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Global to Local News A presente Newsletter destina-se a ser distribuída entre Clientes e Colegas e a informação nela contida é prestada de forma geral e abstrata, não substituindo o recurso a aconselhamento jurídico para a resolução de casos concretos, pelo que, não deve servir de base para qualquer tomada de decisão sem assistência profissional qualificada. O conteúdo desta Newsletter não pode ser reproduzido, no seu todo ou em parte, sem a expressa autorização do editor. Caso deseje obter esclarecimentos adicionais sobre este assunto ou deixar de receber a nossa Newsletter contate-nos: [email protected] ou visite o nosso site www.nrdc-advogados.com . © NRDC - Escritório de Advogados 2015 1 Artigos de Opinião Edição: I 2015 08 nº 4 EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO Índice 1. Da Submissão do Brasil à Convenção de Viena de 1980 ................................ p.1 2. Tributação Ambiental no Brasil: uma oportunidade perdida ......................... p.3 3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios ........... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ....................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco Central Europeu ................................ p.11 7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária ........................................................... p.12 8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de David Landes..................................... p.16 10. Human Rights in India ................. p.18 11.Cogito Ergo Sum’ na Prática Democrática Global Hodierna .......... p.20 12. Convenção Universal dos Direitos do Homem ............................................. p.22 Edição: NRDC@ Escritório de Advogados Edição Gráfica: Dra. Fátima Oliveira E-mail: [email protected] Webpage: www.nrdc-advogados.com Tel: (+351)296 281 750/296 281 751 Endereço: Rua da Cruz, nº 55--1º andar, S.José, 9500-051 Ponta Delgada Maria Carolina Guarienti Pinto Advogada Especialista em Direito Internacional Consultora externa do escritório Battello & Artifon Advogados Associados Silvio Javier Battello Calderon Advogado Doutor em Direito (Ph.D) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Buenos Aires. Sócio Diretor do escritório Battello & Artifon Advogados Associados. DA SUBMISSÃO DO BRASIL À CONVENÇÃO DE VIENA DE 1980 Dentre as relações humanas, as relações comerciais têm grande importância, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento da sociedade e circulação da economia. O contrato de compra e venda, o mais frequente em tais situações, é considerado por economistas e doutrinadores do direito como sendo um dos principais instituto jurídico da nova dinâmica internacional. Sem dúvidas, não há na sociedade moderna contrato mais importante e mais utilizado. As formas de negociação e execução da compra e venda vêm sofrendo

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A presente Newsletter destina-se a ser distribuída entre Clientes e Colegas e a informação nela contida é prestada de forma geral e abstrata, não substituindo o recurso a aconselhamento jurídico para a resolução de casos concretos, pelo que, não deve servir de base para qualquer tomada de decisão sem assistência profissional qualificada. O conteúdo desta Newsletter não pode ser reproduzido, no seu todo ou em parte, sem a expressa autorização do editor. Caso deseje obter esclarecimentos adicionais sobre este assunto ou deixar de receber a nossa Newsletter contate-nos: [email protected] ou visite o nosso site www.nrdc-advogados.com.

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Artigos de Opinião

Edição: I

2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ......................... p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios ........... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ....................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ................................ p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária ........................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes..................................... p.16

10. Human Rights in India ................. p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

Democrática Global Hodierna .......... p.20

12. Convenção Universal dos Direitos do

Homem ............................................. p.22

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Maria Carolina Guarienti Pinto

Advogada

Especialista em Direito Internacional

Consultora externa do escritório Battello

& Artifon Advogados Associados

Silvio Javier Battello Calderon Advogado Doutor em Direito (Ph.D) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Buenos Aires. Sócio Diretor do escritório Battello & Artifon Advogados Associados.

DA SUBMISSÃO DO BRASIL À

CONVENÇÃO DE VIENA DE 1980

Dentre as relações humanas, as

relações comerciais têm grande

importância, contribuindo de forma

decisiva para o desenvolvimento da

sociedade e circulação da economia.

O contrato de compra e venda, o

mais frequente em tais situações, é

considerado por economistas e

doutrinadores do direito como sendo um

dos principais instituto jurídico da nova

dinâmica internacional. Sem dúvidas,

não há na sociedade moderna contrato

mais importante e mais utilizado.

As formas de negociação e execução

da compra e venda vêm sofrendo

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Edição: I

2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ........................ p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios .......... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ...................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ............................... p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária .......................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia .............. p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. ................................... p.16

10. Human Rights in India ................ p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

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12. Convenção Universal dos Direitos do

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adaptações com o decorrer dos anos e

com a evolução da sociedade,

moldando-se à realidade e às

necessidades de cada sujeito e de cada

época, não sendo diferente no Brasil.

Assim, com o advento da

tecnologia, as relações contratuais de

compra e venda internacional tornam-

se cada vez mais presentes em nosso

contexto social, aumentando

consideravelmente o número de

contratos envolvendo partes

brasileiras. Da mesma forma, quanto

mais comuns tais transações, maiores

as chances de eventuais divergências

entre os contratantes, aumentando

portanto a necessidade de amparo

jurídico para estas questões.

Em descompasso com o tráfego

internacional, os diplomas legais

internos geralmente não se prestam a

dirimir os problemas que podem surgir

da compra e venda internacional. Não

se trata de falta de vontade do

legislador nacional, e sim dos limites da

aplicabilidade de leis domésticas no

cenário internacional, bem como os

limites impostos pelos próprios países à

aplicação de leis estrangeiras em seu

território.

Em razão de tal lacuna, diversos

órgãos internacionais foram,

paulatinamente, promovendo, tanto

quanto possível, uma uniformização

das normas utilizáveis em contratos

internacionais de compra e venda

mercantil, a exemplo das

INCOTERMS, criados pela Câmara

de Comercio Internacional.

Entretanto, apesar da facilidade

de sua aplicação, tais normas não

possuíam caráter vinculativo aos

países e entidades que a eles se

submetessem, consistindo sim em

propostas de diretrizes a serem

analisadas para facilitar a resolução

dos problemas, quando estes

ocorressem.

Daí a relevância da Convenção de

Viena de 1980 sobre a venda

internacional de mercadorias, por

tratar-se de acordo internacional

recepcionado pelo ordenamento

jurídico interno dos Estados

assinantes, dentre os quais o Brasil

recentemente se enquadrou.

A incidência de suas normas em

âmbito internacional muito favoreceu

as relações mercantis privadas,

apontando, assim, sua internalização

ao direito positivo pátrio como uma

grande evolução, tanto em termos

práticos, de modo a garantir mais

segurança jurídica aos contratantes,

como do ponto de vista teórico, eis

que representa uma receptividade do

texto legal brasileiro a normas cuja

aplicabilidade transcende seu

território.

Por exemplo, a Convenção de

Viena preocupa-se, em seus artigos 66

a 70, em determinar a transferência

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Edição: I

2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ........................ p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios .......... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ...................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ............................... p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária .......................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia .............. p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. ................................... p.16

10. Human Rights in India ................ p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

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12. Convenção Universal dos Direitos do

Homem ............................................. p.22

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do risco sobre as mercadorias submetidas

à compra e venda internacional, questão

deveras relevante e que não possui

regulamentação especial no direito

Brasileiro.

O instituto do risco e, portanto, a

determinação do momento de sua

transferência, aponta a quem tocará a

responsabilidade (sobretudo financeira)

sobre a mercadoria em caso de extravio,

deterioração ou qualquer outra situação

adversa à qual possa acabar submetida,

assumindo crucial relevância e

necessidade de absoluta clareza para

possibilitar a satisfação das partes e a

implementação de seus interesses e

direitos, estabilidade esta advinda, em

grande proporção, do texto da

Convenção de Viena de 1980.

Em virtude da recente incorporação

pelo Brasil das normas convencionais, em

vigor desde o dia 1º de abril de 2014,

parece-nos oportuno afirmar tratar-se de

um importante passo dado pelo Brasil em

direção à cooperação internacional,

manifestando-se no sentido de aderir a

tal diploma no intuito de unificar, tanto

quanto possível, ao lado de outros

Estados, as normas comerciais aplicáveis

no cenário internacional, bem como de

modo a conferir a seus nacionais e

àqueles que firmarem contratos com

brasileiros novos instrumentos capazes

de orientar tais relações, garantindo mais

clareza, objetividade e segurança às

atividades econômicas.

