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2008/2009 O arranque de uma nova etapa na ESEPP O take-2 do nosso Jornal Novembro de 2008 Edição bimensal Nº 4 Serviços e Colaboradores da ESEPP: a vez do CRC/ NAID O que sabemos sobre a violência nas relações de namoro entre jovens? Frente a Frente: Acácio Carvalho e Sílvia Barros num Tango a 2 pgs. 10 e 11 pgs. 5 e 6 2008/2009 O arranque de uma nova etapa na ESEPP O take-2 do nosso Jornal pag. 8

Nº 4 - Novembro de 2008

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2008/2009 O arranque de uma nova etapa na ESEPP O take-2 do nosso Jornal Serviços e Colaboradores da ESEPP: a vez do CRC/NAID O que sabemos sobre a violência nas relações de namoro entre jovens? Frente a Frente: Acácio Carvalho e Sílvia Barros num Tango a 2

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Page 1: Nº 4 - Novembro de 2008

2008/2009O arranque de uma nova etapa na ESEPP

O take-2 do nosso Jornal

Novembro de 2008Edição bimensal

Nº 4

Serviços e Colaboradores

da ESEPP: a vez do CRC/

NAID

O que sabemos sobre a

violência nas relações de

namoro entre jovens?

Frente a Frente:

Acácio Carvalho e Sílvia

Barros num Tango a 2

pgs. 10 e 11pgs. 5 e 6

2008/2009O arranque de uma nova etapa na ESEPP

O take-2 do nosso Jornal

pag. 8

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EDITORIAL2

por Rui Ferreiraa

O conteúdo de cada artigo é da responsabilidade dos seus signatários ou responsáveis pelos órgãos.

A publicação Note-se é uma iniciativa do Centro de Recursos em Conhecimento da Escola Superior de Educação do Porto e do Gabinete de Educação para o Desenvolvimento e Cooperação, e conta com o apoio do Conselho Directivo da ESEPP.

Quem me conhece e priva comigo sabe que o meu calendário tem uma ordem peculiar. O meu ano começa em Setembro e termina em Agosto, ou seja, Se-tembro é o primeiro mês e o fim de Agosto marca a mudança para um novo ano. Chego mesmo a celebrar com champagne a passagem de 31 de Agosto para 1 de Setembro.

Bizarria, dirão vocês. Evidência, respondo eu. Se não, vejamos. Sendo professor há mais de 30 anos, desde cedo me habituei que em Setembro tudo se renova. Novo horário de trabalho, novos alunos, por vezes (no início da carreira) nova(s) escola(s) e logo novos hábitos, novos percursos, novos colegas … enfim, estão a ver agora?

E não é assim quando somos alunos? Não é sempre em Setembro que tudo muda? Quando Janeiro chega, quando a tradicional passagem de ano chega, já o nosso balanço foi feito há muito tempo, já as promessas estão a rolar. Já fizemos a nossa contabilidade e analisamos o quadro do deve e do haver. Então, ergamos as nossas taças e brindemos ao novo ano, tchim, tchim, saúde !...

Há um ano iniciava-se o projecto Note-se. Escrevia então o primeiro editorial o meu colega Rui Teles. Terminava-o fazendo votos para que este “jornal” pudesse contribuir para projectar a identidade da ESEPP e mostrar a sua dinâmica, de uma forma eclética e interessante. Bom, se conseguiu atingir estes objectivos não o sabemos, mas sabemos certamente que o Note-se rapidamente se transformou num caso de sucesso. Para além do órgão de divulgação das actividades da Escola e dos seus mentores, é um jornalzinho simpático (o diminutivo aqui é usado com intenção carinhosa), feito por gente simpática, criativa e dinâmica que não posso deixar de nomear, nesta edição de aniversário – do CRC/NAID, Rui Reisinho; do GEDC, Liliana Teixeira Lopes e Teresa Martins. Há que agradecer também a todos quantos, com as suas histórias, diálogos cruzados e relatos de vida, encheram as páginas dos números anteriores e aos outros que nos leram.

Apenas como nota de conclusão, deixem-me dizer-vos que a ESEPP, no ano de 2007, acolheu 147 eventos, entre reuniões científicas nacionais e internacionais, encontros académicos, eventos sociais e sindicais, meetings desportivos e visitas institucionais. São mais de 12 por mês. Há por aí muita matéria para reportagem, colaborem no Note-se.

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NOTÍCIAS 3

por Ana Oliveira e Manuel Neiva (Coordenadores do MUS-E Porto)

por Alunos do 3º e 4º ano de Gestão do Património

De Paris a Marraquexe com o “4L Trophy”

por João Ramalho

Alunos da FEP e do ISCAP vão participar no “4L Trophy”, uma competição desportiva com cariz humanitário, que este ano contou com a participação de 2000 estudantes e entregou mais de 58 toneladas de mate-rial escolar às crianças marroquinas.O Gabinete de Educação para o Desenvolvi-mento e Cooperação, da Escola Superior de Educação do Porto, através da “Campanha Global pela Educação” associa-se a esta grande aventura com cariz humanitário, apoiando dois alunos, Miguel Baptista e João Ramalho,

que irão participar na edição de 2009. A Re-nault 4L que vai tornar este projecto possível vai estar em exposição na ESEPP e ainda vai servir como âncora para angariação de mate-rial escolar para ser distribuído pelas crianças marroquinas. O “4L Trophy” é um rally dos mais duros, com um percurso de 7000 km compreendido entre Paris e Mar-rocos, em que o único veículo permitido é o mítico Renault 4L. Esta competição é apenas dirigida aos estudantes e tem uma faceta humanitária, que se caracteriza pelo transporte

Projecto MUS-E A Escola Superior de Educação é, desde 2007, sócia colectiva da Associação Menuhin Portugal

O MUS-E é um projecto de âmbito in-ternacional, com objectivos artísticos, pedagógicos e sociais, concebido e fundado pelo violinista e maestro Yehudi Menuhin que teve início na Suíça, em 1994 e, actualmente se desenvolve em 13 países europeus e no Brasil, abrangendo mais de 250 escolas e de 30.000 crianças.O Projecto MUS-E tem por objectivo de-senvolver as áreas de expressão artística nas escolas públicas do 1º ciclo e na educação pré-escolar, sensibilizando as crianças para a fruição da arte e possibilitando-lhes o acesso a formas de expressão e de comunicação diversificadas. Além disso o Projecto MUS-E propõe-se tam-bém contribuir para a prevenção e resolução de situações de violência, racismo e de exclusão escolar, social e cultural, com consequências graves no abandono, absentismo e insucesso escolar de crianças muito jovens.No Porto o MUS-E tem intervindo na EB1 nº10 do Lagarteiro com duas animações artísticas semanais em todas as turmas, além de outras acções com a comunidade, entre as quais a dinamização de workshops na Escola Superior de Educação do Porto nos dias 8 de Maio e 25 de Junho de 2008. A dinamização destes

workshops teve como principais objectivos a divulgação dos princípios e práticas do Projecto MUS-E e proporcionar aos participantes a ex-perimentação de processos criativos no âmbito das diferentes expressões artísticas.

