16
O novo ministro da Saúde Saraiva Felipe confirma a prioridade dada à saúde bucal ENTREVISTA CAMPANHA Em encontro com as entidades odontológicas, ministro da Saúde anuncia campanha de saúde bucal em rede nacional PROJETO DE LEI PL 5391/05, do deputado Gilmar Machado (PT-MG), defende presença do cirurgião-dentista em eventos esportivos Jornal do Conselho Federal de Odontologia | Ano 13 | Nº 67-68 | Jul-Out de 2005 | 287 mil exemplares THDs e ACDs 15 Audiência pública sobre o Projeto de Lei 1140/03, que regulamenta as profissões de técnico em higiene dental e atendente de consultório dentário, reuniu na Câmara dos Deputados o CFO e diversas entidades nacionais. PÁGINA 3 14 14 12 12 15 Por dedicar seus dias a cuidar do sorriso dos brasileiros. 25 de outubro, Dia do CD e da Saúde Bucal. Porque só existe saúde com saúde na boca. Veja o que há para comemorar nas páginas 8 e 9. Parabéns, Cirurgião-Dentista

New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) [email protected] Rubens

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

O novo ministroda Saúde Saraiva Felipeconfirma a prioridadedada à saúde bucal

ENTREVISTA CAMPANHA

Em encontro com as entidadesodontológicas, ministro daSaúde anuncia campanha desaúde bucal em rede nacional

PROJETO DE LEI

PL 5391/05, do deputadoGilmar Machado (PT-MG), defendepresença do cirurgião-dentistaem eventos esportivos

Jornal do Conselho Federal de Odontologia | Ano 13 | Nº 67-68 | Jul-Out de 2005 | 287 mil exemplares

THDs e ACDs

15

Audiência pública sobre oProjeto de Lei 1140/03, queregulamenta as profissões detécnico em higiene dental eatendente de consultóriodentário, reuniu na Câmarados Deputados o CFO ediversas entidadesnacionais.

PÁGINA 3

14141212 15

Por dedicar seus diasa cuidar do sorrisodos brasileiros.

25 de outubro,Dia do CD e da Saúde Bucal.

Porque só existe saúdecom saúde na boca.

Veja o que há paracomemorar naspáginas 8 e 9.

Parabéns,Cirurgião-Dentista

Page 2: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 200522

Dr. Miguel NobrePresidente do CFO

Sede do CFO no Distrito Federal:SHC-AO-Sul-EA-02/08-Lote 05Ed. Terraço Shopping | Torre A/sala 207 |Bairro Otogonal | Brasília/ DFCEP 70660-020Tel: (61) 3234-9909 | Fax: (61) [email protected] | www.cfo.org.br

Escritório no Rio de Janeiro:Av. Nilo Peçanha, 50, Grupo 2316 | Rio deJaneiro/ RJ | CEP: 20020-100Tels: (21) 2122-2200 |Fax: (21) 2122-2229 e 2122-2230

PresidenteMiguel Álvaro Santiago Nobre (RS)[email protected]

Vice-PresidenteAilton Diogo Morilhas Rodrigues (MS)[email protected]

Secretário-GeralMarcos Luis M. de Santana (SE)[email protected]

TesoureiroLester Pontes de Menezes (RO)[email protected]

ConselheirosEmanuel Dias de Oliveira e Silva (PE)[email protected]é Mário Morais Mateus (MG)[email protected]ário Ferraro Tourinho Filho (BA)[email protected]

Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR)[email protected] Côrte Real de Carvalho (SP)[email protected]

Anísia Maria Fialho Abdala (MA)Benício Paiva Mesquita (CE)Genésio Pessoa de A. Júnior (TO)Hildeberto Cordeiros Lins (AL)Jorge dos Passos Corrêa Cobra (SC)José Alaor Demartini Penna (MT)José Ferreira Campos Sobrinho (RN)Laércio Villela Barros (ES)Lucimar de Sousa Leal (PI)Manoel Leopoldo Filho (RR)Maria Carmen de A. M. Jardim (PB)Maria Izabel de Souza Á. Ramos (AP)Marluiz Nunes de Freitas (AC)Messias Gambôa de Melo (PA)Rutílio Caldas Pessanha (RJ)Selene Machado Costa Guedes (AM)Wilson Carneiro Ramos (GO)

P L E N Á R I O

Editorial

Esta autarquia federal, auditada pelo Tribunal de Contas da União, atesta que o Jornal do Conselho Federal deOdontologia possui tiragem de 287 mil exemplares, distribuídos para todos os profissionais de Odontologia inscritosnos Conselhos Regionais, bem como para associações científicas, academias, sindicatos, federações sindicais,universidades, centros de ensino, Congresso Nacional e órgãos da Saúde, Educação e Trabalho ligados às esferasmunicipal, estadual e federal.

Editor e Jornalista Responsável:Marcelo Pinto (MTB 19936)/Sol Comunicações Ltda.Repórteres:Alexandre Feitosa e Vitor Fraga/Rio deJaneiro; Fábio Marçal/DFFotos: Vanor Correia (Descrição da Imagem)Projeto Gráfico e Edição de Arte:Metara Comunicação Visual([email protected] / 21 2242 7609)Jornal do CFO: [email protected]

Capa: Crianças escovando na creche (MarceloPinto); CD e ACD em atendimento, CDposando com paciente (Vanor Correia);Cadeira vazia, homem sorrindo e mulhersorrindo (Site Stock.xchng)

Artigos assinados não refletem, necessariamente,a opinião do CFO e são de responsabilidade dosautores.

Jornaldo CFO

SUA OPINIÃOO CFO perguntou na ediçãopassada: “O cirurgião-dentistaclínico geral deve atender nosCentros de EspecialidadesOdontológicas (CEOs)?”Veja a resposta da classe pelainternet: SIM 50,46%

O CFO quer saber Sua Opinião:Você gostaria de baixar pela Internet o boletobancário para o pagamento da anuidade?

NÃO 49,54%

P a r t i c i p e : w w w . c f o . o r g . b r

DESTAQUEDemocraciae consenso

FALE COM O PRESIDENTE DO [email protected]

“Sucesso nacional”. Assim o pre-sidente do Conselho Federal deOdontologia Miguel Nobre defineo projeto de comunicação do CFOque, através do rádio, leva infor-mação sobre saúde bucal para todoo Brasil, especialmente aos rincõesmais distantes.

Nos últimos sete meses, a par-ceria firmada pelo CFO com a Agên-cia Radioweb, apoiada pela SulAmérica Previdência, possibilitou aprodução mensal de seis boletinsjornalísticos em áudio, que resul-taram em exatos 4.703 aproveita-mentos por emissoras de todos osEstados. Em resumo, este serviçode utilidade pública foi utilizado emmédia por 110 rádios em todo oPaís, por semana, numa audiênciaestimada de 5 milhões de ouvintes

para cada boletim.O projeto funciona assim: sema-

nalmente a equipe de jornalistasda Radioweb produz boletins emáudio a partir de pautas e fontespreviamente definidas com a as-sessoria de comunicação do CFO.A partir daí as matérias são hos-pedadas na página da Radiowebna internet no endereçowww.agenciaradioweb.com.br,onde, mediante uso de senha, po-dem ser acessadas e utilizadas gra-tuitamente pelas emissoras inte-ressadas – hoje há 1.404 rádioscadastradas, além de 11 no exte-rior que transmitem programasem português. Todas as notíciaspodem ser acessadas tambématravés da Rádio CFO, nowww.cfo.org.br.

Rádio CFO, sucesso nacional

Hoje, a Odontologia conta com203.388 cirurgiões-dentistas,16.430 técnicos em prótese dentá-

ria, 5.921 técnicos em higiene dental,51.215 auxiliares de consultório dentá-rio e 3.308 auxiliares de prótese dentá-ria. São exatos 280.327 profissionaisinscritos nos 27 Conselhos Regionais deOdontologia.

No que compete à sua esfera de atua-ção, que é legislar sobre o exercício pro-fissional da odontologia em todo o terri-tório nacional, o CFO tem procurado nãotomar nenhuma decisão sem consultaras partes envolvidas, o que inclui os 27CROs e, em certos casos, também as as-sociações correspondentes.

Um interlocutor fundamental do CFOtem sido o Congresso Nacional. Afinal,lá tramitam projetos de suma importân-cia para o futuro de nossa profissão. Nomomento, um dos projetos que maismobiliza a classe é o PL 1140/03, deautoria do deputado Rubens Otoni (PT-GO) – que trata da regulamentação deTHDs e ACDs – e cuja relatoria está atu-almente nas mãos do deputado MarceloBarbieri (PMDB-SP), na Comissão deTrabalho, de Administração e ServiçoPúblico, da Câmara.

No dia 20 de setembro, participamosda audiência solicitada pelo deputadoJovair Arantes (PTB-GO) para debatereste projeto ao lado das principais enti-dades odontológicas. Política se faz com

consenso, com diálogo, nunca se deveentrar fechado em um debate, com posi-ções irredutíveis. Por isso, não nos con-tentamos em participar desta nem dasaudiências anteriores. Tomamos a inicia-tiva de propor que os CROs fizessem pré-assembléias em seus Estados; em segui-da, votamos as sugestões ao PL 1140/03.

Hoje, no CFO, os profissionais auxili-ares respondem pelas duas comissõesque tratam de suas realidades específi-cas. A de TPDs é composta por JoséAugusto Gomes de Siqueira (presiden-te), Agostinho Fernandes dos Santos Fi-lho, Elias Rosa de Oliveira e NivaldoBurim. A de THDs e ACDs está sob aresponsabilidade de Celina Pereira dosSantos Lopes (presidente), Maria de Fá-tima Veloso Cunha e Maria MaristelaLima Silva.

