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FISIOTERAPIA NEUROANATOMIA – NEURÔNIOS 1. BIANCA AP. CARREGOSA RIBEIRO 2. CAROLINE SOARES DA SILVA 3. JORGE LUIS D.C JUNIOR 4. JULIA DE OLIVEIRA 5. LARISSA MARCON DE OLIVEIRA 6. MARIANA EVANGELISTA DA MOTA 7. PALOMA GUIMARÃES GONÇALVES 8. PRISCILA PANYAGUA BODOLATTO RA: C00909J-9 RA: C0645G-1 RA: C32FJB-5 RA: C3253J-0 RA: C320FE-5 RA: C01DAJ-3 RA: C20GAC-9 RA: C2675D-5 1

Neuro Anatomia

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Atividades de Neuro Anatomia UNIP

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FISIOTERAPIA

NEUROANATOMIA NEURNIOS

1. BIANCA AP. CARREGOSA RIBEIRO2. CAROLINE SOARES DA SILVA3. JORGE LUIS D.C JUNIOR4. JULIA DE OLIVEIRA5. LARISSA MARCON DE OLIVEIRA6. MARIANA EVANGELISTA DA MOTA7. PALOMA GUIMARES GONALVES 8. PRISCILA PANYAGUA BODOLATTORA: C00909J-9RA: C0645G-1RA: C32FJB-5RA: C3253J-0RA: C320FE-5RA: C01DAJ-3RA: C20GAC-9RA: C2675D-5

SANTOS RANGEL PESTANA2015FISIOTERAPIA

NEUROANATOMIA:NEURNIOS

Atividade complementar da matria de neuroanatomia, em fisioterapia apresentado Universidade Paulista UNIP.

Professor Juvenal Tadeu Canas Prado

SANTOS RANGEL PESTANA2015RESUMO

O sistema nervoso (SN) um aparelho nico do ponto de vista funcional: o sistema nervoso e o sistema endcrino controlam as funes do corpo praticamente sozinhas. Alm das funes comportamentais e motoras, o sistema nervoso recebe milhes de estmulos a partir dos diferentes rgos sensoriais e, ento, integra, todos eles, para determinar respostas a serem dadas pelo corpo, permitindo ao indivduo a percepo e interao com o mundo externo e com o prprio organismo.De fato, o sistema nervoso basicamente composto por clulas especializadas, cuja funo receber os estmulos sensoriais e transmiti-los para os rgos efetores, tanto musculares como glandulares. Os estmulos sensoriais que se originam no exterior ou no interior do corpo so correlacionados dentro do sistema nervoso, e os impulsos eferentes so coordenados, de modo que os rgos efetores atuam harmoniosamente, em conjunto, para o bem estar do indivduo. Ainda mais, o sistema nervoso das espcies superiores tem a capacidade de armazenar as informaes sensoriais recebidas durante as experincias anteriores. Em resumo, dentre as principais funes do sistema nervoso, podemos destacar:--Receber informaes do meio interno e externo (funo sensorial)--Associar e interpretar informaes diversas (funo cognitiva)--Ordenar aes e respostas (funo motora)--Controle do meio interno (devido a sua relao com o sistema endcrino)--Memria e aprendizado (funo cognitiva avanada)

ABSTRACTThe nervous system (NS) is a single unit from a functional point of view: the nervous system and the endocrine system controls body functions virtually alone. In addition to the behavioral and motor functions, the nervous system receives millions of stimuli from different sensory organs and then integrates them all to determine answers to be given by the body, allowing the individual perception and interaction with the outside world and with the body itself.In fact, the nervous system is basically composed of specialized cells whose function is to receive sensory stimuli and transmit them to the effectors organs, both muscular and glandular. The sensory stimuli originating outside or inside the body are correlated within the nervous system and the efferent impulses are coordinated so that the effectors organs operate seamlessly together for the well-being of the individual. Moreover, the nervous system of higher species has the ability to store the sensory information received during the previous experiences. In summary, among the main functions of the nervous system, we can highlight:--Receive information of the internal and external environment (sensory function)--Partner and interpret various information (cognitive function).--Order actions and responses (motor function)--Control the internal environment (due to its relationship with the endocrine system)--Memory and learning (advanced cognitive function

Sumrio1.INTRODUO12.NEURNIOS22.1.Base do sistema nervoso22.2.Esquema de um neurnio32.3.O funcionamento do neurnio32.4.Tipos de neurnios42.4.1.Receptores ou sensitivos (aferentes)52.4.2.Associativos ou conectores ou interneurnios52.4.3.Motores ou efetuadores (eferentes)52.5.Sinapses52.6.Sinapse eltrica72.7.Sinapse qumica73.AS NEURGLIAS83.1.Funes da neurglias83.2.Tipos de neurglia94.OS NERVOS94.1.Nervos cranianos114.2.Nervos espinhais125.AS TERMINAES NERVOSAS166.O TECIDO NERVOSO: A IMPORTNCIA CLNICA E FUNCIONAL176.1.Funes do tecido nervoso177. EMBRIOLOGIA E DIVISES DA ORGANIZAO GERAL DO SISTEMA NERVOSO177.1.Diviso do sistema nervoso com base em critrios anatmicos187.2.Diviso do sistema nervoso com base em critrios funcionais187.3.Diviso do sistema nervoso com base em critrios embriolgicos187.4.Componentes do sistema nervoso:197.4.Organizao morfofuncional do sistema nervoso198.MEDULA ESPINHAL20Torcicas (trax)21Lombossacrais (parte inferior das costas)229.Tronco enceflico2210.FORMAO RETICULAR2310.1.Conexes da formao reticular:2310.2.Funes da formao reticular:2310.2.1.Controle eferente da sensibilidade2410.2.2.Controle da motricidade somtica2410.2.3.Controle do sistema nervoso autnomo2410.2.4.Controleneuroendcrino2410.2.5.Controle da respirao2510.2.6.Controle vasomotor2511.CEREBELO2511.1.Lbulos do Cerebelo2612.HIPOTALAMO2712.1.Controle vegetativo e endcrino2812.2.Funo comportamental2913.TLAMO, SUBTLAMO EEPITLAMO.2913.1.Tlamo2913.1.1.Funes do Tlamo:3113.2.Subtlamo:3113.3.Epitlamo3114.NCLEOS DA BASE3214.1.Ncleo Caudado3314.2.Ncleo Lentiforme3314.3.Ncleo Amigdalide3314.4.Ncleos Basais de Meynert3314.5.Substncia negra e Ncleos subtalmico3415.6.Neurofisiologia3416.CORTEX CEREBRAL3416.1.Lobos cerebrais3417.O LOBO LMBICO3518.AS VIAS SENSORIAIS3519.AS VIAS MOTORAS3520.AS MENINGES3621.O LQUOR3622.O SISTEMA NERVOSO CENTRAL3722.1.O sistema nervoso central3722.2.Conceitos3722.3.Sistema nervoso visceral aferente3822.4.Sistema nervoso visceral eferente ou autnomo3922.5.Os centros nervosos viscerais3922.6.O sistema nervoso autnomo4022.7.Estrutura e divises4022.7.1.Neurnios Sensitivos autnomos:4122.7.2.Neurnios motores autnomos:4122.7.3.Repostas autnomas:4122.7.4.Vias motoras autnomas:4222.7.5.Atividades simpticas:4222.7.6.Atividades parassimpticas:4222.7.7.Neurnios pr-ganglionares:4222.7.8.Gnglios Autnomos Simpticos:4322.7.9.Gnglios Autnomos Parassimpticos:4322.7.10.Neurnios ps-ganglionares(ou seja, os gglios):4322.7.11.Plexos Autnomos:4322.8.O sistema nervoso simptico4422.9.Aspectos Anatmicos Sistema Nervoso Simptico (organizao dos gnglios do tronco simptico)4622.9.1.Tronco Simptico4622.9.2.O gnglio cervical superior4722.9.3.O gnglio cervical mdio e inferior4722.9.4.Ramos Comunicante4722.9.5.Filetes Vasculares e Nervos Cardacos do Sistema Nervoso Simptico:4822.9.6.Inervao Simptica da Pupila4823.O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPTICO5023.1.Aspectos Fisiolgicos5023.1.1.Gnglio ciliar:5123.1.2.Gnglio pterigopalatinos:5123.1.3.Gnglio tico:5123.1.4.Gnglio submandibular:5123.2.Parte Sacral do Sistema Nervoso Parassimptico5223.3.Nervos esplncnicos plvicos5224.O SISTEMA NERVOSO VISCERAL5324.1.Plexos5424.1.1.Plexos da Cavidade Torcica (Inervao do Corao):5424.1.2.Plexo cardaco:.5424.1.3.Plexos da Cavidade Abdominal:5424.1.4.Plexo celaco (ou solar):5424.1.5.Plexos secundrios pares:5424.1.6.Plexos secundrios mpares:5424.1.7.Plexos da Cavidade Plvica:5524.1.8.Plexo hipogstrico:5524.2.Inervao da Bexiga5524.3.Efetores Viscerais vias dos Gnglios do Tronco Simptico:5625.NERVOS ESPINAIS5625.1.Nervos Perifricos Ceflicos5626.NERVOS SIMPTICOS5726.1.Nervos Simpticos para o corao5726.2.Nervos simpticos para os pulmes5726.3.Nervos Esplncnicos5726.3.1.Nervos esplncnicos para os rgos abdominoplvicos5826.3.2.Nervos esplncnicos para a medula da glndula suprarrenal5827.SISTEMA NERVOSO AUTONOMO5927.1.Importncia clinica e funcional.6027.2.Desequilbrios homeostticos6127.3.Terminologia6228.RGOS DOS SENTIDOS6328.1.Olfao: sentido do olfato6328.1.1.Estrutura do epitlio olfatrio6328.1.2.Estimulao dos receptores olfatrios6428.1.3.A via olfatria6428.2.Gustao: sentido do gosto6528.2.1.Estruturas dos botes gustativos6528.2.2.Estimulao dos receptores gustativos6628.2.3.A via gustativa6728.3.Viso6728.3.1.Tnicas do bulbo do olho6928.3.1.1.Tnica fibrosa:6928.3.1.2.Tnica vascular:6928.3.1.3.Tnica interna:7028.3.2.Interior do bulbo do olho7228.3.2.1.Cmera anterior e posterior7228.3.2.2.Cmara postrema7228.3.3.Refrao dos raios luminosos7328.3.4.Acomodao7328.3.5.Constrio da pupila7428.3.6.Convergncia7428.3.7.Estimulao dos fotorreceptores7428.3.8.A via ptica7528.4.Audio7628.4.1.Estrutura da orelha7628.4.2.Via auditiva7729.RGOS DOS SENTIDOS: IMPORTANCIA CLNICA E FUNCIONAL7829.1.Hiposmia7829.2.Averso gustativa7929.3.Presbiopia7929.4.Cegueira noturna e daltonismo7929.5.Glaucoma7929.6.Doena de Mnire8030. CONCLUSO8131. REFERNCIAS82