Opiniões:No dia 8 de Maio de 2008, através do ciclo de workshops do MUS-E, pudemos conhecer a filosofia e acção inerentes ao projecto mediante a participação em actividades com forte pendor expressivo. Da percussão à dança africana, passando pela expressão plástica dos nossos monstros e pela perspectiva interventiva do drama... este ciclo pautou-se pelo elogio da expressão criativa, afectiva, pessoal, interactiva, sensível e (multi)cultural. Permitiu, em suma, a vivência activa dos pressupostos metodológicos e educativos do projecto MUS-E: diversão, motivação, bem-estar, partilha de experiências concretas, desenvolvimento dos sentidos, expressão das emoções e movimento (tradução livre a partir do original em http://www.mus-e.net). Inês Vieira - Educadora de Infância - ESEPPTodos nós, nos tempos que correm, andamos

demasiado atarefados com as nossas vidas para conseguirmos levar mais além a nossa percep-ção sensorial. Com o workshop “A Alquimia dos Sentidos” pretendi levar as pessoas a tira-rem maior partido dos seus sentidos de forma a conseguirem perceber mais profundamente certas sensações que muitas vezes são pouco valorizadas.Andrea Moisés - Animadora\Artista de Expressão Dramática - MUS-ENo dia 8 de Maio 2008, dinamizei com o músico Paulo Rodrigues um workshop de dança africana, no âmbito do ciclo de workshops promovido pelo projecto MUS-E Porto com a colaboração do Gabinete de Educação para o Desenvolvimento e Cooperação da Escola Superior de Educação do Porto. Este workshop teve como objectivo dar a conhecer o meu tra-balho com as crianças no Âmbito do projecto MUS-E, à comunidade educativa da ESEP. Teve bastantes participações e foi muito divertido. Acho que os participantes acabaram o work-shop com algumas bases na área da expressão artística da dança africana que poderão vir a usar no seu trabalho futuro. Eva Azevedo - Animadora\Artista de Dança - MUS-E

de 50kg de material escolar em cada veículo de competição. Só no ano de 2008 foram entregues 58 tonela-das de material às organizações locais, sob a égide da UNICEF e do Ministério da Educação Marroquino. Inicialmente criado pela Escola Superior do Comércio de Rennes para desen-volver a competência dos alunos na área de gestão de projectos, contabilidade, contactos institucionais, imagem e marketing, o “4L Tro-phy” assume-se como uma competição dirigida apenas a estudantes universitários.

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4 NOTÍCIAS

LEVANTA-TE CONTRA A POBREZA 2008

por Liliana Lopes

por GEDC

Portugal voltou a aceitar o desafio de, literal e simbolicamente, Levantar-se Contra a Pobreza e pelos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Este ano, voltámos a ser o país que percentualmente mais gente mobilizou em toda a Europa. E um novo recorde do Guinness foi estabelecido a nível mundial, com 116.993.629 pessoas a manifestar a sua recusa pela indiferença.O "Levanta-te e actua contra a Pobreza e pelos

Objectivos de Desenvolvimento do Milénio" é um apelo global para que as pessoas se levantem exigindo que os seus governos cum-pram as promessas de acabar com a pobreza extrema e que se alcancem os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) até 2015.Na ESEPP, lançámos o desafio para que a er-radicação da Pobreza seja uma preocupação diária, que não se esgote mas se inspire no dia 17 Outubro, que pró-activamente nos con-tinuemos a unir e a contribuir de uma forma sustentável para que toda a gente tenha uma vida digna e independente.A edição de 2008 teve início à meia-noite de 17 de Outubro, dia Internacional para a Er-radicação da Pobreza e terminou às 23h59 do dia 19. Por cá, a mobilização iniciou-se no dia 13 de Outubro com o lançamento de algumas questões e factos, para reflexão em torno da pobreza em Portugal e no mundo. No dia 17 de Outubro, pelas 11h, 90 elementos da

nossa comunidade levantaram-se para recordar aos líderes mundiais que a cada dia que passa 50 mil pessoas morrem de pobreza extrema, e o fosso entre ricos e pobres é cada vez maior. Paralelamente, organizou-se uma recolha de alimentos não-perecíveis que posteriormente doámos a instituições de apoio alimentar a cidadãos em situação de carência extrema.Muito Obrigado a todos e a todas que con-tinuam a acreditar que é possível ir tornando

o mundo um local melhor!

93 707 Pessoas levantaram-se em Portugal contra a Pobreza - por cá, fomos 90

O COMÉRCIO JUSTO DE VOLTA À ESE“O Comércio Justo é um movimento social que, através de uma prática co-mercial, um trabalho de sensibilização e mobilização, aspira transformar os actuais modelos de relações económicas e participar na construção de alter-nativas. Como tal, reflecte a diversidade existente na sociedade e tem mui-tas definições e interpretações, dependendo das organizações envolvidas.”

(Rede Espaço por um Comércio Justo)

No próximo dia 13 de Novembro, pelas 17h00, a ESEPP acolherá uma Tertúlia com Actores Locais do Comércio Justo. Será uma oportunidade ímpar para recolher, em discurso directo, as experiências dos produ-tores locais de redes mundiais de Comércio Justo a operar em Portugal, pelo que vos con-vidamos desde já a estar presentes e a tomar parte deste momento. Estarão connosco:

> Mariana Ferreira, Representante da Artissal, Guiné-Bissau A Artissal é uma Associação de Tecelagem tradicional que promove o desenvolvimento comunitário na Guiné-Bissau, produzindo artigos artesanais de qualidade. Criada em Novembro de 2004, a Artissal tem como áreas de intervenção a salvaguarda do património cultural e promoção da criação artística, sensi-bilização e formação das comunidades visando a promoção do associativismo e de actividades económicas e sócio-culturais geradoras de rendimento.

> Aurélia Rodrigues, Responsável pela Educação Ambiental da Fundação Habu-ras, Timor-LesteA Fundação Haburas é uma ONG timorense criada em 1999 em prol da minimização dos impactos ambientais. Realizam acções de edu-cação sobre o meio ambiente, são uma pre-sença constante junto dos decisores políticos timorenses e intervêm directamente junto das comunidades no sentido de promover formas de gestão sustentável dos recursos naturais.

> Rafael Cezimbra, em representação da CEALNOR, Rio Real, BrasilA COOPEALNOR é a cooperativa de Agroeco-logia e Comércio Justo da CEALNOR (Central das Associações do Litoral Norte) - uma orga-nização de agricultores e agricultoras familiares, organizados em associações e grupos informais, criada em 1997 com o objectivo de estruturar a comercialização conjunta da produção familiar. Para além da comercialização dos excedentes de produção que fazem em conjunto, a COO-

PEALNOR desenvolve actividades inovadoras de formação e faz a articulação com políticas públicas.

> Hugo Roegiers, em representação da Oxfam Magasins du Monde, BélgicaEntidade responsável pelo comércio justo e solidário na Bélgica. Tem 32 anos de existên-cia, e assume-se como uma força de mudança social, fazendo pressão na Europa ao interpelar os políticos para favorecerem um Desenvolvi-mento duradouro e solidário.