Cremos na regulamentação de THDse ACDs porque a Equipe de Saúde Bucalprecisa ter THDs e ACDs com uma for-mação profissional adequada, e porqueo CD precisa ter a seu lado um THD eum ACD.

Estamos confiantes que o substituti-vo a ser apresentado em breve pelo de-putado Barbieri contemplará essa reali-dade, de modo que possamos garantir àpopulação brasileira o acesso à saúdebucal que ela merece ter.

Page 3: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

33Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 2005 THD e ACD

Audiência na Câmarareúne deputados eentidades odontológicaspara debater projeto deTHD e ACD. Agora, classeaguarda substitutivo dorelator Marcelo Barbieri(PMDB-SP)

A regulamentação das profissõesauxiliares de técnico em higie-ne dental e atendente de con-

sultório dentário está mais próximade obter o consenso da classe odon-tológica e, conseqüentemente, ser en-caminhada para a aprovação no Con-gresso Nacional, através do Projetode Lei 1140/2003, de autoria do de-putado federal Rubens Otoni (PT-GO).

Ao lado das entidades representa-tivas da classe, o presidente do Con-selho Federal de Odontologia MiguelNobre participou no dia 20 de setem-bro de audiência pública na Comis-são de Trabalho, de Administração eServiço Público - CTASP na Câmarados Deputados. A audiência, promo-vida a pedido do deputado JovairArantes (PTB-GO), que também é ci-rurgião-dentista, serviu para um pro-fundo debate em torno do PL 1140/03, que “regulamenta o exercício dasprofissões de Técnico em HigieneDental e de Auxiliar de ConsultórioDentário”.

Relator: modificaçõesno projeto serão

apresentadasaté novembro

Ao final do encontro, que durouquatro horas, após ouvir representan-tes de todas as partes envolvidas, orelator do projeto, deputado MarceloBarbieri (PMDB-SP), solicitou ao pre-sidente da Comissão, deputado Hen-rique Alves (PMDB-RN), que o seurelatório fosse devolvido para quepudesse promover alterações em fun-ção da audiência pública.

O pedido foi acatado pelo presiden-te e o relator prometeu apresentar asmodificações no projeto em 15 dias.A decisão foi considerada acertadapelo presidente do CFO, Miguel No-bre, para quem “o caminho é da dis-

Regulamentação dos auxiliares

cussão. A discussão é para melhoraro projeto que deve ser um consensoentre as partes envolvidas”.

Já o relator Marcelo Barbieri garan-tiu que o seu relatório vai levar emconta tudo o que foi apresentado etentará chegar o mais próximo de umconsenso. Ele afirmou que o objeti-vo de seu relatório é melhorar a saú-de bucal dos mais de 180 milhões debrasileiros.

Projeto deve seraprovado na Câmara

até o final do anoO presidente da Comissão, depu-

tado Henrique Alves, acredita que oprojeto será aprovado na comissãoaté novembro e aprovado na Comis-são de Constituição e Justiça da Câ-mara em caráter terminativo até o fi-nal do ano, ou seja, não precisará irao plenário da Casa.

Após a conclusão das votações naCâmara, o projeto segue para o Se-nado Federal.

Participaram ainda do encontro: odeputado federal Geraldo Thadeu

(PPS-MG), da Frente Parlamentar daSaúde; o vice-presidente do CFO Ail-ton Rodrigues; o secretário-geral doCFO Marcos Santana; o tesoureiro doCFO Lester de Menezes; o superin-tendente executivo do CFO MárcioCoimbra; o procurador jurídico doCFO José Alberto Cabral; o presidenteda Associação Brasileira de Cirurgi-ões Dentistas (ABCD) Luciano Arti-oli Moreira; vice-presidente da As-sociação Brasileira de Ortodontia eOrtopedia Facial Ronaldo da VeigaJardim; vice-presidente da Associa-ção Brasileira de Saúde Bucal Cole-tiva Helenita Correia Ely, e GilbertoAlfredo Pucca Júnior, coordenadornacional de Saúde Bucal do Ministé-rio da Saúde.

O substitutivoao PL 1140/03

Antes da audiência pública reali-zada na Câmara, no dia 20 de setem-bro, o deputado Marcelo Barbieri jáhavia concluído a primeira versão deseu substitutivo, com base nas audi-ências realizadas por ele com as enti-

Durante a audiência, Miguel Nobre fala com o coordenador nacional de saúdebucal Gilberto Pucca

dades nacionais da odontologia.As alterações propostas no relató-

rio do deputado abarcam “as atribui-ções e vedações de ambos os profis-sionais, de forma a dar uma melhordefinição do papel do Técnico emHigiene Dental e do Auxiliar em Saú-de Bucal, no sentido de garantir apresença e a supervisão do profissio-nal de nível superior, o que, sem dú-vida, ampliará a segurança de todosos procedimentos desenvolvidos noconsultório.”

Em seu relatório Marcelo Barbierialtera o artigo 4º que passa a ser: “oTécnico em Saúde Bucal é o profis-sional qualificado em nível de segun-do grau que, sob supervisão diretaou indireta do Cirurgião-Dentista,executa tarefas auxiliares no trata-mento odontológico.” É acrescenta-do o Parágrafo Único: “A supervisãodireta será obrigatória em todas asatividades clínicas, podendo as ati-vidades extra clínicas terem super-visão indireta.”

Antes de seu substitutivo, o pro-jeto de lei 1140/03 não previa pro-porção entre cirurgiões-dentistas, téc-nicos e auxiliares. Na nova redação,Marcelo Barbieri esclarece que “oTécnico em Saúde Bucal exerce suaatividade, sob a supervisão do Ci-rurgião-Dentista na relação de 01(um) TSB para cada 01 (um) Cirur-gião-Dentista.”

Ainda que a unanimidade nemsempre seja possível na democracia,o presidente do CFO Miguel Nobretorce para que o substitutivo do de-putado Barbieri, que até o fechamen-to desta edição estava sendo revisa-do por causa da audiência do dia 20,contemple a necessidade de se encon-trar um consenso.

“Nós temos um enorme carinho pe-los profissionais auxiliares, e estamosprontos para lhes dar as mãos nessafase de transição, em que eles passa-rão a contar com uma formação pro-fissional à altura de suas responsabi-lidades. Afinal, não existe saúde semequipe, e a equipe tem que ser multi-disciplinar”, conclui Nobre.

Veja a íntegra da primeira versãodo substitutivo do deputadoMarcelo Barbieri (PMDB-SP):wwww.cfo.org.br

Page 4: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 200544 Especialização

N O T A S

CFO participade evento da OAB

O Conselho Federal de Odon-tologia participou da XIX Confe-rência Nacional dos Advogados,promovida pela Ordem dos Ad-vogados do Brasil em Florianó-polis (SC), entre 25 e 29 de se-tembro. O presidente MiguelNobre levou o apoio do CFO àiniciativa da OAB de colocar emdebate a valorização do advoga-do na sociedade atual. “Nuncao profissional do Direito foi tãoessencial para a democracia bra-sileira quanto nestes tempos decrise política”, avaliou.

Conselhosprofissionais realizamreunião em Brasília

No dia 13 de setembro, emBrasília, o CFO reuniu-se com to-dos os conselhos federais de fis-calização profissional, em even-to que teve a participação daprofessora da USP e conselheirado Conselho Nacional de Educa-ção Marilena Chauí (na foto, como vice do CFO Ailton Rodrigues).Foram discutidos temas que afe-tam, de forma comum, os con-selhos federais, como a necessi-dade de revisar os currículos degraduação à luz da Lei de Dire-trizes de Base da Educação(LDB), incluindo a revisão da car-ga horária.

Integrantes fazembalanço das últimasações, de olho nos cursosde especialização

A Comissão de Ensino reuniu-seno dia 7 de outubro no Conse-lho Federal de Odontologia

para avaliar suas últimas ações. Umadelas foi a participação, no final desetembro, em um encontro no Minis-tério da Saúde para discutir a residên-cia multiprofissional em pós-gradua-ção lato sensu (especialização), insti-tuída pelo governo federal através daMedida Provisória 238 de 1º de feve-reiro deste ano.

O presidente da Comissão EmanuelDias de Oliveira e Silva vê com bonsolhos esta modalidade de residência,que garante um auxílio financeiro.

Na prática, tudo que diz respeito àespecialização passa inevitavelmen-te pela Comissão de Ensino, que écomposta também pelos conselheirosRoberto Eluard da Veiga Cavali, Ru-bens Côrte Real de Carvalho e Laér-cio Villela Barros, e é auxiliada pelossetores de Registro e de Especialida-des do CFO.

A esfera de atuação desta Comis-são inclui nada menos que 19 especi-alidades, 919 cursos de especializa-ção e 17 residências, distribuídos portodo o País. Cada turma de especiali-zação precisa, para funcionar, dachancela da Comissão, que avalia aestrutura física, o corpo docente e oconteúdo programático, ou seja, nãosó a qualidade do curso é levada emconta, mas também a competência dainstituição em ministrá-lo.

5 novas especialidades = 94 cursosEm 2001, a 2ª Assembléia Nacio-

nal das Especialidades Odontológicas(Aneo), realizada em Manaus, reuniurepresentantes da classe odontológi-ca de todo o Brasil para discutir evotar as candidatas a novas especia-lidades. Ao final, foram aprovadascinco: Disfunção Têmporo-mandibu-lar e Dor Orofacial, Odontologia paraPacientes com Necessidades Especi-ais, Odontogeriatria, Odontologia do

Comissão deEnsino em ação

Trabalho e Ortopedia Funcional dosMaxilares. Atualmente, elas corres-pondem a 94 cursos de especializaçãoem andamento, o que tem exigidoatenção redobrada da Comissão. “Na-turalmente, com a evolução da ciên-cia, as novas técnicas passam a emer-gir, porém, não se transformarão ne-cessariamente em novas especialida-des, como, aliás, foi o caso da analge-sia (inalatória), que culminou com aregularização do uso do óxido nitro-so”, distingue Emanuel Silva, referin-do-se ao Fórum sobre o Uso da Anal-gesia na Odontologia, realizado emmarço de 2004 no Rio de Janeiro.

