NHO04 Coleta e Anlise

Embed Size (px)

Citation preview

NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL MTODO DE ENSAIO

PRESIDENTE DA REPBLICA

Fernando Henrique CardosoMINISTRO DO TRABALHO E EMPREGO

Francisco Dornelles

FUNDACENTROPRESIDENTE DA FUNDACENTRO

Humberto Carlos ParroDIRETOR EXECUTIVO

Jos Gaspar Ferraz de CamposDIRETOR TCNICO

Joo Bosco Nunes RomeiroDIRETOR DE ADMINISTRAO E FINANAS

Antonio Srgio TorquatoASSESSOR DE COMUNICAO SOCIAL

Jos Carlos CrozeraDIVISO DE PUBLICAES

Elisabeth Rossi

Norma de Higiene OcupacionalMtodo de Ensaio Mtodo de Coleta e Anlise de Fibras em Locais de TrabalhoAnlise por Microscopia tica de Contraste de Fase

Equipe de elaborao:

Cristiane Queiroz Barbeiro Lima Norma Conceio do Amaral

Este mtodo de avaliao est includo na srie de Normas de Higiene Ocupacional (NHOs), elaborado por tcnicos da Coordenao de Higiene do Trabalho da FUNDACENTRO, por meio do Projeto Difuso de Informaes em Higiene do Trabalho 1998/1999.

2001

APRESENTAO

A Coordenao de Higiene do Trabalho da FUNDACENTRO, por meio do Projeto Difuso de Informaes em Higiene do Trabalho 1998/1999, vem elaborando a srie de normas tcnicas denominadas Normas de Higiene Ocupacional. A avaliao ambiental nos locais de trabalho uma medida preventiva importante, uma vez que pode indicar se determinadas condies de trabalho traro prejuzos ou no sade dos trabalhadores, especialmente quando as doenas causadas pelo trabalho manifestam-se somente aps longo tempo de latncia, como o caso das doenas originadas pela maioria das fibras. Com o objetivo maior de verificar a eficincia das medidas de controle nos locais de trabalho que manipulam fibras foi desenvolvido este mtodo, tendo como base as referncias internacionais existentes e a aplicao prtica. Este mtodo traz detalhes dos procedimentos necessrios para coleta e anlise de fibras e oferece ferramentas importantes para os trabalhos da Higiene Ocupacional.

ROBSON SPINELLI GOMES Gerente da Coordenao de Higiene do Trabalho

SUMRIO

1. Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 2. Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3. Campo de aplicao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 4. Referncias normativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 5. Preciso analtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 6. Definies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 7. Smbolos e abreviaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 8. Princpio do mtodo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 9. Interferncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 10. Materiais utilizados para coleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 11. Aparelhagem para coleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 12. Materiais utilizados para anlise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 13. Aparelhagem para anlise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 14. Densidade de fibras sobre o filtro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 15. Limpeza de materiais e equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 16. Preparao dos filtros para coleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 17. Procedimento de coleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 18. Transporte de amostras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 19. Preparao de amostras para anlise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 20. Procedimento de anlise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 21. Clculo da concentrao para cada amostra . . . . . . . . . . . . . . . . 36 22. Expresso dos resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 23. Notas de procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 24. Referncias bibliogrficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 25. Representao esquemtica dos procedimentos . . . . . . . . . . . . . 40

ANEXOS A. Procedimento para medio da rea til do filtro . . . . . . . . . . . . 41 B. Especificao e aferio do gratculo ocular de Walton-Beckett G-22 . . 42 C. Especificao e ajuste do microscpio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 D. Especificao e utilizao da lmina HSE/NPL . . . . . . . . . . . . . 49 E. Estratgia de amostragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 F. Controle da qualidade das contagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 G. Modelo de formulrio para Coleta de Amostras Ambientais . . . 58 H. Modelo de formulrio para Observaes sobre o Estado das Amostras . . 59 I. Modelo de formulrio para Contagem de Fibras . . . . . . . . . . . . . 60 J. Modelo de formulrio para Clculo de Resultados Finais das Contagens . . 61 FIGURAS 1 Modelos e montagem dos porta-filtros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 2 Vedao do porta-filtro de alumnio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 3 Fechamento do porta-filtro de alumnio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 4 Transporte de amostras em pequenos frascos . . . . . . . . . . . . . . . 26 5 Transporte de amostras em maleta de alumnio . . . . . . . . . . . . . 26 6 Retirada do filtro amostrado do frasco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 7 Retirada do filtro amostrado do porta-filtro . . . . . . . . . . . . . . . . 28 8 Colocao do filtro amostrado sobre a lmina . . . . . . . . . . . . . . 28 9 Sistema de vaporizao de acetona para transparentar o filtro amostrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 10 Colocao da lamnula sobre o filtro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 11 Armazenamento das lminas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 12 Orientao de sentido nas contagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 13 Fibra totalmente dentro da rea do retculo . . . . . . . . . . . . . . . . 33 14 Fibra dentro e fora da rea do retculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 15 Fibra que cruza mais de uma vez a rea do retculo . . . . . . . . . 34 16 Fibra com extremidade dividida dentro da rea do retculo . . . . 34 17 Fibras agrupadas dentro da rea do retculo . . . . . . . . . . . . . . . . 35 18 Fibras agregadas a material particulado dentro da rea do retculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

PREFCIO

Este mtodo de ensaio vem sendo aplicado por tcnicos do Laboratrio de Microscopia, Gravimetria e Difratometria de Raios X da FUNDACENTRO desde 1987. Ele foi revisado para incorporar-se Srie de Normas de Higiene Ocupacional (NHOs), juntamente com a evoluo de novos conceitos e aplicao prtica. A tcnica de microscopia tica de contraste de fase para anlise de fibras no ar tem sido preferida em virtude de ser uma tcnica rpida e com custo relativamente baixo, em comparao com outros mtodos.

NHO 04

1.

INTRODUO

O extenso uso de fibras, sejam elas naturais, artificiais ou sintticas, nos diversos processos industriais, proporcionou vrios estudos epidemiolgicos sobre os efeitos sade dos trabalhadores que manipulam diretamente esses materiais, assim como da populao potencialmente exposta a eles. A exposio a poeiras contendo fibras pode implicar no surgimento de doenas do sistema respiratrio. Diante das vrias pesquisas em diversos pases, verificou-se a necessidade de padronizao da metodologia de avaliao ambiental, de modo a obter dados que pudessem ser comparados mais exata e precisamente. Neste sentido, o Laboratrio de Microscopia da FUNDACENTRO adaptou a metodologia de coleta e anlise de fibras por microscopia tica de contraste de fase, recomendada pela Organizao Mundial da Sade, em conjunto com as orientaes da Norma Regulamentadora n- 15, Anexo 12 Limites de Tolerncia para Poeiras Minerais Asbesto, de modo a tornar os resultados das avaliaes de fibras nos locais de trabalho mais representativos e comparveis entre si.

2.

OBJETIVO

Esta Norma prescreve um mtodo padronizado de coleta e anlise de fibras, incluindo todos os tipos de amianto/asbesto, fibras vtreas (MMVF Man Mineral Vitreous Fibers) e fibras cermicas. Tem a finalidade de estimar a concentrao de fibras respirveis em suspenso no ar.

3.

CAMPO DE APLICAO

Este mtodo se aplica verificao da presena e concentrao de fibras respirveis no ambiente de trabalho, fornecendo subsdios para a proposio de medidas de controle ou para a avaliao de sua eficcia. Nota: Este mtodo no se aplica a avaliao de fibras orgnicas (algodo, sisal, linho, rami e cnhamo).

11

NHO 04

4.

REFERNCIAS NORMATIVAS

As normas relacionadas a seguir estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda Norma est sujeita reviso, recomenda-se utilizar as edies mais recentes. Na aplicao deste mtodo de ensaio pode-se consultar: NHT 03 A/E/1984: Determinao de vazo de amostragem pelo mtodo da bolha de sabo (FUNDACENTRO). NBR 10562/1988: Calibrao de vazo, pelo mtodo da bolha de sabo, de bombas de baixa vazo utilizadas na avaliao de agentes qumicos no ar (ABNT).

5.