Paralelamente, decorrerá na semana de 10 a 14 de Novembro, no átrio do Auditório, a 2ª Venda de Produtos de Comércio Justo na nossa Escola. A exemplo do que aconteceu em Maio deste mesmo ano, esperamos que uma vez mais a comunidade académica da ESEPP desfrute dos saberes e sabores do mundo, con-tribuindo para relações económicas e sociais mais justas.

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5ÁGORA 5(do Lat. agora < Gr. agorá, praça pública)

por GEDC

A entrada no Ensino Superior marca o início de novos desafios na vida de qualquer estudante. Esta nova etapa exige adaptação às mudanças que, de forma mais ou menos exigente, vão aparecendo ao longo do percurso académico. São vários e de várias ordens os obstáculos que podem surgir na vida de cada um. Contudo, é também frequente o surgimento de projectos e ideias que precisam de ser apoiados para se desenvolverem, contribuindo assim para o enriquecimento pessoal e profissional dos estudantes. Por tudo isto, os estudantes da Escola Superior de Educação do Porto têm ao seu dispor o Gabinete de Educação para o Desenvolvimento e Cooperação – GEDC, que procura colabo-rar com toda a comunidade académica na busca de respostas para problemas, necessidades, projectos e ideias que possam surgir ao longo do seu percurso académico. De uma forma global, o GEDC tem como missão constituir-se como um recurso socio-educativo no seio da ESEPP, proporcionando espaços de formação, participação e desenvolvimento pessoal e comunitário,

fortalecendo-se enquanto plataforma de promoção de projectos de Educação para o Desenvolvimento. Deste modo, o GEDC disponibiliza a toda a co-munidade académica os seguintes serviços:

> Atendimento e acompanhamento individual de estudantes, ex-estudantes e potenciais estudantes;

> Apoio no processo de integração dos no-vos estudantes na comunidade académica e envolvente;

> Disponibilização de informação e esclare-cimentos relativos a serviços existentes na ESEPP, nos Serviços Centrais do Politécnico do Porto e na comunidade envolvente;

> Apoio na resolução de problemas (económi-cos, sociais, académicos, de integração, ou outros) e encaminhamento para os serviços que possam dar resposta a problemas mais específicos;

> Contribuição para a formação e enriqueci-mento curricular dos estudantes e ex-estu-dantes da ESE:

> Promoção de acções de formação, work-shops;

> Fomento da participação em projectos de voluntariado nacionais e inseridos em projectos de cooperação internacional;

>Incentivo e apoio ao desenvolvimento de actividades e/ou projectos propostos pelos estudantes;

> Estabelecimento de parcerias com institu-ições de âmbito cultural, social, artístico, rec-reativo e formativo que possam ter interesse para os estudantes.

O horário de atendimento aos estudantes é às Segundas, Quartas e Sextas das 10h às 12:30h, e às Terças e Quintas das 16h às 19h. Poderão também contactar-nos sempre que entenderem necessário através do seguinte correio electrónico: [email protected].

Gabinete de Educação para o Desenvolvimento e CooperaçãoPorquê um Serviço de Apoio aos Alunos na ESEPP?

Designação: Núcleo de Apoio a Inclusão Digital (NAID)

Funções do serviço: As funções do NAID estendem-se por uma vasta gama de serviços destinados ao apoio a pessoas com necessidades especiais com especial ênfase na utilização de tecnologias da informação e da comunicação.No núcleo têm lugar diversas formações orientadas essencialmente para o acesso ao computador com recurso a leitor de ecrã e Braille e para a utilização de outros tipos de tecnologias de apoio destinadas a pessoas com necessidades especiais. No NAID realizam-se também avaliações funcionais no âmbito da deficiência visual ou a motora e faz-se atendimento a estes públicos, sempre que possível. Promovem-se também sessões práticas no âmbito do estágio dos (as) alunos (as) do curso de educação social.O trabalho do NAID estende-se ao exterior, no âmbito de diversos protocolos estabelecidos com várias instituições, com o objectivo de proporcionar um trabalho colaborativo entre as mesmas.

Horário de funcionamentoManhã: 09:00 horas ás 13:00 horasTarde: 14:00 horas ás 18:00 horas

Coordenador: Rui Teles

Comentário pessoal: Como coordenador do NAID tenho a meu cargo a organização dos espaços, dos equipamentos e das actividades que se relacionam com a utilização de tecnologias de apoio com pessoas portadoras de deficiência e/ou incapacidade. Tenho uma equipa fantástica, com muita vontade de fazer coisas novas e desenvolver novos projectos no âmbito do apoio às necessidades especiais. A equipa conta também com a presença de pessoas que possuem elas próprias uma deficiência o que traz um significado diferente ao nosso trabalho. Ao longo destes 3 anos de existência do NAID muitos têm sido os desafios que temos agarrado e vencido, o que torna este trabalho muito gratificante.

B.I.: Serviços e Colaboradores da ESE

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6 ÁGORA

Funcionários do serviço: Rui Reisinho - Estagiário de um curso profissionalizante da APPC

Funções desempenhadas: > Maquetização e composição do Note-se; > Apoio no NAID: > Construção de materiais para a comunicação aumentativa e alternativa; > Avaliação funcional de crianças com paralisia cerebral.

Comentário pessoal: Gosto do meu trabalho no “Note-se”, que vem na continuidade do que já fazia no “Comércio do Porto”. No NAID tenho oportunidade de aprender coisas novas e desempenhar outro tipo de funções. Para mim é muito importante poder ajudar pessoas que, como eu, têm paralisia cerebral.

Funcionários do serviço: Jorge Leite - Tiflotécnico

Funções desempenhadas: As funções de um tiflotécnico passam pelo domínio profundo de tecnologias relacionadas com a deficiência visual.

Comentário pessoal: Eu sou o técnico do NAID que conhece todos os processos de leitura de ecrã com software de voz, digitalização de documentos, impressão em Braille, e todas as actividades que se relacionam com a utilização de equipamentos para minimizar as incapacidades de pessoas cegas ou com baixa visão.

Designação: Centro de Recursos em Conhecimento (CRC)

Horário de funcionamento2ª a 5ª - 9h às 12h; 13h – 19h 6ª - 9h às 12h; 13h às 18h

Funcionários do serviço: Teresa Alexandra da Silva Moreira - Estagiária de um curso profissionalizante da APPC

Funções desempenhadas: > Atendimento ao público; > Controlo do acesso aos computadores; > Requisição e entrega de material do CRC. Comentário pessoal: Gosto deste local de trabalho e de lidar com os colegas, apesar destas funções requererem algumas responsabilidades. Estou a frequentar o curso de Multimédia por intermédio da APPC, e estou aqui a estagiar desde Janeiro de 2008. O estágio irá terminar em Dezembro de 2008. Esta experiência de trabalho está a ser muito útil e enriquecedora para o meu futuro.

Funcionários do serviço: Anabela Soares Gomes - Auxiliar de acção directa

Funções desempenhadas: > Apoio de 3ª pessoa a alunos da ESEPP com necessidades especiais; > Apoio no atendimento ao público no CRC; > Apoio administrativo no CRC.

