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Forte do Bom Sucesso e Museu dos Combatentes Liga dos Combatentes Newsletter Setembro é o mês dedicado às comemorações do bicentenário das linhas torres (1810-2010). Construção exímia de defesa militar, para defesa do território durante o período das guerras napoleónicas. Um sistema de defesa que viria a ser conhecido por Linhas de Torres Vedras - três linhas com um total de 152 redutos e 600 peças de artilharia, um sistema de comunicações com postos de sinais, o maior sistema de defesa efectiva na história, construído durante a Guerra Peninsular, sob a direcção do Tenente-coronel britânico Richard Fletcher, que deu aos acontecimentos de Portugal uma dimensão europeia. Contextualizando, entre finais do século XVIII e inícios do século XIX, a Revolução Francesa ocasionou diversos conflitos protagonizados por França e Inglaterra, que envolveria outras nações. A estratégia hegemónica de Napoleão Bonaparte para o domínio da Península Ibérica, tinha como principal objectivo travar o forte poder marítimo inglês no Atlântico e nos portos comerciais do Mediterrâneo e igualmente, a supremacia política e económica inglesa na Europa. Por conseguinte, Napoleão decretou a 21 de Novembro de 1806, o Bloqueio Continental, que consistia no encerramento dos portos de todos os países europeus ao comércio inglês, por parte dos países situados nos extremos do continente europeu. No entanto, Portugal não coaduna com esta estratégia, histórico aliado dos ingleses, manteve uma política de neutralidade. Como consequência, no início do século XIX, um exército francês sob o comando do general Jean-Andoche Junot, invadiu Portugal, apoiado por três exércitos espanhóis. Os portugueses não ofereceram resistência, tendo o príncipe regente, D. João, partido para o Brasil com a família real e a respectiva corte, escoltado por uma frota inglesa, assegurando, deste modo, a independência nacional. Junot formou então governo em Lisboa, e as suas tropas ocuparam importantes fortalezas do reino, entre elas, o Forte do Bom Sucesso. O governo britânico reagiu, auxiliando Portugal com um exército, em Agosto de 1808, comandado por Sir Arthur Wellesley, futuro duque de Wellington, que combateu o exército de Junot no Vimeiro e negociou a Convenção de Torres Vedras- Lisboa, para a expulsão das tropas francesas de Portugal. No seguimento das comemorações deste acontecimento histórico, a Liga dos Combatentes em parceria com a agência de viagens Cistertour, programou um roteiro especial para os associados da Liga dos Combatentes, familiares, amigos e também todos os interessados na temática, oferecendo a oportunidade de descobrir os sistemas defensivos que ao longo da história protegeram a cidade de Lisboa As Fortalezas da Costa e as Linhas de Torres. Bem-vindo à nossa newsletter mensal FBS! Exmo(a). Sr(a). 8.ª edição, Setembro 2010 O passeio temático ―Fortalezas da Costa de Lisboa e as Linhas de Torres‖ tem inscrições abertas até ao dia 22 de Setembro de 2010, com data de realização do passeio para dia 9 de Outubro de 2010 (sábado). O passeio tem como roteiro, o encontro e visita ao Forte do Bom Sucesso em Lisboa, às 08h00, com visita guiada ao espaço museológico a cargo da Liga dos Combatentes, seguindo às 10h00 pela costa em direcção ao Forte de São Julião da Barra e respectiva visita guiada (sendo o maior e mais completo complexo militar de defesa da Costa), com continuação para Cascais, começando pela visita pelo Forte de Santa Marta (actualmente o museu nacional dos faróis), seguindo-se para o Forte de S. Jorge de Oitavos (construído no séc. XVII após a restauração da independência); o almoço será realizado em restaurante da Malveira da Serra, após o qual, a visita terá continuação em direcção a Torres Vedras, com destaque para o sistema defensivo construído entre 1809 e 1810 e que constitui um dos marcos da arquitectura e estratégia militares da história europeia pela sua eficácia que determinou o início da derrota das tropas napoleónicas. Por fim, inclui-se ainda a visita ao Museu Municipal de Torres Vedras (onde existe um núcleo muito importante dedicado às lutas durante o período das invasões francesas) e Forte de S. Vicente (uma das muitas fortalezas mandadas construir por Wellington). Às 19h00 prevê-se o regresso a Lisboa. Roteiro do passeio temático organizado pela Liga dos Combatentes, ―Fortalezas da Costa de Lisboa e as Linhas Torres‖.