PRECISO ANALTICA 5.1. A maioria dos mtodos que utilizam a tcnica de microscopia tica de contraste de fase apresenta grande variabilidade nos resultados intra e interlaboratoriais. Sob controle estatstico do processo analtico, o coeficiente de variao analtico em um laboratrio deve ser prximo de 20%, se 100 fibras forem contadas. Para concentraes muito altas ou muito baixas o coeficiente de variao maior. 5.2. A microscopia tica por contraste de fase no diferencia fibras. Fibras maiores que 0,15 m de dimetro podem ser detectadas.

6.

DEFINIES Para efeito deste mtodo, aplicam-se as seguintes definies: 6.1. rea til do filtro toda a rea do filtro exposta ao depsito de poeira. A rea til do filtro pode variar de acordo com o sistema de coleta utilizado e, tam-

12

NHO 04

bm, em virtude do desgaste do filtro. O procedimento para a medio da rea til do filtro est descrito no Anexo A. 6.2. Campo de contagem a rea circular interna pertencente ao gratculo de Walton-Beckett. (Anexo B) 6.3. Estratgia de amostragem A estratgia de amostragem consiste em um planejamento cuidadoso para atingir o objetivo da avaliao quantitativa. (Anexo E) 6.4. Fibra um longo e fino filamento de determinado material. 6.5. Fibra respirvel Entende-se por fibra respirvel aquela com dimetro inferior a 3 micrmetros, comprimento maior que 5 micrmetros, e relao entre comprimento e dimetro igual ou superior a 3:1. 6.6. Filtro branco de lote Filtro de membrana do mesmo tipo, porosidade e dimetro que o filtro a ser utilizado para a coleta. um filtro usado exclusivamente em laboratrio, como controle de contaminao antes da preparao dos filtros para amostragem. Uma amostra representativa de 4% do lote (caixas de 50 ou 100 unidades) de filtros deve ser preparada e contada conforme o mtodo. Quando a mdia dos resultados se encontrar acima de 5 fibras em 100 campos, o lote todo dever ser rejeitado. 6.7. Filtro branco de laboratrio um filtro de membrana do mesmo tipo, porosidade e dimetro que o filtro utilizado na coleta.13

NHO 04

usado exclusivamente no laboratrio, como controle de contaminao durante a preparao dos filtros amostrados. Deve ser preparado ao mesmo tempo e da mesma forma que os filtros amostrados. Se a contagem do filtro branco de laboratrio exceder 10% da contagem da amostra que apresentou o menor nmero de fibras encontradas, todas as amostras que foram preparadas com este filtro branco devem ser desconsideradas, para efeito da avaliao da exposio ocupacional. Nota: A utilizao dos resultados encontrados fica sob apreciao do profissional responsvel pela coleta das amostras. 6.8. Gratculo a marcao colocada no plano focal da ocular de um instrumento tico; serve como referncia na limitao de rea para anlise ou como dispositivo auxiliar de uma medida. 6.9. Plano do filtro a rea na qual se verifica nitidamente a linha verde do filtro de membrana. 6.10. Registros de campo o registro de todos os dados ou ocorrncias observados durante a avaliao ambiental no local de trabalho. Devem ser tomados de maneira organizada e anotados em folhas apropriadas, propiciando obter as devidas concluses. 6.11. Vazo de ar o volume de ar em litros, que passa atravs do dispositivo de coleta por unidade de tempo, em minutos.

14

NHO 04

7.

SMBOLOS E ABREVIATURAS 7.1. ABNT 7.2. cm3/min 7.3. f/cm3 7.4. l/min 7.5. mm 7.6. NBR 7.7. NHT 7.8. m 7.9. mm2 Associao Brasileira de Normas Tcnicas centmetro cbico de ar por minuto fibras por centmetro cbico litros por minuto milmetros Norma Brasileira Norma de Higiene do Trabalho micrmetros milmetros quadrados

8.

PRINCPIO DO MTODO Este mtodo consiste em coleta e anlise de fibras, sendo: 8.1. Coleta Trata-se de aspirar um determinado volume de ar com o auxlio de uma bomba porttil, calibrada na vazo desejada, fazendo-o passar atravs de filtro de membrana, onde as fibras so retidas. 8.2. Anlise Tornar transparente o filtro de membrana com material coletado sobre uma lmina de vidro, utilizando vapor de acetona, a fim de permitir a passagem de luz do microscpio. Adicionar triacetina para obter um ndice de refrao adequado para a visibilidade das fibras.15

NHO 04

Colocar uma lamnula para proteo, e aguardar 24 horas para o manuseio. As fibras depositadas sobre o filtro de membrana so medidas e contadas, e o resultado da concentrao expresso em fibras por centmetro cbico de ar, calculado dividindo-se o nmero de fibras respirveis contadas sobre o filtro pelo volume de ar amostrado. Nota: A preparao de amostras com acetona e triacetina recomendvel para fibras com ndice de refrao maiores que 1,51.

9.

INTERFERNCIAS

Qualquer outra partcula pode interferir na anlise, desde que se encontre dentro do critrio de contagem. A variabilidade do valor estimado para a concentrao de fibras no ar ocorre em razo de vrios fatores e erros cometidos durante os procedimentos de coleta e/ou durante os procedimentos analticos. Os erros podem ser sistemticos ou aleatrios. A aplicao de procedimentos padronizados e de um Programa de Controle da Qualidade Laboratorial a maneira adequada de controle de algumas fontes de erros deste mtodo. (Anexo F) 9.1. Erros sistemticos 9.1.1.Coleta Ajuste da vazo da bomba Escolha da estratgia de amostragem Contaminao do filtro durante a amostragem e o transporte 9.1.2.Anlise Medio da rea til do filtro

16

NHO 04

Regra de contagem Preparao da amostra Tendncia do analista Ajuste do microscpio Contaminao de amostras 9.2. Erros aleatrios 9.2.1.Coleta Variao da vazo da bomba de amostragem durante a coleta de amostras Flutuaes da concentrao da poeira ambiental 9.2.2.Anlise Variao da contagem entre analistas Distribuio das fibras sobre o filtro

10. MATERIAIS UTILIZADOS PARA COLETA 10.1. Pinas planas, sem estrias nas bordas e sem propriedades magnticas 10.2. Porta-filtro ou dispositivo de coleta. Conjunto de duas peas contendo um prolongamento (tubo) feito de material metlico aberto e de plstico branco ou de polipropileno saturado com carvo, com 25 mm de dimetro, que abriga e sustenta o filtro de membrana e seu suporte (Figura 1). 10.3. Filtro de membrana constitudo por nitrato de celulose ou uma mistura de steres de celulose com tamanho de poro de 0,8 m ou 1,2 m, dimetro de 25 mm, com quadriculado impresso (Figura 4).17

NHO 04

10.4. Suporte de celulose de 25 mm de dimetro 10.5. Etiquetas adesivas ou caneta de retroprojetor para identificao dos dispositivos. 10.6. Fita de teflon (para vedao) 10.7. Detergente neutro P.A. (para limpeza dos dispositivos de coleta)

11. APARELHAGEM PARA COLETA 11.1. Bomba de amostragem Instrumento porttil que fornea uma vazo de ar de at 6 l/min, provida de um sistema de controle de vazo constante que funciona com bateria recarregvel e blindada, para utilizao em ambientes onde se presume que existe risco de exploso, e um sistema automtico de controle de fluxo que lhes permita regular, de maneira instantnea, as variaes no fluxo do ar aspirado, com uma preciso de 5% 12. MATERIAIS UTILIZADOS PARA ANLISE 12.1. Lminas de 76 mm 25 mm e 1 mm de espessura 12.2. Lamnulas de 32 mm 24 mm e 0,17 mm de espessura 12.3. Seringa de vidro hipodrmica 12.4. Agulhas 3 7 mm (22/gauge) 12.5. Etanol P.A. (para limpeza dos microscpios) 12.6. Canetas de retroprojetor (para identificao nas lminas) 12.7. Papel do tipo fotogrfico para limpeza de lentes 12.8. Acetona P.A.18

NHO 04

12.9. Triacetina P.A. (triacetato de glicerina) 12.10.Caixas de madeira para armazenar as lminas preparadas

13. APARELHAGEM PARA ANLISE 13.1. Vaporizador de acetona eltrico (Figura 9). 13.2. Microscpio tico binocular de contraste de fase (Vide especificaes no Anexo C.)

