pagar ao empregador a indemniza-ção prevista no n.º 3 do artigo 228.º da Lei Geral do Trabalho.

Luanda, 5 de Dezembro de 2019.

DIRECÇÃO DA MARTIFER CONSTRUÇÕES METÁLICAS ANGOLA, S.A.(3.202)(900.018a)

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Breves

Rodrigues Cambala

O Instituto Nacional da Criança(INAC) vai lançar, no primeirotrimestre do próximo ano, oserviço grátis de denúncia,cujo número é 15015, parapermitir que os menores façamqueixa em caso de violaçãodos seus direitos.

Ao Jornal de Angola, odirector geral do Inac, PauloKalesi, assegurou que o centrode denúncias vai receber liga-ções de toda a parte do país,bastando que as crianças eos adultos liguem sempre queverificarem alguma forma deabuso na família, escola e nosespaços públicos.

Depois de registada a queixa,o instituto encaminha para omunicípio de onde veio adenúncia, no sentido de os pon-tos focais da circunscrição solu-cionarem o problema da criança.

Para o êxito do projecto,Paulo Kalesi defende que osmunicípios estejam estrutu-rados e os administradoresestejam sempre na linha dafrente, liderando e promo-vendo os direitos da criança.

“Se a nossa técnica da Sec-ção Municipal da Acção Socialnão tiver uma viatura, umamotorizada ou 100 kwanzaspara se deslocar ao local dadenúncia, vai ser inútil o nossotrabalho e vamos gritar novazio”, admitiu.

Insistiu que as administra-ções municipais devem criaras mínimas condições paraque, quando forem accionadas,consigam ter todos os meca-nismos de protecção, uma vezque a violência contra a criançacompromete o futuro do país.Por outro lado, o documento

Edivaldo Cristóvão

Luanda, Benguela, Bié, Cuanza-Sul, Huambo, Huíla, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Malanje eMoxico vão nos dias 13, 14 e 15deste mês vacinar as criançasdo zero aos cinco anos contraa poliomielite.

Segundo o Ministério daSaúde, a província de Luandaespera nesta fase vacinar ummilhão e 600 mil crianças,tendo mobilizado 22 mil téc-nicos para trabalharem nacampanha, com o apoio dasForças Armadas Angolanas,Polícia Nacional e Serviço deProtecção Civil e Bombeiros.

A directora do ProgramaAlargado de Vacinação, Aldade Sousa, disse que a metadesta campanha é voltar aerradicar a poliomielite emAngola, uma situação quepassou a constituir prioridadedo Executivo, num períodode seis meses.

Angola não registava casosde poliomielite desde Dezem-bro de 2015 e este ano foramregistados 44 casos nas pro-víncias de Benguela, Bié,C u a n za - S u l , Hu a mb o ,Luanda, Huíla, Lunda-Norte,Lunda-Sul, Malanje e Moxico,razão pela qual as autoridadesdecidiram incrementar as jor-nadas nacionais de vacinaçãodesde Outubro passado.

Alda de Sousa explicou,ao Jornal de Angola, que oregresso do vírus no país surgiupor falta de imunidade nascrianças, tal como aconteceuem outros países de África,como a Nigéria e o Congo.Luanda teve um registo deseis casos, concretamentenos municípios do Kilamba-Kiaxi, Cacuaco e Viana. Paradar resposta a esta situação,foram planificadas três fasesde vacinação, sendo a primeirarealizada em Outubro, asegunda em Novembro e aterceira que começa na sexta-feira e termina no domingo.

Na segunda fase da cam-panha, foram vacinadascrianças menores de cincoanos, independentementedo seu calendário de vacinas.Referiu que a pólio regressouao país, porque a vacina sero-tipo 2 foi retirada do mercadomundial e fez causar umalacuna na protecção de crian-ças nascidas depois de 2016.

“O sistema de saúde nãoachou necessário continuara produzir este tipo de vacina,o que deixou as crianças semprotecção, mas a vigilânciaepidemiológica determinouque num período de seismeses o vírus deve voltar asair de circulação”, referiu.

A campanha de vacinaçãoserve para prevenir as criançasmenores de cinco anos daparalisia dos membros supe-riores e inferiores, enfermidadeque pode prejudicá-las paratoda a vida, já que a poliomieliteé uma doença sem cura.

A vacina é a única maneiraeficaz e segura de protegê-las contra a doença. E, paraprevenir a doença e evitarque ela se espalhe, a campa-nha será realizada em váriasrondas. Os vacinadores pas-sarão de casa-a-casa e pontosde concentração. O Ministérioda Saúde aconselha os pais alevarem as crianças aos postosmontados em igrejas ou uni-dades sanitárias mais próxi-mos. O Ministério da Saúdepede que os pais ou respon-sáveis das crianças esperemas equipas de vacinação emcasa durante a campanha.Caso precisarem de sair,devem deixá-las com alguémpara que elas possam ser vaci-nadas contra a pólio.

“É aconselhável que todasas crianças menores de cincoanos sejam vacinadas, mesmoaquelas que já tenham rece-bido a dose na campanhaanterior, as recém-nascidasou mesmo as que estejamdoentes”, alertou a médica.

sobre o serviço de protecçãoda criança vai ser aprovadoainda este mês. Trata-se deum instrumento que visa reu-nir todos os procedimentosde protecção da criança anível do país e a localizaçãodas organizações que prestamserviços em prol desta franjada sociedade.

Grupos de protecçãoAinda no próximo ano, o Inacprevê criar um grupo de pro-tecção da criança a nível detodas as províncias, que vaireunir periodicamente, comvista a analisar a situação dospequenos. “Estamos a iden-tificar os parceiros, como igrejase organizações não governa-mentais, para iniciarmos umacampanha, capaz de tirar orótulo de que o Inac está sozi-nho na luta.”

Nesta altura, está em fasede revisão a estratégia de pre-venção e combate à violênciacontra a criança. Neste mêsde Dezembro, o documentovai à aprovação a nível técnico,para, em 2021, ser remetidoà estrutura central do Exe-cutivo. O director do Inacexplicou ser uma resposta doEstado para traçar estratégiascom vista a prevenir e anulara violência doméstica contraa criança.

Bater não educa Paulo Kalesi reprovou a atitudede adultos que defendem quea criança tem de ser batidapara ser bem-educada, portransmitir a ideia de que osconflitos se resolvem com ouso da força.

“Desta forma, estamos aeducar as pessoas a serem

violentas”, adiantou, parasalientar haver inúmeros casosde esposas e esposos a seremespancados à frente dos filhos.

Paulo Kalesi afirmou, deforma peremptória, que hojese grita por todos os cantossobre a violência doméstica,mas “só nos lembramos daviolência cometida pelos mari-dos ou pelas mulheres, nuncaa violência contra a criança.”

Ao lamentar que a violên-cia se tem resumido aos abu-sos sexuais e queimadurasprotagonizadas pelos fami-liares, o director do Inac lem-brou as declarações do antigoSecretário-Geral da ONU,Koffi Anan, que referiu que“não existe violência leve eviolência grave, tudo é vio-lência e provoca consequên-cias que, às vezes, se arrastapara toda a vida.”

“Enquanto continuarmosa pensar que bater educa, éem vão a nossa luta. Podemoscriar leis e dar penas maiores,temos de mudar as mentali-dades das pessoas”, indicouPaulo Kalesi para, em jeito dedesafio, alertar: “quer saberque Angola teremos, daqui a20 anos, quanto à violênciadoméstica, não me mostre asleis. Diga-me como é que estása educar as crianças de hoje.A violência está ali nua e crua.”

O Inac criou já procedi-mentos junto da Polícia paraos casos de abuso sexual. Osagentes devem evitar inter-rogatórios até chegar o assuntoao representante do MinistérioPúblico. “Ela deixa de serduplamente vítima, ou seja,evita que se reaviva uma situa-ção de abuso sexual, dandoexplicações a várias pessoas.”

KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

Campanha de vacinação serve para prevenir crianças menores

SOS CRIANÇA É 15015 CAMPANHA ARRANCA NA SEXTA-FEIRA

Vacinação contra a pólioabrange dez províncias

JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

Serviço de denúncia vai permitir que menores façam queixa sobre maus tratos e tráfico

INAC lança número paradenúncia de violênciaPaulo Kalesi afirma que não nos devemos apegar às leis parase saber que Angola se vai ter, daqui a 20 anos, mas na formacomo se educa as crianças de hoje

DETIDOS CIDADÃOSIMPLICADOS EM CRIMESCento e 57 cidadãos foramdetidos, em Novembrodeste ano, pelo efectivo daPolícia Nacional daprovíncia da Lunda Sul,suspeitos de praticaremcrimes diversos, mas 15presos em relação ao igualperíodo de 2018. A informação foi avançadaà Angop, pelo delegadoprovincial em exercício doMinistério do Interior naLunda-Sul, Florêncio deAlmeida, durante a IIISessão Plenária Ordináriado Conselho de Auscultaçãoda Comunidade. Fez saberque 70 por cento destescrimes, praticados contrapessoas, propriedades e dedesordem pública, foramesclarecidos, sendo omunicípio de Saurimo oque mais casos de delitosregistou (230).No período em causa,ressaltou, a PN recuperou19 motorizadas, umaviatura, cinco armas defogo do tipo AKM, entreoutros meios que estavamem posse de presumíveisdelinquentes.

