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Minoritários da IPR aceitam oferta daGDF SUEZ
Os dez anos da Usina Cana Brava
Quanto vale a biodiversidade?
A energia que vem do sol
A participação da Tractebel Energia
RIO+20
INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 8 . No 42 . ABRIL/JUNHO 2012
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SUMÁRIO
19 16 RIO+20
16. Rio+20 - O futuro sustentável em debate
20. Tractebel doa créditos de carbono para Rio+20
32 CULTURA
32. Programa Cultural
33. Um sonho em Londres
31 TECNOLOGIA + ÉTICA
31. Os desa�os da era digital
21 ENTREVISTA
21. Energia transformadora
28 P&D
28. Tractebel desenvolve projeto inovador
30 LABORATÓRIO TOLEDO
30. Peixes para o Rio Iguaçu
24 IPR GDF SUEZ
24. GDF SUEZ anuncia compra de ações da International Power
25. Primeira carga de GNL da GDF SUEZ chega ao Brasil
26. GDF SUEZ lança programa de Microcrédito Solidário
27. XI Prêmio LIF
34 RESULTADOS
34. Tractebel Energia lucra R$ 329,5 milhões
34. Fitch classi�ca Tractebel como AAA
35 ALTA VOLTAGEM
35. Odilon Parente assume como diretor do CESTE
35. Especialista da Tractebel compõe diretoria do IBRI
08 28
03 MENSAGEM DO PRESIDENTE
03. Os desa�os após Rio+20
06 MEIO AMBIENTE
06. Quanto vale a Biodiversidade?
08. Horto preserva espécies do Cerrado
04 360º
04. Energia solar no Rio de Janeiro
04. Visita Técnica
04. Financiamento para parques eólicos no Ceará
05. Complexo Jorge Lacerda
05. Comemoração em Machadinho
05. Relatório de Sustentabilidade 2011
10 USINAS
10. 86 mil pessoas visitam usinas em 2011
12. Dez anos de Geração Consciente
14. Investimento de R$ 76 milhões em 134 projetos
Tractebel Energia2
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MENSAGEM DO PRESIDENTE
Rio+20Os desa�os após a
Manoel Zaroni – presidente da Tractebel Energia
As discussões que ocorreram na Rio+20 re�etem
a preocupação de uma parcela muito signi�cativa
da população com as condições de vida em nosso
planeta hoje e no futuro. Entre os pontos que não
suscitam dúvidas está a necessidade de reavaliar
os atuais padrões de consumo e utilizar com mais
racionalidade os recursos naturais existentes.
Com esse espírito, nós da Tractebel Energia temos
ampliado os projetos e ações que colocam a
preservação ambiental e o uso racional de recursos
naturais no cerne estratégico de nosso negócio.
Participamos da Rio+20 apoiando a apresentação de
protótipo de geração de energia elétrica, idealizado
pela COPPE, a partir das ondas do mar. Esse projeto
está em fase �nal de testes no porto de Pecém, no
Ceará, e foi incluído no programa de Pesquisa &
Desenvolvimento da Empresa.
Também nossa controladora, o Grupo GDF SUEZ,
participou do evento e, na oportunidade, lançou
no Brasil, em conjunto com o Observatório Social
Internacional (OSI), uma importante iniciativa global
contra a exclusão social e que terá o apoio do Grupo
para se expandir no País.
Hoje, na Tractebel Energia, a geração de energia
elétrica é majoritariamente proveniente de fontes
renováveis e já representa 85% do total de sua
Plínio Bordin
capacidade instalada. Este é o resultado da estratégia
adotada pela Companhia de priorizar o crescimento
de sua participação em fontes renováveis, mas
mantendo uma pequena participação em fontes
fósseis enquanto essas forem fundamentais para
garantir o atendimento da demanda, o que se veri�ca
quando a geração por meio de fontes renováveis �ca
comprometida, como nas hidrelétricas quando não
há chuvas e nas eólicas quando não há vento.
Acreditamos que o País precisa de uma matriz
energética diversi�cada, o que possibilita maior
variedade de alternativas no atendimento de suas
necessidades. Uma fonte que tem se mostrado
promissora é o aproveitamento da energia solar,
alternativa que já estamos estudando há alguns
anos e, que neste ano, é objeto de um ambicioso
projeto de pesquisa que visa conhecer melhor a
potencialidade desta fonte no Brasil. Com iniciativas
desta natureza acreditamos estar contribuindo para
a sustentabilidade de nosso negócio, minimizando
os impactos de nossa atividade e criando um sistema
onde todos ganham.
BoasNovas 3
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O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social)
aprovou, em 9 de maio, �nanciamento de
R$ 358 milhões para quatro parques eólicos
da Tractebel Energia no município de Trairi, no
Ceará. Com potência instalada total de
115,4 MW, o projeto entra em operação
em janeiro de 2013 e vai contar com um
investimento total de R$ 523,4 milhões. O
Projeto Trairi é composto pelas centrais
Fleixeiras (30 MW); Guajiru (30 MW); Mundaú
(30 MW) e Trairi (25,4 MW).
“É nosso primeiro empreendimento 100%
voltado ao mercado livre que conta com
�nanciamento do BNDES”, diz o presidente
da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres,
acrescentando que os quatro parques
contarão com 50 aerogeradores produzidos
no país pela Siemens Ltda. A comercialização
de energia desse projeto é uma alternativa
inovadora para a empresa, já que permite a
ampliação da oferta para os consumidores
livres especiais, ou seja, aqueles com
demanda entre 0,5 MW e 3 MW.
Zaroni explica que ao optar pela compra desta
energia incentivada, o cliente tem desconto
de 50% da tarifa de uso da rede elétrica, pois a
energia provém de parques eólicos, de usinas
termelétricas a biomassa e PCHs - pequenas
centrais elétricas. Estão neste mercado de
consumidores livres especiais, shoppings
centers, pequenas indústrias, médias
empresas e supermercados, entre outros.
O presidente informa também que o
prazo para pagamento do empréstimo do
BNDES é de 16 anos e que o contrato prevê
contrapartidas sociais da Companhia. Estão
previstos investimentos de R$ 8 milhões em
projetos que possibilitem o desenvolvimento
sustentável das comunidades locais.
A Tractebel Energia busca fortalecer sua experiência no mundo da
energia solar por meio de um ambicioso projeto de P&D (pág. 28) e pela
instalação de painéis fotovoltaicos no Parque Madureira, na cidade do
Rio de Janeiro. O sistema de geração solar fotovoltaica instalado no
parque tem capacidade instalada de 2,24 kWp, sendo composto por
16 painéis fotovoltaicos, um inversor com função de carregador do
banco de baterias, um controlador de carga e um banco de baterias
com capacidade de 2.880 Ah que fornecerá energia elétrica em corrente
contínua, na tensão de 24V para o sistema de iluminação em lâmpadas
LED do Centro de Visitantes.
O Parque Madureira é uma obra da Prefeitura do Rio que criou, no
espaço anteriormente destinado a linhas de transmissão da Light,
um ambiente para a população do bairro com atrativos esportivos,
como pistas de skate e caminhada, e culturais, como concha acústica
e sala de shows. Todo o parque tem apelo sustentável e a iniciativa
da Tractebel Energia de fornecer energia elétrica por meio de painéis
solares reforça esse aspecto do local.
parques eólicos no Ceará
Rio de JaneiroEnergia solar no
Acadêmicos do quinto período do curso de Agronomia da UNISEP (União de
Ensino do Sudoeste do Paraná) por meio da disciplina Hidráulica, Hidrologia
e Hidrometria, realizaram uma visita técnica, em abril, à Usina Hidrelétrica
de Salto Osório (PR). Acompanhados pelos professores Francielli Geremia,
Luiz Carlos Boaretto e Álvaro Rodrigo Freddo, os acadêmicos foram
recepcionados com coffe break e entrega de um kit da empresa. Após,
tiveram a oportunidade de visualizar o funcionamento interno da Usina, sua
estrutura e importância para o desenvolvimento socioeconômico da região,
presenciando - inclusive - as turbinas em plena operação. Situada no curso
principal do Rio Iguaçu, entre os municípios de Quedas do Iguaçu e São
Jorge do Oeste, a usina é gerenciada pela Tractebel Energia.
Visita Técnica
Financiamento para
360o
Beth Santos
Prefeito do Rio, Eduardo Paes, e governador �uminense, Sergio Cabral, inauguram o Parque Madureira. Ao fundo, o Centro de Visitantes com energia solar da Tractebel Energia
Tractebel Energia4
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360o
Fundamentais para a operação das unidades, o Complexo Termelétrico
Jorge Lacerda, da Tractebel Energia, recebeu em abril as licenças
de operação das três usinas - UTLA, UTLB e UTLC - e dos depósitos
de carvão, válidas por quatro anos. Complementando a gestão
socioambiental, em maio ocorreram auditorias externas, quando
as Certi�cações NBR ISO 9001,14001 e OSHAS 18001 foram
mantidas sem nenhuma não-conformidade na manutenção do SIG
(Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiental e de Saúde e
Segurança).
O processo de renovação das licenças iniciou em meados de
2010, através de reuniões periódicas entre técnicos da Tractebel
Energia, Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina) e FATMA
(Fundação do Meio Ambiente). O objetivo foi avaliar o atendimento
às condicionantes das licenças em vigor, comprovando que todas
Complexo Jorge Lacerda
Mais de 300 pessoas estiveram reunidas para comemorar uma década
de conquistas e desenvolvimento da Usina Hidrelétrica Machadinho.
Foram homenageados os colaboradores que há dez anos prestam
trabalho competente e dedicado à Usina. No evento, onde estiveram
presentes o diretor presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni
Torres; o diretor de Produção, José Carlos Cauduro Minuzzo e o
diretor administrativo Luciano Andriani; o presidente do Conselho
de Administração do Machadinho Energética, Otávio Carneiro de
Rezende; o diretor da Alcoa Alumínios e vice-presidente do Consórcio
Machadinho, Ricardo de Barros Moraes Sayão; o diretor geral do
Consórcio Machadinho, Duilio Diniz de Figueiredo, falou que o momento
é de confraternização e alegria. “Comemoramos 10 anos repletos de
conquistas, inovações e aproximação com a comunidade”, a�rmou.
Em seu discurso, Zaroni reforçou de que não há desenvolvimento sem
Comemoração em
Machadinho
O Relatório de Sustentabilidade 2011 da Tractebel Energia está disponível
para todos os interessados, em especial, aos stakeholders da Companhia
exclusivamente no site www.tractebelenergia.com.br. O tema do ano
é “Energia, Movimento, Mudança”, que faz alusão ao momento atual
de mudança e dinamismo. Pelo quarto ano, o documento é preparado
com base no GRI (Global Reporting Initiative). Devida a sua transparência
Relatório de Sustentabilidade 2011
energia elétrica e cabe agora suprir demandas que proporcionem uma
melhor tranquilidade de consumo. Certi�cada pelas normas NBR ISO
9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, a usina utiliza a força da água para gerar
energia limpa e renovável. Seus proprietários são Companhia Brasileira de
Alumínio (CBA), Alcoa Alumínio S.A., Tractebel Energia S.A., Votorantim
Cimentos S.A., VALE S.A., InterCement Brasil S.A., Companhia Estadual
de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT) e DME
Distribuição S.A. (DMED).
e qualidade das informações, o relatório da Tractebel
Energia é considerado A+. O Relatório de Sustentabilidade
2011 foi elaborado de forma a permitir a navegação
amigável e dinâmica pelo documento, que apresenta
infográ�cos interativos que facilitam a compreensão
das informações apresentadas.
foram cumpridas pela empresa, com destaque para o monitoramento
ambiental da região sob in�uência das usinas e melhorias nos controle
operacionais. Destacam-se também, em relação às condicionantes
das novas licenças de operação, a implantação do novo sistema de
monitoramento ambiental da qualidade do ar, com a modernização
das estações em operação e a instalação do sistema de monitoramento
online na Unisul e na FATMA.
