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Nesta Edição - Re vista Arte Real · História Secreta dos Jesuítas”, de autoria de Edmond Paris, traduzido para o português por Josef Sued. *Trabalho de compilação realizado

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  • Nesta EdiçãoCapaCapa – A Loja Universal.............................................................CapaEditorialEditorial.........................................................................................2 Academia da LeituraAcademia da Leitura – O Triste Quadro da Leitura no Brasil......................3

    Trabalhos - Ex-Venerável Dono de Loja.....................................4 - S∴ S∴ S∴ e S∴ F∴ U∴ ...............................................7ReflexõesReflexões – Realize.......................................................................8LançamentosLançamentos – Livro....................................................................9

    Editorial““O verdadeiro discípulo é aquele que não procura ver os defeitos alheios, mas os seus própriosO verdadeiro discípulo é aquele que não procura ver os defeitos alheios, mas os seus próprios.” .”

    Professor Henrique José de SouzaProfessor Henrique José de Souza

    onforme vimos anunciando, foi lançada, nesse mês de julho, próximo passado, a versão impressa de nossa Revista Arte Real. De fato, superou as expectativas de todos, e a adesão de nossos leitores tem sido uma constante crescente. Essa

    nova e nobre empreitada foi motivada pelas diversas solicitações dos que dão preferência a receber, no conforto de seu lar, as matérias, criteriosamente selecionadas, que publicamos em cada edição, para desfrutá-las em momento oportuno.

    CCPara muitos, de fato, a leitura na tela, principalmente, de temas que exigem de

    nós a reflexão e a meditação, torna-se desconfortável e cansativa, portanto a versão impressa vem atender a essas particularidades.

    Continuaremos, pelo menos, inicialmente, a produzir a Revista Virtual, mudando, apenas, sua periodicidade para bimestral, alternando os meses com a Revista impressa.

    As assinaturas e os anúncios para a versão impressa estão a cargo da Diretoria Comercial de nossa Revista, através do Irmão Márcio Cambahuba. Para a efetivação da assinatura, basta baixar o “Formulário de Cadastramento de Assinante” no site da GLEMT (www.glemt.org.br), ou no site (www.entreirmaos.net), preenchê-lo e optar pelo pagamento (anuidade - R$ 60,00) através de depósito ou boleto bancário, enviando, por e-mail ([email protected]), o formulário e a cópia do comprovante de depósito/boleto bancário.

    Estamos muito felizes em poder atender às antigas reivindicações de nossos ledores, transformando-as em realidade. Graças ao Convênio, firmado com a Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso, na pessoa de seu Sereníssimo Grão-Mestre, Poderoso Irmão Jurandir Vieira da Silva, foi possível a viabilização desse projeto.

    Vale citar que uma das cláusulas desse nobre Convênio, firmado pelas duas Instituições, determina que parte dos valores, arrecadada com a comercialização de assinatura e publicidade, será destinada à filantropia. Portanto, queridos leitores, ao adquirirem suas assinaturas e anunciarem conosco, estarão, também, sendo partícipes dessa nobre e altruística empreitada!

    Que o Grande Arquiteto do Universo nos ilumine nessa nova e nobre etapa em prol da cultura maçônica. Que possamos, dignamente, conforme Sua Vontade, continuar a ser um canal para que fluam Seus Excelsos Ensinamentos, conscientizando a todos do nosso imprescindível papel como Iniciados Maçons. ?

    Revista Arte Real 65 2

    http://WWW.glemt.org.br/mailto:[email protected]://www.entreirmaos.net/http://www.artecontrol.kit.net/mailto:[email protected]

  • Academia da LeituraO TRISTE QUADRO DA LEITURA NO BRASIL*

    Francisco Feitosa tecnologia e a mobilidade trouxeram a comodidade ao indivíduo, mas são poucos os brasileiros que exercitam o hábito de ler. Isto se opõe à facilidade de conseguir livros

    atualmente. Desde a infância, a criança não é estimulada a ler; cresce e se transforma em adolescente imprudente que só lê quando é obrigada pela escola.

