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DIRECTOR: Joaquim Duarte EDITOR: Bruno Oliveira MENSAL - Ano 6 - Nº 71 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA N egócios notícias & EDIÇÃO LEZÍRIA TEJO

NN Leziria Tejo

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Edição Negócos & Notícias - Lezíria Tejo - Novembro 2010

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DIRECTOR: Joaquim Duarte EDITOR: Bruno OliveiraMENSAL -Ano 6 - Nº 71

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Negóciosnotícias&EDIÇÃO LEZÍRIA TEJO

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DIRECTOR: Joaquim Duarte EDITOR: Bruno OliveiraMENSAL -Ano 6 - Nº 71

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Negóciosnotícias&EDIÇÃO LEZÍRIA TEJO

Futuro do rio Tejo vai a debate dia 25 | página 9

ALMEIRIM

Menos mortos nas Menos mortos nas estradas do distritoestradas do distrito

Mantorras veio ao Hospital de Santarém

Escola Secundária festejou 30 anos | página 7

CARTAXO

Jornal homenageia região no 25º aniversário | página 22

GALA O RIBATEJO

NOVEMBRO2010· 243 309 600 Tel. · 243 333 766 Fax · CNEMA- Quinta das Cegonhas · Apartado 355 · 2000-471 Santarém · [email protected] · www.oribatejo.pt

Famosos na Gala Santareno de Teatropágina 5

página 6

página 8

Page 4: NN Leziria Tejo

NOVEMBRO2010

negócios&notícias

4 abertura

FICHA TÉCNICADirector Geral

Joaquim Duarte (C.P. 867)Director

Jorge Guedes (C.P. 2798)Editor

Bruno Oliveira (C.P. 8754)Colaboração

André LopesRedacção

Apartado 3552002 Santarém Codex.

Tel: 243 309 601 Fax: 243 333 766E-mail

[email protected]

Tel. 243 309 602 Fax: 243 333 [email protected]

Rita Duarte (directora comercial)

Ana Marecos Design gráfico e paginação

António VieiraImpressão

Imprejornal, S.A.Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501

Lisboa

Editora e proprietáriaJortejo, Lda.Apartado 355

2002 SANTARÉM Codex

GERÊNCIAFrancisco Santos, Ângela Gil,

Albertino Antunes

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Celeste Pereira,

Gabriela Alves e João [email protected]

Departamento de MarketingPatricia Duarte (Direcção), Cata-

rina Fonseca e Catarina Silva. [email protected]

Departamento Recursos HumanosSónia Vieira (Direcção)

[email protected]

Departamento SistemasInformação

Tiago Fidalgo (Direcção) Hugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 35.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 501636110

Sócios com mais de 10% de capitalSojormedia 83%

negócios&notíciasN

HUMOR

Nuno AntãoAdjunto da Governadora

Civil de Santarém

Gostava de receber boas

notícias do mundo, de sa-

ber que o mundo não vai

desabar. Queria também

de receber um BlackBer-

ry PlayBook, o equivalen-

te ao iPad. O que gostaria

mesmo de dar era uma so-

lução duradoura para esta

crise.

O que gostava de dar e de receber neste Natal?

PERFILINQUÉRITO

Pedro FerreiraVice-presidente da

Câmara de Torres Novas

Gostava de dar o equipa-

mento mais sofi sticado

possível a uma jovem do

CRIT que é multidefi cien-

te. Gostava de receber um

equipamento completo

de espeleologia para ex-

plorar as grutas do Almon-

da.

José Carlos SilvaVereador da

Câmara de Almeirim

Gostava de tera possibi-

lidade de oferecer um jan-

tar a todos que merecem

aquilo que alguns nunca

tiveram: um jantar de Na-

tal com tudo a que têm di-

reito. Para isso, abdicava

da ostentação pública que

são as iluminações de Na-

tal. Gostava de receber a

comprensão das pessoas

pelas decisões difíceis que

os autarcas locais têm que

tomar.

Eduarda ReisEmpresária, directora da

Escola de Línguas de Santarém

Gostava de ter um saco

grande de paz para distri-

buir por toda a gente.

Quanto a prendas para

mim só quero amor, mais

nada. Não sou ligada a coi-

sas materiais.

As fotos dos leitores

JOSÉ LUÍS BORGAPadre no Entroncamento

IDADE 46 anos

NATURALIDADE Lapas, Torres

Novas

UMA CANÇÃO Noite Feliz

UM GRUPO/CANTOR Sou mui-

to eclético mas gosto de ouvir

Nat King Cole e Mozart, depen-

de do estado de alma.

UM LIVRO A Bíblia. Tenho tam-

bém um livro meu que gosto

muito e que se chama “O que é

o Natal?”

UM PRATO Nesta época reco-

mendo as fi lhoses ou o arroz

doce, porque festa sem arroz

doce não é festa.

UM ÍDOLO Naturalmente, Jesus

Cristo.

UM FILME “A Missão” de Roland

Joff é, com banda sonora de En-

nio Morricone.MOMENTOS POLAROID

Luzes de Natal contra a crise

O jornal Negócios&Notícias vai

criar uma secção de fotografi as

dedicada aos nossos leitores,

que se vai chamar “Momentos

Polaroid”. O desafi o que lhe dei-

xamos é que nos envie as suas

fotografi as de casamentos, bap-

tizados, festas de amigos, almo-

ços de convívio, reuniões, even-

tos culturais e desportivos, das

suas férias, das suas viagens, da

sua festa de aniversário, do nas-

cimento do seu fi lho…enfi m,

dos momentos que marcam a

sua e a nossa vida.

Envie as suas fotografi as para

o e-mail [email protected] com o seu nome e uma

breve descrição do momento

que captou.

Baptizado de Martim Costa e Silva

Santarém, Outubro de 2010

““A crise económica e fi nanceira tem

destruído o que de melhor há em nós. Nun-

ca se viu tanto fariseu reclamando todas as

poupanças, todos os cortes. (...) Em Santa-

rém continuarão as iluminações de Natal,

embora mais pobres, pois os nossos putos

não têm culpa de que a cabeça de muitos

homens viva na mais triste escuridão”. As

afi rmações são de Francisco Moita Flores,

presidente da Câmara de Santarém, que

persiste em manter a tradição das ilumina-

ções de Natal mesmo em tempos de crise.

É caso para dizer que, mesmo em tempo de

desespero para muitos, há uma luz ao fun-

do do túnel. Pena é que seja uma luz que só

dura umas semanas, depois regressa o breu

dos dias de crise.

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NOVEMBRO2010

negócios&notícias

destaque 5

Foram muitas as vozes dos premiados, na Gala Bernardo Santareno deste ano, que se insurgiram contra os cortes nos apoios à cultura neste Orçamento de Estado para 2011.

Numa noite de festa, estes

cortes estiveram no centro

das atenções e deram mate-

rial para alguma contestação

ao menor apoio que o Minis-

tério da Cultura prevê atribuir

ao teatro. “Tenho esperança

que se consiga encontrar for-

ma de unir as pessoas e de

lutar por melhores condições

porque o teatro não morre,

cortem 23, 46 ou 89%”, refe-

riu o actor Rui Mendes, que

recebeu o prémio Carreira.

“O momento é grave. Este

corte de 23% nas estruturas

que têm tido a confi ança do

Governo é grave porque per-

mite uma produção muito

inferior à que temos tido. O

trabalho de um grupo como

a Cornucópia depende com-

pletamente de um apoio do

Estado. Os subsídios do Es-

tado não são para os traba-

lhadores teatrais, são para

que o público possa usufruir

dos espectáculos que os tra-

balhadores teatrais fazem”,

acrescentou Luís Miguel Cin-

tra, encenador da peça “A Ci-

dade”, premiada na categoria

Espectáculo.

O actor Nuno Lopes, que re-

cebeu o prémio Interpreta-

ção pela sua interpretação na

peça “A Cidade”, também sa-

lientou que “infelizmente, de-

vido aos cortes orçamentais

para o teatro em 2011, mui-

to difi cilmente se poderão

apoiar peças com o elenco

tão numeroso como ‘A Cida-

de’”. Também Mário Mouti-

nho, actor e director do Fes-

tival Internacional de Teatro

de Expressão Ibérica, que re-

cebeu o prémio na catego-

ria Especial, sublinhou o que

considera serem “os ataques

à actividade teatral” e dedi-

cou o prémio “a todos aque-

les que pensam que a criação

artística é o núcleo funda-

mental da actividade cultu-

ral de um país e é um direito

inalienável de todos os seus

cidadãos”.