Uma das preocupações da Comis-são tem sido o número excessivo decandidatos a cursos de especializaçãoque não se encaixam nem nas normasdo CFO, nem nas do Conselho de Edu-cação ou do Ministério da Educação.“São entidades clínicas, não educaci-onais, com predomínio da visão co-mercial, o que pode representar pre-juízo para a especialização”, analisao presidente da Comissão.

Inscrição temporáriapara estrangeiros

O trabalho da Comissão segue a di-nâmica estabelecida no próprio dia-

a-dia da especialização. Um exemploé a Resolução CFO 55/2004, que criaa “inscrição temporária” para estran-geiros. “O Brasil tem se destacadocomo centro formador em odontolo-gia, na América do Sul, e a Comissãode Ensino estava preocupada com asituação dos estrangeiros, que apesarde possuírem vistos temporários paraficar no País, não estavam autoriza-dos para exercer a profissão, aindaque dentro da esfera do curso, o quepoderia lhes trazer algum tipo de pro-blema ou constrangimento”, explicao conselheiro Rubens Côrte Real.

Outro exemplo é a Resolução CFO27/2002, que institui a ResidênciaOdontológica (em Cirurgia e Trauma-tologia Buco-maxilo-faciais), que es-tabelece, entre outras coisas, que “to-dos os residentes devem realizarplantões hospitalares semanais”.

Segundo Emanuel Silva, tudo oque a Comissão discute e propõe temcomo finalidade a “educação conti-nuada”, ou, dito de outra forma, “fa-zer interagir graduação e pós-gradu-ação, dentro dos limites da especia-lidade”.

Conselheiros Roberto Cavali, Laércio Villela, Emanuel Silva, Rubens Côrte Real e ochefe do Setor de Especialidades José Wilson Lopes

FALE COM A COMISSÃO DE [email protected]

Page 5: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

55Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 2005

Page 6: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 200566 Entrevista

Atualize o seu endereço junto ao CRO

N O T A S

FALE COM O CONSELHEIROROBERTO CAVALI:[email protected]

Roberto Cavali (Curitiba) é especialistaem Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciaise mestre em Educação. Foi chefe do Departamentode Odontologia e vice-diretor do Centro de CiênciasBiológicas e da Saúde da PUC-PR. Ex-presidenteda ABO–PR, há cinco anos é conselheiro federale membro da Comissão de Ensino do CFO.

Roberto Cavali, Conselheiro CFO

“Ao procurar umaespecialização o colega

deve saber se este érecomendado pelo CFO.

Se não for, após o términodo curso haverá problemas

para o registro do diploma eo anúncio da especialidade”

O sr. é membro da Comissão deEnsino e tem larga experiênciano meio acadêmico. Onde oscursos de Odontologia estãoacertando e onde estãoerrando?O erro não é dos cursos de Odonto-logia, mas dos empresários de en-sino que abrem novos cursos de for-ma indiscriminada. Infelizmente,houve conivência do MEC que apro-vou esses cursos sem atentar paraa necessidade social dos mesmos.No momento há uma legislação queprovisoriamente impede a aberturade novos cursos. Espero que ao fi-nal desta medida provisória nãoocorra uma avalanche dos pedidosque devem estar represados espe-rando uma brecha para desaguar nomercado. Não há dúvida que aOdontologia Brasileira é uma dasmelhores do mundo. É também ver-dade que alguns cursos não osten-tam esta mesma qualidade, fato com-provado pela avaliação efetuadapelo MEC anualmente. Para que te-nhamos cursos melhores é impor-tante qualificar cada vez mais oscorpos docentes, melhorar ou man-ter atualizadas as estruturas físicase criar mecanismos rígidos de fisca-lização do cumprimento dos proje-tos pedagógicos. É importante queo projeto pedagógico de cada cursoreflita as condições sociais, mos-trando aos alunos os avanços daOdontologia contemporânea, masfazendo-os conhecer a realidade desuas áreas de atuação.

Fale sobre as últimas ações daComissão de Ensino.

A Comissão de Ensino do CFO tematuado na avaliação dos cursos de es-pecialização que são reconhecidos oucredenciados pelo CFO. Aproveito aoportunidade para mais uma vezlembrar os nossos colegas que aoprocurarem um curso de especializa-ção, informem-se se ele é recomen-dado pelo CFO. Se não for, após otérmino do curso haverá problemaspara o registro do diploma e a possi-bilidade do anúncio da especialida-de para o exercício profissional. Ou-

tra forma de atuação da Comissão deEnsino é fiscalizar e, quando for ocaso, denunciar às autoridades com-petentes os abusos que são cometi-dos por algumas instituições em re-lação aos cursos de especialização.Também estamos acompanhando,juntamente com as demais entidadesnacionais, a regulamentação da MP238 de 01/02/05 que trata da Residên-cia em Área Profissional de Saúde.

Como ex-presidente de umaseccional da ABO, como vê o

papel das associaçõescientíficas?As associações de classe desempe-nham, por meio de seus departamen-tos científicos, um papel fundamen-tal para a capacitação dos colegas.Em muitos rincões do nosso País, aúnica forma de atualização é por meiodas entidades de classe. A maioria dasassociações não fica nada a dever àsinstituições de ensino, seja no aspec-to físico ou na capacidade do corpodocente. E as entidades de classe co-operam com o desenvolvimento daodontologia brasileira não só pormeio dos cursos de especialização,mas também através de palestras,cursos de aperfeiçoamento, simpósi-os e congressos.

E o futuro da odontologiabrasileira?Ele pode ser visto sob duas óticas: aodontologia particular que está sem-pre acompanhando os avanços daciência e oferecendo aos pacientes asmelhores técnicas e os materiais deúltima geração; e a odontologia pú-blica que tem diante de si um déficitde cerca de 30 milhões de brasileirosque nunca foram a um consultórioodontológico. O governo tem procu-rado mudar este quadro por meio deprogramas como o Brasil Sorridentee o PSF. É preciso oferecer à popula-ção com menos recursos as mesmascondições ofertadas pela odontologiaparticular aos que podem pagar. E istosó pode ser feito pelo poder público.

Aldo Rebelo, novopresidente da Câmara

O jorna-lista alago-ano AldoRebelo, doPCdoB deSão Paulo,foi eleito onovo presi-dente daC â m a r ados Depu-tados, no

dia 28 de setembro. Em segun-do turno, Aldo venceu por 258votos a 243 o deputado JoséThomaz Nonô (PFL-AL). No pri-meiro turno, Rebelo e Nonô fi-caram empatados com 182 vo-tos cada um. Dos dez deputa-dos inscritos para disputar a pre-sidência, quatro anunciaram adesistência antes do início davotação, entre eles o presiden-te do PMDB, Michel Temer, quena última hora declarou apoioa Nonô.

Aldo Rebelo, ex-líder do go-verno na Câmara e ex-ministroda Coordenação Política, assu-me o cargo com a tarefa demanter a agenda de votações,em meio à grave crise política,e buscando recuperar a ima-gem de seriedade do parlamen-to após a gestão de SeverinoCavalcanti.

Líder estudantil no final da dé-cada de 70, Rebelo chegou a sereleito presidente da UNE (UniãoNacional dos Estudantes) em1980.

Governador de SãoPaulo abre Congressode Osseointegração

O governador de São Paulo,Geraldo Alckmin, esteve naabertura oficial do Congresso deOsseintegração que aconteceuem setembro no Palácio dasConvenções do Anhembi, emSão Paulo (SP). O evento, quecelebrou os 40 anos da especi-alidade, contou ainda com apresença do coordenador naci-onal de Saúde Bucal, GilbertoPucca, representando o minis-tro da Saúde, e do conselheiroLaércio Villela Barros, pelo Con-selho Federal de Odontologia.

Page 7: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

77Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 2005 SUS

Coordenador nacionalde Saúde Bucal garantepara breve portariaministerial sobre o tema

No início de 2004, o Jornal doConselho Federal de Odontolo-gia divulgou que o Ministério

da Saúde passava a garantir ao cirur-gião-dentista o direito de assinar a Au-torização de Internação Hospitalar(AIH). A medida, viabilizada graçasa uma modificação no sistema de in-formações do Sistema Único de Saú-de (SUS), foi bastante comemoradapela categoria, pois até então os CDsdependiam de médicos ou enfermei-ras para internar e tratar um pacienteem ambiente hospitalar.

No entanto, passados quase doisanos, a AIH ainda não é regulada por

Autorização deinternação hospitalar

nenhum tipo de lei. A cirurgiã-den-tista Jussara Paulo da Costa Arsky,servidora pública do município deSantos (SP) há 30 anos, sentiu na pelea falta da regulamentação. Auditorada Secretaria Municipal de Saúde, as-sim que leu a notícia ela foi procurara lei a fim de divulgar aos colegas egestores da rede pública hospitalar.“Eu mesma procurei na internet, ecomo não encontrei, pedi para o se-tor jurídico (da Secretaria de Saúde)pesquisar”, conta. Ela também pre-tendia citar a possível lei em suamonografia de conclusão de curso deAuditora. Teve que desistir, pois nãohavia.

