Nilson Alves Almeida Filho

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  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPRITO SANTOCENTRO TECNOLGICO

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA

    PROJETO DE GRADUAO

    PROPOSTA DE KITS DIDTICOS PARA TREINAMENTOEM SENSORES E TRANSDUTORES

    NILSON A. DE ALMEIDA FILHO

    VITRIA ES

    09/2005

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    NILSON A. DE ALMEIDA FILHO

    PROPOSTA DE KITS DIDTICOS PARA TREINAMENTOEM SENSORES E TRANSDUTORES

    Parte manuscrita do Projeto de Graduaodo aluno Nilson A. de Almeida Filho,apresentado ao Departamento deEngenharia Eltrica do CentroTecnolgico da Universidade Federal doEsprito Santo, para obteno do grau deEngenheiro Eletricista.

    VITRIA ES09/2005

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    NILSON A. DE ALMEIDA FILHO

    PROPOSTA DE KITS DIDTICOS PARA TREINAMENTOEM SENSORES E TRANSDUTORES

    COMISSO EXAMINADORA:

    ___________________________________D. Sc. Jos Denti FilhoOrientador

    ___________________________________D. Sc. Jos Leandro Flix SallesExaminador

    ___________________________________D. Sc. Raquel Frizera VassalloExaminadora

    Vitria - ES, 12 de Setembro de 2005

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    DEDICATRIA

    Aos alunos do Curso de Engenharia Eltrica.

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Jos Denti Filho, professor orientador deste projeto de graduao,

    Excel Sensores, pelo fornecimento de material para construo do Kit SensorResistivo Extensmetro, e aos demais professores e colegas de curso que

    contriburam.

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Conjunto alternativo de kits sensores ............................................................ 12

    Figura 2 Dimenses das placas do sensor capacitivo .................................................. 14

    Figura 3 Detalhes construtivos do Kit Sensor Capacitivo - Distncia ...................... 15

    Figura 4 Kit Sensor Capacitivo Distncia construdo .......................................... 16

    Figura 5 Ensaio do Kit Sensor Capacitncia Distncia............................................ 16

    Figura 6 Capacitncia [pF] x Deslocamento linear [mm]........................................... 17

    Figura 7 Capacitor varivel utilizado no kit ................................................................. 18

    Figura 8 Capacitor varivel utilizado no kit mostrado em trs posies distintas

    (0, 90 e 180)..................................................................................................................... 19

    Figura 9 Kit Sensor Capacitivo rea construdo ................................................... 20

    Figura 10 Capacitncia [pF] x Deslocamento Angular [].......................................... 21

    Figura 11 Extensmetro unidirecional ........................................................................... 23

    Figura 12 Sistema de codificao de extensmetros colveis Excel.......................... 24

    Figura 13 Extensmetro colado em lmina de ao ........................................................ 25

    Figura 14 Kit Sensor Resistivo - Extensmetro ............................................................ 26Figura 15 Circuito de teste para o Kit Sensor Resistivo - Extensmetro................... 26

    Figura 16 Tenso de Sada do Amplificador [V] x Deslocamento Linear [mm]...... 27

    Figura 17 Desenho esquemtico se um sensor LVDT ................................................ 30

    Figura 18 Dimenses do carretel (base para os enrolamentos) em milmetros........ 31

    Figura 19 Bobinadeira construda para a fabricao dos enrolamentos do LVDT.. 33

    Figura 20 Detalhes construtivos do Kit Sensor Indutivo - LVDT............................. 33

    Figura 21 Kit Sensor Indutivo construdo ..................................................................... 34

    Figura 22 Amplitude da tenso no secundrio [V] x Deslocamento linear [mm]... 35

    Figura 23 Amplificador de instrumentao .................................................................. 38

    Figura 24 Circuito simulado no PSPICE ...................................................................... 40

    Figura 25 Resultado da simulao do amplificador da Figura 24 ............................. 40

    Figura 26 Oscilador com filtro ativo sintonizado ........................................................ 42

    Figura 27 Ressonador LCR............................................................................................. 43

    Figura 28 Circuito de simulao de indutncia de Antoniou ..................................... 43

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    iv

    Figura 29 Filtro ativo sintonizado .................................................................................. 44

    Figura 30 Circuito oscilador utilizado no kit................................................................ 44

    Figura 31 Diagrama de blocos de um oscilador com filtro ativo sintonizado .......... 45

    Figura 32 Circuito oscilador simulado no PSP ICE ..................................................... 47

    Figura 33 Senide gerada pelo oscilador da Figura 32 ............................................... 47

    Figura 34 Distribuio espectral da senide gerada .................................................... 47

    Figura 35 Capacitncia [pF] x Freqncia de Oscilao [mm].................................. 48

    Figura 36 Diagrama de blocos simplificado do LM331 como CFT.......................... 50

    Figura 37 Dois filtros ativos passa-baixas cascateados ............................................... 51

    Figura 38 Circuito do Mdulo CFT............................................................................... 52Figura 39 Freqncia do sinal de entrada [kHz] x Tenso de sada do CFT [V]..... 53

    Figura 40 Anlise do circuito Amplificador de Instrumentao utilizado no kit..... 56

    Figura 41 Anlise do circuito de simulao de indutncia de Antoniou................... 57

    Figura 42 Filtro passa-faixa (ressonador LCR) ............................................................ 58

    Figura 43 Simulador de indutncia de Antoniou ......................................................... 58

    Figura 44 Circuito utilizado no mdulo Amplificador de Instrumentao simulado

    no PSpice.............................................................................................................................. 60

    Figura 45 Resultado da simulao 1 do Amplificador de Instrumentao ............... 60

    Figura 46 Resultado da simulao 2 do Amplificador de Instrumentao ............... 61

    Figura 47 Resultado da simulao 3 do Amplificador de Instrumentao ............... 61

    Figura 48 Circuito utilizado no mdulo Oscilador simulado no PSpice................... 62

    Figura 49 Resultado da simulao 1 do circuito Oscilador ........................................ 62

    Figura 50 Senide gerada na simulao 1 do circuito Oscilador ............................... 63

    Figura 51 Distribuio espectral da senide gerada na simulao 1 ......................... 63

    Figura 52 Resultado da simulao 2 do circuito Oscilador ........................................ 63

    Figura 53 Senide gerada na simulao 2 do circuito Oscilador ............................... 64

    Figura 54 Distribuio espectral da senide gerada na simulao 2 ......................... 64

    Figura 55 Resultado da simulao 3 do circuito Oscilador ........................................ 64

    Figura 56 Senide gerada na simulao 3 do circuito Oscilador ............................... 65

    Figura 57 Distribuio espectral da senide gerada na simulao 3 ......................... 65

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    v

    Figura 58 Resultado da simulao 4 do circuito Oscilador ........................................ 65

    Figura 59 Senide gerada na simulao 4 do circuito Oscilador ............................... 66

    Figura 60 Distribuio espectral da senide gerada na simulao 4 ......................... 66

    Figura 61 Filtro LC com transformador........................................................................ 67

    Figura 62 - Resposta em freqncia do filtro .................................................................. 67

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    vi

    LISTA DE TABELA

    Tabela 1 Capacitncia [pF] x Deslocamento linear [mm] .......................................... 17

    Tabela 2 Estimativa de custo do Kit Sensor Capacitivo - Distncia ......................... 18

    Tabela 3 Capacitncia [pF] x Deslocamento Angular [] ........................................... 20

    Tabela 4 Estimativa de custo do Kit Sensor Capacitivo - rea................................. 22

    Tabela 5 Tenso de Sada do Amplificador [V] x Deslocamento Linear [mm] ....... 27

    Tabela 6 Estimativa de custo do Kit Sensor Resistivo - Extensmetro ..................... 28

    Tabela 7 Amplitude da tenso no secundrio [V] x Deslocamento linear [mm]..... 34

    Tabela 8 Estimativa de custo do Kit Sensor Indutivo - LVDT .................................. 35

    Tabela 9 Valores de R1 correspondentes ao ganho do amplificador ........................ 39

    Tabela 10 Ganho de Tenso Terico [V] x Ganho de Tenso Medido [V] ............. 41

    Tabela 11 Estimativa de custo do Mdulo Amplificador de Instrumentao .......... 42

    Tabela 12 Capacitncia [pF] x Freqncia de Oscilao [KHz] ................................ 48

    Tabela 13 Estimativa de custo do M dulo Oscilador.................................................. 49

    Tabela 14 Freqncia do sinal de entrada [kHz] x Tenso de sada do CFT [V] .... 52

    Tabela 15 Estimativa de cus to do Mdulo CFT........................................................... 53Tabela 16 Tipos de Acoplamentos................................................................................. 67

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    SUMRIO

    DEDICATRIA................................................................................................................... I

    AGRADECIMENTOS.......................................................................................................IILISTA DE FIGURAS.......................................................................................................III

    LISTA DE TABELA ........................................................................................................ VI

    SUMRIO .........................................................................................................................VII

    RESUMO ..............................................................................................................................X

    1 OS KITS SENSORES DIDTICOS................................................................. 12

    1.1 Introduo ................................................................................................................. 12

    1.2 Kits sensores capacitivos ........................................................................................ 13

    1.2.1 Princpios........................................................................................................ 13

    1.2.2 Kit Sensor Capacitivo Distncia .............................................................. 14

    1.2.2.1 Projeto............................................................................................... 14

    1.2.2.2 Construo ....................................................................................... 15

    1.2.2.3 Testes realizados e resultados........................................................ 16

    1.2.2.4 Estimativa de custo ......................................................................... 181.2.3 Kit sensor capacitivo rea ......................................................................... 18