POPULAÇÃO QUEIMASUPOSTOS MARGINAISDois cidadãos, quesupostamente dedicavam-se à prática de roubo demotorizadas, morreramcarbonizados, depois deterem sido espancados pelapopulação do bairro doMangumbala, arredores dacidade da Caála, provínciado Huambo, soube a Angopde fonte hospitalar. A medida tomada pelapopulação deve-se ao factode estar agastada com ossucessivos roubos eameaças de morte comrecurso à arma de fogo, porparte de meliantes, nãoobstante o reforço dopatrulhamento da PolíciaNacional, em coordenaçãocom o Serviço deInvestigação Criminal (SIC).Os supostos marginais foramcapturados pelos moradoresdo bairro, que ao invés de oslevarem a uma esquadra daPolícia Nacional, optarampor atear fogo, causando-lhes queimaduras deterceiro grau, das quais nãoresistiram.A directora do hospitalmunicipal da Caála, BeatrizCanenguela, confirmouque as vítimas morreramquando estavam a sertransportadas para ohospital. Trata-se de umgrupo, composto por trêscidadãos, um dos quaiscapturado pela Polícia.

26 Quarta-feira11 de Dezembro de 2019SOCIEDADE

FRANCISCO BERNARDO|EDIÇÕES NOVEMBRO

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO

EDNA MUSSALO | EDIÇÕES NOVEMBRO

SAURIMO

Edna Mussalo |

Ao todo, 8.425 pacientesforam atendidos no HospitalPsiquiátrico de Luanda, deJaneiro até Setembro desteano, com problemas de foromental disse, ontem, ao Jornalde Angola, o director clínicodaquela unidade sanitária,Landu Miézi.

Segundo o responsável,o hospital recebe todos osdias pacientes provenientesde várias províncias do paíse no final de semana acolheu242 que acorreram àquelaunidade hospitalar em buscade tratamento. Landu Miézirevelou que há um aumentodo número de doentes emrelação ao ano passado, ondeforam registados 7.911 casos.O médico disse que factorescomo desemprego, álcool,tabagismo, drogas, ansiedadee outros males sociais con-tribuem para o índice de cres-cimento das doenças mentais.

O médico sublinhou queos homens são o género maisatingido por problemas men-tais, tendo considerado este

grupo mais vulnerável paraa doença.

Landu Miézi apontou queas doenças do foro mentalrequerem uma atenção espe-cial e que por mais que opaciente receba alta deve sersempre acompanhado emedicado por um longoperíodo, havendo casos irre-versíveis da doença.

A instituição está preo-cupada com os casos de aban-dono de doentes por partedos familiares no hospital,visto que muitos deles depoisde apresentarem melhoriasocupam camas, roupas e alte-ram a logística hospitalar.

Apesar de não haver difi-culdades na aquisição demedicamentos essenciais, odirector clínico do HospitalPsiquiátrico de Luanda, soli-citou às autoridades umamaior atenção àquela unidadesanitária que carece de pessoalclínico, como médicos, psi-quiatras e defectólogos. Asaúde mental traduz-se naalteração do estado emocio-nal, cognitivo e comporta-mental do indivíduo.

Embaixada da Polónia doa bens a creche

HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DE LUANDA

Atendidos mais de oito milpacientes em nove meses

MULHERES EM CARGOS DE DIRECÇÃO

Manuela Gomes

A vice-presidente do Tri-bunal Constitucional con-siderou, ontem, em Luanda,importante que se reflictasobre a possibilidade de haveruma legislação que prevejaum mínimo de 20 a 33 porcento de mulheres nos órgãosde administração das empre-sas públicas, bem como noscargos de direcção e chefia.

Guilhermina Prata, quediscursava na abertura doseminário sobre “Direito àvida”, uma iniciativa da Orga-nização das Mulheres Ango-lanas de Carreira Jurídica,disse ser necessário que segaranta o combate aos este-reótipos, a transformação decomportamentos e, também,de práticas organizacionaise institucionais, capazes depromoverem a igualdade.

Durante a sua alocução,a juíza conselheira disse serimportante que se presteparticular atenção à promo-ção dos direitos humanosdas mulheres, pois, segundoo censo populacional de 2014,as mulheres representam 52por cento da população ango-lana, sendo que 47 são anal-fabetas ou com baixa literacia.

Lembrou que as vulne-rabilidades enfrentadas pelasmulheres reflectem-se emníveis baixos de integraçãono mercado de trabalho, salá-rios baixos, reduzido acessoa órgãos de tomada de deci-são, menor formação pro-fissional, familiar e pessoal.São, também, afectadas porrestrições na mobilidade,isolamento e escassez deinfra-estruturas.

“É importante destacar-mos o papel das mulheres,pela sua influência na eco-nomia e na conservação dopatrimónio. É, por isso,importante reconhecer aurgência em garantir o acessoaos direitos em todas asdimensões, do mercado detrabalho, à participação navida pública e protecção con-tra todas as formas de vio-lência e discriminação”, disse.

AKamuanga Júlia | Saurimo

O embaixador da Repúblicada Polónia, Mysliwec Piotr,esteve na cidade de Saurimo,a capital da província daLunda-Sul, no âmbito de umaacção filantrópica, onde a cre-che João Paulo II, afecta à IgrejaCatólica, foi a contemplada.

A iniciativa humanitáriaque é a quarta e insere-se no

quadro da responsabilidadesocial da representação diplo-mática daquele país emAngola. Entre os bens doados,constam cadeiras, camas,mesas e brinquedos, cujoobjectivo é melhorar a qua-lidade de ensino das 300 crian-ças que frequentam a crecheJoão Paulo II. Com esta acçãode solidariedade, a represen-tação diplomática da Polónia

em Angola pretende apostarna formação profissional epromover actividades produ-tivas, nas instituições por elaapoiadas.A directora da creche,Elisbieta Kolpa, disse ser grandea procura por uma vaga nainstituição de ensino, por partedos encarregados de educação.Para tal, investiu-se na cons-trução de três novas salas ena capacitação dos educadores

de infância, a fim de melhorara sua prestação.

A administradora muni-cipal adjunta para a área Téc-nica e Infra-estruturas de Sau-rimo, Francisca Manganda,que testemunhou o acto, res-saltou a necessidade de a Poló-nia reforçar os apoios, com afinalidade de contemplaroutras instituições de caridadena província.

Sublinhou que, no quesitoeconómico, deve constituir-se prioridades nacionais,como a capacitação e for-mação das mulheres rurais,de modo a facilitar a suasituação no mercado de tra-balho agrícola, disponibili-zação de meios e acesso asistemas de segurança sociale fiscal mais favorável.

Por outro lado, a vice-presidente do Tribunal Cons-titucional considerou a-larmantes os números daviolência doméstica assimcomo os de homicídios demulheres.

Segundo dados fornecidospelo Serviço de InvestigaçãoCriminal (SIC), no ano pas-sado, foram registados 1.893casos de denúncias de vio-lência doméstica.

Deste número, 83,22 porcento foram feitos por mulhe-res, bem como foram regis-tados 723 casos de violaçãosexual, onde foram vítimas89 menores. Este ano, foramassassinadas mais de 82mulheres pelos seus parcei-ros, realçou a vice-presidentedo Tribunal Constitucional.

Guilhermina Prata disseque o Governo, atento a estequadro, tem criadas 14 salasde aconselhamento familiar,espalhadas pelas provínciasdo Bié, Benguela, Cunene,Cuanza-Sul, Cabinda, Uíge,Cuando Cubando, Zaire,Luanda e Lunda-Sul. Existemnove casas de abrigo situadasnas provinciais de Cabinda,Cuando Cubango, Lunda-Sul e Uíge.

Exemplificou que, para aexpansão desta rede (casasde abrigo), está em constru-ção mais uma instituição noHuambo. Acrescentou quefoi criado um departamentoespecializado no atendimentode queixas sobre crimes rela-cionados com questões deviolência doméstica.

“Estamos numa fase dereconhecimento do problemae isso é fundamental paraque a sociedade se mobilizeno ataque àquilo que está naorigem dos comportamentosagressivos”, salientou. Des-tacou ser necessário que sereveja o quadro criminal everificar-se se o crime deviolência doméstica existe

de facto como autónomo,uma vez que o Código Penalnão faz referência, havendoapenas a Lei nº 25/11.

Considerou também essen-cial que se olhe para as acçõesde aumento da eficácia deactuação das autoridades, taiscomo o aumento de prisõespreventivas e efectivas paraos agressores, bem comoequacionar a criação de umaequipa multidisciplinar coma responsabilidade de melho-rar a qualidade e a comuni-cação de informação entre asentidades públicas.

Considerou premente quese defina medidas, para umaresposta imediata apósqueixa ou denúncia, a criaçãode guias de actuação fun-cional dos agentes, de pre-venção integrada e destinadaa mulheres e jovens, bemcomo a melhoria da forma-ção dos profissionais devários sectores.

Para a responsável, é prio-ritário que haja reforço dosmeios de apoio à vida e pro-tecção à mesma, em parti-cular nas zonas peri-urbanase rurais.

