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N.º 5 IV série Ano XX Set/Out 2016 www.cofre.org PVP €1,00 cofre Revista do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA DO PORTO

N.º 5 cofre Set/Out 2016 IV série Ano XX ... · onde as gaivotas esvoaçavam por todo o lado. Em setembro de 2011 comprou sua primeira máquina, baratinha, para experiência e tratou

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N.º 5IV sérieAno XX

Set/Out 2016www.cofre.org

PVP €1,00

cofreRevista do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado

REsidênCiA univERsitáRiA

do PoRto

FiCHA tÉCniCAPRESIDENTE: Tomé Jardim • [email protected] | DIRECTORA: Luísa Paiva Boléo • [email protected]ÇÃO: Cofre de Previdência | CONSELHO REDACTORIAL: Tomé Jardim, Elder Fernandes, Manuela Charrua, Catarina Santos, Vitor Luz, Susana Inácio, Sónia Ferreira, Norberto Severino, Cláudia Peres | EDITOR: Francisco Pinteus • [email protected] IMAGEM DE CAPA: Cláudia Peres | FOTOGRAFIA: Cláudia Peres | DIRECÇÃO CRIATIVA E DESIGN: Jorge GuimarãesPUBLICIDADE: Sara Ferreira | SECRETÁRIA: Sara Ferreira | COLABORADORES DESTE NÚMERO: Ana Costa, Ana Pereira Vaz, Beatriz Nabais, Carlos Tini, Mafalda Queiroz, Maria Inácia Guerreiro, Máximo Ferreira, Nicolau Santos, Nuno Adriano, Paula Marques, Paulo Borges, Paulo Fael | CONTACTOS DO COFRE: Rua do Arsenal, Letra E, 1112-8O3 - Lisboa e Rua dos Sapateiros, 58, 11OO-579- -Lisboa | Telefone: 213 241 O6O | Fax: 213 47O 476 • [email protected] | NIF: 5OO969442 IMPRESSÃO: MULTIPONTO, S.A. | ISSN 2182-1437 | DEPÓSITO LEGAL: 324664/11 | REGISTO ERC: 119146 PERIODICIDADE: Bimestral | TIRAGEM: 44.0OO | PVP: 1,OO€ | *A redacção da revista Cofre não obedece ao novo Acordo Ortográfico

1 EditoRiAl | dA PAlAvRA do PREsidEntE

3 CARtAs dos lEitoREs

4 BoAs PRátiCAs | AERoFoBiA Sem medo de voar

6 mEmóRiA | umA HistóRiA dE suCEsso As irmãs Meireles

9 oFERtAs Ao CoFRE | livRos

10 A FAinA dAs vindimAs | REPoRtAgEm A tradição já não é o que era... ou é?

12 Pequenas histórias da história do vinho

14 ColECCionismo Livros, rótulos, saca-rolhas

18 EFEmÉRidEs

21 ConsultóRio | línguA PoRtuguEsA O potencial da língua que maltratamos

22 CiênCiA | AstRonomiA Poderá um asteróide cair-nos em cima?

25 RECEitA Bolo de cherovia

26 CluBE júnioR do CoFRE

27 quEm É quEm | EquiPA dE limPEzA E lAvAndARiA quintA dE stA. iRiA

29 PERFil | novo sóCio Paulo Fael

35 AContECEu no CoFRE | quintA dE stA. iRiA Apresentação do roteiro do professor

37 Trekking 38 PRogRAmA CoFRE-ABREu

Passeio no Douro

40 PRogRAmA CoFRE-ABREu Riviera francesa e lagos italianos

41 notíCiAs | REsidênCiA sÉnioR louREs Dia Mundial da Música

42 AContECEu no CoFRE | quintA dE stA. iRiA

sumáRio

www.cofre.org 1

editorial da PalaVrado PreSideNtetomé Jardim

Destaco as Assembleias

Gerais Extraordinária

e Ordinária nos dias 28 de

Novembro e 15 de Dezembro. Cá os

espero

Relacionado ainda com assuntos do Cofre partilhados e conver-sados convosco nos últimos editoriais,

não existe, por agora, nada de novo a não ser o facto de o Tribunal ain-da não ter decidido relativamente à providência cautelar interposta pelo associado n.º 57504 - Jorge Ferraz, da venda do nosso imóvel da Rua dos Sapateiros e a compra do imó-vel da Rua das Laranjeiras ambos na cidade de Lisboa. Felizmente para além do prejuízo no tempo, não houve prejuízo monetário devido à compreensão por parte do compra-dor e do vendedor.

Três assuntos marcam a penúltima revista de 2016: a Assembleia Ge-ral Extraordinária do Cofre no dia 28 de Novembro, a Festa dos 115 anos do Cofre no dia 3 de Dezem-bro na Quinta Acordéon, localizada na zona de Coina-Barreiro no dis-trito de Setúbal e a Assembleia-Ge-ral Ordinária no dia 15 do referido mês de Dezembro. Aquando da ce-lebração dos 110 anos do Cofre foi escolhida a Quinta do Paúl perto de Leiria no Centro do país, de modo a facilitar o acesso aos Associados do Norte e Centro. Passados 5 anos, e a pedido de muitos Associados, desta vez a escolha recaiu num local per-to da área da grande Lisboa onde, como sabem, existe o maior número de Associados. Uma vez facilitando uns, outra vez facilitando as deslo-cações de outros. O local da sua rea-

lização é muito aprazível tem mui-to espaço, zonas verdes e cavalos (para quem quiser usufruir de um passeio ou de umas aulas de equi-tação.) Durante esse dia poderemos assistir à apresentação de um grupo de dança flamenca, de novo o artis-ta Fernando Pereira e terminamos por volta das 20h30 aconchegados com um caldo-verde, uns petiscos tradicionais portugueses e ouvindo as guitarras do trio “Três Bairros”.

Entrámos no Outono e depois de ultrapassadas as dificuldades nas piscinas da Quinta de Sta. Iria e zona envolvente, devido às chuvas de Maio como já foi referido, os nú-meros revelam-nos resultados que ultrapassaram as nossas espectati-vas. O acréscimo de reservas, em comparação com o ano anterior, de-monstram que os proveitos subiram no valor de €21604,61 e as despesas desceram em €33935,93.

Como sempre dissemos, e tem sido a nossa luta, criando condições mais confortáveis e mais simpatia os nos-sos Associados reconhecem esse es-forço e aderem. Apesar deste feito, temos de continuar a trabalhar e a incentivar, todos aqueles que no seu dia-a-dia, têm a missão de contribuir para o bem-estar da família Cofre.

E o tempo corre, sem nos aperce-bemos, estamos na altura das casta-nhas, da água-pé, do nosso vinho e claro, não podíamos ficar indiferen-tes, por isso vamos ter mais uma se-mana temática do magusto, já esgo-tada na Quinta.

editorial

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Antes de continuarmos a falar do magusto, lembro as nossas vindimas e o acompanhamento fotográfico, in-serto nas páginas da nossa revista, para poderem usufruir, levado a pre-ceito pela nossa trabalhadora Beatriz Nabais no papel de repórter. A safra correu bem com cinco toneladas de uva, da qual já se fez a trasfega. En-tretanto vamos engarrafar e rotular o vinho de 2015 a provar no magusto.

Nas rubricas do costume como é bom ler os textos escritos em bom português como a “A história do vi-nho” do Vogal do CA Francisco Pin-teus, a astronomia pelo Prof. Máxi-mo Ferreira acerca de “asteroides” ou o da trabalhadora do Cofre Sónia Ferreira “A Faina das vindimas” As nossas efemérides de hoje evocam pessoas e instituições portuguesas; no Consultório da Língua Portu-guesa contamos com a colaboração do jornalista Nicolau Santos, um se-nhor. Como sabem a nossa língua é a 5ª mais falada no mundo, merecia um outro tratamento por parte dos portugueses, mas não, tratamo-la mal e algumas rádios contribuem para isso. Apesar de falarem e de apresentarem os discos em portu-guês passam com muito mais assi-duidade a música cantada numa lín-gua estrangeira.