    AAO Brasil é um país pobre em leitores; a falta de leitura na

    sociedade brasileira empobrece a cultura. Quem não lê não consegue interpretar as opiniões contrárias às suas; não sintetiza outras ideias; torna-se inconviniente e até mesmo violento.

    Das percepções sobre a mente humana, sabe-se que nada obrigado é prazeroso; a leitura, então, quando obrigatória, não traz boas percepções e, também, não ajuda a construir um hábito saudável, mas, sim, uma atividade imposta e chata, que, em momento algum, felicita o leitor.

    São várias as formas de conseguir um livro, seja ele digital ou impresso: internet; bibliotecas públicas; emprestado de amigos. Consegui-lo não é uma tarefa difícil, mas, também, não é praticada. Com isso, a cultura do país, aos poucos, vai se acabando, seus acervos vão empobrecendo, pois quem não lê não se torna coautor, não escreve sobre suas experiências e percepções, tampouco preserva as raízes do saber de sua terra.

    Diante dessa realidade, a literatura brasileira vai se esgotando; as pessoas não conhecem seus mestres literários, também, não apreciam suas obras. É necessário construir um Brasil em que a leitura seja uma atividade prazerosa, apresentar os livros às crianças como um amigo que lhes dará uma base para criação de suas percepções sobre o mundo. Assim, a leitura irá conquistar as pessoas desde a infância e construirá adultos cultos e prudentes.

    O Instituto Pró-Livro divulgou, no dia 28 de março próximo passado, a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”. De acordo com o estudo, o brasileiro lê, em média, quatro livros por ano, sendo que, destes, integralmente, apenas, 2,1 livros. Metade da população do país não pode ser considerada leitora. A pesquisa foi realizada entre junho e julho do ano passado e entrevistou mais de 5 mil pessoas, em 315 municípios. Na categoria de leitores, enquadram-se aqueles que leram, pelo menos, um livro nos últimos três meses, inteiro ou em partes. Entre os que leem, as mulheres são a maioria: representam 53% do total. Já os que não têm o hábito de ler encontram-se na base da pirâmide social: são pessoas de idade mais avançada e têm como principais entraves à leitura a alfabetização precária, o desinteresse e a falta de tempo.

    A pesquisa, ainda, apontou que 75% dos brasileiros nunca

    foram a uma biblioteca. A frequência nesses espaços caiu de 10% para 7% entre 2007 e 2011. Além de não ir à biblioteca, a maioria dos brasileiros (33%) disse que não tem motivação para passar a frequentá-las.

    Outro fato que assusta são os números relacionados aos analfabetos funcionais, denominação dada à pessoa que, mesmo com a capacidade de decodificar, minimamente, as letras, geralmente, frases, sentenças, textos curtos e os números, não desenvolve a habilidade de interpretação de textos e de fazer as operações matemáticas. Calcula-se que, no Brasil, os analfabetos funcionais somem 70% da população economicamente ativa. O resultado não é surpreendente, uma vez que, apenas, 20% da população brasileira possui escolaridade mínima obrigatória (ensino fundamental e ensino médio). Para 80% dos brasileiros, o ensino fundamental completo garante somente um nível básico de leitura e de escrita.

    Nesse universo, não estamos incluindo pessoas que nunca foram à escola, mas sim aquelas que sabem ler, escrever e contar; chegam a ocupar cargos administrativos, porém não conseguem compreender a palavra escrita.

    Disponibilizamos, mais uma vez, um livro virtual. Para baixá-lo, basta clicar em seu título: “A História Secreta dos Jesuítas”, de autoria de Edmond Paris, traduzido para o português por Josef Sued. ?*Trabalho de compilação realizado em várias fontes, na Internet.

