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EDITORIAL Afsané Bassir-Pour Directora do UNRIC Boletim do Centro Regional de Informação das Nações Unidas Bruxelas /Julho-Agosto de 2006 / N.º16 Kofi Annan em Bruxelas O Secretário-Geral das Nações Unidas visitou Bruxelas de 17 a 19 de Julho. A 18 de Julho, Kofi Annan teve encon- tros com o Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e com o Alto Representante da EU para a Política Estrangeira e Segurança Comum, Javier Solana. No mesmo dia, o Secretário-Geral, presidiu, juntamente com o Presidente da Comissão da União Africana (UA), Alpha Oumar Kounaré, à conferência de anúncio de contribuições para o reforço da Força da UA no Darfur . Kofi Annan exortou a comunidade internacional a disponi- bilizar fundos suple- mentares, lembrando que era preciso garantir que a UA disponha dos recursos necessários para prosseguir a sua missão crucial na região. Para mais informações Na véspera do dia de encerramento da sua pri- meira a sessão, o Conselho de Direitos Humanos adoptou um Tratado Inter- nacional sobre Desapareci- mentos Forçados e uma Declaração sobre os Direi- tos dos Povos Indígenas. Os dois primeiros textos adoptados pelo Conselho de Direitos Humanos serão submetidos à Assem- bleia Geral para adopção. A primeira sessão dos Conselho de Direitos Humanos, um novo órgão da ONU encarregado da promoção e defesa do respeito pelas liberdades fundamentais, decorreu entre os dias 19 e 30 de Junho. Para mais informações Montenegro torna-se o 192.º Estado-Membro da ONU Menos de um mês depois de se ter separado da sérvia, o Montenegro tornou-se o 192.º Estado- membro das Nações Unidas, após a adopção por aclamação de uma resolu- ção da Assem- bleia Geral, reunida em sessão plenária. O Montenegro proclamou a sua independência a 3 de Junho, tornando-se, assim, a nação mais jovem do mundo. Para mais informações UN Photo # 120993 / Eskinder Se a actividade política não abranda duran- te o período estival, como a situação no Médio Oriente e, em particular, no Líbano infelizmente ilustra, a actividade institucio- nal é marcada por um ritmo de certo modo mais lento. No entanto, a Reforma prossegue, por exemplo, no que se refere à própria Organi- zação. Mas os frutos da reforma começam também a ser visíveis com a primeira ses- são do novo Conselho de Direitos Humanos ou o início dos trabalhos da Comissão de Consolidação da Paz. Se a actividade institucional é, portanto, mais limitada, não deixamos por isso de continuar a apresentá-la neste Boletim. Reencontrar-nos-emos em Setembro, em que uma Assembleia Geral importante per- mitirá fazer um balanço do conjunto da reforma. Conselho de Direitos Humanos adopta os seus dois primeiros textos Alguns destaques desta Edição Reforma da ONU Cimeira da UA Timor Conferência sobre Armas Ligeiras Médio Oriente ECOSOC (sessão anual) Migrações UN Photo #122173 / Mark Garten UN Photo 121579 / Jean-Marc Ferre UNRIC www.unric.org

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EDITORIAL Afsané Bassir-Pour Directora do UNRIC

Boletim do Centro Regional de Informação das Nações Unidas

Bruxelas /Julho-Agosto de 2006 / N.º16

Kofi Annan em Bruxelas O Secretário-Geral das Nações Unidas visitou Bruxelas de 17 a 19 de Julho. A 18 de Julho, Kofi Annan teve encon-tros com o Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e com o Alto Representante da EU para a Política Estrangeira e Segurança Comum, Javier Solana. No mesmo dia, o Secretário-Geral, presidiu, juntamente com o Presidente da Comissão da União Africana (UA), Alpha Oumar Kounaré, à conferência de anúncio de contribuições para o reforço da Força da UA no Darfur. Kofi Annan exortou a comunidade

internacional a disponi-bilizar fundos suple-mentares, lembrando que era preciso garantir que a UA disponha dos recursos necessários para prosseguir a sua missão crucial na região. Para mais informações

Na véspera do dia de encerramento da sua pri-meira a sessão, o Conselho de Direitos Humanos adoptou um Tratado Inter-nacional sobre Desapareci-mentos Forçados e uma Declaração sobre os Direi-tos dos Povos Indígenas. Os dois primeiros textos adoptados pelo Conselho de Direitos Humanos serão submetidos à Assem-

bleia Geral para adopção. A primeira sessão dos Conselho de Direitos Humanos, um novo órgão da ONU encarregado da promoção e defesa do respeito pelas liberdades fundamentais, decorreu entre os dias 19 e 30 de Junho.

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Montenegro torna-se o 192.º Estado-Membro da ONU

Menos de um mês depois de se ter separado da sérvia, o M o n t e n e g r o tornou-se o 192.º Estado-membro das Nações Unidas, após a adopção por aclamação de uma resolu-ção da Assem-bleia Geral, reunida em

sessão plenária. O Montenegro proclamou a sua independência a 3 de Junho, tornando-se, assim, a nação mais jovem do mundo.

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UN

Photo # 120993 / Eskinder

Se a actividade política não abranda duran-te o período estival, como a situação no Médio Oriente e, em particular, no Líbano infelizmente ilustra, a actividade institucio-nal é marcada por um ritmo de certo modo mais lento. No entanto, a Reforma prossegue, por exemplo, no que se refere à própria Organi-zação. Mas os frutos da reforma começam também a ser visíveis com a primeira ses-são do novo Conselho de Direitos Humanos ou o início dos trabalhos da Comissão de Consolidação da Paz. Se a actividade institucional é, portanto, mais limitada, não deixamos por isso de continuar a apresentá-la neste Boletim. Reencontrar-nos-emos em Setembro, em que uma Assembleia Geral importante per-mitirá fazer um balanço do conjunto da reforma.