Por derradeiro, acreditamos que as

disposições convencionais, agora parte

do Direito interno brasileiro, vêm a

atender relações comerciais em rápido

desenvolvimento, possibilitando maior

participação do Brasil, através de

indivíduos, no cenário comercial

internacional, bem como suprir

eventuais lacunas da legislação pátria

referentes ao tema.

Roberto Muhájir Rahnemay Rabbani

Professor Adjunto da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Brasil Doutor e Mestre em Direito pela Universidade de Santiago de Compostela (USC), Espanha

Tributação Ambiental no Brasil: uma oportunidade perdida

Desde o início de nossas pesquisas, no

ano de 2007, durante a realização do

doutorado em Direito na Universidade

de Santiago de Compostela, alertávamos

pela necessidade de uma imposição fiscal

sobre o uso dos recursos naturais no

Brasil. Após 08 (oito) anos, a conclusão

que se observa é que o Brasil está

perdendo uma oportunidade impar para

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EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ........................ p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios .......... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ...................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ............................... p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária .......................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia .............. p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. ................................... p.16

10. Human Rights in India ................ p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

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12. Convenção Universal dos Direitos do

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proteger os seus recursos naturais,

através de um mecanismo estatal

eficiente.

Há mais de quatro décadas sendo

implantada em países desenvolvidos, a

imposição fiscal comprova que, quando

devidamente delineado, o tributo

ambiental possibilita com que haja

uma redução no uso dos recursos

naturais, seja através de uma redução

na produção, seja através da

substituição dos meios de produção

com a utilização de tecnologias mais

limpas.

Não obstante, a crise hídrica que

antes era apenas uma realidades das

regiões áridas e semiáridas do Brasil,

passa a ser uma realidade

inconveniente nas grandes cidades, à

exemplo do Estado São Paulo, em que

inúmeras famílias são obrigados a

passar por privações devido à escassez

de água.

Apesar de sua idealização desde

1920, pelo economista Arthur Cecil

Pigou, através do “imposto

pigouviano”, bem como seu

desenvolvimento por Ronald Coase em

1960, que veio a permitir o

desenvolvimento do comércio de

emissões (ex. créditos de carbono), e

bastante difundidos e desenvolvidos

nas grades potências economias

mundiais, há um profundo

desconhecimento por parte dos juristas

e até mesmo criticada por renomados

tributaristas. Contudo, esta ausência de

conhecimento, aliada a uma forte

pressão política e um sistema fiscal

constritivo, regressivo e desigualitário,

impedem a instituição dos tributos

ambientais, que inclusive poderia ser

um dos principais motivadores para

corrigir a pressão fiscal incoerente

existente no Brasil.

O meio ambiente é frágil: a grande

agressividade com a qual os seres

humanos vem utilizado de seus recursos

não deixam dúvidas da necessidade de

sua proteção. Cada vez mais há a

necessidade de preservar estes recursos.

De forma cabal, a tributação

ambiental deve ser instituída no Brasil

como uma das alternativas para

desencorajar usos predatórios da

natureza. Como demonstra a

experiência em países desenvolvidos,

através da extrafiscalidade, plenamente

justificada nos princípios tributários,

pode haver uma forma de diminuir a

ação antrópica sobre o meio ambiente,

corrigindo estas externalidades

negativas, e inclusive possibilitando a

aplicação indireta do princípio da

capacidade contributiva, através de sua

aplicação como limite mínimo e

máximo da imposição extrafiscal

ambiental.

Por outro lado, conforme defendido

em nossa tese de doutorado, o princípio

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1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ........................ p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios .......... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ...................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ............................... p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária .......................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia .............. p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. ................................... p.16

10. Human Rights in India ................ p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

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do poluidor-pagador é o alicerce que,

baseada nas teorias econômicas, evoluiu

e se irradiou sobre todos os ramos do

Direito, inclusive sobre o Direito

Tributário, no qual designamos de

“capacidade poluidora”, que surge

como princípio máximo para justificar

a imposição extrafiscal, delimitando o

fato gerador, a base de cálculo e, em

especial, a alíquota a ser aplicada.

Em mundo que batalha por sua

sobrevivência, resta aqui um último

suspiro: juristas, legisladores, políticos e

cidadãos, existem mecanismos de

intervenção estatal eficientes à

disposição, que podem representar a

perpetuação da raça humana no

planeta. Não percam a oportunidade de

proteger a fonte de nossas vidas.

Leonardo Silva Nunes Professor Adjunto de Direito Processual Civil e Coletivo Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP - Advogado

DIÁLOGOS DE ALÉM-MAR (DIÁLOGOS BRASIL-PORTUGAL)

Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios

O Brasil conquistou, recentemente,

seu primeiro Código de Processo Civil

democrático. Isso porque, de início,

conviveu com resquícios da legislação

portuguesa e com códigos estaduais. Mais

tarde, já em período republicano,

tivemos dois códigos nacionais, o

primeiro de 1939 e o segundo de 1973,

ambos forjados por regimes ditatoriais.

Assim, desde a Proclamação da

República, em 1889, é a primeira vez na

história política do país que se teve a

oportunidade de construir, mediante

debate plural, um CPC democrático.

O novo CPC brasileiro foi promulgado

pela Lei 13.105, publicada em 16/3/2015.

Desde então, a comunidade jurídica

brasileira vem se preparando, bem ou

mal, para a sua entrada em vigor, que

ocorrerá em março de 2016.

Além do notável simbolismo de se ter

o primeiro CPC democrático da história

do Brasil, a nova lei se propõe a

aperfeiçoar o sistema processual

existente, sem, com isso, significar uma

ruptura com o passado. É que boa parte

das normas do novo código são reflexos

das reformas por que passou o sistema

durante as décadas de 1990 e 2000, como

se deu no campo da execução.

A comissão que iniciou os trabalhos

de elaboração do novo CPC buscou

projetar um regramento com potencial

de gerar um processo mais célere, mais

justo, porque mais rente às necessidades

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10. Human Rights in India ................ p.18

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sociais, e menos complexo. Dentre os

objetivos que nortearam os trabalhos

da comissão, destaca-se a busca pelo

estabelecimento de uma fina sintonia

com a Constituição Federal de 1988.

Tal fez com o que o código seja

iniciado com um capítulo sobre as

“normas fundamentais do processo

civil”, que carreiam em seu conteúdo

diversos princípios constitucionais

processuais, bem como tenha o seu

texto permeado de normas que

refletem, implícita ou explicitamente,

esses princípios.

O novo CPC estimula as vias

consensuais de solução dos conflitos,

instando juízes, advogados,

defensores públicos e membros do

Ministério Públicos a fazê-lo, mesmo

durante o curso do processo judicial.

Para se ter uma ideia, instituiu-se

uma (quase) obrigatória audiência de

conciliação ou mediação, como etapa

inicial do processo.

Enfim, são muitos os aspectos

positivos do novo CPC brasileiro.

Porém, a lei, em si, não será apta a

resolver os problemas existentes. Será

preciso muita disposição e interesse

por parte do intérprete, dos sujeitos

processuais, e, de um modo de geral,

de todos aqueles que de qualquer

modo se utilizam da máquina pública

como meio para a solução de

conflitos.

Há, evidentemente, desafios

difíceis de superar. Como imprimir uma

razoável duração aos processos? Como

potencializar a busca por vias

consensuais de solução de litígios,

tornando excepcional a via judicial?

Como administrar a litigiosidade de

massa, empregada por grandes agentes

financeiros, empresas de telefonia e o

próprio Estado, que atravancam o

Judiciário e limitam – ou mesmo

inviabilizam – o acesso à justiça?

Esses são apenas alguns

questionamentos que permitem

dimensionar os problemas que o novo

CPC não pode resolver; pelo menos não

sozinho. Mais que nunca, a participação

de todos os atores que se envolvem com

o processo será determinante, a fim de

extrair da novel legislação seu máximo

potencial, ou, no mínimo, os melhores

resultados possíveis.