    1.2.3.1 Projeto............................................................................................... 18

    1.2.3.2 Construo ....................................................................................... 19

    1.2.3.3 Testes realizados e resultados........................................................ 20

    1.2.3.4 Estimativa de custo ......................................................................... 22

    1.3 Kit sensor resistivo extensmetro........................................................................ 22

    1.3.1 Princpios........................................................................................................ 22

    1.3.2 Projeto............................................................................................................. 24

    1.3.3 Construo ...................................................................................................... 24

    1.3.4 Testes realizados e resultados ...................................................................... 26

    1.3.5 Estimativa de custo ....................................................................................... 28

    1.4 Kit sensor indutivo LVDT................................................................................... 28

    1.4.1 Princpios........................................................................................................ 28

    1.4.2 Projeto............................................................................................................. 30

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    viii

    1.4.3 Construo ...................................................................................................... 32

    1.4.4 Testes realizados e resultados ...................................................................... 34

    1.4.5 Estimativa de custo ....................................................................................... 35

    1.5 Concluses................................................................................................................ 36

    2 OS KITS DE TRATAMENTO DE SINAIS.................................................... 37

    2.1 Introduo ................................................................................................................. 37

    2.2 Amplificador de instrumentao ............................................................................ 38

    2.2.1 Descrio ........................................................................................................ 38

    2.2.2 Projeto............................................................................................................. 39

    2.2.3 Simulao no PSpice..................................................................................... 402.2.4 Testes realizados e resultados ...................................................................... 41

    2.2.5 Estimativa de custo ....................................................................................... 42

    2.3 Oscilador ................................................................................................................... 42

    2.3.1 Descrio ........................................................................................................ 42

    2.3.2 Projeto............................................................................................................. 45

    2.3.3 Simulao no PSpice..................................................................................... 46

    2.3.4 Testes realizados e resultados ...................................................................... 48

    2.3.5 Estimativa de custo ....................................................................................... 49

    2.4 Conversor Freqncia Tenso ............................................................................. 49

    2.4.1 Descrio ........................................................................................................ 49

    2.4.2 Projeto............................................................................................................. 50

    2.4.3 Simulao no PSpice..................................................................................... 52

    2.4.4 Testes realizados e resultados ...................................................................... 52

    2.4.5 Estimativa de custo ....................................................................................... 53

    2.5 Concluses................................................................................................................ 54

    3 CONCLUSES ..................................................................................................... 55

    ANEXO A............................................................................................................................ 56

    ANEXO B ............................................................................................................................ 57

    ANEXO C............................................................................................................................ 58

    ANEXO D............................................................................................................................ 60

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    ix

    ANEXO E............................................................................................................................62

    ANEXO F ............................................................................................................................ 67

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................... 68

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    x

    RESUMO

    Um ramo muito importante da Engenharia Eltrica engloba os sistemas de

    superviso, automao e controle de processos ou equipamentos. Contudo, os

    treinamentos e cursos neste ramo, carecem, na maioria das vezes, de atividades

    prticas sobre o funcionamento de sensores e transdutores, elementos fundamentais

    nesses sistemas, bem como do condicionamento dos sinais provenientes desses

    dispositivos.

    Existe no DEL um Kit Didtico FeedBack antigo, mas ainda em produo,

    cujo custo muito elevado. Seus equivalentes, de outros fabricantes, tambm

    apresentam custo proibitivo para utilizao em laboratrios didticos com demandasimultnea de muitas unidades.

    Assim, dada a importncia e a necessidade das atividades prticas que

    envolvem sensores e transdutores para uma melhor formao do profissional da rea,

    desenvolveu-se o projeto e especificao de componentes de um Kit Alternativo, de

    baixo custo, qualidade e durabilidade, totalmente fabricado com peas e componentes

    encontrados no mercado nacional, para utilizao em laboratrios didticos como os

    do DEL CTUFES. Para isso, fez-se, primeiramente, um estudo aprofundado do Kit

    FeedBack TK294 Transducers and Instrumentation e de outros disponveis no

    mercado nacional, seguindo-se um trabalho meticuloso de construo, montagem,

    simulaes, testes e ajustes.

    O Kit Alternativo projetado composto por quatro unidades de sensoriamento:

    Resistivo Extensmetro, Capacitivo Distncia, Capacitivo rea e Indutivo

    LVDT. Alm de trs circuitos de condicionamento de sinais: Amplificador de

    Instrumentao, Oscilador e Conversor Freqncia Tenso, para serem usados com

    as unidades sensoras, formando um conjunto didtico que permite o estudo

    aprofundado das caractersticas e aplicaes de transdutores largamente utilizados em

    processos industriais.

    As aes sobre os sensores so de deslocamento linear do ponto de aplicao

    de um esforo mecnico, medido atravs da utilizao de micrmetro, exceto no caso

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    do sensor capacitivo rea, onde o deslocamento angular medido por transferidor de

    180.

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    1 OS KITS SENSORES DIDTICOSForam projetados e fabricados quatro kits de sensores / transdutores bsicos.

    So eles: Kit Sensor Capacitivo Distncia entre placas paralelas, Kit SensorCapacitivo rea das placas, Kit Sensor Resistivo Extensmetro, Kit Sensor

    Indutivo LVDT (Linear Variable Diferential Transformer). Estes kits formam um

    conjunto de kits alternativo ao conjunto didtico FeedBack TK294 Transducers and

    Instrumentation existente no laboratrio de eletrnica da UFES.

    Figura 1 Conjunto alternativo de kits sensores

    1.1IntroduoO estabelecimento do conjunto alternativo de Kit de Sensores / Transdutores

    didticos seguiu as seguintes etapas:

    Observao e estudo dos Kits, materiais didticos e manuais FeedBackdisponveis no Laboratrio de Eletrnica da UFES;

    Estabelecimento do conjunto de Kits Sensores alternativos a seremprojetados;

    Verificao dos sensores necessrios disponveis no mercado nacional; Especificao do material a ser utilizado para formar as estruturas dos

    Kits;

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    13

    Projeto das estruturas com o auxlio do software AutoCad 2002 (desenhosem 3D);

    Compra dos materiais necessrios; Fabricao das peas: cortes e furaes de preciso, preparao de

    superfcies, colagens, polimentos, feitura de roscas para encaixe com

    parafusos, etc.;

    Fabricao dos elementos sensores: placas do capacitor varivel,enrolamentos do LVDT e lmina de ao para colagem do extensmetro;

    Soldagem dos fios e terminais de ligao; Montagem dos Kits, ajustes e alinhamentos; Testes e ensaios eltricos; Acabamentos finais e limpeza dos Kits construdos; Elaborao das estimativas de custo para cada Kit.Como a grande maioria das furaes exigia muita preciso, para correta

    centralizao e alinhamento, foi utilizada a furadeira de bancada de preciso,

    disponvel no Laboratrio de Automao Inteligente II (LAI II) do CTUFES.

    Neste Captulo sero expostos os princpios de funcionamento de cada kit

    sensor alternativo, suas caractersticas construtivas, os testes realizados e os resultados

    obtidos, bem como uma estimativa do custo de construo dos kits.

    1.2Kits sensores capacitivos1.2.1Princpios

    A carga armazenada num sistema composto por duas placas condutorasprximas entre si diretamente proporcional tenso eltrica entre elas. A constante

    de proporcionalidade chamada de Capacitncia do sistema.

    A capacitncia do sistema determinada pelos parmetros fsicos desse e dada

    pela equao:

    Capacitncia,d

    AC r

    0=

    Onde:

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    0 a permissividade do espao livre;

    r a permissividade relativa do meio entre as placas condutoras (o dieltrico);

    A a rea das placas condutoras;

    d a distncia entre as placas condutoras.

    Pode-se ver que possvel variar a capacitncia alterando r, A ou d. Assim,

    possvel construir transdutores que usem a variao de um ou mais desses parmetros

    para alterar a capacitncia do sistema. Esta variao na capacitncia necessitar ser

    medida e, ento, relacionada ao valor da mudana fsica que a causou.

    Na prtica, difcil construir transdutores que usem a variao na

    permissividade relativa do meio (dieltrico). Por isso, a maioria dos sensorescapacitivos utiliza a variao na distncia entre as placas e na rea das mesmas.

    1.2.2Kit Sensor Capacitivo Distncia1.2.2.1Projeto

    O projeto do kit sensor capacitivo que utiliza a variao da distncia entre

    placas paralelas foi baseado no kit Feedback TK294J existente no laboratrio de

    eletrnica da UFES. As dimenses das placas paralelas que formam o sensor

    construdo so as mostradas na Figura 2:

    Figura 2 Dimenses das placas do sensor capacitivo

    Com estas dimenses, pode-se calcular a rea efetiva total das placas:

    rea total, ( ) ( ) 22 003724,0007,0008,003,0058,0071,0 mAT ==

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    15

    Como a menor distncia entre as placas aproximadamente igual a 0,2 mm,

    pode-se obter o valor das capacitncias mxima e mnima do kit:

    Capacitncia mxima, [ ]pFdA

    CTr

    MX 79,1640002,0

    003724,01085,8 120=

    ==

    Considerando a maior distncia entre as placas como sendo de 10 mm, tem-se:

    Capacitncia mnima, [ ]pFCMN

    30,3010,0

    003724,01085,8 12=

    =

    1.2.2.2ConstruoO acrlico foi o material utilizado para a construo das bases, suportes e

    hastes, enfim, da estrutura deste kit, bem como de todos os demais kits sensores. Isso

    porque um material de fcil manuseio (facilita os cortes, as furaes, etc.), possui

    boa resistncia mecnica, no afetado pela umidade e ferrugem (como madeiras e

    metais), alm de oferecer timo acabamento final e permitir que o aluno visualize

    inclusive os componentes internos que compem os kits.

    Na confeco do capacitor foram utilizadas placas de fenolite, pois apresentam

    custo baixo e tambm so de fcil manuseio. Aps os cortes e furaes necessrios, asplacas receberam um tratamento base de verniz acrlico, para isolamento eltrico,

    impermeabilizao e conservao das mesmas.