Conselho de Direitos Humanos adopta os seus dois

primeiros textos

Alguns destaques desta Edição

Reforma da ONU

Cimeira da UA

Timor

Conferência sobre

Armas Ligeiras

Médio Oriente

ECOSOC (sessão anual)

Migrações

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Assembleia Geral debate reforma do Conselho de Segurança

Após dois dias de discussão, na Assembleia Geral, sobre as propostas de reforma do Conselho de Segurança, começou a formar-se um amplo con-senso em torno da ideia de que, apesar das reformas significativas da Orga-nização, não poderá haver uma verdadeira reforma das Nações Unidas no seu conjunto, sem que sejam introduzidas alterações na composição e funcionamento do Conselho. Inúmeros participantes referiram que a actual estrutura do Conselho de Segurança não reflecte as realidades que prevalecem hoje em dia. De um modo geral, exortaram a um alargamento do número de membros, mas diferiram quanto a aspectos específicos que isso implicaria, nomeadamente a concessão ou não de direito de voto aos novos membros

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Comunicado de imprensa GA/10485 (em inglês)

Organismos das Nações Unidas informam ter havido melhor

cooperação mútua graças à

reforma

A ONU melhorou as suas operações no terreno destinadas a ajudar os páises a alcançarem os seus objectivos de desen-volvimento, graças a uma melhor cooperação inter-organismos, disseram os chefes dos vários organis-mos da ONU ao Conse-lho Económico e Social (ECOSOC). Reconhece-ram, porém, que eram necessárias mais reformas. A eficácia e eficiência do sistema das Nações Uni-das na área do desenvolvi-mento, a nível nacional, assumiu um carácter urgente a partir da última Cimeira Mundial, disse Jose Antonio Ocampo,

Secretário-Geral Adjunto para os Assuntos Econó-micos e Sociais, ao ECO-SOC, reunido em Gene-bra. “Este é um dos princi-pais aspectos da reforma geral das Nações Unidas.”

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UN

Photo # NIC

A 82038 / Eskinder Debebe

Gestão da ONU: Assembleia Geral

adopta uma primeira série de reformas

Após longas negociações, a Assembleia Geral adoptou, finalmente, na sexta-feira, 7 de Julho, algumas medidas destinadas a reforçar a eficácia da gestão da ONU, mas adiou as reformas relativas aos mecanismos de con-trolo e transparência da Organização, assim como à sua gestão de recursos humanos e à renovação da sede em Nova Iorque

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Comissão de Consolidação da Paz começa os seus trabalhos com o

Burundi e Serra Leoa

O novo órgão das Nações Unidas, cuja missão é ajudar os países a consolida-rem a estabilidade e a evitar o retorno à violência, começou a ser informado, numa reunião à porta fechada, sobre a situação no Burundi e na Serra Leoa, os dois primeiros casos que lhe foram apresentados. A Comissão elegeu como Presidente Gaspar Martins, Embaixador de Angola.

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Assembleia Geral levanta o limite máximo de despesas imposto à ONU para o biénio 2006-2007

A Assembleia Geral levantou oficialmente o limite máximo de despesas da ONU para o biénio 2006-2007, adoptando, por consenso, a decisão tomada pela Quinta Comissão e evitando uma crise financeira da Organização. Este limite de despesas fora imposto, por iniciativa dos Estados Unidos, o maior contribuinte para o orçamento da ONU, para obrigar os Estados-membros a um entendimento sobre uma série de reformas administrativas destinadas a responsa-bilizar mais o Secretariado e a melhorar a gestão da Organização.

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UN Photo # 120718 / Paulo Filgueiras

“Não há nada melhor do que trabalhar em parceria para

obter resultados concretos do programas, a fim de melhorar a

vida das pessoas e lhes dar esperança num futuro melhor”

James T. Morris, Director Executivo do Programa

Alimentar Mundial.

Photo WFP

UN

Photo # 121380 / Eskinder Debebe

Page 3: Newsletter portugal16

Os esforços em prol da estabilidade na Guiné-Bissau têm de

“persistir até ao fim”, segundo Kofi Annan

A comunidade internacional tem de “preservar e persistir até ao fim” para ajudar a Guiné-Bissau a recuperar a estabilidade, ape-sar de o lento andamento do processo de reconciliação estar a causar hesitação entre os dadores e a exacerbar as dificuldades económicas, diz Kofi Annan, num relatório divulgado a 13 de Julho. A falta de recursos financeiros é um dos principais factores que está a dificultar os esforços de recuperação do conflito, disse Kofi Annan, citando as conclusões de um estudo recente das Nações Unidas que “sublinha a relação que existe entre a falta de recursos e a instabilidade ou a ausência de paz e segurança”

Para mais informações Relatório do Secretário-Geral S/2006/487 (em inglês)

Ao mesmo tempo que sublinhou os progres-sos significativos alcançados por África em matéria de desenvolvimento, direitos huma-nos e segurança, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, disse aos dirigen-tes do continente africano, reunidos, a 1 de Julho, na Gâmbia, que ainda há muito a fazer para consolidar e levar mais longe esses avan-ços. Os conflitos no Darfur, Costa do Marfim, Somália e Norte do Uganda continuam a ultrapassar os esforços para encontrar solu-ções. Apesar das eleições, muitos governos continuam a dificultar a acção dos partidos da

oposição e restringir a liberdade de imprensa. Muitos continuam a excluir certos grupos da participação na vida pública. Muitos conti-nuam a praticar e a tolerar corrupção em larga escala. Com demasiada frequência, a exploração dos recursos naturais continua a beneficiar apenas alguns. Para levar mais longe os progressos obtidos até agora, Kofi Annan apelou para uma estra-tégia abrangente para o futuro, pedindo que se concedesse igual importância e atenção aos três pilares: desenvolvimento, segurança e direitos humanos.