Comentário pessoal: Estou a trabalhar na ESEPP desde Novembro de 2007. Vim para cá para apoiar alunos portadores de deficiência. Gosto de trabalhar nesta área e já fiz algumas formações relacionadas com a prestação de cuidados a pessoas com necessidades especiais. Entretanto passei também a dar algum apoio no CRC. O contacto com os alunos é agradável.

B.I.: Serviços e Colaboradores da ESE

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5NOTE-SE7ÁGORA

Como já foi mencionado em edições ante-riores, um dos objectivos fundamentais do Gabinete de Relações Internacionais tem sido incentivar e apoiar o lançamento e participação dos docentes da ESEPP em projectos interna-cionais. Neste âmbito, a Agência Executiva de Bruxelas seleccionou e aprovou 2 pro-jectos internacionais, um sendo a ESEPP líder e outro sendo parceira. Estes projec-tos são os seguintes: > "SMILE – Sign, Meaning and Identification: (deaf) Learners in Europe”, um projecto Come-nius em que a ESEPP é líder, pela coordenação da Dr.a Isabel Pereira Pinto e da Dr.a Susana Barbosa.> “DIGITAS – Digital – Asylum – Seekers: Media education crash course for parents and grandparents”, um projecto Multilateral Grundtvig em que a ESEPP é parceira, pela co-ordenação do Dr. Miguel Santos, Dra. Manuela Sanches Ferreira e Dr. Rui Teles.

Neste momento, aguardamos que a Agência Nacional para o Programa Aprendizagem ao Longo da Vida (PALV), de Lisboa, nos informe quanto aos resultados de selecção dos Pro-gramas Intensivos Erasmus, ao qual a ESEPP, enquanto líder, apresentou a candidatura do projecto "IP Millennium Development Goals (MDG): Reproductive Health, a measure of equity. Portugal is commited...what about you”, pela coordenação da Dr.a Carla Serrão;

Gostaríamos de agradecer aos docentes acima mencionados pelo esforço e colaboração nos respectivos projectos, congratulando-os pela selecção e desejando uma continuação de bom trabalho.

Além destes projectos, o Gabinete de Relações Internacionais também consolidou a rede de parceiras estabelecidas no âmbito LLP/Erasmus, estreitando assim as relações existentes com outras universidades estrangeiras e alargando a rede com novas parcerias.

Assim sendo, neste início do ano lectivo 2008/2009, a ESEPP irá receber, durante

o 1º semestre, 9 alunos Erasmus In, sendo eles:> Mirela Misheva, de “Sofia University”, Bul-gária, para o curso de Educação Básica;> Christina Monz, de “KPH Edith Stein”, Áus-tria, para o curso de Educação Básica;> Veronika Sokolova, de “University of Presov”, Eslováquia, para o curso de Educação Básica;> Júlio Ruiz, da “Universidad de Jaén”, Espanha, para o curso de Educação Básica;> Júlia Maria Rodrigues, da “Universidad de Santiago de Compostela”, Espanha, para o curso de Educação Básica (Ed. Infância);> Edyta Szelewa, Elzbieta Wojdylak, Alina Klosowicz e Marek Jankowski, da “Uniwersytet Rzeszowski”, Polónia, para o curso de Ciências do Desporto.

Para o 2º semestre, apesar do GRI já ter alguns alunos Erasmus interessados em estudar na ESEPP, ainda não temos confirmações, uma vez que o prazo de envio e entrega dos documentos de candidatura é o dia 14 de Novembro. Esper-amos vir a receber, no 2º semestre, um número igual ou talvez um pouco superior ao número de alunos Erasmus In do 1º semestre.

Este ano lectivo será assinalado pela imple-mentação do Programa Vasco da Gama na ESEPP. Este programa possibilita a mo-bilidade de estudantes entre Escolas do Ensino PolitécnicoAssim, a ESEPP terá o privilégio de receber 2 alunas da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Leiria, a Ana Raquel Carmelo e a Laura Almeida, que irão integrar o curso de Educação Social. Gostaríamos de agradecer à coordenadora do curso de Edu-cação Social, a Doutora Ana Bertão por toda a atenção e colaboração neste processo, bem como à Dra. Sílvia Barros que será a tutora destas alunas.

Em relação aos 16 alunos da ESEPP que foram seleccionados para fazerem mo-bilidade Erasmus (entre eles 3 de Educação de Infância, 1 de Ciências do Desporto, 4 de Educação Básica, 1 de Educação Musical, 3 de Educação Social, 3 de Gestão do Património e 1 de Línguas e Culturas Estrangeiras), go-

staríamos de lembrar que está na altura de começarem a contactar os vossos tutores para agilizarem todos os documentos necessários para formalizar a vossa candidatura Erasmus na universidade estrangeira que vos irá acolher.

O GRI está aberto ao esclarecimento de quaisquer dúvidas que vos possam surgir durante este processo. Não hesitem em contactar-nos!

A ESEPP conta, também, com a visita de 5 professores de universidades estrangei-ras, de diversas áreas, através da Mobilidade Erasmus de Docentes (“Teaching Mobility”), durante o 1º semestre.

Eis os docentes que nos visitarão:

> O professor Radoslav Rusnak (área de Educação Básica) da University of Presov, Eslováquia;> A professora Ewa Nidecka (área de Educação Musical) da Uniwersytet Rzeszowski, Polónia;> A professora Klaudia Zuskova (área de Educação Física) da University of Presov, Eslováquia;> A professora Liane Azevedo (área de Educa-ção Física) da University of Worcester, Reino Unido e> O Professor Witek Poltorak (área de Educação Física) da Uniwersytet Rzeszowski, Polónia.

Gostaríamos de agradecer a todos os docentes da ESEPP que se prontificaram a organizar a visita destes professores estrangeiros, lemb-rando que é necessário organizar o programa de trabalho destes professores e entregá-lo no GRI assim que terminado.Além da visita destes professores estrangeiros, iremos também receber 3 bibliotecários da University of Presov, durante o mês de Novembro (10 a 30 de Novembro), que virão efectuar uma formação na Biblioteca Central do Instituto Politécnico do Porto. Gostaría-mos de agradecer a disponibilidade e toda a colaboração da Dra. Otília Lage, Directora de Serviços de Documentação e Publicações do IPP.

Gabinete de Relações InternacionaisO início do novo ano lectivo 2008/2009

por Inês Pinho

Precisa-seAlunos/Alunas da ESE interessados/interessadas em fazer teatro:

Interpretação, Design de luz/som, Cenografia, Figurinos, Produção, etc.

Contacto: [email protected]

TRIP - O grupo de teatro da ESE-IPP

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8 ÁGORA

A violência física e/ou psicológica nas relações de namoro, têm vindo progressivamente a ser objecto de estudo científico tanto a nível internacional, como a nível nacional. Apesar das investigações neste domínio serem ainda reduzidas, os média têm vindo a dar algum relevo a esta problemática, o que tem de certa forma sensibilizado e mobilizado a opinião pública para a situação. Este fenómeno consiste em comportamento re-cebidos ou perpetrados como insultar, difamar, fazer afirmações graves com vista a humilhar ou ferir, gritar ou ameaçar com a intenção de provocar medo, coerção, partir ou danificar objectos intencionalmente, esbofetear… Pode incluir actos “mais severos”, nomeadamente apertar o pescoço, bater com a cabeça contra a parede ou chão, forçar à prática de relações sexuais indesejadas, ameaçar fazendo uso de armas (Matos, Machado, Caridade, & Silva, 2006).