14. DENSIDADE DE FIBRAS SOBRE O FILTRO Nmero de fibras por milmetro quadrado de rea de filtro, D (nmero de fibras/mm2) determinado pela seguinte frmula: nf/ng (f/mm2) Ag

D=

onde D = densidade de fibras sobre o filtro (f/mm2) nf = nmero de fibras contadas ng = nmero observado de reas do gratculo Ag = rea do gratculo (mm2) 14.1. Densidade mnima de fibras a densidade mnima admissvel de fibras sobre o filtro, que corresponde a 50 fibras/mm2, aproximadamente 40 fibras/100 reas do gratculo Walton-Beckett. Em situaes nas quais se espera uma concentrao muito baixa, aceitvel uma preciso menor, sendo consideradas 20 fibras/mm2, ou seja, aproximadamente 16 fibras/100 reas do gratculo Walton-Beckett.19

NHO 04

14.2. Densidade mxima de fibras a densidade mxima admissvel de fibras sobre o filtro, que corresponde aceitao de at 650 fibras/mm2, aproximadamente 5 fibras por rea do gratculo. Recomenda-se trabalhar com densidade entre 100 e 400 fibras/mm2, para permitir maior reprodutibilidade dos resultados de contagem. 14.3. Clculo do tempo recomendado para coleta de amostras, para o atendimento da faixa desejvel de densidade de fibras sobre o filtro A durao da coleta de uma amostra de poeira contendo fibras pode ser determinada aplicando-se a seguinte frmula: Auf D 1 Cesp. Q

T=

onde T = tempo de durao da coleta para uma determinada amostra (min)

Auf = rea til do filtro (mm2) Ag D = rea do gratculo (mm2) = densidade de fibras desejada (f/mm2)

Cesp. = concentrao mdia esperada por amostragem (f/cm3) Q = vazo (cm3/min)

Notas: O tempo de coleta de amostra inferior a 10 minutos no recomendvel. A estimativa acima de cunho orientativo.20

NHO 04

15. LIMPEZA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 15.1. Limpeza de materiais 15.1.1. As pinas metlicas devem ser limpas com lcool etlico e leno de papel. 15.1.2. Os porta-filtros, lminas, seringas e agulhas devem ficar de molho em gua com detergente neutro durante o tempo necessrio para total limpeza. Enxaguar pelo menos 5 vezes em gua corrente e 3 vezes em gua destilada. Secar os porta-filtros em estufa, em temperatura de at 50 oC. 15.1.3. As mangueiras plsticas usadas para coleta devem ficar de molho em gua com detergente neutro durante o tempo necessrio para total limpeza. Enxaguar pelo menos 5 vezes em gua corrente e 3 vezes em gua destilada. Secar as mangueiras utilizando uma bomba a vcuo ou em temperatura ambiente. 15.2. Limpeza de equipamentos 15.2.1. Limpar a parte externa das bombas de amostragem ou do vaporizador de acetona, utilizando uma flanela ou, quando necessrio, um pano umedecido em gua e a seguir um pano seco. 15.2.2. Limpar a parte externa do microscpio, sempre antes de us-lo, com papel de limpeza. 15.2.3. Limpar os acessrios do microscpio, tais como oculares, objetivas, telescpio, lminas etc., somente com papel fotogrfico ou papel prprio para lentes. 15.2.4. Toda rea prxima ao microscpio deve ser mantida o mais livre possvel de partculas.

21

NHO 04

16. PREPARAO DOS FILTROS PARA COLETA 16.1. Montagem dos filtros 16.1.1. Os filtros de membrana a serem utilizados na coleta de amostras devem ser retirados cuidadosamente de sua embalagem original, com o auxlio de uma pina, e depositados sobre os corpos inferiores dos porta-filtros j preparados com os suportes do filtro. Nesta etapa, deve-se verificar possveis defeitos nos filtros e descart-los (Figura 1). 16.1.2. Aps a montagem, fech-los utilizando um plugue ou tampa azul na entrada dos filtros. 16.2. Seleo do filtro branco de lote Escolher, ao acaso, 4% dos filtros da mesma embalagem (ou embalagens). Prepar-los como descrito no item 19. 16.3. Codificao dos porta-filtros Escolher um cdigo para cada embalagem original de 50 ou 100 filtros e identificar os porta-filtros com esse cdigo, de forma crescente. Estabelecer um cdigo para os filtros brancos de lote de cada embalagem, para a verificao da contaminao dos lotes. Exemplo: Lote da embalagem A (filtros A-01 a A-49) Lote da embalagem B (filtros B-01 a B-49) So considerados aprovados os lotes com contaminao inferior a 5 fibras em 100 campos, no havendo necessidade de correes

22

NHO 04

1. Tampa

2. Cilindro extensor 0,27 0,6

3. Anel de vedao 48

95

50

22,5

5. Suporte de celulose

4. Filtro de membrana

16

0,22 0,32 0,38

6. Porta-filtro

Corte longitudinal do porta-filtro de alumnio Porta-filtro com tubo de extenso de polipropileno saturado com carvo

6

5

4

2

1

Figura 1. Modelos e montagens de porta-filtros

23

NHO 04

nos resultados da contagem. 16.4. Vedao do porta-filtro 16.4.1. Fechar os porta-filtros, j montados conforme as Figuras 2 e 3, vedando os encaixes com uma camada de fita de teflon

Figura 2. Vedao do porta-filtro de alumnio

Figura 3. Fechamento do porta-filtro de alumnio

(porta-filtros de alumnio). 17. PROCEDIMENTO DE COLETA 17.1. Verificar se os porta-filtros j montados e codificados esto em perfeito estado. 17.2. Verificar se os equipamentos e acessrios a serem usados em campo so adequados.24

NHO 04

17.3. Calibrar as bombas de amostragem para 1 l/min. 17.4. Montar o conjunto de amostragem de acordo com a estratgia de amostragem escolhida (individual ou esttica). (Anexo E) 17.5. Retirar a tampa do porta-filtro ou plugue j instalado e ligar a bomba de amostragem. 17.6. Anotar os dados em folhas de registro, tais como data, hora, nmero do ponto, cdigo do filtro, cdigo da bomba, observaes etc. (Anexo G) 17.7. O tempo da amostragem deve ser aquele determinado na amostragem preliminar. (Anexo E) 17.8. Concludo o tempo da amostragem, desligar a bomba, fechar o porta-filtro com plugue ou tampa vermelhos, para diferenciar dos no utilizados (plugue azul). 17.9. Retirar o porta-filtro da mangueira cuidadosamente, invertendo-o e armazenando-o em caixa de transporte apropriada, evitando assim o desprendimento do material coletado sobre o filtro; lev-lo para anlise. Nota: Recomenda-se no reutilizar o dispositivo de coleta durante um mesmo perodo de amostragem. 17.10. Finalizado o perodo de amostragem, verificar a vazo final das bombas de amostragem (ver captulo 4). Nota: Efetuar anlise das amostras que no foram invalidadas durante a amostragem, ou seja, amostras de bombas que apresentaram variao de vazo maior que 5% so consideradas invlidas. 18. TRANSPORTE DE AMOSTRAS 18.1. Os filtros de membrana amostrados devem ser transportados, preferencialmente, nos prprios dispositivos de coleta, ou em outro recipiente de vidro ou material no condutivo (vide Figura 4), em25

NHO 04

um ambiente livre de poeira, com a ajuda de pinas apropriadas de modo a evitar qualquer contaminao. Os dispositivos de coleta ou vidros podem ser transportados em caixas ou maletas apropriadas (vide Figura 5). 18.2. Os filtros de membrana devem ser transportados com a face amostrada voltada para cima. Deve-se tomar todo o cuidado possvel na identificao das amostras, para evitar a reutilizao de um filtro amostrado por engano ou para no confundir amostras.