    As Figuras 3 e 4 mostram respectivamente os detalhes construtivos deste kit e

    o resultado final.

    Figura 3 Detalhes construtivos do Kit Sensor Capacitivo - Distncia

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    Figura 4 Kit Sensor Capacitivo Distncia construdo

    1.2.2.3Testes realizados e resultadosVerificou-se a variao, com a distncia, da capacitncia do kit construdo. Foi

    utilizado o medidor de capacitncia TEMA 72-920 e um micrmetro fixado rgua de

    testes dos kits didticos da FeedBack (equipamentos disponveis no laboratrio de

    eletrnica da UFES), como mostra a Figura 5. Obtiveram-se os resultados mostrados

    na Tabela 1, donde obtm-se o grfico da Figura 6.

    Figura 5 Ensaio do Kit Sensor Capacitncia Distncia

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    DeslocamentoLinear [mm] 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Capacitncia[pF] 162,4 72,0 44,2 33,0 27,0 23,4 20,8 18,8 17,3 16,3 15,3

    Tabela 1 Capacitncia [pF] x Deslocamento linear [mm]

    Capacitncia do kit vs Deslocamento

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Deslocamento [mm]

    Capacitncia[pF]

    Figura 6 Capacitncia [pF] x Deslocamento linear [mm]

    Pode-se verificar que o valor de 162,4 pF para a capacitncia do kit em

    repouso bem prximo daquele calculado teoricamente (164,79 pF). Mas, o mesmo

    no acontece para a capacitncia mnima. Neste caso, o valor medido (15,3 pF) 4,64

    vezes maior do que aquele calculado (3,30 pF). Essa discrepncia justificada por no

    ter sido levado em considerao nos clculos o fato do deslocamento da placa ser

    angular, o que tornaria o problema bem mais complexo. Ou seja, a parte inferior da

    placa mvel est deslocada de 10 mm em relao placa fixa, porm, a parte superior

    (presa dobradia) se encontra ainda muito prxima da placa fixa, o que, obviamente,

    acarreta num valor maior do que o calculado para a capacitncia do kit.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    1.2.2.4Estimativa de custo

    DESCRIO DO MATERIAL QUANTIDADE CUSTO [R$]

    Estrutura em acrlico - 11,00Terminal de ligao fmea 2 unid. 2,00Placa de fenolite 10x20 cm 1 unid. 3,80Parafuso, porca e arruela 17 unid. 0,85

    Dobradia 1 unid. 1,00*Fios de ligao, solda, verniz, etc. - -

    TOTAL 18,65

    Tabela 2 Estimativa de custo do Kit Sensor Capacitivo - Distncia

    *Materiais provenientes de sobras de outros trabalhos e materiais doados, ouseja, que no foram comprados especificamente para a construo dos kits sensores

    construdos neste trabalho, como fios de ligao e solda, no foram contabilizados na

    estimativa de custo.

    1.2.3Kit sensor capacitivo rea1.2.3.1Projeto

    Para o kit sensor capacitivo que utiliza a variao da rea efetiva entre as

    placas paralelas foi utilizado um capacitor varivel gerador de FI (Freqncia

    Intermediria), encontrado na sala de sucatas do laboratrio de eletrnica da UFES

    (Figura 7). Este capacitor formado, na verdade, por dois capacitores variveis iguais

    e independentes, com eixo conjugado. Cada um composto por um conjunto de 10

    placas paralelas fixas e 10 mveis, cujas dimenses so as mostradas na Figura 8.

    Figura 7 Capacitor varivel utilizado no kit

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    19

    Figura 8 Capacitor varivel utilizado no kit mostrado em trs posies distintas (0, 90 e 180)

    Como o nmero total de placas paralelas igual a 10, tem-se:

    rea total,( )[ ] ( ) [ ]2

    22

    01307,02

    003,0

    2

    029,010 mAT =

    =

    Considerando iguais as distncias entre todas as dez placas fixas e mveis,

    com valor de 0,3 mm, obtm-se, para a posio em que toda a rea da placa est

    influenciando na capacitncia final:

    Capacitncia mxima, [ ]pFd

    AC TrMX

    54,3850003,0

    01307,011085,8 120 ===

    Para o capacitor varivel utilizado a rea efetiva mnima muito difcil de ser

    definida, conseqentemente a capacitncia mnima tambm muito difcil de ser

    calculada teoricamente.

    1.2.3.2ConstruoO capacitor foi fixado na posio vertical numa base de acrlico e todo

    envolvido por esse material. Desta maneira, o elemento sensor ficou protegido em uma

    espcie de caixa transparente.

    Na parte superior do kit, adaptou-se um transferidor, a fim de possibilitar as

    medies de variao na capacitncia com o deslocamento angular das placas. A

    Figura 9 mostra o resultado final.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    20

    Figura 9 Kit Sensor Capacitivo rea construdo

    1.2.3.3Testes realizados e resultadosVerificou-se a variao, com o deslocamento angular, da capacitncia do kit

    construdo. Foi utilizado o medidor de capacitncia TEMA 72-920 e um micrmetro

    fixado rgua de testes dos kits didticos da FeedBack, obtendo-se os resultados

    mostrados na Tabela 3, donde obtm-se o grfico da Figura 10.

    DeslocamentoAngular [] 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

    Capacitncia[pF] 302,4 278,7 254,5 229,4 204,5 148,5 133,1 116,5 100,7 86,3 71,8

    DeslocamentoAngular []

    110 120 130 140 150 160 170 180 - - -

    Capacitncia[pF] 59,2 48,4 39,4 31,7 25,4 20,0 16,0 14,5 - - -

    Tabela 3 Capacitncia [pF] x Deslocamento Angular []

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    Capacitncia do kit vs Deslocamento Angular

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180

    Deslocamento Angular []

    Capacitncia[pF]

    Figura 10 Capacitncia [pF] x Deslocamento Angular []

    Verifica-se uma discrepncia entre o valor terico calculado (385,54 pF) para

    a capacitncia mxima do kit daquele obtido no ensaio (302,4 pF). Esta diferena de

    21,56 % devida, principalmente, ao fato do valor de 0,3 mm para as distncias entre

    as placas fixas e mveis, considerado nos clculos, no ser exatamente igual para todas

    as 10 placas que formam o capacitor. Alm disso, no foram consideradas nos clculos

    pequenas ranhuras existentes nas placas mveis do mesmo, o que diminui a rea

    efetiva total, resultando numa capacitncia menor.

    Observa-se, tambm, uma queda mais acentuada da capacitncia entre 40 e

    50 podendo ter sido causada por uma irregularidade do capacitor ou pela introduo

    de erro devido mudana de escala que ocorre neste ponto, no medidor utilizado no

    ensaio.

    Contudo, obteve-se, para este kit, uma caracterstica muito mais linear do que

    aquela obtida para o Kit Sensor Capacitivo Distncia, o que est de acordo com a

    equao da capacitnciad

    AC r

    0= . Atravs desta equao observa-se que, idealmente,

    para o Kit Sensor Capacitivo rea, a variao da capacitncia com a rea linear

    (relao direta) enquanto que para o Kit Sensor Capacitivo Distncia a relao

    inversa.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    22

    1.2.3.4Estimativa de custo

    DESCRIO DO MATERIAL QUANTIDADE CUSTO [R$]

    Estrutura em acrlico - 18,00Terminal de ligao fmea 3 unid. 3,00

    Transferidor plstico 1 unid. 7,00Parafuso, porca e arruela 7 unid. 0,35

    Luva plstica 1 unid. 0,50*Capacitor Varivel 1 unid. -

    *Fios de ligao, solda, cola, etc. - -TOTAL 28,85

    Tabela 4 Estimativa de custo do Kit Sensor Capacitivo - rea

    *Materiais provenientes de sobras de outros trabalhos e materiais doados, ou

    seja, que no foram comprados especificamente para a construo dos kits sensores

    construdos neste trabalho, como fios de ligao e solda, no foram contabilizados na

    estimativa de custo.

    1.3Kit sensor resistivo extensmetro1.3.1Princpios

    A equao bsica para a resistncia eltrica de um fio de determinado material

    :

    Resistncia,a

    lR

    =

    Onde:

    a resistividade do material;

    l o comprimento do fio;a a rea da seco transversal do fio.

    Observa-se que a alterao de , l, ou a provocar mudana na resistncia.

    Assim, pode-se construir sensores que utilizem a variao de qualquer um desses trs

    parmetros para produzir a mudana na resistncia, que poder ser detectada e medida.

    Os extensmetros eltricos utilizam a variao na geometria do elemento

    resistivo, atravs de um mtodo de estiramento fsico. A Figura 11 mostra um

    extensmetro unidirecional, como o utilizado no kit construdo.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    Figura 11 Extensmetro unidirecional

    Pode-se observar que um filamento (elemento sensor) fixado sobre uma base

    plstica em zig-zag, a fim de aumentar o seu comprimento total. Dessa maneira,

    deformaes na direo longitudinal (a e c na Figura 11) do elemento sensor

    provocam considervel variao no seu comprimento total, e conseqentemente, na

    resistncia do mesmo. Por outro lado, deformaes na direo transversal (b e dna

    Figura 11) no iro produzir alterao na resistncia, j que praticamente no

    provocam alterao no comprimento do filamento. Matematicamente pode-se

    escrever:

    GR

    R=

    Onde:

    R a variao na resistncia do extensmetro;

    R a resistncia nominal do extensmetro;

    G o fator do extensmetro;

    a relao entre a deformao total no comprimento do extensmetro peloseu comprimento nominal.