Esse sistema deverá estar em operação até abril de 2013, com
a ampliação dos parâmetros monitorados. Simultaneamente, será
instalada uma nova estação completa de monitoramento da qualidade
do ar na Unisul, onde técnicos da universidade realizarão as análises
e acompanharão o monitoramento da qualidade do ar na região.
Luciano Comin
Em seu discurso, Manoel Zaroni Torres lembrou que não existe desenvolvimento sem energia elétrica
BoasNovas 5
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MEIO AMBIENTE
Quase uma década e meia de presença no setor elétrico nacional
marcou a trajetória da Tractebel Energia como a maior empresa
privada de geração de energia elétrica do país. Mas qual a herança
desse período de intensa atuação econômica, social e ambiental?
Para compreender e mensurar os programas socioambientais
desenvolvidos nesses 14 anos, identi�cando vulnerabilidades
e antevendo ações futuras, o departamento de Meio Ambiente
estabeleceu algumas metas. O objetivo inicial será o de identi�car
questões que exigem enfrentamento especí�co, através de informação
disponível, para a otimização da atuação empresarial nos aspectos que
compõem os preceitos da sustentabilidade.
“Estabelecemos um diálogo com entidades cientí�cas, ONGs e
instituições públicas, para quanti�cação e da avaliação dos serviços
ambientais, conhecidos também como serviços ecossistêmicos, que
já implantamos desde 1998. Precisamos saber qual o rebatimento,
ou seja, o que signi�ca esse trabalho já realizado nas hidrelétricas da
Quanto vale aBiodiversidade?
Meio Ambiente faz inventário junto a ONGs e instituições estatais para quanti�car ações ambientais realizadas nos últimos anos
empresa”, esclarece o gerente de Meio Ambiente da
Tractebel Energia, José Lourival Magri.
Dentro das ações que a companhia desenvolve na
promoção da biodiversidade, algumas iniciativas
apresentam resultados mais visíveis no curto
e médio prazos. A expansão de corredores
ecológicos, que promovem uma continuidade de
�ora e fauna entre duas áreas preservadas, por
exemplo, ocorre de maneira mais rápida em locais
menos alterados pela ação do homem, como nas
usinas de Cana Brava (GO) e Machadinho (SC/RS).
Já a recuperação de locais onde o entorno
apresenta uso mais antigo e intensivo, requer
uma ação mais direcionada. Em Itá (SC), as APPs
(Áreas de Preservação Permanente) estão sendo
expandidas em direção ao Parque Fritz Plaumann,
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Tractebel Energia6
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MEIO AMBIENTE
criando assim um corredor ecológico de proteção.
Ali acontece um trabalho de conservação da
Floresta Estacional Decidual, um dos ecossistemas
mais ameaçados em Santa Catarina, onde cerca de
740 hectares de matas do entorno do Rio Uruguai
são estudadas e preservadas.
Por outro lado, nas hidrelétricas paranaenses
de Salto Santiago e Salto Osório, estão sendo
avaliadas as condições para unir “ilhas” de �orestas
nativas. “Estamos buscando parcerias para a
obtenção de dados reais, que envolvem a aferição
de detalhes como o estoque de carbono em uma
�oresta da Mata Atlântica em estado avançado de
recuperação, ou uma mata do Cerrado, além de
dados que mostrem outras variáveis”, informa Magri.
Outra ponta do plano de sustentabilidade, que
envolve a responsabilidade ambiental e social,
está relacionada com a proteção de mais de 450
nascentes, como os projetos em execução na Bacia
do Rio Tubarão (SC) e no Consórcio Machadinho
(SC/RS). Em Chopinzinho (PR) os projetos de
pesquisa da Ictiofauna, por sua vez, buscam o
repovoamento de rios e o monitoramento de peixes
migratórios. A recomposição ecológica das faixas
ciliares dos rios e reservatórios também está
associada a produção e distribuição de mudas
nativas, produzidas em cinco hortos �orestais (Salto
Osório, Salto Santiago, Itá, Cana Brava e Passo
Fundo), responsáveis pela produção de 450 mil
novas plantas anualmente.
Cabe ressaltar que em cada horto são semeadas
as espécies especí�cas da biodiversidade regional,
promovendo assim a recomposição original da
mata nativa. Até o �nal deste ano, afora as plantas
doadas para as comunidades vizinhas, mais de
350 mil mudas de árvores devem ser plantadas em
áreas antropizadas, ou seja, usadas anteriormente
para atividades agrícolas ou pecuárias, no entorno
dos reservatórios. “A recuperação dessas áreas
degradadas pela atividade agropastorial anterior à
presença da Usina soma mais de 2 mil hectares, o
que equivale a uma área de quase 2.500 estádios do
Maracanã”, exempli�ca José Lourival Magri.
Junto a essas atividades relacionam-se também
a promoção e manutenção da biodiversidade nos
Parques Ambientais implantados pela Companhia,
como o de Teixeira Soares, em Marcelino Ramos
(RS), o Parque Ambiental Jorge Lacerda (SC), com
uma área de 50 hectares destinada a projetos de
educação ambiental e o de Fritz Plaumann (SC), às
margens do lago de Itá.
VISÃO INTEGRADA BUSCA DESENVOLVIMENTO
O diretor administrativo da Tractebel Energia, Luciano Andriani, destaca
que o conceito de sustentabilidade adotado pela companhia está
inserido em ciclos de geração de valor, com níveis de compromisso, de
gestão e de resultados. A empresa, complementa ele, tem como base
um Código do Meio Ambiente, uma Política de Gestão Sustentável e uma
Política sobre Mudanças Climáticas. Essas políticas estão na estratégia
da empresa, norteiam suas ações e levaram à busca do uso racional dos
recursos naturais.
“Essa visão integrada, que busca o desenvolvimento econômico,
ambiental e social das comunidades, pode ser detectada em ações
como a racionalização do uso dos recursos naturais, que envolve
a reciclagem de resíduos”, exempli�ca. Na usina termelétrica de
Charquedas e no Complexo de Jorge Lacerda, por exemplo, cinzas
remanescentes da queima do carvão são usadas na produção de
cimento. Da mesma maneira, a Unidade Cogeração Lages (SC) destina
as cinzas residuais como material para correção do solo para as lavouras
da região. As cinzas pesadas (que �cam depositadas no fundo da
caldeira após a queima do carvão) das termelétricas estão sendo usadas
como meio de cultura para a produção de plantas nativas �orestais e
ornamentais em um programa de Pesquisa e Desenvolvimento, em
parceria com a Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina).
De modo geral, os projetos de P&D priorizam investimentos em
conservação do Meio Ambiente e fontes de energias renováveis, como
a utilização da palha de arroz em consórcio com o carvão mineral,
em parceria com a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina); o
desenvolvimento do projeto da usina solar fotovoltaica e a geração de
energia a partir das ondas do mar (COPPE/UFRJ), entre outros.
Andriani sublinha que de nada valeriam os padrões éticos estabelecidos,
se não fossem compartilhados no dia a dia com todo o público envolvido
direta e indiretamente com a Companhia, e aqui se trata de mais de 80
municípios onde a Tractebel está presente. “O bom exemplo vem de
casa, pois mais de 90% da capacidade instalada operada pela Tractebel,
ou seja, 15 das maiores usinas da companhia, já estão certi�cadas pelas
normas NBR isso 9001 (Qualidade), NBR ISSO 14001 (Meio Ambiente) e
OHSAS 18001 ( Saúde e Segurança no Trabalho)” completa Andriani.
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BoasNovas 7
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Cajuzinho do cerrado, fruto da região
Baru, rica em ferro e proteínas, a pequenina castanha do Baru é deliciosa e ideal para o preparo de doces e comidas bem brasileiras
Chichá, árvore majestosa que produz fruto avermelhado que abriga amêndoa saborosa
MEIO AMBIENTE
Espécies do CerradoHorto preserva
Na cidade de Minaçu, Goiás, nativos repassam sabedoria sobre árvores e frutos da região
A união da sabedoria popular com modernas
técnicas de re� orestamento está garantindo a
preservação de algumas espécies de árvores e
frutos do Cerrado, cultivados no horto da Usina
Hidrelétrica Cana Brava, em Minaçu (GO). Árvores
frutíferas, como Pequi, Mangaba, Cajuzinho,
Baru, Mutamba, Buriti e Cajá, entre tantas outras,
abastecem projetos de re� orestamento em
APPs (Áreas de Preservação Permanentes), de
recuperação de matas ciliares e chegam às fazendas
lindeiras ao empreendimento. Atualmente, o horto
abriga 71 espécies nativas do Cerrado, produzindo
cerca de 54 mil mudas anuais.
“Estamos promovendo a conservação das nossas
matas e passando aos mais jovens o conhecimento
sobre plantas que só existem aqui na nossa região”,
diz Manoel Bom� m Jardim, proprietário da Cerradão,
uma microempresa criada especialmente para
administrar a produção das mudas. Segundo ele,
a iniciativa conseguiu unir de maneira efetiva o
conhecimento da comunidade com uma atividade
econômica, que tem auxiliado muito na recuperação
das matas e plantas do Cerrado. Desde que o
Horto Florestal foi implantado, em 2008, já foram
produzidas mais de 150 mil mudas entre árvores
frutíferas e não frutíferas, como a Aroeira, espécie
classi� cada como vulnerável à extinção pelo
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis).
A ideia de reunir o conhecimento popular da � ora
local em uma empresa composta pelos nativos
da região surgiu logo após a criação do horto, que
nascia com o objetivo de unir o conhecimento das
populações do Cerrado às ações de conservação
e promoção da biodiversidade. O passo seguinte
foi sensibilizar a comunidade, que adotou a ideia
de preservação das espécies locais, muitas ainda
desconhecidas dos mais jovens. Foi assim que
surgiu a a microempresa Cerradão, com o apoio
da Tractebel Energia, e que proporciona aos
trabalhadores a oportunidade de voltar a estudar,
assegurando a todas as famílias envolvidas os
benefícios trabalhistas.
A Aroeira, espécie classi� cada como vulnerável à extinção pelo IBAMA, é uma das árvores não frutíferas existentes no horto de Cana Brava
Arquivo Tractebel Arquivo Tractebel Arquivo Tractebel
Tractebel Energia8
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MEIO AMBIENTE
DE PAI PRA FILHO
Incentivados pela Tractebel Energia, os funcionários
da Cerradão passaram por um processo de
alfabetização de jovens e adultos, amparados
por uma atuação empresarial que garante saúde,
segurança e remuneração justa. Em troca,
disseminam as técnicas locais que garantem a
boa coleta de sementes e produção de mudas, em
ensinamentos transmitidos de pai para �lho através
de gerações.
Hoje a empresa conta com 11 funcionários,
todos membros da comunidade. Parte deles é
descendente dos kalungas, população de origem
negra que se estabeleceu na região há mais
de 200 anos e guarda profundo conhecimento
sobre a vegetação nativa, fundamental para a
manutenção do projeto. Antes de empregarem seus
conhecimentos de coleta e cultivo das sementes na
Cerradão, muitos desses agricultores trabalhavam
de maneira informal nas fazendas da região.
Localizada entre os municípios de Cavalcante,
Minaçu e Colinas do Sul, a Usina Hidrelétrica de
Colaboradores da empresa Cerradão e da Tractebel Energia entregaram 10 mil mudas de plantas nativas à Fundação Pró-Natureza
Cana Brava iniciou as operações em 2002, com
uma capacidade instalada de 450 MW. Antes disso
teve início uma série de 23 programas prioritários,
destinados a minimizar impactos ambientais e
sociais do empreendimento. “Graças a força
educacional desses programas, como a criação e
distribuição de mudas nativas, a população local e
muitos fazendeiros de áreas lindeiras passaram a
abandonar técnicas nocivas como o desmatamento
e a queima, adotando o plantio de mudas na
recuperação de nascentes e áreas degradadas”,
destaca Andréia Szortyka, analista de meio ambiente
das usinas hidrelétrias Cana Brava e São Salvador.