Juíza conselheira disse ser importante a promoção e divulgação dos direitos das mulheres

Director clínico do Hospital Psiquiátrico de Luanda

Guilhermina Prata defendecriação de lei de protecçãoVice-presidente do Tribunal Constitucional considerou alarmantes os númerosda violência doméstica assim como os de homicídios de mulheres

A crise aperta, a hora não é para gastos em superficialidades,os preços de tudo, até dos bens essenciais para a sobrevivênciadiária, sobem em flecha, mas há quem se sirva dela.

Os comerciantes, também comem, bebem, vestem-se, têm, igualmente, despesas com saúde, renda ouprestação da casa, transportes, instrução dos filhos, com-promissos a satisfazer, ninguém duvida que a crise nãoos poupa, mas há limites para tudo. Aproveitar-se do IVA,por exemplo, para roubar os clientes, aumentar, no casoda restauração, os preços e reduzir as doses, cortar a meio,em quartos, até em tiras, guardanapos de papel, é ocumulo da sovinice, ausência de respeito pelos clientes,sem os quais ela não existia.

É prova irrefutável de que o sentimento de impunidadeprevalece, apesar dos apelos à necessidade de a combater,a par de casos mal sucedidos de quem faz dela companhiainseparável, causa militante. Todos nós temos a obrigaçãode denunciar trapacices que, de braço dado com a impu-nidade descarada, puseram este país no estado em queestá, mas, não esqueçamos que há organismos própriospara as detectar e impedir.

Os efeitos da impunidade sentem-se de uma ponta aoutra do país, mas, em Luanda, como grande centro popu-lacional, é mais atrevida, arrogante, move-se melhor.

PERISCÓPIO

Luciano Rocha

Aproveitamentos da crise

27SOCIEDADE Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

Page 28: NESTA EDIÇÃO ERNESTO ARAÚJO atraem multidão ao Kilamba EM … · 2019. 12. 11. · QUA11DEZ Quarta-feira 11 de Dezembro de 2019 Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO

COMUNICADO DE IMPRENSA

Pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em montante igual ou superior a 100 Milhões de Kwanzas

A Administração Geral Tributária (AGT) comunica a todos os agentes económicos enquadrados noRegime Geral do IVA, que tenham dificuldades em efectuar pagamentos de IVA, por via da ReferênciaÚnica de Pagamentos ao Estado (RUPE), de montante igual ou superior a AKZ 100.000.000,00 (CemMilhões de Kwanzas), constante do Documento de Cobrança (DC), gerados aquando da submissãoelectrónica da Declaração Periódica (Modelo 7) do IVA, referente ao mês de Outubro de 2019,que devem efectuar o pagamento por transferência bancária directamente para as coordenadas ban-cárias abaixo:

Banco: Banco de Comércio e Indústria (BCI)IBAN:AO06.0005.0000.5732.7680.1019.7Beneficiário: Tesouro-Receita IVA.

Os comprovativos das transferências bancárias, bem como o DC devem ser enviados para o seguinteendereço electrónico: [email protected]

Após confirmação do pagamento, a AGT, responderá o Contribuinte, anexando o DC Pago e o ende-reço para impressão do DCP no Portal.

Administração Geral Tributária, em Luanda, aos 29 de Novembro de 2019.

O Presidente do Conselho de AdministraçãoSílvio Franco Burity

28 Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

PUBLICIDADE

PROCESSOS DE EXECUÇÃO FISCAL ADUANEIRATERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA (DELEGAÇÃO ADUANEIRA DO PORTO DE LUANDA)

NOTIFICAÇÃO DE PENHORA POR EDITAL A Delegação Aduaneira do Porto de Luanda, sita na Avenida 4 de Fevereiro, Marginal, Largo Diogo Cão, adstrita à3.ª Região da Administração Geral Tributária, comunica que correm termos os Processos de Execução Fiscal Adua-neira, seguida de penhora de saldos de contas bancárias, contra os contribuintes abaixo indicados:

Pelo que, nos termos dos n.ºs 2 e 5 do artigo 97.º e do n.º 1 do artigo 100.º do Código das Execuções Fiscais,aprovado pela Lei n.º 20/14, de 22 de Outubro, conjugados com a alínea e) do n.º 2 do artigo 77.º da Lei de Basedas Instituições Financeiras (Lei n.º 12/15, de 17 de Junho), no âmbito dos processos de execução fiscal aduaneiracontra si instaurado, foram penhorados valores suficientes para o pagamento da dívida exequenda e custas pro-cessuais, nas contas bancárias, por si tituladas.Assim, nos termos do artigos 28.º, n.ºs 3 e 4, e 29.º, n.º 4, do Código das Execuções Fiscais, conjugados com osn.ºs 6 e 7 do artigo 93.º do Código Geral Tributário, aprovado pela Lei n.º 21/14, de 22 de Outubro, ficam notificadosda Penhora efectuada por esta Administração os Executados supramencionados, actualmente em parte incerta,para que, no prazo de 10 (dez) DIAS, que começará a correr depois de finda a dilação de 30 (trinta) DIAS a contarda data de publicação do segundo e último anúncio, querendo, deduzir, OPOSIÇÃO À PENHORA, nos termos dodisposto no artigo 90.º do Código das Execuções Fiscais, sob pena de o processo prosseguir os seus termos atéfinal e, eventualmente, com a adjudicação dos valores penhorados a favor da Administração Geral Tributária, nostermos do disposto no artigo 156.º do Código das Execuções Fiscais, tudo conforme melhor consta do duplicadodo mandado de penhora, notificação e demais peças do processo que se encontram na Delegação Aduaneira doPorto de Luanda.

DELEGAÇÃO ADUANEIRA DO PORTO DE LUANDA, em Luanda, aos 22 de Novembro de 2019

A CHEFE DA DELEGAÇÃO ADUANEIRANerethz Faria Coelho da Cruz Tati

3.ª REGIÃO DA ADMINISTRAÇÃO GERAL TRIBUTÁRIADELEGAÇÃO ADUANEIRA DO PORTO DE LUANDA

PROCESSOS DE EXECUÇÃO FISCAL ADUANEIRA2.ª Publicação

ANÚNCIOA Delegação Aduaneira do Porto de Luanda, sita na Avenida 4 de Fevereiro, Marginal, Largo Diogo Cão, adstrita à3.ª Região da Administração Geral Tributária, comunica que correm termos os Processos de Execução Fiscal Adua-neira contra os contribuintes abaixo indicados:

Ficam, nos termos do artigo 69.º,n.ºs 1 e 3, do Código das Execuções Fiscais (“CEF”), aprovado pela Lei n.º 20/14,de 22 de Outubro de 2014, citados os Executados supramencionados, actualmente em parte incerta, para que, noprazo de 30 (trinta) DIAS, que começará a correr depois de finda a dilação de 30 (trinta) DIAS, a contar da últimapublicação deste anúncio, deduzir OPOSIÇÃO POR REQUERIMENTO ou EMBARGOS, requerer, em alternativa,o PAGAMENTO A PRESTAÇÕES, nos termos dos artigos 65.º, n.º 1 als. a) e b) do CEF.

Neste processo, os Executados poderão ter acesso às Certidões de Decisão Exequível que se encontram à sua dis-posição, nesta Delegação Aduaneira.

DELEGAÇÃO ADUANEIRA DO PORTO DE LUANDA, em Luanda, aos 22 de Novembro de 2019

A CHEFE DA DELEGAÇÃO ADUANEIRA Nerethz Faria Coelho da Cruz Tati

QUINTA REGIÃO TRIBUTÁRIADELEGAÇÃO ADUANEIRA DO PORTO DO NAMIBE

Processo de Execução Fiscal Aduaneira n.º 043/PEF/2016Executada: SAFATEX INTERNACIONAL-COMÉRCIO GERAL, LDA

CITAÇÃO EDITALFAZ-SE SABER QUE, corre termos na Delegação Aduaneira do Porto do Namibe, adstrita à Quinta Região da Ad-ministração Geral Tributária, sita na Avenida Eduardo Mondlane, Moçâmedes, o Processo de Execução Aduaneiran.º 043/PEF/2016, por dívida no valor de Akz. 66.278,00 (Sessenta e seis mil, duzentos setenta e oito Kwanzas).

Origem da dívida MontanteImposto de consumo(D59) 28.816,00Imposto de importação(E62) 28.816,00Imposto de selo (F71) 2.882,00Emolumentos gerais (G81) 5.764,00Soma 66.278,00

É, nos termos do artigo 69.º, n.ºs 1 e 3, do Código de Execuções Fiscais (CEF), aprovado pela Lei n.º 20/14, de 22de Outubro, e 247.º, 249.º, n.º 3, 250.º do Código de Processo Civil, citado o Executado, SAFATEX INTERNACIO-NAL-COMÉRCIO GERAL, LDA, Contribuinte Fiscal n.º 5417111198, com último endereço na rua Bula Matadi 2.ºAndar, prédio n.º 129, porta 3, em Luanda, actualmente em parte incerta, para que, no prazo de 30 (TRINTA DIAS),a contar desta depois da dilação de 30 (TRINTA DIAS), deduzir OPOSIÇÃO POR REQUERIMENTO ou EMBAR-GOS, requerer em alternativa, o PAGAMENTO A PRESTAÇÕES da parte respeitante às multas (cf.. artigos 65.º,n.º 1, al. b) e 72.º, n.º 2, in fine ou a DAÇÃO EM CUMPRIMENTO, nos termos dos artigos 65.º, n.º 1 als. a) e b),e 73.º do CEF).