É o que se espera.

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1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ........................ p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios .......... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ...................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ............................... p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária .......................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia .............. p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. ................................... p.16

10. Human Rights in India ................ p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

Democrática Global Hodierna .......... p.20

12. Convenção Universal dos Direitos do

Homem ............................................. p.22

Edição: NRDC@ Escritório de Advogados

Edição Gráfica: Dra. Fátima Oliveira

E-mail: [email protected]

Webpage: www.nrdc-advogados.com

Tel: (+351)296 281 750/296 281 751

Endereço: Rua da Cruz, nº 55--1º andar,

S.José, 9500-051 Ponta Delgada

Hamilton S. S. De Carvalho Jurisconsulto Professor universitário na Faculdade de Direito e de Ética da Universidade São Tomás de Moçambique (USTM)

Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios

Singularismo Constitucional Lusófono versus ‘Crise’ da

Globalização

Quanto mais quero acreditar

numa singularidade constitucional

que interligue e vincule os países de

expressão de língua portuguesa,

mais reconheço o difícil trajecto da

instituição da ordem juridico-

constitucional global na lusofonia.

Já foi questionada uma tentativa do

género. Mas o acerto a fazer está

‘longe’ de vir-se consumado. Rui

Medeiro que catapultou debates

entre merítosos constitucionalistas

portugueses, desde Bacelar Gouveia,

Jorge Miranda, Marcelo Rebelo de

Sousa (…) à Maria Lúcia Amaral

entre Angolanos (Carlo Feijó) à

Moçambicanos, e, êis que despontam

para uma realidade que pode não

corresponder com afinco à realidade

cultural dos paises envolventes, senão

com muito trabalho conjuntural.

Apesar de ser quase inegável que

países como Moçambique, Angola, Cabo

Verde, (…) “engravidaram” do Direito

Português. O problema é que os frutos

encontraram sua ‘maternidade’ em

pastagens distintas. Seja como for, não

podemos descurar os beneficios comuns

que daí derivariam sendo certo que, o

projenitor em algum momento (pelos

traços) se pode considerar comum.

Decerto, em tempos que correm, a

criação de uma soberania uniforme à

‘comunidade constitucional lusofona’

possibilitaria um maior grau de

cooperação, comprometimento e

sobretudo de partilha de

responsabilidades entre os Estados,

permitindo que haja prestação de conta

por parte do Estado-vertiginoso, Estado-

faltoso ou ‘Estado-mafioso’.

Este projecto constitucional lusófono

não avança cosmopoliticamente dado

um outro factor, União Europeia. Se do

nosso lado as coisas não correm, do

outro as coisas correm a uma velocidade

assustadora. EUA após o ataque

terrorista ao Word Trade Center, 11 de

setembro e ao Pentágono, prontificou-se

em criar a famosa Agenda de Segurança

de Washington a uma Agenda Humana.

Repare-se, que daqueles ataques,

constitui-se como que um momento

definidor da história das gerações atuais.

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8

Edição: I

2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ........................ p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios .......... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ...................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ............................... p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária .......................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia .............. p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. ................................... p.16

10. Human Rights in India ................ p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

Democrática Global Hodierna .......... p.20

12. Convenção Universal dos Direitos do

Homem ............................................. p.22

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Em jeito de resposta os EUA

conjuntamente com os seus principais

aliados –, como tão expressivamente

explica David Held: (i) ao invés, de

terem decidido que a forma mais

importante e eficaz de derrotar o

terrorismo global e evitar que este se

transformasse numa torrente

incontornável seria o fortalecimento

do Direito internacional e a

intensificação do papel das

instituições multilaterais; (ii)

‘poderiam ter chegado a conclusão de

que era e é fulcral que nenhum poder

ou força individual possa atuar como

se de um juiz, júri e executor se

tratasse’; (iii) ‘poderiam ter

deliberado que as zonas delicadas do

globo – como o caso da área onde

decorre o conflito israelo-palestiniano

– que alimentam o terrorismo global

deveriam ser a principal prioridade

dos esforços combinados

internacionalmente’; (iv) ‘poderiam

ter decidido que a disjunção existente

entre a globalização económica e a

justiça social necessitam muito mais

urgentemente de ser alvo de maior

atenção.’ O que vimos, foi um cenário,

um comportamento repleto de

intolerância como há que ocorreu

aquando da emissão bombástica que

destruiu danosamente Hiroshima e

Nagasaki. Outrossim, precisamos com

urgência abandonar o ‘holocausto’ e

reformar a Agenda de Segurança de

Washington, alargala à escala global.

O mundo como um todo, necessita é de

um «Agenda de Segurança Global

efetivamente alargada.» Que seja

capaz de exijir dos governos e das

instituições internacionais um

compromisso com a ordem jurídica e

com o desenvolvimento de instituições

multilaterais que quando sim, possam

condenar ou legitimar a guerra se

necessário. Do que é necessário é um

ímpeto de uma espécie de justiça

global que defenda uma economia

global livre e justa e uma Agenda de

Segurança Humana como há que ficou

traçada pelo contrato social por volta

do séc. XVIII . Como explica David

Held: “se o objetivo é conduzir a

globalização a tornar-se vantajosa

para todos”, há-de se-lo numa base de

reconhecimento dos Estados fracos por

parte dos Estados fortes, sendo que, a

melhor forma de concretizá-lo “é

efetuando uma globalização dos

conceitos e valores democráticos-

sociais” para que a partir daí possa

haver uma governação democrática

global e objetiva. Por conseguinte,

todos esses falhanços que integram na

chamada crise do comércio, como seja:

(i) a situação da humanidade, elevado

indice de pobreza, baixa

produtividade/competitividade

derivado de problemas crónicos de

saúde; níveis de qualidade de educação

preocupante e, a eterna ‘moda’ dos

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Edição: I

2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ........................ p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios .......... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ...................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ............................... p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária .......................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia .............. p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. ................................... p.16

10. Human Rights in India ................ p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

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salários precários contribuindo para o

acentuado aumento de contrabado e

lavagem do dinheiro (ii) o meio

ambiente, com o fracasso da

comunidade internacional em criar uma

estrutura sólida para tratar da

problemática do aquecimento do globo;

(iii) a atual governação global

enfraquecida pela arrogância dos

grandes poderes reduzindo

drasticamente a lei e a legitimidade

internacional; leva-me a considerar que

estamos diante da crise da globalização.

É vital que haja um concerto global no

interesse de restaurar a ordem

internacional criada no pós 1945. Que

seja defendido com afinco a criação de

estruturas como de políticas e um

compromisso global com a justiça –

último reduto humano essencial à

correção das assimetrias radicais que

permeiam o globo no âmbito das

oportunidades de vida de que todos

procuramos e merecemos.

Gaurav Shukla Professor Rajiv Gandhi School of Intellectual Property Law. Indian Institute of Technology Kharagpur

Investment or Tax Treaty Abuse: A

Process Pursued

Since the dawn of Globalization,

countries are positioning their

endeavours to eradicate trade barriers,

conceivably in the form of WTO

agreements or Double Taxation

Avoidance Agreements (DTAAs also

known as Tax Treaties). Modern world

has extensive bilateral DTAAs;

approximately 2,500 Tax Treaties

linked by different jurisdictions

between them. Tax Treaties are

resulted through negotiation,

Contracting State reach agreement on

the distribution of revenue, when the

subject of either State generates

revenue from the other Contracting

State, limiting their prerogative to tax.

Tax Treaties have both benign and

brutal effects. The benign part is that

Tax Treaties assist in promotion of

trade and commerce, which is

indispensable for overall development

and growth across the globe. The brutal

consequence of Tax Treaties can be

profound as they are used for the

purpose of tax avoidance and tax

evasion. Thin line exist, if at all, among

tax avoidance and tax evasion,

assumed if tax avoidance performed

aggressively may lead to tax evasion

and if tax evasion executed aggressively

it may end up to tax fraud.