Também Moita Flores, pre-

sidente da Câmara, aludiu

ao que chama de “tempo

das preocupações” do país.

“A cultura é raiz fundamen-

tal que faz nascer uma comu-

nidade e, sem cultura, pou-

co importa o betão”, afi rmou

Moita Flores, referindo ainda

que “é ruim cortarem tanto

dinheiro na cultura”.

Nesta gala recebeu ainda

prémio Carreira, a actriz Ana

Paula, o prémio Interpreta-

ção no feminino foi para a ac-

triz Custódia Gallego, os pré-

mios Revelação foram para a

conhecida actriz de TV, Sara

Prata (com participações em

inúmeras novelas da TVI), e

para o actor Graciano Dias. Na

categoria Especial foram ain-

da premiados o encenador

Vicente Batalha e o projecto

PANOS da Culturgest.

“São resultado de uma refl e-

xão e de um rigor crítico mui-

to fortes, não são galardões

dados aleatoriamente, são

para quem comprovada-

mente os merece”, frisou o

autarca.

Vicente Batalha, recebeu

o prémio Especial pela en-

cenação de “A Promessa”, de

Bernardo Santareno. O pre-

miado, que é também presi-

dente do Instituto Bernardo

Santareno, fez-se represen-

tar por Salomé Vieira, Sara

Martins e Bruno Oliveira, ele-

mentos do grupo e cénico da

Música. No texto de agradeci-

mento, lido por Salomé Vieira,

Vicente Batalha agradeceu a

Moita Flores e ao grupo: “este

honroso prémio que Francis-

co Moita Flores, contra ven-

tos e marés, persistiu em que

me fosse atribuído, vai inteiri-

nho para todos aqueles que,

há cerca de 10 anos, embar-

caram comigo nessa aventu-

ra maravilhosa de fazer teatro

e de descobrir Santareno”.

Gala Santareno com críticas aos cortes na Cultura

SANTARÉM RECEBEU “CIMEIRA DO TEATRO NACIONAL”

• Santarém transformou-se, pela quinta vez, na capital nacional dio teatro em mais uma edição da Gala Santareno.

• Grupo Cénico da Música Nova (Pernes) recebe prémio por Vicente Batalha.

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NOVEMBRO2010

negócios&notícias

6 actualidade

Água aumenta 7,7% no próximo ano A Câmara

Municipal de Santarém

aprovou a proposta de

actualização do tarifário

para 2011 da empresa

Águas de Santarém, que

prevê um aumento de

7,69 por cento. “A revi-

são tarifária, no montan-

te de 7,69% teve em con-

ta a previsão da taxa de

infl ação de acordo com

os dados do Instituto Na-

cional de Estatística a Ou-

tubro de 2010 e o impac-

to do aumento dos custos

de energia já anunciados

na ordem dos 3,8 %”, jus-

tifi cou a directora geral da

empresa Águas de San-

tarém, Marina Ladeiras.

“Continuamos a adoptar

as recomendações da en-

tidade reguladora de uma

forma faseada, minimizan-

do, assim, o seu impacto

junto dos utilizadores fi -

nais”, adiantou a directo-

ra geral da AdS. “Este ano

a revisão tarifária contem-

pla a redução da tarifa de

de ramal em 40% e a abo-

lição da tarifa de ligação”.

A bicharada em Santarém

Mais de 8000 animais, en-

tre aves, animais domés-

ticos e exóticos, vão es-

tar patentes ao público na

Avisan - Exposição Nacio-

nal de Aves e Animais de

Companhia, que decorre

no Centro Nacional de Ex-

posições, em Santarém,

entre os dias 26 e 28 de

Novembro. Esta edição da

Avisan reúne cerca de 90

expositores e 300 criado-

res, ocupando uma área de

8000 metros quadrados.A

Avisan apresenta, pela pri-

meira vez, a Exposição Na-

cional de Pombos de Des-

porto (Org. Associação

Columbófi la do Distrito

de Santarém), evento que

conta com a conta com a

participação de cerca de

três centenas de exempla-

res. No âmbito desta ex-

posição realiza-se no sába-

do, 27 de Novembro, pelas

10h00, uma grande larga-

da com mais de 1000 pom-

bos (condicionada às con-

dições atmosféricas).

Mantorras veio ao Hospital25 ANOS DO HOSPITAL DE SANTARÉM

O jogador de futebol do Sport Lisboa e Benfi ca, Pedro Mantorras, esteve no passa-do dia 16 de Novembro, no Hospital Distrital de Santa-rém, para estar à conversa com os mais pequenos sobre o mundo do futebol.

Muitas foram as pergun-

tas curiosas das crianças que

“bombardearam” o jogador

com questões sobre lesões,

grandes penalidades, me-

lhores golos marcados e até

como era jogar à chuva. Em

fase fi nal de carreira, o joga-

dor angolano que começou

a sua carreira futebolística em

Portugal pelo Futebol Clube

de Alverca, confessou que

para si o melhor clube será

sempre o Benfi ca e que lhe

fi cam na memória os títulos

de campeão. E porque nem

só o SLB tem campeões, Sara

Silva, despiu a bata branca do

hospital e falou com as crian-

ças sobre o seu título de cam-

peã nacional de remo, uma

actividade que nem sempre

é fácil de conciliar com a pro-

fi ssão de médica. Uma inicia-

tiva inserida nas comemora-

ções dos 25 anos do Hospital

Distrital de Santarém, que se-

gundo o administrador José

Josué, vão continuar durante

os próximos dias, com o pro-

jecto “Música nos Hospitais”,

uma exposição fotográfi ca

intitulada “Momentos das

nossas vidas…” e a exposi-

ção sobre a “Liga dos Amigos

do Hospital de Santarém”.

Em Dezembro, o Hopi-

tal de Santarém passa-

rá também a ter uma uni-

dade de radioterapia.

As obras nas urgências estão

quase concluídas, devendo

ser inauguradas no primeiro

trimestre do próximo ano. As

consultas externas também

vão ter um novo edifício.

• Pedro Mantorras conversou com as crianças e deu muitos autógrafos.

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NOVEMBRO2010

negócios&notícias

actualidade 7

A Escola Secundária do Cartaxo comemorou 30 anos de existência e dedicação ao ensino, no passado dia 17 de Novembro. Um dia que fi cou marcado pela entrega de prémios de mérito e exce-lência aos alunos dos vários anos lectivos, e que viram as-sim o seu mérito, empenho e dedicação aos estudos, reco-nhecido.

Ao todo, três décadas de-

votas ao ensino, com episó-

dios que marcaram a histó-

ria pela positiva mas também

pelo negativa como a violen-

ta explosão seguida de um

incêndio, que ocorreu numa

sala de aula, a 25 de Janeiro

de 1985, vitimando professo-

res e dezenas de alunos, aca-

bando alguns deles por não

resistirem aos ferimentos e

morrerem. Um momento

que escola, alunos e popu-

lação local nunca esquecerá.

Mas se essa é uma página do

livro que nunca poderá ser

arrancada, os momentos feli-

zes, todos os alunos que por

ali passaram, docentes e fun-

cionários também o são e em

homenagem a todos eles, os

que cá estão e os que já par-

tiram, realizou-se em pleno

átrio da escola secundária,

uma missa campal.

Segundo Isabel Rodrigues,

professora e porta-voz da es-

cola “este foi um momento

de fraternidade, realizado em

tom de alegria. Uma home-

nagem a todos os que fazem

parte da história desta esco-

la, aos que já não estão entre

nós e também um modo de

enterrar o estigma do incên-

dio perante alunos e popula-

ção” referiu a professora em

tom de alegria pelo sucesso

da iniciativa, que contou com

a participação dos escuteiros

do Cartaxo e ainda um tenor,

antigo aluno da instituição

de ensino.

Também Paulo Varan-

da, vice-presidente da Câ-

mara Municipal do Cartaxo

e um representante da Di-

recção regional de Lisboa e

Vale do Tejo (DRELVT), esti-

veram presentes no certame,

enfatizando a importância e

o papel da escola na comu-

nidade local, principalmente

nesta altura de crise que se

avizinha.