A rotina da CD Jussara é auditar arede pública de saúde de Santos, in-cluindo o Hospital Artur DominguesPinto, que mantém de plantão umcirurgião-dentista especialista em

Bucomaxilofacial. Sua dúvida é comoo CD poderá defender seu direitocaso este seja negado. “É claro quehavendo uma lei esse direito fica maisamparado, eu posso afirmá-lo commais segurança”, avalia.

Procurado pelo Jornal do CFO, o co-ordenador de Saúde Bucal do Minis-tério da Saúde Gilberto Pucca garan-tiu: o Ministério publicará em breveuma portaria sobre o direito do CD as-sinar a AIH nos hospitais do SUS.

Em resposta ao receio da CD Jussa-ra, Pucca diz que se um gestor negareste direito o caso deve ser denuncia-do imediatamente à Ouvidoria do SUS,pelo telefone 0800-611997 ou no ende-reço eletrônico www.saude.gov.br/ouvidoria. “Os gestores que fazemesta exigência (de que haja uma leipublicada) estão mal informados”,rebate. Com a notificação, os técni-

cos do Ministério da Saúde entrarãoem contato com o gestor a fim de es-clarecê-lo sobre a mudança.

O coordenador prefere relativizara importância da portaria ministeri-al. Segundo Pucca, “ela é apenas umcuidado a mais para esclarecer o ges-tor”. Em outras palavras, o direito doCD de assinar uma AIH não está con-dicionado à publicação da portaria.

O presidente do CFO Miguel No-bre concorda com a preocupação dacolega Jussara Arky, até porque,como ele observa, atualmente cercade 40% dos CDs trabalham no SUS.Mas pondera que no Brasil somentea lei não basta. Afinal, certos hábitoslevam tempo para mudar e a mobili-zação da categoria é essencial paraassegurar suas conquistas.

MARCELO PINTO

Page 8: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 200588 Dia do CD

Dirigentes nacionaisavaliam o mês doCirurgião-Dentistae da Saúde Bucal

Tudo bem, a Odontologia ainda nãochegou naquele estágio tão sonha-do em que: 1) a população tem suas

carências 100% atendidas; 2) a preven-ção é um valor amplamente dissemina-do; 3) o mercado absorve todos os re-cém-formados; 4) um novo curso de gra-duação só é aberto se há comprovada ne-cessidade social para isso; 5) um pro-grama de saúde bucal como o Brasil Sor-ridente torna-se uma política de Estadopermanente e não mais ação de um go-verno apenas; 6) o cirurgião-dentista, otécnico em prótese dentaria, o técnicoem higiene dental e o atendente de con-sultório dentário são profissionais reco-nhecidos e valorizados por toda a socie-

AcreCampanha de valorização profissio-nal nos meios de comunicação ecampanha de combate ao exercícioilegal da profissão. Escovódromo empraças públicas, almoço de confra-ternização e apoio aos cursos daABO-AC.

Alagoas

Cursos com especialistas e palestraseducativas. Festa comemorativa,com entrega de certificados e hon-rarias.

AmazonasPromoção, em parceria com a Uni-versidade Federal do Amazonas e aUniversidade Estadual do Amazonas,das Jornadas Odontológicas das fa-culdades e do 1º Fórum estadual depromoção de saúde bucal. Haverásessões solenes na Câmara Munici-pal de Manaus e na Assembléia Le-gislativa. Coquetel com solenidadede entrega de medalhas e homena-gens.

AmapáAções preventivas e educativas narede escolar. Cursos com especialis-tas e sessão solene com homena-gens.

25 de outubro: o quedade – especialmente por aqueles que for-mulam as políticas de saúde.

Mas se a Odontologia ainda não che-gou lá, ao menos já é possível afirmarque alguns dos passos dados vão norumo certo – ainda que às vezes exijamum ajuste de rota aqui e ali.

Começando pelos acertos, vale regis-trar outra vez a coerência do governodo presidente Lula nesse setor, que temsido uma de suas prioridades. Com apalavra, o coordenador de Saúde Bucaldo Ministério da Saúde Gilberto Pucca:“Antes da nossa gestão, eram 4 mil Equi-pes de Saúde Bucal atendendo 18 mi-lhões de brasileiros. Hoje, temos maisde 11.500 ESBs, que atendem 58 mi-lhões de habitantes. Em toda a históriado SUS, foram contratados 50 mil CDs.Desde o início do governo Lula, já abri-mos mais 28 mil vagas, uma marca his-tórica. Temos 185 unidades especiali-zadas em saúde bucal, os CEOs. Até ofinal deste ano, vamos cumprir a meta

de 400 CEOs, e atingir 13 mil ESBs.”

“Mistura deesperança e vigília”

O presidente do Conselho Federal deOdontologia (CFO) Miguel Nobre achaque o momento que a odontologia viveé “uma mistura de esperança e de vigí-lia”. “Temos de ficar atentos para quetanta promessa de coisa boa não desá-güe em frustração”, alerta.

Já o presidente da Federação Nacio-nal dos Odontologistas (FNO) FernandoGueiros faz coro à preocupação de No-bre, mas radicaliza na crítica ao momentoatual. “Ao invés de comemoração estedeveria ser um dia de protesto”, diz. Oprotesto se justificaria pela nada agradá-vel possibilidade, segundo ele, do pro-jeto de lei do piso salarial (PL 4556/94)ser “mais uma vez” derrubado. Isso mes-mo. Gueiros lembra que o mesmo pro-jeto, apesar de aprovado em plenário, foivetado sempre que precisou da assina-

tura dos presidentes Sarney, Itamar e Fer-nando Henrique. “Temo que Lula faça omesmo”, antecipa. Ele justifica seu ceti-cismo ao lembrar o aumento pífio de0,1% dado pelo atual presidente da Re-pública aos servidores públicos federais– “decisão que costuma influenciar asadministrações estaduais e municipais”,salienta.

O presidente da Associação Brasilei-ra de Cirurgiões-Dentistas (ABCD) Luci-ano Artioli, por sua vez, prefere ser oti-mista. “Apesar de todas as dificuldades,há muito o que comemorar, sim. A odon-tologia vem demonstrando um nível deorganização que até então não era conhe-cido. Isso permite que a gente sonhe comconquistas para a classe nos próximosanos”, vislumbra.

Opinião semelhante tem o presidenteda Federação Interestadual dos Odonto-logistas (FIO) JoséCarrijo Brom.“Passamos a

BahiaAções de promoção e prevençãopara a saúde bucal na rede públicado Estado e do município, em par-ceria com a Secretaria de Saúde doEstado, faculdades e entidades daárea. Sessão solene na Câmara Mu-nicipal de Salvador e na ABO-BA.

CearáAtividades educativas no centro deFortaleza, em parceria com a ABO-CE. Solenidade de entrega de títulose homenagens aos CDs, além do 2ºPrêmio “Imprensa Saúde Bucal”, quedestaca a melhor reportagem sobreo tema.

Distrito FederalFesta de comemoração em casa deeventos.

Espírito SantoAtividades científicas, culturais e so-ciais na EAP/ABO-ES, com destaquepara o curso de Odontologia emSaúde Pública. Cerimônia religiosa naIgreja São Pedro, e festa de confra-ternização.

GoiásLançamento da campanha de valo-rização do cirurgião-dentista, com

distribuição de panfletos paraa população e atividades cul-turais. Campanha de pre-venção do câncer de bocae 1ª caminhada do cirur-gião-dentista de Goiás pelaqualidade de vida. Haverásessão especial na AssembléiaLegislativa, além de cursos e pa-lestras, jantar comemorativos e umtorneio de futebol.

MaranhãoCursos e palestras com especialistas,além de comemoração festiva.

Minas GeraisCursos com especialistas e solenida-de comemorativa, com coquetel e en-trega de certificados e homenagens.

Mato GrossoJornada acadêmica, em parceria comuniversidades locais, com acadêmi-cos e especialistas. Lançamento delivros da área odontológica e cerimô-nia com homenagens aos CDs.

Mato Grosso do SulLançamento da 8ª Campanha Nacionalde Prevenção ao Câncer de Boca. Al-moço e solenidade comemorativa, alémde palestras e torneios esportivos.

ParáAtividade pedagógicade prevenção em reservaecológica local, apresen-tação de peça de teatrosobre saúde e ecologia,torneio de tênis e o “Baile daGranada”, onde são entreguesas homenagens e medalhas co-memorativas.

ParaíbaCampanha de Saúde Bucal em par-ceria com a Secretaria de Saúde doMunicípio de João Pessoa e Sesi/JP.Atendimento à população e distribui-ção de material educativo sobre pre-venção. Realização de cursos comespecialistas.

PernambucoSemana de Combate ao Câncer deBoca, dando seguimento à campa-

A agenda dos CROs

8

Page 9: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

99Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 2005 Dia do CD

e há para comemorarter uma política de saúde bucal. A Odon-tologia vai poder com isso resgatar umdireito que a grande maioria da socieda-de ainda não tem, que é o acesso à aten-ção em saúde bucal; para a classe, signi-fica a geração de novos empregos.” Ape-sar do entusiasmo, ele aponta um com-plicador: o crescente exército de profis-sionais que o mercado não consegueabsorver.