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1. INTRODUO

O sistema nervoso um sistema de informaes que capita mensagens do meio interno e meio externo do corpo. O meio externo capita informaes do lado de fora do corpo como audio, viso entre outros, que podem ser chamados de rgos dos sentidos, os rgos internos capita informaes do lado de dentro do corpo como os rgos, o estresse uma reao que mandada para a clula e assim realizando sensaes de calor ou frio e assim chamado de homeostase.Os neurnios um processo de estmulos eltricos sendo responsveis pela atividade dos neurotransmissores especficos, pois cada neurotransmissor tem uma funo de enviar estmulos ao corpo, para que ocorra a transmisso dos neurnios necessrio o estimulo eltrico tanto aferente como eferente assim necessitando de um sistema de conduo as famosas sinapses, que so mensagens dos neurnios de forma eltrica transformadas em qumica para ser passada pelo corpo.

2. NEURNIOS

2.1. Base do sistema nervosoOs neurnios so clulas caractersticas do sistema nervoso que possuem a capacidade de estabelecer conexes entre si quando recebem estmulos do ambiente externo ou do prprio organismo. So responsveis por transmitir impulsos nervosos ao crebro. Temos cerca de 86 bilhes de neurnios e sua estrutura geralmente a mesma: h o corpo celular, que acomoda o ncleo e as organelas celulares; o axnio, uma prolongao nica, revestida de mielina (camada lipdica que atua na conduo dos impulsos nervosos) e responsvel por conduzir os impulsos; e os dendritos, que so ramificaes tanto do corpo celular quanto do axnio e realizam a comunicao entre os neurnios, por meio das sinapses. H trs tipos principais de neurnios: os sensoriais; os motores; e os interneurnios. Os neurnios sensoriais levam a informao captada do ambiente externo at o sistema nervoso, por meio dos receptores de estmulos (sejam eles mecnicos ou qumicos). Os interneurnios, grupo de neurnios mais numeroso, transmitem o sinal dos neurnios sensoriais ao sistema nervoso central. Os motores conduzem a resposta ao estmulo recebido, do sistema nervoso central ao rgo ou tecido estimulado. A comunicao entre os neurnios ocorre na fenda sinptica (espao entre os neurnios) que, no momento da transmisso da informao, preenchida por neurotransmissores, substncias qumicas armazenadas em vesculas nos dendritos e que provocam reaes nos tecidos. Cada neurotransmissor produz um efeito, e cada neurnio possui diversos tipos de substncias qumicas, ou seja, um neurnio pode provocar diversas reaes dependendo do estmulo recebido. O neurnio (portugus europeu) ou neurnio (portugus brasileiro) a clula do sistema nervoso responsvel pela conduo do impulso nervoso. H cerca de 86 bilhes (at 20 de fevereiro de 2009 se especulava que havia 100 bilhes) de neurnios no sistema nervoso humano. O neurnio constitudo pelas seguintes partes: corpo celular, o ncleo celular, dendritos (prolongamentos numerosos e curtos do corpo celular, receptores de mensagens), axnio (prolongamento que transmite o impulso nervoso vindo do corpo celular) e telodendrito. O neurnio pode ser considerado a unidade bsica da estrutura do crebro e do sistema nervoso. A membrana exterior de um neurnio toma a forma de vrios ramos extensos chamados dendritos, que recebem sinais eltricos de outros neurnios, e de uma estrutura a que se chama um axnio que envia sinais eltricos a outros neurnios. O espao entre o dendrito de um neurnio e os telodendritos de outro o que se chama uma fenda sinptica: os sinais so transportados atravs das sinapses por uma variedade de substncias qumica chamada neurotransmissora. O crtex cerebral um tecido fino composto essencialmente por uma rede de neurnios densamente interligados tal que nenhum neurnio est a mais do que algumas sinapses de distncia de qualquer outro neurnio. Os neurnios recebem continuamente impulsos nas sinapses de seus dendritos vindos de milhares de outras clulas. Os impulsos geram ondas de corrente eltrica (excitatria ou inibitria, cada uma num sentido diferente) atravs do corpo da clula at a uma zona chamada, zona de disparo, no comeo do axnio. a que as correntes atravessam a membrana celular para o espao extracelular e que a diferena de voltagem que se forma na membrana determina se o neurnio dispara ou no.

2.2. Esquema de um neurnioOs neurnios caracterizam-se pelos processos que conduzem impulsos nervosos para o corpo, e do corpo para a clula nervosa. Os impulsos nervosos so reaes fsico-qumicas que se verificam nas superfcies dos neurnios e seus processos. Reaes semelhantes ocorrem em muitos outros tipos de clulas, mas elas so mais notveis nos neurnios, cujos caracteres estruturais se destinam a facilitar a transmisso dos impulsos a grandes distncias. A cromatina nuclear escassa, enquanto que o nuclolo muito proeminente. O DNA est presente na cromatina sexual, que maior em neurnios de indivduos do sexo feminino. A substncia cromidial no citoplasma chamada de substncia de Nissl. microscopia eletrnica mostra-se disposta em tubos estreitos recobertos de finos grnulos. Estudos histoqumicos e outros demonstraram na constituda de nucleoprotenas. Estas nucleoprotenas diminuem durante a atividade celular intensa e durante a cromatlise que se segue seco de axnios. (conforme a figura 1).

Figura 1

2.3. O funcionamento do neurnioO neurnio uma clula altamente especializada na transmisso de informaes, na forma de impulsos nervosos. Os impulsos nervosos so fenmenos eletroqumicos que utilizam certas propriedades e substncias da membrana plasmtica, que permitem que seja criado e transmitido um impulso eltrico. Um neurnio em repouso uma clula que possui uma diferena de voltagem entre o seu citoplasma e o lquido extracelular. Esta diferena de voltagem criada graas ao acmulo seletivo de ons potssio (K+) e sdio (Na+), que ocorre pela ao de bombas que criam uma diferena de concentrao. Esta diferena de concentrao controlada por canais de K+ e de Na+, gerando uma tenso negativa (de -58mV no interior de neurnios humanos), que pode variar entre espcies. Este estado de equilbrio (ou estado de polarizao do neurnio) duro at o momento em que um potencial de ao abre os canais de K+ e de Na+, alterando a concentrao destes ons. Esta modificao gera um potencial positivo dentro do neurnio, chegando aos +40mV ou mais (dependendo do organismo estudado). Este desequilbrio gera um efeito cascata, que o potencial de ao. Usualmente o potencial de ao inicia no comeo no axnio (zona de disparo) e se propaga at as vesculas sinpticas, gerando a descarga de neurotransmissores. Aps ter ocorrido o potencial de ao, imediatamente os canais de K+ e de Na+ comeam a restabelecer o equilbrio anterior, com uma tenso negativa no interior do neurnio e positiva fora dele. O neurnio precisa, ento, de um brevssimo tempo para reconstituir seu estado pr-descarga, e durante este tempo ele no consegue efetuar outro potencial de ao. Este perodo de latncia chama-se perodo refratrio. Logo em seguida, o neurnio adquire sua capacidade para efetuar outro potencial de ao, estabelecendo um ciclo. (conforme figura 2) Transmisso de informao pelos impulsos nervosos

Figura 2

2.4. Tipos de neurnios

2.4.1. Receptores ou sensitivos (aferentes)Receptores ou sensitivos so os neurnios que reagem a estmulos exteriores e que despertam a reao a esses estmulos, se necessrio. A sua constituio um pouco diferente dos outros dois tipos de neurnios. De um lado do axnio tem os sensores que captam os estmulos. Do outro lado possui os dendritos. O corpo celular localiza-se perto do axnio, estando ligado a este por uma ramificao do axnio, assumindo um pouco o aspecto de um balo.

2.4.2. Associativos ou conectores ou interneurniosO grupo de neurnios mais numeroso. Como o nome indica, estes neurnios transmitem o sinal desde os neurnios sensitivos ao sistema nervoso central. Liga tambm neurnios motores entre si. Neste tipo de neurnios o axnio bastante reduzido, estando o corpo celular e os dendritos ligados diretamente arborizao terminal, onde se localizam os telodendritos.

2.4.3. Motores ou efetuadores (eferentes)Este tipo de neurnio tem a funo de transmitir o sinal desde o sistema nervoso central ao rgo efetor (que se move), para que este realize a ao que foi ordenada pelo encfalo ou pela medula espinhal. Este o neurnio que tem o aspecto mais familiar.