Vai conhecer a equipa empenhada nas limpezas e lavandaria da Quin-ta de Santa Iria no «Quem é quem»; a receita de hoje é o “Bolo de Che-rovia” recriado pelos trabalhadores

Beatriz Nabais e pelo nosso chef Carlos Tini. Os nossos Associados e familiares continuam a escrever e enviar textos como são exemplo a Ana Costa que nos ensina como perder o medo de voar e o Paulo Borges assina o texto acerca de um famoso trio vocal feminino dos anos 40/50 – As Irmãs Meireles. O Novo Sócio nascido na Covilhã conheceu o Cofre através da filha numa acção pedagógica na nossa Quinta. Temos ainda as cartas dos nossos Associa-dos, os livros oferecidos e as impres-sões das viagens Cofre-Abreu. Uma conversa escrita sobre colecionismo entre o Francisco Pinteus editor e o Xico Pinteus colecionador, com um desafio; o boletim de inscrição para a Festa dos 115 anos encontra-se nas páginas desta revista onde se encon-tram descritas as condições. Há cin-co anos fomos cerca de 700 Associa-dos, este ano teremos de ser mais.

Quero por último deixar aqui um desafio a todos, o Cofre já tem uma música para o seu hino ou canção, como lhe queiram chamar. Falta a letra. Assim vamos promover um concurso dirigido a todos/as os/as Associados/as. As regras estão na página 31 bem como a composição do júri. O vencedor/a tem direito a um disco e a um fim-de-semana em quarto duplo na época baixa/média num dos nossos Centros de Lazer.

E não se esqueçam de colaborar com a nossa Revista em todas as áreas. Com consideração pessoal. •

O Cofre já tem a música do Hino. Falta a letra. Veja

o Regulamento do Concurso e

concorra

3www.cofre.org

cartas dosleitoresA revista Cofre reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos não solicitados e não prestará informação postal sobre eles. Os textos publicados são da inteira responsabilidade dos autores.

Rua do Arsenal, Letra E1112-803 Lisboa

[email protected] facebook.com/cofredeprevidenciafae

Noémia de Sousa, Sócia nº 37605Olha-se o mundo a fundo,No fundo nada se vê,Há um mistério profundoEm tudo quanto se crê!

Acreditamos na vida,Acredita-se nas pessoas,A vida nos dá guaridaPensamos em frases boas!

Vamos assim caminhandoNeste mundo de ilusãoE despertamos chorandoCom mágoas no coração

Mea culpa, mea culpa,- Só vi a parte formosa:Em tudo há vida duplaAté em dois botões de rosa

José Daniel Tavares Fernandes da Silva, Sócio nº 59012❱❱ Após 30 anos de sócio foi a pri-

meira vez que estive na Quinta de Santa Iria. Saliento a simpatia e competência dos colaboradores e a qualidade das prestações, bem como a companhia dos animais.

Voltaremos. Obrigado.

(*) Transcrito do “Livro de Elogios” da Quinta de Santa Iria, Setembro 2016.

Alda Marília Antunes Gomes Pereira Marante, Sócia nº 104883❱❱ Passei 3 períodos de lazer aqui!

Que bom. Fica-se com energias reno-vadas. O local é propício ao descanso e limpeza do cérebro, e o meio-am-biente, a afabilidade com que somos recebidos, a prontidão em qualquer

ajuda, desde a cozinha a todo o es-paço. Até os animais da Quinta são gentis ao virem cumprimentar-nos com a sua graça. A todos eu devo um Muito Obrigada e levo-os no coração.

P.S. Eu volto

(*) Transcrito do “Livro de Elogios” da Quinta de Santa Iria, Setembro 2016

Aldina Ribeiro, Sócia nº 63507

❱❱ Em meu nome, saúdo o Cofre pelo sucesso da Viagem “Riviera Francesa e Lagos Italianos”. Não tenho uma falta a apontar.

Foi a primeira vez que aproveitei das viagens do Cofre e quero ma-nifestar o meu contentamento pela organização. O Guia Sr. Filipe foi extraordinário, incansável e duma grande eficiência.

O Grupo desta viagem, na sua maioria a viajar pela primeira vez pelo Cofre, ficou totalmente conta-tável (…). Já recebi a notícia da via-gem aos Fiordes da Noruega e só por doença não participarei. Obri-gada por tudo.

*Leia por onde passaram estes viajantes na pág. 40

Hobby fotográfico

Maria Guerreiro, Sócia nº 75481❱❱ A sócia por detrás da objectiva

que captou este momento na Praia do Vau, chama-se Maria Guerrei-ro. Começou a fotografar com o telemóvel em 2009 e as suas pri-meiras imagens foram registadas neste local, num dia de temporal onde as gaivotas esvoaçavam por todo o lado.

Em setembro de 2011 comprou sua primeira máquina, baratinha, para experiência e tratou de cap-tar a arquitetónica das estações de metro, demonstrando que todos os elementos visuais são potencialmen-te belos. Em rede, hoje partilha com outros fotógrafos amadores, a sua percepção sobre o mundo.

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BoAsPRátiCAs

AERoFoBiA

TEXTO Ana Costa - filha de Afonso Costa (sócio nº 47065)

Sem medo de voar

Como pode a filha de um piloto aviador, que ado-ra viajar, ter medo de andar de avião, ao pon-to de rezar numa des-

colagem e chorar numa aterragem? Não pode. A questão é: ou controlas o medo ou deixas que ele te controle a ti. Mas recuemos um pouco.

Tinha 6 anos quando entrei num daqueles aviões gigantescos da For-ça Aérea, um C-130, para ir ter com o meu pai aos Açores, Ilha Tercei-ra. Naquela altura ele trabalhava na Base das Lajes e eu, depois de uma birra de saudades, fui cuidadosamen-te entregue pela minha mãe a um amigo, que me levou de mão dada nesta aventura. Quando se é criança, não se pensa, não há perigos, apenas novidades. E por isso, a viagem cor-reu lindamente, até porque fui no co-ckpit como uma princesa, era o cen-tro das atenções. A partir desse dia, andava de avião como de autocarro e lá ia tranquilamente, tendo algumas vezes o meu pai como “comandante” dessas viagens.

Já adolescente, começo a viajar em aviões comerciais e subitamente, o facto de saber que ia voar deixa-me sem sono e ansiosa umas semanas

É preciso mais. É como um vício que temos de assumir para ser combatido.

Estou nesta fase de “Olá eu sou a Ana e tenho medo de voar” quando me deparo com um programa levado a cabo pela TAP para combater a fo-bia, de seu nome: “Ganhar Asas”. Na altura ponderava fazer uma viagem à Austrália (mais de 20h!) e nem hesi-tei, inscrevi-me de imediato.

Tive uma primeira consulta com a psicóloga Cristina que me recebeu com a sua voz calma que desde logo me tranquilizou. Avaliou o meu grau de fobia e explicou-me as fases do programa, 3 dias intensivos, sexta a domingo, começando com teoria e exercícios práticos e finalizando com uma viagem, ida e volta a Madrid, a prova dos nove.

Confesso que estava um pouco ner-vosa no primeiro dia, quando entrei na sala e me deparei com o grupo de pessoas, que me ia acompanhar nesta viagem em terra. Talvez também um pouco descrente por achar que a mi-nha fobia só terminaria com magia. Mas não. O poder das pessoas fun-ciona mesmo e quando se juntam em prol de um objetivo comum, mais ain-da. É um espirito fantástico de união, interajuda, partilha. Somos um só. Não estava sozinha neste meu medo.