Prevalência:

Os resultados dos estudos, nacionais e inter-nacionais, na área da violência na intimidade juvenil que dão conta da dimensão desta prob-lemática são preocupantes, estimando-se uma prevalência que se situa entre os 21,8% e os 60% (Katz, Kuffel, Coblentz, 2000; Silva, 1997; Stauss, 2004, cit. Matos et al., 2006).Em contexto nacional, no âmbito de uma investigação realizada em meio universitário, concluiu-se que 15,5% dos jovens que estavam envolvidos em relacionamentos amorosos tinham sido vítimas de pelo menos um acto abusivo durante do último ano e cerca de 22% já tinham adoptado comportamentos violentos em relação aos/às seus/suas companheiros/as (Machado, Matos, & Moreira, 2003). A resultados similares chegaram Marlene Matos e Carla Machado no seu estudo sobre violência nas relações de namoro. Ao inquirirem 4730 jovens com idades compreendidas entre os 15

e os 25 anos (58% jovens do sexo feminino e 42% de jovens do sexo masculino), chegam à conclusão que 25% da totalidade dos jovens já tinha sido vítima (20% tinha sido vítima de actos de violência emocional; 14% tinha sido vítima de violência física) e que 30% da totalidade dos respondentes admitiram já ter agredido o/a companheiro/a. Paiva e Figueiredo (2004) constataram que a agressão psicológica era o tipo mais prevalente (entre 54% e 51%) de violência no contexto das relações amorosas, que entre 19% e 25% tinha sido vítima de coerção sexual e que cerca de 19% tinha sido vítima de abuso físico, com ou sem sequelas.

Crenças e atitudes envolvidas na vio-lência

As crenças e atitudes que estão subjacentes à violência na população juvenil são muito similares às encontradas na população adulta. Embora esteja presente uma atitude geral de reprovação da violência, emergem crenças particulares que minimizam essa reprovação e legitimam os comportamentos abusivos. As crenças associadas a estas ocorrências têm servido para desculpabilizar o agressor, banalizar a experiência da vítima, não lhe re-conhecendo a dimensão criminal:

> interpretação da violência como um acto de amor por parte de uma percentagem consid-erável de jovens (25-35%, Roscoe & Callahan, 1983; Roscoe & Kelsey, 1986, cit. Caridade & Machado, 2006);> percepção, por parte dos rapazes, como possuindo três vezes mais poder que as suas companheiras (Felm, 1994, cit. Caridade & Machado, 2006), e desta forma o recurso à violência consiste num instrumento de ma-nutenção de controlo e dominação das suas namoradas;> justificação, por parte dos rapazes, dos actos

abusivos em função dos comportamentos das mulheres (Machado, Matos, & Moreira, 2003);> confusão entre amor e ciúme (Grishick, 1993, cit. Caridade & Machado, 2006). O ciúme é frequentemente atribuído como argumento a uma situação de violência;> outros mitos e afins: “a violência é um assunto privado”; “uma bofetada não magoa ninguém”; “os homens batem nas mulheres somente porque perdem a cabeça”…

Há alguns sinais de risco como condições para a vitimização, a que devemos estar atentos: im-pedimentos de contactos sociais imposto pelo/a namorado/a; assimetrias de poder e tomadas de decisão não partilhadas entre namorados; con-sumo de drogas; história anterior de agressão à/ao namorada/o

Perante estes dados, está mais

sensibilizado? Está mais preo-

cupado? Está mais atento?

Caso conheça, perpetre, ou receba qualquer tipo de acto violento, não o legitime. Partilhe com alguém as suas dúvidas, receios, inquieta-ções, denuncie a situação! A Associação de Apoio à Vítima (APAV) pode apoiá-la/lo nestes processos.

Caridade, S., & Machado, C. (2006). Violência na Intimidade Juvenil: da vitimização à perpetração. Análise Psicológica, 4 (XXIV): 485-493.Matos, M., Machado, C., Caridade, S. & Silva, M.J. (2006). Prevenção da violência nas relações de namoro. Intervenção com jovens em contexto escolar. Psicologia: Teoria e Prática, 8 (1), 55-75. Machado, C., Matos, M., & Moreira, A. (2003). Violência nas relações amorosas: comportamentos e atitudes na população universitária. Psychologica, n.º 33, p.69-83.

Violência nas relações de namoro entre jovens

por Carla Serrão

Os Centros Novas Oportunidades procedem ao acolhimento, diagnóstico, triagem e encaminhamento dos públicos neles inscritos, bem como ao re-conhecimento, validação e certificação das aprendizagens formais, informais e não formais adquiridas ao longo da vida em contextos diversos.No âmbito do protocolo realizado entre a Agência Nacional para Qualifica-ção e a ESE/IPP está em curso desde Junho, na nossa instituição, formação para profissionais de RVCC, técnicos e formadores. A formação, estruturada em módulos, terminará em 2009 prevendo-se que sejam certificados mais de 600 pessoas. É naturalmente gratificante para a nossa instituição estar associada a um desafio tão central da vida do nosso país – a qualificação de adultos.A todos aqueles que tem contribuído com o seu empenho e profissionalismo para a realização desta formação um grande bem haja.

Centro Novas Oportunidades

por António Guedes

O Núcleo de Apoio a Inclusão Digital continua a desenvolver actividades de inclusão digital e apoio a cidadãos com deficiência, lutando por uma maior equidade no acesso às tecnologias através da oferta de serviços de avaliação e formação.Foi recentemente aberto mais um curso de Tecnologias de Informação para cegos (o 4º curso desde a sua criação) e em breve estaremos a abrir inscrições para cursos de Braille em regime pós laboral. Mas os últimos meses têm-se caracterizado por uma intensa actividade de sensibilização e demonstração de estratégias de trabalho pedagógico baseadas nas Tecnologias de Apoio à deficiência junto dos formadores que integram as equipas dos novos Centros Novas Oportunidades, no âmbito do protocolo existente com a Agência Nacional para a Qualificação para a formação de técnicos.