Cartaxo vende lotes indus-triais em Pontével A Câmara

do Cartaxo aprovou por una-

nimidade a venda de cinco

lotes de terreno para insta-

lação de empresas na Zona

de Actividades Empresariais

do Casal Branco, freguesia de

Pontével. São os cinco lotes

que o município ainda pos-

sui, com cerca de 2.500 me-

tros quadrados de área cada

um e que serão vendidos a

um preço base de licitação

de 15 euros o metro quadra-

do. Os lotes têm como con-

dições preferenciais de aqui-

sição a localização da sede

das empresas, o facto de se

tratarem de empresas não

poluentes e de serem em-

presas utilizadoras de ener-

gias renováveis, sendo ainda

factor preferencial o número

de postos de trabalho a criar

com a instalação da unida-

de empresarial. A Câmara do

Cartaxo vai ainda lançar um

concurso público para a in-

fra-estruturação da Área de

Localização Empresarial do

Falcão, junto ao nó de acesso

à A1. As obras, na sua compo-

nente de parque de ciência e

tecnologia, devem ter início

em 2011 e representam um

investimento total de cerca

de 3,15 milhões de euros.

Escola Secundária fez 30 anosESCOLA DO CARTAXO HOMENAGEOU ALUNOS, FUNCIONÁRIOS E DOCENTES

• Melhores alunos receberam prémios de mérito e excelência

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NOVEMBRO2010

negócios&notícias

8 actualidade

No Dia da Memória pelas Vítimas na Estrada, um aci-dente vitimou um jovem de 16 anos na freguesia de Abitureiras em Santarém. Uma morte que se vem jun-tar a muitas outras já ocorri-das nas estradas do distrito e que preocupam as autorida-des, em particular o Governo Civil de Santarém.

Neste dia foi feito um simu-

lacro de acidente no centro

da vila de Benavente e o pre-

sidente da câmara e a gover-

nadora civil assinalaram o pa-

pel das autoridades para, pelo

menos, actuarem no âmbito

da sensibilização dos condu-

tores.

“Temos a obrigação de pro-

duzir informação, de fazer

sensibilização e de criar con-

dições para que esse risco seja

minimizado ao seu limite do

possível”, disse Sónia Sanfo-

na, governadora civil. António

Ganhão apelou a uma refl e-

xão sobre o que “fazemos de

errado” na estrada. E o esforço

de sensibilização parece estar

a dar alguns resultados.

O distrito de Santarém regis-

ta este ano um decréscimo no

número de vítimas. Até 15 de

Novembro, faleceram nas es-

tradas do distrito 41 pessoas,

menos 28 do que no mesmo

período em 2009. Se os nú-

meros forem analisados no

período de um ano, isto é, de

16 de Novembro de 2009 até

15 de Novembro de 2010, re-

gistam-se 67 vítimas mortais.

Números que ainda assim

não satisfazem o Governo Ci-

vil de Santarém que promete

continuar o esforço de sensi-

bilização.

Para homenagear os mortos

na estrada, foi criado o Dia da

Memória que este ano se as-

sinalou em Benavente onde

está um dos troços de estra-

da mais sangrentos do distri-

to, a nacional 118. Esta estra-

da representa, segundo a Es-

tradas de Portugal, cerca de

30% da sinistralidade rodoviá-

ria na rede viária a cargo des-

ta empresa pública. Em 2009,

aconteceram nesta estrada 19

acidentes e há registo de seis

mortos, sete feridos graves e

31 feridos ligeiros.

Para ajudar a resolver a

sinistralidade no troço da 118,

entre Porto Alto (Benavente)

e Montijo, a Estradas de Por-

tugal anunciou neste dia um

plano de intervenção que es-

tará em breve no terreno. A

sinalização vai ser reforçada

através de painéis com aviso

de zona perigosa, com a co-

locação de barreiras no cen-

tro da via e com a colocação

de radares controladores de

velocidade. A estrada vai tam-

bém ser marcada com no-

vas linhas e vão ser instaladas

guardas de segurança.

Se circular nesta via depois

destas obras fi que a saber que

terá novas zonas em que será

proibido ultrapassar e zonas

em que vão haver sinais lumi-

nosos no chão que indicam

quando se excede a velocida-

de máxima permitida. Estas

obras representa um investi-

mento de 260 mil euros das

Estradas de Portugal.

Menos mortos nas estradas do distritoO DISTRITO DE SANTARÉM REGISTA MENOS 28 MORTOS NA ESTRADA EM 2010

• O Dia da Memória foi assinalado em Benavente, onde a N118 vai para obras.

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NOVEMBRO2010

negócios&notícias

economia 9

“Arranja-me um emprego!”TARDES DE EMPREGO EM SANTARÉM

Regantes de Almeirim e Alpiarça

formam associaçãoAs inscrições para a futu-

ra associação de regantes

de Almeirim e Alpiarça estão

abertas até ao próximo dia

26 de Novembro, podendo

os agricultores formalizar a

sua adesão em qualquer uma

das Câmaras Municipais. As

autarquias promoveram duas

sessões públicas de esclareci-

mento, onde deram a conhe-

cer os objectivos da criação

desta nova associação, para já

ainda sem nome.

A constituição de uma as-

sociação de regantes permite

diminuir os custos com regas

em cerca de 50%” e proteger

os lençóis freáticos de uma

utilização excessiva. Com este

sistema, cada proprietário

deixa de utilizar o seu próprio

furo e passa a receber a água

para a rega directamente do

Tejo ou da Vala Real através

de um único sistema, monito-

rizado através de meios infor-

máticos. Outra das vantagens

está relacionada com o facto

de serem possíveis candidatu-

ras a fundos comunitários es-

pecífi cos, em que alguns dos

projectos poderão mesmo ser

apoiados a 100%. Pedro Ribei-

ro, vice-presidente da Câmara

de Almeirim, já tinha adianta-

do aquando da apresentação

do projecto que esta é a opor-

tunidade para concretizar “a

tão desejada ligação do Tejo

à Vala, assim como a constru-

ção de vários diques na Vala

Real” e criar um espelho de

água que permita a realiza-

ção de actividades de lazer e

desportivas.

As “Tardes do Emprego”

regressam no próximo dia

25 (quinta-feira), a partir

das 14h, na Sala de Leitura

Bernardo Santareno em San-

tarém. Esta edição vai ter um

Workshop sobre “Preparação

de Entrevista de Emprego –

Role Playing” pelo GIP – Ga-

binete de Inserção Profi ssio-

nal, da Câmara de Santarém.

Nesta sessão participam vá-

rias entidades empregado-

ras: Talenter; Instituto de Em-

prego e Formação Profi ssio-

nal; TempriRibatejo; Go Work;

Flexilabor; ISLA; Competir;

Sugalidal; New Time, GIP -

Gabinete de Inserção Profi s-

sional, Bolsa de Emprego de

Santarém, PMEConsult, entre

outras. Esta iniciativa tem ha-

bitualmente lugar na última

quarta-feira de cada mês, das

14h às 17h.

Recorde-se que a Câma-

ra de Santarém o criou e

disponibiliza uma Bolsa de

Emprego através da sua pági-

na da Internet, com o objecti-

vo de potenciar a proximida-

de entre a procura e a oferta

de emprego no concelho, de

modo a permitir maior facili-

dade de recrutamento e da

empregabilidade.

Futuro do Tejo em debate

em Almeirim Almeirim acolhe, no dia 25,

às 18h, o 1º Fórum de Par-

ticipação do Plano de Ges-

tão da Região Hidrográfi ca

do Tejo, uma organização da

ARH do Tejo com o objectivo

de preparar a elaboração do

Plano de Gestão da Região

Hidrográfi ca deste rio, que

será o primeiro a ter o cha-

mado programa “Polis dos

Rios”. O Fórum terá lugar no

Complexo Desportivo dos

Bombeiros Voluntários. A en-

trada é gratuita e não precisa

de inscrição prévia.

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NOVEMBRO2010

negócios&notícias

10 regional

O futuro Centro de Alto Ren-dimento para a Prática de Desportos Equestres vai ser uma das grandes novidades da edição de 2011 da Feira Nacional do Cavalo.

O contrato de fi nanciamen-

to para a construção do novo

equipamento foi assinado

este ano no âmbito da Fei-

ra, entre o presidente da Câ-

mara Municipal da Golegã,

Veiga Maltez, e Helena Aze-

vedo, gestora do Programa

Operacional de Valorização

Territorial, na presença do

Laurentino Dias, secretário

de Estado do Desporto.