E a equipa? Sem palavras. Compos-ta por duas psicólogas, um coman-dante, um comissário de bordo, duas hospedeiras, pessoal da manutenção. Cada um deles partilhou connosco a sua experiência e ao mesmo tempo procurou compreender o que nos pro-

antes. Era uma “viciada” em meteo-rologia e acreditava que se olhasse muito para as previsões elas melhora-riam porque com chuva, o panorama ainda se previa mais grave. Quando entrava no avião, não tinha qualquer controlo sobre o meu corpo que tre-mia por todos os lados. Só pensava em desgraça. Qualquer barulhinho era sinal de problema, a turbulência era uma queda e um olhar mais an-sioso da tripulação era para mim um “já foste”. Não me levantava, não co-mia, não falava e mal ouvia. As des-colagens eram catastróficas, tudo me passava pela cabeça, tudo abanava, um turbilhão de emoções, sensações e tensões. Péssimo.

As aterragens eram mais tranqui-las pois sabiam a destino, tirando as aterragens em Lisboa onde apanhava sempre correntes de vento dos infer-nos. Perante este cenário emocional-mente caótico e dantesco, chegava ao destino de rastos, parecia que tinha apanhado uma tareia. Igualmente irritada porque, vejamos, para uma pessoa que pensa em viajar a toda a hora, essa sensação é apenas idiota. Tinha de tomar uma atitude, o medo cansa muito.

Desgastava-me ter de ouvir as pes-soas, ditas entendidas em matéria de fobia, a falar-me constantemente de estatísticas. Sim, “há mais pessoas que morrem nas estradas.” Apesar de bem-intencionados, são dizeres ra-cionais, e a fobia é tudo menos isso.

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Se também estão cansados do medo, fica a dica:www.facebook.com/voarsemmedo/

vocava o medo. Com toda a calma e paciência explicaram-nos as suas fun-ções, o porquê de determinados ruí-dos fora e dentro do avião, as rotinas das manutenções (acreditam que um avião pode ser totalmente desmonta-do até sobrar apenas uma peça?), as razões da turbulência e como está um avião preparado para a enfrentar.

Somos levados para um mega si-mulador onde passamos por vários níveis de turbulência. Fiquei de boca aberta com o nível mais elevado e a minha boca abriu ainda mais quan-do me disseram que aquele nível não era nada, ainda podia ser pior! Talvez tenha sido das coisas que mais efeito me fez porque agora, quando apanho turbulência, daquelas que nos fazem sentir músculos inimagináveis, pen-so sempre que pode ser pior e fico mais tranquila. Foram 3 dias de mui-ta emoção, com gargalhadas e choro, momentos de ansiedade e outros de calma. Aprendi a respirar e a relaxar. Aprendi que somos nós que controla-mos o nosso corpo e não o contrário. Acreditei na força de uma palavra, no poder de um abraço e de um sorriso, aprendi a confiar e a deixar aconte-cer. “Abana mas não cai” era a nossa frase de código para nos tranquilizar nos momentos mais tensos. Funcio-nava e ainda funciona. Há coisas que ficam.

O último dia do programa terminou com a viagem a Madrid, ir e voltar. Apenas uma pessoa do grupo não conseguiu fazer a viagem. Éramos 12. Curiosamente era a pessoa que mais precisava de viajar e o fazia por motivos profissionais. O medo não se explica.

Mais uma vez toda a equipa este-ve presente neste momento tão es-

das melhores que fiz até hoje, está-vamos todos com uma energia imba-tível. A aterragem em Lisboa foi das mais bonitas, a aproximação à terra com aquelas luzes, eu sem qualquer tipo de ansiedade, apenas deleite, foi algo indescritível. Prova superada. Diploma entregue.

Próximos passos: viajar muito. As viagens que se seguiram em nada se comparam às que me tiravam o sono. Agora espreito a meteorologia para saber a roupa que devo meter na mala, agora fico com outro tipo de ansiedade ao pensar no destino e em como vai ser bom conhecer pessoas novas, experimentar novos sabores e cheiros, pisar outra terra. Levo um livro, oiço música e por vezes até dor-mito. Agora sim, este meu amor por viajar é inteiro, agora sim volto a ser “princesa” de mim mesma.

Se fiquei totalmente curada? Não posso dizer que sim, pois cada viagem é uma viagem. A fobia vai-se diluindo aos poucos, com insistência e teimo-sia, com uma ânsia de seguir rumo ao que é novo, por momentos. Voar.

Uma coisa é certa. Prefiro sempre ir, do que pensar no que poderia perder ao ficar. Isso sim é deveras assustador. •

pecial, o culminar de uma ansieda-de com os dias contados. Eu ia com o comandante sentado ao meu lado no avião. Era uma viagem que fazia o seu percurso normal, tinha por isso outros passageiros que olhavam para nós curiosos. Falávamos muito, ges-ticulávamos muito, perguntávamos muito, escutávamos atentos. Olhei para o comandante aquando da des-colagem, os seus olhos brilhavam, gostava mesmo daquela sensação de perder o chão. Isso tranquilizou-me. Foi uma viagem inesquecível, uma

Aprendi a respirar e a

relaxar. Aprendi que somos nós

que controlamos o nosso

corpo e não o contrário.

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umA HistóRiA dE suCEsso TEXTO Paulo Borges * fOTOs arquivo pessoal l.P.B.

mEmóRiA

Da esquerda para a direita: Cidália de Meireles, Nini Remartinez, Rosária Meireles, Gina Esteves, Maria da Graça, Fernando Remartinez, Maestro Belo Marques, Milita Meireles, Tito Lívio, José António, Rino Santos e Alberto Afonso. (Fotografia tirada no Regimento de Engenharia 2 - Campo 28 de Maio, em Maio de 1944).

Foi na cidade do Porto que nasceram três ta-lentosas meninas: Ci-dália, Rosária e Milita Meireles. Desde peque-

ninas, enquanto prosseguiam os seus estudos, iam também estu-dando música por orientação dos pais. Cidália com apenas treze anos já se apresentava na Portuen-se Rádio Clube.

Em 1941, já a viver em Lisboa numa festa de amigos em casa de António Ferro, casado com a poe-tisa Fernanda de Castro, a família Meireles foi convidada, bem como um grupo de amigos. Alguém pede que Cidália cante uma canção. Ela não se fez rogada e cantou, ou po-de-se dizer, encantou todos com a sua voz. Entre os presentes, além de António Ferro que na época era o diretor da Emissora Nacional, encontrava-se também um funcio-nário da referida estação de rádio, Francisco Herédia, que no final da atuação convida Cidália a ir pres-tar provas à Emissora. Ela não hesitou e lá foi no dia combinado fazer uma audição. É desta forma que Cidália Meireles, com apenas 16 anos de idade, se estreia pro-fissionalmente na rádio estatal a cantar a linda canção do maestro Resende Dias, «Sinos das Ermidi-nhas». Passa então a fazer parte do elenco da Emissora Nacional e

As irmãs Meireles, o primeiro trio feminino português

agrega nesse mesmo ano o quarte-to vocal feminino da referida esta-ção. Passa a ser igualmente presen-ça assídua nos programas «Horas de Variedades», «Serões para Sol-dados» e «Serões Recreativos para Operários». Em abril de 1943, é a vez da irmã mais jovem, Milita se estrear profissionalmente.