2.5. SinapsesA atividade eltrica de um neurnio, distribuda por seu axnio, pode se espalhar diretamente a neurnios vizinhos que tenham contato fsico (portanto eltrico) com aquele neurnio. Isso acontece com bastante frequncia no sistema nervoso durante a gestao. No entanto, a maioria dos neurnios no sistema nervoso da criana ou adulto no tem continuidade eltrica entre si: ao contrrio, eles so separados por fendas, o que impede a passagem de eletricidade diretamente de um para o outro. O que permite que a atividade eltrica de um neurnio influencie a atividade eltrica do neurnio seguinte a transmisso sinptica, o processo de transformao de um sinal eltrico em um sinal qumico, e deste sinal qumico de volta em um sinal eltrico - agora, no neurnio do outro lado da sinapse. A sinapse, portanto, esse local onde a atividade de um neurnio capaz de influenciar a atividade do outro neurnio. (conforme figura 3)

Figura 3

No neurnio pr-sinptico (ou seja, o que transmite sinal), a chegada de um potencial de ao (o sinal eltrico) extremidade do axnio provoca uma alterao em protenas sensveis voltagem da membrana celular. Isso leva entrada de clcio no terminal pr-sinptico, o que por sua vez faz com que vesculas contendo substncias qumicas se fusionem com a membrana da clula, liberando seu contedo do lado de fora do terminal - ou seja, na fenda sinptica. Essas substncias liberadas so os neurotransmissores, ou neuromoduladores, dependendo de sua ao sobre a clula ps-sinptica. A clula ps-sinptica (a que recebe sinais) possui receptores em sua membrana: protenas que detectam a presena de neurotransmissores ou neuromoduladores e mudam sua forma como resultado, disparando assim mudanas qumicas e/ou eltricas no neurnio ps-sinptico. No caso ilustrado, a ligao do neurotransmissor ao receptor faz com que este se abra, formando um canal na membrana do neurnio ps-sinptico. A abertura de vrios canais ao mesmo tempo provoca uma modificao na voltagem do neurnio ps-sinptico que propagada at o corpo da clula, onde fica o ncleo. Se um nmero suficiente de sinapses - de um s neurnio pr-sinptico, ou, mais comumente, de vrios neurnios pr-sinpticos ao mesmo tempo - forem acionados e produzirem uma mudana grande o suficiente na voltagem da clula ps-sinptica, esta pode chegar a disparar potenciais de ao e, assim, passar o sinal adiante para outros neurnios. Ao mesmo tempo em que a transmisso sinptica segue adiante do neurnio ps-sinptico, o neurnio pr-sinptico reconstri suas vesculas sinpticas e as enche de novo, com neurotransmissor novo e tambm com as molculas recolhidas (recaptadas) do espao sinptico. Disso feito o funcionamento do crebro: da transmisso constante de sinais eltricos e qumicos de um lado para outro. O que voc faz, pensa ou sente a cada instante depende de quais neurnios esto mais ou menos ativos a cada instante. (conforme figura 4)

Figura 4

2.6. Sinapse eltricaUma juno de fendas. Neuritos de duas clulas conectadas a maioria das sinapses dos mamferos so sinapses qumicas, mas existe uma forma simples de sinapse eltrica que permite a transferncia direta da corrente inica de uma clula para a clula seguinte. As sinapses eltricas ocorrem em locais especializados chamados junes. Elas formam canais que permitem que os ons passem diretamente do citoplasma de uma clula para o citoplasma da outra. A transmisso nas sinapses eltricas muito rpida; assim, um potencial de ao no neurnio pr-sinptico, pode produzir quase que instantaneamente um potencial de ao no neurnio ps-sinptico. Sinapses eltricas no sistema nervoso central de mamferos so encontradas principalmente em locais especiais onde funes normais exigem que a atividade dos neurnios vizinhos seja altamente sincronizada. Embora as junes sejam relativamente raras entre os neurnios de mamferos adultos, eles so muito comuns em uma grande variedade de clulas no neurais, inclusive as clulas do msculo liso cardaco, clulas epiteliais, algumas clulas glandulares, glia, etc. Elas tambm so comuns em vrios invertebrados.

2.7. Sinapse qumicaNesse tipo de sinapse, o sinal de entrada transmitido quando um neurnio libera um neurotransmissor na fenda sinptica, o qual detectado pelo segundo neurnio atravs da ativao de receptores situados do lado oposto ao stio de liberao. Os neurotransmissores so substncias qumicas produzidas pelos neurnios e utilizadas por eles para transmitir sinais para outros neurnios ou para clulas no neuronais (por exemplo, clulas do msculo esqueltico, miocrdio, clulas da glndula pineal) que eles inervam. A ligao qumica do neurotransmissor aos receptores causa uma srie de mudanas fisiolgicas no segundo neurnio que constituem o sinal. Normalmente a liberao do primeiro neurnio (chamado pr-sinptico) causada por uma srie de eventos intracelulares evocados por uma despolarizao de sua membrana, e quase que invariavelmente quando um potencial de ao gerado. Sinapse. Quando um impulso eltrico ao viajar para a "cauda" da clula, chamado axnio, chega a seu trmino, ele dispara vesculas que contm um neurotransmissor as quais se movem em direo a membrana terminal. As vesculas se fundem com a membrana terminal para liberar seus contedos. Uma vez na fenda sinptica (o espao entre dois neurnios) o neurotransmissor pode ligar-se aos receptores (protenas especficas) na membrana de um neurnio vizinho.

3. AS NEURGLIASEngana-se se pensa que no crebro humano s existem neurnios. Ele est repleto de outro tipo de clulas, a neurglia. Estas clulas, sobre as quais ainda poucas certezas se tm, assumem um papel extremamente importante na proteo e alimentao dos neurnios, assim como podero (de acordo com novas pesquisas) atuar na comunicao dos estmulos e mensagens do sistema nervoso central.Geralmente designadas por neurglias, glias ou clulas gliais, as neuroglias so clulas que fazem parte do sistema nervoso central, embora sendo no neuronais. Por norma, as neuroglias so arredondadas ou em forma estrelada com prolongaes, envolvendo diferentes estruturas de tecido. Estas clulas, sobre as quais ainda poucas certezas se tm, assumem um papel extremamente importante na proteo e alimentao dos neurnios, assim como podero (de acordo com novas pesquisas) atuar na comunicao dos estmulos e mensagens do sistema nervoso central. Estas clulas, sobre as quais ainda poucas certezas se tm, assumem um papel extremamente importante na proteo e alimentao dos neurnios, assim como podero atuar na comunicao dos estmulos e mensagens do sistema nervoso central. Estas clulas existem no crebro em nmero superior ao dos neurnios e desempenham um importante papel na sua preservao.

3.1. Funes da neurglias

As neurglias assumem diferentes funes no sistema nervoso. H muito que se sabe que elas cercam os neurnios, mantendo-os fixos, cada um no seu lugar, e fornecendo-lhes o oxignio e os nutrientes que necessitam. Na verdade, pode dizer-se que o papel destas clulas fixar e alimentar os neurnios humanos. No entanto, ao contrrio do que os cientistas defenderam durante vrias e vrias dcadas, elas tm outro papel relevante. De fato, no cabe apenas aos neurnios participar na transmisso de sinais que ocorre no sistema nervoso. Segundo novos estudos, realizados recentemente, as clulas gliais tambm comunicam entre elas e com os prprios neurnios, sendo perfeitamente capazes de alterar os sinais das clulas nervosas nas fendas sinpticas que existem entre os neurnios e podendo inclusivamente influenciar o local onde se formam as sinapses. Ao que tudo indica, as neurglias participam, de forma ativa, nas chamadas transmisses sinpticas, regulando a libertao de neurotransmissores e mesmo libertando-os, tal como ao ATP que, por sua vez, modela as funes pr-sinpticas. A ser verdade, esta funo faz com que as neurglias tenham um papel crucial na capacidade de aprender e construir memrias. Do mesmo modo, sero relevantes para a recuperao de leses neurolgicas. Alm de servirem para cercar, isolar e alimentar os neurnios e de participarem na transmisso de estmulos e mensagens, as clulas gliais tem igualmente como funo destruir patgenos e remover os neurnios mortos, assim como manter a homeostase e formar a mielina. So elas que fabricam as molculas que alteram ou inibem o crescimento de dendrites e axnios, promovendo a reparao de clulas lesadas.

3.2. Tipos de neurgliaAs neurglias dividem-se em vrios tipos, cada um deles assumindo pequenas distines nas suas funes. Em primeiro lugar, as clulas gliais so repartidas em dois grandes grupos: as microglias e as macroglias. As microglias so compostas por macrfagos especializados que assumem o importante papel de proteger os neurnios, sendo capazes de fagocitar corpos estranhos. Tal como o nome sugere, so as neurglias com menor tamanho e corresponde acerca de 15% das clulas de todo o tecido nervoso. Tambm as clulas de Schwann e as clulas ependimrias fazem parte da microglia. J a macroglia constitui-se por trs grupos de clulas: os astrcitos, os glioblastose os oligodendrcitos. So justamente os astrcitos que tm por funo produzir mielina e inibir o crescimento de axnios lesados, protegendo, assim, os neurnios saudveis.