    Em ltima anlise, o fator G pode ser considerado constante para pequenas

    deformaes, porm, rigorosamente, depende das mudanas no comprimento, rea e

    resistividade do filamento, e, portanto, a variao da resistncia do extensmetro

    tambm.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    1.3.2ProjetoO projeto do Kit Sensor Resistivo Extensmetro foi baseado no kit

    Feedback TK294Eexistente no laboratrio de eletrnica da UFES.

    Foi especificado o extensmetro modelo PA-06-500BA-120-L, fabricado pela

    Excel Sensores, cuja codificao mostrada na Figura 12.

    Figura 12 Sistema de codificao de extensmetros colveis Excel

    O extensmetro especificado apresenta o maior comprimento entre os

    unidirecionais disponveis. Esta caracterstica o torna mais sensvel na deteco de

    deformaes longitudinais numa lmina metlica fina, sendo, por isso, o mais

    apropriado para a aplicao no kit didtico.

    1.3.3ConstruoO extensmetro foi colado numa lmina de ao de 55 mm de comprimento, 11

    mm de largura e aproximadamente 0,2 mm de espessura.O processo de colagem envolveu as seguintes etapas:

    Preparao da superfcie da lmina com lixa N 400, para eliminarirregularidades;

    Limpeza da lmina e objetos utilizados no processo de colagem comlcool Isoproplico (desengraxante e solvente orgnico);

    Aplicao do Condicionador (lquido voltil ligeiramente cido) para

    remoo de pequenas oxidaes superficiais na lmina;

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    Aplicao do Neutralizador (lquido voltil ligeiramente bsico) a fim deneutralizar a acidez introduzida pelo Condicionador;

    Aplicao da fita FK-1 no extensmetro, para auxiliar na sua manipulaoe posicionamento na lmina de ao;

    Aplicao do adesivo base de cianoacrilato (Super Bonder) noextensmetro;

    Posicionamento do extensmetro na lmina; Aplicao da pelcula de teflon acima do extensmetro, para isolar, do

    adesivo, o que no deve ser colado (pois o mesmo se espalha pela presso

    exercida);

    Colocao da almofada de silicone, que permite uma uniformizao dapresso aplicada sobre o extensmetro;

    Colocao dos grampos para exercer a presso necessria para colagem; Espera do tempo de cura do adesivo (aproximadamente 30 minutos); Aplicao da pasta de silicone para proteo e conservao da pea.Foram colados dois extensmetros, um em cada face da lmina de ao.

    Figura 13 Extensmetro colado em lmina de ao

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    26

    Figura 14 Kit Sensor Resistivo - Extensmetro

    1.3.4Testes realizados e resultadosPara o fazer o levantamento da caracterstica deste kit utilizou-se, alm do

    micrmetro e da rgua de testes, a Ponte de Wheatstone do Mdulo Eletrnico

    TK294A FeedBack disponvel no Laboratrio de Eletrnica da UFES e o

    Amplificador de Instrumentao construdo neste trabalho (seco 2.2). A Figura 15

    mostra o circuito montado para o teste dos extensmetros do kit.

    Figura 15 Circuito de teste para o Kit Sensor Resistivo - Extensmetro

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    Verificou-se, assim, a variao, com o deslocamento linear, da tenso de sada

    do Amplificador de Instrumentao, configurado para ganho de 1000 V/V. Obtiveram-

    se os resultados mostrados na Tabela 5, donde obtm-se o grfico da Figura 16.

    DeslocamentoLinear [mm] 0 1 2 3 4 5 6

    Tenso deSada [V] 0 0,20 0,40 0,60 0,78 0,92 1,0

    Tabela 5 Tenso de Sada do Amplificador [V] x Deslocamento Linear [mm]

    Tenso de Sada do Amplificador vs Deslocamento

    0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    0,6

    0,7

    0,8

    0,9

    1

    0 1 2 3 4 5 6

    Deslocamento [mm]

    TensodeSada[V]

    Figura 16 Tenso de Sada do Amplificador [V] x Deslocamento Linear [mm]

    Constata-se que o kit possui caracterstica perfeitamente linear at o

    deslocamento de 3 mm. Acima desse valor a tenso de sada comea a apresentarsaturao.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    1.3.5Estimativa de custo

    DESCRIO DO MATERIAL QUANTIDADE CUSTO [R$]

    Estrutura em acrlico - 11,00Terminal de ligao fmea 3 unid. 3,00

    *Lmina de ao 1 unid. -Extensmetro 2 unid. 37,40

    *Fios de ligao, solda, materiaisauxiliares na limpeza e colagem,

    etc.- -

    TOTAL 51,40

    Tabela 6 Estimativa de custo do Kit Sensor Resistivo - Extensmetro

    *Materiais provenientes de sobras de outros trabalhos e materiais doados, ou

    seja, que no foram comprados especificamente para a construo dos kits sensores

    construdos neste trabalho, como fios de ligao e solda, no foram contabilizados na

    estimativa de custo.

    1.4Kit sensor indutivo LVDT1.4.1Princpios

    A relao entre fora eletro-motriz (f.e.m.) e campo magntico num indutor

    pode ser expressa matematicamente pela Lei de Lens:

    dt

    dNe

    =

    Onde:

    e o valor da f.e.m. induzida;

    N nmero de voltas do condutor;d/dt a variao do fluxo magntico d em dtsegundos.

    Portanto, pode-se variar a f.e.m. induzida atravs da variao de Nou d/dt, o

    que forma a base de outro tipo de sensor. A modificao fsica no nmero Nde espiras

    do indutor difcil ( usada geralmente em transformadores de tenso varivel), sendo

    mais prtico variar e pela alterao de d/dt. Mas, a intensidade do fluxo magntico

    num indutor, para um circuito magntico fechado uniforme (composto por apenas um

    tipo de material), dado por:

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    S

    NI

    l

    aNI r ==0

    Onde:

    alS

    r0= a relutncia do caminho magntico;

    N o nmero de espiras do indutor;

    I a intensidade da corrente eltrica;

    0 a permeabilidade do espao livre;

    r a permeabilidade relativa do material que compe o caminho magntico

    (ncleo do indutor);

    a a rea da seco transversal do indutor;

    l o comprimento total do circuito magntico.

    Assim, variar d/dt implica em variar N, I, r, a ou l. A alterao de Nno

    muito prtica, como discutido anteriormente, e uma alterao em I significa uma

    mudana eltrica e no fsica. A rea a tambm difcil de ser variada, j que isso

    significaria alterar o dimetro do indutor. Portanto, muito mais prtico construir

    sensores que utilizem a variao na permeabilidade relativa (r) ou no comprimento ( l)do caminho magntico (ou em ambos).

    O transformador diferencial de variao linear (LVDT) utiliza a variao da

    f.e.m. induzida nos enrolamentos secundrios de um transformador, que, em ltima

    anlise, implica na variao da relutncia do caminho magntico. Pode-se constatar

    isso claramente observando a equao seguinte:

    Tenso induzida no secundrio, dt

    d

    Ne

    = 22 Onde:

    N2 o nmero de espiras do secundrio.

    O desenho esquemtico de um sensor LVDT e seu funcionamento so

    mostrados na Figura 17, onde se pode observar um enrolamento primrio ao centro,

    dois secundrios, um em cada extremidade e um ncleo cilndrico mvel, de material

    ferro-magntico, mostrado e m trs posies distintas. Na primeira, a posio do ncleo

    proporciona acoplamento magntico mximo entre o primrio e o secundrio 1, de

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    maneira que a tenso induzida V0 atinge o valor mximo positivo. Na segunda

    posio (ncleo exatamente no centro), os acoplamentos magnticos entre primrio

    secundrio 1 e entre primrio secundrio 2 so iguais, resultando numa tenso V0

    nula, j que os enrolamentos secundrios esto conectados numa configurao

    subtratora. A partir dessa posio, quando o ncleo movimentado em direo ao

    secundrio 2, a tenso induzida V0 sofre uma defasagem de 180 e comea a aumentar

    em amplitude, at atingir um mximo negativo, quando o acoplamento magntico

    entre primrio secundrio 2 mximo (posio 3 na Figura 17).

    Figura 17 Desenho esquemtico se um sensor LVDT

    1.4.2ProjetoO projeto do Kit Sensor Indutivo LVDT foi baseado no kit Feedback

    TK294G existente no Laboratrio de Eletrnica da UFES. As dimenses do carretel

    que comporta os enrolamentos do transformador do sensor construdo so as

    mostradas na Figura 18.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    Figura 18 Dimenses do carretel (base para os enrolamentos) em milmetros

    Para obter-se uma corrente no enrolamento primrio igual a 1 mA num circuito

    indutivo puro, com tenso de alimentao senoidal de 1 V(valor eficaz), precisa-se deuma reatncia indutiva ( XL) de 1 kO.

    Prova: [ ]=

    == kIV

    XL 1101

    13

    Considerando a freqncia (f) da tenso de excitao igual a 460 kHz, tem-se:

    Indutncia, [ ]Hf

    X

    W

    XL LL

    0,346

    104602

    101

    2 3

    3

    =

    ===

    Mas, pode-se escrever tambm:

    Indutncia,S

    NL

    2

    =

    Onde:

    N o nmero de espiras do enrolamento;

    a

    lS

    r0= a relutncia do caminho magntico.

    Pode-se, portanto, obter o nmero de espiras do enrolamento efetuando osclculos para um primrio com comprimento (l) igual a 5 mm e seco transversal

    circular com raio de 6 mm (dimenses do carretel construdo Figura 18):

    ( )[ ]espiras

    a

    lLN

    a

    lLSLN

    rr

    3,110006,0104

    005,0100,34627

    6

    00

    2 =

    =

    =

    ==

    A escolha da bitola do fio de cobre esmaltado a ser utilizado nos enrolamentos

    deve levar em considerao a corrente eltrica mxima permitida neles, bem como

    suas dimenses. Um fio de bitola muito pequena, mesmo que suporte a corrente

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    mxima difcil de ser manuseado, porm, uma bitola maior pode impedir que o

    nmero calculado de espiras seja alcanado. Assim, o fio nmero 31 AWG, disponvel

    no Laboratrio de Eletrnica de Potncia e Acionamento Eltrico (LEPAC) da UFES,

    com aproximadamente 0,23 mm de dimetro, que suporta uma corrente mxima de

    124 mA, mostrou-se adequado para a construo dos enrolamentos do transformador.

