1
USO DOS MÉTODOS DE IMAGEM PARA O DIAGNÓSTICO EVOLUTIVO DA NEUROCISTICERCOSE REFERÊNCIAS 1.ROCHA, A.J; VEDOLIN, L; MENDONÇA, R.A. Encéfalo: Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem . Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 2.COLLI, B.O; JUNIOR,C.G.C. Temas Atuais de Neurocirurgia: Cisticercose do Sistema Nervoso Central . São Paulo: Soc. de Neuroc. do Estado de SP, 2003. 3.GUIMARÃES, R.R; ORSINI, M; GUIMARÃES, R.R; CATHARINO, M.A.S; MELO REIS, C.H; SILVEIRA, V; LEITE, M.A.A; NASCIMENTO, O.M.J; DE FREITAS, M.R.G; PUCCIONI-SOHLER, M. Neurocisticercose: Atualização sobre uma antiga doença.Revista Neurociências . Vol .18 no.4 pag.581-594 RJ, 2010. 1 Acadêmicos Curso Médico da FUNORTE/ICS 2 Professor das Faculdades Funorte e FipMoc. Neurocirurgião do Hospital Aroldo Tourinho e Prontosocor. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Autor para correspondência: Rafael Leal da Mota E-mail:[email protected] INTRODUÇÃO A neurocisticercose (NCC) é considerada a mais freqüente forma parasitária que acomete o Sistema Nervoso Central, com alta incidência em países em desenvolvimento. A contaminação humana com os ovos da Taenia solium processa-se por autoinfestação em indivíduos portadores de teníase ou por heteroinfestação através de alimentos, água e mãos contaminadas. No homem, o sistema nervoso revela-se o local de infecção de maior importância, por sua freqüência de acometimento, gravidade das manifestações clínicas (crises epilépticas, hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica, distúrbios psiquícos e síndrome medular) e letalidade, que varia de 16,4% a 25,9%. O diagnóstico de NCC baseia-se na análise dos exames de neuroimagem, como: Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM). No tratamento, recomenda-se o albendazol e o praziquantel, geralmente em associação com os corticoesteróides. OBJETIVO Apresentar a acurácia dos métodos de imagem para o diagnóstico da NCC. METODOLOGIA Trata-se de uma revisão de literatura, a partir de buscas realizadas nas bases de dados do MedLine, Scielo e Lilacs. A maioria dos artigos relacionados foi publicada no periodo compreendido entre os anos de 1999 e 2012. RESULTADOS E CONCLUSÃO As manifestações clínicas da NCC , por serem inespecíficas, não permitem, por si só, o diagnóstico da doença. A suspeita diagnóstica deve ser efetuada com base nos antecedentes epidemiológicos, exames de neuroimagem, especialmente TC e RM , que evidencia rão as alterações específicas de acordo com o estágio evolutivo da NCC. No estágio vesicular, é demonstrado MOTA, R.L. 1 ; GUEDES, F.A.A. 1 ; DANTAS, F.L.A. 1 ; MENDES, R.A.F. 1 ; MOTA, L.G. 1 ; FERREIRA, P.A.C. 1 ; MAGALHÃES, M.J.S. 2 Na fase coloidal, ínicio do processo inflamatório local, gerando edema vasogênico perilesional e espessamento capsular, que faz com o cisto fique mais hiperintenso que o Líquor em T1, T2 e FLAIR. um pequeno cisto de paredes quase translúcidas com líquido incolor e a visualização do escólex é prova que corrobora com a natureza do processo e pode ser obtida por imagens T1 ou T2/FLAIR. No período nodular granular, involução, espessamento progressivo da parede do cisto e deposição de cálcio no líquido interior, que evidencia foco residual calficicado na TC. O estágio final é o nodular calcificado, no qual ocorre mineralização da lesão, facilmente identificáveis a TC e RM com sequências T2 ou SWI, sem edema perileional.