Para mais informações

Na Cimeira da União Africana, Kofi Annan sublinhou os progressos alcançados

Timor Leste: ONU apresenta ao Primeiro-Ministro um plano para

o reforço do Estado de direito

Com o objectivo de restabelecer a calma em Timor Leste e reforçar o Estado de direito no país, a ONU apresentou, a 11 de Julho, ao novo Primei-ro-Ministro José Ramos-Horta um relatório que foca assuntos chave como a luta contra a corrup-ção, um código de conduta dos funcionários e a liberdade de imprensa. “A implementação das medidas contidas neste relatório poderá ajudar o governo a recuperar a confiança do povo timorense”, afirmou o Repre-sentante Especial do Secretário-geral Kofi Annan, Sukehiro Hasegawa, após ter entregado o relatório Strengthening Accountability and Transparency in Timor-leste, ao Primeiro-Ministro.

Para mais informações

O primeiro acto eleitoral em mais de 40 anos, na República Demo-crática do Congo, decorreu, a 30 de Julho, "sem incidentes de maior", informou a missão das Nações Unidas neste país africano (MONUC). As assembleias de voto abriram às 6h da manhã, para receber os 25 milhões de eleitores, que elegeram os seus representantes entre 32 candidatos à presidência e mais de 9000 para a Assembleia Nacional. Na sua maioria, as cerca de 50 000 assembleias de voto abriram pon-

tualmente e os Congoleses demonstraram paciência na espera para exercer o seu direito de voto, referiu a MONUC. A Comissão Eleitoral Independen-te calcula que os resultados oficiais da primeira volta das eleições pre-sidenciais sejam conhecidos dentro de aproximadamente três semanas. Posteriormente, serão divulgados os resultados das eleições legislati-vas.

Para mais informações Sobre a RDC (inglês)

Votação pacífica nas eleições da República Democrática do Congo

Timor Leste precisa de um "compromisso a longo prazo" da comunidade internacional,

disse Enviado das Nações Unidas

No seguimento da violência que eclodiu em Timor Leste, que fez com que 155 mil pessoas fossem obrigadas a deixar as suas casas, é importante que a comunidade inter-nacional tome consciência de que este pequeno Estado precisa de um compromisso sustentado e a longo prazo, disse o Enviado das Nações Unidas, após ter informado o Conselho de Segurança da sua missão de avaliação no país.

Para mais informações

ONU saúda a formação de novo Governo

O Secretário-Geral saudou, no dia 10 de Julho, a nomea-ção de José Ramos-Horta, ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros, para o cargo de Primeiro-Ministro de Timor Leste. O Secretário-Geral apelou, igualmente, a todas as partes para que avancem num espírito de diálogo, unidade e reconciliação , num momento em que o pais prepara as primeiras eleições presidenciais e legislativas desde a sua independência.

UN

Photo # 109769 / Mark G

arten

UN

Photo # 121371 / Mark G

arten

Page 4: Newsletter portugal16

Conferência da ONU chama a atenção para o

comércio ilícito de armas mas termina sem a aprovação de

um texto A conferência das Nações Unidas destinada a avaliar os progressos realizados no que se refere a travar o comércio ilícito de armas ligeiras que alimentam os conflitos e a crimina-lidade terminou, a 7 de Julho, sem que tenha sido adoptado um documento de posição comum, uma vez que não foi possível superar as divergências entre as delegações sobre as acções complementares, mas conseguiu cha-mar a atenção do mundo para a questão, disse o seu presidente. O Secretário-Geral mostrou-se, através de uma declaração, desiludido pelo facto de a conferência ter chegado ao fim sem um acor-do sobre o documento final.

Para mais informações

Comunicado de Imprensa DC/3037 (em inglês)

A fase incial dos mecanismos de controlo e informação já terminou (...) chegou o momento de o Conselho de Segurança tomar medidas contra os reincidentes

Radhika Coomaraswamy, Representante Especial do Secretário-

Geral Kofi Annan Para as crianças e os conflitos armados

Conselho de Segurança pede intensificação de esforços para

proteger as crianças em tempo de guerra

Depois de ouvir as exposições de funcionários das Nações Unidas sobre os 250 000 rapazes que estão actualmente a ser explorados como crianças-soldado e as dezenas de milhares de raparigas que são vítimas de vio-lência sexual, o Conselho de Segurança apelou hoje a uma "intensificação dos esforços" para proteger as crianças nas zonas afectadas por conflitos armados. Numa Declaração lida pelo Embaixador Jean-Marc de la Sablière (França), presidente do Conselho de Segurança em Julho, este órgão louvou a forma como tem decorrido a aplicação da histórica resolução 1612, adoptada pelo Conselho em 2005. O mecanismo introduzido pela resolução já produziu resultados no terreno, mas é necessário fazer mais, nomeadamente, esforços para reintegrar as crianças-soldado nas respectivas sociedades, disse o Conselho, instando os governos nacionais, as organizações interna-cionais e as organizações não governamentais (ONG) a contribuírem para esses esforços.