Núcleo de Apoio a Inclusão Digital

por Rui Teles

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5NOTE-SE9ÁGORA VOX POPULI

Convite aos leitores: Este espaço é vosso! Enviem os vossos textos para o endereço de e-mail [email protected]

Entrei para o curso de Educação Social, na ESE, no ano de 2003.À semelhança de muitos/as colegas, era uma aluna deslocada da terra natal, não conhecia a escola e pouco sabia do curso que tinha escol-hido como segunda opção.Nos primeiros dias tudo me parecia muito grande, difícil de aceder e estranho, tendo como referência a escola onde fiz o ensino secundário.Nesses dias a minha preocupação era conhecer as colegas de curso, pelo menos, ver quem eram. Antes das aulas começarem as actividades da praxe foram permitindo isso, fomentando o orgulho por esta escola. As aulas começaram e com elas surgiram os maiores desafios: o esforço de perceber o que se passava à minha volta (nomeadamente as rotinas) e a aproximação intencional a algumas colegas. Havia que decifrar o discurso dos pro-fessores, descobrir as salas de aula e reprogra-fia, interpretar as mudanças de horário, afastar medos, saudades e angústias e encontrar-me dentro deste novo mundo, explorando-o com cautela, mas avançando.O melhor desta aventura era quando percebia que as restantes colegas viviam e sentiam a mesma desorientação que eu. Com muita facili-

dade o choro misturava-se com o riso.As colegas de curso do 2.º ano foram uma ajuda preciosa.O tempo foi passando e no final do 1.º semes-tre os desafios eram outros, desta vez mais académicos.Cada ano trazia novos desafios e descobertas (positivas e negativas), novas aprendizagens, outra segurança nas questões experimentadas e dúvidas em relação à identidade profissional que se esboçava.Os desafios foram sendo superados… Uns nas primeiras tentativas, outros depois de várias tentativas…No final destes cinco anos o que é que eu levo da ESE?Acima de tudo, imagens e sentimentos muito positivos, muito embora também existissem situações menos positivas.Quando comparada a outras escolas do ensino superior, a ESE é uma escola de pequena/média dimensão, acolhedora, onde os alunos (na sua maioria do sexo feminino) não são um número, mas sim uma pessoa.O relacionamento de compreensão e proximi-dade com a maioria dos professores distingue-nos e dá-nos à vontade para recorrermos a eles sempre que necessário, mesmo depois de

terminarmos a disciplina ou o curso. (Espero conseguir honrar a maioria dos ensinamentos que recebi destas pessoas que tanto se esfor-çaram para que pensássemos pela nossa cabeça, fundamentando bem as nossas posições).A mudança foi surgindo, ano após ano (nem sempre à velocidade que se desejava), mas o encontro de novas soluções onde os alunos participaram e a descoberta de novos préstimos foi e é muito útil.Levo boas e grandes amizades, amadurecidas ao longo de cinco anos intensos e a alegria que é ser estudante.A ESE distingue-se pelo seu relvado onde se ex-põe aquilo que é feito pelos seus alunos. Acho que deve continuar assim, a mostrar aquilo que os seus alunos, docentes e funcionários sabem e fazem.Estes cinco anos foram o último reduto de protecção que visava preparar-nos para sermos melhores profissionais, melhores cidadãos e melhores pessoas. São estas as imagens que guardo e recordo sempre que penso no meu percurso académico, são estas as imagens que se sobrepõem a tudo o resto. Orgulho-me bastante de ter sido aluna nesta casa e escola, pois aprendi e cresci nas múltiplas dimensões da minha vida.

por Adelina Correia

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao Gabinete de Educação para o Desenvolvi-mento e Cooperação (GEDC), pelo convite que me fizeram para escrever este pequeno testemunho.Quando me encontrei ocasionalmente com a Teresa (GEDC) e ela me propôs o tema – as expectativas e objectivos face ao curso de Educação Social - senti que algo da minha expectativa estava já a ser realizado com

este gesto inclusivo. Inclusivo, na medida em que convida a participar num processo de aprendizagem construído mutuamente, a cada dia, trazendo-nos para o “palco dos acon-tecimentos” escolares com a consciência de o integrar e construir.Assim, o meu principal objectivo durante estes três anos, será sempre encontrar este mesmo espaço de oportunidades e acontecimentos e fazer dele, juntamente com colegas e profes-

sores, a construção e compreensão contínua do que é o educador social.Estou convencido que o curso me ajudará a de-senvolver e aperfeiçoar algumas competências já adquiridas, mas também a encontrar novas possibilidades e paradigmas de pensar o social e a educação. A minha esperança é, agora, aceitar a respon-sabilidade de tornar esta aprendizagem mais enriquecedora, fazendo-a criticamente.

Educação Social – Um começo

por Lécio Ferreira, 1º ano do Curso de Educação Social – 08/ 09

Educação Social – Um percurso

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Cara a cara: Acácio Carvalho e Sílvia Barros

DUAS DE LETRA

Acácio Carvalho: Passamos muito tempo na escola, com muita gente e a maior parte das vezes não sabemos o que os outros fazem, qual a sua área de formação, os seus interesses, etc. Eu estou aqui há muito tempo, lecciono na Área das Artes, mas não sei de facto qual é a tua formação, o que leccionas, nem quais são as tuas áreas de interesse a nível pessoal.Sílvia Barros: Sou Licenciada em Psicologia. Aqui na ESEPP pertenço à área de Psicologia, departamento de Ciências da Educação. Fiz Doutoramento também na área de Psicolo-gia, especialização na área de Psicologia do Desenvolvimento e da Educação, pelo que na ESEPP tenho estado ligada a estas unidades curriculares, muito ligadas aos cursos vocacio-nados para o Ensino, e mais recentemente à Educação Social. Fora da ESEPP continuo ligada à Investigação na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), onde fiz o Doutoramento, cujo tema era a “Qualidade das Creches”. Tenho também estado em grupos de investigação na FPCEUP, ligados à educação pré-escolar e à intervenção precoce com crianças com necessidades edu-cativas especiais. Inclusivamente estive inserida num consórcio transatlântico relacionado com os apoios para as crianças mais novas com incapacidades.

Acho interessante o Tango aqui na ESEPP, porque parece que é apenas para passar o tempo, mas contribui muito para o bem-estar na Escola (Sílvia Barros)

AC: Eu tenho formação em Belas Artes – Pin-tura e Escultura – e fiz o Mestrado em Teatro, em Cenografia, na Universidade de Boston, nos E U..SB: E estás a fazer o Doutoramento agora… AC: Estou a fazer o Doutoramento na Facul-dade de Belas Artes aqui do Porto, e de algum modo estou a tentar ligar essas experiências: Artes Visuais e Teatro. Vamos a ver se vai ser possível, parece-me uma coisa muito interes-sante. Vim para esta Escola como especialista na área das artes, e mantive esse tipo de trabalho, o que não quer dizer que não esteja sensível a outras áreas. Fiz a Formação em Serviço no Ensino Secundário, e leccionei como profes-