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    http://www.entreirmaos.net/wp-content/uploads/2011/01/A-Historia-Secreta-Dos-Jesuitas-Edmond-Paris1.pdfhttp://www.entreirmaos.net/wp-content/uploads/2011/01/A-Historia-Secreta-Dos-Jesuitas-Edmond-Paris1.pdfmailto:[email protected]://www.vidainteligente.tv.br/

  • TRABALHOSEX-VENERÁVEL DONO DE LOJA

    Hercule Spoladore uma situação que ocorre com frequência na Maçonaria Brasileira e, quiçá, na Mundial. O que vem a ser essa situação? Simplesmente, conforme o

    titulo do trabalho já sugere, é um Irmão que exerceu sua gestão como venerável de uma Loja, cujo desempenho pode ter sido muito bom ou muito mau, mas, esquecendo que já passou o seu momento como principal gestor de Loja e que deveria ficar quieto no seu canto, insiste em se intrometer nos trabalhos da nova liderança, que, democraticamente, surgiu em Loja através do voto.

    ÉÉ

    Apegado ao poder, chega aos limites da hipocrisia, que, como se sabe, é o ato de fingir qualidades, ideias ou sentimentos, que, em realidade, ele não tem, e isso, às vezes, torna-se uma verdade para ele, ainda que falsa, um verdadeiro sofisma. Assim, acreditando ser o que sabe tudo, que sabe mais que os outros, arvora-se em dono da verdade.

    Ele não sabe se conter, não consegue ficar sem dar palpites, ordens e ao novo líder, não somando as suas forças com as da nova gestão, pelo contrário, atrapalhando-a. Se o novo venerável não for um líder pragmático, pulso forte, que não saiba se impor, ficará à mercê do antecessor, não podendo exercer a sua gestão a contento como planejou.

    Todavia, numa Loja democrática, não faltarão Irmãos, que, com coerência e bom senso, tomarão partido do novo líder, e os mais habilidosos chegam ao ex e, com muito jeito, com parcimônia, tentam fazê-lo compreender a nova situação, o que, às vezes, não conseguem, havendo, até, em certos casos, uma cisão em Loja. Muitas novas Lojas foram fundadas por ex-veneráveis que não souberam respeitar a nova liderança. Esse é um fato inconteste.

    Esse apego ao poder é algo que o ex-venerável, às vezes, não pode controlar, porque não estava preparado, quando exerceu seu mandato, para, um dia, deixá-lo como só acontecer nos regimes democráticos. E uma Loja maçônica não tem dono, justamente, por ser uma democracia. Ele se achou venerável, e não entendeu que, apenas, estava venerável. Acha que continua venerável.

    Esse tema abre um leque mais profundo em relação à analise do poder em Lojas e como ele é manipulado.

    Esse tipo de dono de Loja não é o pior entrave para ela. O pior ex-venerável é aquele tipo de irmão matreiro, político, de fala mansa, que sorri para todo mundo, abraça a todos três vezes e se derrete em falsos elogios aos Irmãos do quadro, procedendo assim porque é uma das suas estratégias para se manter no poder eternamente. Ele se vale de bonecos ou títeres para cobrir uma gestão, pois, por imposições das Constituições das Potências, ele não pode se reeleger mais de uma ou duas vezes. Em seguida, volta gloriosamente na próxima. Mas, durante a gestão de seu preposto, quem dirigirá a Loja, de fato, será ele. Não de direito, mas de fato. Tomará todas as decisões, e o venerável de plantão cumprirá rigorosamente o que o seu chefe determinar. Geralmente, tem o seu grupo, formado por comparsas coniventes, que, antecipadamente, já decidiu quem será o venerável para os próximos seis ou oito anos, mas, sempre, ele voltando após as gestões de seus substitutos arranjados, ou, então, apenas, preferirá ser o chefe por trás, nos bastidores, mandando em tudo e por muito tempo.

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    mailto:[email protected]

  • No fundo, a sede de poder nada mais é que uma autoafirmação, insegurança, incapacidade de ser transparente com seus semelhantes e com o meio em que vive vaidoso e mentiroso, geralmente, tendo uma visão unilateral dos processos de interação entres os Irmãos, tornando sua personalidade a de um verdadeiro psicopata social. Não sabe mais discernir os seus limites. Não tem sentimentos. Chega a ser uma doença, um desvio de personalidade e de comportamento.