Figura 4. Transporte de amostras em pequenos frascos

Figura 5. Transporte de amostras em maleta de alumnio

19. PREPARAO DE AMOSTRAS PARA ANLISE 19.1. Colocar os porta-filtros amostrados em bancada limpa, livre de26

NHO 04

contaminao de partculas. 19.2. Arrumar na capela um frasco contendo acetona e uma seringa com agulha para aplicao da acetona no vaporizador. Colocar no frasco somente a quantidade suficiente para ser usada no preparo das amostras. Cuidados: a) O vapor de acetona altamente inflamvel e levemente txico. b) Manusear a acetona, obrigatoriamente, em rea ventilada e/ou com sistema de ventilao local exaustora (capela) adequado, mantendo-a longe de qualquer fonte de ignio. c) Manter o frasco com resduo de acetona dentro da capela ligada at a total evaporao do lquido. Nunca retornar acetona P.A. ao frasco original. 19.3. Despejar a triacetina em um frasco pequeno, em quantidade suficiente para a preparao das amostras, e separar tambm uma seringa com agulha para a adio da triacetina sobre a lmina. 19.4. Separar a quantidade de lminas j limpas e secas a serem utilizadas para a preparao. Nota: As lminas de vidro devem ser pr-lavadas, deixando-as de molho em gua contendo detergente neutro P.A., por aproximadamente 4 horas, enxaguando-as 3 vezes em gua corrente e 2 vezes em gua destilada. Secar as lminas em estufa sob temperatura de at 50 oC. 19.5. Separar uma caixa de lamnulas a serem utilizadas na preparao. 19.6. Conectar o vaporizador de acetona rede eltrica. 19.7. Colocar o filtro amostrado, com sua face quadriculada voltada para cima, sobre a lmina limpa, com o auxlio de uma pina.27

NHO 04

Nota: O filtro deve ser seguro pela pina, na borda ( 2mm ao seu redor).

Figura 6. Retirada do filtro amostrado do frasco

Figura 7. Retirada do filtro amostrado do porta-filtro

Figura 8. Colocao do filtro amostrado sobre a lmina28

NHO 04

19.8. Codificar a lmina conforme indicao no porta-filtro, utilizando uma caneta de retroprojetor.

Figura 9. Sistema de vaporizao de acetona para transparentar o filtro amostrado

19.9. Inserir a lmina com o filtro no local indicado no vaporizador. 19.10. Injetar acetona no local indicado no vaporizador, movendo a lmina vagarosamente atravs do fluxo de vapor at a total transparncia do filtro. O filtro transparentado dentro de at 5 segundos. Evitar que gotas de acetona caiam sobre o filtro.29

NHO 04

Nota: O vapor tem de ser forte o suficiente para o filtro no enrolar ou distorcer. 19.11. Colocar sobre o filtro transparentado, com o auxlio de uma seringa, 1 a 2 gotas de triacetina. Notas: a) O excesso de triacetina pode causar a migrao de fibras para as bordas da lamnula e, eventualmente, pode desintegrar o filtro. b) A quantidade insuficiente de triacetina no proporcionar uma boa transparncia para as granulaes deixadas pela acetona, e o ndice de refrao no ser suficientemente bom para uma perfeita visualizao das fibras mais finas ao microscpio.

Figura 10. Colocao da lamnula sobre o filtro30

NHO 04

19.12. Colocar a lamnula sobre o filtro, para evitar o aparecimento de bolhas de ar, mas no pression-la. 19.13. Colocar as lminas preparadas, na posio horizontal, em caixa apropriada devidamente identificada, e aguardar 24 horas para que a ao da triacetina se complete. Notas: a) Para acelerar o processo, aquece-se a lmina preparada por 15 minutos em estufa, a uma temperatura de 50 oC.

Figura 11. Armazenamento das lminas b) Para a conservao da amostra, pincelar as bordas da lamnula com esmalte incolor. 20. PROCEDIMENTO DE ANLISE 20.1. Limpar a bancada e o microscpio onde ser efetuada a contagem. 20.2. Colocar uma amostra preparada no microscpio e ajust-lo. (Anexo C) 20.3. Conferir o limite de deteco do microscpio e tambm do analista por meio da lmina Test Slide. (Anexo D) 20.4. Substituir a objetiva de 40x pela objetiva de 10x, para examinar a uniformidade do depsito de partculas, fazendo uma varredura por toda a rea do filtro.31

NHO 04

Nota: Descartar a amostra se a no-uniformidade for observada. 20.5. Recolocar a objetiva de 40x e posicionar o campo de viso em um dos extremos, superior ou inferior, da rea til do filtro.

Figura 12. Orientao de sentido nas contagens

20.6. Iniciar a contagem a partir deste ponto, seguindo uma linha radial at o extremo oposto. 20.7. Deslocar o campo de viso para cima ou para baixo, continuando a percorrer o filtro na direo contrria. Notas: a) Os campos de contagem devem ser escolhidos aleatoriamente, mantendo-se uma distncia entre cada campo conforme a densidade de fibras sobre o filtro, de forma a garantir que seja percorrida a maior rea til do filtro, obedecendo regra de contagem. b) Cada plano deve ser focalizado e levemente desfocalizado (foco fino), para a observao de possveis fibras finas que podem estar encaixadas pouco abaixo ou pouco acima do plano do filtro. c) So gastos aproximadamente 15 segundos para a obteno de uma boa visualizao e contagem das fibras em cada campo. 20.8. Regra de contagem32

NHO 04

A regra est em conformidade com a recomendao do Programa de Harmonizao de Metodologia, promovido pela Organizao Mundial da Sade em janeiro de 1994. Baseia-se tambm no mtodo da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), NBR 13158: Avaliao de agentes qumicos no ar Coleta de fibras respirveis inorgnicas em suspenso no ar e anlise por microscopia tica de contraste de fase Mtodo do Filtro de Membrana. 20.8.1. Contar as fibras respirveis que cruzam os limites da rea do gratculo da seguinte maneira: 20.8.1.1. Contar qualquer fibra respirvel que esteja

Figura 13. Fibra totalmente dentro da rea do retculo totalmente dentro dos limites da rea do gratculo.

20.8.1.2. Contar como 1/2 fibra respirvel qualquer fibra

Figura 14. Fibra dentro e fora da rea do retculo33

NHO 04

que tenha uma parte do seu comprimento dentro e outra parte fora dos limites da rea do gratculo.

20.8.1.3. Contar fibras respirveis que cruzam mais de

Figura 15. Fibra que cruza mais de uma vez a rea do retculo

uma vez os limites da rea do gratculo se as suas extremidades estiverem dentro da rea do gratculo. 20.8.1.4. Contar como 1 fibra respirvel aquela que apre-

Figura 16. Fibra com extremidade dividida dentro da rea do retculo34

NHO 04

senta a extremidade dividida e se encontra, inteiramente, no interior do gratculo; o dimetro deve ser medido na sua parte no dividida. 20.8.1.5. As fibras agrupadas devem ser contadas individualmente se puderem ser identificadas de for-

Figura 17. Fibras agrupadas dentro da rea do retculo

ma isolada. No podendo ser identificadas individualmente, as fibras agrupadas devem ser con tadas como 1 fibra, se no conjunto obedecerem definio de fibras respirveis. 20.8.1.6. Contar um nmero suficiente de campos para atingir 100 fibras. Contar, no mnimo, 20 campos e, no mximo, 100.

Figura 18. Fibras agregadas a material particulado dentro da rea do retculo35

NHO 04

20.8.1.7. Fibras agregadas a outras partculas devero ser contadas como fibras independentemente do dimetro da partcula agregada, desde que apresentem os parmetros da definio de fibra respirvel.