sor efectivo do, então, 5º Grupo durante meia dúzia de anos em várias escolas. Neste momento estou a fazer a cenografia de um texto da Agustina Bessa Luís para a companhia do Seiva Trupe.SB: Estive a ver uma anterior edição do Note-se, nesta rubrica, em que se falava precisamente desta ligação actor/professor e de sermos actores todos os dias. Gostava que me falasses mais do teu Doutoramento, dessa ligação Arte/ Teatro, relacionada consequentemente com o papel de professor. AC: O meu Doutoramento é a coisa menos interessante que estou a fazer neste momento! (risos). Estou muito acostumado a fazer coisas, os artistas plásticos estão muito acostumados a trabalhar com materiais, e o Doutoramento é um bocado a antítese disso, porque temos que reflectir sobre todas estas coisas da vida e das nossas profissões e não é assim tão interessante quanto o resto. Claro que estou a brincar, é óbvio que acho importante e interessante! Aliás, para mim em termos profissionais e aca-démicos o doutoramento não adiantará muito, por isso estou a fazê-lo por achar interessante a reflexão que se possa fazer sobre o trabalho desenvolvido. O nosso e o das outras pessoas, porque se olharmos só para o nosso trabalho não evoluímos. É também muito interessante o facto de poder fazer a ponte entre diferentes áreas do saber, que neste caso são próximas mas diferentes, as artes visuais – pintura e escul-tura – e o teatro nas suas diferentes vertentes. A interdisciplinaridade é uma das característi-cas do teatro. Aliás, o teatro é uma das áreas que conheço em que a interdisciplinaridade é mais evidente. SB: Estou a perceber que estás envolvido em muitos projectos… AC: Muitíssimos! Trabalho ao nível da pin-tura (exponho com frequência), ao nível da escultura, da performance, vou expôr em Novembro p.f. numa galeria do Porto; realizei recentemente um painel (baixo-relevo) para a empena de um edifício para a cidade de Luanda, enfim, algumas coisas. SB: Quando me convidaram para esta entre-vista pensei: O que é que já falei com o Acácio? Já falámos sobre Tango e já falámos sobre horários… (risos). AC: Aí está uma actividade paralela à actividade lectiva que é extremamente interessante: as aulas de Tango. Tem uma grande importância em relação à vivência do ser humano, às rela-ções que se vão estabelecendo. SB: Acho interessante o Tango aqui na ESEPP, porque parece que é apenas para passar o tempo, mas contribui muito para o bem-estar na Escola. É um contributo para conhecermos colegas, mas também para conhecer outros funcionários da instituição. Isto aconteceu no nosso caso! Acho que se estabelecem relações completamente diferentes das que se

estabelecem quando temos aquelas reuniões formais de trabalho. AC: Claro! Estabelece-se uma relação social completamente diferente! Estamos a falar do Tango porque é o que temos feito em termos de actividades extra-curriculares cá na escola, mas qualquer outra actividade ajudaria a aproximar as pessoas em termos sociais, mesmo quando há contradições, discussões e diferentes maneiras de pensar. A formação académica, as actividades formativas que vamos fazendo, acabam por nos ir afastando da dimen-são mais humana, e estas actividades ajudam a aproximar as duas vertentes e a contactar com os outros de uma forma diferente.

Ao dançar as pessoas conversam e por isso estabelece-se uma prox-imidade que depois se rendibiliza na escola (...) (Acácio Carvalho)

SB: Aqui, na ESEPP, o facto de ter participado no Tango deu-me a possibilidade de conhecer pessoas de áreas muito diferentes. Como eu nunca teria oportunidade de trabalhar con-tigo em unidades curriculares, por exemplo, possivelmente acabaríamos por nunca nos conhecermos. Esta foi uma excelente opor-tunidade para conhecer pessoas novas com as quais partilhamos os mesmos espaços institucionais. AC: Ao dançar as pessoas conversam e por isso estabelece-se uma proximidade que depois se rendibiliza na escola, nos corredores… As aulas acabam por ser um princípio, o leitmotiv para as pessoas se conhecerem e contactarem. De algum modo podemos chegar por aqui de novo à questão da interdisciplinaridade, que me parece muito importante. SB: Eu acho que em qualquer escola, e espe-cialmente numa ESE, a interdisciplinaridade é extremamente importante e interessante, aparecendo em muitos contextos como uma necessidade, procurando-se mesmo uma trans-disciplinaridade. AC: Mas achas que depois na prática isso acontece, que é real? SB: Muitas vezes na prática acaba por não funcionar assim tão bem. E mesmo quando estão diversos profissionais a trabalhar em conjunto, acaba por cada um desempenhar as suas funções quase que de uma maneira isolada dos outros profissionais. Por exemplo, ao nível da intervenção precoce, fala-se da necessidade de um trabalho transdisciplinar, em que vários técnicos estão a trabalhar com a mesma criança e com a mesma família. Mas muitas vezes o que acontece é que psicólogos, educadores e terapeutas trabalham cada um no seu tempo e no seu espaço. Eu acho que devíamos tentar, também aqui na ESEPP, trabalhar numa inter-disciplinaridade efectiva e não apenas no papel.

Tango a Dois

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por Liliana Lopes e Teresa Martins

DUAS DE LETRA

Cada professor não devia apenas abordar a sua área, mas haver uma coordenação mais efectiva e mais próxima.AC: Acho que isso depende não só dos po-deres, mas também das próprias pessoas. No meu ponto de vista a interdisciplinaridade não funciona devido a um problema fundamental: temos sempre medo que os outros invadam o nosso espaço… SB: E criam-se os especialistas, que sabem daquela área e não se dá espaço para que outros “se intrometam”. AC: Há sempre esse medo da intromissão, e criam-se barreiras pessoais. Também acho que ao poder não interessa muito que a inter-disciplinaridade funcione. Por isso surge esta competitividade que se vai tornando real desde a infância, porque aprendemos a competir desde logo, mesmo na escola, onde, por vezes a competitividade se desenvolve.

A formação de cada um dos nos-sos estudantes só resulta se cada um de nós (...) estiver a contribuir de forma adequada (...), por isso devíamos trabalhar o máximo pos-sível em conjunto (Sílvia Barros)

SB: Isto é verdade… A investigação tem mostrado que os ambientes de maior coop-eração são muito mais vantajosos para o de-senvolvimento de todos, em comparação com os ambientes de competição que promovem apenas o desenvolvimento de alguns. AC: Por acaso acho que na actividade artística (o teatro por ex.) isso é menos grave, e é uma das vantagens das actividades artísticas de uma maneira geral, porque há necessidade de trabalhar colectivamente para que o projecto resulte.SB: Mas será que no teatro não há alguma competição? AC: Há! Claro que há. Mas quando falo do Teatro, é enquanto Arte, onde as coisas têm que funcionar em equipa e colectivamente. Temos os actores, temos as equipas artísticas, a cenografia, os figurinos, as luzes, por aí fora… e todos têm que trabalhar em conjunto, senão o espectáculo não resulta. SB: Aqui na ESEPP também devíamos pensar dessa maneira… A formação de cada um dos