Newsletter - Liga dos Combatentesguerra tiveram também a oportunidade de fazer a paz. O livro pode ser adquirido na Liga dos Combatentes, Forte do Bom Sucesso ou através de Belmiro

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Page 1: Newsletter - Liga dos Combatentesguerra tiveram também a oportunidade de fazer a paz. O livro pode ser adquirido na Liga dos Combatentes, Forte do Bom Sucesso ou através de Belmiro

Forte do Bom Sucesso e Museu dos Combatentes

Liga dos Combatentes

Newsletter

Setembro é o mês dedicado às comemorações do bicentenário das linhas torres (1810-2010).

Construção exímia de defesa militar, para defesa do território durante o período das guerras napoleónicas. Um sistema de defesa que viria a ser conhecido por Linhas de Torres Vedras - três linhas com um total de 152 redutos e 600 peças de artilharia, um sistema de comunicações com postos de sinais, o maior sistema de defesa efectiva na história, construído durante a Guerra Peninsular, sob a direcção do Tenente-coronel britânico Richard Fletcher, que deu aos acontecimentos de Portugal uma dimensão europeia.

Contextualizando, entre finais do século XVIII e inícios do século XIX, a Revolução Francesa ocasionou diversos conflitos protagonizados por França e Inglaterra, que envolveria outras nações. A estratégia hegemónica de Napoleão Bonaparte para o domínio da Península Ibérica, tinha como principal objectivo travar o forte poder marítimo inglês no Atlântico e nos portos comerciais do Mediterrâneo e igualmente, a supremacia política e económica inglesa na Europa. Por conseguinte, Napoleão decretou a 21 de Novembro de 1806, o Bloqueio Continental, que consistia no encerramento dos portos de todos os países europeus ao comércio inglês, por parte dos países situados nos extremos do continente europeu. No entanto, Portugal não coaduna com esta estratégia, histórico aliado dos ingleses, manteve uma política de neutralidade. Como consequência, no início do século XIX, um exército francês sob o comando do general Jean-Andoche Junot, invadiu Portugal, apoiado por três exércitos espanhóis. Os portugueses não ofereceram resistência, tendo o príncipe regente, D. João, partido para o Brasil com a família real e a respectiva corte, escoltado por uma frota inglesa, assegurando, deste modo, a independência nacional. Junot formou então governo em Lisboa, e as suas tropas ocuparam importantes fortalezas do reino, entre elas, o Forte do Bom Sucesso. O governo britânico reagiu, auxiliando Portugal com um exército, em Agosto de 1808, comandado por Sir Arthur Wellesley, futuro duque de Wellington, que combateu o exército de Junot no Vimeiro e negociou a Convenção de Torres Vedras-Lisboa, para a expulsão das tropas francesas de Portugal. No seguimento das comemorações deste acontecimento histórico, a Liga dos Combatentes em parceria com a agência de viagens — Cistertour, programou um roteiro especial para os associados da Liga dos Combatentes, familiares, amigos e também todos os interessados na temática, oferecendo a oportunidade de descobrir os sistemas defensivos que ao longo da história protegeram a cidade de Lisboa – As Fortalezas da Costa e as Linhas de Torres.

Bem-vindo à nossa newsletter mensal FBS!

Exmo(a). Sr(a). 8.ª edição, Setembro 2010

O passeio temático ―Fortalezas da Costa de

Lisboa e as Linhas de Torres‖ tem inscrições abertas

até ao dia 22 de Setembro de 2010, com data de

realização do passeio para dia 9 de Outubro de 2010

(sábado). O passeio tem como roteiro, o encontro e visita

ao Forte do Bom Sucesso em Lisboa, às 08h00, com

visita guiada ao espaço museológico a cargo da Liga dos

Combatentes, seguindo às 10h00 pela costa em direcção

ao Forte de São Julião da Barra e respectiva visita

guiada (sendo o maior e mais completo complexo militar

de defesa da Costa), com continuação para Cascais,

começando pela visita pelo Forte de Santa Marta

(actualmente o museu nacional dos faróis), seguindo-se

para o Forte de S. Jorge de Oitavos (construído no séc.

XVII após a restauração da independência); o almoço será

realizado em restaurante da Malveira da Serra, após o

qual, a visita terá continuação em direcção a Torres

Vedras, com destaque para o sistema defensivo construído

entre 1809 e 1810 e que constitui um dos marcos da

arquitectura e estratégia militares da história europeia pela

sua eficácia que determinou o início da derrota das tropas

napoleónicas. Por fim, inclui-se ainda a visita ao Museu

Municipal de Torres Vedras (onde existe um núcleo

muito importante dedicado às lutas durante o período das

invasões francesas) e Forte de S. Vicente (uma das

muitas fortalezas mandadas construir por Wellington). Às

19h00 prevê-se o regresso a Lisboa.