    Enrolou-se o primrio com 285 espiras nmero mximo alcanado com o fio

    31 AWG, e no com o valor de 110 espiras calculado teoricamente, a fim de garantir

    uma intensidade de fluxo magntico suficiente para o bom funcionamento do

    transformador.

    Para que a relao entre a tenso no enrolamento primrio e aquela induzidano secundrio seja igual a 1, obvio que, para uma situao terica ideal (acoplamento

    perfeito e rendimento unitrio), o nmero de espiras dos dois deve ser igual. Mas,

    como na prtica isso no possvel (principalmente com o tipo de transformador

    utilizado no LVDT), o secundrio foi enrolado com aproximadamente o dobro de

    espiras e, por meio de ensaios (onde se excitou o primrio e verificou-se a amplitude

    da tenso induzida no secundrio), procedeu-se retirando-as at se obter a relao

    unitria entre as tenses. Desse modo, os secundrios apresentaram um valor final de

    500 espiras cada um.

    1.4.3ConstruoA base dos enrolamentos do transformador mostrado na Figura 18 foi

    construda toda em acrlico, j que esse no um material ferro-magntico, condio

    necessria para o perfeito funcionamento do sensor.

    Para a confeco dos enrolamentos, a bobinadeira do Laboratrio de

    Eletrnica da UFES no pde ser utilizada, devido s pequenas dimenses do

    transformador e bitola reduzida do fio esmaltado. Dessa maneira, foi necessria a

    fabricao de uma bobinadeira especial, com controle de velocidade, que

    apresentada na Figura 19.

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    33

    Figura 19 Bobinadeira construda para a fabricao dos enrolamentos do LVDT

    Para o ncleo mvel do sensor foi utilizado um cilindro de material ferro-

    magntico. Esse foi cortado no comprimento ideal para a aplicao, que corresponde

    soma dos comprimentos do primrio e de um secundrio, de maneira a permitir a

    posio de mximo acoplamento magntico entre esses enrolamentos.

    As Figuras 20 e 21 mostram respectivamente os detalhes construtivos deste kit

    e o resultado final.

    Figura 20 Detalhes construtivos do Kit Sensor Indutivo - LVDT

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    34

    Figura 21 Kit Sensor Indutivo construdo

    1.4.4Testes realizados e resultados

    Verificou-se a variao, com o deslocamento linear do ncleo ferro-

    magntico, da amplitude da tenso induzida no secundrio do kit construdo, para

    diversas freqncias de excitao do primrio. Observou-se, assim, que a freqncia

    ideal para a excitar o sensor LVDT construdo de 55,56 kHz, e no o valor de 460

    kHz utilizado nos clculos para o dimensionamento dos enrolamentos. Constatou-se

    que freqncias abaixo de 55,56 kHz acarretaram numa tenso induzida menor nos

    secundrios, com conseqente perda de sensibilidade do sensor. Por outro lado,

    freqncias acima desse valor provocaram a ocorrncia de dupla sintonia Anexo F

    com conseqente perda da linearidade do sensor.

    Os resultados obtidos, utilizando osciloscpio, para uma tenso excitao do

    primrio senoidal com amplitude de 5 V e freqncia igual a 55,56 kHz so os

    mostrados na Tabela 7, donde obtm-se o grfico da Figura 22.

    DeslocamentoLinear [mm] -20 -18 -16 -14 -12 -10 -8 -6 -4 -2 0

    Amp. TensoSc. [V] 5,4 5,2 5,0 4,5 4,0 3,4 2,7 2,0 1,3 0,7 0,2

    DeslocamentoLinear [mm] 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 -

    Amp. TensoSc. [V] 0,9 1,6 2,3 3,0 3,6 4,2 4,8 5,2 5,6 5,7 -

    Tabela 7 Amplitude da tenso no secundrio [V] x Deslocamento linear [mm]

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    Amplitude da tenso sec. vs Deslocamento

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    -20 -16 -12 -8 -4 0 4 8 12 16 20

    Deslocamento [mm]

    Amplitudenosecundr

    io[V]

    Figura 22 Amplitude da tenso no secundrio [V] x Deslocamento linear [mm]

    Pode-se verificar que o grfico da Figura 22 no exatamente simtrico em

    relao ao eixo das ordenadas, isso porque o sensor LVDT fabricado no possui os

    dois secundrios exatamente simtricos. Porm, a caracterstica obtida pode ser

    considerada muito boa, pois uma diferena mnima no comprimento, seco

    transversal ou nmero de espiras entre os secundrios, ou mesmo as irregularidades

    existentes nos enrolamentos, ocasionam uma assimetria considervel.

    1.4.5Estimativa de custo

    DESCRIO DO MATERIAL QUANTIDADE CUSTO [R$]Estrutura em acrlico - 11,65Carretel em acrlico 1 unid. 10,00

    Terminal de ligao fmea 6 unid. 6,00*Fio de cobre 31 AWG 6 m -

    *Ncleo de ferrite (d = 12 mm) 1 unid. -*Solda, fita isolante, cola, etc. - -

    TOTAL 27,65

    Tabela 8 Estimativa de custo do Kit Sensor Indutivo - LVDT

    *Materiais provenientes de sobras de outros trabalhos e materiais doados, ou

    seja, que no foram comprados especificamente para a construo dos kits sensores

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    36

    construdos neste trabalho, como fios de ligao e solda, no foram contabilizados na

    estimativa de custo.

    1.5ConclusesOs Kits Sensores Didticos construdos apresentaram custo baixo e timos

    resultados, atendendo perfeitamente utilizao em laboratrios didticos. As

    caractersticas de cada um podem ser levantadas, estudadas e analisadas, de maneira

    que o aprendiz perceba, por exemplo, as vantagens e desvantagens de cada um, bem

    como o melhor tipo de sensor para uma dada aplicao.

    No Captulo a seguir sero apresentados os circuitos de condicionamento desinais para os sensores construdos.

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    37

    2 OS KITS DE TRATAMENTO DE SINAISForam projetados, simulados e montados em placa de teste trs kits bsicos de

    circuitos de condicionamento dos sinais provenientes dos sensores / transdutores. Soeles: Kit Amplificador de Instrumentao, Kit Oscilador, Kit Conversor Freqncia

    Tenso (CFT). Estes kits formam um conjunto de kits alternativo ao conjunto didtico

    FeedBack TK294 Transducers and Instrumentation (Electronic Modules) existente

    no Laboratrio de Eletrnica da UFES.

    2.1IntroduoO estabelecimento do conjunto alternativo de circuitos didticos de tratamento

    de sinais de instrumentao seguiu as seguintes etapas:

    Observao e estudo dos Kits, materiais didticos e manuais FeedBackdisponveis no Laboratrio de Eletrnica da UFES;

    Estabelecimento do conjunto de circuitos de tratamento de sinaisalternativos a serem projetados;

    Estudo de circuitos eletrnicos que implementam as funes desejadas(Amplificador de Instrumentao, Oscilador e Conversor Freqncia -

    Tenso);

    Projeto e simulao computacional de vrios circuitos que implementamas funes desejadas, a fim de obter o mais adequado utilizao em

    conjunto com os Kits Sensores construdos e aplicao didtica;

    Projeto e simulao computacional dos circuitos eletrnicos escolhidos afim de estabelecer a melhor relao de valores para os componenteseletrnicos;

    Compra dos componentes eletrnicos necessrios; Montagem em placa de teste (proto-board); Verificao do funcionamento, medies; Ensaios em conjunto com os Kits Sensores construdos;

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    38

    Comparao dos resultados obtidos com os esperados teoricamente eatravs das simulaes computacionais;

    Ajustes finais nos circuitos montados; Elaborao das estimativas de custo para cada circuito.Neste captulo sero expostos os princpios de funcionamento de cada kit de

    tratamento de sinais alternativo, os resultados das simulaes no software PSpice

    verso 9.2 (Orcad), os testes realizados aps montagem em placa de teste e os

    resultados obtidos, bem como uma estimativa de custo para a montagem.

    2.2Amplificador de instrumentao2.2.1Descrio

    Para o amplificador de instrumentao escolheu-se a configurao que utiliza

    trs amplificadores operacionais mostrada na Figura 23.

    Figura 23 Amplificador de instrumentao

    Entre as principais vantagens desse circuito esto a alta resistncia de entrada

    (teoricamente infinita) e o fato de o ganho poder ser mudado facilmente, atravs da

    simples troca do resistor R1.

    O circuito consiste em dois estgios: o primeiro formado pelos amp ops A1,

    A2 e seus resistores associados e o segundo estgio formado pelo amp op A3, junto

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    39

    com quatro resistores associados. Identifica-se facilmente o segundo estgio como

    sendo um amplificador de diferenas, muito utilizado nos circuitos de tratamento de

    sinais.

    A anlise detalhada do circuito est no Anexo A, e a tenso de sada dada

    por:

    Tenso de sada, )( 1221 VVGGVS =

    Onde:

    +=

    1

    21

    21

    R

    RG o ganho correspondente ao primeiro estgio;

    3

    42

    RRG = o ganho correspondente ao segundo estgio.