4. OS NERVOSO nervo uma estrutura anatmica formada por mltiplos axnios e dendritos neuronais, responsvel pela transmisso do impulso eltrico nervoso. Um nervo um conjunto de fibras nervosas que conduz impulsos entre o sistema nervoso central e diversas partes do corpo. Este conjunto tem a forma de um cordo esbranquiado e tem a capacidade de transmitir ondas eltricas (os impulsos nervosos ou potenciais de ao) a grande velocidade. De um modo geral, o impulso nervoso nasce no corpo celular de um neurnio e passa do axnio para o extremo; atravs da sinapse, consegue transmitir-se para outro neurnio. Existem diversos tipos de nervos. Os nervos aferentes so aqueles que levam os sinais sensoriais da pele ou outros rgos para o crebro. Os nervos eferentes, por sua vez, transferem o impulso desde o crebro at as glndulas e aos msculos. De acordo com a sua origem, os nervos podem ser cranianos (nascem no bolbo ou no encfalo), raqudeos (originados na medula espinal) ou do sistema nervoso simptico. Relativamente sua funo, destacaremos os nervos sensoriais (transmitem estmulos dos rgos dos sentidos), os motores ou centrfugos (levam as ordens de movimento para os msculos e as glndulas), os sensitivos ou centrpetos (conduzem as excitaes externas para os centros nervosos) e os mistos (funcionam como motores e sensitivos). Por outro lado, o conceito de nervos costuma fazer referncia tenso ou agitao emocional que experimenta uma pessoa. Por exemplo: Os nervos no me deixaram dormir durante toda a noite, Estava com os nervos de tal forma que no fui capaz de pronunciar uma nica palavra, Estou com os nervos flor da pele! De forma simplificada, podemos entender que cada nervo envolvido por um tubo de tecido conjuntivo (chamado epineuro) e que este, possui vrios fascculos nervosos que esto envolvidos por outra camada de tecido conjuntivo (perineuro) que est revestida de uma terceira camada de tecido conjuntivo chamado endoneuro. As fibras nervosas so formadas por um axnio e suas bainhas envoltrias. As fibras nervosas dividem-se em dois tipos: as Amielnicas (axnios pequenos que possuem apenas uma dobra de mielina) e as Mielnicas (axnios de grande calibre que apresentam muitas dobras de bainha de mielina). A regio em que no apresenta mielina conhecida como ndulo de Ranvier, e atravs desta regio que o impulso nervoso propagado. (conforme figura 5)

Figura 5: Nervos e suas funes

4.1. Nervos cranianosNervos cranianos so os que fazem conexo com o encfalo. Sua maioria liga-se ao tronco enceflico, exceto os nervos olfatrio e o ptico, que se ligam respectivamente ao telencfalo e ao diencfalo. As fibras dos nervos cranianos podem ser classificadas em aferentes e eferentes. Os dois tipos de fibras (aferentes e eferentes) so divididos em somticas e viscerais que podem ser gerais ou especficas. Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura especfica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal. As fibras motoras ou eferentes dos nervos cranianos originam-se de grupos de neurnios no encfalo, que so seus ncleos de origem. Eles esto ligados com o crtex do crebro pelas fibras corticonucleares que se originam dos neurnios das reas motoras do crtex, descendo principalmente na parte genicular da cpsula interna at o tronco do encfalo. Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurnios situados fora do encfalo, agrupados para formar gnglios ou situados em perifricos rgos dos sentidos. Os ncleos que do origem a dez dos doze pares de nervos cranianos situam-se em colunas verticais no tronco do encfalo e correspondem substncia cinzenta da medula espinhal. De acordo com o componente funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em motores, sensitivos e mistos. Os motores (puros) so os que movimentam o olho, a lngua e acessoriamente os msculos ltero-posteriores do pescoo. So eles:

III - Nervo Oculomotor IV - Nervo Troclear VI - Nervo Abducente XI - Nervo Acessrio XII - Nervo HipoglossoOs sensitivos (puros) destinam-se aos rgos dos sentidos e por isso so chamados sensoriais e no apenas sensitivos, que no se referem sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais so: I - Nervo Olfatrio II - Nervo ptico VIII - Nervo VestibulococlearOs mistos (motores e sensitivos) so em nmero de quatro: V - Trigmeo VII - Nervo Facial IX - Nervo Glossofarngeo X - Nervo VagoCinco deles ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crnica perifrica do sistema autnomo. So os seguintes: III - Nervo Oculomotor VII - Nervo Facial IX - Nervo Glossofarngeo X - Nervo Vago XI - Nervo Acessrio

4.2. Nervos espinhaisSo aqueles que fazem conexo com a medula espinhal e so responsveis pela inervao do tronco, dos membros superiores e partes da cabea. So ao todo 31 pares, 33 se contados os dois pares de nervos coccgeos vestigiais, que correspondem aos 31 segmentos medulares existentes. So oito pares de nervos cervicais, 12 torcicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccgeo.Relao das Razes Nervosas com as VrtebrasCada nervo espinhal formado pela unio das razes dorsal (sensitiva) e ventral (motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos laterais posteriores e laterais anteriores da medula atravs de filamentos radiculares.A raiz ventral emerge da superfcie ventral da medula espinhal como diversas radculas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes prximos ao forame intervertebral.A raiz dorsal maior que a raiz ventral em tamanho e nmero de radculas; estas se prendem ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para formar dois feixes que penetram no gnglio espinhal.As razes ventral e dorsal unem-se imediatamente alm do gnglio espinhal para formar o nervo espinhal, que ento emerge atravs do forame interespinhal.O gnglio espinhal um conjunto de clulas nervosas na raiz dorsal do nervo espinhal. Tem forma oval e tamanha proporcional raiz dorsal na qual se situa. Est prximo ao forame intervertebral.Formao do Nervo Espinhal - Razes Ventral e DorsalO nervo espinhal separa-se em duas divises primrias, dorsal e ventral, imediatamente aps a juno das duas razes.4.2.1. Ramos Dorsal dos Nervos EspinhaisOs ramos dorsais dos nervos espinhais, geralmente menores do que os ventrais e direcionados posteriormente, se dividem (exceto para o primeiro cervical, quarto e quinto sacrais e o coccgeo) em ramos medial e lateral para inervarem os msculos e a pele das regies posteriores do pescoo e do tronco.

4.2.2. Ramos dorsal dos nervos espinhias cervicais O primeiro ramo dorsal cervical chamado nervo suboccipital emerge superior ao arco posterior do atlas e inferior artria vertebral. Ele penetra no trgono suboccipital inervando os msculos retos posteriores maior e menor da cabea, oblquo superior e inferior e o semi-espinhal da cabea.O segundo ramo dorsal cervical e todos os outros ramos dorsais cervicais emergem entre o arco posterior do atlas e a lmina do axis, abaixo do msculo oblquo inferior por ele inervado, recebendo uma conexo proveniente do ramo dorsal do primeiro cervical, e se divide em um grande ramo medial e um pequeno ramo lateral. O ramo medial denominado nervo occipital maior, que junto com o nervo occipital menor, inervam a pele do couro cabeludo at o vrtice do crnio. Ele inerva o msculo semi-espinhal da cabea. O ramo lateral inerva os msculos esplnio, longussimo da cabea e semi-espinhal da cabea.O terceiro ramo dorsal cervical divide-se em ramos medial e lateral. Seu ramo medial corre entre os msculos espinhais da cabea e semiespinhal do pescoo, perfurando o msculo esplnio e o msculo trapzio para terminar na pele. Profundamente ao msculo trapzio, ele d origem a um ramo, o terceiro nervo occipital, que perfura o msculo trapzio para terminar na pele da parte inferior da regio occipital, medial ao nervo occipital maior. O ramo lateral freqentemente se une quele do segundo ramo dorsal cervical.Os ramos dorsais dos cinco nervos cervicais inferiores dividem-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais do quarto e do quinto corrrem entre os msculos semi-espinhal do pescoo e semi-espinhal da cabea, alcanam processos espinhosos das vrtebras e perfuram o msculo esplnio e o msculo trapzio para terminarem na pele. O ramo medial do quinto pode no alcanar a pele. Os ramos mediais dos trs nervos cervicais inferiores so pequenos e terminam nos msculos semi-espinhal do pescoo, semi-espinhal da cabea, multfido e interespinhais. Os ramos laterais inervam os msculos iliocostal do pescoo, longussimo do pescoo e longussimo da cabea.4.2.3. Ramos Dorsal dos Nervos Espinhais CervicaisO primeiro ramo dorsal cervical chamado nervo suboccipital emerge superior ao arco posterior do atlas e inferior artria vertebral. Ele penetra no trgono suboccipital inervando os msculos retos posteriores maior e menor da cabea, oblquo superior e inferior e o semi-espinhal da cabea.O segundo ramo dorsal cervical e todos os outros ramos dorsais cervicais emergem entre o arco posterior do atlas e a lmina do axis, abaixo do msculo oblquo inferior por ele inervado, recebendo uma conexo proveniente do ramo dorsal do primeiro cervical, e se divide em um grande ramo medial e um pequeno ramo lateral. O ramo medial denominado nervo occipital maior, que junto com o nervo occipital menor, inervam a pele do couro cabeludo at o vrtice do crnio. Ele inerva o msculo semi-espinhal da cabea. O ramo lateral inerva os msculos esplnio, longussimo da cabea e semi-espinhal da cabea.O terceiro ramo dorsal cervical divide-se em ramos medial e lateral. Seu ramo medial corre entre os msculos espinhais da cabea e semiespinhal do pescoo, perfurando o msculo esplnio e o msculo trapzio para terminar na pele. Profundamente ao msculo trapzio, ele d origem a um ramo, o terceiro nervo occipital, que perfura o msculo trapzio para terminar na pele da parte inferior da regio occipital, medial ao nervo occipital maior. O ramo lateral freqentemente se une quele do segundo ramo dorsal cervical.Os ramos dorsais dos cinco nervos cervicais inferiores dividem-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais do quarto e do quinto corrrem entre os msculos semi-espinhal do pescoo e semi-espinhal da cabea, alcanam processos espinhosos das vrtebras e perfuram o msculo esplnio e o msculo trapzio para terminarem na pele. O ramo medial do quinto pode no alcanar a pele. Os ramos mediais dos trs nervos cervicais inferiores so pequenos e terminam nos msculos semi-espinhal do pescoo, semi-espinhal da cabea, multfido e interespinhais. Os ramos laterais inervam os msculos iliocostal do pescoo, longussimo do pescoo e longussimo da cabea.4.2.4. Ramos dorsal dos nervos espinhais torcicosDividem-se em ramos medial e lateral. Cada ramo medial corre entre a articulao e as margens mediais do ligamento costo-transversrio superior e o msculo intertransversal, enquanto que cada ramo lateral corre no intervalo entre o ligamento e o msculo intertransversal antes de se inclinar posteriormente sobre o lado medial do msculo levantador da costela.4.2.5. Ramos dorsal dos nervos espinhais lombaresOs ramos dorsais dos nervos lombares passam para trs mediais aos msculos intertransversrios, dividindo-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais correm prximo dos processos articulares das vrtebras para terminarem no msculo multfido; eles esto relacionados com o osso entre os processos acessrios e mamilares e podem sulc-lo. Alm disto, os trs superiores do origem aos nervos cutneos que perfuram a aponeurose do msculo latssimo do dorso na margem lateral do msculo eretor da espinha e cruzam o msculo ilaco, posteriormente, para alcanarem a pele da regio gltea.4.2.6. Ramos dorsal dos nervos espinhais sacraisOs trs superiores so cobertos na sada pelo msculo multfido, dividindo-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais so pequenos e terminam no msculo multfido. Os ramos laterais se unem e com os ramos laterais do ltimo lombar e ramos dorsais do quarto nervo sacral, formam alas dorsais ao sacro; destas alas ramos correm dorsalmente para o ligamento sacrotuberal para formarem uma segunda srie de alas sob o msculo glteo mximo; destes, dois ou trs ramos glteos perfuram o msculo glteo mximo para inervar a pele da regio gltea.