Roteiro do passeio temático organizado pela Liga dos Combatentes, ―Fortalezas da Costa de Lisboa e as

Linhas Torres‖.

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Forte do Bom Sucesso e Museu dos Combatentes

Liga dos Combatentes

Newsletter

Endereçamos o nosso convite para que compareça à apresentação do livro ―Guaritas — Arte e Engenho‖, da autoria de Augusto Moutinho Borges e Marín Garcia, que terá lugar no dia 16 de Setembro, pelas 18h00, no Museu do Combatente e Forte do Bom Sucesso. A apresentação será conduzida pela editora By the Book e o Presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes, General Chito Rodrigues.

Convite

Notícias

No período de 4 a 25 de Agosto de 2010, o Museu do Combatente e Forte do Bom Sucesso, deu continuação à visita do programa ―Turismo Educativo Júnior 2010‖da Fundação INATEL.

O workshop de esgrima foi leccionado pelo Vogal da Direcção Central da Liga dos Combatentes, o Tenente-coronel Álvaro Diogo (desportista, dirigente e Mestre de Armas) e os funcionários da Liga Jorge Martins e Carlos Carrera (entusiastas da prática e assíduos desportistas da modalidade); esquipa vencedora do terceiro lugar por equipas no CMEFD em Mafra 2008. Relativamente às visitas guiadas ao Museu do Combatente, estas ficaram a cargo do Tenente-coronel Borges e do Comandante Macedo, Vogais da Direcção Central da Liga dos Combatentes. Por fim, o peddy-paper no Forte do Bom Sucesso foi realizado pela Dra. Catarina Carvalho, responsável de Comunicação e Marketing do Museu do Combatente e Forte do Bom Sucesso.

Este programa contou com a participação de jovens de várias Instituições de Solidariedade Social e Apoio à Criança.

Workshop de Esgrima com o Tenente-coronel Álvaro Diogo.

Convite para a apresentação do livro ―Guaritas — Arte e Engenho‖.

Publicações

De autoria de José Eduardo Reis de Oliveira, ―Golpes de Mão’s‖ é um livro escrito em ―dois tempos‖. Em 1964-65, tendo como fonte um "Diário de Guerra" (Confidencial), de sua autoria, que registou a vida dos militares da C.Caç. 675, então em "quadrícula" no Norte da Guiné (zona de Binta e Guidage); e em 2007-08 num Portugal em tempo de paz, mas com feridas de guerra ainda mal cicatrizadas, ouvindo e registando memórias de ex-combatentes. Neste tempo último os "flashes" das recordações de alguns dos protagonistas da Companhia, que fizeram a sua comissão da Guiné nos anos 60, testemunham que as mãos que fizeram a guerra tiveram também a oportunidade de fazer a paz. O livro pode ser adquirido na Liga dos Combatentes, Forte do Bom Sucesso ou através de Belmiro Tavares - 938 353 882 e José Eduardo Reis de Oliveira - 963 147 683.

Capa do livro, ―Golpes de Mão’s‖, de José Eduardo Reis de Oliveira.

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Liga dos Combatentes

Forte do Bom Sucesso e Museu dos Combatentes

Exposições Temporárias

―Dom Anacleto e a sua Náná‖, acrílico sobre tela, 2008.

Sem título, acrílico sobre tela, 2001.

Hilário Teixeira Lopes, 66 anos de pintura,

―Da coloratura multi-direccionalmente expansiva‖

Dando início à parceria cultural estabelecida com o MAC — Movimento Arte

Contemporânea, a Liga dos Combatentes anuncia a exposição de pintura

de Hilário Teixeira Lopes, comemorativa dos seus 66 anos de carreira, no Museu

do Combatente e Forte do Bom Sucesso, que A estará patente ao público até

fins de Setembro de 2010.

Abarcando um período de produção de vai de 1989 a 2010, a exposição terá

lugar nos espaços afectos ao Forte do Bom Sucesso, inaugurando, inicialmente,

em duas salas. Inicia-se com um espólio de 26 telas e 2 desenhos ao qual se

juntarão, posteriormente (a partir de 23 de Junho), mais 7 telas e 15 desenhos,

ocupando uma terceira sala e dando início a um ciclo de actividades das quais se

destacam uma conferência/debate sobre a obra de Hilário Teixeira Lopes e um

workshop de medalhística desenvolvido, com base na obra do pintor, pela

Secção de Investigação e de Estudos Volte Face – Medalha Contemporânea, da

Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, coordenado pelo Professor Escultor João

Duarte.