Das mudas produzidas no viveiro, já foram utilizadas
cerca de 10 mil na recuperação de áreas, como
o antigo canteiro de obras e áreas de segurança
da usina. Dali também saem as árvores que irão
auxiliar nas ações de conservação da Bacia do Rio
Tocantins, área de in�uência do reservatório, além
de mitigar os impactos ambientais causados pela
operação da hidrelérica.
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USINAS
86 mil pessoasvisitaram as usinas em 2011
Todas as semanas, as principais usinas da Tractebel Energia são visitadas por um público curioso e participativo. São estudantes
da rede pública, acionistas e investidores, que participam dos programas de relacionamento com a comunidade, conhecendo
de perto os processos de geração de energia e os projetos de educação ambiental. Em 2011, nada menos que 86 mil visitantes
conheceram os projetos desenvolvidos pela companhia, que prezam pela preservação do meio ambiente e a responsabilidade
social, aproximando a comunidade dos distintos processos de geração de energia.
Se as visitações técnicas desvendam os conceitos básicos da
produção de energia elétrica, nos programas de educação ambiental
são abordados os princípios de sustentabilidade e preservação, em
caminhadas pelas hortas-modelo e hortos �orestais. “Achei muito
interessante a matéria-prima utilizada, o fechamento do ciclo desta
geração de energia e o comprometimento ambiental e social da
Tractebel. Fiquei muito interessada, como cliente, na evolução dos
projetos da empresa”, revela a gerente de compras da Vulcan, empresa
do Grupo Brasil, Milca Colombo. Ela participou de um programa de
visitação e conheceu de perto o funcionamento da usina de biomassa -
Unidade Cogeração Lages (SC), que produz energia elétrica e vapor
a partir da queima de resíduos de madeira como combustível.
Hidrelétricas e Termelétricas recebem no Programa de Visitas estudantes, clientes e até investidores, que conhecem de perto os diferentes processos de geração de energia e os projetos ambientais
Bem distante da usina catarinense, mas com o
mesmo intuito educacional, as comunidades dos
municípios de Cavalcante, Minaçu e Colinas do Sul,
no estado de Goiás, recebem aulas de preservação
ambiental. O programa de visitas à Usina Hidrelétrica
Cana Brava, que ocorre periodicamente, mostra
a estudantes e à população local a importância
de preservar as espécies nativas do Cerrado e as
consequências nefastas das queimadas, prática
comum na região.
Para ampliar cada vez mais a consciência
ambiental da comunidade, os técnicos da Tractebel
Programa de Visitas Cana Brava
Arquivo Tractebel
Tractebel Energia10
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USINAS
apresentam aos estudantes as mudas de plantas
nativas criadas no viveiro da usina, abordando todo
o processo que envolve desde a coleta de sementes
até a germinação, produção e plantio. A mensagem
de preservação também é levada aos estudantes em
palestras que acontecem nas escolas da região. De
2008 até hoje, entre palestras e visitações à usina de
Cana Brava, mais de 8.500 pessoas conheceram os
valores e o compromisso ambiental da Companhia,
entre palestras e visitações à usina de Cana Brava.
CONTEÚDO DA SALA DE AULA AO AR LIVRE
Quando a Tractebel Energia adquiriu o Complexo
Termelétrico Jorge Lacerda, em 1998, deparou-se
com dois problemas sócioambientais: a degradação
da área de bene�ciamento do carvão e a percepção
negativa que a população de Capivari de Baixo e
Tubarão tinham do empreendimento, após 50 anos
de problemas ambientais. Com a recuperação
das áreas degradadas, por meio de programas
direcionados, restava intensi�car a relação com a
comunidade, abrindo as portas da empresa para as
pessoas conhecerem de perto as mudanças pelas
quais a usina estava passando.
A partir de 2000, o Programa de Visitas ao Complexo
foi melhor estruturado, com um atendimento
direcionado aos visitantes. “As turmas �cam
maravilhadas com as visitas, porque ver na prática
a geração de energia e comparar com o que foi
trabalhado no conteúdo de sala de aula faz toda
a diferença”, revela a orientadora educacional da
Escola de Educação Básica Visconde de Mauá, de
Capivari de Baixo, Alcionara Nunes Guimarães. Ela
destaca que os alunos, principalmente os oriundos
de uma comunidade carente da região, di�cilmente
teriam a oportunidade de testar os conhecimentos
adquiridos em aulas como as de Ciências e
Geogra�a se não fossem as visitas guiadas à Usina e
ao horto. “Quando eles visitam a horta ambiental da
Tractebel e conhecem a história da recuperação das
áreas degradadas, �cam com os olhos brilhando”,
diz a professora, que está iniciando na própria escola
uma horta comunitária.
De acordo com Edla Zim da Silveira, do Núcleo
Administrativo do Complexo, embora as visitas
possuam um aspecto lúdico ou turístico, não
perdem o caráter essencialmente didático.
“Percebemos isso pelo número de indicações que
os educadores fazem a outros educadores que
ainda não visitaram o Complexo Termelétrico”, revela. Segundo ela,
o programa de visitações mostra também, de forma transparente, a
importância da empresa na cadeia produtiva, transformando o carvão
em energia elétrica e os investimentos na proteção e recuperação do
meio ambiente.
Para as crianças, a união de uma atividade lúdica com a absorção de
novos conhecimentos completa um ciclo de aprendizagem. “Aprendi
a cuidar melhor da natureza. Sem energia é impossível viver. Achei
interessante também poder conhecer de perto uma usina e como
ela funciona. Recebi uma muda de acerola e gostei bastante; minha
mãe plantou”, diz Evelyn de Oliveira de Maria, que cursa o 6º ano
do ensino fundamental em Capivari de Baixo. Já a colega Renata
Franz disse que o mais importante foi aprender como funcionam as
usinas. “Gostei também de ganhar uma muda de cereja que meu pai
plantou”, completa Renata. Desde o início do programa, já passaram
pelo Complexo mais de 90 mil visitantes, sendo 23 mil apenas em
2011, incluindo as visitações às usinas e aos programas de Educação
Ambiental, como a Horta Modelo e Horto Florestal.
A metodologia do Programa de Educação Ambiental nas usinas da
Tractebel Energia obedece ao estabelecido pela Norma ISO 14001 e o
atendimento ao público pode ser de per�l educacional ou institucional,
aí incluídos os ensinos fundamental, médio, técnico, superior; e as
visitas técnica, institucional, política e ambiental.
Programa de Visitas Cana Brava
Programa de Visitas Complexo Jorge Lacerda
Arquivo Tractebel
Arquivo Tractebel
BoasNovas 11
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A construção de escolas, a abertura de estradas e a
implementação de 23 programas socioambientais
são algumas das mais importantes realizações
contabilizadas pela gerência da UHCB (Usina
Hidrelétrica de Cana Brava), ao completar 10 anos
de implantação do empreendimento, localizado
entre os municípios goianos de Cavalcante, Minaçu e
Colinas do Sul.
USINAS
Geração Consciente
Dez anos de
Hidrelétrica Cana Brava inaugurada em maio de 2002, a primeira construída no Brasil com 100% de capital privado, proporciona crescimento social, ambiental e econômico para as cidades goianas de Cavalcante, Minaçu e Colinas do Sul
Plinio Bordin
Tractebel Energia12
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Welviston Marques Silva, gerente da usina, destaca
as ações que envolvem o desenvolvimento social
e ambiental dos municípios lindeiros da usina,
como promotoras de novas perspectivas para a
população rural e dos centros urbanos regionais.
“Nesses 10 anos sempre focamos em minimizar
impactos ambientais e promover o desenvolvimento
sustentável, em áreas ligadas ao turismo, pesca,
agricultura e serviços”, explica o gerente.
Entre os investimentos que marcam a presença
da Tractebel Energia em obras de infraestrutrura
regional, destacam-se a implementação de 300 km
de estradas, sendo 22,5 km da estrada estadual
GO 464, totalmente nova e asfaltada; a abertura de
83,8 km de estradas em terras novas; e 170 km de
melhorias em estradas principais e secundárias de
terra.
A chegada da hidrelétrica também in�uenciou
diretamente na qualidade da educação. “Estivemos
à frente de atividades relevantes, como a construção
da Escola Morro Encantado, no centro do município
de Cavalcante; a construção da creche Lar Menino
Jesus, em Minaçu, além da doação de ônibus
escolar para o uso das famílias de Limoeiro, Vila
Vermelho e Rocinha”, enumera Welviston Silva. Ele
acrescenta ainda a importância de ações como a
doação de instrumentos musicais e kits de vídeo
e aparelhos de som para a Escola de Minaçu, que
contribuíram para o programa de alfabetização
de adultos, impulsionado pela companhia, além
de materiais escolares diversos para as escolas
públicas de região.
As ações sociais também incluem um completo
projeto de revitalização da Vila Vermelho, um
povoado com 46 famílias, que recebeu escola com
cinco salas de aula, biblioteca e sala de professores,
além de inúmeras benfeitorias. Dentre elas
destacam-se obras destinadas à geração de renda
para a comunidade, como a criação de uma horta
comunitária, a construção de estradas e mais de 50
conjuntos de banheiros e áreas de serviço para as
residências, além de uma barragem para a captação
de água. A população também recebeu apoio para
as atividades ligadas à pesca, com a construção de
um abrigo de pesca e lazer e a doação de barcos e
balsas.
Em Minaçu foi construída a Estação de Tratamento
de Água e Esgoto, obra de extrema importância para
o município. Também foram doadas 24 casas na Vila
de Furnas, aos desabrigados da enchente do Rio
Bonito, sem qualquer relação com a obra da Usina.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E TURISMO
Os programas de educação ambiental também
são destaque nas ações da UHCB nesses 10 anos.
Todos os meses, estudantes e representantes da
população local conhecem, através de um programa
de visitas e educação ambiental, o Viveiro de
Mudas, administrado pela microempresa Cerradão,
criada para difundir a importância da produção de
mudas nativas do Cerrado. Dentro da Usina, essas
mudas são semeadas e produzidas, até chegarem
nas matas ciliares da região e terrenos vizinhos
à hidrelétrica, contribuindo para a promoção da
biodiversidade local, ameaçada por queimadas e
falta de conscientização.
Por outro lado, os programas de monitoramento
ambiental proporcionam à comunidade cientí�ca
um maior conhecimento sobre variáveis ambientais,
graças ao desenvolvimento de programas ligados a
limnologia e qualidade da água, e o monitoramento
da ictiofauna, entre outros.
Junto a esses programas, a direção da Tractebel
Energia aposta no grande potencial turístico que
o reservatório pode agregar aos municípios da
região, como a implementação da pesca esportiva,
campeonatos de jet ski e trilhas ecológicas, entre
outros. Para a gerência da UHCB, uma boa gestão
ambiental e patrimonial desses reservatórios pelos
Concessionários, compartilhada com as demais
partes interessadas, é de suma importância para
manutenção da melhor qualidade ambiental possível
desse recurso.
Nesses 10 anos sempre focamos em minimizar impactos ambientais e promover o desenvolvimento sustentável.Welviston Marques Silva, Gerente da UHCB
Plinio Bordin
BoasNovas 13
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USINAS
Com 75% de sua capacidade instalada e já atingindo 92% da energia
assegurada da usina, a Hidrelétrica Estreito não para de investir na
região. Entre junho de 2010 e dezembro de 2013 serão disponibilizados
R$ 76,6 milhões para 134 projetos de infraestrutura, desenvolvimento
social e econômico. Desses, 42 estão no setor de educação, 31 em
saneamento, 22 em saúde, 20 para o desenvolvimento econômico e 19
em desenvolvimento social.
Agricultura familiar, Artesãs de Babaçu, Entreposto de Mel, Associação
Frutas do Cerrado, entre outras, são instituições novas, frutos de
programas da Usina na área de desenvolvimento econômico.
Na Educação, por exemplo, foram construídas creches, bibliotecas,
centros de inclusão digital e ginásios de esportes. O transporte escolar e
as aulas de alfabetização também são programas já em andamento.