Um dia, numa festa de amigos, as três irmãs decidem entoar con-juntamente algumas canções. E o milagre acontece, as três vozes complementam-se: a voz doce de Cidália (mezzo-soprano), a voz quente e grave de Milita (contralto) e a voz fina, mas cheia de requin-tes, de Rosária (soprano). Todos ficam extasiados. E é nessa festa, que, por sugestão de Fernanda de Castro e iniciativa do marido as três irmãs são incentivadas a junta-rem-se com a finalidade de forma-rem o trio vocal: «As Irmãs Mei-reles». Treinadas intensivamente por Tavares Belo, as três irmãs co-meçam a cantar «à capela», (uma técnica pouco usual na época). A estreia do trio aos microfones da rádio ocorre a 29 de maio de 1943, às 22 horas da noite. O sucesso foi imediato. O público ficou deslum-brado com o virtuosismo do trio. Nas revistas apareciam muito bem vestidas e penteadas e quem as via na rua ficava encantado com estas novas vedetas da Rádio.

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Em 1944 e, no seguimento do que tinha já acontecido no ano anterior, a Emissora Nacional, com o intui-to de dar estímulo à música e aos músicos portugueses, promove um concurso de artistas da rádio para revelar novos talentos ou consagrar definitivamente a carreira artística dos cantores que mais se desta-cassem nesse ano. Entre os artis-tas concorrentes estavam as irmãs Meireles. O resultado final do con-curso foi: Cidália Meireles eleita Melhor Cantora e as Irmãs Meire-les, as grandes triunfadoras da noi-te, conquistam o primeiro prémio na categoria de Melhor Conjunto de Artistas Ligeiros da Rádio.

O trio participou em diversos filmes portugueses: Amor de Per-

dição, Um Homem às Direitas, O Diabo São Elas, Aqui Portugal, Os Vizinhos do Rés-do-Chão e Bola ao Centro. Em 1945, o trio recebe uma proposta para ir a Barcelona, a fim de atuar e gravar uns discos. O seu batismo internacional dá-se na vastíssima sala do «Cine-Olimpia» de Barcelona, onde cantam para os filiados da Falange, com a orquestra Gran Casino. Atuam igualmente com grande êxito numa das boî-tes mais prestigiadas de Barcelo-na, o Salão Rigat. É precisamente em Barcelona que o trio irá gravar, através da Companhia de Gramofo-nes Odéon os seus primeiros discos em 78 RPM. De seguida deslocam-se a Madrid para atuarem na Rádio Nacional. Ainda nesse ano, partem

para a ilha da Madeira contratadas por uma boîte local. Aí permane-cem cerca de dois meses com um êxito de que os periódicos locais de-ram extensas referências. Depois da digressão à Madeira, onde deram 20 espetáculos, as Irmãs Meireles re-gressam à metrópole e voltam a ser presença assídua nos programas de variedades da Emissora Nacional.

Em 12 de abril de 1946 realizam o seu primeiro recital no Teatro Gi-násio. O sucesso foi apoteótico. A carreira das três irmãs vai prosse-guindo durante o resto do ano, ten-do Cidália Meireles começado a ser presença regular em diversas emis-sões da APA (Agência de Publici-dade Artística). Em abril de 1947 partem para o Brasil. A estreia deu-se com o magnífico espetáculo realizado no Teatro João Caetano a 5 de maio de 1947. Foi um suces-so absoluto. O público brasileiro rendia-se incondicionalmente ao talento do trio vocal português.

Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Campina Grande e outras cidades do Brasil aplaudi-ram delirantemente as três irmãs. Depois do Brasil é a vez da Argen-tina, do Chile e do Uruguai. Em virtude da instabilidade política que se vivia na época, em alguns países na América do Sul, as irmãs regressam a Portugal, a 16 de mar-ço, a bordo do paquete Itália.

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mEmóRiA

Já em Portugal, a 9 de abril, com o patrocínio da Emissora Nacional, as Irmãs Meireles apresentavam-se ao público português, após dois anos de ausência, num recital efe-tuado no Teatro Tivoli, em Lisboa. Uma noite inesquecível. Durante os meses que as irmãs permanecem em Portugal e atuam com bastan-te regularidade em programas da Emissora Nacional, como é o caso dos programas «Passatempo Musi-cal». A convite do diretor da Rádio Nacional, D. Juan Viñas Bona, o trio parte de novo para Barcelona, onde permanece por algumas se-manas atuando na boîte Baía.

O regresso a Portugal dá-se, com um único objetivo: fazerem as ma-las a fim de regressarem ao Brasil. Já instaladas em São Paulo come-çam a cantar aos microfones da «Rádio Record», ao mesmo tempo que atuam numa das mais elegan-tes boîtes da cidade, a Excelsior. Nessa altura, o trio grava novos

discos de 78 RPM para a Conti-nental. Concluída a temporada em São Paulo, deslocam-se a Belo Ho-rizonte, capital de Minas Gerais, depois Curitiba, e posteriormente Baía com o objetivo de cumprir um vantajoso contrato com uma emissora local. Em janeiro de 1950 vão até Santos para participarem num espetáculo dedicado à coló-nia portuguesa, no majestoso Tea-tro Coliseu. Em março regressam ao Rio, ainda que fugidiamente, para tratarem de alguns assuntos pendentes. De seguida partem para Porto Alegre a convite das Emissoras Associadas onde can-tam com êxito. Obtêm o maior sucesso da cidade na boîte Cotton Club. Em meados de maio de 1950 partem para o Rio de Janeiro con-tratadas pela Rádio Globo e pela boîte Monte Carlo.

Em Novembro de 1950, des-locam-se à cidade de Lima, no Peru, no avião El Conquistador da

Braniff. Atuam na «Rádio Améri-ca», também atuam a partir de 1 de dezembro numa das mais famosas boîtes da cidade de Lima, a Em-bassy a que se segue «Teatro Segu-ra». Pela primeira vez na história do trio as três irmãs viajaram sem a sombra protetora dos pais. Foi então a oportunidade que Cidália teve para se emancipar definitiva-mente e manda chamar o homem por quem se tinha apaixonado em Santos, o engenheiro paulista Wal-dírio Moritz. O casamento ocorreu no dia 30 de dezembro no Registo Civil de Lima e a 3 de janeiro na Igreja de Monserrate. Embora «ca-sada de fresco» Cidália e as irmãs atuaram no dia seguinte na passa-gem de ano no Night Club Embas-sy. Uma noite inesquecível. Segui-damente deslocam-se à Colômbia, onde estava agendado um concer-to no Teatro Municipal na cidade de Bogotá. Partem posteriormente para as cidades de Medellín e Cali. Nesta altura, existiam muitos pro-jetos e alguns contratos já assina-dos. Primeiro iriam à Venezuela e depois aos Estados Unidos da Amé-rica. Mas algo inesperado acontece, o trio dissolve-se dissolve-se, se-gundo se sabe, por ciúmes do ma-rido de Cidália. Quantas como ela terminaram desta forma a sua car-reira. Em 1951 com a dissolução do trio, veio a desilusão dos fãs, que durante anos continuavam a recla-mar a presença das «três graças» portuguesas. Não fossem os discos gravados, certamente o tempo im-placavelmente as teria feito cair no esquecimento. Duas irmãs Meire-les, Rosária e Milita ainda residem no Brasil. •

* O autor escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico.

As Irmãs Meireles rececionadas no Rio, para cantarem na Rádio Nacional (A Cena Muda, 1947).

oFERtAsAo CoFRE

livRos

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lEndAs do distRito dA guARdA Fernando santos Costa, sócio n.º 51569 sete vidas, uma Chancela do Autor (2015)

Um monumental livro que retrata um quotidiano anti-go e cheio de identidade. São 172 lendas que traduzem uma busca pela preservação e divulgação do patrimó-nio imaterial, seguindo uma linha de determinação geográfica e histórica.