“Este centro é a cereja em

cima do bolo, dentro da es-

tratégia de desenvolvimento

que a Golegã traçou em tor-

no do cavalo”, frisou o pre-

sidente da autarquia, subli-

nhando que o município “vai

ter que saber rentabilizar este

equipamento”, orçado em

cerca de 3,2 milhões euros,

comparticipados em 70%

por fundos do FEDER.

Durante os 10 dias da XXXV

Feira Nacional do Cavalo / XII

Feira Internacional do Cava-

lo Lusitano, que se misturam

com a secular feira de São

Martinho, a Golegã foi o cen-

tro do mundo equestre, num

certame que continua, de

ano para ano, a bater recor-

des de visitantes, com desta-

que para o aumento do nú-

mero de estrangeiros.

“Superou todas as expec-

tativas”, resumiu em jeito de

balanço o presidente da Câ-

mara, Veiga Maltez, desta-

cando o impacto económi-

co da feira em toda a região

numa conjuntura “descolori-

da” pela crise.

A organização registou a

inscrição de cerca de 1.500

cavalos e 200 charretes, nú-

meros superiores aos da edi-

ção anterior. Em 2011, a feira

regressa com um fi gurino di-

ferente. O centro de alto ren-

dimento receberá algumas

das provas desportivas, con-

tinuando toda a vertente tra-

dicional e castiça no Largo do

Arneiro.

As associações portuguesa

e brasileira de criadores do

cavalo lusitano fi rmaram um

protocolo que defi ne as nor-

mas científi cas para a repro-

dução e o apuramento des-

ta raça no Brasil, país onde

este animal genuíno de Por-

tugal começa a suscitar cada

vez mais interesse. Firmado

no passado dia 1 de Outubro,

o acordo entre a Associação

Portuguesa de Criadores do

Cavalo Puro Sangue Lusitano

(APSL), a Associação Brasileira

de Criadores do Puro Sangue

Lusitano e a Fundação Alter

Real foi homologado pelo

ministro da Agricultura, An-

tónio Serrano, na quinta-fei-

ra, 11 de Outubro, na Golegã,

durante a XXIV Feira Nacional

do Cavalo / XII Feira Interna-

cional do Cavalo Lusitano.

“É um dia histórico para

o cavalo lusitano”, afi rmou

Manuel Campilho, presiden-

te da APSL. “Sendo o cavalo

lusitano um produto de ex-

celência do mundo rural que

queremos levar ao mundo

inteiro, o Brasil é, sem dúvi-

da, um parceiro fundamen-

tal neste objectivo de inter-

nacionalização”, acrescentou

o responsável, sublinhando

que o acordo tripartido foi

um processo moroso e com

várias complicações.

Feira do Cavalo trouxe milhares à GolegãAS NOVIDADES DA FEIRA PARA 2011

• O Largo do Arneiro continuará a ser o centro de toda a tradição da Feira.

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negócios&notícias

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NOVEMBRO2010

negócios&notícias

12 regional

Águas do Ribatejo trazem 30 milhõesTORRES NOVAS VAI RENOVAR ÁGUAS E SANEAMENTO

A entrada de Torres Novas na empresa Águas do Ribatejo representou um aumento do volume de investimentos do projecto intermunicipal.

A empresa Águas do

Ribatejo anunciou um plano

de investimentos de 131 mi-

lhões de euros em sistemas

de saneamento básico e de

abastecimento de água, a re-

alizar até 2012. Em conferên-

cia de imprensa, o conselho

de administração da AR for-

malizou a entrada do conce-

lho de Torres Novas na em-

presa, que se tornará o séti-

mo município a fazer parte

deste projecto intermunici-

pal.

Com a entrada de Torres

Novas na AR, a empresa pas-

sará a servir uma popula-

ção de 144 mil pessoas e 76

mil consumidores, distribu-

ídos por seis concelhos da

Comunidade Intermunicipal

da Lezíria do Tejo (Almeirim,

Alpiarça, Benavente, Cha-

musca, Coruche e Salvaterra

de Magos) e pelo município

torrejano que terá uma par-

cela de 30 milhões de euros

(4,2 milhões para abasteci-

mento de água e 24,6 mi-

lhões para saneamento) do

plano global de investimen-

tos da empresa.

Segundo Sousa Gomes, pre-

sidente da câmara municipal

de Almeirim e do conselho

de administração da Águas

do Ribatejo, a adesão do mu-

nicípio de Torres Novas “sig-

nifi ca um engrandecimento

da empresa”. O autarca disse

ainda que o município passa-

rá a fazer a parte do conselho

de administração que deverá

ser alargado a cinco pessoas.

Para o presidente da câma-

ra de Torres Novas, António

Rodrigues, a adesão à em-

presa Águas do Ribatejo “é a

melhor solução para o sane-

amento e abastecimento de

água” no concelho, frisando

que os seus munícipes “não

sairão prejudicados porque

as tarifas de água serão pou-

co superiores às actuais e in-

feriores às que existiam há

cerca de ano e meio”.

• António Rodrigues entrada no conselho de administração e passa a representar o maior município do projecto.

6 milhões de investimen-to em concurso em Torres Novas A Câmara de Torres

Novas vai lançar concursos

públicos para a construção

de um centro de ciência

viva, um parque urbano

no Almonda e a remodela-

ção do centro escolar EB1/

jardim-de-infância Viscon-

de de São Gião. O lança-

mento das empreitadas

foi aprovado com carác-

ter de urgência para que

as obras possam compar-

ticipadas por fundos co-

munitários do QREN, com

comparticipação até 80%.

O centro de ciência viva,

no edifício do Caldeirão,

tem o valor estimado que

ronda os 1,9 mil euros e

visa a reconversão da anti-

ga hidroeléctrica num cen-

tro de ciência dedicado à

“energia”. O parque do Al-

monda tem um orçamen-

to de 2,5 milhões de euros.

As obras de ampliação e re-

novação da escola Viscon-

de S. Gião tem um valor de

1,2 milhões de euros.

Page 13: NN Leziria Tejo

NOVEMBRO2010

negócios&notícias

regional 13

ENTRONCAMENTO

Dia 24 não há festa do concelho

em solidariedade com greve

Taxas para caixas de multibancoENTRONCAMENTO ENTRE AS CÂMARAS QUE PONDERAM MEDIDA

A Câmara do Entronca-

mento decidiu não realizar

a cerimónia de aniversá-

rio da elevação a Concelho

visto que efeméride coin-

cide com a Greve Geral,

convocada para o mesmo

dia (24 de Novembro). Des-

ta forma, diz uma nota da

autarquia, “a Câmara Mu-

nicipal do Entroncamento

solidariza-se com a Greve

Geral e com os seus funcio-

nários”. As actividades pro-

gramadas de aniversário

do concelho realizam-se

no dia 27 de Novembro e

incluem a inauguração da

exposição dos trabalhos e

entrega dos prémios do 7º

Concurso Nacional de Fo-

tografi a Jovem (na Gale-

ria Municipal), no dia 27 de

Novembro às 17h; a peça

de teatro “Vamos Contar

Mentiras”, no mesmo dia,

às 21h30 (Pavilhão Despor-

tivo Municipal).

O Entroncamento pondera taxar a instalação de caixas multibanco na via pública e vai deliberar já na primeira reunião de Dezembro o valor da taxa a cobrar aos bancos, depois de já ter aprovado por unanimidade a propos-ta apresentada pelo Bloco de Esquerda.

“Se todos os que ocupam o

espaço público pagam uma

taxa, por que razão não têm

os bancos de fazer o mes-

mo?”, disse o presidente Jai-

me Ramos à Lusa, frisando

que está a ser feito um es-

tudo sobre o valor a aplicar.

A tarifa, segundo o mesmo,

não será “exorbitante” só por

se tratar de bancos, mas en-

quadrado nos valores que es-

tão a ser aplicados em situa-

ções idênticas.

Como se trata de uma nova

taxa, a integrar a tabela de ta-

xas do município, a medida

terá que ser submetida à vo-

tação em Assembleia Munici-

pal, e Jaime Ramos acredita

que estará em condições de

ser discutida na reunião de

Dezembro deste órgão.

A câmara municipal de Sal-

vaterra de Magos, liderada

por Ana Cristina Ribeiro, do

Bloco de Esquerda, também

aprovou na última reunião

do executivo uma moção

que recomenda a elaboração

de um estudo para a eventual

criação de uma taxa de ocu-

pação da via pública pelas

caixas Multibanco. A moção

foi apresentada pelo Bloco

de Esquerda, como uma das

hipóteses de aumentar as re-

ceitas municipais cobrando a

um sector que sido poupado

pela crise. O documento foi

aprovado com a abstenção

dos vereadores do PS, que re-

ceiam que sejam os clientes a

pagar esse novo custo.