Para mais informações Comunicado de Imprensa SC/8784 (em inglês)

Proliferação de armas ligeiras conduz a cultura de

violência e impunidade, segundo Kofi Annan

No seu discurso de abertura da Conferên-cia de Revisão da ONU sobre Armas Ligei-ras, a 26 de Junho, Kofi Annan disse que foram feitos “progressos significativos” rela-tivamente ao problema das armas ilegais desde que o Programa de Acção foi adopta-do por todos os Estados-Membros em 2001, mas que subsistem importantes desa-fios. “O problema continua a ser grave. Num mundo inundado de armas ligeiras, crê-se que um quarto dos 4 mil milhões de dólares anuais que o comércio mundial de armas representa tenha uma origem ilícita. As armas ligeiras são fáceis de comprar, fáceis de usar, fáceis de transportar e fáceis de ocultar. A sua proliferação constante exacerba conflitos, provoca fluxos de refugiados, mina o Estado de direito e gera uma cultura de violência e impunidade”, afirmou”

Para mais informações

Importante Conferência de Revisão nas Nações Unidas para avaliar os progressos realizados e as acções necessárias a fim de continuar a travar o

comércio ilícito de armas ligeiras

Cinco anos após a adopção do Programa de Acção das Nações Unidas sobre o comércio ilícito de armas ligeiras e de pequeno calibre, cerca de 2 000 representantes de governos, de organizações internacionais e regionais e da sociedade civil reuniram-se na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, de 26 de Junho a 7 de Julho, a fim de examinar os progressos realizados, discutir a cooperação e actividades futuras e avaliar os desafios a enfrentar.

Para mais informações

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE ARMAS LIGEIRAS

As Nações Unidas e as armas ligeiras

Armas ligeiras, tão mortíferas como as ADM

Dados sobre armas ligeiras ilícitas

UN

Photo # 182966 C

UN Photo # 122587 / Paulo Filgueiras

UN

Photo #120860 / Paulo Filgueiras

Page 5: Newsletter portugal16

Conselho de Direitos Humanos: Sessão extraordinária sobre a situação nos

territórios palestinianos

O Conselho de Direitos Humanos, que termi-nou, a 30 de Junho, a sua primeira sessão ordiná-ria, realizou no dia 5 de Julho, em Genebra, uma sessão extraordinária destinada a analisar a situa-ção no Território Palestino Ocupado. "O pedido foi feito pela Tunísia, que preside ao Grupo de Estados Árabes, invocando o parágra-fo 3 da mesma resolução: ’O Conselho examina-rá as violações de direitos humanos, nomeada-mente as que tenham um carácter flagrante e persistente, fazendo recomendações a esse pro-pósito".

Para mais informações

Mandato da UNIFIL prolongado por um mês

O Conselho de Segurança prolongou, no dia 31 de Julho, por um mês o mandato da Força Interi-na das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), enquanto as negociações sobre o estabelecimen-to de uma nova força internacional prosseguem. O Conselho de Segurança “pede insistentemen-te a todas as partes interessadas que cumpram escrupulosamente a sua obrigação de respeitar a segurança da UNIFIL e dos outros funcionários da ONU e que evitem quaisquer acções que possam pôr em perigo o pessoal da ONU”.

Para mais informações

ECOSOC adopta resolução sobre as repercussões da ocupação israelita nas condições de vida dos Palestinianos

O Conselho Económico e Social adoptou, a 27 de Julho, uma resolução (E/2006/1.17/Rev.1) sobre as repercussões sociais e económicas da ocupação israelita nas condições de vida dos palestinianos que vivem no território palestiniano ocupado, incluindo em Jerusa-lém Oriental, e da população árabe nos Golãs sírios ocupados.

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Israel usou força desproporcionada em Gaza, diz res-ponsável da ONU

pelos assuntos humanitários

O responsável pela ajuda humanitária das Nações Unidas classificou, a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza “como uso despropor-cionado da força”, subli-nhando que todas as partes no conflito israelo-palestiniano são responsá-veis pela violação do direito humanitário. Jan Egeland, Secretário-

Geral Adjunto para os Assuntos Humanitários e Coordenador das Opera-ções de Socorro de Emer-gência, em missão na região, proferiu estes comentários durante a sua visita a Gaza,

donde seguiu para o Norte de Israel, a fim de verificar a destruição causada pelas bombas-foguete do Hezbol-lah.

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Líbano: ONU lança um apelo humanitário no valor de 149

milhões dólares Face ao agravamento da crise no Líbano, as Nações Unidas lançaram, hoje, um apelo huma-nitário no valor de 149 milhões de dólares, des-tinado a financiar os três primeiros meses de assistência de emergência, nos domínios da ali-mentação, saúde, logística, água e protecção de cerca de 800 mil pessoas.

Para mais informações Secretário-Geral condena todas as

acções que visem civis

[…] É importante sublinhar que recai sobre ambas as partes neste conflito uma pesada responsabilidade e há fortes provas, à pri-meira vista, de que ambas têm cometido graves violações do direito internacional humanitário. Os actuais combates começaram a 12 de Julho, com um ataque não provocado do Hezbollah a Israel e o sequestro de dois soldados israelitas. Desde então, o Hezbol-lah tem continuado a lançar indiscriminada-mente bombas-foguete contra o Norte de Israel, a partir de posições que parecem estar situadas no meio da população civil. Ninguém contesta o direito de Israel a defender-se. Mas, pela maneira como o tem feito, causou e continua a causar mortes e sofrimento numa escala totalmente inaceitá-vel. Como sabeis, tenho repetidamente conde-nado todas as acções que visem civis e a Alta Comissária para os Direitos Humanos lem-brou às partes que podem vir a ter de pres-tar contas por eventuais violações do direito internacional humanitário. […]

(Declaração perante o Conselho de Segurança, 30/07/2006)

Texto integral da declaração (SG/SM/19589) em inglês

UN

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UN

Photo # 122175 / Mark G

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Page 6: Newsletter portugal16

Vice-Secretário-Geral da ONU abre sessão do ECOSOC, apelando para uma atenção

reforçada aos pobres

O Vice-Secretário-Geral das Nações Unidas, Mark Malloch Brown, abriu hoje a sessão anual do Conselho Económico e Social (ECOSOC), em Genebra, apelando para que este órgão preste uma atenção reforçada à realização dos objectivos de desenvolvimento acordados na Cimeira do Milénio de 2000. Falando em nome do Secretário-Geral Kofi Annan, no início da ses-são de fundo, que decorrerá até 28 de Julho, Mark Malloch Brown afirmou: "o ECOSOC sempre foi o principal órgão das Nações Uni-das no que se refere à coordenação e promoção das políticas de desenvolvimento. Contudo os resultados da sua acção foram díspa-res". Referindo que hoje se dispõe já de uma potencial solução, o Vice-Secretário-Geral afirmou que os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio proporcionam ao ECOSOC a oportunidade de apoiar um conjunto de objectivos claros, universalmente aceites e concretizá-veis.