20.8.1.8. Desprezar o campo que tiver mais de 1/8 de sua rea ocupada por aglomerados de partculas. Selecionar outro campo e no considerar o campo desprezado no total de campos contados. Nota: Depsitos no aleatrios de poeira sobre o filtro levam a erros grosseiros que no podem ser estimados. Devem ser, ento, contados, no mnimo, 20 campos, para assegurar que as divergncias no depsito da poeira no interfiram na estimativa da concentrao ambiental. 20.9. Anotar o valor encontrado no formulrio de contagens. (Anexo I)

21. CLCULO DA CONCENTRAO PARA CADA AMOSTRA 21.1. Para o clculo da concentrao de fibras para cada amostra, aplicar a seguinte frmula:

C =

nf 1 1 ng Q t

3 Auf (f/cm ) Ag

onde C nf ng Q36

= concentrao de fibras (f/cm3) = nmero de fibras contadas = nmero observado de reas do gratculo = vazo de ar utilizada na calibrao (l/min)

NHO 04

t

= tempo total da amostragem (min)

Auf = rea til do filtro (mm2) Ag = rea do gratculo (mm2) 21.2. Esta frmula pode ser simplificada e expressa da seguinte maneira:3 C = D Auf (f/cm ) V

onde D = densidade de fibras (f/mm2)

Auf = rea til do filtro (mm2) V = volume de ar (cm3)

22. EXPRESSO DOS RESULTADOS 22.1. Os valores de concentrao em fibras por centmetros cbicos de ar devem ser apresentados com 1 algarismo decimal.

23. NOTAS DE PROCEDIMENTO 23.1. Todos os resultados, tanto os de contagem das fibras como os de concentrao de fibras por centmetros cbicos de ar, devem ser acompanhados das observaes de amostragem e anlise que se fizerem necessrias para a perfeita interpretao dos dados fornecidos. 23.2. As amostras que apresentarem material desprendido do filtro devem ser invalidadas para efeito da avaliao da exposio ocupacional. Os resultados dessas amostras podem servir para uma estimativa da concentrao de fibras no ar ou clculo de um tempo de amostragem mais adequado para alcanar a faixa recomend37

NHO 04

vel de densidade de fibras sobre o filtro. 23.3. As amostras que apresentarem material desprendido do filtro devem ser acompanhadas das seguintes observaes, em cada caso: material despendido do filtro perda de material na abertura do porta-filtro perda de material durante a preparao para anlise amostra aderida ao porta-filtro 23.4. Os valores da concentrao de fibras por centmetro cbico de ar das amostras invalidadas devero ser fornecidos com um nmero inteiro, sem algarismos decimais, para concentraes superiores a 1 f/cm3, e com um algarismo decimal para concentraes inferiores a 1 f/cm3.

24. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 24.1. ASBESTOS INTERNATIONAL ASSOCIATION. Reference method for the determination of airbones asbestos fiber concentrations at workplace by light microscopy (membrane filter method). AIA, 1982. Health and Safety Publication. (Recommended Technical Method n. 1 RTM 1). 24.2. ATTFIELD, M. D. & BECKETT, S. T. Void counting in assessing membrane filter samples of asbestos fiber. 1983. v. 27, n. 3, p. 273-82. 24.3. BECKETT, S. T. The effects of sampling practice on the measured concentration of airbone asbestos. 1982. v. 23, p. 259-72. 24.4. GR-BRETANHA. Asbestos fibers in air. Health and Safety38

NHO 04

Executive. Occupational Medicine and Hygiene Laboratories. MDHS 39. 9 p. 24.5. GSA. Determination of the number concentration of airbone inorganic fibers by phase contrast optical microscopy membrane filter method: meeting of ISSO/TC 146/SC 2WG. 3. ed. Philadelphia, 1986. 34 p. 24.6. INTERNATIONAL STANDARD. Air quality Determination of the number concentration of airborne inorganic fibres by phase contrat optical microscopy Membrane filter method. ISO 8672, 1993. 24.7. JOHNSTON, A. M., JONES, A. D. & VINCENT, J. H. The influence of external aerodynamic factors on the measurement of the airbone concentration of asbestos fibers by the membrane fibre method. 1982. v. 25, n. 3, p. 309-16. 24.8. NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH. Fibers: Method 7400. Manual of analytical methods. 3. ed. Cincinnati, NIOSH, August, 1994. v. 2, p. 7400/17400/13. 24.9. PECK, A. S., SEROCKI, J. J. & DICKER, L. C. Sample density and quantitative capabilities of PCM analysis for the measurement of airbone asbestos. American Industrial Hygiene Association Journal, Akron, April, 1986. v. 27, n. 4, p. A 230-A 234. 24.10. ROOKER, S. J., VAUGHAN, N. P. & GUEN, J. M. L. On the visibility of fibers by phase contrast microscopy. American Industrial Hygiene Association Journal, Akron, July, 1982. v. 43, n. 7, p. 505-15. 24.11. TAYLOR, D. G., BARON, P. & SHULMAN, S. A. Identification and counting of asbestos fibers. American Industrial Hygiene Association Journal, Akron, February, 1984. v. 45, n. 2, p. 84-8. 24.12. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Harmonised proficiency scheme. (Recommended method for determination of airbone fibre number concentrations by phase contrast optical microscopy39

NHO 04

membrane filter method). WHO, 1984. 24.13. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Reference methods for measuring airbone man-made mineral fibres. Regional Office for Europe. Copenhagen, WHO, 1985.

40

NHO 04

25. REPRESENTAO ESQUEMTICA DOS PROCEDIMENTOS DE COLETA E ANLISE DE FIBRAS EM SUSPENSO NO AR

PREPARAO DOS FILTROS PARA COLETA

COLETA

ANLISE

Definir filtro branco de lote

Montar os filtros e suportes sobre a parte plstica (branca) do porta-filtro metlico ou na parte inferior do porta-filtro (carvo saturado)

Codificar os porta-filtros

Vedar e fechar os porta-filtros montados

Amostragem preliminar

Amostragem definitiva com instalao do conjunto amostrador no ponto predeterminado (individual ou esttica)

Coleta conforme tempo predeterminado

Anotaes das observaes obtidas durante a coleta

Transporte das amostras de forma adequada

Preparao dos filtros amostrados para anlise por microscopia tica de contraste de fase

Ajuste do microscpio

Tendncia do analista

(Test Slide) Contagem das lminas por microscopia tica de contraste de fase Clculo de fibras/mm2 dos valores obtidos nas contagens Clculo de fibras/cm3 para estimativa da concentrao de fibras em suspenso no ar

41

NHO 04

ANEXO APROCEDIMENTO PARA MEDIO DA REA TIL DO FILTRO

A rea til do filtro pode variar de acordo com o sistema de coleta utilizado e, tambm, em razo do desgaste do filtro; por isso necessrio que se faa periodicamente esta medio. A.1. Fazer passar pelo sistema de coleta quantidades suficientes de poeira colorida, como, por exemplo, poeira de carvo, cimento ou argila. Retirar o filtro de membrana do sistema de coleta e medir pelo menos 4 diferentes dimetros da rea resultante da coleta de poeira colorida, com um instrumento de medida de alta preciso como a escala do microscpio. Proceder de acordo com os itens acima para pelo menos 3 filtros de membrana, individualmente, e, se no houver diferena maior que 1mm entre os dimetros obtidos em cada filtro, calcular a mdia aritmtica dos dimetros e a rea til do filtro de membrana, sendo:

A.2.

A.3.

2 2 Auf = D (mm ) 4

onde Auf = rea til do filtro (mm2) D = dimetro do filtro (mm) Notas: a) Se no item A.3. forem obtidos valores com diferenas maiores que 1mm, verificar problemas que possam estar afetando o sistema de coleta. b) Recomenda-se que o clculo da rea til do filtro de membrana tenha a periodicidade de 1 ano ou, sempre que houver qualquer modificao no sistema de coleta, a rea til do filtro de membrana deve ser medida.