Neste processo, o Executado poderá ter acesso à Certidão de Dívida Tributária que se encontra à sua disposição,nesta Região Tributária.

Delegação Aduaneira do Porto do Namibe, em Moçâmedes, aos 3 de Novembro de 2019

O CHEFE DA DELEGAÇÃO ADUANEIRANelson Manuel Costa da Cruz

QUINTA REGIÃO TRIBUTÁRIA

DELEGAÇÃO ADUANEIRA DO PORTO DO NAMIBE

Processo de Execução Fiscal Aduaneira n.º 005/PEF/2017Executado: M&H-SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS, LDA

CITAÇÃO EDITAL

FAZ-SE SABER QUE, corre termos na Delegação Aduaneira do Porto do Namibe, adstrita à Quinta Região da Ad-ministração Geral Tributária, sita na Avenida Eduardo Mondlane, Cidade de Moçâmedes, o Processo de ExecuçãoAduaneira n.º 005/PEF/2017, por dívida no valor de Akz. 42.999,00 (Quarenta e dois mil, novecentos e noventa enove Kwanzas).

Origem da dívida MontanteImposto de importação(E62) 8.862,00Imposto de consumo(D59) 16.080,00Juros de Mora (L37) 18.057,00Soma 42.999,00

É, nos termos do artigo 69.º, n.º 1 e 3, do Código de Execuções Fiscais (CEF), aprovado pela Lei n.º 20/14, de 22de Outubro, e 247.º, 249.º, n.º 3, 250.º do Código de Processo Civil, citado o Executado, M&H-SOCIEDADE DECONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS, LDA., Contribuinte Fiscal n.º 5171132429, com último endereço no Bairroda Casa Verde, casa s/n.º, em Luanda, actualmente em parte incerta, para que, no prazo de 30 (TRINTA DIAS), acontar desta depois da dilação de 30 (TRINTA DIAS), deduzir OPOSIÇÃO POR REQUERIMENTO ou EMBARGOS,requerer em alternativa, o PAGAMENTO A PRESTAÇÕES da parte respeitante às multas (cf.. artigos 65.º, n.º 1, al.b) e 72.º, n.º 2, in fine ou a DAÇÃO EM CUMPRIMENTO, nos termos dos artigos 65.º, n.º 1 als. a) e b), e 73.º doCEF).

Neste processo, o Executado poderá ter acesso à Certidão de Dívida Tributária que se encontra à sua disposição,nesta Região Tributária.

Delegação Aduaneira do Porto do Namibe em Moçâmedes, aos 03 de Dezembro de 2019

O CHEFE DA DELEGAÇÃO ADUANEIRANelson Manuel Costa da Cruz

3.ª REGIÃO DA ADMINISTRAÇÃO GERAL TRIBUTÁRIADELEGAÇÃO ADUANEIRA DO TERMINAL DE CARGA DO AEROPORTO DE LUANDA

PROCESSOS DE EXECUÇÃO FISCAL ADUANEIRA 2.ª Publicação

ANÚNCIO

A Delegação Aduaneira do Terminal de Carga do Aeroporto de Luanda, sita na Rua 21 de Janeiro – Aeroporto 4 de Fe-vereiro, em Luanda, adstrita à 3.ª Região da Administração Geral Tributária, comunica que corre termos o Processode Execução Fiscal Aduaneira contra o contribuinte abaixo indicado:

Fica, nos termos do artigo 69.º,n.ºs 1 e 3, do Código das Execuções Fiscais (“CEF”), aprovado pela Lei n.º 20/14, de22 de Outubro de 2014, citado o Executado supramencionado, actualmente em parte incerta, para que, no prazo de30 (trinta) DIAS, que começará a correr depois de finda a dilação de 30 (trinta) DIAS, a contar da última publicaçãodeste anúncio, deduzir OPOSIÇÃO POR REQUERIMENTO ou EMBARGOS, requerer, em alternativa, o PAGAMENTOA PRESTAÇÕES, nos termos dos artigos 65.º, n.º 1 als. a) e b) do CEF.

Neste processo, os Executados poderão ter acesso às Certidões de Decisão Exequível que se encontram à sua dis-posição, nesta Delegação Aduaneira.

DELEGAÇÃO ADUANEIRA DO TERMINAL DE CARGA DO AEROPORTO DE LUANDA, AOS__________.

O CHEFE DA DELEGAÇÃOJerónimo Carlos Nunda Cambalanganja

(3356)

Processo de Execução Fiscal Aduaneira N.º

1729/RDA/2018

929/RDA/2017

Executado

OMNIA ANGOLA, LDA

MOSTRATUS - PARTICI-PAÇÕES & INVESTI-MENTOS, LIMITADA

1

2

NIF

5417098515

5402140120

Proveniência da Dívida

Infracção Fiscal

Infracção Fiscal

Valor da Dívida

665 538,00

836 797,00

Bancos Penhorados

BMA, S.A. eBCGA, S.A.

BMA, S.A. eSBA, S.A.

Exercício Económico

2016

2015

Processo de Execução Fiscal Aduaneira N.º

1729/RDA/2018

929/RDA/2017

Executado

OMNIA ANGOLA, LDA

MOSTRATUS - PARTI-CIPAÇÕES & INVESTI-MENTOS, LIMITADA

1

2

NIF

5417098515

5402140120

Proveniência da Dívida

Infracção Fiscal

Infracção Fiscal

Último EndereçoEstrada N. 100/Rua Rainha

Ginga, N.º 48 R/C

Rua HojiYa Henda,Torre B, 1.ºB, Zonan.º 11 /Rua EmílioMbidi, Alvalade

Valor da Dívida

665 538,00

836 797,00

Exercício Económico

2016

2015

Processo de ExecuçãoFiscal Aduaneira N.º

457/RDA/2019

Executado

KIALANDOMBASI

1

NIF

101519004UE0320

Proveniência da Dívida

Infracção Fiscal

Último Endereço

Bairro Sambizanga

Valor da Dívida

2 514 362,00

Exercício Económico

2014

Page 29: NESTA EDIÇÃO ERNESTO ARAÚJO atraem multidão ao Kilamba EM … · 2019. 12. 11. · QUA11DEZ Quarta-feira 11 de Dezembro de 2019 Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO

29Quarta-feira11 de Dezembro de 2019CULTURA

Acordo abre portas à criação de novas parcerias e maior valorização de projectos culturais

O Ministério da Cultura (Mincult) e a TheBridge Global assinaram, na segunda-feira,em Luanda, um memorando de entendi-mento no âmbito do plano de divulgaçãoe implementação da Lei do Mecenato.

O memorando insere-se na necessidadede apoiar no processo de implementaçãoda Lei do Mecenato e sua divulgação, atodos os níveis, com a parceria da RedeAngolana de Responsabilidade SocialEmpresarial (RARSE) e seus membros.

O mesmo acordo visa, ainda, forneceruma estrutura de cooperação, facilitar efortalecer a colaboração entre as partes,de forma não exclusiva, em áreas de interessecomum. Em função do memorando, prevê-se a colaboração e a cooperação na divul-gação da Lei do Mecenato para ONG,empresas públicas e privadas e academias,o desenvolvimento de eventos e acçõespara se atingir os objectivos pretendidos ea promoção e apoio ao Mincult.

A propósito do memorando, o secretáriode Estado da Cultura para a Área Científica,Aguinaldo Cristóvão, afirmou que se pre-tende incentivar uma maior participaçãodo sector privado no desenvolvimento dosprojectos culturais, tendo em conta a novadinâmica do mundo global.

De acordo com o responsável, é a con-cretização de um dos objectivos da Lei doMecenato, que requer o envolvimento dosmecenas e dos beneficiários e a The BridgeGlobal, tendo em conta a procura de ins-trumentos que garantam a operacionalizaçãoe a divulgação da lei.

A Lei do Mecenato, aprovada pela Assem-bleia Nacional em 2012, estabelece incentivosfiscais para instituições que pretendamfazer liberalidades (generosidades) emapoio ao Estado, visando valorizar e pro-mover o desenvolvimento do sector cultural.Por meio da Lei do Mecenato (Lei nº8/12de 18 de Janeiro), são objecto de avaliaçãoos projectos cujos objectivos incidem noincentivo à formação artística e cultural,concessão de bolsas de estudo e de criação,outorga de prémios a criadores, fomentoà produção e divulgação cultural e artísticano território nacional e estrangeiro, bemcomo preservação, promoção, difusão dopatrimónio artístico, cultural e históricode Angola.

Através do referido diploma, são aindaobjecto de avaliação os projectos destinadosa estimular o reconhecimento dos bens evalores culturais, construção e reparaçãode infra-estruturas culturais, entre outros.

CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS

Manuel Albano

A peça “Sonho do Pedro ouPai Natal?”, dedicada a crian-ças, que narra sobre o valorexagerado atribuído aos bensmateriais, é apresentada ama-nhã, às 10h00, no Camões -Centro Cultural Português,em Luanda, pelo ColectivoArtes Sol.