Tax evasion is commissioned due

non-compliance of any fiscal statue,

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Edição: I

2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ........................ p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios .......... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ...................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ............................... p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária .......................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia .............. p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. ................................... p.16

10. Human Rights in India ................ p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

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while tax avoidance can be elaborate as

taking benefits of the loopholes which

are prevalent in fiscal laws. Tax treaties

when used by tax planners, typically

lawyers, accountants and bankers, play a

vital role for making the decision as to

where to put the business, which can

serve the drive of minimising the tax

liability. Globally some of the

jurisdiction provides a very friendly

corporate tax environment, going even

to the extent of tax neutralisation, which

is nothing but ZERO rate of corporate

tax commonly these jurisdictions are

known as tax havens. Multinational

Corporations (MNCs) uses sophisticated

structure such as conduit companies,

steppingstone conduit companies, shell

companies to route their income in such

a way, that sometimes they end up

paying no taxation at all on a particular

kind of income or minimum. Use of

conduit companies or other kinds of

special vehicles for routing the income is

coined as treaty shopping, however the

abuse of tax treaties is not limited only

to the extent of treaty shopping. Tax

treaties can likewise be used for the

purpose of eroding the tax base.

The best example of treaty shopping

is Indo-Mauritius tax treaty of 1982.

Singapore and Mauritius are two of the

most favourite destination to invest in

India. Singapore overtook Mauritius last

year as the leading source of FDI into

India, according to data released by

India‘s Department of Industrial Policy

and Promotion (DIPP).

Cumulatively, Mauritius remained the

top source of FDI into India between

2000 and 2014, however, accounting

for 36% of total inflows, followed by

Singapore 12% and the United

Kingdom 10%. The corporate tax rate

of Singapore from 2011 to 2015 is

constant at the rate of 17% and

Mauritius corporate tax rate since

2009 is stagnant at 15%. Both the

countries do not impose any capital

gain tax on the transfer of either

movable or immovable property.

Contrary to this India, impose 20% of

capital gain tax on long-term capital

gains and according to income slabs

base on progressive rate, short term

capital gains are taxed at the rates of

10%, 20% and 30%.

Accurate estimate of the volume of

alleged ‘revenue loss’ is difficult as the

tax on capital gains depends on the

difference between the sale and

purchase prices, factor of cost

inflation index, cost of transfer, the

set off of loss suffered in one

transaction against the gains in the

other and the carried forward losses of

earlier years. Nation like India can‘t

pay for such a revenue loss on

adopting the “Doctrine of Toleration

Evil” in the interest of long-term

development. India as a developing

nation is neither in position to stop

itself to enter into agreements, as this

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2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ......................... p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios ........... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ....................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ................................ p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária ........................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. .................................... p.16

10. Human Rights in India ................. p.18

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will strike its economy nor able to

curtail misuse resulting into tax

evasion. The fisticuffs between nations

on taxing jurisdiction, Hercules the

task for India to prevent tax avoidance

and evasion.

Tiago Mota Dutra Mestre em Finanças Analista e Trader

As taxas de juro negativas do Banco Central Europeu

De todas as teorias financeiras e

económicas aprendidas num cenário

académico, não há explicação para a

existência de taxas de juro negativas.

Onde está o retorno esperado positivo

inerente ao risco incorrido? Ou seja,

fará sentido pagar para depositar o seu

próprio dinheiro? Para o Banco Central

Europeu (BCE) faz! E a justificação é

simples.

Primeiramente, é importante

compreender o significado das tão

faladas taxas de juro negativas do

BCE. O BCE funciona como um Banco

Comercial para todos os Bancos da

Zona Euro, onde é possível pedir emprestado e depositar

dinheiro mediante condições pré-

definidas. Desde Setembro de 2014, o

BCE definiu a taxa da facilidade

permanente de depósito (taxa

remuneratória para depósitos, paga

pelo BCE aos Bancos da Zona Euro)

em -0,20%. Em termos práticos, esta

política expansionista funciona como

uma ferramenta para desencorajar os

Bancos da Zona Euro a depositarem o

seu excesso de liquidez no BCE,

incentivando-os e “obrigando-os” a

colocarem este dinheiro em circulação

nas economias.

O principal objetivo do BCE com

esta medida passa por estimular a

economia europeia, combatendo a

inflação negativa, isto é, a deflação

(descida generalizada dos preços). Os

bancos da zona euro, enfrentando

retornos negativos nos depósitos ao

Banco Central Europeu, vêem-se

obrigados a dar outro destino ao seu

excesso de liquidez. As soluções podem

passar pela cedência de empréstimos a

famílias, financiamento a empresas e

novos projetos, compra de ações e/ou

aposta em outros instrumentos

financeiros de risco. Isto significa

incorrer em risco à procura de retornos

positivos.

Tais soluções representam

libertação e circulação de dinheiro nas

economias dos Estados-Membro da

União Europeia. Com mais dinheiro

disponível e uma maior facilidade de

acesso a financiamento, o poder de

compra das famílias aumenta, assim

como a procura por bens e serviços.

Como dita a lei da oferta e procura,

quanto maior a procura, mais alto será

o preço. Portanto, o Banco Central

Europeu consegue garantir inflação

(subida generalizada dos preços) em

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2015 – 08 – nº 3

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8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

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Carlos Medeiros Coordenador da Unidade de Informação e

Comunicação do Centro de Informação

Europeia Jacques Delors

Coordenador do TEAM Europa

Professor Auxiliar na ULHT

DIA MUNDIAL DA AJUDA HUMANITÁRIA

Celebra-se anualmente a 19 de agosto,

o Dia Mundial da Ajuda Humanitária,

em memória das vítimas do atentado à

sede das Nações Unidas em Bagdad em

2003, que provocou a morte de 22

pessoas.

O trabalho altruísta, muitas vezes

com risco da própria vida, dos

voluntários ajuda a fazer a diferença nas

vidas dos milhões de vítimas de

catástrofes naturais, guerras ou

conflitos. Este Dia Mundial honra todos

os que dedicam a sua vida a ajudar os

outros.

[O que se entende por Ajuda

Humanitária]

A escala e a frequência das situações

de emergência humanitária que ocorrem

no mundo inteiro têm vindo a aumentar.

O número de catástrofes naturais passou

de 78, em 1975, para quase 400, em 2010.

As causas são conhecidas: alterações

detrimento do dinheiro parado nos seus

cofres. O objetivo do BCE para a inflação

ronda, a médio prazo, valores

anualizados de 2%. Porque razão a

inflação é boa para a economia? Ou

melhor, porque razão a deflação é

negativa para a economia? A deflação

está associada à redução do poder de

compra dos consumidores e à

consequente diminuição da procura

(sabemos que mantendo-se tudo o resto

constante, quanto menor a procura,

menor o preço), levando a um

desacelaramento da produção e dos

investimentos.

Inevitavelmente sucede-se o

desemprego, o incumprimento e a dita

crise. Entra-se num ciclo vicioso.

Assim, o BCE, ao definir a taxa de juro

para depósitos negativa, obriga os

Bancos a libertarem o seu excesso de

liquidez na economia, combatendo a

deflação e todas as consequências

negativas adjacentes.

Mas atenção, o cenário de taxas de

juro negativas não é sustentável no

longo-prazo. Se os bancos deixarem de

pagar juros pelos depósitos em Euros,

os investidores praticamente deixam de

ter opções de investimento sem risco, o

que levará à procura de outras moedas

em detrimento do Euro. Tal fenómeno

representa uma forte desvalorização

cambial, com consequências em toda a

Economia da Zona Euro,

principalmente no que respeita a

importações.

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A UE está assim presente nas

principais zonas de crise, nomeadamente

na Síria, no Sudão, na Ucrânia, nos

países africanos atingidos pela epidemia

de ébola e na República Centro-

Africana. Está presente também em

países em situação de instabilidade

decorrente de conflitos, como é caso da

Costa do Marfim. Esta presença

contribui para salvar vidas, para atenuar

o sofrimento e para proteger a

integridade e a dignidade das vítimas.