    2.2.2ProjetoNo projeto deste amplificador usualmente prefervel obter todos os ganhos

    necessrios no primeiro estgio, deixando o segundo estgio para executar a tarefa de

    perceber a tenso diferencial entre as sadas do primeiro estgio, e ento fazer a

    rejeio do sinal de modo comum. Assim, o segundo estgio usualmente projetado

    para apresentar ganho unitrio. Adotando esse procedimento, escolheu-se o valor

    conveniente de 39 kO para R3 e R4 e 27 kO para R2, de maneira que o problema se

    reduz, ento, em calcular os diferentes valores para R1 a fim de se obter os ganhos

    desejados. A expresso do ganho reduz-se, ento, para:

    11

    2 5412

    1R

    k

    R

    RG

    +=

    +=

    A Tabela 9 contempla os valores de R1 correspondentes ao ganho G do

    amplificador.

    Ganho (V/V) R1 (O)1 No conectado.2 54,00 k5 13,50 k10 6,00 k

    100 545,45

    Tabela 9 Valores de R1 correspondentes ao ganho do amplificador

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    O amp op escolhido foi o LM324 por apresentar baixa tenso de offset,

    caracterstica necessria para este tipo de amplificador de instrumentao, e melhor

    relao custo-benefcio, possuindo quatro amp ops equivalentes num nico

    encapsulamento.

    2.2.3Simulao no PSpiceAs simulaes computacionais no software PSpice 9.2 apresentaram

    resultados muito satisfatrios. As Figuras 24 e 25 mostram respectivamente o circuito

    utilizado na simulao e os resultados obtidos para um valor de R1 igual a 6,0 kO, ou

    seja, ganho igual a 10 V/V.

    Figura 24 Circuito simulado no PSPICE

    Time

    0s 100us 200us 300us 400us 500us

    V(Vent:+) V(U3A:OUT)

    -10V

    0V

    10V

    Figura 25 Resultado da simulao do amplificador da Figura 24

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    41

    No Anexo D esto expostos os demais resultados obtidos nas simulaes, onde

    pode-se observar, para R1 igual a 545,45 O, uma grande diferena entre o valor terico

    do ganho (100 V/V) com aquele obtido atravs da simulao (item 2 do Anexo D), para

    uma tenso senoidal de entrada com amplitude de 0,1 Ve freqncia de 50 kHz. Essa

    diferena da ordem de 37,5 % devida resposta em freqncia do amp op utilizado,

    ou seja, do efeito da limitao do ganho em freqncia no mesmo. Constata-se

    claramente a ausncia desse efeito para a simulao efetuada com o mesmo valor de

    R1, mas com tenso diferencial de entrada contnua.

    2.2.4Testes realizados e resultadosVerificou-se o ganho de tenso fornecido pelo circuito variando-se o resistor

    de ganho R1. Obteve-se, com o auxlio de ohmmetro e um voltmetro digital, os

    resultados mostrados na Tabela 10, correspondentes a uma tenso diferencial de

    entrada senoidal com 1 kHz e 1 Vde amplitude, exceto para o ltimo caso (ganho de

    97,9 V/V), onde a amplitude do sinal de entrada foi atenuada em 10 vezes para evitar a

    saturao na sada.

    ResistnciaR1[kO] N. C. 18,62 12,50 5,550 0,557

    Ganho Terico[V/V] 1,00 3,89 5,32 10,8 97,9

    Ganho Medido[V/V] 1,00 3,60 4,90 10,0 90,1

    Tabela 10 Ganho de Tenso Terico [V] x Ganho de Tenso Medido [V]

    As diferenas entre os ganhos tericos e medidos equivalem, em mdia, a um

    erro de 7,5 %. Esse erro devido, principalmente, impreciso nos valores dos

    resistores, j que os utilizados no circuito possuem tolerncia de 20 %. Porm, esse

    problema no significativo, pois se pode ajustar o ganho para o valor exato desejado,

    utilizando um potencimetro.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    42

    2.2.5Estimativa de custo

    DESCRIO DO MATERIAL QUANTIDADE CUSTO [R$]

    Resistor (1/8 W) 7 unid. 0,70Amp. Op. LM324 1 unid. 1,80

    *Miscelneas - -TOTAL 2,50

    Tabela 11 Estimativa de custo do Mdulo Amplificador de Instrumentao

    *Em miscelneas esto inclusos os materiais para a confeco do mdulo

    completo como: placa de circuito impresso, terminais de ligao, chaves comutadoras

    e caixa de proteo.

    2.3Oscilador2.3.1Descrio

    Para o mdulo oscilador foram simulados e testados vrios circuitos de

    diferentes configuraes: oscilador com Ponte de Wien, oscilador com filtro ativo

    sintonizado, oscilador LC e multivibradores astveis. Desses, o circuito oscilador com

    filtro ativo sintonizado que utiliza o circuito de simulao de indutncia de Antoniou,

    mostrado na Figura 26, foi o que se mostrou mais eficiente para a aplicao no kit

    didtico.

    Figura 26 Oscilador com filtro ativo sintonizado

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    De fato, esse circuito apresentou vantagens, em relao aos demais testados,

    como: manuteno das oscilaes mesmo com grandes variaes da capacitncia C1,

    onde podem ser conectados os capacitores variveis dos kits sensores capacitivos

    construdos; tima sensibilidade, ou, em outras palavras, grande variao da

    freqncia para pequenas variaes de C1; distoro harmnica total (THD) muito

    baixa da senide gerada (menor que 1 % para os valores de C1 na ordem de grandeza

    das capacitncias dos kits sensores construdos); simplicidade para projeto; facilidade

    para montagem e baixo custo. Alm disso, como se pode simular indutncias de alto

    valor utilizando o circuito de simulao de indutncia de Antoniou, foi possvel obter

    oscilaes em freqncias menores que 3,5 kHz, apesar dos kits sensores capacitivosapresentarem capacitncias muito baixas, como 14,5 pF.

    Na realidade, este circuito oscilador baseado no ressonador LCR da Figura

    27, que implementa funo de filtro passa-faixa de segunda ordem, onde o indutor L

    substitudo pelo circuito simulador de indutncia de Antoniou (Figura 28), resultando

    no filtro ativo sintonizado da Figura 29.

    Figura 27 Ressonador LCR

    Figura 28 Circuito de simulao de indutncia de Antoniou

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    Figura 29 Filtro ativo sintonizado

    Ento, quando acrescentada a realimentao com ganho positivo e o circuito

    limitador abrupto evidenciados na Figura 30, obtm-se o oscilador utilizado para o kit.

    Figura 30 Circuito oscilador utilizado no kit

    Com este circuito pode-se, ento, ter um controle independente da freqncia

    ou da amplitude, assim como da distoro da senide na sada. O diagrama de blocos

    da Figura 31 simplifica a anlise do funcionamento deste oscilador.

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    Figura 31 Diagrama de blocos de um oscilador com filtro ativo sintonizado

    2.3.2ProjetoO primeiro passo no projeto do circuito consiste em escolher uma freqncia

    de ressonncia, ou, em outras palavras, a freqncia central do filtro passa-faixa, que

    ser a freqncia de oscilao do circuito, e utilizar a equao seguinte para determinar

    o valor da indutncia L, dado o valor da capacitncia C.

    Freqncia de ressonncia,( ) Cf

    LLC

    fr

    r 221

    21

    ==

    Com o valor da indutncia obtido, determinam-se os valores dos resistores e

    capacitor do circuito simulador de indutncia de Antoniou, cuja anlise feita

    detalhadamente no Anexo E, atravs da equao da impedncia de entrada do mesmo:

    Impedncia de entrada, sLR

    CRRRsZENT ==

    3

    1421

    Onde, para R1 = R2 = R3 = R4 = R, tem-se:2

    1RCL =

    Assim, chegou-se aos valores tericos, calculados no Anexo F, de 1,583 H

    para L, considerando a freqncia de oscilao em 1 kHz e o valor de Cigual a 16 nF.

    Isso implicou no valor de 100 kO para R, j que, para C1 foi considerada a capacitncia

    mxima do Kit Sensor Capacitivo - Distncia, de aproximadamente 160 pF.

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    O ltimo passo no projeto o ajuste do ganho de realimentao, onde se deve

    escolher a melhor relao entre R5 e R6 (Figura 30), a fim de manter as oscilaes,

    mesmo com a variao na capacitncia C1, mas tambm no provocar saturao no

    sinal senoidal gerado. Assim, os valores comerciais obtidos, a partir de simulaes

    feitas no software PSpice, foram de 10 kO para R5 e 47 kO para R6.

    O resistor RQ determina o fator de qualidade (Q) do filtro e, portanto,

    influencia na distribuio espectral da senide gerada, ou seja, na distoro harmnica

    total da mesma. Quanto maior o valor de RQ maior ser o fator de qualidade do filtro, o

    que implica numa senide gerada com maior qualidade, porm, torna-se mais difcil

    manter as oscilaes, principalmente com a variao da capacitncia C1 do circuito.Assim, chegou-se ao valor de 220 kO, a partir de simulao no PSpice, que oferece

    THD menor que 1 % e manuteno das oscilaes mesmo com grandes variaes na

    capacitncia C1. Atravs da equao QrCRfQ 2= , que determina o fator de qualidade

    para os circuitos com funo de filtro passa-faixa de segunda ordem, pode-se obter o

    valor terico de aproximadamente 21 para o fator de qualidade do filtro passa-faixa,

    considerando C= 16 nF.

    2.3.3Simulao no PSpiceAs simulaes computacionais no software PSpice 9.2 apresentaram timos

    resultados. As Figuras 32, 33 e 34 mostram respectivamente o circuito utilizado na

    simulao, a senide gerada e a distribuio espectral da mesma. A THD obtida

    atravs da anlise de Fourrier, feita pelo software, levando-se em considerao at a 7

    harmnica, foi de 1,0 %.