A peça, que volta a ser exi-bida no dia 22, na Casa daJuventude de Viana, narra atransmissão de valores entreo avô Xixi e o neto Pedro, como primeiro a aconselhar a cri-ança sobre a importância dafraternidade, cortesia, lealdadee integridade nas relações in-terpessoais para atingir a vidaadulta sem problemas.

A peça, segundo a actriz edirectora artística Solange Feijó,salienta a necessidade da pre-servação de valores éticos.“Montámos o espectáculo paraas crianças desfavorecidas, noâmbito da parceria com oCamões, para levar um poucode solidariedade para essa franjada sociedade muito carenciada.”

Pedro sente-se desanimadoporque o avô não conseguecomprar um presente de Natal.Mas, recorrendo à sabedoriae à experiência, o avô apoia-se no ditado: “na boca de umancião, só saem dentes estra-gados”, para convencer o netode que é possível ser feliz,mesmo na ausência de bens

materiais. O colectivo de teatroArtes Sol trabalha com 15 acto-res, desde Março de 2016, ena peça “Sonho do Pedro ouPai Natal?” actuam seis actores,sendo cinco crianças e umadulto. A intenção do ence-nador da peça é o resgate devalores, alguns “consumidos”por causa do fenómeno glo-balização e o uso de conteúdosda Internet, que põem, cadavez mais, em segundo planoos valores tradicionais. A peçatem a duração de uma hora eos actores interagem com osespectadores (crianças) deforma a ajudá-las a pensar

Palácio de Ferro tem sido escolhido para promoção artística

Mincult e Bridge Global assinam memorando

IMPLEMENTAÇÃO DA LEI DO MECENATODR

INICIATIVA

PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Artista trabalha o ferro em exposição de arte

A exposição sobre o “Ferroforjado”, de Pedro Tarouca,é inaugurada amanhã, às15h30, no Palácio de Ferro,em Luanda, numa iniciativado Ministério da Cultura,através do Instituto Nacionaldo Património Cultural.

A exposição proporcio-na a oportunidade de conhe-cer-se trabalhos de “Ferroforjado.” Os exemplares tes-temunham não só um perfeitodomínio das técnicas de tra-balhar este me-tal, como acriatividade dos mestres arte-sãos que os conceberam.Cadaobjecto na mostra exposto é

o corolário natural da afirmaçãode quanto é necessário estarem“afinadas” as mãos, o coraçãoe o pensamento de quemtransforma este material, apa-rentemente rude, limitado edifícil, mas afinal tão maleávelpara as mãos que o trabalhou.Há peças utilitárias e tambémde ferraria artística, demons-trativas das múltiplas poten-cialidades deste material, deque tanto se pode fazer deli-cados objectos como obras degrandes porte e peso. O eventoenquadra-se no âmbito dosesforços para a implementaçãodo uso do ferro.

Espectáculo quer resgatar valores perdidos com a globalização

DR

A exposição de desenho epintura, denominada “Luzesde Crystal”, de crianças e ado-lescentes do Colégio Crystal,está patente até final destemês, no Memorial AntónioAgostinho Neto, em Luanda.

A mostra “Luzes de Crystal”apresenta trabalhos desen-volvidos por crianças e ado-lescentes do colégio, queutilizaram os mais variadosmateriais didácticos comolápis de cor e aguarela, usan-do técnicas mistas, por for-mas a construir o conheci-mento e interacção atravésdo ensino e aprendizagemdas artes, promovendo umespaço cultural, intelectuale educativo criativo.

Os desenhos apresentadosabordam temáticas variadas,que buscam desenvolver noaluno, desde muito cedo,um olhar cuidado e sensível.Além do desenvolvimentodo gosto pela arte, exploratambém a possibilidade deexpressão e interpretação dadiversidade cultural, comoforma de ver, viver e conviverem harmonia.

Com esta exposição dearte, inaugurada a 30 deNovembro, a instituição edu-cativa pretende proporcionaraos alunos, desde a tenraidade, uma formação aca-démica em várias línguas ede alto padrão.

Estudanteslevam pinturasao Memorial

“LUZES DE CRYSTAL”

Colectivo Artes Sol exibe peças infantis

como resolver diversos pro-blemas sobre necessidadesmateriais. O enredo de “Sonhodo Pedro ou Pai Natal?” des-perta, ainda, para uma refle-xão, além do autodomínio emsituações de crise financeira.

Solange Feijó admitiu umoutro benefício da peça paracrianças como os momentosde estímulo à imaginação.“Quem convive com anciãosaprende a respeitar os maisvelhos e a dar valor em quasetudo que nos rodeia. Este con-tacto permite à criança com-preender melhor as limitaçõesda vida”, disse a actriz.

HOJE NA UNIÃO DOS ESCRITORES

Cultura cokwe em livro de investigação“Máscaras Cokwe: a lingua-gem coreográfica de MwanaPhwo e Cihongo” é o títulodo livro de investigação dacoreógrafa Ana Clara GuerraMarques que é apresentadohoje, às 17h30, na União dosEscritores Angolanos (UEA),em Luanda.

O livro, resultante de umapesquisa, traz informaçõesactualizadas sobre os Akixi,ou bailarinos mascarados, naAngola de hoje, mas do pontode vista da dança, enquantoplataforma académica.

A autora, procura abordar,ainda, pela primeira vez, oestudo das máscaras cokwenuma perspectiva da Etno-coreologia. O livro faz análisedos padrões de dança e dascaracterísticas da performancedas máscaras, ao ponto de

permitir ao leitor ter melhorcompreensão do papel destasna estruturação e equilíbrioda sociedade cokwe.

Ao contrário do noticiadona edição de segunda-feirado Jornal de Angola, o livro,não é de contos, mas sim umtrabalho de investigação, deanos, que incide sobre a per-formance e a linguagem cor-poral das máscaras de dançaMwana Phwo e Cihongo,enquanto estruturas de comu-nicação capazes de sustentaruma memória colectiva.

Pioneira da dança con-temporânea em Angola, AnaClara Guerra Marques é mestreem Performance Artística -Dança e licenciada em Dançana área da Educação, bailarina,coreógrafa e investigadora.Durante 37 anos trabalhou

no Ministério da Cultura ango-lano, onde foi directora daEscola Nacional de Dança econsultora do Ministério daCultura. Fundou a primeiracompanhia profissional ango-lana, a Companhia de DançaContemporânea de Angola.

Ana Clara Guerra Marquesanálisa papel das máscaras

DR

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30 DESPORTO Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

Teresa Luís

Encerradaa participação no24º Campeonato do Mundo,a decorrer no Japão até do-mingo, a Selecção Nacionalsénior feminina de andeboldesembarca hoje, às 6h00,em Luanda, cujo próximocompromisso internacionalé a disputa dos Jogos Olím-picos de Tóquio'2020. Ao terminarem no décimo

quinto posto da tabela classi-ficativa, as Pérolas cumpriramo objectivo que passava pelamelhoria da 19ª posição, doMundial de 2017, na Alemanha.Em declarações à Rádio

Cinco, o seleccionador MortenSoubak, que orientou pelasegunda vez as campeãs afri-canas na prova da FederaçãoInternacional (IHF), consi-derou positiva a prestação docombinado angolano e traçoumetas para a maior montra

Anaximandro Magalhães

A comissãode gestão “ad hoc”da Federação Angolana deBasquetebol (FAB), patroci-nada pelos clubes de Luanda,já liquidou mais de 60 porcento da dívida contraída comos árbitros, referente às épocas2017, 2018 e 2019, apurou oJornal de Angola.Mais de 11 milhões de kwan-

zas de débito foram acumuladospela direcção cessante da FAB,liderada por Hélder Martinsda Cruz “Maneda”, que pediudemissão do cargo de presi-dente, em Outubro, por ale-gados problemas pessoais.“Confirmo que boa parte

dos valores já foram pagos.O remanescente é quase nada.Por outro, os valores em faltaserão depositados antes doarranque do CampeonatoNacional, agendado parasexta-feira”, disse um árbitrosob anonimato. O JA tentou ouvir um dos

membros da comissão, coor-

denada por Gustavo da Con-ceição, mas viu a pretensãogorada. Caso mantenha o sor-teio anterior, a primeira jor-nada do campeonato terácomo partida de cartaz o 1ºde Agosto - ASA, no PavilhãoMultiusos do Kilamba. O Petro de Luanda, cam-

peão em título, defronta o Des-portivo da Marinha, no PavilhãoGimnodesportivo da Cidadela.O Vila Clotilde joga com o Inter-clube, no 28 de Fevereiro, aopasso que a UniversidadeLusíada e Clube Kwanza com-pletam a ronda inaugural, emlocal ainda não definido.A fase de disputa do título

começa com os quartos-de-final, no sistema de play-off,à melhor de três jogos. A meia-final será à melhor de cincoe a final à melhor de sete. Hoje, às 11h00, na sede da

Federação, acontece uma reu-nião promovida pelos mem-bros da comissão e os jornalistasligados aos distintos órgãos deComunicação Social.