[Como trabalha a União Europeia]

A Direção-Geral da Ajuda

Humanitária e da Proteção Civil da

Comissão Europeia (ECHO) gere as

operações de assistência financiadas pela

UE. A ajuda humanitária é canalizada

através de mais de 200 organizações

parceiras e agências que operam no

terreno, nomeadamente:

Organizações não-governamentais

(ONG);

Organizações internacionais;

Sociedades nacionais da Cruz

Vermelha e;

Agências das Nações Unidas.

Os setores que mais beneficiam da ajuda

humanitária europeia são:

Alimentação e nutrição (40%);

Abrigo (19%) e;

Cuidados de saúde e apoio médico

(14%).

Fontes:

União Europeia. EUROPA – Ajuda

Humanitária e Proteção Civil [em

linha].

climáticas, crescimento demográfico e

subsequente aumento da pressão sobre

os recursos naturais, em conjunto com

a urbanização, as atividades

industriais e a degradação do

ambiente. Problema agravado pelo

crescente número de Estados frágeis

em risco de instabilidade, de eclosão de

conflitos civis e da ameaça de ataques

terroristas.

As catástrofes naturais, as guerras e

os conflitos podem ter efeitos

devastadores nas populações privando-

as dos elementos básicos de

subsistência, muitas vezes, de um dia

para o outro. A ajuda humanitária

assegura a sobrevivência das

populações atingidas por uma crise,

dando resposta a necessidades básicas:

alimentação, abrigo, água potável e

proteção física.

[Ajuda humanitária da União

Europeia]

A UE presta ajuda humanitária

desde 1992 em mais de 140 países.

Apesar de representar apenas 1% do

orçamento total da UE, o que equivale

a pouco mais de 2 euros por cada

cidadão europeu, a ajuda europeia

beneficia cerca de 120 milhões de

pessoas por ano.

O Tratado de Lisboa constitui a

base jurídica da ajuda humanitária. O

objetivo é ajudar as pessoas em

dificuldade, independentemente da

nacionalidade, religião, sexo ou origem

étnica.

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Global to Local News

A presente Newsletter destina-se a ser distribuída entre Clientes e Colegas e a informação nela contida é prestada de forma geral e abstrata, não substituindo o recurso a aconselhamento jurídico para a resolução de casos concretos, pelo que, não deve servir de base para qualquer tomada de decisão sem assistência profissional qualificada. O conteúdo desta Newsletter não pode ser reproduzido, no seu todo ou em parte, sem a expressa autorização do editor. Caso deseje obter esclarecimentos adicionais sobre este assunto ou deixar de receber a nossa Newsletter contate-nos: [email protected] ou visite o nosso site www.nrdc-advogados.com.

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14

Edição: I

2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ......................... p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios ........... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ....................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ................................ p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária ........................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. .................................... p.16

10. Human Rights in India ................. p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

Democrática Global Hodierna ........... p.20

12. Convenção Universal dos Direitos do

Homem ............................................. p.22

Edição: NRDC@ Escritório de Advogados

Edição Gráfica: Dra. Fátima Oliveira

E-mail: [email protected]

Webpage: www.nrdc-advogados.com

Tel: (+351)296 281 750/296 281 751

Endereço: Rua da Cruz, nº 55--1º andar,

S.José, 9500-051 Ponta Delgada

raça, sexo, ascendência, território de

origem, religião, convicções políticas e

ideológicas, instrução, situação

económica ou condição social.

Nesta perspetiva, tornou-se apanágio

das Sociedades Modernas que nenhum

"Homem é Ilegal", contudo, as suas

condutas é que poderão, eventualmente,

estar em desconformidade com o

ordenamento jurídico interno de um

determinado Estado. Atualmente, são

premissas universalmente aceiteis pelos

Estados soberanos a " não ilegalidade do

homem", bem como o principio de que os

direitos humanos são direitos

inalienáveis e universais.

No entanto, tem-se também como

assente que estes direitos não são

necessariamente absolutos, o que

significa que os governos dos Estados

podem impor restrições ao exercício

deles, em detrimento de interesses

superiores da comunidade.

É, precisamente, aqui que a União

Europeia e os Estados-membros devem

uniformizar as politicas, de forma a,

salvaguardar os interesses superiores da

comunidade e, de modo, a não confundir

atos terroristas, com vítimas de

terrorismo ou vitimas de atentados aos

mais elementares direitos humanos.

Aliás, não podemos cair na tentação de

adotar, simplesmente, políticas

securitárias como reação aos hediondos

atentados terroristas que têm ocorrido

um pouco pelos Estados da Europa sem,

prevenirmos à priori a credibilização do

URL:

http://europa.eu/pol/hum/index_pt.htm

Comissão Europeia. Direção-Geral da

Comunicação – Compreender as políticas

da União Europeia: Ajuda humanitária e

proteção civil. Luxemburgo: Serviço das

Publicações da União Europeia, 2014.

José Noronha Rodrigues Advogado Professor de Direito na UAç

O Terrorismo, Refugiados e o

Instituto de Asilo na União Europeia

Ao longo da história da humanidade

muito se tem escrito sobre a problemática

do asilo. E, cada ver mais, os cidadãos

exigem a consagração plena, nos

ordenamentos jurídicos estaduais, dos

direitos de personalidade, do respeito

pela dignidade da pessoa humana e da

aclamação do Homem, enquanto

Homem. As mudanças legislativas têm

sido constantes, todavia, é hoje

praticamente assente, em todos os

ordenamentos jurídicos europeus, o

principio de que todo o Homem nasce

livre e com capacidade de reger a sua

pessoa e bens, de exprimir o seu

pensamento, independentemente, da

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2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ........................ p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios ........... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ...................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ................................ p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária ........................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. ................................... p.16

10. Human Rights in India ................. p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

Democrática Global Hodierna .......... p.20

12. Convenção Universal dos Direitos do

Homem ............................................. p.22

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instituto de asilo na União Europeia.

Até porque, nos últimos quinze meses

só no Mediterrâneo mais de 5200

refugiados já faleceram, mas mais de

100 mil migrantes chegaram à Europa.

Na realidade, o problema dos fluxos

migratórios, das deslocações forçadas,

dos refugiados, da imigração e dos

requerentes de asilo atingiu nos séculos

XX/ XXI , uma escala global ,

contudo, a União Europeia persiste em

adotar políticas harmonizadas de asilo

em detrimento de políticas

uniformizadas de asilo, o que possibilita

o fomento do "asylum shopping". Aliás,

o Alto-Comissário das Nações Unidas

para os Refugiados apelou já por

diversas vezes para uma Europa de

Asilo, alegando para o efeito que, "as

grandes disfuncionalidades com as

políticas de asilo completamente

diferentes implicam que o mesmo

cidadão que peça asilo possa ter uma

possibilidade de êxito que varia entre os

8 e os 91 por conto".

Ou seja, é necessário eliminar estas

"disfuncionalidades" no âmbito de asilo

existentes entre os diversos Estados-

membros que coartam a liberdade, a

igualdade e a equidade nas decisões dos

pedidos de asilo.

Qual é, então, a solução para a crise

do instituto de asilo na União

Europeia? Consideramos fundamental

que os decisores políticos saibam

distinguir dois conceitos jurídicos

essenciais: a harmonização (comum +

idêntico = direitos mínimos) e a

uniformização (único + igual= direitos

únicos). Na verdade, presentemente,

privilegia-se ainda a adoção de direitos

mínimos comuns e/ou idênticos entre os

diversos Estados-membros dando,

contudo, a possibilidade de estes

adotarem normas mais favoráveis às

fixadas pelas própria União Europeia.

Na prática, a norma comunitária

referente ao asilo passou a ser supletiva,

relativamente, ao Direito interno dos

Estados-membros, abrindo caminho a

critérios subjetivos que fomentam o

asylum shopping, os refugiados em

órbita e os pedidos de asilo múltiplos e,

principalmente, a injustiças nas

decisões referentes aos pedidos de asilo

ou de proteção internacional.