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    Figura 32 Circuito oscilador simulado no PSPICE

    Time

    47.6ms 48.0ms 48.4ms 48.8ms 49.2ms 49.6ms

    V(U3A:OUT)

    -5.0V

    0V

    5.0V

    Figura 33 Senide gerada pelo oscilador da Figura 32

    Frequency

    0.5KHz 1.0KHz 1.5KHz 2.0KHz 2.5KHz

    V(U3A:OUT)

    0V

    1.25V

    2.50V

    3.75V

    Figura 34 Distribuio espectral da senide gerada

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    Verifica-se que a freqncia da senide gerada 1 kHz, o que corresponde

    exatamente ao valor terico calculado no Anexo C.

    No Anexo E esto expostos os demais resultados obtidos nas simulaes, onde

    se pode observar, para diferentes valores de C1, a baixa THD da senide gerada. Alm

    disso, observa-se tambm que, valores menores de RQ, apesar de contriburem para que

    as oscilaes comecem mais rapidamente, resultam numa senide mais distorcida, pois

    diminuem o fator de qualidade do filtro.

    2.3.4Testes realizados e resultadosVariando-se a capacitncia C1 do circuito, verificou-se a alterao da

    freqncia de oscilao do circuito. Para este ensaio foi utilizado o capacitor varivel

    do Kit Sensor Capacitivo Distncia construdo. Obteve-se, a partir do mdulo

    Conversor Freqncia Tenso construdo (seco 2.4) e de um voltmetro digital, os

    resultados mostrados na Tabela 12, donde obtm-se o grfico da Figura 35.

    Capacitncia

    do Kit [pF]162,4 72,0 44,2 33,0 27,0 23,4 20,8 18,8 17,3 16,3 15,3

    Freqncia[kHz] 1,00 1,52 1,88 2,15 2,36 2,53 2,67 2,79 2,89 2,98 3,06

    Tabela 12 Capacitncia [pF] x Freqncia de Oscilao [KHz]

    Frequncia de Oscilao vs Capacitncia

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    2,5

    3

    3,5

    15 25 35 45 55 65 7 5 85 95 1 05 115 125 135 145 155 165

    Capacitncia [pF]

    FrequnciadeOscilao[kH

    z]

    Figura 35 Capacitncia [pF] x Freqncia de Oscilao [mm]

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    Pode-se verificar que o valor de 1 kHz para a freqncia da senide gerada,

    correspondente a uma capacitncia C1 = 162,4 pF, est muito prxima do valor terico

    calculado e tambm daquele obtido atravs da simulao computacional. Na realidade,

    todos os valores encontrados neste ensaio correspondem quase exatamente aos valores

    tericos, bem como queles obtidos via simulao no PSpice, provando a excelente

    funcionalidade e robustez do circuito construdo.

    2.3.5Estimativa de custo

    DESCRIO DO MATERIAL QUANTIDADE CUSTO [R$]Resistor (1/8 W) 8 unid. 0,80Capacitor 2 unid. 0,60

    Diodo 1N4148 2 unid. 0,30Amp. Op. LM324 1 unid. 1,80

    *Miscelneas - -TOTAL 3,50

    Tabela 13 Estimativa de custo do Mdulo Oscilador

    *Em miscelneas esto inclusos os materiais para a confeco do mdulo

    completo como: placa de circuito impresso, terminais de ligao, chaves comutadoras

    e caixa de proteo.

    2.4Conversor Freqncia Tenso2.4.1Descrio

    O circuito Conversor Freqncia Tenso (CFT) foi montado com o circuito

    integrado LM331, o qual projetado para ser utilizado idealmente em circuitosconversores TF ou FT de preciso, simples e de baixo custo. Um diagrama de blocos

    simplificado desse CI mostrado na Figura 36, com os componentes externos

    mnimos (resistores e capacitores) necessrios conectados para configur-lo como

    CFT.

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    Figura 36 Diagrama de blocos simplificado do LM331 como CFT

    Nesta configurao, o sinal com freqncia f que se deseja converter

    aplicado ao ponto de entrada fENT e diferenciado por uma rede RC (RD e CD). Ento, a

    borda de descida do sinal diferenciado no pino 6 faz com que o comparador de entrada

    dispare o circuito temporizador, que, por sua vez, liga a fonte de corrente chaveada por

    um tempo fixo (t) igual a 1,1 RTCT segundos. Aps esse tempo, a fonte de corrente

    desligada at que uma nova borda de descida do sinal, no pino 6, seja detectada,

    fazendo com que o ciclo se repita. Assim, a corrente de sada no pino 1 filtrada por

    uma outra rede RC (RL e CL), fornecendo a tenso de sada V0, que ser proporcional

    freqncia do sinal de entrada.

    2.4.2ProjetoO projeto do circuito CFT foi baseado nas topologias e valores propostos no

    Datasheet do componente LM331 e nota de aplicao do mesmo, publicada pelo

    fabricante (National Semiconductor). Porm, foram feitos alguns ajustes, tomando-se

    os devidos cuidados de acordo com as especificaes do CI.

    Como dito anteriormente, os valores de RT e CT determinam o tempo fixo t

    (1,1RTCT segundos), e so especificados de acordo com a freqncia mxima do sinal

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    de entrada. Isso porque tno deve ultrapassar o menor perodo possvel para o sinal de

    entrada, para no haver perda de pulsos, comprometendo o funcionamento do

    conversor e sua linearidade. Um valor de t em aproximadamente 75% do perodo

    mnimo o utilizado pelo fabricante.

    A resistncia RF determina a intensidade da corrente eltrica drenada pela

    fonte de corrente chaveada e pode ser variada para regular a magnitude da tenso de

    sada. Porm, a corrente eltrica no resistor RF, refletida para a fonte chaveada atravs

    de uma espelho de corrente de preciso, deve estar entre 10 e 500 A para assegurar a

    exatido do conversor. Fora dessa faixa a tenso constante de 1,90 Vcc no pino 2,

    estabelecida internamente, torna-se instvel. Assim, tem-se:

    Corrente de sada da fonte chaveada,F

    FR

    I90,1

    =

    Donde obtm-se, por exemplo, IF = 135,7 A para RF = 14 kO.

    O circuito da Figura 36 mostrado na seco anterior aquele que utiliza o

    menor nmero possvel de componentes. Todavia, pode-se obter uma resposta muito

    mais rpida e um ripple muito menor para a tenso de sada, substituindo a rede RC,

    formada por RL e CL, pelos filtros ativos passa-baixas de segunda ordem cascateados,mostrados na Figura 37.

    Figura 37 Dois filtros ativos passa-baixas cascateados

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    Assim, o circuito completo utilizado para o mdulo conversor est mostrado

    na Figura 38.

    Figura 38 Circuito do Mdulo CFT

    2.4.3Simulao no PSpiceAs simulaes computacionais no PSpice 9.2 no puderam ser realizadas,

    visto que a biblioteca do software no dispe do componente LM331, e nem sequer

    um componente similar.

    2.4.4Testes realizados e resultadosPara testar o circuito do mdulo Conversor Freqncia Tenso utilizou-se

    um gerador de funes, osciloscpio e voltmetro digital. Variando-se a freqncia do

    sinal gerado, verificou-se a alterao da tenso de sada do circuito. Obtiveram-se os

    resultados mostrados na Tabela 14, donde obtm-se o grfico da Figura 39.

    Freqncia doSinal de

    Entrada [kHz]1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Tenso deSada [V] 1,01 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00

    Tabela 14 Freqncia do sinal de entrada [kHz] x Tenso de sada do CFT [V]

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    Tenso de Sada do CFV vs Frequncia de Entrada

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Frequncia de Entrada [kHz]

    TensodeSada[V]

    Figura 39 Freqncia do sinal de entrada [kHz] x Tenso de sada do CFT [V]

    A partir destes resultados verifica-se, de maneira indiscutvel, o perfeito

    funcionamento do circuito, apresentando erro imperceptvel para o voltmetro

    utilizado.

    Para valores de freqncia abaixo de 1 kHz e acima de 10 kHz, a linearidade

    do conversor comea a ficar comprometida e o valor da tenso de sada no poder serrelacionado, com preciso, freqncia do sinal de entrada.

    2.4.5Estimativa de custo

    DESCRIO DO MATERIAL QUANTIDADE CUSTO [R$]Resistor (1/8 W) 11 unid. 1,10

    Capacitor de cermica 4 unid. 1,20

    Capacitor de polister 4 unid. 2,00Trimpot pequeno 1 unid. 1,90Amp. Op. LM358 1 unid. 1,00Conversor LM331 1 unid. 7,00

    *Miscelneas - -TOTAL 14,20

    Tabela 15 Estimativa de custo do Mdulo CFT

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    *Em miscelneas esto inclusos os materiais para a confeco do mdulo

    completo como: placa de circuito impresso, terminais de ligao, chaves comutadoras

    e caixa de proteo.

    2.5ConclusesOs circuitos de condicionamento de sinais apresentaram excelente

    funcionalidade e robustez, e custos muito baixos, atendendo perfeitamente aplicao

    em laboratrios didticos.

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    3 CONCLUSESNeste projeto de graduao foram projetados, especificados e testados um

    conjunto kits sensores / transdutores, bem como um conjunto de circuitos decondicionamento de sinais para esses sensores, chegando-se a um Kit Didtico

    alternativo com qualidade muito boa e custo acessvel para utilizao em laboratrios

    didticos como os do DEL CTUFES.

    Estes Kits oferecem uma grande contribuio para a formao profissional de

    Engenheiros Eletricistas ou tcnicos da rea.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    56

    ANEXO A

    Anlise detalhada do circuito Amplificador de Instrumentao:

    Devido realimentao negativa, assumindo amp ops ideais, ocorre o curto-

    circuito virtual nesses, resultando no equacionamento mostrado, de maneira

    explicativa, na Figura 40.