desportiva mundial, ondeAngola terminou no oitavolugar, em 2016. “Desejamos melhorar em

nome de África. Em relaçãoao Mundial do Japão, estamoscontentes, pois evoluímos dejogo a jogo. Em algumas par-tidas não estivemos bem naprimeira parte, mas conse-guimos recuperar, mesmoquando as coisas não estavambem. A própria equipa reco-nhece isso. Tivemos bons emaus períodos com a Sérviae a Holanda”,explicou. Em jeito de balanço, o pre-

sidente da Federação Ango-lana da modalidade, PedroGodinho, defende que odécimo quinto lugar não ésatisfatório. “A classificaçãonão reflecte o idealizado. Masestamos orgulhosos, pelaforma como as jogadorasencararam cada desafio, comentrega e determinação. Con-tinuo fiel às anteriores abor-

dagens. Se tivéssemos che-gado mais cedo o resultadoseria outro”, desabafou. Godinho apontou a des-

valorização da moeda nacional,como principal constrangi-mento vivenciado na fase dapreparação: “nunca imagineique a depreciação do kwanzafosse tão acentuada e rápida.Por essa razão, as nossas reser-vas transformaram-se numagota de água no oceano. En-quanto instituição não falhá-mos, tão pouco o Ministérioda Juventude e Desportos. Masfalhou o nosso sistema finan-ceiro, pois não foi feita a devidacompensação”.Ao anunciar publicamente

que não pretende se recandi-datar, o Mundial do Japão é oúltimo da era Godinho. “Agra-deço as meninas pelos cercade 12 anos de convivência.Tive muito orgulho em coman-dar o barco. Desejo o melhoraos próximos dirigentes”.

VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Superado o impasse juízes voltam ao trabalho na sexta-feira

MISSÃO CUMPRIDA NO MUNDIAL DE ANDEBOL BASQUETEBOL

TAÇA DOS CAMPEÕES FEMININOS

Dívida com os árbitrospaga em 60 por cento

IHF.COM

Helena de Sousa teve desempenho aceitável para uma estreante numa prova do género

Selecção regressa ao paísa pensar nas Olimpíadas

Armindo Pereira

O Interclube terminoua fasepreliminar, da 25ª edição daTaça dos Clubes CampeõesAfricanos de basquetebolsénior feminino, na liderançado Grupo A, com seis pontos,depois de derrotar ontem,por 103-53, o Energie BBCdo Benim, no Pavilhão In-door de Cairo, na terceira eúltima jornada. Diante do adversário menos

cotado da série, as “polícias”não deram espaço de mano-bras às adversárias, ao batê-las por expressivos 30-5, noprimeiro quarto. ApolinárioPaquete aproveitou a van-tagem para dar mais tempode jogo às jogadoras menosutilizadas até aqui, no pe-ríodo seguinte. As angolanas foram para

o intervalo com vantagemde 51-15. Adivinhava-se umresultado mais avolumado enão foi diferente. Apesar dealguma redução no jogo ofen-sivo, as “polícias” ampliaram

a vantagem e saíram vitórias,por 103-53. Com esta vitória , a equipa

mais titulada da prova, comcinco troféus, disputa os quar-tos-de final, mantendo osdesígnios traçados pela direc-ção do clube, liderada porAlves Simões. A meta é atingira final e resgatar o título per-dido para o Ferroviário deMaputo, outro candidato àconquista do ceptro.Antes do embarque para

o Egipto, Apolinário Paquetefez saber que o Interclubetrabalha sempre com a pers-pectiva de discutir o título,em todas as provas onde esti-ver envolvido. A julgar pelasprestações até aqui paten-teadas, tudo indica que asvice-campeãs continentaisvão atingir a final. Na estreia, vitória sobre as

egípcias do Sporting, por 73-67, com a senegalesa AstouTraore em destaque (27 pontose 9 ressaltos). Na segunda jor-nada, novo triunfo, por 79-43, sobre o MFM da Nigéria.

Inter chega imaculadoaos quartos-de-final

Próxima missão internacional das campeãs africanas éa disputa dos Jogos de Tóquio’2020 sob batuta do COA

MILIWAUKEE BUCKSVINCAM DOMÍNIO NA CONFERÊNCIA ESTE Os Milwaukee Buckscontinuam a dominar naConferência Este, depois deterem somado namadrugada de ontem a 15ªvitória consecutiva. O grego Antetokounmpo (32pontos, 15 ressaltos e 8assistências) voltou a serdecisivo no triunfo frente aosOrlando Magic, por 110-101. Na perseguição aos Bucks(21 vitórias e 3 derrotas)estão os Boston Celtics, quelevaram de vencida osCleveland Cavaliers (110-88),passando a somar 17 vitóriascontra cinco derrotas. AOeste, os Clippers foramvencer fora os IndianaPacers (110-99) econtinuam também aseguir os vizinhos Lakers.

A Espanha acolhe a ediçãonúmero 25 do Campeonatodo Mundo sénior feminino deandebol, a disputar-se de 2 a19 de Dezembro de 2021, coma participação inédita de 32selecções. A mascote deno-minada “Lola” e o logótipo jáforam lançados, em Kuma-moto, com o slogan “Ela adorao andebol”.

A mascote é um lince, íconeda Península Ibérica. Nestafase, Lola apoia todas as selec-ções presentes no país do Sol

nascente, com especial aten-ção a espanhola, “Las Guer-reras”. A escolha do lincecomo mascote, segundo o siteda IHF, está relacionada comvelocidade, desenvoltura ecarácter, características queas atletas representam naquadra.

Lola é conhecida entre asamigas por ser defensora dodesporto feminino, revela afederação espanhola. “Suamaior paixão é o andebol.Enquanto amante desta moda-

lidade é um animal nómada.Ela está no Japão para apoiaras “Guerreras” e apresentaro próximo campeonato”.

O lince também foi esco-lhido devido ao estatuto deespécie em via de extinção,de modo a chamar a atençãopara a importância da suapreservação. Na condição deanfitriãs, as espanholas jáestão qualificadas. A vence-dora do Mundial do Japãotambém vai carimbar o pas-saporte para Espanha'2021.

Próxima competição da IHF é organizada pela Europa

A Selecção Africanaperdeudiante da Ásia, por 3,5-2,5na ronda inaugural da pri-meira Taça das Confederaçõesde Xadrez para DeficientesFísicos, que se realiza emAnkara, Turquia.A Mestra Internacional

Indiana, Jennitha Anko K,com 1972 pontos de Elo, depeças brancas, impôs um rigo-roso empate ao Mestre Inter-nacional angolano, EugénioCampos (2259), no primeirotabuleiro, depois de 52 lances.No segundo tabuleiro, o tur-comano Ata Bairamov (1925)perdeu contra o egípcio Moha-med Zabeib (2115), o kirguis-tanês Dzhanysh Arstanbekov(1713) foi derrotada pelo mar-roquino Jamal Messala (1982),a cazaquinstã Sultan Koz-hakhmetova (1617) venceu oegípcio Mohamed HelmyMasood (1876), a iraniana Ma-liheh Safaei (1501) levou amelhor sobre o tunisino Moha-med Taha Khabou (1408),assim como o vietnamita ThiBich Thui Tran (1448) sobre azambiana Tambuzhai Kadi-lamwando (1000). A Europa derrotou a Rús-

sia-Turquia por 4-2. O MestreInternacional ucraniano IgorYarmonov (2388) empatou noprimeiro tabuleiro contra oMestre Fide russo Stanislav Bar-barykin (2403), o espanhol Flu-tur Gavril Draghici (2131) perdeudiante do Mestre Internacionalrusso Andrei Obodchuk (2296),o polaco Aleksander Choroszej(2054) empatou com o turcoHandenur Sahim (2014), o sér-vio Dragan Moldovanovic (1982)perdeu frente à russa TatianaLukina, o alemão Jarno Schef-fener (1955) ganhou ao turcoAhmet Inal ( 1197), a MestreFide russa Svetlana Gerasimova(1920) venceu o também turcoOzlem Erten (1144).Na segunda jornada de-

frontam-se Rússia-Turquiavs Ásia e América vs Europa.Descansa África.

XADREZ

África perde com a Ásia na Taça das Confederações

Breve

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31DESPORTO Quarta-feira11 de Dezembro de 2019

TAÇA COSAFA

António Cristóvão

O técnico José Silvestre “Pelé”agendou para hoje, às 8h30,uma sessão de treino paraajustar detalhes das situaçõesde jogo da Selecção NacionalSub-20 de futebol, no EstádioEdwin Emboela, no bairroChelstone, em Lusaka, visandoo desafio com a similar daZâmbia nesta quinta-feira àtarde, referente às meias-finais da Taça Cosafa.

O “timoneiro” dos Palan-quinhas vai procurar, certa-mente, melhorar os aspectosmenos bons no desafio coma selecção de e-Swatini.

Apesar do triunfo confor-tável, a Selecção Nacional evi-denciou dificuldades duranteas transições defesa /ataque,devido à falta de estabilidadedo sector intermédio na con-servação e posse da bola, pas-ses precipitados e mal feitos.

Ontem, a equipa técnicarecuperou a condição físicados jogadores. Depois doshabituais exercícios físicos,os atletas com mais tempode jogo foram dispensadosmais cedo.