42

NHO 04

ANEXO BESPECIFICAO E AFERIO DO GRATCULO OCULAR DE WALTON-BECKETT G-22

B.1. Especificao do gratculoO gratculo definido para este mtodo o gratculo de Walton-Beckett, referncia G-22 (relao 3:1), ou similar. Este gratculo deve ser especificado de acordo com o microscpio no qual ser utilizado e deve ter um dimetro de (100m (2) m) no plano da amostra, quando esta observada atravs de uma objetiva de fase de 40x e uma ocular de 10x ou de 12,5x. O dimetro da rea de contagem e o dimetro do disco onde o gratculo est desenhado devem ser especificados da seguinte forma: B.1.1. Colocar qualquer gratculo disponvel na ocular do microscpio e focaliz-lo de modo que suas linhas sejam vistas com nitidez. Usar a ocular com a qual se vai trabalhar. B.1.2. Ajustar o microscpio binocular distncia interpupilar apropriada ao analista. B.1.3. Posicionar a objetiva de 40x e assegurar que ela esteja alinhada com seu respectivo anel de fase do condensador. B.1.4. Colocar a lmina micromtrica na platina do microscpio e focalizar suas linhas graduadas. B.1.5. Medir a maior dimenso (L) do gratculo, em micrmetros, usando a escala micromtrica. B.1.6. Remover o gratculo do microscpio e medir sua dimenso real (I), em milmetros. Isto pode ser feito atravs dos prprios nnios do microscpio ou de qualquer outro instrumento de alta preciso. B.1.7. Calcular o dimetro do crculo do gratculo a ser especificado, d (mm), do gratculo de Walton-Beckett, mediante a relao: d = onde d I D L = dimetro especificado do gratculo (mm2) = dimenso real (mm) = dimetro desejado = 100 m = a maior dimenso (m) I L D (mm2)

43

NHO 04

B.1.8. O dimetro de disco no qual o gratculo estar desenhado deve ser adquirido de acordo com o dimetro da ocular do microscpio a qual este ser inserido. B.1.9. Exemplo de especificao: O gratculo avaliado o de Porton, com um comprimento (L) de 108 mm. Seu comprimento real (I) de 4,5 mm. O dimetro do crculo a ser especificado deve ser de: d = 4,5 mm 0,108 mm 0,1 mm = 4,17 mm

Neste caso, o dimetro do disco de vidro de 17 mm. Portanto, o gratculo deve ser especificado da seguinte forma: gratculo de 17 mm de Walton-Beckett, tipo G-22 (relao 3:1), com 4,17 mm de dimetro de crculo.

B.2. Aferio do gratculoPara aferir o dimetro interno do crculo (D = 100 ( 2) m), recomendam-se os procedimentos: B.2.1. Colocar o gratculo na ocular apropriada e assegurar que a distncia interpupilar das oculares esteja ajustada ao analista. B.2.2. Colocar uma escala micromtrica, de preferncia com divises de 2 m a 10 m, na platina do microscpio. B.2.3. Localizar as divises da escala micromtrica utilizando, inicialmente, objetiva de 10x. Uma vez localizadas, substituir a objetiva de 10x pela objetiva de 40x. B.2.4. Alinhar o gratculo ocular com as divises da escala micromtrica, de forma que se possa contar o nmero total das divises da escala compreendidas em um dimetro do crculo. B.2.5. Se em uma extremidade restar menos de uma diviso da escala, estimar esta frao em (m), somando-a ao nmero total de divises medidas, e expressar o resultado em (m). Por exemplo: a) colocar a escala micromtrica com divises de 10 m na platina do microscpio; b) a figura B1 mostra a imagem do gratculo de Walton-Beckett, superposto escala micromtrica. Notar que dez divises completas esto contidas no gratculo, ou seja, 10x 10 m;

44

NHO 04

Figura B1. Escala micromtrica c) o restante da dcima primeira diviso estimado como um tero de uma diviso completa, ou seja, 3 m. Concluda a soma, obtm-se 103 m, que o dimetro do gratculo. Nota: A variao da distncia interpupilar da objetiva, aumentos intermedirios, ou, inclusive, em alguns microscpios, a troca de oculares, implicam uma mudana da dimenso do gratculo. Neste caso, deve-se aferir novamente o gratculo ocular.

B.3. Clculo da rea do gratculoCom o dimetro do gratculo (d) determinado, calcular a rea do gratculo no plano da amostra, ou seja:2 Ag = d 4

(mm 2)

onde Ag = rea do gratculo (mm 2) d = dimetro do gratculo (mm 2)

Notas: a) Este valor deve ser utilizado no clculo da concentrao de fibras. b) A rea do gratculo dever estar dentro do intervalo de 0,00785 a 0,00032 mm 2.

45

NHO 04

ANEXO CESPECIFICAO E AJUSTE DO MICROSCPIO C.1. Especificao do microscpio O microscpio tico a ser utilizado deve ser binocular, com contraste de fase positiva, contendo os seguintes componentes: C.1.1. A fonte de luz recomendada a de iluminao de Koehler ou tipo Koehler. prefervel que a fonte de luz seja montada internamente, mas uma lmpada externa e um espelho plano podem ser satisfatrios. Um controle varivel da intensidade luminosa necessrio para ambos os mtodos de iluminao. Recomenda-se, tambm, uma lmpada de halognio de 12 V/50 W. C.1.2. Condensador acromtico, tipo Abb, focalizvel, com abertura de diafragma centralizada para campo claro, contraste de fase de abertura numrica (AN) igual a 0,9. Nota: Condensadores com AN diferentes do recomendado acima no permitiro uma boa visualizao ao microscpio. C.1.3. Platinas incorporadas ao microscpio, providas de sistema de fixao de lmina e dispositivos de deslocamento coaxial de lmina. C.1.4. Objetivas parfocais de 10x e 40x, acromticas de contraste de fase. A objetiva de 40x deve ter uma abertura (AN) de 0,65 a 0,70. O anel de contraste de fase deve ter entre 65% e 85% de absoro. Recomenda-se o contraste de fase positivo, embora o negativo tambm possa ser utilizado. C.1.5. Oculares que permitam um aumento total no sistema tico 400x a 600x, sendo que uma das oculares deve permitir a insero e a focalizao do gratculo. C.1.6. Gratculo de Walton-Beckett, no qual o dimetro deve ser de 100m ( 2) m, quando se usa a magnificao requerida.

46

NHO 04

C.2.

Acessrios C.2.1. Telescpio auxiliar ou lentes de Bertrand, para verificar se os anis de fase do condensador esto centrados com os da objetiva. C.2.2. Filtro verde, preferencialmente de interferncia, para proporcionar as melhores condies de contraste de fase. C.2.3. Micrmetro de platina com divises de 0,01 mm (1 centsimo de milmetro). C.2.4. Lmina padro para determinao de limite de deteco: HSE/NPL Phase Contrast Test Slide Mark II.

C.3.

Exemplo de ajuste do microscpio de contraste de fase

Colocar na platina do microscpio uma lmina com uma amostra e abrir totalmente os diafragmas de campo luminoso e o condensador. Nesta etapa, se os anis de fase do condensador no estiverem alinhados no eixo tico, adotar os procedimentos prescritos em C.3.1. a C.3.10. C.3.1. Elevar o condensador at a sua posio mais alta, que se localiza a, aproximadamente, 1 mm abaixo da lmina. C.3.2. Focalizar o filtro de membrana na lmina com a objetiva de 10x, utilizando uma intensidade de luz conveniente. C.3.3. Fechar totalmente o diafragma de campo luminoso e focalizlo no campo de viso atravs da movimentao do condensador. Centralizar a imagem do diafragma e abri-lo novamente, at que a imagem luminosa atinja as bordas do campo de viso. C.3.4. Observar o plano focal posterior da objetiva, com o auxlio de uma lente de Bertrand adaptada ao microscpio, ou pela substituio de uma das oculares por um telescpio auxiliar, que fornea a imagem da Figura C1.

47

NHO 04

Figura C1. Anel de fase C.3.5. Observar a imagem do filamento da lmpada aps retirar o filtro de densidade neutra, se ele existir. Focaliz-la e centralizla no plano focal posterior da objetiva, se isto for possvel com o acessrio adaptado. Colocar novamente o filtro de densidade neutra, caso tenha sido retirado. Se, porventura, no for possvel focalizar a imagem do filamento da lmpada, ajust-la de maneira que a iluminao seja uniforme e brilhante. Alguns microscpios no requerem este procedimento para focalizao e centralizao do filamento da lmpada. C.3.6. Alinhar o anel de fase do condensador correspondente objetiva de 10x no eixo tico do microscpio e centraliz-lo com o anel de fase da objetiva, utilizando os comandos apropriados para a centralizao dos anis de fase. Caso necessrio, ajustar ligeiramente o foco do condensador. Assegurar que a imagem brilhante do anel de fase do condensador no ultrapasse o anel de fase da objetiva. As imagens dos anis de fase que podem ser observadas esto nas Figuras C2 e C3.