Os seus elementos gráficos, elaborados pelo traço do autor, revelam-se interligados com os elementos narra-tivos, buscando sempre que possível, referências a pa-trimónio natural ou edificado de cada concelho, para melhor identificação do leitor.

E como descreve o autor, uma “obra de proveniência colectiva, prontinha a ser narrada à lareira, em qual-quer serão de inverno”.

Conheça mais sobre o autor embandarra-bandurra.blogspot.pt

os CAminHos do PoEtA Alfredo de sousa Pereira, sócio n.º 60505 Edição do autor (2012)

Com referências às vi-vências do autor, nesta obra lêem-se poemas de paixões avassala-doras, mas também invocações a situações passadas, imagens que partem de momentos mais banais. Trata-se de um estilo intimis-ta que “assume uma história de vida e uma grande sensibilidade”.

imAgEns dE todo o mundo luís gonzaga tavares, sócio n.º 23848 Edição do autor (2016)

“Fui andarilho sem nunca me cansar, mas tenho imagens de tudo para tudo recordar”. É este o mote desta colec-tânea de postais de via-gem, de um autor que tem vindo a construir uma obra de antologias de poesia tais como “Contradança ao Rit-mo das Saltitantes Vol-tas da Vida” (ed.2016) ou “Antologia Lírica” (ed.2015).

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A FAinA dAsvindimAs

REPoRtAgEm

TEXTO sónia Ferreira FOTOS Beatriz nabais

Desde tempos idos que as vivências asso-ciadas às vindimas marcam gerações, conduzindo o imagi-

nário popular à ideia de ranchos de homens e mulheres a laborarem em ambiente festivo. E é neste tom que anualmente a tradição visita os vi-nhedos.

Usualmente, antes de calcorrear os corredores de videiras é tempo de mata-bicho, ou seja, uma refeição composta por alimentos fortes que ajudem a manter a robustez e ener-gia necessária ao trabalho, até à hora do almoço. Depois, com o estômago mais composto inicia-se a apanha das uvas. Hoje de mãos enluvadas, munidos de tesoura e baldes (em vez das tradicionais cestas de vime), mulheres e homens apressam-se a

A tradição já não é o que era…ou é?“Em Setembro os homens deixam as eiras da Terra Fria e descem, em rogas, (fazer suplicas) a escadaria do lagar de xisto. Cantam, dançam e trabalham. Depois sobem. E daí a pouco há sol engarrafado a embebedar os quatro cantos do Mundo”

in “Vindima” de Miguel Torga

retirar os cachos. Numa mimetiza-ção das rogas, o trabalho na vinha ao som das tesouradas nas videiras é acompanhado pela concertina in-centivando o convívio e animação dos vindimadores.

Já cheios, os baldes são despeja-dos no transporte que os levará para o lagar, dando início a uma nova fase do processo. Aí esmagam-se e prensam-se os bagos ocorrendo o desengace (separação do bago e do engaço) e produzido o mosto, que é conduzido até ao tanque onde fica a macerar e fermentar.

A mecanização do processo subs-titui as lagaradas de tradição mile-nar, durante as quais os homens faziam a pisa tradicional da uva com os pés. Mas na nossa Quinta, o vinho é elaborado num processo híbrido entre a introdução tecnoló-

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gica e práticas ancestrais, sem nun-ca esquecer a banda sonora dos ins-trumentos identitários desta faina, que ajudam a compassar o ritmo e a quebrar a dureza do labor, como é a concertina.

Passado algum tempo e finda a fermentação alcoólica, o vinho se-gue para envelhecimento nos tan-ques ou nas barricas de carvalho onde permanece encubado, até se obter o nível de maturação deseja-do. Este tempo de estágio assume um papel essencial para o equi-líbrio do vinho e na obtenção das suas notas frutadas.

O vinho novo é usualmente tes-tado no São Martinho, honrando a lenda e o final as colheitas.

A tradição pode não ser exacta-mente o que era, mas ficam-nos na memória as descrições imortaliza-das nas palavras de quem outrora as viveu. •Nota: Roga – Grupo alegre de homens e mulheres, por vezes toda a população válida de aldeias de Trás-os-Montes e Beira transmontana que, na época própria se dirige para o Alto Douro onde procede às vindimas.Fonte: Grande Enciclopédia Universal, Durclub

“Desde o amanhecer, mal as perdizes começaram a cacarejar pelos socalcos, que toda a Cavadinha era uma dobadoira. As mulheres cortavam, as crianças despejavam as cestas cheias, os homens erguiam sobre as trouxas os vindimeiros, e o som cavo do bombo ia abafando pelas valeiras fora o repenicado do harmónio e o tlintlim dos ferrinhos. O sol erguera-se já congestionado, e mordia a pele como um sinapismo. (…)”

in “Vindima” de Miguel Torga

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O vinho, como sabem é uma bebida alcoó-lica resultante da fer-mentação do sumo das uvas espremidas

e fermentadasEsta é uma definição simplista do

vinho com milhares de anos de his-tória, que atravessa civilizações e é um marco indelével na história da humanidade estando presente em todos os continentes e em quase todas as culturas.

Desde sempre o vinho esteve as-sociado às festividades e à divin-dade. Dionísio na Grécia e Baco em Roma eram os seus deuses. Da mesma forma que Jesus Cristo não deixou de o distribuir pelos após-tolos na Ultima Ceia, dizendo “to-mai e bebei, este é o meu sangue”.

Talvez por isso, na iconografia do vinho, em muitas delas se ve-

jam frades rubicundos que lhe es-tão associados. A descoberta de um dos mais famosos e caros vi-nhos do mundo, o champagne de-ve-se a um frade francês dizendo, ao prova-lo pela primeira vez, “es-tou a beber estrelas”.

Também nas igrejas mais antigas, nos seus pórticos esculpidos em pe-dra se veem muitas vezes cachos de uvas, bem como nas pinturas do in-terior. Os grandes mestres da pintu-ra e da escultura também celebra-ram o vinho e os seus deuses. Em alguns grandes museus podemos ver obras de Caravaggio, Durer, Goya, Rubens, Leonardo da Vinci, e muitos outros, com esse tema.

Hoje em dia o vinho ocupa um lugar de destaque na economia de muitos países e, desde algumas dé-cadas para cá, a sua cultura tem-se diversificado e atingido grandes patamares de qualidade, que não eram fáceis de imaginar. Países como Portugal, o Chile, Argen-tina, Estados Unidos, Austrália e África do Sul, produzem néctares que ombreiam com os melhores produzidos em França, que conti-nua a ser um ex-libris da produção mundial.

O vinho que deve ter nascido certamente por acidente (fermen-tação acidental das uvas), hoje é um produto muito importante na economia dos países onde é pro-duzido em larga escala, não só por si, mas por tudo que lhe é ineren-te: indústrias do vidro, cortiça, papel, transportes, publicidade,

Pequenas histórias da história do vinho

O vinho é a prova de que

Deus nos ama e gosta de ver

felizes

Benjamin Franklin

A FAinA dAsvindimAs

mEmóRiAs

TEXTO Francisco Pinteus FOTOS Beatriz nabais e Cláudia Peres

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jornalistas, enólogos, escanções..., dando emprego a largos milhares de pessoas. Mais recentemente, até na arquitectura, com conceitua-dos arquitectos a criarem rótulos e adegas que só por si, são objecto de culto, nomeadamente Siza Viei-ra, Souto Mouro, Frank Gehry e Santiago Calatrava entre outros, e podemos referir a Adega da Gran Cruz, em Alijó, a da Quinta do En-contro na Bairrada, a Adega Mãe em Torres Vedras, a Adega Mayor em Campo Maior, e em Espanha a adega das Bodegas Marques de Riscal e a Adega Isyor.