    Isso não é bazófia ou piada; realmente, acontece na Maçonaria Brasileira num índice maior do que se pode imaginar, mas não como rotina. Infelizmente, essa situação vem ocorrendo, e muitos irmãos fingem não a ver, porque os membros de Lojas, com exceção de verdadeiros maçons, agem passivamente como cordeiros, esquecendo que uma Loja, aberta em sessão, é uma tribuna livre onde ideias são criadas, sonhos são idealizados e podem mover o mundo. Um verdadeiro laboratório social, que pode mudar tudo para melhor. Por isso, todos os problemas devem ser discutidos, e todos devem participar.

    Uma situação esdrúxula aconteceu em uma Loja cujo nome será omitido. Um Irmão, desses tipos de donos de Loja, fez a sua votar o título de “venerável perpétuo” para ele. Até aí, nada de mais, a Loja votou, está votado. Mas ele exigia que a Loja só abrisse os trabalhos em suas sessões normais quando ele estivesse presente. E atrasava sempre, cerca de cinco a dez minutos. E aí a sessão começava. Isso é o cúmulo da hipocrisia, tanto desse sociopata ex-venerável como da Loja que aceitava tal situação. Pasmem! Parece uma estória inventada, mas não é. É verídico!

    Mas é bom que se frise que a maioria dos ex-veneráveis não se enquadram nessa descrição. Existem, ainda,

    muitos bons maçons na Ordem. Felizmente, a maioria. São Irmãos excelentes, preparados, humildes, sabem qual é o seu lugar dentro de uma Loja, bons conselheiros, conhecem o peso de um malhete, porque já o manejaram quando foram veneráveis. Aprenderam a mais ouvir que falar.

    A Maçonaria valoriza a Dialética, arte do dialogo, ou a discussão, como força de argumentação permitindo que se contrariem ideias, que elas sejam discutidas em todos os sentidos e que, dessa situação, nasça digo concreto, inteligente e perfeito, uma verdadeira síntese de tudo o que foi tratado, desde que venha a favor da Ordem e da humanidade. Ela prega a igualdade e a liberdade de pensamento entre seus adeptos.

    Essa situação de dono de Loja é uma das causas maiores do afastamento de muitos honrados irmãos da Ordem. Se um irmão, sem medo, com coragem falar em nome da democracia e dos verdadeiros princípios da Ordem, e isso ferir os desígnios desses déspotas, esse será marcado, perseguido e discriminado.

    Considerando-se que temos cerca de seis ou sete mil Lojas no Brasil, que a natureza humana é complexa e estranha, que muitos homens possuem a síndrome do poder em função de seu DNA animalesco, onde um quer ser o dominante sobre o outro, ou sobre os outros, imagine-se o número de Irmãos que agem dessa maneira. Geralmente essas pessoas são inseguras, não são felizes, não estão de bem com a vida, e essa forma de querer exercer um suposto poder sobre os outros é sua maneira de tentar equilibrar seus próprios defeitos.

    A síndrome do poder, também, chamada de síndrome do pequeno poder, é uma atitude de autoritarismo por parte de um individuo que recebeu um poder e tenta usá-lo de forma absoluta e imperativa,

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    http://www.reinaldocarbonieri.com.br/http://studiodeartesallegro.flogme.com.br/

  • sem se preocupar com os problemas dicotomizados que possam vir a ocasionar. A síndrome do pequeno poder pode se tornar uma patologia, quando se torna crônica. Existem aqueles Irmãos que, mesmo longe do poder, pensam que o possui. Quando a realidade lhe é mostrada, entram em depressão.

    Mas a Maçonaria prega, justamente, o contrário. É democrática. Quando se fala de vencer as paixões, significa que o maçom deve fazer prevalecer seu consciente racional sobre as programações erradas de seu subconsciente, ou seja, sobre a parte ruim que o ser humano tem dentro de si. Segundo São Francisco de Assis, é o “burro” ou a “besta”, que o ser humano carrega dentro de sua consciência. Uma das condições mais exigidas pelos princípios maçônicos é, justamente, você fazer prevalecer seu lado bom, vencendo o seu lado mau.