4.2.7. Ramos Ventral dos Nervos EspinhaisOs ramos ventrais dos nervos espinhais inervam os membros e as faces ntero-laterais do tronco. O cervical, lombar e sacral une-se perto de suas origens para formar plexos.

Plexos da Coluna Vertebral Plexo Cervical Plexo Braquial Nervos Torcicos Plexo Lombar Plexo Sacral Plexo Coccgeo

5. AS TERMINAES NERVOSAS

Poro localizada na parte distal dos nervos, com funo de contatar os rgos perifricos. Podem ser sensitivas (sensveis a um determinado tipo de estmulo, a partir do qual eles desencadearo o aparecimento de impulsos nervosos nas fibras aferentes do SNC e depois atingem reas especficas do crebro onde so interpretados resultando diferentes formas de sensibilidade) ou motoras (somticas e viscerais. Estabelecem contato com as fibras nervosas e os rgos efetuadores (msculos e glndulas). Podem ser chamadas de juno neuromuscular).Especiais: os receptores esto restritos a uma determinada rea. So mais complexos. Ex.: viso (retina), audio e equilbrio (orelha interna), gustao (lngua e epiglote) e olfao (cavidade nasal).Gerais: ocorrem em vrias partes do corpo, principalmente na pele. So classificadas em:

Terminaes nervosas livres (mais frequentes) Encapsuladas (mais complexas): corpsculo de Meissener, corpsculo de Water-Paccini, corpsculo de Krause, corpsculo de Ruffini, discos ou meniscos de Merckel. Fusos neuromusculares (contrao). rgos neurotendneos (tenso). rgos da base dos folculos pilosos.

Quanto localizao, as terminaes nervosas so classificadas em:

Exteroceptores: receptores na periferia (na derme); Proprioceptores: receptores na parte prpria do corpo (ossos, msculos, articulaes); Interoceptores: receptores na parte interna (vsceras e vasos). Quanto ao as terminaes nervosas so classificadas em: Mecanoceptores; Termoceptores; Fotoceptores; Quimioceptores; Nociceptores.

6. O TECIDO NERVOSO: A IMPORTNCIA CLNICA E FUNCIONALO tecido nervoso um conjunto de clulas do corpo humano, responsvel por executar tarefas especficas em nosso organismo. Esta complexa estrutura de fundamental importncia para o bom funcionamento de nosso corpo, pois desempenha funes fundamentais, principalmente relacionadas coordenao das atividades corporais. O tecido nervoso composto por dois tipos de clulas: neurnios e clulas da neuroglia.6.1. Funes do tecido nervoso

Receber os estmulos externos e internos; Transformar os estmulos recebidos em impulsos nervosos; Passar estes impulsos nervosos para rgos e tecidos responsveis por executar as aes necessrias; Controlar de maneira direta e rpida as principais partes do corpo; Permite aos seres humanos a interao com o meio ambiente e outros seres vivos.

7. EMBRIOLOGIA E DIVISES DA ORGANIZAO GERAL DO SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso um todo. Sua diviso em partes tem um significado exclusivamente didtico, pois as vrias partes esto intimamente relacionadas do ponto de vista morfolgico e funcional. O sistema nervoso pode ser dividido em partes, levando-se em conta critrios anatmicos, embriolgicos e funcionais. Existe ainda uma diviso quanto segmentao, que muito didtica. Atravs dos impulsos nervosos, o sistema nervoso regula varias atividades do corpo humano, tais como: controle de batimentos cardacos, dilatao de vasos sanguneos, estmulos ao sistema urinrio, digestor, etc.

7.1. Diviso do sistema nervoso com base em critrios anatmicosO sistema nervoso central a parte que coloca o corpo em contato com o meio externo. Ele composto por: crebro, cerebelo, medula espinhal, rgos dos cinco sentidos humanos (viso, olfato, paladar, audio, tato, presso e temperatura). OSNCrecebe, analisa e integra informaes. o local onde ocorre a tomada de decises e o envio de ordens. Sistema nervoso perifrico se localiza fora deste esqueleto, sendo representado pelos gnglios espinhais, nervos, e terminaes nervosas.

7.2. Diviso do sistema nervoso com base em critrios funcionaisQuanto aos critrios funcionais, o sistema nervoso pode ser dividido emsomticoevisceral, ambos com funes aferentes (entrada de informaes) e eferentes (sada de informaes).Osistema nervoso somtico responsvel pelo controle consciente de aes motoras. Por outro lado, osistema nervoso visceral (autnomo)tem como funo regular o ambiente interno do corpo de modo inconsciente, emitindo respostas rpidas para garantir a homeostase, podendo ainda ser subdividido em simptico e parassimptico.Osistema nervoso autnomo simpticoestimula aes que mobilizam energia (ex.: acelerao dos batimentos cardacos), enquanto osistemanervosoautnomo parassimpticoestimula principalmente atividades relaxantes (ex.: reduo da presso sangunea). De modo geral, as divises simpticas e parassimpticas atuam simultaneamente de modo a equilibrar o funcionamento endcrino.7.3. Diviso do sistema nervoso com base em critrios embriolgicos Prosencfalo - telencfalo e diencfalo = crebro. Mesencfalo = mesencfalo. Rombencfalo - metencfalo = cerebelo e ponte. Mielencfalo = bulbo.

7.4. Componentes do sistema nervoso:

Encfalo a parte do sistema nervoso central situado dentro do crnio neural; No encfalo, temos crebro, cerebelo e tronco enceflico. A ponte separa o bulbo do mesencfalo. Dorsalmente ponte e ao bulbo localiza-se o cerebelo Medula espinal localiza dentro do canal vertebral Nervos so cordes esbranquiados que unem o sistema nervoso central aos rgos perifricos. Se a unio se faz com o encfalo, os nervos so cranianos: se com a medula, espinhais. rgos dos sentidos (orelha, olho, etc.).

Em relao com alguns nervos e razes nervosas existem dilataes constitudas principalmente de corpos dos neurnios, que so os gnglios. Do ponto de vista funcional, existem gnglios sensitivos e gnglios motores viscerais (do sistema nervoso autnomo). Na extremidade das fibras que constituem os nervos situam-se as terminaes nervosas, que, do ponto de vista funcional, so de dois tipos: sensitivas (ou aferentes) e motoras (ou eferentes).O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores perifricos, informando-os sobre o que passa no meio ambiente. A componente eferente leva aos msculos estriados esquelticos o comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntrios. O sistema nervoso visceral aquele que se relaciona com a inervao e com o controle das vscerasO componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vsceras a reas especificas do sistema nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em centros nervosos at as vsceras. Este componente eferente tambm denominada de sistema nervoso autnomo e pode ser dividido em sistema nervoso simptico e parassimptico.

7.4. Organizao morfofuncional do sistema nervosoOs neurnios sensitivos, cujos corpos esto nos gnglios sensitivos, conduzem medula ou ao tronco enceflico (sistema nervoso segmentar) impulsos nervosos originados em receptores situados na superfcie (por exemplo, na pele) ou no interior (vsceras, msculos e tendes) do animal. Os prolongamentos centrais destes neurnios ligam-se diretamente (reflexo simples) ou por meio de neurnios de associao aos neurnios motores (somticos ou viscerais), os quais levam o impulso a msculo ou a glndulas, formando-se, assim, arcos reflexos mono ou polissinpticos. Neste caso, entretanto, conveniente que o sistema nervoso supra-segmentar seja "informado" do ocorrido. Para isto, os neurnios sensitivos ligam-se a neurnios de associao situados no sistema nervoso segmentar. Estes levam o impulso ao crebro, onde o mesmo interpretado, tornando-se consciente e manifestando-se como dor. Na realidade o movimento reflexo se faz mesmo quando a medula est seccionada, o que, obviamente, impede qualquer sensao abaixo do nvel da leso. As fibras que levam ao sistema nervoso supra-segmentar as informaes recebidas no sistema nervoso segmentar constituem as grandes vias ascendentes do sistema nervoso. Para isto, os neurnios do seu crtex cerebral enviam uma "ordem" por meio de fibras descendentes aos neurnios motores situados no sistema nervoso segmentar. Estes "retransmitem" a ordem aos msculos estriados, de modo que os movimentos necessrios ao ato sejam realizados. A coordenao destes movimentos feita pelo cerebelo, que recebe por meio do sistema nervoso segmentar informaes sobre o grau de contrao dos msculos e envia, por meio de vias descendentes complexas, impulsos capazes de coordenar a resposta motora.Neurnios so clulas caractersticas do sistema nervoso que possuem a capacidade de estabelecer conexes entre si quando recebem estmulos do ambiente externo ou do prprio organismo. So os responsveis por transmitir os impulsos nervosos ao crebro.Corpo celular uma das trs partes em que est dividido oneurnio. responsvel pela interpretao dos estmulos eltricos trazidos pelos dendritos.Dendritos so os numerosos prolongamentos dosneurniosque atuam na recepo deestmulos nervososdo ambiente ou de outros neurnios e na transmisso desses estmulos para o corpo daclula, tambm chamado depericrio.Axnio uma parte doneurnioresponsvel pela conduo dosimpulsos eltricosque partem docorpo celular, at outro local mais distante, como ummsculoou outro neurnio.