“Fase de transição”Para o presidente da Associação Bra-

sileira de Ensino Odontológico (Abeno)Antonio Cesar Perri, “o cirurgião-den-tista está passando por uma fase de tran-sição, com muita dificuldade no merca-do de trabalho.” Para ele, as expectati-vas geradas por programas como Bra-sil Sorridente devem ser projetadas nolongo prazo. “A verdade é que a maio-

ria dos CDs está lutando para se man-ter”, diz ele. Segundo Perri, os ín-

dices macroeconômicos não se re-

fletem no comércio interno, especial-mente na odontologia. Avaliação corro-borada pelo coordenador do setor odon-tológico da Associação Brasileira da In-dústria de Artigos e Equipamentos Médi-cos, Odontológicos, Hospitalares e de La-boratórios (Abimo), Paulo Roberto deSouza. “Não temos o que comemorar,pois tivemos uma queda nas vendas nes-te ano de 8 a 12%, na indústria, comér-cio e nos serviços (cirurgiões-dentistase protéticos) em relação ao ano passa-do.” Segundo ele, o que tem ajudado osetor a sobreviver e a girar são as ex-portações, apesar do dólar baixo.

Diretor da Doctor Rio, revendedorade materiais e equipamentos odontoló-gicos instalada no Rio de Janeiro, Fer-nando Jorge é fulminante no diagnósti-co: “a comemorar, apenas a sobrevivên-cia”. Mesmo assim, ele reconhece “umponto positivo”: “os CDs estão vendo aOdontologia com olhos mais empresa-riais, a clínica é uma empresa, e esse

amadurecimento parece que está conso-lidado.” Segundo pesquisa patrocinadapelas entidades nacionais da odontolo-gia e realizada pelo Instituto Brasileirode Pesquisa (Inbrape), em 2003, 70%dos CDs têm clínica particular. “Um ci-rurgião-dentista precisa investir em ma-rketing e cortar custos, como qualquerempresário. Eu comemoro essa visãomais pragmática da Odontologia”, ava-lia Fernando Jorge.

Ações no CongressoNacional

Pragmático, o presidente da Associa-ção Brasileira de Odontologia (ABO) Nor-berto Lubiana comemora as portas aber-tas da Federação Dentária Internacional(FDI), com quem a entidade firmou con-vênios que permitem, por exemplo, quetodo CD brasileiro pague por um con-gresso da FDI o mesmo valor de um con-gresso da ABO. Além disso, Lubianadestaca “as ações de todas as entidades

representantes da classe no CongressoNacional, em defesa da Odontologia eda saúde bucal da população.”

“Acho que devemos comemorar oavanço da Odontologia no cenário cientí-fico nacional e internacional”, opina opresidente da Academia Brasileira deOdontologia (AcBO) Placidino Brigagão.Para ele, “a odontologia caminha cada vezmais para uma ação integral de saúde”.

Mas a melhor notícia de todas para oCirurgião-Dentista e a Saúde Bucal é,muito provavelmente, o fato de haverhoje uma política para o setor como nun-ca houve. “Colocamos o cirurgião-den-tista no lugar de onde nunca deveria tersaído”, discursa o coordenador nacionalde saúde bucal. Ao que o presidente doCFO completa, com uma ressalva: “Cabeagora às entidades e a toda a categoria,articuladas com o poder público e a clas-se política, não só manter essas conquis-tas, mas fazê-las avançar”.

MARCELO PINTO (COM VITOR FRAGA)

nha iniciada em ju-lho deste ano. Jornada

Odontológica, além de cur-sos com especialistas e festade confraternização.

PiauíDivulgação na mídia da “Campa-

nha de valorização do CD”, em par-ceria com entidades odontológicas.

de futebol. Festival de música, sa-raus e diversas atividades culturais.

RondôniaPalestras educativas sobre preven-ção em saúde bucal nas escolas.Campanha de orientação para auto-exame de câncer de boca, além decursos com especialistas e do “Bailedo Cirurgião-Dentista”.

RoraimaRealização, em parceria com as en-tidades da área, da 9ª JornadaOdontológica e do 3º Encontro deAuxiliares e Técnicos da Odontologia.Jantar comemorativo, além da vei-culação de entrevistas em progra-mas locais de rádio e tv.

Rio Grande do SulConcurso “Saúde bucal nas escolas”,em parceria com a Secretaria Esta-dual de Educação. Atividades pre-ventivas na rua, como a 3ª Caminha-da do Sorriso e 4ª Semana estadualde promoção da Saúde Bucal. Sole-nidade de entrega das inscrições deremidos. Palestras, mesas-redondase jantar dançante.

Santa Catarina“Dia na praça”, em parceria com aABO-SC e a prefeitura de Florianópolis.

Noite de autógrafos para lançamentode livros escritos por CDs, didáticose não-didáticos. Cursos com especi-alistas e encontros técnicos no inte-rior, com ações em locais públicos.

SergipeAtividades voltadas para a socieda-de em praças e feiras livres, realiza-das em parceria com a SecretariaMunicipal de Saúde de Aracaju. Fes-ta de confraternização para os cirur-giões-dentistas e mesa-redonda so-bre saúde bucal na sede do CRO, alémde apoio a atividades promovidaspela Universidade Tiradentes sobreeducação em saúde.

São PauloEvento no “Memorial da América La-tina”, com entrega de certificados emedalhas, homenagens especiais ecoquetel.

TocantinsEm Palmas, acontece a “Semana Ci-entifica Odontológica”, com aplica-ção de flúor em crianças, cursos etorneio de futebol, numa parceriacom ABO e sindicato. No dia 28, apopulação de Araguaína recebe oatendimento voluntário de profissi-onais e estudantes do Instituto To-cantinense Antonio Carlos.

ParanáRealização do “Domingo no par-que”, em parceira com a ABO-PR, com distribuição de folhe-tos educativos, montagem degabinete odontológico móvel daUniversidade Federal do Paraná,com divulgação de procedimen-

tos preventivos. Atividades educa-tivas, voltadas para o público infan-

til. Jantar do dia do cirurgião-dentis-ta. Parceria com a AERP – Associaçãodas Emissoras de Radiodifusão do Pa-raná para divulgação de jingles eanúncios institucionais na mídia.

Rio de JaneiroCiclo de palestras em diversos municí-pios. Lançamento da I Campanha Muni-cipal de Prevenção ao Câncer Bucal nomunicípio de Eng. Paulo de Frontin, emparceria com a prefeitura local. Haverátambém Encontro de Cirurgiões-Den-tistas de Miguel Pereira e EncontroMultidisciplinar da Zona Oeste.

Rio Grande do NorteDebates e palestras abertos à co-munidade sobre temas de saúdepública. Ação de prevenção coleti-va, em parceria com a ABO. Jorna-das acadêmicas com exposição co-mercial de material odontológico.Caminhada, corrida rústica e torneio

Page 10: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 20051010 Entrevista

N O T A S

Conselhos Federaisde Saúde debatemprevenção integrada

Nos dias 8 e 9 de setembro, oCFO (através de seu vice AiltonRodrigues, do conselheiro JoséMário Mateus e da representan-te Mônica Portilho) reuniu-secom os demais conselhos fede-rais de saúde na UniversidadeFederal de Minas Gerais para fa-lar de “integração multidiscipli-nar em saúde”. O evento fez par-te do Fórum Nacional de Preven-ção Integrada na Área de Saúde,promovido pelos Conselhos deSaúde, o Conselho Federal deEducação Física e o Ministério daSaúde.

Alerta sobre produtose equipamentos“fora-da-lei”

A Abimo – Associação Brasilei-ra da Indústria de Artigos e Equi-pamentos Médicos, Odontológi-cos, Hospitalares e de Laborató-rios – lançou um alerta (www.abimo.org.br/alerta/alerta.htm)sobre os riscos da aquisição e usode produtos odontológicos-mé-dico-hospitalares e de laborató-rios em desacordo com a legisla-ção sanitária. Os infratores estãosujeitos à pena de 10 a 15 anos,por tratar-se de crime hediondoe contra a saúde pública.

CFO prestigia 20 anosda Folha Dirigida

O tesoureiro do CFO LesterPontes de Menezes prestigiou, nanoite de 15 de setembro, a co-memoração pelos 20 anos doGrupo Folha Dirigida. A solenida-de foi realizada no CopacabanaPalace e contou com a presençade autoridades como o ministroda Educação Fernando Haddad eparlamentares. O Grupo Folha Di-rigida especializou-se na cober-tura de educação e turismo, sen-do hoje referência nacional na di-vulgação de concursos públicos.

Paulistano, Rubens Côrte Real de Carvalhoé mestre, doutor e livre docente em Dentística,professor associado do departamento de Dentísticada USP e vice-coordenador da pós–graduaçãodo mesmo departamento.Ex-conselheiro do CRO-SP, é conselheiro federale membro da Comissão de Ensino do CFO.

Rubens Côrte Real, Conselheiro CFO

“No Estado de São Paulo,onde ocorreu a maior

abertura de faculdades, omercado não absorveu estesprofissionais. Sem alunos,

as faculdades acabamfechando, deixando pra trásum grande número de CDs

desempregados”

FALE COM O CONSELHEIRORUBENS CÔRTE [email protected]

Como o sr. avalia hoje a trocade informações entre osConselhos de Odontologia?A troca de informações é de alta im-portância para se conseguir unifor-mizar as condutas e receber com ra-pidez e exatidão as questões queocorrem nos Estados. Isso deve con-tinuar melhorando para que alcan-cemos o nosso objetivo de apoiar asações dos CROs, promovendo a tãoalmejada integração. Sabemos quenem todos os conselheiros podemestar em todas as comissões, mas namedida em que a informatizaçãocrescer poderemos objetivar maisainda a velocidade de atualizaçãodas comunicações.