Por conseguinte, em nossa opinião,

para a credibilização do instituto de

asilo na União Europeia é necessário

que os Estados-membros renunciem

parcela da sua soberania e a transfiram

de forma exclusiva o exercício destas

competências de asilo para a União

Europeia, e, em particular, para o

Gabinete de Apoio em matéria de Asilo

(G.E.A.A), como o órgão único e

máximo responsável pela apreciação,

decisão e gestão das questões de asilo.

Presentemente, o G.E.A.A. , apesar de,

ser o Gabinete especializado nestas

temáticas de asilo não tem

competências decisórias, pelo que, a

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2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ......................... p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios ........... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ....................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ................................ p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária ........................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. .................................... p.16

10. Human Rights in India ................. p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

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12. Convenção Universal dos Direitos do

Homem ............................................. p.22

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União Europeia tenta

reiteradamente com os Estados-

membros chegar a um acordo quanto

a redistribuição de migrantes. O que

é inadmissível, a defesa dos direitos

humanos não deve estar

arbitrariamente afeto à vontade

soberana dos Estados-membros.

Filipa Machado

Mestre em Finanças

Mestranda European Economic

Integration and Business – Colégio da

Europa, Bruges - Bruxelas

“Excepcionalismo” Europeu : A

visão de David Landes. Sendo a economia a ciência social

que estuda a alocação de recursos

escassos na produção e distribuição

de bens e serviços para satisfazer as

necessidades humanas, por que razão

serão algumas nações tão ricas e

outras tão pobres? Este tem sido o

grande objectivo da maioria das

investigações em economia política e

é a questão que David S. Landes

tenta responder ao longo da sua obra

“A Riqueza e a Pobreza das Nações”,

auferindo explicações pertinentes e

ao mesmo tempo polémicas para uma

das principais questões da actualidade.

Landes tinha acabado de enviar o texto

final deste seu volume ao editor, quando

os países do Leste asiático, os chamados

Tigres Asiáticos, considerados os

grandes vencedores da competição pelo

crescimento e desenvolvimento, foram

assolados pela crise financeira asiática

de 1997. Até mesmo o Japão assistiu ao

abalo e à estagnação de importantes

sectores da economia, como a banca e o

imobiliário. Em 1999, Landes vem

acrescentar à sua obra um epílogo onde

justifica que o problema da crise

asiática residia no “excessivo sucesso”

destas nações.

A economia asiática tinha crescido

com demasiada rapidez, tornando-se o

ponto de convergência de uma corrida

ao ouro que produzia ebriáticas taxas de

lucro e espantosos aumentos de capital.

Quando o Leste Asiático entrou em

queda, o Japão deu por si atolado num

pântano estrutural: maus hábitos

comerciais, um sector bancário

ineficiente, crédito demasiado fácil,

inflação crédula dos valores de

propriedade, muita corrupção e

clientelismo – o tipo de problemas que é

possível esconder durante um período de

crescimento rápido, mas não em

períodos de recessão económica já que

“o fracasso esconde-se na sombra do

sucesso, na inevitável cupidez humana”.

A crise asiática que Landes refere neste

último capítulo não é mais que o

exemplo da presente crise Europeia. “A

Europa teve sorte, mas a sorte foi

apenas um começo”. Durante anos, a

Europa foi o principal motor do

Capitalismo. O clima, a posição

geográfica e as colónias foram os

principais factores que muitos

historiadores económicos mencionaram

para explicar a grande prosperidade

deste Continente em relação a outros.

Contudo, a Europa tem, agora, a sua

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1. Da Submissão do Brasil à Convenção

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2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ......................... p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios ........... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ....................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ................................ p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária ........................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

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11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

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alma, os que verdadeiramente ainda

pensam e existem (cogito ergo sum).

Outro não fosse, com o perene

fascínio, questionar-me-ia: Porque

haveria de ser que o homem tanto

quisesse viver, quando não sabe viver?

O homem hipermoderno pensa que

vive, todavia, não sabe que não vive

sem os outros, sem a razão, sem existir.

O homem só existe, se a razão humana

existir. O homem hipermoderno se é

que vive, só pode estar a viver em

coma, com o consciente morto, assim

vivem os animais. Num dos meus mais

recente estudo (publicado pelo

Semanário Canal de Moçambique)

sobre o futuro do “Deus de Jesus de

Nazaré”, no âmbito da clássica

dicotomia religião versus ciência reitero

a seguinte citação, trazida em estudo

na coordenação de Anselmo Borges:

“No caso da relação religião/ciência,

dos cientistas ouve-se ironicamente

dizer que «a ciência pode purificar a

religião do erro e da superstição.» Já

do lado dos crentes ouve-se dizer que

«a religião pode purificar a ciência da

idolatria e dos falsos absolutos.»

Trata-se como é óbvio de trazer ao

diálogo uma linguagem comum, a da

filosofia da ciência, entre cientistas e

crentes. Ainda assim, é nesta

perspetiva teológica que os mistérios

da fé são interpretados à luz do dia

reforçando a aliança entre Deus e o

Homem. Deus criador, Deus dando-se

a conhecer e elevando cada vez mais o

Fonseca-Statter no seu «o escândalo da

dívida e o sistema mundial offshore.»

O que vimos? A transformação da

homem-ratio-politico para o homem-

sapiens-económico, o declínio do estado

civilístico para o estado da natureza.

Aliás, tal cenário muito se assemelha

com a corrida pela partilha da África,

deliberada pomposamente na

grandiosa conferência de Berlim e, não

só, mas como o mesmo cenário pode ter

que ver com a forma em como a

abertura aos mercados precipitou uma

maior concorrência na fórmula da

organização da atividade económica e

empresarial humana graças as reformas

que foram sendo feitas no âmbito das

ditas teorias públicas, tornando

parceiro do ente público o sector

privado. Convém expor uma breve

relação de causa-efeito dai resultante:

(i) Uma razão: libertação da liberdade

individual (burguesia); (ii) Um mal:

crescimento das desigualdades sociais

(pobreza/sociedade sem classe); (iii)

Uma possível solução: justiça

distributiva equitativa (utópica –

quando não imposta por lei); (iv) Uma

fórmula a usar: tributação de caracter

social concertada; (v) Uma

obstaculização: democracia corrompida

(corrupção e crise de direito); (vi) Uma

saída: maior alargamento dos grupos

de pressão, o escrutínio como reforço

da democracia comunicativa e da

globalização positiva; Destinatários da

revolução: sobreviventes de corpo e

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7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária ........................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

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10. Human Rights in India ................. p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

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homem a sua centralidade humana.” É

muito perigoso quando o homem se

esquece de si mesmo pois, não se

reconhece mais perante sua espécie

humana, perde aquilo que de mais

precioso identifica qualquer ser humano

(sentimento), logo transforma-se num

objeto mortal onde tudo se torna

possível. Bom, estender-me-ia por mais,

mas aqui termino na esperança de que a

‘Alzheimer-humana’ tenha dias contados

para que se possa dar uma segunda

oportunidade a ‘Deus-homem’, já que

me parece que o cristianismo-católico

arrependeu-se e como os biblistas

enunciam, “não queremos a morte do

pecador, desde que se arrependa e viva”

é no mesmo propósito (desta renovada

profissão de fé) que convido toda a

sociedade de crentes, ligados ao

cristianismo (seja ela qual for a sua fé), e

descrentes para que se quiserem viver,

se arrependam a semelhança do

renovado cristianismo-católico. Urge

reconhecer-se no ser semelhante; a

partir daí, somos capaz de nos

aproximar e restaurar a almejada paz

social, política (…) económica

mundial/global e quiçá o ‘paraíso

terreno’ possa ser não só de uns e nem

de todos mas pelo menos para muitos,

reconhecendo a difícil possibilidade em

absolutizar dada a indissociável e

‘necessária’ convivência com a estupidez

humana que é intrínseca à sua natureza.

Jayanta Ghosh Doctoral Fellow Rajiv Gandhi School of Intellectual Property Law- Indian Institute of Technology Kharagpur, India

Human Rights in India

India is a diversified taste of

recognising Human Rights. The dynamic

character of societal need digging the

newly interpreted Human Right for the

people. The Constitution of India is

almost always described as one of the

most rights-based Constitutions in the

world. Interestingly, it was drafted

around the same time as the Universal

Declaration of Human Rights (UDHR)

of 1948. The Indian Constitution (IC)

therefore, seeks to capture the essence of

human rights in its Preamble, in the

sections on Fundamental Rights as well

as in the Directive Principles of State

Policy. These policies contain many of

the provisions that can be found in the

UDHR.