• A autarquia garante que a tarifa não será exorbitante.

Page 14: NN Leziria Tejo

NOVEMBRO2010

negócios&notícias

14 regional

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P A U L O N I Z A

Alcanena lança cam-panha de solidarieda-de para angariar bens para o Natal A Câma-

ra Municipal de Alca-

nena vai lançar a cam-

panha “Este Natal ajude

quem precisa!”, em co-

laboração com as Jun-

tas de Freguesia, CPCJ,

CAP do Agrupamento

de Escolas de Alcane-

na e IPSS do concelho.

Esta campanha rever-

terá a favor das famí-

lias mais carenciadas

do concelho e do Mu-

nicípio do Sal (Cabo Ver-

de), no âmbito do pro-

tocolo de geminação.

Nesta campanha serão

recolhidos bens de pri-

meira necessidade, no-

meadamente alimentos

(não perecíveis), roupas

e brinquedos (em boas

condições). Os locais de

recolha são os seguin-

tes: Juntas de Freguesia,

IPSS, Escola Secundária

de Alcanena, Escola Bá-

sica Dr. Anastácio Gon-

çalves, Escola Básica do

2º e 3º Ciclos de Minde

e sector de Desenvolvi-

mento Social da Câmara

Municipal de Alcanena.

Hospital de Torres Novas com ala pediátrica reno-vada A ala pediátrica do

Hospital Rainha Santa Isa-

bel, em Torres Novas, foi

recentemente renova-

da com vista a permitir

uma melhoria da qualida-

de de prestação de servi-

ços à criança, num investi-

mento que rondou os 250

mil euros. Constitui “uma

mais-valia no que diz res-

peito às condições físicas

de atendimento às nossas

crianças, que procurare-

mos humanizar de acordo

com as regras internacio-

nalmente consagradas: es-

paço próprio, atendimen-

to diferenciado, carinho e

competência profi ssional”,

destacou o médico Aníbal

Teixeira de Sousa, o direc-

tor do serviço. Para a entra-

da em funcionamento do

novo espaço, são neces-

sários ainda 50 mil euros

para equipamento diver-

so, prevendo-se que cerca

de 30 mil sejam assegura-

dos através de mecenato.

O presidente da Câmara,

António Rodrigues, diz que

autarquia vai apoiar obra.

Contas mais controladas ALCANENA REDUZ ENDIVIDAMENTO DA CÂMARA

Num ano, a Câmara Muni-cipal de Alcanena reduziu o endividamento líquido da autarquia em mais de 1,7 mi-lhões de euros.

Eta foi uma das novidades

anunciada por Fernanda As-

seiceira, presidente da Câma-

ra Municipal, numa conferên-

cia de imprensa que serviu

para fazer um balanço dos

primeiros 12 meses do actu-

al mandato. Fernanda Assei-

ceira, a socialista que em 2009

derrotou nas urnas os Inde-

pendentes pelo Concelho de

Alcanena (ICA), frisou que os

esforços feitos para controlar

as despesas correntes come-

çam a dar “os primeiros resul-

tados”. A autarca afi rmou que,

apesar de o município estar

em endividamento excessivo

desde 2007, nada havia sido

feito pelos seus antecessores,

o que gerou agora um corte

de 10% nas transferências da

administração central.

Referindo que em 31 de De-

zembro de 2009 o excesso de

endividamento da câmara de

Alcanena era de 4,3 milhões

de euros, Fernanda Asseicei-

ra disse que, num ano, conse-

guiu reduzir esse valor em 1,7

milhões de euros. “Perante o

gigantesco passivo – superior

a 20 milhões de euros – que

herdámos da anterior gestão,

esta era a única atitude séria e

responsável que poderíamos

assumir”, afi rmou. Até fi nal do

ano, a autarca quer concluir a

reorganização interna dos ser-

viços, um novo Regulamento

e Tabela de Taxas e Licenças, o

Plano de Prevenção de Riscos

de Gestão, o Plano de Apoio

ao Associativismo e o Prove-

dor do Munícipe.

No âmbito das “grandes in-

tervenções”, a autarca colo-

cou como prioridades a cons-

trução do novo quartel dos

bombeiros municipais, proje-

to de 400 000 euros com can-

didatura ao QREN aprovada, a

remodelação de estradas e a

requalifi cação do jardim mu-

nicipal e do mercado, estando

em curso o processo de revi-

são do Plano Diretor Munici-

pal (PDM).

Page 15: NN Leziria Tejo

NOVEMBRO2010

negócios&notícias

regional 15

www.oribatejo.pt

ALCANENA

Violência doméstica sobre

crianças em colóquioO Auditório do Cine-Te-

atro São Pedro recebe no

próximo dia 27 de Novem-

bro, sábado, o Colóquio “Os

Filhos da Violência Domés-

tica”, uma iniciativa da Câ-

mara Municipal de Alcane-

na, da CPCJ de Alcanena e

dos parceiros da Rede So-

cial do concelho.

A sessão de abertura, com

início marcado para as 15h,

será presidida pela secre-

tária de Estado da Igualda-

de, Elza Pais, contando ain-

da com as presenças de Ar-

mando Leandro, Presidente

da Comissão Nacional de

Protecção de Crianças e Jo-

vens. Às 15h30 está mar-

cado o início do 1º painel

deste colóquio, que conta-

rá com as intervenções de

Cármen Ludovino, da As-

sociação Portuguesa de

Apoio à Vítima (APAV), que

abordará o tema “Os Filhos

da Violência Doméstica:

perspectiva e experiência

da APAV”, e de Daniela Félix,

Procuradora-Adjunta do Tri-

bunal de Alcanena, que fa-

lará sobre “O Crime de Vio-

lência Doméstica e a Reper-

cussão nas Crianças”.

O 2º painel terá início por

volta das 16h15, com a in-

tervenção de Maria João

Pena, do Instituto de Apoio

à Criança (IAC), que versará

sobre o tema “S.O.S. Crian-

ça: pela Defesa dos Direi-

tos da Criança”, seguindo-

se a comunicação de Maria

João Vilhena, a União das

Mulheres Alternativa e Res-

posta (UMAR), subordinada

à temática “A Redescoberta

da Parentalidade em Con-

texto de Casa Abrigo”.

Page 16: NN Leziria Tejo

negócios&notícias

cultura&espectáculos16

“Vamos Contar Menti-

ras”, uma comédia à por-

tuguesa, chega dia 27

de Novembro, às 21h30,

ao Pavilhão Desportivo

Municipal do Entronca-

mento.

Uma divertida comé-

dia sobre um casal e a

sua festa de comemora-

ção após 15 anos de ca-

sados, peripécias causa-

das pela esposa, que é

mentirosa compulsiva,

e o plano de assalto que a empregada doméstica prepa-

rou para essa noite fazem parte da história, com muitos

momentos de puro riso. Em cena Octávio Matos, Marina

Albuquerque, Luís Aleluia, Isabel Damatta, Paulo Olivei-

ra, Rosete Caixinha e Diogo Cruz, com uma adaptação de

Tomé Lisboa, num duplo tributo a Raúl Solnado e Arman-

do Cortez. Custo do bilhete: 5 euros.

“Vamos contar mentiras” no Entroncamento

“Beatriz Costa - Uma mulher admirável” no Teatro Sá da Bandeira

DESTAQUES DO MÊS

Santarém 24 de Novembro - Feira de

agricultura Biológica de Santa-

rém, no Jardim da República,

das 09h30 às 14h00.

27 de Novembro -Espectácu-

lo de dança contemporânea

“Quorum Ballet”. “Hoje vivemos

fechados em nós próprios, em-

bora em constante comunica-

ção com o mundo. Mas nun-

ca os homens se sentiram tão

sós…”. No Teatro Sá da Bandeira,

às 21h30. Custo 7,5euros.

27 de Novembro - Inaugura-

ção da exposição de pintura de

João Cegonha “Interioridades”,

no Fórum Actor Mário Viegas,

às 17h00. Patente até 17 de De-

zembro

27 de Novembro - “Dia argen-

tino” no Círculo Cultural Scalabi-

tano. Momento que celebra o 1º

aniversário do Jardim do Tango

com um workshop de dança

das 16h00 às 19h00.