Em Portugal a Caves Aliança criou nas suas caves na Bairrada um museu que é visitável, bem como a Quetzal na Vidigueira que recentemente inaugurou o seu Centro de Arte Contemporânea.

Portugal tem um histórico na produção do vinho. O marquês de Pombal cria a primeira região demarcada do Mundo: o Douro. O Vinho ali produzido e ex-libris daquela região vinícola é o Vinho do Porto de grande qualidade e de um sabor único bebido em todo o mundo. Será por isso, hoje em dia, um dos mais falsificados, sem que, ao contrário do Champagne, se consiga vencer essa praga, pois produzem-se vinhos ditos do Por-to na Califórnia, Argentina, Chile, Austrália, África do Sul, etc.

Aqui no nosso cantinho da Euro-pa, também se produzem muitos e bons vinhos de Norte a Sul e para além do "Porto" ainda temos ou-tros generosos com muito boa co-tação como o Vinho da Madeira, os moscatéis de Setúbal e do Douro, não esquecendo o Carcavelos hoje, com uma produção muito reduzida.

Tempos houve em que se incenti-vava o consumo do vinho ("beber

vinho é dar de comer a um mi-lhão  de portugueses"), hoje apela-se ao consumo moderado, por mo-tivos de saúde e da sinistralidade rodoviária.

Celebremos, sim...mas com mo-deração. Saúde.

A Lenda de S. MartinhoMartinho era um oficial romano que ao passar os Alpes no regresso a Roma encontrou um pobre morto de frio a pedir esmola. Como não tinha nada para lhe dar, e apesar do frio, rasgou a sua capa e deu-a ao pobre para se agasalhar. De repente o mau tempo passou e o sol brilhou como recompensa pelo gesto do soldado. Por isso se chama o Verão de S. Mar-tinho e o seu dia celebra-se a 11 de-Novembro.

Mas S. Martinho existiu realmen-te, tendo falecido no ano de 397 e foi enterrado em Tours-França.

Até recentemente foi dos santos mais populares em França e, em 2005, foi reconhecido pelo Conselho Europeu  como "Personagem Euro-peia - Símbolo da Partilha". •

A penicilina cura os homens,

mas é o vinho que os torna

felizes

Alexander Fleming

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A FAinA dAsvindimAs

ColECCionismo

TEXTO Francisco Pinteus FOTOS Cláudia Peres

O desejo de coleccio-nar cedo se manifes-ta nas pessoas. Hoje em dia, com a melho-ria das condições de

vida, são os próprios pais e fami-liares que alimentam esses hábitos nos filhos: mais um “Lego”, mais uma “Barbie”, etc.

Nos anos cinquenta/sessenta do século passado, talvez a comum e precoce forma de coleccionismo fossem os “santinhos” da cate-quese, que depois engordavam os catecismos e os missais. Seguia-se-lhe a caderneta dos “cromos da bola”, anexos a rebuçados (hoje é a “Panini”) ou as figurinhas dos chocolates da Regina (seria do Rajá?), bem como as caricas e os postais ilustrados. Depois passava-se às clássicas: moedas e selos.

Actualmente abriu-se um mundo de colecções: tudo, ou quase tudo, é coleccionável: pacotes de açúcar, bases de copos, chávenas de café, copos, esferográficas, etc. etc. E dentro destas “categorias” ainda se criam grupos mais específicos ou exigentes. É um mundo sem fim.

Claro que a publicidade... Pu-blicidade? Eu disse publicidade? Qual publicidade: o marketing, e a utilização destes elementos como veículo preferencial veio ajudar ao desenvolvimento deste interesse e a aumentar o seu volume exponen-cialmente. Mas também há outros tipos de colecções menos prosai-cas, como relógios (desde o Swa-tch, aos Tissot, Ómega e mais…e mais), bem como de automóveis. É uma questão de escala. Assim como há colecções que só valem

Livros, rótulos, saca-rolhas...

pelo seu valor sentimental ou até pelo seu “volume”, há-as em que um só item pode atingir valores muito consideráveis. A internet veio criar um mundo inesgotá-vel para os coleccionadores, bem como as recentes feiras de velha-rias, com a possibilidade de com-pra ou troca. Há coleccções que se completam, mas a maioria é infini-ta, o que implica muitos problemas de espaço e “conflitos” domésti-cos. Aqui começam os problemas. Mas outro problema se põe: quan-do não temos quem dê continui-dade à colecção. Que fazer? Pois, também tenho esse problema.

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Faça-nos chegar os seus contributos a esta proposta por carta (Rua do Arsenal, Letra E - Apartado 2500, 1112-803 Lisboa) ou e-mail para [email protected]

Nos anos setenta do século passa-do fui apanhado por esta “doença”. Foi numa visita ao Centro Pompi-dou em Paris e fiquei fascinado por uns anúncios do whisky “Johnnie Walker” premiados como anúncio do mês (l’affiche du mois). A par-tir daí, o tema da publicidade às bebidas tornou-se constante (mas também as das campanhas anti-álcool). Isqueiros, porta-chaves, esferográficas, cinzeiros, rótulos, saca-rolhas, etc., etc., enchem ga-vetas e armários. O computador veio ajudar à manutenção dos fi-cheiros respectivos actualizados. O pior é quando entra o vírus e não fizemos as necessárias seguranças.

Uma vez que este problema não será só meu mas também de mui-tos dos milhares de sócios do nos-so Cofre que padecem da mesma “doença”, lembrei-me de criar o nosso “Clube do Coleccionador”. O que se pretende? Para além da troca de conhecimentos e de ob-jectos entre os “sócios-coleccio-nadores”, criar-se um “Banco do Coleccionador”, em que o Cofre disporá de um sítio (um “cofre”) onde o sócio poderá guardar as suas colecções as quais serão devi-damente mantidas.

Por hoje só quero lançar a ideia e esperar contributos para ver se a mesma tem pernas para andar. En-tretanto mostro-vos alguns exem-plares da minha coleccção. •As imagens retratam parte da colecção do autor.

A FAinA dAsvindimAs

ColECCionismo

ActividadesESPECIALNATAL

dos 6 aos 12 anos

O Cofre irá abrir as suas portas a novas actividades de ocupação de tempos livres

dedicadas ao Natal, em Lisboa.

Para crianças dos 6 aos 12 anos, estas actividades contemplam visitas, oficinas

criativas, gastronomia, entre outros.

Inscrições e mais informações em:19 a 22 www.cofre.org

email: [email protected]

telf. 210 123 008 / 213 241 060

EFEmÉRidEsrEcOlha l.P.B.

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140 Anos

lEAl dA CâmARAtomás Júlio Leal da câmara (1876-1948) – Nasceu em Pangim, Nova goa, a 30 de Novembro de 1876. Em 1880 a família re-gressa a Lisboa, onde o jovem iniciará os primeiros estudos num colégio. Perde o pai aos 19 anos. cedo se destacou como pintor e caricaturista mordaz. republicano convicto os seus excessos contra a mo-narquia e o rei D. carlos em jornais como A corja, A Sátira ou A Marselhesa obri-garam-no ao exílio em Espanha, frança e bélgica. os seus trabalhos para o jornal satírico francês «L’ Assiette au beurre» tornaram-no célebre e temido. trabalhou cerca de onze anos para este semanário, sendo de referir que foi entre os grandes do tempo quem mais capas ilustrou, com-petindo com Steinlen, caran d’Ache, ca-piello, ou benjamin rabier. foi amigo de Picasso, Degas e toulouse Lautrec. A sua

passagem pelo brasil foi também elogio-samente noticiada. regressou a Portugal após o 5 de outubro de 1910. Viveu e foi docente no Porto. casou e comprou uma pequena quinta na rinchoa, em 1930, onde passou a residir e onde hoje existe a sua casa-Museu.http//www.sintraromantica.net/museu/23

100 Anos

EstAção dE são BEnto no PoRtoUma das mais belas e originais esta-ções de comboios do mundo come-morou o seu primeiro centenário em 5 de outubro passado e está previsto ser um novo mercado com 2.200 me-tros quadrados, quinze restaurantes, quatro bares, quatro lojas, uma cafe-taria e uma galeria de arte nos mol-des da transformação que ocorreu no Mercado da ribeira em Lisboa.A estação concebida pelo talento do arquitecto José Marques da Silva e decorada com painéis de azulejo, da autoria de Jorge colaço, apresenta uma cronologia dos meios de trans-porte utilizados pelo homem, bem como datas da história de Portugal, cenas de trabalho campestre e costu-mes etnográficos.