The Indian Constitution is based on

the principles that guided India’s struggle

against a colonial regime that had

consistently violated the civil, political,

social, economic and cultural rights of the

people of India. The Indian Constitution

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was adopted after some two and one-

half years of deliberation by the

Constituent Assembly that also acted as

India’s first legislature. The Indian

Constitution was put into effect on

January 26, 1950. This document is

treated as a living one and recognised

Human Rights in India. It creates a

“sovereign democratic republic” called

India, or Bharat, which “shall be a

Union of States”. India is a federal

system in which residual powers of

legislation remain with the central

government. The Preamble to the

Constitution declares India to be a

Sovereign, Socialist, Secular and

Democratic Republic. The term

'democratic' denotes that the

Government gets its authority from the

will of the people. It gives a feeling that

they all are equal "irrespective of the

race, religion, language, sex and

culture." The Preamble to the

Constitution pledges justice, social,

economic and political, liberty of

thought, expression, belief, faith and

worship, equality of status and of

opportunity and fraternity assuring the

dignity of the individual and the unity

and integrity of the nation to all its

citizens.

Coming to the Human Rights, the

three organs of Government, the

judiciary has become a vanguard of

human rights in India. It performs this

function mainly by innovative

interpretation and application of the

human rights provisions of the

Constitution. The Supreme Court of

India has in its one landmark precedent

declared that it has a special

responsibility, "to enlarge the range and

meaning of the Fundamental rights and

to advance the human rights

jurisprudence." Indian Constitution is a

document rich in human rights

jurisprudence. This is an elaborate

charter on human rights ever framed by

any State in the world. In order to live

with dignity certain basic rights and

freedoms are necessary, which all

Human beings are entitled to, these basic

rights are called Human Rights. Human

rights demand recognition and respect

for the inherent dignity to ensure that

everyone is protected against abuses

which undermine their dignity, and give

the opportunities they need to realize

their full potential, free from

discrimination. In this context, the

special legislation is framed namely, The

Protection of Human Rights Act, 1993

and National Human Right Commission

(NHRC) has been set for the betterment

of the Human Rights position in India.

The NHRC has maintained its different

wing to inculcate the basic human needs.

As a recommendatory authoritative

feature is held by the NHRC and

maximum number of states has State

Human Rights Commission to curve the

Human Rights violation. Therefore, in

this regards anyone can say that the

position of the Human Rights in India is

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Global to Local News

A presente Newsletter destina-se a ser distribuída entre Clientes e Colegas e a informação nela contida é prestada de forma geral e abstrata, não substituindo o recurso a aconselhamento jurídico para a resolução de casos concretos, pelo que, não deve servir de base para qualquer tomada de decisão sem assistência profissional qualificada. O conteúdo desta Newsletter não pode ser reproduzido, no seu todo ou em parte, sem a expressa autorização do editor. Caso deseje obter esclarecimentos adicionais sobre este assunto ou deixar de receber a nossa Newsletter contate-nos: [email protected] ou visite o nosso site www.nrdc-advogados.com.

© NRDC - Escritório de Advogados 2015

20

Edição: I

2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ........................ p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios .......... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ...................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ............................... p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária .......................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia .............. p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. ................................... p.16

10. Human Rights in India ................ p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

Democrática Global Hodierna .......... p.20

12. Convenção Universal dos Direitos do

Homem ............................................. p.22

Edição: NRDC@ Escritório de Advogados

Edição Gráfica: Dra. Fátima Oliveira

E-mail: [email protected]

Webpage: www.nrdc-advogados.com

Tel: (+351)296 281 750/296 281 751

Endereço: Rua da Cruz, nº 55--1º andar,

S.José, 9500-051 Ponta Delgada

really commendable.

Hamilton S. S. De Carvalho Jurisconsulto Professor universitário na Faculdade de Direito e de Ética da Universidade São Tomás de Moçambique (USTM)

Cogito Ergo Sum’ na Prática

Democrática Global Hodierna: O ‘Paraíso’ de Uns e o ‘Inferno’ de Outros (O Homem Revisitado)

Tomei de ‘assalto’ a frase latina em

epígrafe, a qual remete-nos ao francês

René descarte, no seu discurs de lá

Méthode (originalmente tornado público

em francês, puisque je doute, je pense,

puisque je pense, j’existe – data de 1637),

para servir de suporte ao meu ceticismo

com a qual se identifica qualquer

advogado do diabo. Meço-a antes de a

proferir, para não suster ou inquinar de

blasfémia – na linguagem religiosa dos

extremistas e de ferir sensibilidades na

linguagem dos novos capitalistas. O certo

é que busco encontrar o espaço do homem

moderno numa sociedade hípermoderna e

híperconsumista, como também a

considera Gilles Lipovetsky e, cada vez

menos religiosa e mais consumista

reduzindo-se assim, à uma mera

«sociedade de deceção.»

O facto é que o Ocidente, Oriente,

(…) a África e o mundo não está em paz

desde 1990 e não está em paz hoje. Aqui

lembro-me bem do historiador Eric

Hobsbawm que com devida classe soube

manifestar-se assertivamente sobre a

miséria do historicismo. Por um lado, as

violentas guerras que estão longe de vir-

se racionalizadas, até porque (a meu ver)

trata-se de uma ‘guerra da razão’

ofuscando sobremaneira a própria ideia

da razão, uma guerra humana de homo

homini lups a vista hobbesiana; aquela

em que o sistema de Direito e direitos

transforma-se num sistema ‘coxo’ e/ou

reduzido a estaca zero; Quis acreditar

que esta guerra de todos contra todos só

pudesse ser solucionada pelo ‘sermão da

montanha.’

Levanta-se, indubitavelmente, nesta

senda de solução, o meu ceticismo. É que

o homem modernizou-se, mas também

perdeu sua religiosidade. Daquelas

cruzadas, sobrou apenas descrenças;

daquela laicidade, o homem divorciou-se

completamente da sua alma, vendeu-a

ao diabo – como refere Fonseca-Statter

no seu «o escândalo da dívida e o sistema

mundial offshore.»

O que vimos? A transformação da

homem-ratio-politico para o homem-

sapiens-económico, o declínio do estado

civilístico para o estado da natureza.

Aliás, tal cenário muito se assemelha

com a corrida pela partilha da África,

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Edição: I

2015 – 08 – nº 4

EDIÇÃO ESPECIAL ARTIGOS DE OPINIÃO

Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ......................... p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios ........... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ....................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ................................ p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária ........................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. .................................... p.16

10. Human Rights in India ................. p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

Democrática Global Hodierna ........... p.20

12. Convenção Universal dos Direitos do

Homem ............................................. p.22

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deliberada pomposamente na grandiosa

conferência de Berlim e, não só, mas

como o mesmo cenário pode ter que ver

com a forma em como a abertura aos

mercados precipitou uma maior

concorrência na fórmula da organização

da atividade económica e empresarial

humana graças as reformas que foram

sendo feitas no âmbito das ditas teorias

públicas, tornando parceiro do ente

público o sector privado. Convém expor

uma breve relação de causa-efeito dai

resultante: (i) Uma razão: libertação da

liberdade individual (burguesia); (ii)

Um mal: crescimento das desigualdades

sociais (pobreza/sociedade sem classe);

(iii) Uma possível solução: justiça

distributiva equitativa (utópica –

quando não imposta por lei); (iv) Uma

fórmula a usar: tributação de caracter

social concertada; (v) Uma

obstaculização: democracia corrompida

(corrupção e crise de direito); (vi) Uma

saída: maior alargamento dos grupos de

pressão, o escrutínio como reforço da

democracia comunicativa e da

globalização positiva; Destinatários da

revolução: sobreviventes de corpo e

alma, os que verdadeiramente ainda

pensam e existem (cogito ergo sum).