Segundo as palavras do Director Coordenador do MAC e comissário da

exposição, Álvaro Lobato Faria, ― Hilário Teixeira Lopes é um pintor inquieto,

passando por períodos estéticos diversos, desde a abstracção à figuração, do

expressionismo à nova-figuração, tendo sempre presente um forte sentido

geométrico nas suas composições. (...) As suas telas tornam-se um depósito, um

tesouro de instantes e de formas, revelando-se como espaços diversificados,

capazes de preservar a memória de acontecimentos múltiplos, a memória dos

tempos. ‖

―Campanha de Cuamato‖

De 30 de Julho a 31 de Outubro de 2010, em parceria com o Centro de Audiovisuais do Exército (CAVE), a Liga dos Combatentes apresenta a exposição temporária “Campanha de Cuamato”.

Esta campanha desenrola-se em torno da campanha de pacificação do sul de Angola no início do século XX, tendo como contextualização o Ultimatum e as suas consequências na política ultramarina portuguesa. Depois de várias tentativas não conseguidas para a ocupação dos territórios de Além-Cunene e pacificação dos Cuanhama e Cuamato e da menos bem conseguida campanha de 1904, foi organizada uma força expedicionária constituída por forças da metrópole. Essa força era constituída por uma Companhia de Infantaria 12, outra de Marinha, um contingente de Artilharia do Grupo de Baterias a Cavalo e serviços administrativos; também tinha unidades de Angola como 2 Esquadrões de Dragões, 1 Bateria de Artilharia, 2 Companhias de Infantaria Europeia e 4 de Indígenas e 1 Pelotão de Sapadores. Em Junho de 1907 chegaram as forças da metrópole bem como a 12ª Companhia de Infantaria de Moçambique (Landins). No Começo de Agosto de 1907 o Capitão Roçadas (Governado Huíla) assumia o comando da coluna de operações cujo efectivo contava com 2300 homens. Após 40 dias de combate com os aguerridos Cuamatos, a campanha finda com o país do Cuamato ocupado e o desastre de 1904 ultrapassado. A campanha de 1907 marcava na História das Campanhas portuguesas contemporâneas um lugar de relevo pelo seu planeamento e exímia execução.

Campanha de Cuamato.

Grupo de Auxiliares.

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Um dever cívico e uma obrigação moral – Homenagear e ajudar todos os combatentes que outrora serviram Portugal!

Todas as receitas de bilhetes e afins do Museu do Combatente revertem a favor da Liga dos Combatentes, na ajuda a todos os combatentes e respectivas famílias carenciadas. Os sócios da Liga dos Combatentes têm entrada livre! Inscreva-se como sócio através do website da Liga dos Combatentes. www.ligacombatentes.org.pt

Faça-se amigo do Museu! Visite-nos no Facebook . http://www.facebook.com/album.php?success=1&aid=-3&id=100000695533289&saved#/profile.php?ref=profile&id=100000695533289

Para remover o seu nome da nossa lista de correio, envie um e-mail com o assunto “Remoção” para [email protected] . Perguntas ou comentários? Envie-nos uma mensagem de correio electrónico para [email protected]

AVISO LEGAL: Esta mensagem é confidencial e dirigida apenas ao destinatário. Se a recebeu por erro solicitamos que o comunique ao remetente e a elimine assim como qualquer documento anexo. Não há renúncia à confidencialidade nem a nenhum privilégio devido a erro de transmissão. Esta mensagem não pode ser considerada como

"SPAM", porque inclui todos os nossos contactos, assim como instruções para remover o email da nossa mailing list.

Esperamos que tenha gostado e até o próximo mês!

Com os melhores cumprimentos, Catarina Carvalho Departamento de Comunicação e Marketing

Museu do Combatente Forte do Bom Sucesso, Junto à Torre de Belém 1400-038 Lisboa

Tel. 92 738 31 39 E-mail. [email protected] Horário da Bilheteira: Seg a Domg: 10h—18h

Acessos: Autocarros: 28, 29, 714; Eléctrico: 15; Comboio: Estação Algés. Preços: Entrada Gratuita: Sócios da Liga dos Combatentes

2€: Crianças até 10 anos; Reformados; Militares; Grupos com marcação para visitas guiadas

3€: Bilhete regular

Visitas Guiadas: mediante marcação prévia e condições a acordar.

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