Auto-caricatura, 1935

Jornal satírico "A Corja" n.º 17, de 16 de Outubro de 1898

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cabeçapreto

cabeça cinzento

A Missão damunicação.O Ano Ine televisão.

A cerimónia de Lançamento do «Ano Internacional para o Entendimento Global» decorreu a 2 de fevereiro de 2016 em Jena, Alemanha

Título

EFEmÉRidEsrEcOlha l.P.B.

150 Anos

mARiA AuRÉliA mARtins dE sousAAurélia de Sousa nasceu no chile, na cidade de Valparaíso, a 13 de Junho de 1866, filha de pai português emigrado e de mãe espanhola. Em 1869 a família numerosa regressou a Portugal. Aos 16 anos iniciou aulas de desenho e pintura e mais tarde inscreveu-se com a irmã Sofia Martins (1870-1960), na Academia de belas-Artes do Porto. Em 1899, parte para Paris onde frequenta a Academia Julian, participa em exposições onde vende alguns trabalhos. Em 1900 a irmã Sofia junta-se a ela e viajam pela Europa. Ao longo dos anos participa nas exposi-ções anuais da Sociedade de belas-Ar-tes do Porto, em mostras na Santa casa da Misericórdia ou no Palácio de cristal e na Sociedade Nacional de belas-Ar-tes de Lisboa. faleceu a 26 de Maio de 1922. o seu quadro mais divulgado é um autorretrato onde enverga um vestido vermelho, porém Aurélia de Sousa teve uma obra diversificada, para lá da pin-tura como ilustradors para livros infantis e fotografia. As suas telas de paisagens colocam-na a par dos seus contempo-râneos. Podemos apreciar o seu talento não apenas no Museu Nacional de Soa-res dos reis como e casa Museu Marta ortigão Sampaio, ambos no Porto.

60 Anos

FundAção CAloustE gulBEnkiAnA fundação calouste gulbenkian foi criada em 1956 cumprindo o estipula-do no testamento do mecenas arménio calouste Sarkis gulbenkian e destinada a fomentar o conhecimento e a melho-rar a qualidade de vida das pessoas através  das  artes, da  beneficência, da ciência e da educação. A fundação «tem como principais fins promover os valores universais ine-

rentes à condição humana, o respei-to pela diversidade e pela diferença, a cultura da tolerância, bem como a preservação do ambiente na relação do homem com a natureza. Manter o espírito curioso e sensível à harmonia da natureza e uma especial propensão para a contemplação da beleza que constituíram traços marcantes do ca-rácter do fundador.»

CEntEnáRio

máRio dionísio Mário Dionísio  (Lisboa 1916 - 1993) foi escritor, crítico, pintor e professor de português.Personalidade multifacetada, Mário Dionísio teve uma ação cívica e cultural marcante no século XX português, com particular incidência nos domínios lite-rário e artístico.

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1º dia: Lisboa / Casablanca

2º dia: Casablanca / Rabat / Casablanca

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4º dia: Ouarzazate / Zagora

5º dia: Zagora / Erfoud

6º dia: Erfoud / Tinghir / Ouarzazate

7º dia: Ouarzazate / Taroudant / Agadir

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Uma conferência sobre os 30 anos da língua portuguesa na União Europeia, que decor-reu em Lisboa a 26 de Setembro não me-receu atenção da imprensa diária, que por acaso precisa dessa matéria-prima para tra-

balhar. Mas isto é apenas o corolário da falta de estra-tégia a que nos últimos 40 anos os sucessivos governos têm votado o português. Os números são incontornáveis. Segundo o estudo «Potencial económico da língua portu-guesa», os 250 milhões de falantes representam cerca de 3,7% da população mundial e detém 4% da riqueza glo-bal; os oito países de língua oficial portuguesa dispõem todos de amplas plataformas marítimas; e a língua portu-guesa é a quarta mais falada do mundo e regista uma das taxas de crescimento mais elevadas na internet (5ª língua usada) e nas redes sociais (3ª mais usada no Facebook) e na aprendizagem como língua estrangeira.

Ou seja, a base existe, é ampla, mas o seu potencial está por realizar. Quem o reconhece é o citado estudo: «O português ainda não tem no comércio mundial um peso correspondente à importância do seu PIB.» E há ameaças. Como foi referido na conferência, existem cer-ca de 6000 línguas atualmente, mas 2500 deverão de-saparecer até ao final do século. O português não corre esse perigo, mas não por causa da população portugue-sa, que está a encolher. A sua força vem-lhe de ser fala-da por quase 200 milhões de brasileiros, mas também, dos mais de 25 milhões de moçambicanos e mais de 21 milhões de angolanos.

Ora, nas instituições europeias a defesa do português ou é feita por Portugal ou não existirá. E embora seja uma das 23 línguas oficiais da União, o certo é que o português é maltratado ao nível da tradução e interpre-tação. O ex-deputado José Ribeiro e Castro enunciou situações em que os serviços europeus tentaram evitar a existência de tradutores para português ou o caso ca-ricato de ter de redigir um documento com um repre-

O potencial da língua que maltratamos

ConsultóRio línguAPoRtuguEsATEXTO nicolau santos *

No âmbito das comemorações dos 30 anos da adesão de Portugal à então CEE realizou-se no dia 26 de Setembro uma Conferência dedicada aos 30 anos da língua portuguesa nas

Instituições da União Europeia coorganizado pela Comissão Europeia, pelo Parlamento Europeu e pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua I.P.

sentante moçambicano…em inglês. No caso de registo de patentes, a proposta da Comissão (aprovada com o voto português) para que sejam apresentadas apenas em francês, inglês ou alemão vai claramente contra o interesse das empresas nacionais (embora o seu custo de registo possa tornar-se mais baixo).

Por outras palavras, a defesa da utilização da língua portuguesa nas organizações internacionais (na ONU não é língua oficial) é uma batalha que merece a pena ser travada. E esse combate tem de ser liderado por Por-tugal. Talvez não seja difícil que todos os partidos portu-gueses se ponham de acordo e atuem em conformidade.

Não é só a defesa da nossa identidade que está em jogo; são também os benefícios do ponto de vista cultural, cien-tífico e económico que daí podem advir. E só uma pessoa pode dar o pontapé de saída para esta atuação conjunta – o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. •* Director adjunto do jornal Expresso. Artigo publicado no Expresso de 1 de Outubro, Caderno Economia, «Cem por Cento», p.5, com expressa autorização do autor para a Revista Cofre.

A defesa da utilização da língua portuguesa nas

organizações internacionais é uma batalha que merece

a pena ser travada. Esse combate tem de ser

liderado por Portugal.