O que dizer da ação do MEC naavaliação da necessidade social,pré-condição para se abrir ounão um novo curso deodontologia?Muitas vezes nos sentimos perdidospela ambigüidade de objetivos dasatitudes governamentais. Por umlado, devemos crescer em númerode pessoas com diploma universitá-rio para cumprir metas estabelecidas,e por outro lado esbarramos numacrescente oferta de profissionais con-centrados nas grandes cidades, ondea renda das pessoas permite a sobre-vivência de profissionais não aten-dendo às zonas mais carentes. Sabe-mos que esta má distribuição é cau-sada pela falta de incentivo ou deuma política voltada para as popu-lações de regiões menos assistidasque não têm condições de pagar porum atendimento odontológico. Ape-sar do MEC tentar controlar a aber-tura de novas faculdades, com oapoio dos órgãos de classe, que in-sistentemente denunciam a pletorade profissionais na nossa área, umaforça maior de interesses comerciais

vence. No Estado de São Paulo, porexemplo, onde ocorreu talvez a mai-or abertura de faculdades de odonto-logia, o próprio mercado não conse-guiu absorver estes profissionais, oque faz com que estas faculdades nãotenham mais alunos e acabem fechan-do, deixando para trás um grande nú-mero de CDs desempregados. Espe-ramos que nossos dirigentes se cons-cientizem disso e não coloquem maisa culpa nos cirurgiões-dentistas, pois,apesar de termos um grande número

de profissionais lançados no merca-do, não foi possível ainda reverter oquadro de desdentados deste País.

Como o sr. vê o Projeto de Lei1140/03, que regulamenta asprofissões auxiliares de THD e ACD?Estivemos recentemente na audiên-cia pública em Brasília para discutiro projeto e verificamos que quemdefende a regulamentação dos pro-fissionais faz um apelo em relação aestas profissões, deixando no ar deque o problema do atendimento àpopulação será solucionado com acriação dos THDs e ACDs. Falar comose a mera regulamentação destes pro-fissionais fosse a tábua salvadora é

não enfrentar a complexidade daquestão. Argumentar que o aumentode THDs e ACDs vai fazer um barate-amento do custo do tratamento nãoé verdade, pois quantos concursosforem abertos para THDs teremos láa presença do cirurgião-dentista, jáque os auxiliares estão em númeromuito menor nos Estados. Além dis-so, o profissional de nível universi-tário está à disposição e não se temcusto na formação, ao passo que oTHD terá custo de formação e para sechegar a proporção pretendida teremosmuito tempo e dinheiro a ser gasto.Nesta mesma audiência o dr. Nobredenunciou que a verba prometida pelogoverno na formação de ACD nuncachegou e teremos que tomar nova-mente uma posição a este respeito.

Um Congresso semiparalisado,em flagrante crise derepresentatividade, é ruim paraa democracia. Como o CFO é uminteressado direto no bomfuncionamento da Câmara e doSenado, já que lá tramitamprojetos de interesse da classe,qual sua expectativa para aspróximas eleições?Nunca se trabalhou como nesta dire-toria para se conseguir que o CFOtenha uma grande participação nosprojetos de lei de interesse da classe.O prejuízo da paralisação é grandepara a odontologia e mais ainda parao País. Espero que esta forma de lim-peza seja usada para se conseguiruma casa de legislação forte e limpa,como também para mostrar a impor-tância de se escolher os nossos diri-gentes com seriedade, não se deixan-do levar por apelos populistas.

Page 11: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

1111Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 2005

Page 12: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 20051212

Completando o primeirotrimestre à frentedo Ministério da Saúde,o médico José SaraivaFelipe quer fazer valersua experiência paracolocar em práticaum “pacto em defesado SUS”.

O novo ministro estudou Me-dicina na UFMG, fez mes-trado e especialização em

Saúde Pública na Fiocruz, foi pro-fessor da UFMG e da Fiocruz, se-cretário municipal de Saúde deMontes Claros (MG), secretário na-cional de Serviços Médicos do Mi-nistério da Previdência (1985-88),secretário de Ciência e Tecnologiado Ministério da Saúde (1989-90)e secretário estadual de Saúde deMinas Gerais (1991-94).Experiência política também nãolhe falta: Felipe interrompeu seuterceiro mandato como deputadofederal pelo PMDB (era líder dopartido na Câmara) ao aceitar oconvite do presidente Lula – con-vite que, aliás, incluiu um pedidoespecial: que a Saúde Bucal conti-nuasse sendo tratada como umadas prioridades de sua gestão.

A MARCELO PINTO

No dia de sua posse, o sr. disseter orgulho de ser político eavisou que politizaria oMinistério da Saúde, com aressalva de que politizar nãosignificaria “partidarizar”.Como explicar essa diferença?Quando assumi o Ministério daSaúde, deixei claro que meu traba-lho seria pautado pela parceria en-tre as três esferas de governo. Porisso, propus a definição de umaagenda de compromissos e uma se-

Entrevista

Pacto em defesa do SUS

leção de prioridades para nortear asiniciativas de pactuação entre osgestores. Cada uma a seu tempo, deacordo com a viabilidade da execu-ção das ações.Criar oportunidades de promoçãode iniciativas dedefesa dos prin-cípios do Siste-ma Único deSaúde (SUS) éparte desse com-promisso. Oavanço do siste-ma deve serpautado pelodesenvolvimen-to de ações articuladas pelas esfe-ras federal, estadual e municipal degoverno, no sentido de reforçar oSUS como política de Estado e nãocomo política de governos. É essetrabalho articulado, fruto de dis-

cussão e ponderação entre os ges-tores que chamo politização do Mi-nistério da Saúde. Acredito que as-sim fica mais viável ajustar a capa-cidade do sistema às necessidadesdos usuários.

Por outro lado,penso que politi-zar o SUS tam-bém seja traba-lhar no desen-volvimento deestratégias demobilização so-cial que promo-vam a consciên-cia de que saúde

é um direito de cidadania. Portan-to, é fundamental que os três en-tes federados sejam precursoresdesse diálogo com a sociedade or-ganizada, atingindo parlamentos,universidades, sindicatos, associa-

ções corporativas, igrejas, mídia emovimentos sociais.

Embora tenha mudadoos titulares das principaissecretarias do Ministério,o sr. manteve o coordenadornacional de Saúde BucalGilberto Pucca. Esta é umasinalização de que o programaBrasil Sorridente está indobem e deve continuar? Oprograma seguirá o mesmoplanejamento anunciado noinício do ano?Quando o presidente Lula me con-vidou para assumir a pasta da Saú-de e fazer parte da sua equipe, merecomendou que a Saúde Bucal de-veria continuar a ser tratada comouma das grandes prioridades denossa gestão. O Dr. Gilberto Puccaestá à frente dessa política desde o

Saraiva Felipe, ministro da Saúde

“O avanço do sistema deve serpautado por ações articuladaspelas esferas federal, estaduale municipal de governo, parareforçar o SUS como políticade Estado e não de governos”

“Quando o presidente Lula me convidou, me recomendou que a Saúde Bucal continuasse como prioridade de nossa gestão”

Page 13: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

1313Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 2005

N O T A S

Escova e pasta dentalpara 18 milhões

Neste segundo semestre, asequipes de saúde bucal do pro-grama Brasil Sorridente, do Mi-nistério da Saúde, vão distribuira cerca de 18 milhões de pesso-as um kit com escova e pasta dedente.

“Não adianta fazer o trata-mento se depois quase metadeda população não tem comomanter os dentes e a boca lim-pos”, resume o coordenadornacional de saúde bucal e do pro-grama Brasil Sorridente, Gilber-to Pucca

Ainda BrasilSorridente

A propósito: atualmente,11.500 equipes de saúde bucalatendem 58 milhões de pesso-as em 3,8 mil municípios brasi-leiros. A meta é chegar a 13 milequipes.

Governo correpara cumprir metade 400 CEOs

O programa Brasil Sorridenteconta com 185 Centros de Es-pecialidades Odontológicas(CEOs) em 85 cidades do País.

Até o fim do ano, a meta éaumentar o número de CEOspara 400 unidades. Os centrosgarantem tratamentos mais es-pecíficos como de endodontia,restaurações, problemas degengiva, próteses e câncer deboca.

Jornal do CFO revelaopinião dividida

A propósito, a seção “Sua Opi-nião” do Jornal do CFO, divulga-da na última edição, revelou quea categoria odontológica está di-vidida sobre a obrigatoriedadedo cirurgião-dentista possuir es-pecialização para atuar nos Cen-tros de Especialidades Odonto-lógicas. A pergunta “O cirurgião-dentista clínico geral deve aten-der nos Centros de Especialida-des Odontológicas (CEOs)?” foirespondida por 21.182 pessoas,sendo que 50,46% responderam“não” e 49,54% “sim” – uma di-ferença de menos de 1%

início da gestão e o Brasil Sorriden-te está demonstrando que vem sen-do gerenciado com muita compe-tência. Hoje o Brasil já conta commais de 11 mil Equipes de SaúdeBucal no Saúdeda Família, issosignifica umapopulação ads-crita de mais de58 milhões depessoas; esta-mos com maisde 180 Centrosde Especialidades Odontológicas emfuncionamento; já fluoretamos maisde 150 estações de tratamento deágua, entre diversas outras frentesque temos trabalhado. Não tenho amenor dúvida que a Saúde Bucalestá sendo e será uma das grandesdiferenças de nosso governo.

Que área do SUS inspira maiscuidados do governo?A Constituição Brasileira de 1988 es-tabeleceu a saúde como um direitode todos e um dever do Estado. Foiassim que nasceu o Sistema Únicode Saúde (SUS), uma das maioresconquistas da sociedade brasileira.Podemos dizer, com tranqüilidade,que o SUS é a grande porta de aces-so ao que há de mais concreto emtermos de inclusão social neste País.Mesmo reconhecendo as dificulda-des do sistema, os serviços do SUSestão disponíveis para os cerca de184 milhões de brasileiros.Em seu percurso o SUS está sem-pre a exigir permanentes estratégi-as intergovernamentais de media-ção e gestão cooperativa, além deum arranjo organizacional condi-zente com as distintas realidades enecessidades do País. Nesse senti-do, um desafio está colocado paratodos que tomam parte da constru-ção do SUS: manter o foco nos seusprincípios doutrinários e organiza-tivos, mesmo diante da fragmenta-ção, da burocratização e da hetero-geneidade de entendimento e daspráticas que hoje o caracterizam,em alguns casos, ameaçando suaprópria identidade.