30 de Novembro - “Beatriz Cos-

ta: uma mulher admirável”, um

espectáculo musical interactivo

e que terá a participação do

Coro do Círculo Cultural Scala-

bitano, da Orquestra Típica Sca-

labitana, da Academia de Dança

e Expressão Corporal e do Veto

Teatro Ofi cina. No teatro Sá da

bandeira, às 21h30.

04 de Dezembro - “Percur-

so Republicano – Cem anos da

República”, sob a orientação de

Vera Duarte. Concentração jun-

to à porta este do Mercado Mu-

nicipal, às 10h00.

04 de Dezembro - “Chamas de

Liberdade”, um homenagem

aos republicanos resistentes

do Círculo Cultural Scalabitano

durante a ditadura. No CCS, às

16h00.

09 de Dezembro - Espectáculo

musical “Já é natal?”, com o coro

infantil e adulto do Círculo Cul-

tural Scalabitano e o maestro

António Matias. No Teatro Sá da

Bandeira, às 21h30.

Golegã 28 de Novembro - “José Rapo-

so convida” Lauro António. Cri-

tico, cineasta, professor de cine-

ma, director de festivais e autor

de uma vasta obra escrita, Lau-

ro António passa para o outro

lado da câmara e será ele o en-

trevistado a revelar histórias de

anos dedicados às “luzes, câma-

ra, acção”.

Torres Novas 24 de Novembro- Rota Citadi-

na, um passeio pedestre acessí-

vel a todos, a partir das 18h00,

nas Piscinas Municipais Fernan-

do Cunha.

27 de Novembro- Camarata

Ibero-americana. Um espectá-

culo integrado nos Encontros

de música 2010. No Teatro Virgí-

nia, às 21h30.

Até 27 de Novembro – Ex-

posição “Professores do futuro:

uma forma de cooperação”. Um

trabalho de voluntariado reali-

zado por Maria Manuel Faria Na

Biblioteca Municipal Gustavo

Pinto Lopes.

Até 11 de Dezembro – Expo-

sição “Rostos da Lusofonia”. Um

trabalho de ilustração realizado

por Maria Alexandra Sirgado.

Na Biblioteca Municipal Gusta-

vo Pinto Lopes.

Entroncamento 25 e 26 de Novembro- Atelier

“Ciência Viva”, uma actividade

que pretende despertar a curio-

sidade das crianças sobre a ciên-

cia. Na Biblioteca Municipal do

Entroncamento, às 10h00.

27 de Novembro - Curso “mãos

com arte” dedicada à arte sacra,

neste dia com a temática da Bí-

blia, com a formadora Maria

Santos Custódio. Às 15h00 e às

18h00.

27 de Novembro - “Vamos con-

tar mentiras”, um teatro comé-

dia que retrata a confusão vivi-

da em casa do casal Gama, na

noite em que os mesmos co-

memoram 15 anos de casados.

Para ver no Pavilhão Desportivo

Municipal do Entroncamento,

às 21h30.

27 de Nov. a 5 Dez.- Exposição

de trabalhos de Fotografi a do 7º

Concurso Nacional de Fotogra-

fi a Jovem. Na Galeria Municipal

do Entroncamento.

“Claro que fi quei mago-ado. A expressão é esta!

Reconheço que tenho pú-blico à tarde e que tenho

estatuto para continuar no day time..”

José Figueiras in DN

““Para lhe dizer o que penso, com sinceridade,

penso que é uma ge-nerosidade exagerada; acho que não mereço”

Siza Vieira in Destak

““A segurança é criticada muitas vezes. Ninguém é perfeito. Eu não sou perfeita. “Catarina Furtado, in Correio da Manhã

“A leitura é uma fonte inesgotável de pra-zer mas por incrível que pareça, a qua-

se totalidade, não sente esta sede ” Carlos Drummond de Andrade

SANTARÉM

O “Beatriz Costa – Uma Mulher Admirável”, um

espectáculo musical para ver dia 30 de Novembro,

às 21h30, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém.

Um musical inserido nas comemorações do 56º

aniversário do Círculo Cultural Scalabitano e que

presta uma verdadeira homenagem à grande diva

Beatriz Costa, um ícone nacional como artista e

como mulher. Este espectáculo salienta ainda as

origens, o percurso social e intelectual de Beatriz

Costa, espectadora entusiasta do teatro ligeiro po-

pular e que se estreou na arte dos palcos como co-

rista aos 15 anos, na revista reposta “Chá e Torra-

das”, em 1923, no Éden, seguindo em tournée para

o Alentejo e Algarve. Um espectáculo único que

contará com a participação do coro do Centro Cul-

tural Sacalabitano, da Orquestra Típica Scalabita-

na, da Academia de Dança e Expressão Corporal e

do Veto Teatro Ofi cina.

Page 17: NN Leziria Tejo

NOVEMBRO2010

negócios&notícias

cultura & espectáculos 17

A Câmara de Torres Novas, entidade que acolheu duran-te seis dias a terceira edição dos Encontros da Lusofonia, vai criar um departamento na autarquia para fazer con-tactos permanentes com os parceiros da Lusofonia.

“Para nós, em Torres Novas,

a ligação com o mundo da

lusofonia é o futuro”, afi rmou

António Rodrigues ao nosso

jornal, em jeito de balanço da

edição deste ano dos Encon-

tros da Lusofonia.

Nesta edição estiveram re-

presentantes dos municípios

onde existem réplicas do pa-

drão henriquino, monumen-

to comemorativo dos 500

anos da morte do Infante D.

Henrique, colocado nas en-

tão províncias ultramarinas

durante o Estado Novo e de

que existe uma cópia em Tor-

res Novas. A comitiva interna-

cional incluiu representantes

de Díli (Timor-Leste), Água

Grande (São Tomé e Prínci-

pe), Maputo (Moçambique),

Cidade da Praia (Cabo Ver-

de) e das cidades guineenses

de Farim e Cacheu e de Pan-

jim (Goa), onde existem répli-

cas do monumento, e tam-

bém da Ribeira Grande (com

quem o município de Torres

Novas tem geminação), do

Sal (Cabo Verde) e do Luban-

go (Angola).

Para António Rodrigues,

este foi o ano da consagra-

ção do evento que, segun-

do ele, “reforçou a ligação en-

tre os municípios dos países

lusófonos participantes”.

Segundo afi rmou ainda o

autarca, destes encontros sa-

íram “perspectivas e reforços

de acordos para a formação e

capacidade das pessoas nes-

tes municípios da lusofonia

mais necessitados de conhe-

cimento que, nós portugue-

ses, podemos exportar”.

O último dia dos Encontros

foi dedicado a Goa (Índia) e

contou com a actuação do

Coral Phydellius que cantou

músicas goesas. Narana Cois-

soró, presidente da Casa de

Goa, participou num debate

sobre a presença portugue-

sa no Oriente onde apelou

a uma maior aposta no ensi-

no do português e na forma-

ção de professores em Goa e

em Macau, antigos territórios

portugueses no Oriente. Na-

rana Coissoró acusou ainda o

Instituto Camões e a Funda-

ção Oriente de “não percebe-

rem ainda o renovado inte-

resse pela aprendizagem do

português”, frisando o facto

de haver, por parte da Índia

e da China, “uma grande pro-

cura pelo ensino desta língua

como forma de penetrarem

economicamente nos mer-

cados de Angola e Moçam-

bique”.

Segundo o presidente da

Casa de Goa, a língua portu-

guesa voltou também a ser

muito procurada, desde há

oito anos para cá, porque a

Índia se tornou numa “potên-

cia tecnológica, no back offi -

ce do mundo da informática

mundial”.

“A Índia tem mostrado in-

teresse no ensino do portu-

guês para fazer frente à Chi-

na em Angola e Moçambi-

que e, em Goa, percebeu-se

que é mais fácil quem sabe

falar português ser chamado

para trabalhos nestes países

africanos”, salientou Narana

Coissoró.

“Gabinete da Lusofonia” em Torres Novas ENCONTROS DA LUSOFONIA TERMINARAM COM BALANÇO POSITIVO

• Narana Coissoró apelou em Torres Novas ao reforço do ensino do português.

Page 18: NN Leziria Tejo

NOVEMBRO2010

negócios&notícias

opinião18

Solidariedade é uma palavra carregada de sen-

tido. Ser solidário é ser co-responsável, é ser recí-

proco nas obrigações, apesar de muita gente a

confundir com o dar.