Iniciativas de saneamento são desenvolvidas em parceria com a
R$ 76 milhões em 134 projetos
Investimento de
Foram construídas, creches, bibliotecas, centros de inclusão digital e ginásios de esportes.
Elizabeth Pací�co
Tractebel Energia14
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USINAS
Superintendência do Desenvolvimento Urbano,
Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e Ministério
das Cidades. Estações de Tratamento de Água e de
Esgoto estão sendo construídas nos municípios,
e adquiridos equipamentos para reciclagem e
caminhões compactadores de lixo. No município de
Carolina (MA), foi ampliada e melhorada a Estação de
Tratamento de Água.
A Associação dos Barqueiros de Babaçulândia
(ABBTO) recebeu no início de junho do CESTE
(Consórcio Estreito Energia) um barco de
dois andares e uma ampla estrutura física de
aproximadamente 500m², onde já funciona a
nova sede da associação. A doação, tanto da
embarcação quanto da sede da Associação, que
constituem o Projeto Banzeiro do Lago, integra o
Projeto Investimento Social Estreito do CESTE.
A implantação desse projeto em Babaçulândia,
nomeado pelos próprios barqueiros do município
como Banzeiro do Lago, tem como �nalidade
efetivar espaço permanente para realização de
MAIS UMA MÁQUINA ENTRA EM OPERAÇÃO
A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)
autorizou no �nal de maio a operação comercial da
sexta unidade geradora da Usina Hidrelétrica Estreito,
com 135,8 MW de potência instalada. Com isso, a
usina de 1.087 MW, já tem 814 MW em funcionamento.
As outras duas unidades geradoras da usina têm
previsão de início de funcionamento ainda no segundo
semestre deste ano. Estreito é operada pelo CESTE
(Consórcio Estreito Energia), formado pela Tractebel
(40,07%), que além de acionista é também a empresa
responsável pela operação e manutenção da
hidrelétrica. Vale (30%), Alcoa (25,49%) e Camargo
Corrêa (4,44%) completam o Consórcio. Com todas
as oito unidades geradoras em plena operação,
a hidrelétrica, localizada no município de Estreito,
Maranhão, e nos municípios de Aguiarnópolis e de
Palmeiras do Tocantins, ambos no Tocantins, poderá
alcançar seus 1.087 MW de potência instalada de
energia, o su�ciente para abastecer uma cidade de
quatro milhões de habitantes.
capacitações, eventos, execução de práticas
pedagógicas para toda a comunidade, cursos para
jovens e adultos, além de receber o turista de uma
forma planejada e estruturada.
Leandro Provedel
Elizabeth Pací�co
BoasNovas 15
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RIO+20
O futuro sustentável em debate
RIO+20
Vinte anos após a primeira Conferência das Nações Unidas, quando
o tema desenvolvimento sustentável foi inserido no topo da agenda
internacional, o Rio de Janeiro recebeu pela segunda vez a Conferência
das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20,
nos dias 20, 21 e 22 de junho.
Mais de 100 chefes de estado participaram da Conferência para
rea�rmar o comprometimento político ao desenvolvimento sustentável.
Os 193 estados membros das Nações Unidas estavam representados
na Rio+20 e mais de 50 mil participantes estavam inscritos, entre eles
2,5 mil presidentes de empresas.
As discussões tiveram como foco dois temas especí�cos: a economia
verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação
da pobreza; e o panorama institucional para o desenvolvimento
sustentável.
Como líder global nos setores de energia e meio ambiente, e como a
maior produtora privada de energia do Brasil, a GDF SUEZ,
a IPR- GDF SUEZ América Latina e a Tractebel Energia participaram
de uma variedade de eventos durante a conferência. A delegação da
GDF SUEZ chegou ao Brasil no dia 17 de junho, liderada pelo presidente
do Grupo, Gérard Mestrallet.
Várias unidades de negócios da GDF SUEZ estiveram presentes nos
mais de 500 eventos paralelos que aconteceram durante a Rio+20,
demonstrando o compromisso do Grupo com o desenvolvimento
sustentável.
Tractebel Energia16
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RIO+20
WORKSHOP “ACESSO A ENERGIA E
RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS”,
NO PAVILHÃO FRANCÊS, NO PARQUE DOS ATLETAS.
O objetivo do workshop foi apresentar as diferentes soluções
sustentáveis desenvolvidas no setor de energia e meio ambiente.
O workshop foi aberto por Manuel Colcombet, Diretor de Estratégia,
Portfólio e Gerenciamento de riscos da IPR – GDF SUEZ América
Latina, que ressaltou a crescente demanda no Brasil por utilities
sustentáveis. Philipp Hauser, gerente de Mercado de Carbono da
IPR-GDF SUEZ América Latina, deu uma visão geral do aumento da
demanda de energia no país e as diferentes opções existentes para se
produzir energia limpa, e�ciente e segura no país. Sergio Maes, gerente
de Pesquisa e Desenvolvimento da Tractebel Energia, apresentou os
projetos de pesquisa e desenvolvimento da empresa, como o projeto
piloto de produção de energia a partir das ondas do mar, cujo protótipo
foi uma das atrações do estande da COPPE no Parque dos Atletas.
Representando a SUEZ Environnement, Marcelo Gomes, diretor
comercial da Degrémont Brasil, descreveu soluções atuais e futuras de
desenvolvimento sustentável no setor de suprimento de águas no Brasil.
FÓRUM DE SUSTENTABILIDADE
GLOBAL COMPACT: “A VISÃO DOS CEOS
E ONGS SOBRE AS INOVAÇÕES NA
ÁREA DA SUSTENTABILIDADE”
O CEO da GDF SUEZ, Gérard Mestrallet, abriu
as discussões do Fórum sobre inovações para o
desenvolvimento sustentável, dando exemplos de
parcerias entre empresas e ONGs. O objetivo do
fórum era compartilhar experiências de diálogos
entre stakeholders, ONGs e empreendedores
sociais para promover projetos inovadores, o
desenvolvimento sustentável local e a criação de
valor compartilhado. Gérard Mestrallet estava
acompanhado do presidente do IDDEAS (Instituto
para o Desenvolvimento de Energia Natural e
Sustentabilidade), Fabio Rosa, com quem selou um
acordo para promover o acesso a energia por parte
das populações carentes.
BoasNovas 17
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ABERTURA OFICIAL DO ESTANDE DA COPPE,
APOIADO PELA TRACTEBEL ENERGIA
Com apoio �nanceiro da Tractebel Energia, a COPPE montou durante
a Rio+20 um estande no Parque dos Atletas, com uma exposição sobre
seus projetos na área de pesquisa e desenvolvimento, entre eles,
o carro-chefe da exposição, o protótipo da usina de ondas, visitado
pelo presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni, o presidente da
IPR - GDF SUEZ Brasil, Maurício Bahr, o presidente da IPR- GDF SUEZ
América Latina, Jan Flachet, e o presidente da GDF SUEZ, Gérard
Mestrallet. Concebida pela COPPE e �nanciada pela Tractebel Energia,
a usina está em fase �nal de testes, em Pecém (CE), e consiste em
�utuadores capazes de gerar energia elétrica a partir das ondas do mar,
o primeiro protótipo com este tipo de tecnologia na América Latina.
A Usina gerou seus primeiros Kwh no dia 24 de junho.
O movimento das ondas é a fonte para a geração de energia elétrica
limpa e sem emissões de rejeitos ou gases de efeito estufa. Além disso,
a tecnologia utilizada na usina é 100% nacional.
LANÇAMENTO DA FACE BRASIL
Durante cerimônia no estande da Tractebel Energia/
COPPE, a fundação FACE, uma iniciativa social
da qual a GDF SUEZ participa em conjunto com o
OSI (Observatoire Social International), foi lançada
no Brasil. Estiveram presentes o presidente da
GDF SUEZ Gérard Mestrallet, como Presidente
do FACE, o presidente do OSI e também diretor de
Recursos Humanos da GDF SUEZ, Muriel Morin, e o
presidente da IPR – GDF SUEZ, Maurício Bahr, além
de vários outros parceiros. Durante o evento, houve a
assinatura o�cial do acordo para a criação da
FACE Brasil.
Demonstração da Usina de Ondas foi o destaque no estande patrocinado pela Tractebel
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BASD BUSINESS DAY
(BUSINESS ACTION FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT)
Organizado pelo WBCSD (World Business Council for Sustainable
Development), pela Câmara de Comércio Internacional e pelo Global
Compact, o BASD Business Day teve várias sessões dedicadas a
temas-chave para a GDF SUEZ, como o acesso à energia e à água, e a
economia verde.
Na sessão sobre “Acesso à Energia”, discursaram Gérard Mestrallet,
Jean-Pascal Tricoire, CEO da Schneider Electric, e Heikki Holmas,
ministro norueguês para o desenvolvimento internacional, que
reforçaram que o acesso universal à energia é a maior prioridade e um
dos três objetivos da iniciativa “Energia Sustentável para Todos” do
Secretário Geral das Nações Unidas. Durante a palestra, foi debatido
ainda o importante papel das empresas na contribuição para o acesso
a energia, assim como as decisões políticas e de empreendedores
a respeito das diferentes soluções necessárias para atender as
demandas de mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo.
Pinguelli, Mestrallet, Bähr e Zaroni - união de esforços pelo desenvolvimento de energia sustentável
BoasNovas 19
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créditos de carbono para Rio+20A Tractebel Energia doou cinco mil créditos de carbono para o Comitê Nacional de Organização
da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+ 20, para ajudar
a neutralizar as emissões de CO2 resultantes do evento. Os cinco mil créditos de carbono
doados pela Tractebel Energia são oriundos da Usina Cogeração Lages (UCLA), situada em
Santa Catarina, que utiliza resíduos da indústria moveleira local como matéria-prima para a
geração de energia. “Na condição de maior geradora privada de energia do Brasil e empresa
sustentável, vimos essa oportunidade como uma forma de demonstrar nosso compromisso
com o meio ambiente e o futuro da sociedade”, comentou o presidente da Tractebel, Manoel
Zaroni Torres.
A Unidade Cogeração Lages fornece simultaneamente energia elétrica e térmica a partir de
uma mesma fonte primária de energia. No processo de cogeração, o vapor obtido em uma
caldeira – que utiliza resíduos de madeira como combustível – pode ter dois destinos: enquanto
uma parte aciona um turbogerador de energia elétrica, a outra parte pode ser fornecida
diretamente às indústrias para suprir seu processo produtivo. A UCLA utiliza uma caldeira de
moderna tecnologia, que permite um rendimento de até 85%, enquanto as caldeiras usadas
pela indústria atingem o rendimento máximo de 40%. Tudo isso utilizando como combustível
a biomassa: uma mistura feita de serragem, maravalha e cavacos, resíduos que eram, até
então, refugados pelas indústrias. Em pleno funcionamento, a UCLA pode utilizar até 400 mil
toneladas de resíduos de madeira por ano.
Além de suprir boa parte do consumo de energia da região, a Usina fortalece a economia,
agregando valor a um subproduto anteriormente desprezado e estimulando o desenvolvimento
sustentável da indústria madeireira de re�orestamento. A unidade é a primeira planta de
biomassa da Tractebel Energia e uma das maiores do Brasil. A outra Usina à biomassa da
Tractebel �ca em Ibitiuva (SP) e utiliza bagaço de cana de açúcar para gerar energia.
A cidade catarinense de Lages é um dos maiores
polos madeireiros do Brasil e �ca a 220 km de
Florianópolis. Suas indústrias compõem um dos
setores de maior demanda por energia térmica,
pois seu processo de produção exige a secagem
da madeira, o que requer a queima de um volume
muito grande de combustível, provocando a emissão
de partículas na atmosfera. Além disso, o resíduo
de madeira gerado por essas indústrias, quando
estocado de forma inadequada, pode contaminar
os rios e representar um alto risco de incêndio. Esse
cenário é ideal para a implantação de uma unidade
de cogeração.