Estamos implementando umaagenda de compromissos por pac-tuação tripartite que possibilite aefetivação de acordos entre os entesfederados para a reforma de alguns

aspectos da insti-tucionalidade vi-gente e promovainovações em al-guns processos einstrumentos degestão. A qualifi-cação da gestão éfundamental para

a efetividade, eficiência e qualidadeàs respostas do SUS.

A regulamentação da Emenda29 (que garante a cota doorçamento a ser investida emsaúde pelos governosestaduais e municipais) seráuma prioridade de sua gestão?Como participei do movimento sa-nitário, que ajudou a construir oSUS, tenho como uma meta de ges-tão tentar garantir o financiamentodo sistema. Paratanto uma das pri-oridades da Agen-da de Compro-missos queconstruímos deforma articuladacom as três esfe-ras gestoras doSUS tem como eixo o Pacto em De-fesa do SUS. Esse Pacto deve seruma reafirmação do compromissode todos com o sistema público paragarantir a eqüidade e o acesso uni-versal da população aos serviços desaúde.Um dos objetivos desse pacto ébuscar, juntamente com estadose municípios, orçamento e finan-ciamento adequados para a saú-de que sejam compatíveis com asnecessidades do SUS. Para tanto,urge trabalharmos fortementepara a regulamentação da Emen-da Constitucional 29 no Congres-so Nacional, mesmo sem perderde vista que ela, por si só, é insu-ficiente para superar o gravesubfinanciamento do SUS.

“Politizar o SUS é trabalharem estratégias de mobilização

social que promovama consciência de que saúdeé um direito de cidadania”

“Não tenho a menor dúvidaque a Saúde Bucal será uma

das grandes diferençasde nosso governo”

Quais são os maiores desafiosna Saúde?Construímos uma agenda de com-promissos, em parceria com o Co-nass (Conselho Nacional de Secre-tarias de Saúde) e o Conasems (Con-selho Nacional de Secretarias Mu-nicipais de Saúde), para nortear asações da saúde. Uma das priorida-des é garantir o financiamento ade-quado para o sistema, a partir damobilização dos três entes federa-dos e também trabalhar na elabo-ração do Código de Defesa dos Usu-ários do SUS.O Programa Saúde da Família (PSF)será fortalecido, com ênfase na suaampliação em regiões metropolita-nas. Outras prioridades são o con-trole da hipertensão e do diabetes,o incentivo à prática de atividadesfísicas, combate ao tabagismo e aouso abusivo de bebida alcoólica.Também vamos implementar umapolítica voltada para o idoso. A po-pulação brasileira está vivendo cada

vez mais e o SUSprecisa estar pre-parado paraatender às ne-cessidades espe-cíficas desse pú-blico.Outro ponto im-portante que

precisamos enfrentar é a dificuldadede acesso da população aos medica-mentos. Vamos descentralizar a com-pra de medicamentos essenciais e lu-tar para garantir o financiamento ne-cessário à aquisição dos medicamen-tos de alto custo.Atendendo a uma recomendação dopresidente Lula, vamos avançar na ex-pansão do Serviço de AtendimentoMóvel de Urgência (Samu/192), doBrasil Sorridente e o Farmácia Popular.Para alcançar esses objetivos, con-tamos com a parceria dos gestoresde saúde e da sociedade civil. So-mente num trabalho integrado en-tre o governo federal, os Estados eos municípios conseguiremos en-frentar as batalhas necessárias paragarantir uma assistência pública àsaúde eficiente e de qualidade.

Page 14: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 20051414

AGENDA

24º Congresso Internacionalde Odontologia de São Paulo

28 de janeiro a 1 de Fevereirode 2006São Paulo - SPInformações: tel. 0800 128 555E-mail: [email protected]

Ministério da Saúdelançará na mídiacampanha nacionalde prevençãoem saúde bucal

Em breve o Ministério da Saúde poráno ar, em rede nacional de rádio etelevisão, uma campanha de preven-

ção em saúde bucal. O anúncio foi feitono dia 17 de agosto pelo ministro Sarai-va Felipe em sua primeira reunião com oConselho Federal de Odontologia e de-mais entidades odontológicas, na sede doMinistério, em Brasília.

“Estamos muito felizes com essa reu-nião, porque o ministro aceitou a propos-ta de realizar a primeira campanha nacio-nal de saúde bucal”, vibrou o presidentedo CFO, Miguel Nobre, após o encontro.

Solicitado pelo Jornal do CFO a darmais detalhes sobre a campanha, o mi-nistro destacou que ela “será uma parce-ria do poder público com todas as enti-dades”. Mesmo sem especificar comoserá viabilizada, garantiu que “muito pro-vavelmente, em poucos meses essa cam-panha estará no ar”.

Coordenador de saúdebucal permanece

Ainda durante o encontro, Saraiva Fe-lipe salientou que a saúde bucal é umadas prioridades do governo Lula e quenão sofreu qualquer corte no orçamento.O novo titular da pasta da Saúde, quesubstituiu Humberto Costa, anunciou ain-da a permanência no cargo de GilbertoPucca, coordenador nacional de SaúdeBucal do ministério, que vinha condu-zindo os programas na área. “Era um

Campanha de prevenção

anseio da classe que ele continuasse nocargo”, afirmou Nobre.

“Por determinação do ministro da Saú-de, estamos investindo na prevenção ena promoção da saúde. Este ano, vamosinaugurar 500 novas estações de trata-mento de água. Com isso, novas cida-des que não tinham água tratada e fluo-retada passam a ter”, destacou Pucca,presente ao encontro.

O coordenador ressaltou ainda que oMinistério da Saúde passará a fornecerescova e pasta de dente para 100% dasequipes de saúde bucal do Programa Saú-de da Família. “Estamos chegando a 11 milequipes de saúde bucal, algo em torno de20 milhões de brasileiros vão estar rece-bendo escova e pasta de dente com re-gularidade a cada três meses”, divulgou.

“O Brasil da primeira vez...”“Nós vivemos hoje, na odontologia,

o Brasil da primeira vez. O primeiro le-vantamento epidemiológico, a primeiraequipe no programa Saúde da Família, oprimeiro CEO e agora a primeira campa-nha de saúde bucal para todos os brasi-leiros”, comentou Nobre.

Participaram também da audiência orepresentante da Frente Parlamentar deSaúde, deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG) e o deputado Marcelo Barbieri(PMDB-SP), além do presidente da Fede-ração Nacional dos Odontologistas Fer-nando Gueiros; do vice-presidente daFederação Interestadual dos Odontologis-tas Fausto Tancredi; do presidente doConselho Nacional de Representantes daAssociação Brasileira de Cirurgiões-Den-tistas, Rafael Baldacci; e do vice-presi-dente da ABO Nacional, Luiz RobertoCraveiro Campos.

Deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG) é ouvido pelo ministro Saraiva Felipe,o coordenador Gilberto Pucca e o presidente do CFO Miguel Nobre

Mídia

XI Congresso de Odontologiado Espírito Santo

16 a 18 de Março de 2006Vitória - ESTema: “Brasil Sorridente - construindoa cidadania”Informações: tel/fax (27) 3337.8010www.abo-es.com.br

Page 15: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

1515Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 2005

Remi Trinta (PL-MA),relator

A pressão pela aprovação doPL 5391/05 deve ser feita sobreeste parlamentar. Médico espe-cialista em Ortopedia, Remi Trin-ta exerce seu terceiro mandatoconsecutivo na Câmara Federal.Para falar com o gabinete dodeputado:tel: (61) 3215-5543,fax: (61) 3215-2543 ou mandeuma mensagem via internet:[email protected].

Projeto de lei prevêa obrigatoriedadeda presença de umcirurgião-dentistaem eventos esportivos

Está em tramitação no Congresso Na-cional um projeto de lei que tornaobrigatória a presença de um cirur-

gião-dentista em qualquer evento espor-tivo, amador ou profissional. O PL 5391/05, de autoria do deputado Gilmar Ma-chado (PT-MG), dispõe sobre “as medi-das a serem adotadas no traumatismodentário ocasionado pela prática espor-tiva e dá outras providências”, e segun-do o autor da proposta tem como objeti-vo garantir a integridade física dos atle-tas, “cuja saúde bucal sempre foi negli-genciada pelas entidades esportivas”. O

Projetos de Lei

Odontologiaesportiva em pauta

projeto obriga também a contratação deprofissionais de Odontologia para pre-venção e educação de atletas.

O PL 5391/05 está na Comissão deSeguridade Social e Família (CSSF),aguardando parecer do relator, deputadoRemi Trinta (PL-MA), desde o dia 8 dejulho. Após o parecer, o projeto seguirápara a Comissão de Turismo e Desporto,e em seguida para a de Constituição eJustiça e de Cidadania. “Por causa dacrise política, o Congresso não votounada por alguns dias, mas com a eleiçãodo novo presidente da Câmara as coisasvoltarão a andar. Tenho certeza que oprojeto será aprovado”, afirma Macha-do, confiante.