Confesso que não entendo porque é que as

pessoas acham que a solidariedade é acto pró-

prio apenas dos momentos difíceis, das crises.

Igualmente não entendo como é que pode haver

aproveitamento da solidariedade.

No momento de crise que vivemos, a palavra

solidariedade ouve-se em todo lado. Não há “cão

nem gato” que não faça um espectáculo de so-

lidariedade, uma recolha de alimentos, que en-

cha a boca com esta palavra. O espírito natalício

que já começa a ocupar os nossos corações e dia-

a-dia, é propício para trazer ao de cima os senti-

mentos mais nobres relativamente ao próximo e

em consequência, o marketing ou a politica apro-

veitar-se deles.

O pior é que estas acções são muito individuali-

zadas, e a maior parte das vezes, com uma políti-

ca de marketing subjacente. Venha ao shopping

e traga um alimento, compre um porta-chaves

para ajudar as crianças abandonadas, faça um cli-

que no facebook e ajude uma mãe, etc. etc.

Ser solidário é ajudar o próximo, num acto de

co-responsabilização social. É fazê-lo sempre que

possível, com regularidade, é pensar e ter consci-

ência de que, quem tem fome precisa de comer

todos os dias e não só no natal, quem tem frio

precisa de um abrigo constante, quem não tem

roupa precisa de se vestir todos os dias.

E este tem sido o papel das inúmeras IPSS’s que

existem em Portugal e no mundo. Não existem

só em alguns períodos, são constituídas, na sua

maioria, por dirigentes voluntários, vivem aperta-

das fi nanceiramente, pedem ajuda, preocupam-

se com a necessidade todo o ano!

E se a Solidariedade séria começa e acaba nes-

tas instituições, que conseguem motivar os ci-

dadãos para a responsabilidade social, para o

voluntariado, são elas que devem ser apoiadas.

Principalmente pelo Estado, pois elas substi-

tuem-se àquele em muitos e muitos campos da

sociedade.

Mas este governo não entende isto. Este gover-

no, obcecado com o défi ce e o corte cego, corta

em todo o lado, até às IPSS’s que assumem, elas

sim, um papel determinante nestes momentos

de crise em que a procura de auxílio bate todos

os recordes.

O Orçamento de estado corta os benefícios fi s-

cais, corta a isenção do IVA das IPSS’s, corta nos

acordos com a Segurança Social, deixa fundos co-

munitários sem aproveitamento, por falta de con-

trapartida nacional, para lares e centros de dia. O

mesmo Governo que fomentou as candidaturas

ao QREN para equipamentos de resposta social, é

o mesmo que agora, depois de aprovados os fun-

dos, nega a comparticipação para que esses pro-

jectos vejam a luz do dia. É um governo que, lite-

ralmente, dá com uma mão e tira com a outra!

Afl itas, as instituições recorrem às Câmaras,

também elas endividadas e a precisarem da “so-

lidariedade” do estado e de todos nós, a precisa-

rem do mesmo governo que ainda em Janeiro

dizia não ir cortar nas transferências para os Mu-

nicípios e agora lá vai mais um corte cego. E os

montantes necessários são tão altos que as Câ-

maras não conseguem dar resposta, apesar de

ser reconhecido o mérito dos equipamentos.

Assim não há solidariedade que resista. É certo

que a solidariedade promovida pelas IPSS’s con-

tinuará, fruto da acção dos homens e mulheres

que sabem que vale a pena lutar pelos outros,

pela dignidade humana, pela sobrevivência da-

queles que mais precisam. E a verdadeira solida-

riedade continuará a ser esta, a desinteressada, a

determinada, a que vence obstáculos herculea-

nos, que consegue suprir as inefi cácias e incom-

petências dos governos, do estado.

É pena que não haja um olhar sério para a área

social. É pena que não se pense na reforma das

funções do estado, lançando um olhar mais aten-

to para o Estado Social e o seu verdadeiro signi-

fi cado.

Estamos em crise. Crise fi nanceira e de valores.

O Governo lança programas de apoio às expor-

tações e vangloria-se com eles. E as pessoas? E o

emprego? onde fi cam nessas politicas? Não de-

veria o Executivo lançar um forte programa de

combate à pobreza, envolvendo os agentes que

diariamente protagonizam esta luta? Estou certo

que sim. A crise não é passageira. Veio para fi car.

E as pessoas são os motores de qualquer socie-

dade.

RAMIRO MATOSPIMENTA BRAZ

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Crise e solidariedadePortugal atravessa um período deci-

sivo na sua história. O clima depressivo

instalou-se, as famílias não sabem bem

aquilo que as espera, não obstante os

avisos de medidas cortantes, dolorosas

e brutais. No entanto, ninguém teve ain-

da a coragem de informar todos os Por-

tugueses que os sacrifícios pedidos não

são provisórios, mas sim medidas que

vieram para fi car. O Ministro das Finan-

ças vai gaguejando aqui e ali umas fra-

ses soltas. Só que essas frases deviam

antes ser sistematizadas e tomar a for-

ma de uma comunicação solene ao

país, sobre o que se pretende para Por-

tugal e do que é – e, sobretudo, do que

será - pedido a cada um de nós. Criti-

co aqui, com clareza e sem tibiezas, os

dois principais responsáveis da Nação:

o Presidente da República e o Primeiro-

ministro. Por muito menos já se fi zeram

comunicações solenes ao País. Faltou a

ambos a dimensão que defi ne os gran-

des líderes.

Estamos pois no cerne de uma crise

violentíssima que ainda se vai agravar.

Não nos podemos esquecer que ape-

nas no fi m de Janeiro de 2011 é que os

portugueses vão sentir na pele as redu-

ções salariais. O risco de pobreza vai au-

mentar em Portugal. Acontece que a

União Europeia – UE - designou o pre-

sente ano de 2010 como Ano Europeu

de Combate à Pobreza e Exclusão So-

cial. Triste civilização esta que necessita

destes anos para exercitar consciências

adormecidas. Portugal é dos países com

mais pobres em toda a UE.

O nosso país é o 5.º em toda a UE onde

o risco de pobreza entre indivíduos que

exercem uma actividade laboral é mais

elevado, sendo apenas suplantado pela

Roménia, Grécia, Polónia e – pasme-se

– Espanha. Tal signifi ca que a subida da

taxa de desemprego, que será inexorá-

vel nos próximos tempos, irá potenciar

o alastramento de pessoas sem espe-

rança.

O Estado está na penúria e não tem,

nem terá nos 50 anos vindouros, con-

dições para acudir a todas as situações

de pobreza escondida e de miséria hu-

mana. Alguém tem de alertar todo um

povo, serenamente e de uma vez por

todas, que os governos de Portugal têm

de fazer, rapidamente, escolhas sobre as

funções nobres do Estado, deixando to-

das as outras para a sociedade civil. Não

há volta a dar a esta situação e quem

afi rmar o contrário está a mentir. Quan-

to mais tempo demorar a fazerem-se es-

sas opções, mais miséria terá Portugal.

Por conseguinte, o Estado tem de in-

tensifi car a articulação com as diferen-

tes instituições de solidariedade social,

delegando competências relativamen-

te à prestação de serviço público de ín-

dole socio-caritativo e promovendo a

consciência cívica individual e colecti-

va. Para isso, não deve asfi xiar essas ins-

tituições em termos fi scais, sob pena de

se tornar cínico e desumano, não para

com os órgãos e trabalhadores dessas

instituições, mas sim para com todos os

desafortunados da vida que a elas acor-

rem.

A pobreza é um problema socioeco-

nómico grave e eticamente grotesco,

constituindo uma clara violação de di-

reitos fundamentais do ser humano.

Porque não então tornar a pobreza ile-

gal? Assim como se penalizam gover-

nos por não cumprirem défi ces públi-

cos, porque não sancionarem-se todos

os governos que não reduzam os reais

índices de pobreza numa determinada

legislatura? Eu voto a favor.

O fi m do mês de Janeiro será um mo-

mento muito importante na história

desta nação lusa. Cada um de nós de-

verá estar atento às difi culdades dos

nossos vizinhos e companheiros de tra-

balho. A solidariedade não se decreta,

não é responsabilidade apenas do Esta-

do; antes exercita-se e é uma obrigação

moral de cada um de nós.