nossos estudantes só resulta se cada um de nós, enquanto docente, estiver a contribuir de forma adequada para essa formação, por isso devíamos trabalhar o máximo possível em conjunto. Se calhar um exemplo disto é o Seminário de Educação Social! Apesar de cada docente só ter determinado número de horas para leccionar no Seminário, todos os docentes estão presentes em todos os momentos, contribuindo assim para uma mel-hor formação daqueles alunos. E é verdade que cada docente está a dar mais à escola do que seria suposto. Acho que este é um bom exemplo da coordenação entre docentes, mas também da vontade de ir além do formalmente estabelecido em prol da formação dos futuros educadores sociais.AC: Costumo perguntar aos alunos no primeiro dia de aulas o que pensam acerca do objectivo geral de Projecto Tecnológico. As pessoas começam a congeminar, a lançar hipóteses várias, e finalmente revelo a minha opinião sobre o grande objectivo da disciplina: viver o melhor possível! Eles ficam um pouco admirados, e, claro, apresento algumas razões que se prendem, fundamentalmente, com a relação directa existente entre o conheci-mento e a prática. Quanto mais ferramentas dominarmos, maior a capacidade de orientação e adaptação ao mundo envolvente. E quanto mais conhecemos, mais capacidades temos para desenvolver a nossa inteligência, e por isso mais capacidade para sermos mais felizes. Por isso é que digo que o objectivo de qualquer escola deve ser contribuir para que os seus alunos pos-sam viver o melhor possível! E contribuir para que percebam que viver o melhor possível, não é sem esforço — é importante que as pessoas percebam que para chegar mais além, tem que haver muito empenho e sacrifício. Nas escolas às vezes esquecemo-nos muito disso e depois espartilhamos conhecimentos e áreas do saber por determinados sectores, só estando preo-cupados com aquilo que temos que ensinar e esquecemo-nos destas coisas mais comezinhas, que na verdade são fundamentais para a vida das pessoas. SB: Já agora vou pegar neste aspecto… Parece que cada área tenta defender-se, chamar a si o que acha que tem direito, sem se preocupar com o todo, e com as ligações que poderiam existir entre toda a Escola. Se calhar aproveit-ava, uma vez que estás nesta escola há tantos anos, para perguntar que diferenças notas desde que vieste para cá. Não estou a dizer que é só na ESEPP que isto acontece, porque já tive contacto com outras Faculdades e noto exactamente a mesma coisa. AC: A cooperação no início funcionou muito bem, embora com naturais discrepâncias. Eram batalhas fortes, e funcionavam melhor porque as condições eram melhores — economica-

mente as coisas estavam muito melhores, não havia esta competição maluca. Um exemplo de trabalho árduo de cooperação foi a construção do programa de EVT. Melhorou o nível de orga-nização, digamos assim, mas piorou um pouco a nível humano. As relações humanas estão mais frágeis, e a qualidade do ensino é afectada por tudo isto e pelos cortes orçamentais que toda a gente conhece. A capacidade de interdisci-plinaridade talvez se vá diluindo, a separação entre as áreas e a competição aumentou. As condições internas e externas na altura também eram diferentes. Não estou a dizer que acabou e que não há hipótese de melhorar, acho que há remédio e não nos devemos conformar com o estado actual das coisas. É importante que lutemos para que se alterem.

(...) o objectivo de qualquer escola deve ser contribuir para que os seus alunos possam viver o melhor possível! (Acácio Carvalho)

SB: Há um outro aspecto que acho muito im-portante, que é o impacto que nós, enquanto docentes e enquanto investigadores podemos ter nas práticas. Eu estive envolvida em pro-jectos de investigação sobre a qualidade dos contextos educativos para crianças, as creches. Observei muitas salas de creches, e cheguei à conclusão que as crianças mais novas estão a receber uma educação de baixa ou de apenas mínima qualidade. Fiz o Doutoramento, fiz algumas publicações, estiveram imensas despe-sas associadas a este estudo e depois a minha questão é: que implicações isto tem na prática? Que impacto tem a nível político, social… Eu não vejo as publicações a terem um impacto sério nas políticas da Educação em Portugal. E estamos a falar do Ministério da Educação, mas podemos também falar da Segurança Social e de outras estruturas. AC: Quando estive nos Estados Unidos percebi bem a diferença em relação à forma como as coisas acontecem e à forma como se vê e valoriza a investigação. E isto verifica-se também na carreira dos professores, que neste momento estão a ter condições muito complicadas. SB: Foi um prazer ter tido esta oportunidade de conversar contigo!AC: Quero cumprimentar desde já o Note-se, e as pessoas que estão à frente do Note-se, por estas iniciativas. Se não fosse este convite pos-sivelmente nunca teríamos tido oportunidade de estar aqui a trocar ideias, e poder torná-las públicas. Quem sabe se não se poderiam até organizar uma espécie de tertúlias, debates, para as pessoas conversarem, discutirem e reflectiram sobre as coisas… Fica a sugestão!

Tango a Dois

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12 NOTE-SE QUE...

SUGESTÕES

Esperamos pelos contributos

para o próximo número através

do e-mail:[email protected]

Ficha TécnicaRedactoras: Liliana Lopes,Teresa MartinsDesigner gráfico: Rui Reisinho Tratamento de imagem: Jorge LopesEditores: Todos

> 15 Outubro/03 Dezembro - Sentidos possíveis de um “Património Cultural”, na Biblioteca de Serralves (www.serralves.pt/actividades/detalhes.php?id=1444)

> 28 Outubro/31 Janeiro - Exposição de Jornais Escolares, no Museu Nacional da Imprensa, Porto (www.museudaimprensa.pt) > 13 Novembro – Tertúlia “À conversa com… actores do Comércio Justo”, no café/livraria Gato Vadio, pelas 21 horas (Rua do Rosário, 281, Porto)

> 13/15 Novembro - 11ª Feira do Em-preendedor, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto

> 15 Novembro - Sessão de Esclareci-mento sobre a Surdez e Aula Aberta de Língua Gestual Portuguesa, seguidas de Sessão de Poesia em língua gestual - “Do Poema ao Gesto, do Gesto ao Poema”, Clube Literário do Porto (Rua Nova da Alfândega, nº22, Porto)

> 18/21 Novembro e 22/23 Novembro – Teatro de Sombras “A Sombra das Estrelas – Os Argonautas”, no Teatro do Campo Alegre – Serviço Educativo (www.tca-porto.pt)

> 25 Novembro – Bailado “O Lago dos Cisnes”, pelo Ballet Imperial Russo, no Coliseu do Porto (www.coliseudoporto.pt)

> 26/30 de Novembro - HARMOS FESTIVAL, Casa da Música (www.casadamusica.com)

> 15 Dezembro – “Universos Parale-los”, poemas escolhidos por António Domingos, no Clube Literário do Porto, pelas 21:30horas (Rua Nova da Alfân-dega, n.º 22, Porto)

> 19/20 Dezembro – Teatro “De Homem para Homem”, no Teatro Na-cional São João, pelas 21:30horas

Agenda da ESEPP

ÚLTIMA NOTA

Novembro (data a definir) – Curso de Braille, iniciativa do NAID10 a 22 de Novembro – “Curso de Formação Geral para o Voluntariado”, iniciativa do GEDC, com o ISU Gaia (2ª e 4ª, das 20:30h às 22:30h, Sábado das 9:30h às 17h) 10 a 14 de Novembro – Mostra/ Venda de produtos do Comércio Justo, iniciativa do GEDC, com a Associação Reviravolta13 de Novembro - Tertúlia com Actores Locais do Comércio Justo, 17h00, iniciativa do GEDC, com o Instituto Marquês de Valle Flôr e Associação Reviravolta. 2 a 5 de Dezembro – Semana da Inclusão, iniciativa CRC/ NAID, GEDC e Departamento de Educação Especial4 de Dezembro - “À mesa com...”, evento cultural organizado pelo GRI e pelos alunos Erasmus In, na cantina

JOGOS > As edições anteriores do Note-se estão disponíveis em formato digital em:

www.ese.ipp.pt/info/notese

APONTAMENTOS

> Procuram-se colaboradores para in- tegrar a equipa técnica do Note-se! .. Os interessados podem enviar-nos um ., e-mail para:

[email protected]