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Numa reunião das Nações Unidas, Ministros declaram que o pleno emprego é

um elemento-chave para o desenvolvimento sustentável

Durante a reunião do Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), em Genebra, foi adoptada, a 5 de Julho, uma Declaração Ministerial onde se reconhece que o pleno emprego produtivo e digno são elementos-chave para o desenvolvimento sustentável de todos os países e, por isso, devem ser objectivos prioritários da cooperação internacional. "Temos de responder de uma forma eficaz e inovadora às elevadas expectativas geradas pela Cimeira", disse Ali Hachani, que acres-centou que se deve lutar pela dignidade no trabalho como um objectivo mundial e uma realidade nacional.

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A ONU preconiza estratégias elaboradas no plano nacional tendo em vista um

crescimento mais sistemático, que permita eliminar a disparidade de

rendimento no mundo

Os países em desenvolvimento devem tomar mais a iniciativa no que se refere à determinação das políticas económicas específicas para cada país e à escolha da sua via própria de reforma, afirma a ONU, num novo relatórioWorld Economic and Social Survey 2006 publicado a 30 de Junho.

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Forte tendência de crescimento dos países em desenvolvimento comprometida por volatilidades, segundo relatório da ONU

Os países em desenvolvimento, incluindo os 50 países mais pobres deste grupo, estão bem encami-nhados no que se refere a mante-rem, em 2006, a taxa de cresci-mento impressionante de 6,0% dos últimos dois anos, uma situa-ção que pode ser comprometida pela volatilidade dos preços dos produtos de base e das taxas de juro, afirma um novo relatório das Nações Unidas. "Os países exportadores de pro-dutos de base devem estar aten-tos ao risco de uma inversão acentuada dos preços", afirma o relatório da ONU intitulado World Economic Situation and Prospects, lançado na sessão do Conselho Eco-nómico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), que está actualmente a decorrer em Genebra.

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Secretário-Geral apresenta relatório sobre criação do pleno emprego produtivo de

trabalho digno para todos O Secretário-Geral apresentou ao ECOSOC um relatório (E/2006/55) sobre “ a criação, aos níveis nacional e internacional, de um ambiente favorável ao pleno emprego produtivo e ao traba-lho digno para todos, e o seu impacte no desenvolvimento susten-tável”, no qual formula várias recomendações que visam favorecer o crescimento do emprego.

Para mais informações

UN

Photo # 122687 / Jean-Marc Ferre

Desenvolvimento domina os trabalhos do ECOSOC na sua

sessão anual

O Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) terminou a sua reunião anual em Genebra com uma série de resoluções destinadas a melho-rar as operações da ONU no domínio do desenvolvimento.

O Conselho adoptou resoluções para promover o trabalho do Fórum da ONU sobre Florestas e exortou vivamente os países a apoiarem e concluírem as nego-ciações sobre uma nova conven-ção sobre os direitos das pes-soas com deficiência, na próxima sessão da Assembleia Geral.

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Page 7: Newsletter portugal16

Redução da pobreza através da produção Muitos dos 50 países menos avançados (PMA) do mundo registaram recentemente um aumento do crescimento econó-mico – apresentando, no seu conjunto, uma taxa de crescimen-to de 5,9% em 2004 –, mas a percepção geral é que este cres-cimento não se está a traduzir, efectivamente, numa redução da pobreza nem num maior bem-estar. Segundo o relatório da CNUCED Least Developed Countries Report 2006: Developing Productive Capa-cities, o problema é que, para o cidadão comum dos PMA, o que interessa não é um aumento global do produto interno bruto mas sim um emprego estável que proporcione um modo de vida digno – e isto significa, cada vez

mais, um emprego fora do sector agrícola. O relatório sustenta que a solu-ção para reduzir a pobreza nos países mais pobres do mundo é um processo denominado desen-volvimento das capacidades produti-vas

Para mais informações

Água potável, escolarização e ajuda constituem grandes

êxitos em matéria de ODM

O relatório deste ano sobre os progressos relativos aos ODM é publicado num momento em que se regista um forte aumen-to do apoio internacional no domínio da ajuda e da redução da dívida e em que as campa-nhas de mobilização nacionais estão a arrancar.

O ODM que consiste em reduzir para metade a proporção do mundo em desenvolvimento que não tem acesso a água potável está agora ao nosso alcance. Essa taxa baixou de cerca de 30%, em 1990, para 20%, em 2004, restando ainda dez anos para conseguir a sua descida para 15%, o objectivo acordado.