8. MEDULA ESPINHALA medula espinhal parte fundamental do sistema nervoso central, composto tambm pelo crebro. Aqui, o crebro funciona principalmente para receber impulsos nervosos da medula e de nervos cranianos. J a medula contm os nervos que transportam mensagens neurolgicas do crebro para o restante do corpo. Entre suas funes, alm de permitir a comunicao entre os diversos rgos do corpo e o encfalo, tambm controla certas atividades corporais como os reflexos nervosos. No geral, a medula espinhal desempenha papel de mediao entre os estmulos captados pelos neurnios sensoriais (sensitivos / aferentes), transmitindo impulsos at o encfalo, que reenvia uma mensagem (reao) para a medula espinhal, conduzindo essa resposta para um neurnio motor (eferente), realizando algumas atividades, por exemplo, locomotora (uma simples caminhada). Contudo, outros estmulos de resposta imediata no chegam a ser informados ao crebro, sendo a medula espinhal a sede de vrios atos reflexos em situaes de emergncia, Ex: A forma brusca como levantamos um dos ps, quando percebemos que estamos pisando em algum objeto prfuro-cortante (prego ou caco de vidro);Qualquer tipo de dano causado medula, que parte fundamental do sistema nervoso central. Essas leses podem ocorrer quando h danos s clulas dentro da medula ou quando os nervos que correm para cima e para baixo na medula so lesionados. Muitas causas podem estar envolvidas em uma eventual leso na medula.Os principais fatores de risco que podem levar a uma leso na medula espinhal incluem a participao em atividades fsicas perigosas, o no uso de equipamentos de proteo individual durante essas atividades e os mergulhos em guas rasas.Os sintomas de uma leso na medula espinhal variam conforme a rea em que houve o trauma. Essas leses geralmente causam fraqueza e perda sensorial no local e abaixo dele. A intensidade dos sintomas depende da gravidade leso, ou seja, se a medula estiver grave ou completamente lesionada ou apenas parcialmente.Alguns sintomas so comuns, independentemente do local da leso, eles so: Perda do controle normal do intestino e da bexiga (com possibilidade de ocorrer constipao, incontinncia urinria e espasmos na bexiga). Dormncia Alteraes sensoriais Espasticidade (aumento do tnus muscular) Dor Fraqueza e paralisia.

Tipos de leses: Cervicais os sintomas podem atingir principalmente os braos, as pernas e a parte central do corpo. Os sintomas podem aparecer em um ou em ambos os lados do corpo Torcicas (trax) os sintomas atingem principalmente as pernas. Leses na medula cervical ou na medula torcica superior tambm podem resultar em problemas de presso arterial, sudorese anormal e problemas para manter a temperatura corporal normal. Lombos sacrais (parte inferior das costas) Quando as leses na medula espinhal ocorrem na parte inferior das costas, sintomas de vrios nveis podem afetar uma ou ambas as pernas e podem afetar, tambm, os msculos que controlam os intestinos e a bexiga.

9. Tronco enceflicoOTronco EnceflicoouCerebral uma estrutura neurolgica que se localiza entre a medula espinhal e o diencfalo.Essa estrutura apresenta trs divises: obulbo, apontee omesencfalo.OTronco cerebraltambm Possui trs funes gerais:1. Recebe informaes sensitivas de estruturas cranianas e controla os msculos da cabea. Esta uma funo similar da medula espinhal. Os nervos cranianosso basicamente razes nervosas que entram e saem dotronco cerebral, compondo o sistema nervoso perifrico sensitivo e motor da cabea.2. Transmite informaes da medula espinhal at outras regies cerebrais e, em direo contrria, do encfalo para a medula espinhal.3. Atravs de aes integradas dobulbo,pontee mesencfalo, o tronco cerebral regula a ateno. Esta funo mediada pela poro central do tronco cerebral, denominada formao reticular.Alm destas funes gerais, as vrias divises desempenham funes sensitivas e motoras especficas. Obulboe aponteparticipam de mecanismos essenciais de regulao da presso sangunea e da respirao. Leso destas regies cerebrais pe a vida em risco.OTronco cerebraltambm promove respostas reflexas de alguns vertebrados, como rpteis e os anfbios. As estruturas envolvidas so a formao reticular e o lcus crulus, uma massa concentrada de neurnios secretores de norepinefrina. importante assinalar que, at mesmo em humanos, essas primitivas estruturas continuam participando, no s dos mecanismos de alerta, vitais para a sobrevivncia, mas tambm da manuteno do ciclo viglia-sono.

10. FORMAO RETICULARFormao reticular uma parte dotronco cerebral(outronco enceflico) que est envolvida em aes como os ciclos de sono, o despertar e a filtragem de estmulos sensoriais, para distinguir os estmulos relevantes dos estmulos irrelevantes. A sua principal funo ativar ocrtex cerebral.

10.1. Conexes da formao reticular:A formao reticular possui conexes amplas e variadas. Alm de receber impulsos que entram pelos nervos cranianos, ela mantm relaes nos dois sentidos com o crebro, cerebelo e a medula: Conexes com o crebro:a formao reticular projeta fibras para todo o crtex cerebral, por via talmica e extratalmica. Conexes com o cerebelo: existem conexes nos dois sentidos, entre o cerebelo e a formao reticular. Conexes com a medula:dois grupos principais de fibras ligam a formao reticular medula (fibras rafe-espinhais e trato retculo-espinhal). Conexes com ncleos dos nervos cranianos:os impulsos nervosos que entram pelos nervos cranianos sensitivos ganham a formao reticular atravs de fibras que a ela se dirigem.

10.2. Funes da formao reticular:As anlises das conexes da formao reticular nos mostram que estas so extremamente amplas. Isso nos permite concluir que a formao reticular influencia quase todos os setores do sistema nervoso central, o que coerente com o grande nmero de conexes.As suas principais funes so:Controle da atividade eltrica cortical e regulao do sonoA formao reticular capaz de ativar o crtex cerebral a partir do SARA, sistema ativador reticular ascendente. A ao se faz atravs de conexes da formao reticular com os ncleos inespecficos do tlamo. A formao reticular contm mecanismos capazes de regular o sono de maneira ativa.O sono, do ponto de vista eletroencefalogrfico, no homogneo, comportando vrios estgios. Entre estes est o sono paradoxal (REM), assim denominado porque embora o indivduo se encontre profundamente adormecido, seu traado eletroencefalogrfico dessincronizado, semelhante ao do indivduo acordado. Durante o sono paradoxal h um relaxamento muscular e os olhos se movem rapidamente e nessa fase que ocorrem os sonhos. O sono paradoxal ativamente desencadeado a partir de grupos neuronais situados na formao reticular, entre os quais o lcus cerleo.10.2.1. Controle eferente da sensibilidadeSabe-se que at certo ponto o sistema nervoso capaz de selecionar informaes sensoriais que lhe chegam, eliminando ou diminuindo algumas e concentrando-se em outras, fenmeno chamado de ateno seletiva. Isto se faz por um mecanismo ativo envolvendo fibras eferentes ou centrfugas capazes de modular a passagem dos impulsos nervosos nas vias aferentes especficas. Esse controle eferente da sensibilidade se faz principalmente por fibras originadas na formao reticular, como as fibras que inibem a penetrao no sistema nervoso central de impulsos dolorosos, caracterizando as vias de analgesia.

10.2.2. Controle da motricidade somticaA formao reticular tem influencia sobre neurnios motores medulares, ativando-os ou os inibindo atravs do trato crtico-espinhal. Aferncias das reas motoras do crtex cerebral, atravs da via crtico-retculo-espinhal, controlam a motricidade voluntria dos msculos axiais e apendiculares proximais. Aferncias do cerebelo enquadram-se nas funes exercidas por ele, como regulao automtica do equilbrio, do tnus e da postura, agindo tambm sobre os mesmos grupos musculares.10.2.3. Controle do sistema nervoso autnomoO sistema lmbico e o hipotlamo so os dois centros supra-segmentares mais importantes para o controle do sistema nervoso autnomo e tm projees para a formao reticular, a qual, por sua vez, liga-se a neurnios pr-ganglionares do sistema nervos autnomos, estabelecendo assim o principal mecanismo de controle da formao reticular sobre esse sistema.10.2.4. Controle neuroendcrinoEstmulos eltricos da formao reticular do mesencfalo causam a liberao de ACTH e do hormnio antidiurtico.10.2.5. Controle da respiraoInformaes sobre o grau de distenso dos alvolos pulmonares continuamente so levadas ao ncleo do trato solitrio pelas fibras aferentes viscerais gerais do nervo vago. Desse ncleo os impulsos nervosos passam ao centro respiratrio, localizado na formao reticular do bulbo.10.2.6. Controle vasomotorSituado na formao reticular do bulbo, o centro vasomotor coordena os mecanismos que regulam o calibre vascular, do qual, dependente da presso arterial, influenciando tambm o ritmo cardaco.

11. CEREBELOO cerebelo, rgo do sistema nervoso supra-segmentar, est na parte dorsal do metencfalo e est situado dorsalmente ao bulbo e ponte, contribuindo para a formao do tecto do IV ventrculo. Fica sobre a fossa cerebelar do osso occipital e est separado do lobo occipital por uma prega da dura-mter chamada de tenda do cerebelo. Liga-se medula e ao bulbo pelo pednculo cerebelar inferior e ponte e mesencfalo pelos pednculos cerebelares mdio e superior, respectivamente. O cerebelo, do ponto de vista fisiolgico bem diferente do crebro porque funciona sempre involuntariamente e inconsciente sendo sua funo exclusivamente motora (equilbrio e coordenao). Na anatomia distingue-se no cerebelo, uma poro mpar e mediana, o vrmix, ligado a duas grandes massas laterais, os hemisfrios cerebelares. O vrmix pouco separado dos hemisfrios na face superior do cerebelo, o que no ocorre na face inferior, onde dois sulcos so bem evidentes o separam das partes laterais.A superfcie apresenta sulcos na maioria direo transversal, que delimitam laminas finas chamadas assim folhas do cerebelo. Existem tambm sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lbulos, cada um deles podendo conter vrias folhas. Visvel na superfcie do cerebelo especialmente evidente em partes deste rgo, que do tambm uma ideia de sua organizao. V-se assim que o cerebelo compe de um centro de substncia branca, o corpo medular do cerebelo, de onde se transmite a lmina branca do cerebelo, revestida externamente por uma fina camada de substncia cinzenta, o crtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com suas lminas brancas, quando vista em cortes sagitais, recebem o nome de "rvore da vida". No interior do campo medular existem quatro pares de ncleos de substncia cinzenta, que so os ncleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial.