    Figura 40 Anlise do circuito Amplificador de Instrumentao utilizado no kit

    Tem-se, portanto:

    ( )121

    2

    3

    4 21 VVR

    R

    R

    RVS

    += [V]

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    ANEXO B

    Anlise detalhada do circuito de simulao de indutncia de Antoniou:

    A Figura 41 mostra o circuito de simulao de indutncia inventado por A.

    Antoniou, assumindo amp ops ideais. A ordem da anlise est indicada por crculos

    numerados.

    Figura 41 Anlise do circuito de simulao de indutncia de Antoniou

    Para R1 = R2 = R3 = R4 = R, tem-se:

    [ ]= 21RsCZENT

    Portanto, observa-se claramente que o circuito tem impedncia de entrada

    indutiva, onde L = C1R2 [H].

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    ANEXO C

    Clculo dos valores para os componentes do circuito do mdulo Oscilador:

    1 - Clculo da indutncia L do filtro passa-faixa:

    Figura 42 Filtro passa-faixa (ressonador LCR)

    Consideraes:

    Capacitncia do filtro passa-faixa, C= 16 nF; Freqncia de ressonncia (freqncia mnima de oscilao), fr = 1 kHz;

    ( ) ( )583,1

    1016102

    1

    2

    1

    2

    19232=

    ===

    CfL

    LCf

    r

    r [H]

    2 Clculo da resistncia R do circuito simulador de indutncia de Antoniou:

    Figura 43 Simulador de indutncia de Antoniou

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    Consideraes:

    Capacitncia varivel mxima (capacitncia mxima do kit sensorcapacitivo - distncia), C1 = 160 pF;

    Indutncia apresentada pelo circuito, 21RCL = [H]

    Assim, como L deve ser igual a 1,583 H, tem-se:

    312

    112 1053,100583,110160 ====

    L

    CR

    L

    CR [O]

    Portanto, valor escolhido: R = 100 kO

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    ANEXO D

    Resultados das simulaes do circuito do mdulo Amplificador de

    Instrumentao:

    Figura 44 Circuito utilizado no mdulo Amplificador de Instrumentao simulado no PSpice

    1 Tenso diferencial de entrada senoidal com 10 kHz e 0,1 Vde amplitude e

    R1 = 545,45 O (ganho terico igual a 100 V/V):

    Time

    0s 100us 200us 300us 400us 500us

    V(U3A:OUT) V(Vent:+)

    -10V

    0V

    10V

    Figura 45 Resultado da simulao 1 do A mplificador de Instrumentao

    Amplitude da tenso de sada: 9,71 V.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    2 Tenso diferencial de entrada senoidal com 50 kHz e 0,1 Vde amplitude e

    R1 = 545,45 O (ganho terico igual a 100 V/V):

    Time

    50us 60us 70us 80us 90us 100us

    V(U3A:OUT) V(Vent:+)

    10V

    0V

    10V

    Figura 46 Resultado da simulao 2 do Amplificador de Instrumentao

    Amplitude da tenso de sada: 6,25 V.

    Observa-se claramente neste caso a limitao do ganho em freqncia do amp

    op utilizado. O ganho 37,5 % menor do que aquele terico considerando um amp op

    ideal.

    3 Tenso diferencial de entrada contnua de 0,1 Ve R1 = 545,45 O (ganho

    terico igual a 100 V/V):

    Time

    0s 100us 200us 300us 400us 500us

    V(V8:+) V(U3A:OUT)

    0V

    5V

    10V

    Figura 47 Resultado da simulao 3 do Amplificador de Instrumentao

    Amplitude da tenso de sada: 10,0 V.

    Observa-se que, neste caso, obviamente no existe a limitao do ganho em

    freqncia j que a tenso de entrada contnua .

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    ANEXO E

    Resultados das simulaes do circuito do mdulo Oscilador:

    Figura 48 Circuito utilizado no mdulo Oscilador simulado no PSpice

    1 Capacitncia varivel C1 igual a 300 pFe RQ de 220 kO.

    Time

    0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms

    V(U3A:OUT)

    -5.0V

    0V

    5.0V

    Figura 49 Resultado da simulao 1 do circuito Oscilador

    Tempo de estabilizao das oscilaes: ~ 40 ms.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    Time

    80ms 81ms 82ms 83ms 84ms 85ms

    V(U3A:OUT)

    -5.0V

    0V

    5.0V

    Figura 50 Senide gerada na simulao 1 do circuito Oscilador

    Frequency

    0.4KHz 0.6KHz 0.8KHz 1.0KHz

    V(U3A:OUT)

    0V

    2.5V

    5.0V

    Figura 51 Distribuio espectral da senide gerada na simulao 1

    Freqncia da senide gerada: 720 Hz, com THD = 0,9 % (anlise de Fourier

    considerando at a 7 harmnica).

    2 Capacitncia varivel C1 igual a 16 pFe RQ de 220 kO.

    Time

    0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms

    V(U3A:OUT)

    -5.0V

    0V

    5.0V

    Figura 52 Resultado da simulao 2 do circuito Oscilador

    Tempo de estabilizao das oscilaes: ~ 16 ms.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    64

    Time

    20.0ms 20.2ms 20.4ms 20.6ms 20.8ms 21.0ms

    V(U3A:OUT)

    -5.0V

    0V

    5.0V

    Figura 53 Senide gerada na simulao 2 do circuito Oscilador

    Frequency

    2.6KHz 2.8KHz 3.0KHz 3.2KHz 3.4KHz

    V(U3A:OUT)

    0V

    2.5V

    5.0V

    Figura 54 Distribuio espectral da senide gerada na simulao 2

    Freqncia da senide gerada: 3,06 kHz, com THD = 0,2 % (anlise de Fourier

    considerando at a 7 harmnica).

    3 Capacitncia varivel C1 igual a 16 pFe RQ de 47 kO.

    Time

    0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms

    V(U3A:OUT)

    -5.0V

    0V

    5.0V

    Figura 55 Resultado da simulao 3 do circuito Oscilador

    Tempo de estabilizao das oscilaes: ~ 4 ms.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

    68/71

    65

    Time

    20.0ms 20.2ms 20.4ms 20.6ms 20.8ms 21.0ms

    V(U3A:OUT)

    -5.0V

    0V

    5.0V

    Figura 56 Senide gerada na simulao 3 do circuito Oscilador

    Frequency

    2.6KHz 2.8KHz 3.0KHz 3.2KHz 3.4KHz

    V(U3A:OUT)

    0V

    2.5V

    5.0V

    Figura 57 Distribuio espectral da senide gerada na simulao 3

    Freqncia da senide gerada: 3,06 kHz, com THD = 0,9 % (anlise de Fourier

    considerando at a 7 harmnica).

    4 Capacitncia varivel C1 igual a 5 pFe RQ de 220 kO.

    Time

    0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms

    V(U3A:OUT)

    -4.0V

    0V

    4.0V

    Figura 58 Resultado da simulao 4 do circuito Oscilador

    Tempo de estabilizao das oscilaes: ~ 9 ms.

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

    69/71

    66

    Time

    20.0ms 20.1ms 20.2ms 20.3ms 20.4ms 20.5ms

    V(U3A:OUT)

    -4.0V

    0V

    4.0V

    Figura 59 Senide gerada na simulao 4 do circuito Oscilador

    Frequency

    4.8KHz 5.2KHz 5.6KHz 6.0KHz.5KHz

    V(U3A:OUT)

    0V

    2.0V

    4.0V

    Figura 60 Distribuio espectral da senide gerada na simulao 4

    Freqncia da senide gerada: 5,16 kHz, com THD = 0,4 % (anlise de Fourier

    considerando at a 7 harmnica).

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

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    ANEXO F

    Filtro duplamente sintonizado:

    Considerando a Figura 61.

    Figura 61 Filtro LC com transformador

    A alterao no valor do acoplamento magntico entre os enrolamentos

    primrio e secundrio pode modificar os valores globais das indutncias, e mesmo que

    ambos os circuitos (primrio e secundrio) tenham sido sintonizados na mesma

    freqncia, pode alterar a resposta em freqncia. Assim, a resposta em freqncia

    depender do coeficiente de acoplamento K.

    ACOPLAMENTO COEFICIENTE OBSERVAO

    CrticoSP

    CQQ

    KK1

    == QP, QS Fatores de qualidade doprimrio (P) e secundrio (S)

    Super crtico CKK> Enrolamentos muito prximos,

    ocorrendo alto acoplamento de reativos.

    Subcrtico CKK< Enrolamentos afastados

    Tabela 16 Tipos de Acoplamentos

    Figura 62 - Resposta em freqncia do filtro

  • 8/7/2019 Nilson Alves Almeida Filho

    71/71

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    [1] FEEDBACK INSTRUMENTS. TEKNIKIT Technology Tutor. Operation and

    Maintenance.

    [2] FEEDBACK INSTRUMENTS. TEKNIKIT Technology Tutor TK 294.

    Transducer and Instrumentation.

    [3] SEDRA / SMITH. Makron Books. Microeletrnica. 4. ed. So Paulo: Pearson

    Education do Brasil, 2000.

    [4] NILSSON / SMITH. LTC Livros Tcnicos e Cientficos Editora S.A. Circuitos

    Eltricos . 5. ed. Rio de Janeiro, 2000.[5] EXCEL SENSORES IND. COM. E EXPORTAO LTDA. Extensmetros

    Eltricos . [on line]. 2005. Disponvel: http://www.excelsensor.com.br [capturado

    em 10 de jul. de 2005].

    [6] SO MARCO INDSTRIA E COMRCIO LTDA. Diviso Fios Esmaltados.

    [on line]. 2005. Disponvel: http://www.saomarco.com.br [capturado em 12 de jul.

    de 2005].