Para mais informações UN Millennium Development Goals Report 2006

Organismo da ONU prevê declínio acentuado das reservas de cereais

do mundo

Segundo a última previsão da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), as reservas de cereais do mundo deverão registar um declínio acentuado, em 2006, devido a uma ligei-ra diminuição da produção mundial de cereais e a um aumento signifi-cativo da utilização. A FAO prevê ainda que se continuem a verificar situações de emergência alimentar, em vários países

Para mais informações

A promoção da cooperação com os paí-ses de trânsito, sobretudo no domínio do transporte, é crucial, se as nações mais pobres sem litoral pretenderem obter ganhos económicos substanciais, afirma um estudo das Nações Unidas apresenta-do hoje. O relatório, Geography against Develop-ment - a case for Landlocked Developing Countries, conclui que esses países estão a ser prejudicados pelos elevados custos de transporte e pela falta de investimento nas suas próprias infra-estruturas de transporte. No lançamento do relatório, que teve lugar hoje, Anwarul Chowdry afirmou que os países em desenvolvimento que possuem costa têm mais do triplo de estradas alcatroadas, em comparação com

os Países em Desenvolvimento Sem Lito-ral, bem como custos de transporte subs-tancialmente menores.

Para mais informações

Estudo da ONU sobre as Nações sem litoral exorta a uma maior cooperação com os países de trânsito

UN

Photo

Dia Mundial da População

Mensagem do Secretário-Geral

Declaração conjunta da Directora Executiva do UNFPA e dos

Comissários Europeus Benita Ferrero-Waldner e

Louis Michel

UN Photo # 157904

Photo FAO #19554 / G

. Bizzarri

Page 8: Newsletter portugal16

O consumo de cocaína aumenta de uma maneira alarmante na Europa, segundo a ONU

O consumo de cocaína na Europa Ocidental atingiu níveis alarmantes e a produção de ópio no Afega-nistão poderia aumentar de novo este ano, afirma um novo relatório publicado, a 26 de Junho, por ocasião do Dia Mundial contra o Abuso e o Tráfico Ilícito e Droga. O 2006 World Drug Report, produzido pelo Gabinete das Nações Unidas Contra a Droga e Criminali-dade (UNODC), mostra que a produção mundial de ópio diminuiu 5% no ano passado e que a pro-dução de cocaína estabilizou.

Para mais informações

OMS saúda as decisões tomadas pelo G-8 no domínio da luta contra

as doenças infecciosas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) congratulou-se, pelas decisões tomadas pelos dirigentes do G-8 em São Petersburgo, na Rússia, para lutar contra as doen-ças infecciosas, como a Sida, a tuberculose, a malária e a poliomielite. Os dirigentes do G-8 comprometeram-se a melhorar a vigilância das principais doenças infecciosas e a melhorar a transparência entre países através da par-tilha de informação, diz um comunicado da OMS, publicado, a 17 de Julho, em São Petersburgo.

Para mais informações Kofi Annan louva empresas farmacêuticas por alargarem o âmbito dos seus compromissos em relação ao VIH

O Secretário-Geral Kofi Annan louvou algumas das princi-pais empresas mundiais de produtos farmacêuticos e meios de diagnóstico por terem prometido alargar o acesso ao tratamento e prevenção do VIH/SIDA, após uma reu-nião com os seus quadros executivos, realizada na sede das Nações Unidas. "Congratulo-me pelo facto de as empresas com as quais estive reunido hoje terem prometido que irão continuar a desenvolver os seus esforços, em conformidade com os compromissos assumidos a nível internacional, com vista a aproximarem-se tanto quanto possível do acesso universal até 2010", disse Kofi Annan, após uma reunião com execu-tivos de nove empresas e responsáveis de vários organis-mos das Nações Unidas. Foi a primeira vez que fabricantes de medicamentos genéricos participaram numa reunião desta natureza.

Para mais informações

ONU pede mais fundos perante a expansão da

gripe das aves

A gripe das aves continua a propagar-se a mais países, a uma velocidade preocupan-te, avisou o Coordenador da ONU para a gripe das aves, Dr. David Nabarro, que pediu mais fundos para preparar zonas como a África ou a América Latina, bem como para os organismos das Nações Unidos encarregados do controlo da possível pandemia. Num encontro com jornalistas, após uma reunião especial sobre a gripe das aves do Conselho Económico e Social, cele-brado em Genebra, a 17 de Julho, David Nabarro disse que a doença se espalhou por 32 países em seis meses. Salientou também que se registaram progressos importantes nos planos inter-

nacionais para a contenção do vírus H5N1, causador da doença, bem como no fornecimento de medicamentos. Por outro lado, lamentou que se tenha dedicado tão pouco dinheiro a progra-mas de prevenção, apesar de, num encontro recente, que teve lugar em Beijing, terem sido solicitados 2 mil milhões de dólares. Referiu que, no seu entender, a soma deveria ser mais eleva-da, dada a natureza da emergência, uma vez que estamos perante uma possível pandemia de gripe das aves. "Sei que há sérias preocupações nos Camarões, no Burkina Faso e noutros países da África austral, que apelaram ao apoio internacional e a planos de finan-ciamento. Resumindo, precisamos de fundos para duas áreas. Para os países e, claro, para os organismos especializados da ONU".

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Declaração assinada na Conferência Ministerial

Euro-Africana sobre Migrações e

Desenvolvimento, em Rabat Numa Declaração assinada na capital marro-quina, Rabat, , 11 de Julho, ministros de 57 países acordaram em estabelecer uma estreita parceria para procurar gerir a imi-gração não autorizada "da maneira mais favorável e com um espírito de responsabili-dade partilhada". Comprometeram-se a adoptar uma "abordagem abrangente, equilibrada, prag-mática e operacional" e a respeitar os direi-tos e dignidade dos migrantes e refugiados. A Declaração de Rabat reconhece também "a necessidade de garantir protecção inter-nacional adequada de acordo com as obriga-

ções internacionais dos países parceiros" A Declaração convida as organizações inter-nacionais, nomeada-mente o ACNUR, a ajudarem a aplicar as recomendações acor-dadas. A Suécia anun-ciou que contribuiria financeiramente para um plano de acção de 10 pontos apresentado aos participantes por António Guterres, responsável pe lo ACNUR. O plano, que se destina a lidar com os fenó-menos das migrações mistas e ilegais e a promover a protecção dos direitos dos refugiados e migrantes, apela à cooperação judiciária e policial contra o tráfico de seres

humanos e as redes de crime organizado que operam em rotas da imigração ilegal.