    A condição para um irmão ser venerável, em primeiro lugar, é que ele tenha merecimentos pessoais e

    que tenha um conhecimento profundo da ciência maçônica em todos os seus segmentos, tais como história da Ordem, ritualística, simbologia, administração, legislação e justiça, sendo tudo isso associado à sua capacidade de liderança.

    Evidentemente, a Maçonaria terá que renovar seus líderes, para que novas ideias, novos postulados, novos rumos e até novos paradigmas sejam estudados, adotados e postos em ação.

    Todavia, correrá o famoso risco: “você quer conhecer um maçom? Dê-lhe poder”.

    Por fim, enfatiza-se que, esse trabalho foi escrito para uma minoria de Irmãos, gananciosos do poder. Ressalvem-se aqueles Irmãosm ex-Veneráveis, pessoas intocáveis que não se enquadram nesse contexto. Felizmente, a maioria. Esses são os sustentáculos da Ordem.

    REVISTA ARTE REAL VV ERSÃOERSÃO I I MPRESSAMPRESSA

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    francisco.feitosa.da.fonseca

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  • TRABALHOSS∴S∴S∴ e S∴F∴U∴

    Autor ignorado uas siglas, com significações diferentes, que merecem um estudo especial, diante das constantes demonstrações de dúvidas, não apenas

    quanto às respectivas significações, mas, também, quanto ao uso correto de cada uma. Face à quantidade crescente de informações sobre o tema, torna-se interessante buscar um aprofundamento no assunto, visando, dessa forma, a não se expor a situações vexatórias diante daqueles que dominam o conhecimento da origem e dos Ritos a que se subordinam

    DD

    De conformidade com informações dadas por Maçons mais antigos, grande parcela dos erros cometidos em relação a essas Siglas ou formas abreviadas é atribuída aos Secretários das Lojas, alguns dos quais, durante a leitura do expediente, das pranchas recebidas com essas abreviaturas, por desconhecerem a sua exata significação, pronunciavam, de forma rápida, em relação aos três “SS” (S∴S∴S∴), o seguinte: saúde, saúde, saúde ou, ainda, salve, salve, salve, formas que causavam indignação àqueles que conheciam a representação exata das ditas letras.

    Segundo José Wilson Ferreira Sobrinho, em sua obra Legislação Maçônica, publicada pela Editora Maçônica “A Trolha”, foge à lógica que algum Maçom possa valer-se da repetição, por três vezes seguidas, de um mesmo termo de significação repetitiva, em que pese, como dizia o saudoso Castellani, os modismos e achismos que se instalaram na Maçonaria, para corresponder

    a uma saudação, a um cumprimento relativo à maneira de introitos vocativos epistolares. Destarte, não há que se conceber válidas quaisquer das traduções supradestacadas, isto é, saúde, saúde, saúde ou salve, salve, salve, entretanto há escritores e dicionaristas maçônicos, que aprovam a tradução ou a significação de S∴S∴S∴ como sendo saúde, saúde, saúde, a exemplo de Joaquim Gervásio de Figueiredo, à p.486, do Dicionário de Maçonaria, editado em São Paulo , pela Editora Pensamento.

    Ainda, em conformidade com José Wilson Ferreira Sobrinho, dedicando-se o devido

    respeito a essa opinião do Dicionarista, não é recomendável

    aceitar-se tal concepção, por não corresponder a uma

    saudação epistolar maçônica, mas

    simplesmente vulgar, talvez criada por aqueles secretários de que falamos, para encontrar satisfação, ainda que aparente, da significação dos três “SS”.