11.1. Lbulos do Cerebelo

A diviso do cerebelo em lbulos no tem nenhum significado funcional e sua importncia apenas topogrfica. Os lbulos recebem denominaes diferentes no vrmix e nos hemisfrios. A cada lbulo do vrmix correspondem a dois hemisfrios. A lngula est quase sempre aderida ao vu medular superior. O folium consiste em apenas uma folha do vrmix. (conforme figura 6) Um lbulo importante o flculo, situado logo abaixo do ponto em que o pednculo cerebelar mdio penetra no cerebelo, prximo ao nervo vestbulo-coclear. Liga-se ao ndulo, lbulo do vrmix, pelo pednculo do flculo. As tonsilas so bem evidentes na parte inferior do cerebelo, projetando-se medialmente sobre a face dorsal do bulbo.

Figura 6: Fissuras do cerebelo

12. HIPOTALAMO

O hipotlamo uma estrutura que se localiza abaixo do tlamo, na regio do diencfalo, juntamente com o epitlamo e o tlamo. Os corpos mamilares, tber cinreo, infundbulo e quiasma ptico so estruturas do hipotlamo.O hipotlamo possui vias de ligao com todos os nveis do sistema lmbico. Liga-se ao Sistema Nervoso e ao Sistema Endcrino, controlando a maioria das funes vegetativas, endcrinas, comportamentais e emocionais do corpo. Representa cerca de 1% da massa total do encfalo, ou seja, um rgo muito pequeno, mas de importncia indiscutvel. Esto relacionados com a regulao da temperatura corprea, apetite, atividade gastrintestinal, regulao hdrica, atividade sexual e emoes. composto por substncia cinzenta, possuindo vrios ncleos e os neurnios possuem receptores moleculares para os sinais qumicos que esto circulando.O hipotlamo est intimamente relacionado com a hipfise no comando das atividades. Ele controla a secreo hipofisria, produz ocitocina e hormnio antidiurtico, que so armazenados pela hipfise.So divididos em:Corpos mamilares: so duas eminncias arredondadas de substncia cinzenta evidentes na parte anterior da fossa interpeduncular.Quiasma ptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielnicas do nervo ptico, que ai cruzam em parte e continuam nos tractos ptico que se dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os pednculos cerebrais.Tber cinreo: uma rea ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrs do quiasma e do tracto ptico, entre os corpos mamilares. No tber cinreo prende-se a hipfise por meio do infundbulo.Infundbulo: uma formao nervosa em forma de um funil que se prende ao tber cinreo, contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o recesso do infundbulo. A extremidade superior do infundbulo dilata-se para constituir a eminncia mediana do tber cinreo, enquanto a extremidade inferior continua com um processo infundibular, ou lobo nervoso da hipfise. A hipfise esta contida na sela trcica do osso esfenide.

12.1. Controle vegetativo e endcrino Regulao cardiovascular: alterao da presso arterial e frequncia cardaca; Regulao da temperatura: a temperatura do sangue que passa pelo hipotlamo regula a atividade dos neurnios, aumentando assim a atividade e temperatura, regulando-a. Regulao hdrica: controla a gua corporal atravs da sensao de sede e perda de gua pela urina. Contrao uterina e ejeo de leite: o hipotlamo produz ocitocina, que controla essas duas atividades. Controle hipotalmico: o hipotlamo estimula a hipfise secretar hormnios. (conforme figura 7)

Figura 712.2. Funo comportamentalAs reas do hipotlamo como hipotlamo lateral, ventromedial e periventricular esto relacionadas com a sensao de sede, fome, agressividade, tanto produo dessas sensaes quanto sensao de saciedade. A rea periventricular est relacionada com sensao de medo e punio. A atividade sexual estimulada principalmente pelas regies anteriores e posteriores.

13. TLAMO, SUBTLAMO EEPITLAMO.

13.1. TlamoO tlamo, composto 80% do diencfalo, consiste em duas massas ovuladas pareadas de substncia cinzenta, organizada em ncleos, com tratos de substncia branca em seu interior. Em geral, uma conexo de substncia cinzenta, chamada massa intermdia (aderncia intertalmica), une as partes direita e esquerda do tlamo. A extremidade anterior de cada tlamo apresenta uma elevao, o tubrculo anterior do tlamo, que participa da delimitao do forame interventricular.A extremidade posterior, consideravelmente maior que a anterior, apresenta uma grande elevao, o pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados lateral e medial. (conforme imagens 8 e 9)O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral da via ptica, e ambos so considerados por alguns autores como uma diviso do diencfalo denominada de metatlamo.

Figuras 8 e 9

A poro lateral da face superior do tlamo faz parte da base do ventrculo lateral, sendo revestido por epitlio ependinrio (epitlio que reveste esta parte do tlamo e denominada lmina fixa). A poro medial do tlamo forma a perede lateral do III ventrculo, cujo tecto constitudo pelo frnix e pelo corpo caloso, formaes telenceflicas. A fissura transversa ocupada por um fundo-de-saco da pia-mter que, a seguir, entra na constituio da tela coriide. A face lateral do tlamo separada do telencfalo pela cpsula interna, compacto feixe de fibras que ligam o crtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face inferior do tlamo continua com o hipotlamo e o subtlamo.O tlamo serve como uma estao intermediria para a maioria das fibras que vo da poro inferior do encfalo e medula espinhal para as reas sensitivas do crebro. O tlamo classifica a informao, dando-nos uma ideia da sensao que estamos experimentando, e as direciona para as reas especficas do crebro para que haja uma interpretao mais precisa. (conforme figura 10)Figura 10

13.1.1. Funes do Tlamo: Sensibilidade; Motricidade; Comportamento Emocional; Ativao do Crtex; Desempenha algum papel no mecanismo de viglia, ou estado de alerta.

13.2. Subtlamo:Compreende a zona de transio entre o diencfalo e o tegumento do mesencfalo. Sua visualizao melhor em cortes frontais do crebro. Verifica-se que ele se localiza abaixo do tlamo, sendo limitado lateralmente pela cpsula interna e medialmente pelo hipotlamo. O subtlamo apresenta formaes de substncia branca e cinzenta, sendo a mais importante o ncleo subtalmico. Leses no ncleo subtalmico provocam uma sndrome conhecida como hemibalismo, caracterizada por movimentos anormais das extremidades.

13.3. EpitlamoLimita posteriormente o III ventrculo, acima do sulco hipotalmico, j na transio com o mesencfalo. Seu elemento mais evidente a glndula pineal, glndula endcrina de forma piriforme, mpar e mediana, que repousa sobre o tectomesenceflico. A base do corpo pineal se prende anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam um plano mediano, a comissura posterior e a comissura das habnulas, entre as quais penetra na glndula pineal um pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso pineal.Comissura posterior situa-se no prolongamento em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrculo e considerada como limite entre o mesencfalo e o diencfalo. A comissura das habnulas interpe-se entre duas pequenas eminncias triangulares, os trgonos da habnula. Esses esto situados entre a glndula pineal e o tlamo e continuam anteriormente, de cada lado, com as estrias medulares do tlamo. A tela coriide do III ventrculo insere-se, lateralmente, nas estrias medulares do tlamo e, posteriormente, na comissura das habnulas, fechando assim o III ventrculo.

Trgono da Habnula rea triangular na extremidade posterior da tnia do tlamo junto ao corpo pineal.Corpo Pineal uma estrutura semelhante a uma glndula, de aproximadamente 8mm de comprimento, que se situa entre os colculos superiores. Embora seu papel fisiolgico ainda no esteja completamente esclarecido, a glndula pineal secreta o hormnio melatonina, sendo assim, uma glndula endcrina. A melatonina considerada a promotora do sono e tambm parece contribuir para o ajuste do relgio biolgico do corpo. Comissura Posterior um feixe de fibras arredondado que cruza a linha mediana na juno do aqueduto com o terceiro ventrculo anterior e superiormente ao colculo superior. Marca o limite entre o mesencfalo e diencfalo.Com exceo da comissura posterior, todas as formaes no endcrinas do epitlamo pertencem ao sistema lmbico, estando assim relacionados com a regulao do comportamento emocional.