Além da presença obrigatória do pro-fissional de Odontologia em todos oseventos esportivos, o projeto prevê ain-da que as entidades esportivas devem

contratar cirurgiões-dentistas como res-ponsáveis pela “educação, prevenção ecuidados iniciais frente aos traumatismosdentários em seus atletas”. As entidadesque descumprirem a legislação serãoresponsabilizadas por eventuais danos àsaúde dos atletas.

Prevenção e proteçãopara os atletas

Para Machado, é essencial que o Bra-sil regulamente a assistência odontoló-gica no campo esportivo se quiser secredenciar como realizador de eventosesportivos internacionais. “O Brasil vaisediar o Pan (Jogos Pan-americanos, em2007), portanto precisamos estar à altu-ra deste desafio. Os atletas, tanto brasi-leiros quanto estrangeiros, precisam es-tar protegidos”, defende.

Na opinião do cirurgião-dentistaAfonso Rocha, membro da equipe deCDs da Confederação Brasileira de Fu-tebol (CBF), o projeto é muito impor-tante. “Existem hoje equipes de saúdeque acompanham os eventos esporti-vos, mas sem a presença de um cirur-gião-dentista. Você não pode dizer queé uma equipe de saúde se não há umcirurgião-dentista. Do ponto de vistada saúde bucal, os atletas estão des-protegidos”, critica.

Falta de informação podeatrapalhar

Além da ação sobre os traumatismos,a Odontologia Esportiva tambémé essencial do ponto de vistada prevenção. Para AfonsoRocha, é preciso esclareceros atletas a respeito da ne-

Um dos casos mais famosos emque a prevenção proporcionou

o desenvolvimento de um atleta éo do jogador Ronaldo Luiz Nazáriode Lima, craque conhecido como“Fenômeno”. Melhor jogador domundo por duas vezes (1996/97)e artilheiro da Copa do Mundo de2002, aos 15 anos Ronaldo estevepara ser cortado da equipe do São

Ronaldo “Fenômeno”:salvo pela Odontologia

cessidade da prevenção de acidentes ede uma ação preventiva em saúde bu-cal. “Existe um mito entre os atletas quediz que o protetor bucal traz dificulda-des de respiração e fala. As 22 atletasda seleção feminina de futebol, porexemplo, usaram protetor bucal em Ate-nas 2004 e não tiveram problemas. Nomundial Sub 17, quatro atletas brasilei-ros também usaram. É comprovado ci-

entificamente que o pro-tetor não altera o de-sempenho do atleta,desde que seja umprotetor adequado,personalizado”, ex-plica Afonso.

VITOR FRAGA

Cristóvão, clube que o revelou, porconta de sua falta de fôlego. Mas paraa sorte de quem gosta de futebol, otime do subúrbio carioca possuía nacomissão técnica um cirurgião-den-tista. O futuro craque da seleção ti-nha dois canais infecciosos e umaenorme falha ortodôntica, além derespirar pela boca. Ao tratar o pro-blema, o jogador passou a ter o mes-

mo desempenho fí-sico dos demais.

Um atleta que res-pira pela boca apre-senta rendimento físico 21%menor, se comparado ao querespira pelo nariz. Já um ca-nal aberto pode representaruma queda de até 17% nocondicionamento.

Ronaldo: problemasdiagnosticados a tempo

pelo CD do São Cristovãoevitaram o fim prematuro

de sua carreira

Jogadoras da seleção brasileira de futebol, vice-campeã olímpica em Atenas 2004

Page 16: New Parabéns, Cirurgião-Dentistacfo.org.br/wp-content/uploads/2009/10/n.67_68-Jul_Out-05.pdf · 2020. 3. 18. · Roberto Eluard da Veiga Cavali (PR) robertocavali@cfo.org.br Rubens

Nº 67 e 68 · Julho / Outubro de 20051616

Jornal do ConselhoFederal de Odontologia · Ano 13 ·Nº 67-68/Jul-Out de 2005Edição Nacional · 287 mil exemplares

Av. Nilo Peçanha, 50 - Grupo 2316 ·CEP 20020-100 · Rio de Janeiro/ RJ

IMPRESSO ESPECIALCONTRATO

Nº 050200293-0ECT/DR/RJ

CONSELHO FEDERALDE ODONTOLOGIA

Debate: PL 1140/03

FALE COM O DEPUTADO FEDERALMARCELO BARBIERI (PMDB-SP)[email protected]

Marcelo Barbieri, deputado federal(PMDB-SP), atual relator do PL 1140/03

Em defesada saúde bucal

No último dia 20 de setembro, ti-vemos oportunidade de reali-zar uma importante audiência

pública na Comissão do Trabalho,Administração e Serviço Público daCâmara dos Deputados para debatero Projeto de Lei 1140/2003, que regu-lamenta o exercício das profissões deTécnico em Higiene Dental e de Aten-dente de Consultório Dentário, tratan-do, em última instância, das compe-tências dos próprios cirurgiões-den-tistas e da saúde bucal da populaçãobrasileira.

Desde que fui indicado pelo presi-dente da Comissão, nosso compa-nheiro Henrique Eduardo Alves(PMDB-RN), para relatar o PL 1140/2003, da lavra do deputado RubensOtoni (PT-GO), adotei uma postura deconversar com todos os setores inte-ressados na matéria.

Realizamos inúmeras reuniões emnosso Gabinete, na Câmara Federal,em Brasília, e participamos de outrostantos encontros e assembléias pro-movidas pelas entidades representa-tivas dos THDs e ACDs, bem comodos cirurgiões-dentistas.

Integramos nessa discussão o ór-gão do Ministério da Saúde respon-sável pela saúde bucal da populaçãoe procuramos, dessa forma, ampliarnossa visão sobre tão importante as-sunto, dentro de uma linha que ado-tamos desde o início desse processo,em comum acordo com os demaismembros da Comissão de Trabalho:o substitutivo ao PL 1140/2003 deve,em primeiro lugar, defender e ampli-ar a saúde bucal da população brasi-leira, desvencilhando-se das tendên-cias corporativas, muitas das quais re-conheço como legítimas.

No decorrer dessas discussões,percebemos que a definição dos pa-

péis dos THDs e ACDs, e dos própri-os cirurgiões-dentistas, bem como aproporcionalidade da relação de tra-balho entre ambos, deve levar emconta a necessidade de avançar emelhorar a saúde bucal do povo bra-sileiro.

Os dados são demasiadamente cla-ros para perceber que vivemos, noBrasil, hoje, dois dramas que, confron-tados entre si, merecem um contínuoenfrentamento. De um lado, milhõesde brasileiros desamparados de qual-quer atendimento odontológico, semque nunca tenham sentado num ga-binete dentário. De outro, um merca-do de trabalho ainda extremamenteprecário para os técnicos e os dentis-tas de modo geral. E, no âmbito go-vernamental, verificamos um progra-ma consagrado historicamente, comoo PSF (Programa de Saúde da Famí-lia), relegar a um segundo plano asaúde bucal ao dar um tratamentodiferenciado aos profissionais que atu-am nessa área.

O desenvolvimento do debate e asimportantes sugestões que foram apre-sentadas na Audiência Pública realiza-da na Comissão do Trabalho me fize-ram recolher o relatório entregue, como compromisso de reapresentá-lo em15 dias, período no qual procurarei in-corporar as propostas que buscamaperfeiçoar o Projeto, de modo a apro-vá-lo ainda neste semestre.

Cabe destacar, nesse momento, opapel que a Câmara dos Deputados,através da Comissão do Trabalho, estácumprindo no aprofundamento e am-pliação desse debate tão fundamentalpara a saúde bucal em nosso País.

ABCD (Associação Brasileira deCirurgiões-Dentistas)Tel. (11) 6223-2333/Fax 6221-3612E-mail:[email protected]: www.abcdbrasil.org.brABO (Associação Brasileirade Odontologia)Tel/Fax: (11) 5083-4000E-mail: [email protected]: www.abonacional.com.brAbeno (Associação Brasileira de Ensino Odontológico)Tel/Fax. (61) 3356-9611E-mail: [email protected]: www.abeno.org.br

AcBO (Academia Brasileirade Odontologia)Tel/Fax. (21) 2547-8266

E-mail: [email protected]: www.acbo.org.brCFO (Conselho Federalde Odontologia)Tel: (61) 3234-9909/Fax 3233-7586Tel: (21) 2122-2200/Fax [email protected] (Federação Interestadualdos Odontologistas):Tel (62) 3285-4619/Fax 3285-4824E-mail: [email protected]: www.fio.org.brFNO (Federação Nacionaldos Odontologistas):Tel (21) 2233-5879/Fax 2263-6635E-mail: [email protected]: www.fno.com.br

Odontologia brasileira a serviço de todos

OConselho Federal de Odonto-logia recebeu uma homena-gem es-

pecial da Asso-ciação Nacio-nal dos Técni-cos e Auxilia-res em Odon-tologia (ANA-TO), durante oVI EncontroNacional deTHDs e ACDs,no dia 14 deoutubro, emBrasília.

O superin-tendente exe-cutivo do CFOMárcio Coim-bra recebeuuma placa dasmãos da repre-sentante daANATO, Celina Pereira dos SantosLopes, que também é presidente daComissão CFO de Técnicos em Higi-

Associação de THDs e ACDshomenageia CFO

ene Dental e Atendentes de Consul-tório Dentário. A placa continha

uma mensa-gem de agra-dec imentopelos esfor-ços do supe-rintendenteexecutivo doCFO em favorda afirmaçãodas profissõesauxi l iares.“Com seuapoio, moti-vação e garraalcançamosuma históriade dedicaçãoe conquista.Você contri-buiu para quea ANATOconcretizasse

sua luta. Obrigado”, diz a mensagem,assinada pela presidente da ANATO,Filomena Barros.

O superintendente Márcio Coimbrarecebe a homenagem da ANATO