Na partida contra os swazis,Silvestre “Pelé” deixou nobanco o guarda-redes Nsesani,o lateral Afonso Binga, o defesacentral Aldair, os médios DosSantos, Edson Mandelé e Ben-

vindo, o núcleo “duro” daSelecção Nacional. Antes dosexercícios, Pelé falou com osjogadores sobre o grau de difi-culdade diante da Zâmbia,devido à condição de anfitriã.

A equipa técnica da Selec-ção Nacional pediu maior res-ponsabilidade aos atletas, napartida que se antevê bastanterenhida , porque o adversáriojoga apoiado pelo público.

Para chegar às meias-finais,Angola venceu e-Swatini , por4-1, no Estádio Nkoloma, e aZâmbia derrotou o Malawi (2-1), em partidas referentes àterceira e última jornada dosGrupos C e A.

Na edição passada, osangolanos derrotaram oszambianos, por 2-1, no Está-dio Nkana, , cidade de Kitwe,Zâmbia, em jogo de definiçãodo terceiro classificado.

A final do torneio disputa-se sábado, às 14h00, no Está-dio Nkoloma. De manhã,joga-se para a definição doterceiro lugar.

“Pelé” assume favoritismo José Silvestre “Pelé”, assumiu,ontem, em Lusaka, o favo-ritismo para chegar à final.

“O importante é tapar oscaminhos da Zâmbia, paradepois fazermos o nosso jogo,porque vamos ter de assumiro desafio e evidenciar o nossovalor”, disse o técnico.

Técnico Silvestre “Pelé” ajusta detalhes tácticos

LIGA DOS CAMPEÕES DA UEFA

Com as formações do PSG,Real Madrid, Manchester City,Juventus, Bayer de Muniquee Tottenham já qualificadas,a sexta e última jornada dosgrupos A, B, C e D é marcadapela disputa das duas vagasainda em aberto.

No Grupo A, PSG e RealMadrid vão cumprir apenascalendário e mostrar os cré-ditos, quando defrontaremo Galatasaray e Brugge, numajornada em que os francesesjogam em casa e os madri-lenos vão à Bélgica. Na pri-meira volta, o Real consentiuempate no Santiago Berna-béu, ao passo que o PSG ven-ceu (1-0) os turcos.

No Grupo B, Bayern deMunique e Tottenham, ambosjá qualificados, medem forçasnum duelo cujo desfecho nãotem influência na classifi-cação final, ao passo queOlympiacos e Estrela Ver-melha defrontam-se a pensarem fugir da última posição,ocupada pelos gregos comum ponto, enquanto a for-mação sérvia precisa de evitara derrota para manter a ter-ceira posição.

Shakthar e Atalanta me-dem forças num desafio quevai definir a segunda vaga

do Grupo C, numa luta ondetambém pode entrar o Dínamoque, no entanto, enfrenta olíder destacado da série, Man-chester United. Shakthar eAtalanta estão separados porum ponto, a favor dos ucra-nianos que somam seis pontoscontra quatro dos italianos.

No Grupo C, o Atletico Ma-drid, com sete pontos no se-gundo lugar, deve confirmaros oitavos-de-final na recep-ção aos russos do Lokomotiv,últimos com menos três. Embusca da qualificação estáigualmente o Leverkusenque recebe a já apurada Ju-ventus, com 13 pontos naliderança.

Últimas vagas dos oitavos são preenchidas esta noite

António de Brito

Refeito da derrota frente aoZamalek do Egipto, o 1º deAgosto, tetracampeão ango-lano, vira agora as atençõespara a recepção à Académicado Lobito, domingo, em jogoreferente à 15ª e última jor-nada da primeira volta doCampeonato Nacional deFutebol da I Divisão, Gira-bola'2019/20.

Às 8h30, a formação mili-tar realiza esta manhã, noEstádio França “N'dalu”, asegunda sessão de treino dasemana, com o técnico Dra-gan Jovic a incidir os trabalhosda equipa no aprumo físicoe na correcção das insufi-ciências detectadas no desafiodiante do conjunto egípcio.

Para este desafio, o bósniotrabalha com o grupo redu-zido, visto que Nelson daLuz, Paizo e Macaia estão

entregues ao DepartamentoMédico e podem falhar oencontro com a Académicado Lobito. O médio Nelsonda Luz continua a recuperarda lesão na virilha. Paizo,lateral esquerdo, e Macaia,médio trinco, padecem defadiga muscular.

Apesar das contrariedades,o 1º de Agosto espera mantera senda de vitórias no cam-peonato, como salienta otreinador-adjunto Ivo Rai-mundo Traça. “Jogamos emcasa e temos a obrigação devencer, com base na humil-dade e no respeito pelos adver-sários. Sabemos que não seráum jogo fácil. Tudo faremospara conquistar os três pon-tos”, garantiu o adjunto deDragan Jovic.

Antes da conclusão doprimeiro turno do campeo-nato, o conjunto do Rio Secotem mais dois jogos em atrasopor disputar com o Sporting

de Cabinda, a contar para a14ª jornada, no Estádio doTafe, e diante do Williete deBenguela para a ronda 15,no Estádio do Tchiazi.

Acabar na liderança Quanto aos adversários, IvoTraça referiu que “ nós entra-mos em todos os jogos como pensamento na vitória.Esperamos vencer os trêsúltimos desafios, para acabara primeira volta da prova naliderança.”, admitiu o técnicoassistente do campeão ango-lano. Treinam às ordens deDragan Jovic, os guarda-redes Tony Cabaça, Neblu eJulião; os defesas Isaac, DaniMassunguna, Bobô, Natael,Jó, Bonifácio e Catraio; osmédios Ibukun, Mongo,Atouba, Buá, Mário, Evanil-son, Cirilo, Zito Luvumbo,Kila e Ary Papel e os avan-çados Melano Dala, LionelYombi e Mabululu.

DIGERIDA DERROTA COM ZAMALEK

Conjunto do Rio Seco pretende ganhar os restantes jogos da primeira volta do campeonato

1º de Agosto prepara jogo com Académica do Lobito

O árbitro zambiano JannySikazwe foi nomeado pelaConfederação Africana de Fute-bol (CAF), para apitar o jogoentre Wydad de Casablanca ePetro de Luanda, no dia 28deste mês, às 19h00, no Estádiodo Complexo Mohammed V,em Casablanca, Marrocos.

Este desafio é pontuávelpara a terceira jornada doGrupo C, da 24ª edição da Ligados Clubes Campeões Afri-canos de futebol.

O zambiano vai ter comoárbitros assistentes ArsénioChadreque Marengula, deMoçambique, e Souru Phat-soane (Lesotho). O zambianoAudrick Nkole é o quarto juize Joel Amarante Barros (CaboVerde) o comissário ao jogo.

Os adeptos do futebolnacional guardam com tris-teza a actuação do zambianono desafio entre Esperancede Tunis e 1º de Agosto (4-2), disputado no dia 23 deOutubro de 2018, no EstádioOlímpico de Radès, Tunísia,referente à segunda mão dasmeias-finais da Liga dos Clu-bes Campeões.

Os tricolores do Eixo Viá-rio seguram a “lanterna ver-melha”na quarta e últimaposição do grupo, com umponto, depois da igualdadena ronda anterior diante doUSM de Argel.

O Wydad partilha o se-gundo lugar da série, comdois pontos, ambos comdois empates na competi-ção, enquanto o MamelodiSundowns lidera o grupo,com quatro.

Já a partida entre 1º deAgosto e TP Mazembe, quese disputa no dia 27, às 17h00,no Estádio Nacional 11 deNovembro, em Luanda, vaiser ajuizada pelo árbitroDevis Ogenche Omweno,do Quénia. O desafio é pon-tuável para a terceira jornadado Grupo A. Para assistentes,a CAF indicou Gilbert Kip-koech Cheruiyot, do Quénia,e Dick Okello (Uganda),enquanto Peter Waweru(Quénia) é o quarto árbitro.O zambiano Joseph Nkoleé o comissário nomeadopelo organismo reitor dofutebol africano.

Os militares do Rio Secoestão na “cauda” do grupo,com um ponto, e os “Corvos”,designação do TP Mazembe,estão imparáveis na primeiraposição, com seis.

António Cristóvão

AFROTAÇAS

Janny Sikazwe indicado para o Wydad-Petro

Militares preparam meticulosamente a recepção aos estudantes para conquistar os três pontos e manter o comando da classificação

PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO

GOAL.COM

Os sorteios da 37ª edição daTaça de Angola e a prova deapuramento para o Campeo-nato Nacional de Futebol daI Divisão, Girabola'2020/21,realiza-se na próxima quarta-feira, dia 18, às 10h00, nasinstalações da FederaçãoAngolana de Futebol (FAF),na Urbanização Nova Vida,em Luanda.

A FAF fixou para domingo,15, o prazo para as AssociaçõesProvinciais (APF'S) indicaremos representantes na Taça deAngola e no apuramento parao Girabola.

De acordo com o Comuni-cado Oficial da FAF número49, datado de 5 do corrente,com o 1º do artigo 2º da SecçãoI, Capítulo I do Regulamentodas Provas Oficiais do orga-nismo reitor do futebol nacio-nal devem competir, obriga-toriamente, na segunda faseda prova as equipas vence-doras de cada província, maisos 16 clubes do Girabola, nosdezasseis avos de final da Taçade Angola.