Figura C2. Anel de fase centralizado

48

NHO 04

Figura C3. Anel de fase no centralizado C.3.7. Posicionar a objetiva de 40x sobre a amostra e o condensador sem nenhum anel de fase; fechar o diafragma de campo luminoso e focaliz-lo novamente, reajustando o condensador de modo conveniente. Voltar a centrar sua imagem se for necessrio, e abrir novamente para preencher o campo de viso. C.3.8. Repetir as etapas C.3.4. e C.3.6. depois de colocado o anel de fase do condensador apropriado para a objetiva de 40x. C.3.9. Substituir o telescpio auxiliar pela ocular, ajustando a intensidade de luz de modo confortvel aos olhos. C.3.10. O microscpio tico com contraste de fase deve estar sempre em boas condies de manuteno e limpeza.

49

NHO 04

ANEXO DESPECIFICAO E UTILIZAO DA LMINA HSE/NPL D.1. Descrio D.1.1. A lmina HSE/NPL Phase Contrast Test Slide um acessrio que permite identificar o limite de deteco de contraste de fase do microscpio. A preparao da lmina HSE/NPL Phase Contrast Test Slide recomendada na sua verso Mark II, que consiste em uma rplica em resina epxi da preparao padro produzida e certificada pelo NPL National Physical Laboratory, Teddington, Reino Unido. A preparao da lmina consiste em sete blocos com 20 sulcos cada um, sobre uma resina com ndice de refrao de 1,580. Esta preparao est montada sobre uma lmina padro de microscpio (76 mm 25 mm 1,2 mm) e coberta por uma pelcula de outra resina, com ndice de refrao de 1,485 e uma lamnula de 0,17 mm de espessura. Os sulcos tm a forma de "V", com uma relao altura/espessura de aproximadamente 0,1. O primeiro bloco possui sulcos com 1,08 m de espessura, e o stimo bloco possui sulcos com 0,25 m de espessura. A zona de observao da preparao est delimitada por um retngulo formado por sulcos de referncia mais profundos, sendo quatro divididos dois a dois, de forma transversal aos blocos de sulcos, e oito divididos quatro a quatro, de forma paralela a eles. A Figura D1 ilustra esta descrio.

D.1.2.

D.1.3.

D.1.4.

D.1.5.

D.2.

Procedimento de uso da lmina HSE/NPL D.2.1. Colocar a lmina HSE/NPL na platina do microscpio, com o rtulo para cima. Os sulcos descritos encontram-se na rea circular central descoberta, mas podem no estar centralizados. Ajustar o microscpio para contraste de fase de acordo com o Anexo C.

D.2.2.

50

NHO 04

Lmina de 76 25 1,2 mm Blocos 1 2 3 4 5 6 7

Zona de observao ao microscpio

20 sulcos por bloco (somente algumas linhas esto desenhadas com clareza

Figura D1. Vista aumentada da preparao no microscpio D.2.3. Localizar os sulcos verticais de referncia em cada extremo da preparao. Localizar os sulcos horizontais de referncia que, junto com os verticais, delimitam a zona de observao da lmina HSE/NPL. Uma vez localizada a zona de observao da lmina HSE/NPL, recomendvel anotar a posio indicativa dos nnios da platina do microscpio para facilitar sua localizao em observaes posteriores. No interior da zona de observao, posicionar o campo visual o mais prximo dos sulcos de referncia do lado esquerdo, fazendo com que o bloco n 1 situe-se no centro do campo visual. Focalizar a imagem do conjunto de sulcos verticais do bloco n 1, de maneira que os sulcos possam ser perfeitamente visualizados na zona de observao. Movimentar a lmina posicionando e focalizando os blocos adjacentes, at que estes no sejam mais visualizados. Um bloco definido como visvel quando todas as suas linhas podem ser visualizadas em todo o seu comprimento entre as linhas horizontais de referncia da zona de observao. Para a contagem de fibras, recomenda-se um limite mnimo de deteco correspondente ao bloco n 5. -

D.2.4.

D.2.5.

D.2.6.

51

NHO 04

ANEXO EESTRATGIA DE AMOSTRAGEM E.1. Introduo As avaliaes ambientais podem ser qualitativas ou quantitativas. A avaliao qualitativa um processo que se inicia com o reconhecimento dos riscos nos locais de trabalho, ou seja, com o levantamento de dados e informaes sobre o ambiente de trabalho; passa pela anlise da relao entre esses dados, pelo ato de interpretar as informaes obtidas, e conclui na tomada de decises. Abaixo so apresentados alguns requisitos bsicos para a execuo do reconhecimento de riscos, de tal maneira que ele represente fundamentao para a tomada de decises sobre, por exemplo, necessidade de realizar avaliaes mais sofisticadas do tipo quantitativo, necessidade de introduzir correes ambientais de imediato ou no etc. E.2. Requisitos bsicos para iniciar um processo de reconhecimento dos riscos em locais de trabalho E.2.1. Conhecimento dos ambientes e locais de trabalho: a) Verificar todos os processos manuais e automatizados, enfatizando as circunstncias, as fases do processo ou os procedimentos que possam contribuir para a contaminao dos ambientes de trabalho. b) Estudar os fluxogramas dos processos. c) Analisar o layout das instalaes da empresa, com as dimenses dos locais de trabalho e reas sob influncia potencial dos contaminantes atmosfricos. d) Conhecer as condies climticas e suas possveis variaes: direo e intensidade de correntes de ar, temperatura, umidade etc. e) Conhecer as medidas preventivas adotadas, coletivas e/ou individuais. f) Conhecer os programas de manuteno das mquinas e equipamentos e de higiene dos locais de trabalho.

52

NHO 04

g) Conhecer a toxicologia das substncias qumicas presentes nos locais de trabalho. E.2.2. Levantamento de informaes sobre os trabalhadores: a) Consultar e discutir com os trabalhadores fundamental para um correto reconhecimento do local de trabalho. b) Conhecer as condies de sade dos trabalhadores e suas queixas. c) Descrever (estudar) as funes, os procedimentos e as atividades dos trabalhadores, enfatizando o tempo e a freqncia de cada operao ou procedimento, e identificar as situaes de maior possibilidade de risco. d) Conhecer a jornada e o regime de trabalho. E.3. Tomada de deciso

Com base em levantamentos realizados de acordo com as orientaes acima, possvel concluir sobre a qualidade do ambiente de trabalho, podendo-se evitar o uso equivocado de recursos e a aplicao de medidas de controle ou execuo de avaliaes quantitativas que possam ser decididas sem informaes suficientes. Portanto, a avaliao qualitativa bem planejada e conduzida fornece bases seguras para as decises sobre a realizao da avaliao quantitativa. Ao se concluir que uma determinada situao no pode ser investigada sem avaliao quantitativa, necessrio o bom planejamento desse tipo de trabalho. Notas: a) A falta deste planejamento pode levar a desvios e incoerncias nos resultados. b) Para fazer uma avaliao quantitativa que se aproxime da verdadeira concentrao/intensidade dos agentes existentes nos locais de trabalho, imprescindvel fazer o reconhecimento do risco bsico como primeira etapa do processo.

53

NHO 04

E.4.

Planejamento da avaliao quantitativa

O planejamento tem como finalidade evidenciar o problema a ser abordado e atingir resultados eficientes e confiveis, ou seja, resultados capazes de atender aos objetivos propostos. E.4.1. Estabelecimento do objetivo da avaliao quantitativa: Entre estes objetivos destacam-se: E.4.1.1. Fazer a avaliao preliminar do risco (mesmo para situaes em que existe aparente controle). E.4.1.2. Monitorar a exposio individual do trabalhador. E.4.1.3. Avaliar a eficincia do funcionamento de dispositivos ou sistemas de controle de exposio. E.4.1.4. Localizar fontes contaminantes. E.4.1.5. Subsidiar projetos de implantao de medidas de controle de exposio. Uma vez definido o objetivo da avaliao ambiental, passa-se para o estabelecimento da estratgia de amostragem. E.4.2. Estabelecimento da estratgia de amostragem: A estratgia de amostragem consiste em estabelecer onde amostrar, quantas amostras devero ser tomadas, o tempo de amostragem para cada amostra e o tempo de amostragem total. (Vide item 14.3. desta Norma.) A estratgia ser estudada caso a caso. Seguem abaixo algumas observaes importantes: E.4.2.1. O estabelecimento da estratgia de amostragem depende fundamentalmente do conhecimento da preciso e da exatido dos mtodos de coleta e anlise. E.4.2.2. Podem ser usados dois tipos de amostragem: E.4.2.2.1. Amostragem individual Conjunto de amostragem colocado junto ao corpo do trabalhador, na zona respiratria, que o acompanha durante o perodo

54

NHO 04

Figura E1. Amostragem individual

55

NHO 04

de coleta das amostras. Define-se como zona respiratria aquela que compreende uma distncia de at 20 cm das narinas at o ouvido. Em algumas circunstncias, pode haver diferena de concentrao entre o lado direito e o lado esquerdo; neste caso, posiciona-se o amostrador do lado que se espera maior concentrao. E.4.2.2.2. Amostragem esttica Conjunto amostrador instalado em um local fixo, para medir a contaminao do ambiente nas reas prximas s fontes geradoras de poeira.