Outro não fosse, com o perene

fascínio, questionar-me-ia: Porque

haveria de ser que o homem tanto

quisesse viver, quando não sabe viver?

O homem hipermoderno pensa que vive,

todavia, não sabe que não vive sem os

outros, sem a razão, sem existir. O

homem só existe, se a razão humana

existir. O homem hipermoderno se é que

vive, só pode estar a viver em coma, com

o consciente morto, assim vivem os

animais. Num dos meus mais recente

estudo (publicado pelo Semanário Canal

de Moçambique) sobre o futuro do “Deus

de Jesus de Nazaré”, no âmbito da

clássica dicotomia religião versus ciência

reitero a seguinte citação, trazida em

estudo na coordenação de Anselmo

Borges: “No caso da relação

religião/ciência, dos cientistas ouve-se

ironicamente dizer que «a ciência pode

purificar a religião do erro e da

superstição.» Já do lado dos crentes

ouve-se dizer que «a religião pode

purificar a ciência da idolatria e dos

falsos absolutos.» Trata-se como é óbvio

de trazer ao diálogo uma linguagem

comum, a da filosofia da ciência, entre

cientistas e crentes. Ainda assim, é nesta

perspetiva teológica que os mistérios da

fé são interpretados à luz do dia

reforçando a aliança entre Deus e o

Homem. Deus criador, Deus dando-se a

conhecer e elevando cada vez mais o

homem a sua centralidade humana.” É

muito perigoso quando o homem se

esquece de si mesmo pois, não se

reconhece mais perante sua espécie

humana, perde aquilo que de mais

precioso identifica qualquer ser humano

(sentimento), logo transforma-se num

objeto mortal onde tudo se torna

possível. Bom, estender-me-ia por mais,

mas aqui termino na esperança de que a

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Edição: I

2015 – 08 – nº 4

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Índice

1. Da Submissão do Brasil à Convenção

de Viena de 1980 ................................ p.1

2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ........................ p.3

3. Código de Processo Civil Democrático do Brasil: novidades e desafios ........... p.5 4. Estados ‘vertiginosos’: possíveis desbloqueios ...................................... p.7 5. Investment or Tax Treaty Abuse: A Process Pursued …...............................p.9 6. As taxas de juro negativas do Banco

Central Europeu ................................ p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária ........................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. ................................... p.16

10. Human Rights in India................. p.18

11.Cogito Ergo Sum’ na Prática

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12. Convenção Universal dos Direitos do

Homem ............................................. p.22

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‘Alzheimer-humana’ tenha dias

contados para que se possa dar uma

segunda oportunidade a ‘Deus-

homem’, já que me parece que o

cristianismo-católico arrependeu-se e

como os biblistas enunciam, “não

queremos a morte do pecador, desde

que se arrependa e viva” é no mesmo

propósito (desta renovada profissão de

fé) que convido toda a sociedade de

crentes, ligados ao cristianismo (seja

ela qual for a sua fé), e descrentes para

que se quiserem viver, se arrependam a

semelhança do renovado cristianismo-

católico. Urge reconhecer-se no ser

semelhante; a partir daí, somos capaz

de nos aproximar e restaurar a

almejada paz social, política (…)

económica mundial/global e quiçá o

‘paraíso terreno’ possa ser não só de

uns e nem de todos mas pelo menos

para muitos, reconhecendo a difícil

possibilidade em absolutizar dada a

indissociável e ‘necessária’ convivência

com a estupidez humana que é

intrínseca à sua natureza.

José Noronha Rodrigues Advogado Professor de Direito na UAç

CONVENÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM

O estudo dos direitos humanos tem

sido, ao longo das diversas épocas, um

motor de discussão que tem servido de

base para a justificação do sistema

democrático, tal como o conhecemos e,

mais importante ainda, para a

manutenção da paz entre os diversos

sujeitos do Direito Internacional. Não é

por acaso que NORBERTO BOBBIO

em a “[era] dos Direitos” refere que “[ os

direitos] do homem, democracia e paz, são

três momentos necessários do mesmo

movimento histórico: sem direitos do

homem reconhecidos e protegidos não há

democracia; sem democracia não existem

as condições mínimas para a solução

pacífica dos conflitos.”

Existem, no entanto, numerosos

instrumentos internacionais de

salvaguarda dos direitos humanos que

jurisprudencialmente imiscuem-se entre

si, a título de exemplo temos: Convenção

nº 29 da OIT sobre Trabalho Forçado ou

Obrigatório (1930); a Carta das Nações

Unidas (1945); Declaração Universal dos

Direitos do Homem (1948); Convenção

para a Prevenção e Repressão do Crime

de Genocídio (1948); Convenção nº 97 da

OIT relativa aos Trabalhadores

Migrantes (1949); Convenção para a

Proteção dos Direitos do Homem e das

Liberdades Fundamentais ou Convenção

Europeia dos Direitos do Homem

(1950); Convenção Relativa ao Estatuto

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2. Tributação Ambiental no Brasil: uma

oportunidade perdida ......................... p.3

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Central Europeu ................................ p.11

7. Dia Mundial da Ajuda Humanitária ........................................................... p.12

8. O Terrorismo, Refugiados e o Instituto de Asilo na União Europeia ............... p.14 9.“Excepcionalismo” Europeu : A visão de

David Landes. .................................... p.16

10. Human Rights in India ................. p.18

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humana? Será que estes princípios

variam de Estado para Estado, de raça

para raça, de época para época, de

religião para religião, de pessoa para

pessoa? Não serão estes princípios

universais da pessoa humana? Não

seria suficiente a Declaração Universal

dos Direitos do Homem? Felizmente, a

dialética dos Direitos Humanos é

prisioneira da insatisfação permanente,

pelo que, buscamos constantemente

novos direitos fundamentais. Os

Direitos do Homem devem, portanto,

ser promovidos e protegidos pelos

governos de todos os países como um

«ideal» a atingir, ou seja, os direitos do

homem constituem nos dias de hoje,

um novo ethos mundial para a

Comunidade Internacional. Até

porque, infelizmente, não existe

nenhum instrumento internacional de

salvaguarda dos Direitos do Homem

que seja, universalmente vinculativo

para toda a Comunidade

Internacional. É premente, portanto,

no século XXI a Comunidade

Internacional, os Estados e os cidadãos

consciencializem para a necessidade de

fundir e/ou igualar os Direitos do

Homem com as do cidadão, de forma a,

uniformizar a cidadania e os direitos

fundamentais. É necessário aprovar

uma Convenção Universal dos Direitos

do Homem, de modo, substituir a

arcaica Declaração Universal dos

Direito do Homem não vinculativa.

Colaboradores

José Noronha Rodrigues

Silvio Javier Battello

Calderon

Leonardo Silva Nunes

dos Refugiados (1951); Convenção

Internacional sobre a Eliminação de

Todas as Formas de Discriminação

Racial (1965); Pacto Internacional

sobre os Direitos Económicos, Sociais

e Culturais (1966); Pacto

Internacional sobre os Direitos Civis e

Políticos (1966); Protocolo de Nova

Iorque, relativo ao Estatuto de

Refugiados (1967); Convenção sobre a

Eliminação de Todas as Formas de

Discriminação contra as Mulheres

(1979); Convenção contra a Tortura e

outras Penas ou Tratamentos Cruéis,

Desumanos ou Degradantes (1984);

Convenção sobre os Direitos da

Criança (1989); Carta dos Direitos

Fundamentais da União Europeia

(1997), entre outros.

Contudo, e, apesar de, existir esta

multiplicação de instrumentos

internacionais de salvaguarda dos

Direitos Humanos, todos estes

instrumentos foram, de forma direta

e/ou indireta, beber inspiração à

primeira Declaração dos Direitos do

Homem e do Cidadão, de 1789.

Progressivamente, os preceitos foram

sendo aperfeiçoados, quer concedendo

novos direitos aos cidadãos, quer

introduzindo algumas correções, por

forma a, salvaguardar sempre o

Homem no tempo e no espaço. No

entanto, atualmente, várias questões

se levantam. Serão, mesmo

necessários tantos ensaios para defesa

dos princípios básicos da pessoa