A cogeração soluciona problemas ambientais
e industriais. A UCLA recebe os resíduos das
madeireiras e em troca fornece vapor às indústrias, permitindo o desligamento das
caldeiras individuais, que consequentemente deixarão de produzir emissões atmosféricas,
e�uentes líquidos e resíduos sólidos. E utilizando o resíduo da madeira como combustível, o
material deixa de ser uma ameaça para o ecossistema.
As emissões atmosféricas da UCLA passam por lavadores de gases que retêm as cinzas
resultantes da queima da biomassa, fazendo com que essas emissões atendam aos
padrões estabelecidos pela legislação. O consumo total da água utilizada na UCLA é, de no
máximo, 2% da menor vazão do Rio Caveiras, observada nos últimos 50 anos. Os resíduos
sólidos resultantes da queima da biomassa são constituídos por cinzas da combustão da
madeira, que passam por um sistema de tratamento, podendo depois ser utilizados na
agricultura, na indústria e em áreas de re�orestamento.
Através da Unidade Cogeração Lages, a Tractebel Energia reforça seu envolvimento com o
equilíbrio ambiental e o desenvolvimento sustentável. Assim ela rea�rma seu compromisso
e também sua vocação de sempre descobrir novas alternativas para ajudar o Brasil e o
mundo na busca de soluções ecologicamente corretas.
UM MODELO DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Tractebel doa
RIO+20
Plinio Bordin
Tractebel Energia20
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As nações unidas declararam 2012 “Ano
Internacional da Energia Sustentável para Todos”,
dando apoio a uma campanha para não apenas
fornecer energia acessível aos cidadãos até mesmo
dos países mais pobres mas, também, uma energia
que atenda às necessidades atuais sem colocar
em risco as das gerações futuras. Observando que
a população mundial estava em vias de superar
os 7 bilhões, o Secretário-Geral das ONU, Ban
Ki-moon, observou numa conferência sobre energia
ENTREVISTA
Energia Transformadora
Gerard Mestrallet deu uma missão à GDF SUEZ: fornecer energia sustentável ao mundo.
Por John McLaughlin / matéria originalmente publicada pela NYSE Magazine
realizada em Oslo em outubro passado: “Uma pessoa em cada cinco
não tem acesso à energia moderna; 3 bilhões de pessoas dependem
de carvão ou madeira para cozinhar e se aquecer”, combustíveis que,
de uma maneira ou de outra, prejudicam o meio ambiente. Essas
pessoas, disse Ban Ki-moon, “são pobres em energia. E a pobreza
energética está se traduzindo em uma pobreza abjeta e desumanizante”.
A energia sustentável para todos é uma missão de que Gerard
Mestrallet, presidente e CEO da GDF SUEZ, fala com senso de urgência
e apaixonadamente, observando que a razão de ser de sua própria
empresa é “das pessoas para as pessoas. Nossa missão inclui reagir às
Arquivo GDF SUEZ
BoasNovas 21
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ENTREVISTA
Até 2030, entre 80% e 90% das necessidades adicionais de energia virão de países fora da OCDE.
UM LUGAR NA HISTÓRIA
A GDF SUEZ nem sempre foi líder do setor
energético. A Compagnie de Suez foi fundada em
1858 para construir e operar o Canal de Suez, com
o objetivo de ligar o Oriente e o Ocidente. Quando
o canal foi nacionalizado, quase um século depois,
diz a empresa, ela investiu a indenização recebida
do Egito em bancos, acabando por criar o Banque
Indosuez, entre outros.
Mestrallet trabalhou para o Ministério da Fazenda da
França antes de entrar para a Compagnie de Suez,
em 1984. Uma de suas primeiras medidas após
tornar-se CEO, em 1995, foi abrir mão da unidade
�nanceira e concentrar-se em energia.
O passo foi uma mudança fundamental: segundo
Mestrallet, o público “não via distinção entre a
Compagnie de Suez e o Banque Indosuez”.
Seguiram-se outras alienações e aquisições. A
fusão com a estatal Gaz de France, em 2008 deu
à empresa o novo nome de GDF SUEZ e conferiu
ao Estado Francês 36% das ações da entidade
resultante. A aquisição, em 2011, de 70% da britânica
International Power PLC consolidou a posição da
GDF SUEZ na produção independente de energia
e expandiu sua presença em diversos mercados
cruciais, inclusive o dos Estados Unidos e de
economias emergentes em que, diz Mestrallet, a
transação irá “acelerar o desenvolvimento”.
Sob sua liderança, a GDF SUEZ conquistou
diversas posições de liderança: maior produtora
necessidades energéticas e fazê-lo, cada vez mais,
com recursos renováveis. O mundo precisa de todas
as formas de energia para atender às necessidades
do crescimento.” E Bruno Bensasson, diretor de
estratégia e desenvolvimento sustentável da empresa
acrescenta: “A sustentabilidade está no centro de
nossa identidade”.
Embora reconheça que algumas fontes de energia
precisam ser repensadas antes de ser usadas em
ampla escala (ver em “Por Uma Energia Segura”,
na página seguinte), Mestrallet, 63, engenheiro
aeronáutico formado pela École Polytéchnique,
tem a fé característica dos engenheiros na capacidade
da engenhosidade humana de encontrar caminhos.
“É o que teremos que fazer, se quisermos usar os
enormes depósitos de carvão e gás de xisto que
nosso consumo crescente exige sem causar danos
signi�cativos ao meio ambiente”, disse o executivo.
independente e energia do mundo, com
capacidade instalada de 117,3 Gigawatts; maior
importadora de gás liquefeito e maior fornecedora
de energia e serviços de e�ciência ambiental da
Europa; e segunda maior prestadora de serviços
de água e esgoto do mundo. Mestrallet a�rma que o
amplo escopo da GDF SUEZ, junto com seu porte,
lhe confere uma vantagem competitiva (ver grá�co
da página seguinte).
A GDF SUEZ volta cada vez mais a atenção para o
mundo em desenvolvimento. “Até 2030, entre 80%
e 90% das necessidades adicionais de energia
virão de países fora da OCDE (Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico)”, diz
Mestrallet.
A abordagem da empresa envolve o
estabelecimento de capacidade em um país
e posterior expansão. Por exemplo, Mestrallet
observa que, 11 anos depois da entrada no Brasil,
a divisão Tractebel Energia da empresa passou
a ser “uma empresa local e maior produtora
privada de energia do país”, operando 22 usinas
geradoras, entre elas 12 hidrelétricas. A enorme
usina hidrelétrica de Jirau, na bacia do rio Madeira,
deve entrar em atividade no ano que vem, com
capacidade instalada de 3.750 Megawatts.
Mestrallet diz que o projeto da barragem
de Estreito, cuja construção custará US$ 2,75
bilhões e que deve estar plenamente operacional
no segundo semestre de 2012, já está fazendo
diferença.
O projeto em Estreito permite entrever a maneira
como a empresa opera. A GDF SUEZ detém
participação de 40,07% no CESTE, o consórcio
construtor e operador da hidrelétrica de 1.087
Megawatts que exigiu remoção e recolocação
de povos locais e um desvio do rio Tocantins. Os
parceiros do CESTE estão investindo em quase
200 projetos diferentes concebidos para atenuar
e compensar a perturbação de vidas e empregos.
Segundo a GDF SUEZ, o orçamento total dessas
medidas, inclusive construção ou reforma de
escolas e hospitais, é de aproximadamente
US$ 355 milhões.
O conselho administrativo da empresa também
apoiou uma recente transação com a China
Investment Corp. (CIC). O acordo provavelmente
levará a CIC a investir inicialmente US$ 3 bilhões na
divisão de exploração e produção da GDF SUEZ
como prelúdio a outros investimentos conjuntos em
projetos da empresa por todo o mundo.
Gérard Mestrallet,
CEO da GDF SUEZ
EM NÚMEROS
Fundação
1958
US$ 53,7BILHÕES
Capitalização de mercado*
117,3 GIGAWATTS
Capacidade total de geração
15,6 GIGAWATTS
Capacidade renovável
70PAÍSES
Presença global
US$ 5,3 BILHÕES
Resultado líquido em 2011
US$119,2BILHÕES
Receitas em 2011
*Em 10 de Abril de 2012Fonte: GDF SUEZ
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ENTREVISTA
SOLUÇÕES PARA A MUDANÇA CLIMÁTICA
No mundo de hoje, um compromisso com a
sustentabilidade “não é mais apenas algo bonito
de se ter”, diz Bensasson. “É algo que se precisa
ter”. Para a GDF SUEZ, explica Bensasson,
“sustentabilidade tem a ver com a economia, o meio
ambiente e a sociedade”. Em primeiro lugar, a�rma,
desenvolvimento sustentável é uma fonte de novos
negócios. “Não somos mais apenas fornecedores de
energia – somos fornecedores de soluções. O gás é
parte da solução; as fontes renováveis e a e�ciência
energética também são”.
O desenvolvimento sustentável também age como
ferramenta de gestão de riscos, diz Bensasson.
“Isso signi�ca preservar a saúde e a segurança
de nosso pessoal, nossos clientes e nossas
instalações. Signi�ca conquistar aceitação local. E
envolve questões globais, como a preservação da
biodiversidade”.
A missão nem sempre é fácil. “Não vivemos em um
conto de fadas”, Bensasson admite. “Para países que
querem utilizar seus recursos de carvão, por exemplo,
propomos tecnologia de carvão limpo”. A GDF SUEZ
entendeu que existem tantas soluções quanto países.
“No Brasil, temos muita geração hidrelétrica. Na
Indonésia temos muitos projetos geotérmicos”.
A diversidade da GDF SUEZ lhe permite agir como
fornecedora abrangente para economias que
estejam se desenvolvendo de maneira sustentável,
diz Mestrallet. Na Arábia Saudita, por exemplo,
“construímos e operamos quase 4.000 Megawatts
de capacidade geradora no deserto. As usinas estão
associadas com usinas de dessalinização porque eles não precisam
apenas de energia, mas também de água”.
Embora os clientes aceitem com mais frequência soluções sustentáveis,
Bensasson a�rma que “um arcabouço internacional amplo e claro sobre
a mudança climática” ajudaria signi�cativamente a impelir o processo.
“Se quisermos enfrentar a mudança climática, temos que trabalhar em
conjunto”.
Alimentada por investimentos anuais de até US$ 14,5 bilhões, 30% dos
quais voltados para a expansão de sua presença fora da Europa, a GDF
SUEZ espera aumentar sua capacidade instalada em 33% até 2016,
atingindo 150 Gigawatts. Sua capacidade renovável, entrementes,
aumentará 50% em relação aos níveis de 2009 até o ano de 2015, graças,
em grande parte, à expansão em geração hidrelétrica e eólica. Mestrallet
acrescenta: “Minha equipe construiu do zero um grupo novo que não
havia no panorama industrial europeu, uma empresa líder em energia e
meio ambiente”.
*Inclui energia eólica, solar e de biomassa.
A GDF SUEZ explora diversas soluções para oferecer energia.
Capacidade de Geração
13%
14%
Carvão
Nuclear
Outros*
Gás NaturalHidrelétrica
59%
8%5%
POR UMA ENERGIA SEGURA
O fato de que podemos explorar diversas novas fontes
de energia, por si só, não signi�ca que o devamos
fazer, diz o CEO da GDF SUEZ, Gerard Mestrallet, pelo
menos até que possamos ter certeza de que a fonte
não irá prejudicar o planeta.
Tome-se como exemplo a questão da energia nuclear.
Com o setor ainda absorvendo as lições do desastre
de Fukushima, no Japão, e com o envelhecimento
de alguns de seus reatores, a GDF SUEZ está
revendo sua estratégia nuclear, concentrando-se
principalmente na segurança dos reatores e na gestão
de resíduos. A empresa a�rma que irá divulgar suas
conclusões ainda este ano.