Page 19: NN Leziria Tejo

NOVEMBRO2010

negócios&notícias

A reestruturação da Universidade levada a cabo pelos países da zona euro tem desencadeado inúmeras reacções de apoio e oposição em proporções reciprocamente ma-jestosas.

Desconhecemos todos os efeitos a

médio e longo prazo dos processos

de reforma actualmente em curso.

Mas conhecemos, sem dúvidas, a

magnânime confusão que tal desi-

derato tem trazido ao ensino supe-

rior português. Todos, em simultâ-

neo, correm contra o tempo, ávidos

ou temerosos dos curtos prazos de

cumprimento das novas exigências,

sabedores da sua incapacidade pe-

rante as apertadas exigências plas-

madas no Processo de Bolonha.

A Universidade, tal como a enten-

díamos até há muito pouco tempo,

refl ectia, afi rmam uns, a inércia e en-

dogamia e consequente aversão à

inovação. Proclamam os malefícios

do autoritarismo institucional que

seria uma mera fi guração da auto-

ridade académica, quando na ver-

dade grassava mais o elitismo e

menos a excelência. Ao invés, recla-

mam outros, o espaço universitá-

rio sempre foi o verdadeiro edifício

da produção científi ca, o espaço de

ideias e ideais, o fórum de produção

de líderes, governantes carismáti-

cos, pensadores, cientistas.

A Universidade era tudo isto por-

que tudo isto a Universidade pro-

duzia.

É certo que a Universidade, es-

preitada à luz das práticas tradicio-

nais, era um espaço de caris feudal

que se autopromovia e se autore-

gulava, catedral do estrito cumpri-

mento e respeito pelas regras in-

ternas, cujos membros assumiam,

com o singelo pisar do primeiro de-

grau da Academia, a luta pela sua

sobrevivência tal e qual ela era. O

acesso à Universidade era a entrada

num mundo melhor.

Esta era a nossa Universidade e,

convenhamos, ainda queremos

que assim seja, se nos quedarmos

por momentos num exercício de

honestidade histórica, educativa e

intelectual.

Os novos tempos impõem uma

inquietação difi cilmente contida

por parte de docentes e discentes

se nos determos naqueles que pro-

curam na Universidade o sonho de

alcançar a valorização, o reconheci-

mento, o crescimento e, sobretudo,

habitar a utopia do conhecimen-

to e a descoberta da ciência. Fazer

investigação, escrever ciência ou

pesquisar eram ambições do uni-

versitário. A Universidade era Ensi-

no Superior. E superior era aquele

que a alcançava porque dele se es-

perava a nobre tarefa da cura para

os males do conhecimento ou da

falta dele.

Não se vislumbra que cura se per-

ceberá dos conhecimentos conti-

dos nos consumidores da Universi-

dade de hoje.

Em nome de um falso pluralismo

científi co o acesso à Universidade

banalizou-se, como banais são as

exigências dos candidatos. O con-

sumidor procura agora a Universi-

dade para alcançar um diploma/

passaporte para um degrau pro-

fi ssional que economicamente lhe

trará vantagens ou lhe faculta en-

trar num clube mítico, aceder a uma

elite que nunca supusera alcançar

por insufi ciência ou inépcia escolás-

tica. A incapacidade ou mediocrida-

de discente não são impedimentos

para o acesso à Universidade. São,

nos tempos que correm, realidades

em franca expansão.

As universidades são centros

de acolhimento de alunos dirigi-

dos ao fi m comum de obtenção

de um grau académico. Apenas

isso. E não se confunda obtenção

de um grau académico com ob-

tenção de conhecimentos ou luta

pelo pluralismo científi co. São rea-

lidades distantes. A nova realidade

trazida por Bolonha não é alheia a

tal situação. Trata-se, antes, de uma

consequência de Bolonha.

A reforma de Bolonha está a ser

um parto muito difícil para alguns

docentes e alguns discentes. Aque-

les que ainda procuram na Univer-

sidade o tal espaço da Ciência, en-

quanto centro de saber, inovação,

pesquisa, investigação. Espaço para

pensar e criar e inovar e crescer.

Como investigar se nem se sabe

falar ou escrever? Como incentivar

o pluralismo científi co se uma mera

ideia não encontra na Universidade

terreno para germinar? A Universi-

dade está a tornar-se estéril. É o pre-

ço da massifi cação descontrolada.

O processo de Bolonha exige

Doutores já. E vai tê-los. As Universi-

dades lutam por isso. E vão tê-los. A

produção começou. Algumas uni-

versidades, na defesa da sua própria

sobrevivência, exigem que os seus

docentes terminem os seus dou-

toramentos em meses. Tenham ou

não iniciado o processo.

Esta é a outra face de Bolonha.

opinião 19

ESPAÇO ISLA

O paradigma de Bolonha

Maria Emilia RaposoDoutorada em Direito, docen-

te universitária no ISLA Santarém

www.oribatejo.pt [email protected]

Page 20: NN Leziria Tejo

NOVEMBRO2010

negócios&notícias

20 divulgação

ESPAÇO

A importância de poupar

Os leitores interessados em obter escla-

recimentos relacionados com Direito do

Consumo ou em apresentar eventuais

problemas, podem recorrer ao Gabinete

de Apoio ao Consumidor da Delegação

Regional de Santarém da DECO na Rua

Pedro de Santarém, 59, 1.º Esq., 2000-223

Santarém (E-mail: deco.santarem@deco.

pt/ Tel.: 243 329 950).

Comemorou-se, em Outubro, o Dia Mundial da Poupança, sendo esta uma forma de relembrar e sensibilizar os consumidores para a importância de poupar.

De recordar que a poupança é o

meio por excelência que nos permite

enfrentar tempos difíceis. Do emprés-

timo da casa, ao carro, supermercado

ou comunicações, alivie as contas da

família, sem perder conforto.

Com o aumento do desemprego e

do crédito malparado, torne-se o me-

lhor gestor do seu orçamento, para es-

ticar o dinheiro até ao fi nal do mês. Di-

cas para poupar milhares de euros por

ano e os produtos certos para investir

o dinheiro amealhado em: www.deco.

proteste.pt Linha de apoio: 808 780

507

Travar o sobreendividamentoOs Gabinetes de Apoio ao Sobreen-

dividado da DECO, fazem a ponte en-

tre as instituições de crédito e o con-

sumidor para a renegociação das dí-

vidas. Analisam as fi nanças da família

e indicam formas de controlar os gas-

tos e poupar. Antes de assinar um em-

préstimo, use o nosso simulador para

saber se o orçamento suporta mais

encargos.

www.deco.proteste.pt Susana Pestana, DECO Santarém

DICAS1. Saúde e alimentação - Elimine os cigarros, redu-

za nos doces, carne e álco-

ol, e pratique exercício físi-

co. Com hábitos saudáveis

poupa mais de mil euros

por ano.

2. Comunicações - As tari-

fas triplas, com televisão, te-

lefone e Net, fi cam mais ba-

ratas do que os serviços em

separado. Com o VoIP faz

chamadas entre PCs sem

custos adicionais.

3. Banca e seguros - Antes

de avançar para um crédito,

veja se o orçamento aguen-

ta: o total das dívidas não

deve ultrapassar 35% do

rendimento mensal líquido.

4. Reforma - Comece já a

preparar a reforma. Há so-

luções para aplicar as pou-

panças e assegurar um me-

lhor rendimento após aban-

donar a vida activa.

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Page 22: NN Leziria Tejo

NOVEMBRO2010

negócios&notícias

22 lazeres

PORTFOLIO

25 anos do jornal “O Ribatejo”

Fotos

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O Jornal O Ribatejo festejou os 25 anos de vida com uma grande festa de gala que decorreu no dia 18 no Cnema em Santarém. Nesta gala foram entregues troféus a várias entidades da região. A Rodoviária do Tejo recebeu o Troféu Empresa; a Fundação Passos Canavarro recebeu Troféu Cultura; o Conservatório de Música de Santarém recebeu o Troféu Música; o Grupo de Guitarra e Canto de Coimbra de Santarém recebeu Troféu Resistência; o ISLA de Santarém re-cebeu Troféu Ensino e a Nersant recebeu o Troféu Associativismo Empresarial. A gala foi apresenta-da pelo divertido Pedro Fernandes, do programa “5 para a meia noite” da RTP2, e contou com a anima-ção musical a cargo de David Antunes&The Midni-ght Banda e do Projecto Amar (Abrantes).

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