No mesmo documento, aFAF informa que a final da Taçade Angola foi remarcada para

25 de Maio de 2020, no EstádioNacional 11 de Novembro.

As meias-finais são dispu-tadas no dia 19 de Março e 2de Abril, respectivamente, paraa primeira e segunda mãos.

Os dezasseis avos de finalestão marcados para 8 deJaneiro, e os oitavos no dia 29do mesmo mês, com os desafiosda primeira mão. As partidasde resposta estão agendadaspara 20 de Fevereiro. O torneiode apuramento para o Gira-bola'2020/21 começa no dia30 de Janeiro.

António Cristóvão

Federação sorteia Taça de Angola e Apuramento ao Girabola

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QUA11DEZ

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A L T O

B A I X O

Acção SocialAbrigos para vítimas

Polícia NacionalBarreiras nas estradas

Que as barreiras da Polícia nasestradas, principalmente à noite,são importantes, ninguém du-vida. Mas devem contribuir parafacilitar o trânsito, inibir os au-tomobilistas infractores e atéafugentar a delinquência. Por is-so, têm de estar colocadas onderealmente fazem falta. Por exem-plo, como compreender que naAvenida Deolinda Rodrigues te-nha três ou quatro (no sentidoLuanda/Viana) e nas vias de Ca-cuaco e Expresso, até à entradada Centralidade de Sequele, nãohaja uma? E mais: numa via to-talmente escura, não se notamovimento de viaturas da Políciano período nocturno. Já nas en-tradas do Zango e do Kilamba,mais iluminadas, lá estão as bar-reiras e as viaturas policiais...

A ministra da Acção Social falou,há dias, na construção, nas pro-víncias, de abrigos para vítimasde violência doméstica. Só de sefalar sobre o assunto já mostrapreocupação das autoridadescom este problema social. Mas,o que se aconselha, em situaçõesde género, é que a comunicaçãoseja clara. É preciso dizer se setrata de intenção, desejo ou se éjá um projecto com os prazos de-finidos. Para não gorar as expec-tativas daqueles que precisam,urgentemente, deste importanteserviço. A importância das acçõesreside, também, nos prazos comque são executadas. O que é im-portante hoje, se não for feito atempo, pode já não o ser amanhã.E naquelas questões pertinentes,que mexem com o dia-a-dia docidadão, como é o caso da vio-lência doméstica, é aconselhávelque as acções estejam crono-metradas, com metas devida-mente mensuraveis, para que osbeneficiários possam acompa-nhar e avaliar a eficácia. É umaquestão de bom senso. Porque,como diz o ditado, de boas in-tenções está o inferno cheio.

Edivaldo Cristóvão

Um estudo realizado pelaPlataforma Mulheres emAcção (PAM) indica que,no primeiro semestre desteano, as mulheres foram asque mais morreram emAngola, por causa de faltade informação e questõessociais, culturais e de saúde,com realce para a falta deassistência médica e medi-camentosa nas localidadesem que vivem.

Os dados foram avan-çados por Verónica Sapalo,directora executiva da PAM,durante a cerimónia deapresentação dos relatóriossobre Monitoria Social doOrçamento Geral do Estado2018 e do Barómetro doProtocolo da SADC sobreGénero 2019, numa inicia-tiva da PAM e parceiros.

A directora referiu que,apesar de as mulheres cons-tituírem a maioria nas esta-tísticas, com 52 por centoda população, morrem maisem relação aos homens. “Éuma preocupação que deveestar contida na agenda deplanificação do Estado,olhando para esses indica-dores e reflectir, no sentidode mudar o plano dos orça-mentos no futuro, para mini-mizar esses problemas e terum orçamento mais sensívelao género”, realçou.

Verónica Sapalo disseque a questão da obstetrícia,que ocorre nas mulheresgestantes, acontece devidoà falta de serviços de saúdenestas localidades, onde afalta de casas de banho nasescolas para meninas emregime menstrual tambémconstitui um problema.

“Existem informaçõesque podem ajudar as mu-lheres a ter uma consciênciado seu estado”, disse, paraacrescentar que, no “qua-dro dos direitos sexuais ereprodutivos, há uma vio-lação dos direitos humanos,em particular, na mulher,porque a informação nãochega à área rural, onde elasmais vivem".

As áreas rurais, segundoa directora do PAM, são as

que têm maiores proble-mas por causa da inexis-tência dos serviços, a todosos níveis, razão pela quala incidência de mortalidadematerno-infantil ocorrenestas zonas.

A directora do PAM reve-lou, ainda, que a SADC ava-lia a situação do género nopaís, ainda como deficitária,com uma representativi-dade no quadro políticorazoável, mas “pede-se queessa representação seja maisligada a questões sociais,para reduzir a mortalida-de da mulher e melhorara qualidade dos serviçosda mulher”.

A directora do PAM disseque antes de um orça-mento deve-se fazer umdiagnóstico, para eviden-ciar os problemas e facilitaros gestores públicos a pla-nificar, com base na rea-lidade local.

O Estado, acrescentou,deve “atacar naquilo queé mais crítico para facilitarque o índice de vulnera-bilidade e de pobreza nãocontinuem a afectar aspessoas mais pobres”.

Pontos importantesO relatório de MonitoriaSocial do Orçamento Geraldo Estado 2018 incide noimpacto na mudança devida nas comunidades, nosector da Saúde, Agriculturae Educação. O documento

é uma análise sistemáticados recursos atribuídos,observando a satisfação dosbeneficiários, qualidade deserviços prestados à popu-lação alvo nos municípiosda Ganda, Bocoio (Ben-guela), Humpata (Huíla) eIcolo e Bengo (Luanda).

O relatório indica que oorçamento atribuído em2015, 2016, 2017 e 2018 re-vela algumas mudançaspositivas, no quadro dadescentralização adminis-trativa. Por outro lado, asunidades hospitalares pas-saram a ser consideradasautónomas financeira-mente e já conseguem ma-nusear o orçamento pararesponder à demanda dosserviços de saúde.

No sector da Educação,referiu, o problema aindaé pior, sobretudo no interior.Nas zonas rurais, há faltade quadros ou professores,infra-estruturas e o númerode crianças fora do sistemade ensino ainda é muitoalto. O maior índice estáno município da Humpata,província da Huíla. O rela-tório recomenda ao Estado,que olhe para a pertinênciados indicadores, bem comopara o quadro de vida dascomunidades. “Continua-mos a recomendar que épreciso a inclusão socialno quadro da planificaçãodos orçamentos participa-tivos”, disse.

Directora do PAM defende mais investimento do Estado na Educação

O embaixador de Angolaem Portugal considerouontem, em Lisboa, que, “sejapor que razão for, Lisboa écada vez mais um destinode turismo para muitosangolanos”.

Carlos Alberto Fonsecafoi um dos convidados dehonra, à segunda ediçãode uma cimeira turísticaque reuniu, num dos prin-cipais hotéis de Lisboa, osembaixadores da China eda República da Coreia emPortugal e, ainda, diversosespecialistas e interventoresdirectos na indústria doturismo português.

Sob o tema “O ecossis-tema do turismo de qua-lidade e de compras ori-entado para as pessoas”,o evento pretendeu mostraras capacidades da indústriaturística em Portugal e oque dela podem esperaralguns mercados, espe-cialmente os de Angola,

China e República da Co-reia. A este propósito, CarlosAlberto Fonseca referiu que“Lisboa e Luanda estão ge-minadas por laços históricose culturais cujas ligaçõesaéreas estão a tornar cadavez mais próximas”.

“Dados estatísticos colo-cam Angola num lugar dedestaque no turismo emPortugal”, disse o embai-xador angolano que salien-tou que essa situação po-derá ainda melhorar “àmedida que for tambémrecuperando a economianacional, um caminho irre-versível com as medidasconcretas que já estão a serimplementadas”.

Carlos Alberto Fonsecadisse que “a evolução doturismo em Portugal podeservir como inspiração paraAngola, sobretudo atravésda aplicação de um inter-câmbio que se pretendecada vez mais eficaz”.

EMBAIXADOR CARLOS FONSECA

PRIMEIRA-MINISTRA DA FINLÂNDIA

Turismo em Portugalé inspiração para Angola

O Presidente da República,João Lourenço, endereçouontem uma mensagem àPrimeira-Ministra da Fin-lândia, Sanna Marin, pelaeleição ao cargo.

O Chefe de Estado ex-pressou o desejo de que, du-rante o mandato de SannaMarin, possam trabalhar,conjuntamente, com vistaao aprofundamento dasrelações de amizade e decooperação existentes entre

Angola e a Finlândia. “Tenho o grato prazer

de, em nome do povo, doExecutivo angolano e nomeu próprio, felicitar VossaExcelência pela sua eleiçãoao cargo de Primeira-Minis-tra da República da Fin-lândia”, escreve, ao mesmotempo que aproveita paradesejar os “maiores êxitosno desempenho das suasfunções de Primeira-minis-tra da Finlândia”.

Presidente da Repúblicaescreveu a Sanna Marin

BARÓMETRO DO PROTOCOLO DA SADC SOBRE O GÉNERO 2019

SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Diplomata angolano e a ministra do Ensino Superior, em Lisboa

DR

Estudo revela que mulheres sãoas que mais morrem em Angola

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