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Responsável da ONU pede protecção para refugiados em situação irregular

Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados instou, no dia 10 de Julho, as nações europeias e africanas a trabalharem em conjunto no sentido de defender os direitos de refugiados envolvidos em "movimentos migratórios ilegais", ou seja, situações em que os migrantes e os refugiados se deslocam juntos, muitas vezes sem a documentação necessária e com a ajuda de contrabandistas. "Embora reconheçamos os problemas que estes movimentos podem acarretar para os Estados em termos de segurança nacional e local, temos de assegurar que as medidas adoptadas para travar a migração ilegal não impeçam os refugiados de beneficiarem da protecção internacional de que necessitam e a que têm direito", disse o Alto Comissário para os Refugiados, António Guterres, ao apresentar um plano de 10 pontos sobre o fenómeno, na Conferência Ministerial Euro-Africana sobre Migrações e Desenvolvimento

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Reunião de peritos sobre migrações

insere-se na tendên-cia para um diálogo

mundial O fenómeno migratório é dema-siado importante para ser defini-do através de “anedotas” ou tratado pela via do medo e de uma forma manipuladora, disse o Enviado Especial da ONU, Peter Sutherland, aos especialis-tas que iam analisar o tema, durante três dias, na cidade de Turim, no Norte de Itália. O simpósio, organizado pela ONU, reuniu diplomatas, deci-sores políticos, economistas e demógrafos, que teve como objectivo avaliar os padrões migratórios e os impactos das políticas.

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As migrações serão o tema das jornadas anuais de assinatura de tratados da ONU A campanha anual de assi-natura e ratificação de tra-tados internacionais, que se realiza, todos os Outonos, durante a abertura da ses-são da Assembleia Geral, terá como tema, este ano, as migrações humanas, segundo o Gabinete de Assuntos Jurídicos das Nações Unidas, que dispo-nibilizou hoje um livro (Focus 2006: Crossing Bor-ders) sobre os 30 acordos que estarão em destaque nas jornadas

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Os migrantes dão um rosto humano à globalização, afirmam representantes da

sociedade civil perante a Assembleia Geral

A Assembleia Geral organizou, no dia 12 de Julho, encontros interactivos informais com representantes de organizações não governamentais (ONG), de organizações da sociedade civil e do sector privado sobre as ligações entre migrações internacionais e desenvolvimento. Estas audições surgiram no seguimento da publicação do relatório do Secretário-Geral sobre a questão (International Migration and Development), apresentado no passado mês de Junho aos Estados-membros e concluíram a fase prepara-tória do Diálogo de Alto Nível que se realizará em Nova Iorque, de 14 a 15 de Setembro.

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OP I N I ÃO

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OP I N I ÃO

Sugestão do mês da Livraria das Nações Unidas The Horseshoe Table - An Inside View of the UN Security Council Autor: Chinmaya R. Gharekhan ISBN: 8177584537 (disponível em Inglês)

Os novos trabalhos da ONU

A credibilidade das Nações Unidas joga-se todos os dias. Joga-se em todas as vidas que salva diariamente com campanhas de vaci-nação, com distribuição alimentar, com assistência ao desenvolvimento. Joga-se com todos os esforços de expansão do modelo de governação democrática. Joga-se quando a ONU não é capaz de dar uma resposta definitiva às grandes crises que ameaçam a comunidade internacional que compõe a Organização, que a habilita a actuar, mas que, vezes demais, a faz refém de consensos que não se conseguem, de tomadas de decisão que apenas revelam as inúmeras linhas de fractura. De novo, mas como nunca, a credibilidade da Organização joga-se hoje no Médio Oriente. O Roteiro para a Paz – assente na solução negociada de dois estados vivendo lado a lado em paz – parece condenado a uma agonia de morte, lado a lado com as vítimas civis dos bombardeamentos: de Israel ao Líbano e do Hezbollah a Israel. Os dois interlocutores de Israel feitos por ora personagens principais – Hamas e Hezbol-lah – não aceitam o Roteiro para a Paz; de facto não aceitam qualquer Roteiro que preveja qualquer solução que não seja a aniquilação do estado de Israel. As Nações Unidas ficam, assim, encarregues de repor, mediar e fazer avançar um belíssimo exem-plo de diálogo de surdos. Mas o que está em causa para as Nações Unidas, além do seu prestígio e credibilida-de são centenas, milhares de vidas cujo acto fundador da ONU – a Carta das Nações Unidas – promete preservar do flagelo da guerra. Em relação ao Líbano, são duas as resolu-ções do Conselho de Segurança mais cita-