14. NCLEOS DA BASEParte superior do formulrioParte inferior do formulrioParte superior do formulrioParte inferior do formulrioPrimeiramente devemos estabelecer alguns conceitos que so atribudos aos ncleos da base: no devemos cham-los de gnglios da base, trata-se de uma terminologia que no representa a definio correta. Ncleos atribuem-se ao conjunto de neurnios (corpos celulares) dentro do sistema nervoso central, j gnglios referem-se ao conjunto de corpos celulares de neurnios fora do sistema nervoso central.Os ncleos da base so compostos por trs estruturas a serem consideradas neste captulo: o corpo estriado, o ncleo amigdaloide e o claustrum. O ncleo rubro a substncia negra e o subtlamo fazem ntima relao com os ncleos da base, mas no devemos consider-los como tal.Corpo Estriado. Situado lateralmente ao tlamo, encontramos a cpsula interna que, por sua vez separa o ncleo lentiforme do ncleo caudado. Corpo estriado o termo utilizado para definir o ncleo caudado e o putmen (uma das trs estruturas que formam o ncleo lentiforme), interligados funcionalmente. A designao estriada deve-se ao fato de que fibras estriadas atravessam a cpsula interna para interconectar o caudado ao putmen.14.1. Ncleo CaudadoEm forma de C, intimamente relacionado aos ventrculos laterais, lateralmente ao tlamo. O ncleo caudado subdividido em cabea, corpo e cauda. Por vezes nos referimos aos ncleos caudados e putmen como neo-estriado ou estriado (striatum), por conta da conexo fisiolgica que h entre ambos. O corpo estriado ventral definiu como ncleo accumbens. A cauda do ncleo caudado possui uma estrutura arredondada pertencente ao sistema lmbico denominado corpo amigdalide.14.2. Ncleo LentiformeSeparado do ncleo caudado e do tlamo pela cpsula interna. O ncleo lentiforme composto por trs estruturas a serem estudadas: putmen (mais escurecido), globo plido (mais claro devido ao grande nmero de fibras mielinizadas) lateral e globo plido medial. Ao conjunto dos dois globos plidos denominamos paleoestriado ou pallidum. A cpsula externa separa o claustrum do putmen. J o claustrum separado da insula pela cpsula extrema. A funo do claustrum desconhecida.14.3. Ncleo AmigdalideSituado no lobo temporal, prximo ao ncus, parte do sistema lmbico, considerado o alarme cerebral, responsvel pelo comportamento de luta ou fuga.14.4. Ncleos Basais de MeynertConjunto de neurnios colinrgicos (produtores de acetilcolina importante neurotransmissor central e perifrico) situado numa regio conhecida como substncia inominada, entre o globo plido e a placa perfurada anterior. No mal de Alzheimer h degenerao de origem desconhecida destes ncleos produtores de acetilcolina levando o indivduo a um estado de demncia pr-senil.14.5. Substncia negra e Ncleos subtalmicoA substncia negra do mesencfalo e os ncleos subtalmico so intimamente relacionados aos ncleos da base. A substncia negra comunica-se com o corpo estriado via neurnios dopaminrgicos (inibitrios). J os ncleos subtalmicos comunicam-se com o globo plido e com a substncia negra atravs de neurnios glutaminrgicos, excitatrios.15.6. NeurofisiologiaO neoestriado isto , o putmen e o ncleo caudado representam a principal via de aferncia para os ncleos da base, enquanto que os globos plidos representam as vias de sada dos ncleos da base. Ambos os ncleos no recebem vias diretas da medula espinhal.

16. CORTEX CEREBRALO crtex cerebral, um tecido fino com uma espessura entre 1 e 4 mm e uma estrutura laminar formada por 6 camadas distintas de diferentes tipos de corpos celulares, constitudo por clulas neuroglias e neurnios. Alm de nutrir, isolar e proteger os neurnios, as clulas neuroglias so to crticas para certas funes corticais quanto os neurnios, ao contrrio do que se pensava alguns anos atrs.16.1. Lobos cerebraisO crtex cerebral dividido em reas denominadas lobos cerebrais, cada uma com funes diferenciadas e especializadas. Na regio da testa est localizado o lobo frontal, na rea da nuca est o lobo occipital, na parte superior central da cabea localiza-se o lobo parietal e o lobo temporal encontrado na regio lateral, sob a orelha.Os lobos parietais, temporais e occipitais esto envolvidos na produo das percepes resultantes das informaes obtidas por nossos rgos sensoriais do que diz respeito relao do meio ambiente e nosso corpo. O lobo frontal, por sua vez, por incluir o crtex motor, o crtex pr-motor e o crtex pr-frontal, est envolvido no planejamento de aes e movimento, assim como no pensamento abstrato.

17. O LOBO LMBICONa face medial de cada hemisfrio cerebral observa-se um anel cortical contnuo constitudo pelo giro do cngulo,giro para hipocampal e hipocampo.Este anel cortical contorna as formaes inter-hemisfricas e foi considerado por Broca como um lobo independente, o grande lobo lmbico.Este lobo filogeneticamente muito antigo,existindo em todos os vertebrados.Apresenta uma certa uniformidade cito arquitetural ,pois seu crtex mais simples que o do isocrtex que o circunda.Do ponto de vista funcional admitiu-se durante muito tempo que o lobo lmbico teria funes olfatrias,fazendo parte do chamado rinencfalo, ou encfalo olfatrio. Hoje, a importncia das estruturas do lobo lmbico e de suas conexes nas manifestaes emocionais est amplamente confirmada, pois, a regulaes dos processos emocionais e do sistema nervoso autnomo so constitudos pelo o lobo lmbico.

18. AS VIAS SENSORIAISOs diversos estmulos provenientes do exterior (tcteis, dolorosos, trmicos, etc.) e do interior do organismo (musculares, tendinosos, articulares, etc.) so registrados por receptores especiais que desencadeiam impulsos nervosos para o sistema nervoso central. Estes impulsos viajam atravs de fibras de nervos sensitivos at aos gnglios das razes raquidianas posteriores, onde se encontram os corpos dos neurnios. Em seguida, os estmulos continuam o seu percurso ao Iongo dessas razes e penetram na medula espinal, mantendo o seu caminho ascendente, atravs de cordes especficos conforme o tipo de sensibilidade que transmitem, at alcanarem finalmente as diversas estruturas do encfalo. Aps inmeras etapas, chegam circunvoluo parietal ascendente do crtex cerebral.

19. AS VIAS MOTORASTodos os nossos movimentos voluntrios so, provocados por impulsos nervosos originados na circunvoluo frontal ascendente do crtex de cada hemisfrio cerebral, que tm de atravessar vias especficas at chegarem aos msculos do esqueleto e provocarem a sua contrao. Nesta zona, denominada rea motora, existe uma acumulao de neurnios de considervel tamanho, conhecidos como clulas piramidais de Betz, responsveis por toda a atividade motora. Os axnios destes neurnios formam a denominada via piramidal, que atravessa a cpsula interna em direo ao tronco cerebral, dividindo-se em dois feixes na zona do bulbo raquidiano. Como a maioria das fibras cruza para o outro lado, contribuem para a formao do eixo piramidal cruzado, que se estende atravs do cordo lateral da medula espinal, enquanto que as restantes formam o eixo piramidal direto, que se estende ao longo do cordo anterior da medula espinal, at entrarem em contato com os neurnios da raiz anterior (neurnios motores), cuja estimulao gera os impulsos nervosos transmitidos pelas fibras formadas pelas razes anteriores e pelos nervos perifricos at aos msculos do esqueleto. Por outro lado, os ncleos cinzentos da base do crebro, ao estarem ligados a vrias estruturas do encfalo, encarregam-se da produo de impulsos motores que controlam os movimentos voluntrios e regem as contraes musculares involuntrias, formando o sistema extrapiramidal, responsvel, entre outras coisas, pelo controlo da postura.

20. AS MENINGESO Sistema nervoso central envolvido por membranas conjuntivas denominadas meninges e que so classicamente trs: dura-mter, aracnide e pia-mter. A aracnide e a pia-mter, que no embrio constituem um s folheto, s vezes, consideradas como uma formao nica, a leptomeninge, ou meninge fina, distinta da paquimeninge, ou meninge espessa, constituda pela dura-mter. O conhecimento da estrutura e da disposio das meninges muito importante no s para a compreenso de seu importante papel de proteo dos centros nervosos, mas tambm porque elas so frequentemente acometidas por processos patolgicos, como infeces (meningites) ou tumores (meningiomas). 21. O LQUORO lquor ou lquido crebro-espinhal um fluido aquoso e incolor que ocupa o espao subaracnideo e as cavidades ventriculares. A funo primordial do lquor de proteo mecnica do sistema nervoso central, formando um verdadeiro coxim lquido entre este e o estojo sseo. Qualquer presso ou choque que se exera em um ponto deste coxim lquido, em virtude do princpio de Pascal, distribuir-se igualmente a todos os pontos. Desse modo, o lquor constitui um eficiente mecanismo amortecedor dos choques que frequentemente atingem o sistema nervoso central. Por outro lado, em virtude da disposio do espao subaracnideo, que envolve todo o sistema nervoso central, este fica totalmente submerso em lquido e, de acordo com o princpio, o torna muito mais leve, o que reduz o risco de traumatismos do encfalo resultando no contato com os ossos do crnio.

22. O SISTEMA NERVOSO CENTRAL

22.1. O sistema nervoso centralO sistema nervoso central responsvel por receber e processar informaes. Ele constitudo de encfalo e medula espinal, protegidos por crnio e coluna vertebral, respectivamente. Ambas as estruturas so reforadas por trs lminas conjuntivas, denominadas meninges. So elas a dura-mter, aracnide e pia-mter. H entre as duas ltimas, a presena de um lquido: o lquor, responsvel pela nutrio do SNC (sistema nervoso central) e pela minimizao dos possveis traumas causados por choques mecnicos. Sua funo perceber e identificar as condies ambientais externas, bem como as condies reinantes dentro do prprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condies. A unidade bsica do sistema nervoso central a clula nervosa, denominada neurnio, que uma clula extremamente estimulvel; capaz de perceber as mnimas variaes que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alterao eltrica que percorre sua membrana. Essa alterao eltrica o impulso nervoso. As clulas nervosas estabelecem conexes entre si de tal maneira que um neurnio pode transmitir a outros os estmulos recebidos do ambiente, gerando uma reao em cadeia.22.2. ConceitosO sistema nervoso visceral ou da vida vegetativa relaciona-se com a inervao das estruturas viscerais e muito importante para a integrao da atividade das vsceras no sentido da manuteno da constncia do meio interno (homeostase). Distingue-se no sistema nervoso visceral uma parte aferente e outra eferente. O componente aferente: - conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vsceras (visceroceptores) a reas especficas do sistema nervoso central. O componente eferente: - traz impulsos de certos centros nervosos at as estruturas viscerais, terminando, pois, em glndulas, msculos lisos ou msculo cardaco. Denomina-se sistema nervoso autnomo apenas o componente eferente do sistema nervoso visceral. O sistema nervoso autnomo divide-se em: - simptico e parassimptico, como mostra a chave abaixo.Diviso, embasada no conceito inicial de Langley, segundo o qual o sistema nervoso autnomo um sistema exclusivamente eferente ou motor. As fibras eferentes viscerais especiais dos nervos cranianos no fazem parte do sistema nervoso autnomo, pois inervam msculos estriados esquelticos. Apenas as fibras eferentes viscerais gerais integram este sistema. Sistema nervoso visceral