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PATOLOGIA
A doença de Parkinson (DP) ou Mal de Parkinson, é uma doença degenerativa, crônica e progressiva. Ela ocorre pela perda de neurônios do SNC em uma região conhecida como substância negra. Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição nessa área provoca sintomas principalmente motores.
SUBSTANCIA NEGRA
O sistema nervoso é formado por neurônios que estão conectados entre si através de sinapses.
Os neurônios assemelham-se a uma rede, onde uma região pode comunicar-se com outra através de neurotransmissores, que são substâncias ou moléculas produzidas no corpo celular e transportadas através do axônio até a sinapse. O neurotransmissor pode excitar (ativar) ou inibir o neurônio subseqüente.
No caso da DP o neurotransmissor é a Dopamina.
SUBSTÂNCIA NEGRA
DOPAMINA
A dopamina produzida na substância negra funciona como neurotransmissor inibitório no corpo estriado.
Na DP, há uma diminuição das concentrações de dopamina, logo o corpo estriado torna-se excessivamente ativo, dificultando o controle dos movimentos pela pessoa acometida.
A dopamina está por trás da dependência do jogo (inclusive eletrônicos), sexo, álcool e de outras drogas.
TIPOS DE PARKINSON a) Parkinsonismo idiopático: inclui a Doença de
Parkinson verdadeira, ou paralisia agitante, sendo a forma mais frequente entre as pessoas de meia-idade ou idosas;
b) Parkinsonismo pós-infeccioso: segundo se teoriza, é causado por encefalite viral, sendo atualmente pouco freqüente;
c) Parkinsonismo tóxico: ocorrem em indivíduos expostos a alguns venenos industriais, agentes químicos e drogas;
d) Parkinsonismo atípico: representa um grupo de várias patologias, onde é muito comum haver uma síndrome parkinsoniana associada a outras anormalidades neurológicas.
CAUSAS
Os sintomas da doença devem-se à degeneração dos neurônios da substância negra, porém na maioria das vezes, é desconhecido o motivo que leva a essa degeneração.
O fator genético exerce influência, mas em números, é pouco representativo neste mal.
OUTRAS CAUSAS Uso exagerado e contínuo de medicamentos. Um
exemplo de substância que pode causar parkinsonismo é a cinarizina, usada frequentemente para aliviar tonturas e melhorar a memória, a qual pode bloquear o receptor que permite a eficácia da dopamina.
Trauma craniano repetitivo. Os lutadores de boxe, por exemplo, podem desenvolver a doença devido às pancadas que recebem constantemente na cabeça. Isso pode afetar o bom funcionamento cerebral.
Isquemia cerebral. Quando a artéria que leva sangue à região do cérebro responsável pela produção de dopamina entope, as células param de funcionar.
Freqüentar ambientes tóxicos. Indústrias de manganês (de baterias por exemplo), derivados de petróleo e inseticidas.
SINAIS Tremor de repouso: ocorre quando a pessoa está parada. Diminui ou até desaparece assim que algum movimento voluntário é feito. Rigidez muscular: o aumento da tensão normal dos músculos por conta da doença provoca a limitação dos movimentos. Bradicinesia: os movimentos se tornam lentos, principalmente os realizados em atividades rotineiras, como andar ou pegar um objeto. Alteração postural: a pessoa tende a curvar a cabeça e o tronco para a frente. Marcha prejudicada: o caminhar fica mais lento. Hipominicia: perda da expressão facial e da reação a estímulos externos. Alteração da voz: a fala torna-se baixa.
SINTOMAS
A progressão dos sintomas é lenta. Os primeiros sintomas têm início de modo quase
imperceptível e progridem lentamente, o que faz com que o próprio paciente ou seus familiares não consigam identificar o início preciso das primeiras manifestações.
O primeiro sinal pode ser uma sensação de cansaço ou mal estar no fim do dia. A caligrafia pode se tornar menos legível ou diminuir de tamanho, a fala pode tornar-se mais monótona e menos articulada.
O paciente frequentemente torna-se deprimido sem motivo aparente. Dores musculares são comuns, principalmente na região lombar.
PREVALÊNCIA
Geral 50 anos Antes dos 20 anos é rara; é mais comum em
homens Prevalência = 1 a 3 % da população > 65
anos Incidência = 20 por 100.000 Habitantes/ano Risco de desenvolver a doença = 1 em 40 Maior prevalência = América do norte e
Europa
DIAGNÓSTICO
Eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, análise do líquido espinhal.
Feito por exclusão. Não tem um exame específico para o
diagnóstico e nem para a prevenção. Baseasse na história clínica do doente e no
exame neurológico.
Levodopa ou L-Dopa, medicamento mais importante para amenizar os sintomas da doença.
Cirurgias consistem em lesões no núcleo pálido interno (Palidotomia) ou do tálamo ventro-lateral (Talamotomia)
A longo prazo o uso do medicamento pode causar movimentos involuntários anormais.
Tratamentos Reações Secundarias
OUTROS TRATAMENTOS
Estimulação profunda do cérebro: Marca-passo.
Fisioterapia: reeducação e a manutenção da atividade física são complementos indispensáveis ao tratamento.
Terapia ocupacional: facilitar as atividades diárias do paciente.
Fonoaudióloga: reabilitação da comunicação ou, em simples palavras, uma terapia dirigida à fala e à voz, pode ajudar o paciente.
TABELA DE REMÉDIOS
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
Quando um paciente recebe o diagnóstico de que tem a DP, a maioria das pessoas se surpreende por não perceber as enormes mudanças em sua postura e seus movimentos e mais importante que o tratamento é a adaptação do paciente, mesmo em estágios leves é necessário adaptar-se a doença.
O acompanhamento de pacientes nesses casos é importante para que eles possam seguir suas vidas da forma mais proveitosa possível.
CURIOSIDADE
Após ter-se verificado que a incidência da DP em fumantes e alcoólatras era menor do que nas outras pessoas, os cientistas imaginaram que alguma substância contida nesses produtos inibia a doença.
Porém, os pesquisadores têm uma nova tese: o comportamento viciante, aguçado pela quantidade de dopamina no cérebro, reduz os casos de Parkinson. Pessoas que possuem uma quantidade menor de dopamina, logo, não muita pré-disposição ao vício, apresentam maior chance de desenvolver a doença.
CONCLUSÃO FINAL
Parkinson é uma doença neurológica. Não existe uma causa específica, os sinais e
sintomas são variados. Não tem cura apenas tratamento. É necessário que o paciente tenha um apoio
psicológico para que consiga se adaptar as suas limitações sem perder a vontade de viver.
REFERÊNCIAS
www.doencadeparkinson.com.br www.parkinson.org.br www.abcdasaude.com.br