das e mais mal citadas do acervo de docu-mentos das Nações Unidas relativos à região. A 1559 (2.Set.2004) que apela à retirada do Líbano de todas as forças estrangeiras (o alvo deste apelo era a Síria) e ao desarmamento do Hezbollah. E a 1680 (17.Maio.2006) que apela à Síria que res-ponda ao pedido do governo libanês de definição da sua fronteira comum e a mais esforços no sentido do desarmamento do Hezbollah e ao restaurar do controlo do governo sobre a totalidade do território. Ambas as resoluções visam lidar com a reposição da soberania libanesa sobre a totalidade do território e o desarmamento do Hezbollah – condições essenciais para a estabilização da região. Não deixa de ser sintomático que o sequestro dos dois sol-dados israelitas pelo Hezbollah, classificado por alguns países árabes como “inesperado, inapropriado e irresponsável” tenha ocorri-do pouco tempo depois de o diálogo intra libanês ter resultado num apelo ao desar-mamento dos grupos palestinianos que operam fora dos campos de refugiados e começar a gerar-se na opinião pública liba-nesa um forte apelo ao desarmamento do Partido de Deus. A resposta israelita fez-se à luz do direito de legítima defesa. Mas a crise humanitária é evidente. Há necessidade de assistência de emergência, da abertura de corredores humanitários que permitam minorar o impacto dos ataques. E o ataque de 30 de Julho ao Centro de Informação das Nações Unidas em Beirute é revelador quer da frustração do povo em relação à aparente inoperacionalidade da ONU, quer da mani-pulação que tem sido levada a cabo e que não permite aos libaneses identificarem correctamente a causa deste conflito rea-berto. As grandes potências parecem ignorar ou, providencialmente, ter esquecido as suas

enormíssimas responsabilidade num conflito que põe em causa a paz regional e interna-cional (a assumpção de os estados fracos ou falhados serem o maior perigo à paz mun-dial é aqui cabalmente verificada) mas que é a ONU que deverá resolver. E os trabalhos da ONU não são poucos: terá que aprovar uma resolução na qual se determine um cessar-fogo credível – e não apenas um interregno que permita ao Hezbollah rea-grupar e rearmar-se; que estabeleça um quadro político de referência para uma solução integrada e de longo prazo e não apenas o regresso ao statu quo ante; e, ain-da, a configuração de uma força internacio-nal que ajude a pacificar a região e ao governo libanês a recuperar o exercício pleno da sua soberania. E várias são as questões em cima da mesa da ONU: que tipo de força (uma acção colectiva enquadrada por um mandato das Nações Unidas ou uma acção institucional com capacetes azuis?); com que mandato (monitorização de um cessar fogo ou imple-mentação de uma administração temporária reforçada?); com que composição (com forças de países europeus ou de países muçulmanos moderados?). Mais uma vez a ONU tem que mostrar que a diplomacia é a continuação da guerra por outros meios – meios por certo menos rápidos, menos impactantes, mas os únicos que salvam vidas e forjam soluções de longo prazo como a que nunca existiu para o Médio Oriente. Mas é apenas mais um dos traba-lhos da ONU.

Mónica Ferro Docente do ISCSP

Os artigos publicados nesta secção expressam exclusiva-mente os pontos de vista da autora, não devendo ser inter-pretados como reflectindo a posição da ONU

Novos Sítios Web: Desa News

http://un.org/esa/desa/desaNews/

“Politically speaking”: Bulletin of the United Nations Department of Political Affairs

http://www.un.org/Depts/dpa/newsletters/DPA%20Bulletin%20l.pdf

Pode encontrar estas e muitas outras informações úteis no

BOLETIM DA NOSSA BIBLIOTECA

Nações Unidas / União Europeia

EU Presidency Declaration – International Compact with Iraq

http://europa-eu-un.org/articles/pt/article_6166_pt.htm

Doha: No deal better than a bad deal? http://europa-eu-un.org/articles/pt/article_6134_pt.htm

The European Commission - United Nations relationship http://europa-eu-un.org/articles/pt/article_6158_pt.htm

President Barroso calls on G8 to lay the foundations for a sta-ble energy future and makes new aid proposal for Africa

http://europa.eu.int/rapid/pressReleasesAction.do?reference=IP/06/970&format=HTML&aged=0&language=EN&guiLanguage=en

EU Presidency Statement – Revitalization of the UN General Assembly

http://europa-eu-un.org/articles/pt/article_6131_pt.htm

EUHR Solana at Darfur Conference http://europa-eu-un.org/articles/pt/article_6128_pt.htm

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FICHA TÉCNICA

Directora do Centro: Afsané Bassir-Pour Responsável pela publicação: Ana Mafalda Tello Redacção : Ricardo Agostinho Concepção gráfica: Sónia Fialho

Rue de la loi /Wetstraat 155 Résidence Palace Bloc C2, 7ème et 8ème 1040 Bruxelles Belgique Tel.: + 32 2 788 84 84 Fax: + 32 2 788 84 85 Sítio na internet: www.unric.org E-mail: [email protected]

P UB L I CAÇÕE S

Trends in

Sustainable

Development

Código de Venda:

06.II.A.1

ISBN: 9211045592

Publicado em Maio de

2006

Disponível em inglês

Hydrogen Economy, The: A

Non-technical Review

Código de Venda:

06.III.D.14

ISBN: 9280726579

Publicado em Maio de

2006

Disponível em inglês

Broken Bodies,

Broken Dreams:

Violence Against

Women Exposed

(Inclui CD-ROM)

Código de Venda: 06.III.M.1

ISBN: 9966710809

Publicado em Julho de

2006

Disponível em inglês

Poderá encontrar estas e outras publicações na página na internet do Serviço de Publicações das Nações Unidas: https://unp.un.org/

Africa Environment Outlook 2. Our Envi-

ronment, Our Wealth (AEO-2)

ISBN: 92-807-2691-9

Publicado pelo UNEP em Maio de 2006

Disponível em inglês

A ONU e a Imprensa Portuguesa DEZ CASOS DE QUE SE DEVERIA FALAR MAIS (colaboração UNRIC / SEMANÁRIO)

• A tragédia oculta do Nepal: Crianças apanhadas pelo conflito • Somália: A ausência de segurança agrava os efeitos da seca • Terramoto no Sul da Ásia: a ajuda humanitária permitiu salvar vidas e reduzir perdas, mas há

muito a fazer em termos de reconstrução • Atrás das grades, sem esperança de justiça: crianças em conflito com a lei, uma história de que

ninguém fala