No que se refere ao carvão, diz Mestrallet, a empresa fechou algumas
usinas mais antigas e “sujas” na Bélgica e converteu outras para
biomassa. Mestrallet cita o uso de tecnologia de carvão limpo pela GDF
SUEZ e suas pesquisas sobre captura e armazenagem de carbono como
evidências do compromisso da empresa com um uso mais sustentável do
carvão.
Mestrallet também conclama os governos para que realizem estudos para
determinar se a fratura hidráulica, o controvertido método de extração
de gás de xisto usando água e produtos químicos sob pressão, pode
ser empregada com segurança. “Enquanto não estiver claramente
comprovado que não polui o subsolo, a fratura deve ser descartada”,
a�rma. “Mas con�o na ciência. Estou certo de que, um dia, será possível
realizar a fratura hidráulica de maneira segura para o meio ambiente”.
BoasNovas 23
tractebel_boasnovas_revista_3ed_v9.indd 23 05/07/12 17:39
IPR GDF SUEZ
A International Power aprovou em abril deste ano a
oferta feita pela GDF SUEZ de compra dos 30% de
ações do título da IPR que ainda não eram mantidas
pela Companhia. O preço da nova oferta aprovada
pelos diretores da GDF SUEZ foi de 418 pence por
ação, em uma transação estruturada como um
Scheme of Arrangement, que segue os padrões
regulatórios do Reino Unido e que permite um
calendário mais curto com data de encerramento
prevista para meados de julho deste ano. Como os
acionistas minoritários da IPR votaram a favor da
venda em encontro realizado no dia 07 de junho, a
GDF SUEZ passou a deter 100% das ações da IPR.
A aquisição representa um passo estratégico
fundamental para o desenvolvimento da GDF
SUEZ, consistente com o objetivo de acelerar o
desenvolvimento do grupo em mercados de rápido
crescimento e, ao mesmo tempo, simpli�car sua
estrutura.
Com 100% do controle acionário, a GDF SUEZ
passa a deter uma plataforma única para o seu
desenvolvimento nos países de maior crescimento,
GDF SUEZ anuncia compra de ações da International Power
onde o Grupo pretende aumentar signi�cativamente
seus investimentos futuros. A IPR possui posição de
liderança em regiões de forte demanda por energia,
como América do Sul, Oriente Médio, Sudeste
Asiático e Austrália. Nesses mercados, a GDF SUEZ
objetiva ter capacidade instalada de 90 GW e, para
tal, aumentará seus investimentos para algo em torno
de 40% a 50% do total de investimentos do Grupo.
Outro benefício da transação é o ganho com as
sinergias geradas a partir da combinação da GDF
SUEZ com a International Power, ocorrida em
fevereiro de 2011. Gérard Mestrallet, CEO da
GDF SUEZ, comenta que a aquisição das ações
dos acionistas minoritários da International Power,
baseada em estrita disciplina �nanceira, constitui um
passo importante no desenvolvimento do Grupo.
“Essa transação vai permitir aproveitar ao máximo
o crescimento dos países em rápida expansão. Nós
queremos a GDF SUEZ liderando os mercados de
energia nos países emergentes”, disse.
Nós queremos a GDF SUEZ liderando os mercados de energia nos países emergentes.
Gérard Mestrallet,
CEO da GDF SUEZ
IPR GDF SUEZ
Tractebel Energia24
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IPR GDF SUEZ
O navio Provalys da GDF SUEZ, carregando 153 mil m³ de gás natural
liquefeito, chegou ao Rio de Janeiro no início de abril, marcando um feito
histórico para a Companhia. No dia 09 daquele mês, a primeira carga de
GNL trazida pela GDF SUEZ ao Brasil foi descarregada no terminal de
regasei�cação da Petrobrás, na Baía da Guanabara.
Essa primeira entrega de gás é consequência do acordo de compra e
venda �rmado entre a GDF SUEZ e a Petrobrás em 2007, que prevê a
venda de GNL ao país. O presidente da GDF SUEZ no Brasil, Maurício
Bähr, visitou o Provalys e disse estar orgulhoso de testemunhar esse
importante feito. “É um passo muito importante para o Grupo na
América do Sul, em particular para o Brasil, onde queremos participar
do mercado de gás”, a�rmou. Segundo ele, essa foi a primeira entrega
de GNL de muitas que ocorrerão no futuro próximo.
GDF SUEZ chega ao BrasilPrimeira carga de GNL da
A GDF SUEZ é o principal player no mercado de
GNL no Atlântico, operando dois terminais de
regasei�cação nos Estados Unidos – em Boston – e
três na França: Montoir, Fos-Cavaou e Fos-Tonkin.
Na América Latina, a GDF SUEZ possui ainda o
terminal de Mejillones, no Chile, com capacidade
nominal de 5,5 milhões de m³ diários, e o gasoduto
Norandino, que liga Argentina e Chile por meio de
uma rede de 1.078 km. Na Argentina, o Grupo atua
ainda na distribuição de gás para mais de 600 mil
consumidores.
Karina Howlett
BoasNovas 25
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IPR GDF SUEZ
GDF SUEZ lança programa de
Os mais de 220 mil empregados da GDF SUEZ podem agora contribuir
com o � nanciamento de projetos de microempreendedores em todo
o mundo. Por meio da intranet do Grupo e com doações a partir de 20
euros, é possível cooperar com inúmeras iniciativas que objetivam tirar
as pessoas de situação de pobreza por meio da abertura de pequenos
negócios.
A MicroWorld é a parceira da GDF SUEZ nessa iniciativa. Ela
intermedia os empréstimos e faz o acompanhamento da execução do
� nanciamento, bem como do desenvolvimento do negócio apoiado.
Quem empresta tem o direito de selecionar o projeto a ser suportado
pelas doações. Todo empréstimo é feito com juro zero, mas não se
trata de doação, pois o microempreendedor que recebe os recursos
tem de devolvê-lo em um período pré-estabelecido de tempo. Após
um período de seis a doze meses, o dinheiro emprestado é devolvido
ao empregado da GDF SUEZ, que tem a opção de resgatar o valor ou
reinvestir em outra microempresa.
O conceito de micro� nanciamento surgiu em Bangladesh, no início
da década de 1970. Desde então, é considerado um meio efetivo
de luta contra a pobreza ao oferecer serviços � nanceiros básicos à
população de baixa renda. Em 2006, mais de 80 milhões de pessoas
já tinham acesso a micro� nanciamento em diversas partes do mundo.
Já o princípio de microcrédito é oferecer pequenos empréstimos
a empreendedores e artesãos que não possuem acesso às linhas
tradicionais de crédito bancário. Com esses micro empréstimos, eles
se habilitam a executar pequenos projetos de empreendimentos que
geram renda e empregos, colaborando para o desenvolvimento local.
Microcrédito Solidário
Acesse o site para mais informações http://gdfsuez.microworld.org/en/content/gdf-suez-microworld-how-it-works#MFI_selection
Stock-photo
Tractebel Energia26
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A relevância do trabalho social realizado com milhares de crianças e
suas famílias que moram na área de in�uência da hidrelétrica Estreito,
construída pelo Consórcio Estreito Energia (CESTE), foi reconhecida no
dia 10 de maio pela Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB) com a
entrega do XI Prêmio LIF. Criada há 11 anos, a premiação tem o objetivo
de estimular as empresas a adotarem práticas responsáveis e uma
gestão sustentável. Este ano, pouco antes da realização da Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, a
premiação aconteceu durante o XI Fórum de Sustentabilidade, que
abordou os modelos da economia sustentável.
Na platéia, importantes incentivadores das práticas de sustentabilidade:
o cônsul francês no Brasil, Jean Claude Moyret, o presidente da
CCFB, Louis Bazire, o economista Sergio Besserman, embaixador
do município do Rio de Janeiro para a Rio+20 e o embaixador André
Corrêa do Lago, coordenador da Rio+20 para o governo brasileiro.
Representando a Companhia, o diretor de Saúde, Segurança e Meio
Ambiente do CESTE, Dimas Maintinguer; a presidente da ONG Inmed
Brasil, Joyce Capelli; o diretor de Novos Negócios da GDF SUEZ no
Brasil, Gil Maranhão, representando os sócios na hidrelétrica Estreito;
e a gestora executiva de Desenvolvimento Sustentável da Leme
Engenharia, Cristina Ribeiro.
Desenvolvido voluntariamente pela GDF SUEZ Brasil e inicialmente
patrocinado pela Fundação GDF SUEZ, o projeto “Crianças
Saudáveis, Futuro Saudável” é uma parceria das empresas que
compõem o CESTE (Tractebel Energia, Alcoa, Vale e Intercement) e
da Johnson&Johnson, e busca melhorar os baixos índices de saúde
das crianças nos 12 municípios em torno do reservatório de Estreito,
localizado no rio Tocantins, entre os estados do Tocantins e Maranhão,
onde a população não tem acesso a serviços básicos. O programa,
que já bene�ciou cerca de 15 mil crianças, consiste no tratamento
de parasitoses intestinais e de�ciências nutricionais, educando os
alunos sobre práticas adequadas de higiene, saneamento e saúde,
e transformando-os em agentes de educação para suas famílias. O
projeto envolve ainda a criação de hortas escolares e o aumento do
acesso à água potável nas escolas e casas por meio do método SODIS
de �ltração solar da água.
XI PrêmioLIF
IPR GDF SUEZ
BoasNovas
Programa desenvolvido pela GDF SUEZ Brasil “Crianças Saudáveis, Futuro Saudável” ganha o XI Prêmio LIF de ações sustentáveis da Câmara de Comércio França-Brasil
Os resultados obtidos em três anos de programa são signi�cativos
e justi�cam o motivo pelo qual ele foi escolhido como destaque do
Prêmio LIF. O índice de crianças anêmicas, por exemplo, caiu de
53,4% para 7,9%. A incidência parasitológica no grupo também sofreu
uma forte queda, de 55,57% para 4,31%. O programa está sendo
agora replicado em outra hidrelétrica do grupo, Jirau, em construção
no rio Madeira, em Rondônia. Para o diretor de Novos Negócios da
GDF SUEZ, Gil Maranhão, as novas usinas hidrelétricas no Brasil têm
um papel que transcende à geração de energia. “Situados em regiões
pobres e desassistidas do Centro-Oeste e Norte do país, esses
empreendimentos são vetores de desenvolvimento social, ambiental e
econômico. Os projetos sociais, econômicos e ambientais realizados
nas hidrelétricas de Estreito e Jirau são um retrato �el da mudança
desta realidade”, a�rma.
Karina Howlett
BoasNovas 27
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P&D
A geração de energia a partir da luz solar já faz
parte de uma realidade cada vez mais próxima do
consumidor brasileiro. Concessionárias de energia
estão desenvolvendo projetos para testar as
tecnologias de captação que mais se adaptam ao
clima do Brasil, passo fundamental para a viabilidade
da fonte energética. Apesar de já existirem iniciativas
isoladas, o interesse dessas companhias foi
despertado a partir da chamada pública de Pesquisa
& Desenvolvimento da ANEEL (Agência Nacional de
Energia Elétrica).
Foram aprovadas 17 das 18 propostas
apresentadas, envolvendo plantas com capacidade
instalada entre 0,5 MWp e 3 MWp, num total de
24,6 MWp, su�ciente para gerar energia para 17
mil residências. Os investimentos nos projetos
totalizam R$ 395 milhões, que serão aportados nos
próximos três anos. O maior deles é o da Tractebel
Energia, com custo de R$ 56,3 milhões, que inova ao
colocar módulos de avaliação em diferentes regiões
do Brasil. O P&D Estratégico Solar Fotovoltaico
proposto pela Tractebel Energia será desenvolvido
com 12 empresas cooperadas (veja Box) na
instalação, operação e avaliação de oito módulos,
cada um com sete tipos diferentes de tecnologia
fotovoltaica, testadas em ambientes geográ�cos
distintos.
projeto inovadorTractebel desenvolve
Durante a pesquisa, as tecnologias fotovoltaicas serão avaliadas sob
diferentes condições climáticas, além de serem veri�cados os custos de
investimento, operação e manutenção. Elaborado a partir de agosto de
2011 junto ao Grupo de Pesquisa Fotovoltaica da UFSC (Universidade
Federal de Santa Catarina), o projeto da Tractebel foi apresentado
para a APINE (Associação Brasileira dos Produtores Independentes
de Energia Elétrica), no processo de captação e adesão das demais
empresas interessadas, antes do envio formal à ANEEL.