    O dicionarista, no item

    2 (dois), da explicação dicionária, refere-se ao

    grau 28 (vinte e oito) dos Graus Filosóficos,

    Cavaleiro do Sol, uma homenagem ao Sol,

    infundidor de calor da alma e de luz da inteligência, imagem tangível

    da divindade. Essa imagem do Sol ocupa o centro de um triângulo inscrito em

    um círculo, contendo em cada ângulo um “S”. Portanto, três “SS”. Estes “SS”, significando, respectivamente, “Stella”, “Sedet” e “Soli” e, também, “Scientia”, “Sabedoria”, “Santidade”, (idem, ibidem), sendo que a primeira pode ser considerada pela seguinte tradução: “Na terra, a estrela está sempre presente”; maçonicamente, pode ser interpretada:

    Revista Arte Real 65 7

    http://www.ocadostapuias.com.br/http://www.mantega.com.br/

  • enquanto o homem permanece na realidade material (terra), deve alçar-se na direção do mundo espiritual (estrela), ou para referir que existe um elo entre o homem, representando a terra e a esfera metafísica, representando a estrela. Mas esses três “SS” nada têm, pois, a ver com a forma abreviada S∴S∴S∴, já que é uma saudação vocativa e não verbal; quanto às três letras “S”, nos ângulos do triângulo, corresponde uma delas ao verbo Sedere, utilizado na forma verbal Sedet, que inviabilizaria a saudação epistolar, por não ser vocativa e, ainda, por ser uma importação dos Altos Graus, incompatível com os Graus Simbólicos.

    Infere-se, desse modo, que a significação das três letras ”S” tem sido desviada pela maioria dos Maçons da sua verdadeira significação. Nem é saúde, saúde, saúde, e nem salve, salve, salve.

    No julgamento de que a tradução das letras S∴S∴S∴ tem sido deturpada, desfigurada, modificada, deformada, descaracterizada, etc., pela, pasmem, maioria dos Irmãos de todos os ritos que as usam e as traduzem, por “saúde, saúde, saúde”, ou por “salve, salve, salve”, cumpre-nos referir que a significação real não corresponde às traduções acima apresentadas.

    Estas três polêmicas (porque alguns assim as fazem) letrinhas significam, abreviadamente, a princípio, as três colunas de sustentação do Templo Maçônico, que assim se escreviam no antigo e maravilhoso Latim, as quais, em ordem alfabética, teriam a seguinte disposição: “Salus”, “Sapientia”, “Stabilitas”. Contudo, considerando a hierarquia a que as colunas representativas dos sustentáculos da Loja estão subordinadas, tais palavras da expressão latina passaram a ser traduzidas, na significação dos S:.S:.S:., na seguinte ordem: “Sapientia”, “Salus”, “Stabilitas”.

    Sabedoria, Saúde, Estabilidade - O que podemos entender como correspondentes de cada uma dessas palavras? Por “Sapientia”, entendemos, ciência, cognição, compreensão, conhecença, conhecimento, consciência, cultura, domínio, educação, entendimento, equilíbrio,

    erudição, estudo, experiência, gnose, ilustração, informação, instrução, luz, juízo, percepção, proficiência, razão, reflexão, saber, sensatez e tantos outros vocábulos, que traduzem a extensão de tudo quanto se espera daquele que representa a coluna da Sabedoria, isto é, o Venerável Mestre.

    Por “Salus”, entendemos bem-estar, disposição, energia, higidez, resistência, robustez, saúde, vitalidade e mais algumas acepções, que consubstanciam a Força, ou seja, o Primeiro Vigilante.

    Por “Stabilitas”, entendemos, no aspecto de moral, calma, constância, continuidade, duração, equilíbrio, estabilidade, firmeza, fixidez, harmonia, imobilidade, impassibilidade, imperturbabilidade, imutabilidade, invariabilidade, manutenção, permanência, preservação, segurança, serenidade, solidez, subsistência e tranquilidade, requisitos que caracterizam a Beleza, isto é, o Segundo Vigilante.

    Daí, infere-se que, em um Templo, inteira e adequadamente composto, vemos, por essa razão, as três colunas de Minerva, Hércules e Vênus, que correspondem, respectivamente à Sabedoria, à Força e à Beleza, ou “Sapientia”, “Salus” e “Stabilitas” e, finalmente, aos Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes, representados por S∴S∴S∴.