Figura E2. Amostragem esttica

E.4.2.3. Tratando-se do estudo da exposio dos trabalhadores sob condies tpicas de trabalho, deve-se saber que as concentraes no ambiente de trabalho, normalmente, variam durante a jornada, de um dia para o outro, e que dependem da maneira com que se trabalha. A exposio a determinado agente no deve ser caracterizada no estudo de somente um dia de amostragem, mas

56

NHO 04

sim no estudo de alguns dias durante a semana e baseada na exposio de um nmero representativo de trabalhadores e de amostras. E.4.2.4. Para que a avaliao ambiental obtenha resultados coerentes e prximos do real, recomenda-se trabalhar em trs etapas: 1) Reconhecimento do ambiente de trabalho visando determinar os pontos a serem amostrados e o tipo de amostragem, se individual ou esttica. 2) Amostragem preliminar tomada de algumas amostras de curta durao, com o objetivo de determinar o tempo de coleta das amostras, a quantidade de amostras e o tempo total das amostragens. 3) Amostragem definitiva ou seja, amostragem realizada segundo um critrio preestabecido que, juntamente com a anlise dos resultados obtidos e as informaes observadas em campo, fornecer a avaliao ambiental como um todo. Nota: Recomenda-se que o perodo de coleta das amostras de curta durao, para fins da amostragem preliminar, deva ser de 1 hora. (Caso especfico para coleta de amostras contendo fibras.)

57

NHO 04

ANEXO FCONTROLE DA QUALIDADE DAS CONTAGENS Existem dois procedimentos que podem ser usados para controle da qualidade das contagens: F.1. Carta de controle/ amostras de referncia F.1.1. Recomenda-se que o laboratrio de microscopia tenha um conjunto de amostras de referncia de diversas fontes de emisso de fibras (fibrocimento, materiais de frico, materiais isolantes e indstriais txteis) e de vrias densidades de fibras sobre o filtro. Cada analista deve ser submetido contagem dessas lminas de referncia, com cdigos modificados a cada contagem, a fim de que os contadores no se familiarizem com elas. Estimar o desvio padro intralaboratorial das contagens repetidas das lminas de referncia, lembrando que a preciso das contagens depende do nmero de fibras sobre o filtro. Deve-se ainda manter cartas de controle para cada um desses intervalos e para cada contador. Cada vez que um analista contar um lote de amostras, o branco de laboratrio e mais uma amostra de referncia podem ser includos no lote para contagem, sem conhecimento do analista, at que todas as contagens sejam efetuadas. Desta forma, verifica-se o resultado da lmina de referncia na carta de controle.

F.1.2.

F.1.3.

F.1.4.

F.2.

Teste para aprovao de lote de contagem

Usar o seguinte teste (referncia bibliogrfica 24.8.) para determinar se um lote de contagem deve ser rejeitado ou no: F.2.1. F.2.2. Promover a recontagem, pelo mesmo contador, sobre 10% dos filtros contados (recodificar as lminas). Descartar a amostra se a diferena entre as duas contagens exceder 2,77 X Sr., ou seja: (C1 C2) > 2,77 X Sr. onde C1 = contagem de maior valor C2 = contagem de menor valor X = mdia das duas contagens Sr. = desvio padro relativo (ou coeficiente de variao) do contador

Nota: Se um par de contagens for rejeitado por este teste, recontar todas as amostras do lote e fazer o teste acima com todas as amostras. Descartar todos os pares rejeitados.

58

59

NHO 04

ANEXO GResponsvel pela coleta: Data da coleta: Cdigo do filtro:

MODELO DE FORMULRIO PARA COLETA DE AMOSTRAS AMBIENTAIS

Empresa:

Dados de coleta de amostraN- da bomba:

N- do ponto:

Horrio

1 -

2 -

3 -

4 -

Liga Desliga Subtotal (min) Tempo total (min)

Dados do ponto amostradoOperao/Equip. avaliados: Nome do trabalhador: Horrio de trabalho:

Setor:

Descrio da operao/equipamento

Observaes gerais (medidas de controle, sistema de exausto, substncia amostrada, possveis interferentes etc.)

Da bomba de amostragemVazo inicial (litros/min) Tempo final (s) Dados da vazo final Tempo final mdio (s) Vazo final (litros/min)

Tempo inicial (s)

Dados da vazo inicial Tempo inicial mdio (s)

Porcentagem da vazo inicial e final

Mdia da vazo inicial e final

Dos resultados obtidos3

Tempo total amostrado (min) Volume de ar amostrado (cm )

Fibra (mm2) Concentrao (f/cm3) Limite de tolerncia (f/cm3) Nvel de ao (f/cm3)

ANEXO H

MODELO DE FORMULRIO PARA ANOTAO DE OBSERVAES SOBRE O ESTADO DAS AMOSTRAS Registro n: ____________________ Data de entrada: _____/_____/_____ Estado da amostra(2) (3) (4) (5)

ACOMPANHAMENTO DAS AMOSTRAS

(1) Cdigo Data da Estado do da amostra preparao porta-filtro e filtro

Retirada do filtro para preparao

Vaporizao da acetona

Adio da triacetina e lamnula

Preparador:

Data da contagem:

Sada do resultado:

Exemplos para preenchimento:

(1)

(2)

Codificao borrada ou rasgada, porta-filtro com rachaduras, transporte inadequado etc. Amostra solta, amostra ok etc. (3) Perda de material na retirada do filtro, material solto no porta-filtro, filtro caiu na bancada etc. (4) Bordas do filtro dobraram, ok etc. (5) Triacetina insuficiente, excesso de triacetina, lamnula torta etc.

NHO 04

60

NHO 04

ANEXO IMODELO DE FORMULRIO PARA CONTAGEM DE FIBRAS

CONTAGEM DE FIBRAS

Registro n: ________________ Data: _____/_____/_____ rea do gratculo (mm2)

Cdigo do filtro Observaes:

Microscpio/Aumento

Contagem 1

Subtotal

Contagem 2

Subtotal

Subtotal Contagem 3 Subtotal

Subtotal Contagem 4 Subtotal

Subtotal N total de fibras Campos desprezados

Subtotal N total de campos Fibra/mm2 Fibra/campo Tcnico

61

ANEXO J

MODELO DE FORMULRIO PARA CLCULO DE RESULTADOS FINAIS DAS CONTAGENS

MICROSCOPIA INTERPRETAO DOS RESULTADOS

Registro n: ________________ Data: _____/_____/_____ Contagem (2) (f/mm2) Concentrao (f/cm3) Observaes

Ponto n -

Cdigo do filtro

Volume de ar (cm3)

Filtro branco de preparao

Contagem (1) (f/mm2)

NHO 04

62

Sobre o livroComposto em Times 11/14 em papel off-set 90 g/m2 (miolo) e carto supremo 250 g/m2 (capa) no formato 16x23 cm pela grfica da Fundacentro Tiragem: 5.000 1 Edio - 2001 -

Equipe de realizaoReviso de texto: Beatriz de Freitas Moreira Coordenao de Produo Lilian Queiroz

Rua Capote Valente, 710 So Paulo - SP 05409-002 Tel: 3066-6000