De acordo com o gerente de Desenvolvimento de Negócios da
Tractebel, Carlos Gothe, para que a energia solar seja largamente
aplicada no Brasil ainda será necessário o desenvolvimento do
mercado, uma regulamentação especí�ca e o estabelecimento de
fornecedores de equipamentos e serviços, além de capacitação de
mão de obra. Essas demandas, inclusive, são objetivos que o projeto
visa a atender.
Na Europa, por exemplo, a conversão da energia solar em energia
elétrica vem crescendo rapidamente. “A entrada da Companhia no
promissor mercado de energia renovável de fonte solar incentiva o
desenvolvimento de centros de pesquisa das universidades brasileiras
e amplia a matriz de geração da Tractebel Energia, que atualmente
desenvolve projetos de P&D em outras fontes inovadoras, como ondas
do mar e pressão osmótica”, de�ne o gerente de P&D da Companhia,
Sergio Maes.
Moirenc Camille
Tractebel Energia28
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P&D
Os oito módulos de avaliação da capacidade
fotovoltaica serão instalados nas cinco regiões
brasileiras abrangendo as áreas litorâneas e
interioranas. Nesses locais serão avaliados sete tipos
distintos de tecnologias, como o silício cristalino,
monocristalino e amorfo com e sem rastreamento,
telureto de cadmio, concentrador fotovoltaico,
dentre outros.
A mão de obra envolvida no desenvolvimento do
projeto conta com 13 pro�ssionais da Tractebel, que
estão diretamente na pesquisa, além de pessoal
oriundo das empresas cooperadas, universidade
e empresas terceirizadas, bem como especialistas
de diversos países com conhecimentos na área de
energia solar.
“A usina e os módulos servirão como um laboratório
para a Tractebel Energia estudar e conhecer todos
os aspectos técnicos e econômicos da tecnologia”,
a�rma Levi Souto Jr., gerente deste projeto de P&D.
Para o professor Ricardo Rüther, do Departamento
de Engenharia Civil da Universidade Federal de
Santa Catarina, o projeto também irá proporcionar
a consolidação de uma parceria entre empresa e
universidade no avanço das pesquisas relacionadas
a aplicações dessa tecnologia no Brasil.
Na opinião do professor Rüther, o projeto vai contribuir para a
formação de Recursos Humanos nesta área e promover a interação
e cooperação técnica entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros,
lançando as bases do que será a entrada desta tecnologia no Brasil,
incluindo aspectos técnicos, econômicos e de legislação. Com a
implementação do projeto, a Tractebel Energia agrega a seus ativos
usinas de praticamente todas as fontes energéticas, com um portfólio
diversi�cado, entre hidrelétricas, termelétricas a carvão, gás, óleo e
biomassa – madeira e bagaço de cana -, além de pequenas centrais
hidrelétricas e eólicas.
- Campos Novos Energia S.A.
- Centrais Elétricas Cachoeira Dourada
- Central Geradora Termelétrica Fortaleza S.A.
- Companhia Energética Rio das Antas
- Companhia Paulista de Força e Luz
- Companhia Piratininga de Força e LuzExecutora
Universidade Federal de Santa Catarina
Além da Tractebel Energia mais 12 empresas ligadas a APINE aceitaram este desa�o e estão juntas no projeto de P&D, são elas:
- Copel Geração S.A.
- Energética Barra Grande S.A.
- Foz do Chapecó Energia S.A.
- Light Serviços de Eletricidade S.A.
- Light Energia S.A.
- Rio Grande Energia S.A.
CINCO REGIÕES DO BRASIL RECEBEM PAINÉIS FOTOVOLTAICOS
Diogo Ferrari/SXC
BoasNovas 29
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REGIONAL IGUAÇU
Formar bancos de germoplasma, ou seja, unidades conservadoras
de material genético para produzir arti�cialmente peixes nativos e
soltá-los no Rio Iguaçu, no Paraná, é um dos objetivos do projeto de
Pesquisa & Desenvolvimento da ANEEL, que une Unioeste e Tractebel
Energia. A proposta contempla também que o material genético seja
aplicado para conservação da biodiversidade e/ou para a aquicultura.
Esse laboratório vai ser uma ferramenta de responsabilidade social,
conservação ambiental e de geração de conhecimento, trazendo
benefícios para a comunidade local, regional e para o meio ambiente.
Com um valor total de R$ 1,8 milhões, sendo R$ 1,6 milhões de
contrapartida da Unioeste e o restante da geradora de energia, o
projeto, cujo nome técnico é Tecnologia para Formação de Bancos de
Germoplasma e Produção de Peixes Nativos para Repovoamento no
Rio Iguaçu vai ter duração de 48 meses, e iniciou em fevereiro deste
ano. “Vamos trabalhar com quatro espécies de peixes nativos da
Bacia do Iguaçu: Lambari (Astyanax gimnodontus), Jundiá (Rhamdia
branneri), Mandi Pintado (Pimelodus britskii) e Surubim do Iguaçu
(Steindachneridion melanodermatum)”, explica o professor e pró-reitor
de Extensão da Unioeste, Gilmar Baumgartner, pesquisador nesse
projeto.
As atividades de captura de peixes no ambiente natural para formar o
grupo de reprodutores já iniciaram. “Essa parte é importante, porque
depois vamos utilizar tecnologias relacionadas à reprodução arti�cial
dos peixes trabalhados, com a �nalidade de soltura, estudando a parte
comportamental, sobrevivência, etc”, ressalta o coordenador do projeto
Robie Allan Bombardelli, que é também diretor do InPAA (Instituto de
Pesquisa em Aquicultura Ambiental).
Peixes para o Rio Iguaçu
Estes aspectos, diz Bombardelli, serão trabalhados desde as coletas
das matrizes a campo, o processo laboratorial, o crescimento em
tanques até a soltura.
As quatro espécies serão criadas também por produtores rurais da
região, que irão receber, além do peixe, assistência técnica e condições
para realizar a criação. “Nossa próxima etapa é de�nir os parceiros para
a produção de peixes e iniciar as atividades de pesquisa e produção”,
diz o representante da Tractebel no projeto, Leocir Marcos Scopel.
No setor de construção, os trabalhos estão dentro do prazo, com os
projetos todos prontos. As obras do laboratório iniciam até o �nal de
julho. Será construído nas dependências do Instituto de Pesquisa
em Aquicultura Ambiental, uma área de extensão da Universidade.
O laboratório vai abrigar os equipamentos e os experimentos com
as matrizes de peixes e os alevinos na fase larval, sendo útil também
para a realização de aulas práticas da Universidade. No Instituto,
informa o professor Bombardelli, existem diversos viveiros de criação e
laboratórios de pesquisa.
Nessa primeira etapa, já foram adquiridos alguns equipamentos,
entre eles estão um Veículo S-10, equipamentos para criopreservação
de material genético, equipamentos para análises espermáticas,
incubadoras e estruturas de criação de proles, equipamentos para
�ltragem, aquecimento e resfriamento da água entre outros.
Projeto de Pesquisa & Desenvolvimento é uma parceria entre Unioeste e Tractebel para captura de peixes e formação de grupos de reprodutores
Robie Allan Bombardelli
Robie Allan Bombardelli
Tractebel Energia30
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TECNOLOGIA + ÉTICA
Educar, capacitar e conscientizar sobre o uso ético,
seguro e legal da tecnologia, junto a pais, �lhos e
professores é o grande desa�o da era digital e a
missão do Movimento Criança + Segura na Internet,
do Instituto i.Start. Para isso, a advogada Patrícia
Peck Pinheiro viaja pelo Brasil levando campanhas de
conscientização na internet direcionada a empresas
e escolas.
Na sede da Tractebel Energia, em Florianópolis, e no
Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari
de Baixo (SC), onde esteve no mês de maio, Patrícia
proporcionou encontros ricos em informações e
bem-humorados bate-papos. Ela abordou o tema,
dando dicas para manter a segurança dos �lhos na
rede; tirou dúvidas de pais e até de �lhos, que também
assistiram à palestra; e contou muitas histórias dos
“sem noção na internet.”
A advogada Patricia Peck a�rma que todos os dias
se cometem milhares de infrações digitais, a maioria
por absoluta falta de conhecimento. “Embora não
haja uma legislação especí�ca para tratar crimes
cometidos pela rede, tudo o que fazemos no
ambiente virtual está sujeito às penalidades da lei
vigente”, ressalta.
Postar conteúdo em um blog denegrindo a imagem
e reputação de uma pessoa, falar mal dela ou
ridicularizá-la é considerado crime de Difamação.
“A pessoa ou o responsável pode pegar detenção
A internet mudou o mundo em que vivemos e, por isso, é tão importante esclarecer alguns temas com adultos e criançasera digital
Os desa�os da
Rápida e conectada assumida, além de fã das redes sociais, Patricia fala
com desenvoltura e se comunica de forma didática. Para ela, viver na era
do conhecimento e da liberdade de expressão com responsabilidade
não é nada fácil. “Em tempo real podemos compartilhar nossas opiniões
sem limite de espaço, em um mundo cada vez mais sem fronteiras físicas”,
explica.
Para viver nesse mundo, ensina a advogada, é preciso prestar atenção
em algumas regras básicas. “Os pais e professores têm de saber os
cuidados que devem ter com os �lhos e alunos ao utilizarem a internet.”
Publicar informações pessoais na internet; respeitar os direitos autorais,
citando sempre a fonte; usar as redes sociais de modo construtivo; usar
somente fotos ou imagens previamente autorizadas pelas pessoas nelas
retratadas; e não publicar conteúdos ofensivos, difamatórios ou que
ridicularizem outras pessoas, são informações que todos devem saber.
de três meses a um ano, além de pagar a multa estipulada”, diz Patricia.
Outra infração bem comum é a cópia de conteúdo de terceiros sem
autorização ou sem mencionar a fonte. É considerado crime também,
segundo a advogada, baixar MP3 ilegalmente, bem como usar software
e jogos sem licença.
Para criar uma legião de pessoas éticas no mundo digital, o Criança +
Segura na Internet, que foi criado em 2009, conta atualmente com 8
mil voluntários em todo o Brasil. A meta mais ousada e importante do
movimento é redigir um projeto de lei, obrigando escolas a incluir na
grade curricular aulas de cidadania e ética digital. Não deixe de visitar a
página do projeto na internet: www.criancamaissegura.com.br.
FALTA DE CONHECIMENTO CAUSA MAIORIA DOS CRIMES NA REDE
Renata de Bona
BoasNovas 31
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CULTURA
Com uma política empresarial bem de�nida, a Tractebel Energia
colocou em prática, há cinco anos, o Programa de Desenvolvimento
Cultural, cujo objetivo principal é valorizar e fomentar a cultura local.
São quase R$ 8 milhões em renúncia �scal ao ano, que se transformam
em projetos como o Festival Internacional de Teatro de Bonecos,
Festival de Cinema Rural (SC), Orquestra Sinfônica Brasileira (RJ),
Balé Bolshoi (SC), Centros de Cultura e Sustentabilidade, entre muitos
outros, patrocinados via leis Rouanet, do Esporte, do Audiovisual e FIA
(Fundação para a Infância e a Adolescência).
A geradora de energia prioriza projetos em sua área de in�uência,
composta atualmente por 80 municípios situados em 12 estados do
Brasil, de Norte a Sul. “Queremos impulsionar e propagar a cultura, com
ações que também preservem e valorizem a história, os costumes e
as tradições dessas cidades”, explica o diretor Administrativo, Luciano
Andriani. Um bom exemplo é o apoio na viagem dos alunos dançarinos
da APAE de Florianópolis, para abrir as competições náuticas da
Olimpíada de Londres (leia mais na página ao lado).