    Como eu pratico o R∴E∴A∴A∴, resta-me lembrar a todos os Maçons, que, também, praticam-no, que essas palavras são apostas no início dos Documentos Maçônicos e pronunciadas com vigor, ao se encerrar a Cadeia de União , respeitando, na Mesma, a ordem Latina, isto é, Saúde (“Salus”), Sabedoria (“Sapientia”) e Segurança (“Stabilitas”).

    Registre-se, outrossim, que muitos Maçons, por desconhecerem os ritos existentes e suas origens, usam, de forma errônea, as palavras S∴F∴U∴ , que significam Saúde, Força e União e nunca pertenceram ao R∴E∴A∴A∴, mas ao Rito de Emulação (York), não devendo, portanto, ser usadas e pronunciadas no Rito Escocês Antigo e Aceito. Os que assim o fazem expõem-se ao ridículo perante outros, que têm o conhecimento da origem e do rito a que elas pertencem.

    ReflexõesREALIZE

    Autor ignorado oje pode ser para você um dia vitorioso em todos os sentidos. Pense com serenidade, saiba agir com prudência e domine todas as dificuldades com resolução e a mais absoluta confiança em si mesmo. Deixe que em você predomine, sempre, a decisão. Leve a efeito o que adotar, o que se propôs; realize sem vacilação seus planos adotados e preestabelecidos. HH

    Não deixe que o empurrem. Avance. Agora deve ser a sua palavra de ordem. Esse minuto, esse segundo mesmo é a realidade que se oferece de iniciar, oportunamente, o que precisa ser iniciado; de terminar o que iniciou; de corrigir o que foi

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    mailto:[email protected]:[email protected]

  • feito por engano; de tomar uma resolução há muito adiada; de recuperar o tempo perdido... Há algo por fazer? Pois o faça agora! Deve apresentar-se a alguém e isso o

    perturba? Vá, imediatamente, apesar do temor, ou melhor, por isso mesmo, e alegre-se pela oportunidade que se lhe apresentou para educar a vontade. Faça com que, em todo o decurso do dia, estampe-se, em seu rosto, um sorriso de otimismo, de capacidade e autoconfiança. Não se deixe abater nem por um minuto sequer; mantenha a calma qualquer que seja a situação que apareça.

    Experimente o prazer do triunfo pelas realizações que levar a efeito. Use todas as suas energias para que todos os seus trabalhos sejam realizados com êxito. Convença-se de que você pode mais do que realiza.

    Esse dia estará completo se, depois de terminadas as obrigações, quando se dispuser ao descanso, você puder dizer a si mesmo: "Hoje alcancei vitórias sobre mim mesmo; conservei minha vontade firme de um extremo a outro do dia; desejei e alcancei; projetei e realizei." Então... terá sido, para você, um dia vitorioso!

    Lançamentos“Indicamos aos nossos diletos leitores, como livro de cabeceira, a excelente obra de nosso Irmão e Amigo, Alfredo Roberto Netto, que, magistralmente, uniu seu vasto conhecimento com a arte de bem escrever, traduzindo-se em um livro que, levará o ávido leitor a profundas reflexões e, consequentemente, a um eterno aprendizado!” Feitosa.Os direitos autorais foram cedidos à Loja Maçônica União e Solidariedade - GLESP, acordado que o lucro advindo da venda se reverta para obras de Filantropia.?

    rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação bimestral (a partir de julho de 2012), fundada em 24 de

    fevereiro de 2007, com registro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, gratuitamente,

    via Internet, hoje, para 24.000 e-mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores. Sentimo-nos muitíssimo honrados em poder contribuir, de forma muito positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos repensarem quanto à importância do momento a que chamamos de “Quarto de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse altruístico trabalho!

    AA

    Editor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33ºRevisão Ortográfica: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ - 33º Colaborador nesta edição: Hercule Spoladore. Contatos: MSN - [email protected] / E-mail – [email protected] / Skype – francisco.feitosa.da.fonseca / (35) 3331-1288 / 8806-7175

    Suas críticas, sugestões e considerações são muito bem-vindas. Temos um encontro marcado na próxima edição!

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    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.qualizan.com.br/mailto:[email protected]