NEUROCISTICERCOSE PRONTO.ppt

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: NEUROCISTICERCOSE PRONTO.ppt

USO DOS MÉTODOS DE IMAGEM PARA O DIAGNÓSTICO EVOLUTIVO DA

NEUROCISTICERCOSE

REFERÊNCIAS1.ROCHA, A.J; VEDOLIN, L; MENDONÇA, R.A. Encéfalo: Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem . Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.2.COLLI, B.O; JUNIOR,C.G.C. Temas Atuais de Neurocirurgia: Cisticercose do Sistema Nervoso Central. São Paulo: Soc. de Neuroc. do Estado de SP, 2003.3.GUIMARÃES, R.R; ORSINI, M; GUIMARÃES, R.R; CATHARINO, M.A.S; MELO REIS, C.H; SILVEIRA, V; LEITE, M.A.A; NASCIMENTO, O.M.J; DE FREITAS, M.R.G; PUCCIONI-SOHLER, M. Neurocisticercose: Atualização sobre uma antiga doença.Revista Neurociências. Vol .18 no.4 pag.581-594 RJ, 2010.4.Agapejev S. Avanços em neurocisticercose. In: Reimão R, Gagliardi RJ, Spina-França A. Temas de neurologia. São Paulo: Frôntis-Editorial; 1999. p.207-23.5.White AC Jr. Neurocysticercosis: updates on epidemiology, pathogenesis, diagnosis, and management. Annual Review of Medicine 51: 187-206, 2000

1 Acadêmicos Curso Médico da FUNORTE/ICS 2Professor das Faculdades Funorte e FipMoc. Neurocirurgião do Hospital Aroldo Tourinho e Prontosocor.

Membro da Sociedade Brasileira de NeurologiaAutor para correspondência: Rafael Leal da Mota

E-mail:[email protected]

INTRODUÇÃO

A neurocisticercose (NCC) é considerada a mais freqüente forma parasitária que acomete o Sistema Nervoso Central, com alta incidência em países em desenvolvimento. A contaminação humana com os ovos da Taenia solium processa-se por autoinfestação em indivíduos portadores de teníase ou por heteroinfestação através de alimentos, água e mãos contaminadas. No homem, o sistema nervoso revela-se o local de infecção de maior importância, por sua freqüência de acometimento, gravidade das manifestações clínicas (crises epilépticas, hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica, distúrbios psiquícos e síndrome medular) e letalidade, que varia de 16,4% a 25,9%. O diagnóstico de NCC baseia-se na análise dos exames de neuroimagem, como: Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM). No tratamento, recomenda-se o albendazol e o praziquantel, geralmente em associação com os corticoesteróides. OBJETIVO

Apresentar a acurácia dos métodos de imagem para o diagnóstico da NCC.METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura, a partir de buscas realizadas nas bases de dados do MedLine, Scielo e Lilacs. A maioria dos artigos relacionados foi publicada no periodo compreendido entre os anos de 1999 e 2012.

RESULTADOS E CONCLUSÃO

As manifestações clínicas da NCC , por serem inespecíficas, não permitem, por si só, o diagnóstico da doença. A suspeita diagnóstica deve ser efetuada com base nos antecedentes epidemiológicos, exames de neuroimagem, especialmente TC e RM , que evidencia rão as alterações específicas de acordo com o estágio evolutivo da NCC. No estágio vesicular, é demonstrado

MOTA, R.L.1; GUEDES, F.A.A.1; DANTAS, F.L.A.1; MENDES, R.A.F.1; MOTA, L.G.1; FERREIRA, P.A.C.1; MAGALHÃES, M.J.S.2

Na fase coloidal, há ínicio do processo inflamatório local, gerando edema vasogênico perilesional e espessamento capsular, que faz com o cisto fique mais hiperintenso que o Líquor em T1, T2 e FLAIR.

um pequeno cisto de paredes quase translúcidas com líquido incolor e a visualização do escólex é prova que corrobora com a natureza do processo e pode ser obtida por imagens T1 ou T2/FLAIR.

No período nodular granular, há involução, espessamento progressivo da parede do cisto e deposição de cálcio no líquido interior, que evidencia foco residual calficicado na TC.

O estágio final é o nodular calcificado, no qual ocorre mineralização da lesão, facilmente identificáveis a TC e RM com sequências T2 ou SWI, sem edema perileional.