Como está presente em quase todas as regiões do Brasil, a Tractebel
Energia aposta na diversidade cultural de projetos. Nos últimos dois
anos, a Companhia tem incentivado e contribuído para a criação de
centros de cultura em pequenos municípios, principalmente os que não
dispõem de estrutura com essa �nalidade. São cidades sem salas de
cinema, teatro, áreas destinadas a shows, entre outros.
Nestes centros são instalados prédios com salas de aula, museus e um
teatro multiuso (teatro, cinema, dança, música, palestras).
Programa Cultural
Eles são dimensionados de acordo com a população
local. Cada centro custa em torno de R$ 1,5 milhão.
“Já temos um com um ano de atividades; dois em
construção e mais três em fase de projetos, ainda
sem aprovação”, conta Andriani. Para ele, o grande
diferencial é que as comunidades participam nas
de�nições do projeto e garantem os recursos a serem
aplicados por meio da Lei Rouanet.
Em função desta iniciativa, diz Andriani, há um
compromisso da Empresa com as diversas
comunidades de alocar parcela expressiva de sua
disponibilidade na construção destes centros nos
próximos anos. Primeiro centro construído, o de Entre
Rios do Sul (RS), depois de um ano de funcionamento
se �rma como ponto de referência, que recebe e
repassa cultura para toda a região. Só no primeiro ano
cerca de 2 mil pessoas – população local e
região - visitaram o Centro gaúcho. A agenda para
todo este ano está lotada, com apresentações de
teatro, shows, o�cinas de arte, mostras de cinema,
entre muitos outros, num claro sinal de que a Empresa
está no caminho certo para o incentivo cultural.
Tractebel Energia incentiva a criação de Centros de Cultura em pequenos municípios onde possui empreendimentos, como o de Entre Rios do Sul (RS), inaugurado em julho de 2011
Arquivo Tractebel
Tractebel Energia32
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CULTURA
Ao �nal de mais um dia de exaustivos ensaios, o sorriso de satisfação
estampado no rosto de cada um dos integrantes do grupo de danças da
Apae Florianópolis não deixava espaço para dúvidas. A cada coreogra�a
ensaiada, ia �cando mais próxima a realização de um verdadeiro sonho: a
apresentação do grupo na abertura das competições náuticas dos Jogos
Olímpicos de Londres. Os dançarinos catarinenses foram escolhidos
para formar junto a artistas ingleses, também portadores de de�ciência,
um grupo internacional que fará parte da cerimônia de abertura das
competições olímpicas em Weymouth, na região de Dorset, ao sudeste
da capital britânica, no dia 28 de julho.
Esse sonho começou a tomar forma há dois anos, quando o diretor
artístico da Double Act Theatre, Tony Horitz, tomou contato com a dança
dos manezinhos, durante uma apresentação em Belém do Pará. “Na
época �quei impressionado com a performance do grupo e quando
surgiu a oportunidade de abrirmos os jogos náuticos da Olimpíada, logo
lembrei deles”, revela o diretor inglês. Os alunos do Dança Floripa ainda
disputaram com um grupo chinês a preferência do comitê britânico, que
acabou se decidindo pelos brasileiros, devido a realização das próximas
Olimpíadas no Brasil, em 2016.
Depois de 15 dias de uma intensa troca de experiências, o idioma das
coreógrafas e dos dançarinos ingleses se misturava com naturalidade
ao português dos alunos da Apae. Os ingleses da Double Act Theatre
mesclavam-se em passos e movimentos a�nados aos alunos do Dança
Floripa, do qual fazem parte 17 estudantes da Apae e três dançarinas
do grupo Estação Dançar. Juntos eles ensaiaram o espetáculo Breathe,
dirigido pelo britânico Jamie Beddard, ele também portador de
de�ciência, que não poupou elogios e incentivos ao grupo brasileiro. “Na
Inglaterra o talento de vocês irá brilhar, em uma mistura maravilhosa com
outros artistas”, repetia Beddart, com o grupo reunido em círculo, no �nal
de mais um período de ensaios.
COREOGRAFIA - Baseado em uma mitologia grega dos deuses dos
ventos, a coreogra�a vai levar ao mundo uma mensagem de inclusão e
determinação. Quando a comitiva de 25 artistas pisar o palco olímpico
será a vez de todos perceberem que a luta por aceitação e mais
oportunidades não tem idioma ou território.
GRUPO MOSTRA DEDICAÇÃO E AMOR PELA DANÇA
Fabiana Cristina de Souza e João Paulo Marcos estão noivos e têm em
comum o amor pela dança. Para eles, pisar o palco olímpico será uma
oportunidade única de levar ao mundo um sentimento que une o grupo
em torno do combate ao preconceito que ainda ronda os portadores
da síndrome de down. Só no Brasil, são mais de 300 mil pessoas com o
distúrbio, e que a cada dia rea�rmam suas potencialidades no trabalho,
nos estudos e na condução de uma vida independente.
“Foi muito importante unir a turma de dança da Apae com a turma da
Inglaterra e mostrarmos que a união faz a nossa força”, destaca João
Paulo, que não vê a hora de embarcar rumo à capital inglesa. O mesmo
sentimento, que une euforia com grande expectativa, também faz parte
do cotidiano de Carolina Martins, que há três anos faz parte do grupo
artístico da Apae. “Estou louquinha para ir dançar na Olimpíada com
meus colegas de trabalho e esse pessoal inglês, que é muito bacana”,
garante a dançarina. “É um sonho realizado, nem parece verdade”,
comemora Inori Sebastião da Silva, que pela primeira vez irá visitar outro
país, e ainda como convidado o�cial.
Para a presidente da Apae Florianópolis, Arlete das Graças Torri, a
união do grupo inglês e do brasileiro em torno da dança reforça uma luta
em comum, que é o de despertar a sociedade para a necessidade de
inclusão cada vez maior das pessoas com de�ciência física e intelectual.
De nada adianta os gestores das cidades garantirem acessibilidade
física se a população não for sensibilizada para o convívio saudável com
os portadores de de�ciência, assegura a diretora da Apae. Ela destaca
o apoio que o grupo recebeu do Governo do Estado e da Tractebel
Energia para que a viagem fosse viabilizada. “O mais importante é que
eles estão vivendo intensamente tudo isso”, comemora.
em LondresUm sonho
Duda Hamilton
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Nos três primeiros meses de 2012, a Tractebel
Energia alcançou um lucro líquido de R$ 329,5
milhões, contra R$ 307 milhões no mesmo período
do ano passado, mostrando um crescimento de
7,4%. O EBITDA, sigla em inglês para o lucro antes
dos juros, impostos, depreciação e amortização,
atingiu R$ 714,4 milhões nesse primeiro trimestre,
indicando um crescimento de 3,2% ante o primeiro
trimestre de 2011, com margem EBITDA de 61,9%,
abaixo 5,8 pontos percentuais, devido ao maior
volume de energia comprada para revenda,
segmento que oferece margens menores. Já a
receita liquida totalizou R$ 1,153 bilhões nos três
primeiros meses de 2012, valor 12,8% maior que o do
mesmo período de 2011.
As vendas consolidadas alcançaram 3.856 MW
médios, valor estável em comparação com o
primeiro trimestre do ano passado, mas o preço
médio da venda de energia, excluídos os impostos
e a exportação, foi de R$ 129,62/MWh neste
período, o que representa 8% acima dos números
anunciados para o mesmo período do ano passado,
re�etindo o reajuste anual dos contratos e a entrada
em operação parcial da Usina Hidrelétrica Estreito.
Em março deste ano, ocorreu o acionamento da
quinta das oito unidades geradoras de Estreito.
Em 27 de abril, a agência de classi�cação de riscos
Fitch elevou os IDRs (Issuer Default Ratings - Ratings
de Probabilidade de Inadimplência do Emissor) em
moeda local e estrangeira da Tractebel de "BBB-"
para "BBB". Ao mesmo tempo, a agência elevou
o rating nacional de longo prazo da companhia e
de sua segunda emissão de debêntures, no valor
de R$ 350 milhões, com vencimento em 2014, de
"AA+(bra)" para "AAA(bra)".
A Fitch a�rma que as notas re�etem o sólido per�l
�nanceiro da maior geradora de energia do Brasil,
citando a elevada geração operacional de caixa e o
RESULTADOS
“Com a entrada da unidade 5, mais de 85% da energia assegurada da
usina estão disponíveis, o que sinaliza que a contribuição de Estreito para
o resultado anual da Companhia será bem mais expressiva em 2012 do
que o foi em 2011”, observa o diretor-presidente, Manoel Zaroni Torres.
A hidrelétrica, que deverá estar totalmente concluída ainda este ano, terá
uma potência de 1.087 MW, dos quais 40,07% pertencem à Tractebel.
baixo nível de endividamento da Tractebel Energia.
Com esta nova classi�cação, a empresa espera uma
redução no seu custo de capital e a torna acessível a
investidores com nível de exigência ainda mais alto.
Menos de 15 empresas possuem rating "AAA(bra)"
hoje no Brasil.
Para o presidente da Tractebel Energia, Manoel
Zaroni Torres, essas duas elevações re�etem o
desempenho da empresa nos últimos anos, além de
ser um reconhecimento da solidez �nanceira obtida
por sua administração.
Tractebel Energia lucra R$ 329,5 milhões
Fitch classi�ca Tractebel como AAA
Plinio Bordin
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Especialista da Tractebel compõe diretoria do IBRI
ALTA VOLTAGEM
O engenheiro civil Odilon da Gama Parente Filho foi escolhido para ser
o novo diretor do CESTE (Consórcio Estreito), formado pela Tractebel
Energia, Vale, Alcoa e Intercement, a partir de 1 de junho. É uma nova fase
no Consórcio, já que para o período de implantação da usina eram cinco
diretorias distintas – presidência, � nanceira/administrativa, engenharia,
meio ambiente e socioeconômica, e agora, na fase de operação, são
duas diretorias – uma geral e uma � nanceira/administrativa.
O diretor geral Odilon Parente, que atuava na Tracebel Energia desde sua
criação em 1998, diz que daqui para frente os desa� os são muitos, pois
a usina é de grande porte, com um reservatório de 550 km2, que engloba
12 municípios e diferentes categorias sociais abrangidas. “É fundamental
ter ciência de que, como toda hidrelétrica, esse impacto deverá ainda
ser administrado nos primeiros anos de operação, buscando construir
soluções com a comunidade e com as quatro empresas envolvidas”,
explica Parente.
Rafael José Caron Bosio, especialista em Relações
com Investidores da Tractebel Energia, foi indicado
para compor a nova diretoria da Regional Sul do IBRI
(Instituto Brasileiro de Relações com Investidores),
como diretor-adjunto. Completam a diretoria os
executivos Solange Elizabeth Maueler Gomide, da
Copel; Luiz Fernando Moran de Oliveira, da WEG; e
Hemerson Fernando de Souza, da Randon.
Associação de direito privado, sem � ns lucrativos,
o IBRI estimula e promove atividades de Relações
Supervisão e CoordenaçãoLeandro Provedel Kunzler
Edição e textosDfato Comunicaçã[email protected]
Jornalista ResponsávelDuda Hamilton
Colaborou nessa edição Karina Howlett
Concepção Grá� ca e EditoraçãoDzigual Golinelli
Foto da capaShutterstock
Tiragem3.000 exemplares
Revista da Tractebel Energia S.A, de responsabilidadeda Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa
Odilon Parente assume como diretor do CESTE
com Investidores junto às companhias e aos
pro� ssionais ligados ao mercado de capitais no
Brasil e no exterior. Congrega aproximadamente
500 pro� ssionais da área de Relações com
Investidores e do Mercado de Capitais, que
representam cerca de 150 companhias abertas
brasileiras. Essas empresas respondem por 92% do
market cap (capitalização de mercado) do Ibovespa,
principal índice da Bolsa de Valores brasileira.
Arquivo Tractebel
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