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Admite-se que existam mais de cem mil as-teróides com brilhos suficientes para po-derem ser detetados

por telescópios instalados em terra, tendo-se como certo que a maioria deles tem dimensões inferiores a um quilómetro. Sabe-se também que a maior parte orbita o Sol numa lar-ga região do espaço entre Marte e Júpiter, constituindo o que costuma designar-se por “cintura de asterói-des”. No entanto, existem muitos que possuem órbitas menos regula-res, o que os leva a passarem rela-tivamente perto do Sol e, depois, a afastarem-se consideravelmente.

Segundo a teoria mais aceite para a origem dos asteróides, eles forma-ram-se do mesmo material que fez surgir o Sol, os planetas e as luas que os orbitam e até os cometas. A ida-de estimada para todo este conjunto que designamos por “sistema solar” é de, aproximadamente, quatro mil e quinhentos milhões de anos, tem-po durante o qual a matéria inicial se foi alterando em consequência de vários factores, nomeadamente, a radiação solar, os choques entre partículas e aglomerados iniciais e, finalmente, das condições respeitan-tes a cada um dos corpos resultan-tes, a maioria das quais deverá estar associada à massa de que cada um se formou.

Assim se explica a convicção de que pequenos corpos como os asteróides

não possuem massa suficiente para que se tenham constituído como “esferas” (à semelhança dos plane-tas) e que, pela mesma razão, não houve compressões internas que le-vassem a aumentos de temperaturas que provocassem a fusão dos seus componentes, com a consequente libertação de gases que, presos pela gravidade, constituíssem uma at-mosfera, como sucede com a quase totalidade dos planetas. Todas estas conjecturas conduzem a que se con-siderem os asteróides como corpos muito especiais pois, não se tendo alterado (ou tendo-se alterado pou-co) desde a formação do sistema so-lar, poderemos encontrar neles ele-mentos que, dadas as regiões em que orbitam, poderão manter-se inalte-rados, relativamente ao que eram no início da sua formação, acreditando-se mesmo que alguns deles poderão ter trazido para a Terra compostos químicos que tenham contribuído para desencadear mecanismos que conduziram ao aparecimento de vida. Daí, o permanente interesse de investigadores de diversas áreas, em particular astrofísica e biologia, no estudo de meteoritos e “partículas cósmicas” que vão recolhendo em locais específicos da Terra ou atra-vés de “coletores espaciais”, em na-ves lançadas no espaço.

Em 1999 foi descoberto um as-teróide (com tamanho de 493 me-tros, aproximadamente) que acabou por ser designado Bennu e que se

Poderá um asteróide cair-nos em cima?

CiênCiA AstRonomiA

TEXTO Prof. máximo Ferreira

A resposta poderá ser

tranquilizadora se admitirmos que eles serão

em muito menor quantidade do que

há dois ou três milhões de anos

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tornou em alvo preferido para in-vestigação, dada a sua composição (rico em carbono, supostamente com compostos orgânicos e minerais con-tendo água), o seu tamanho e relati-va proximidade à Terra. A Agência Espacial Europeia e a NASA prepa-raram uma missão científica com o objectivo de lançar uma nave ao seu encontro e, ao fim de alguns anos, recolher material do Bennu. No pas-sado mês de Setembro foi lançada a OSIRIS-Rex (acrónimo de Sepctral Interpretation, Resource Identifica-tion, Security – Regolith Explorer, que é também uma homenagem a Osiris, o deus egípcio do sub-mun-do, associado com vida, morte e regeneração, uma alusão científica à natureza destrutiva dos impactos de asteróides mas também à con-

vicção de que poderão estar ligados à origem da vida na Terra) que de-verá aterrar no asteróide em 2018, quando ele passar nas proximidades do nosso planeta, e ao qual perma-necerá “agarrado” durante perto de cinco anos para recolher amostras (que podem atingir dois quilos) e … regressar à Terra em 2023.

Se é verdade que as capacidades atuais de calcular órbitas de asterói-des, fazer-lhes esperas algures no es-paço e retirar deles elementos que sa-tisfaçam a nossa curiosidade quanto ao seu (e nosso) passado, é também razoável que nos interroguemos por onde andam os milhares de outros exemplares que os cálculos sugerem que existam mas … não os vemos? E, para além disso, não poderá um deles, um dia, cair-nos em cima?

A resposta poderá ser tranquiliza-dora se admitirmos que, apesar de ser actualmente mais fácil detetar as-teróides, eles serão em muito menor quantidade do que há dois ou três milhões de anos pois, se foram cain-do para o Sol, para os planetas de grande massa e mesmo para a Terra e para a Lua, restarão cada vez me-nos. Poderá juntar-se a tal argumen-to, o conforto de se possuir tecnolo-gia com capacidades de lançar naves, com anos de antecedência, para se encontrarem com asteróides a mi-lhões e milhões de quilómetros de nós, o que significa a possibilidade de, se algum deles vier em “rota de colisão”, fazer com que uma dessas naves lhe dê um ligeiro empurrão, lá muito longe, de modo a fazê-lo pas-sar bem ao lado da Terra. •

ConvoCAtóRiAs PARA AssEmBlEiAs

ASSEMBLEIA GERAL (SESSÃO ORDINÁRIA)

ASSEMBLEIA GERAL (SESSÃO EXTRAORDINÁRIA)

Nos próximo meses de Novembro e Dezembro irão realizar-se duas assembleias.

Nos termos do nº 2 do Art. 86º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral Ordinária do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado que se realizará na Sede da Instituição, na Rua do Arsenal, Letra E, em Lisboa, no dia 15 de Dezembro de 2016, pelas 21h00, com a seguinte ordem de trabalhos:

1 – Apreciação e votação do orçamento ordinário para o ano económico de 2017

2 – Outros assuntos de interesse para o Cofre e informações.

Lisboa, 24 de Outubro de 2016

O presidente da Mesa da Assembleia Geral Dr. João Adelino Marques Pereira

Nos termos do nº 3 do Art. 86º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral Extraordinária do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado que se realizará na Sede da Instituição, na Rua do Arsenal, Letra E, em Lisboa, no dia 28 de Novembro de 2016, pelas 18h00, com a seguinte ordem de trabalhos:

1 – Apreciação e votação de Proposta de Alteração dos Estatutos apresentada pelo C.A.

2 – Outros assuntos de interesse para o Cofre.

Lisboa, 24 de Outubro de 2016

O presidente da Mesa da Assembleia Geral Dr. João Adelino Marques Pereira

8 pessoas 40 min. Fácil

INGREDIENTES

- 300g de cherovia- 4 ovos- 1 chávena de chá de óleo- 2 chávenas de chá de açúcar- 1c. chá de fermento

PREPARAÇÃO

Num liquidificador bata as chero-vias, as gemas, o açúcar e o óleo. Numa tigela misture a farinha com o fermento e vá juntando cuidadosamente a massa, envol-vendo bem. Bata as claras em castelo e junte à massa. Deite a massa numa forma untada e leve ao forno a 180ºC durante 30 minutos.Sirva com uma cobertura de natas batidas ou chocolate derre-tido.

A cherovia (ou pastinaga) tem um formato seme-lhante à cenoura, sendo menos firme e de aparên-cia esbranquiçada tendo um característico sabor a anis. Pode ser consumida em sopas, guisados, assada, frita, cozida ou em bolos. Sendo mais usada na Cova da Beira, esta raiz cultivada em zonas frias, encontra-se disponível durante os meses de Outono e Inverno.

B O L O d e C H E R O V I A

do Cofre

CLUBEjuNIOR´

Nome:

Disciplina:

Nome: Escola:

2ª Feira 5ª Feira 6ª Feira4ª Feira3ª FeiraHoras

PRONTO PARA MAIS UM ANO!

PASSATEMPO

Nome:

Disciplina:

REGRESSO ÀS AULAS

Desenha as tuas criações das nossas mascotes os “Cofrinhos” na escola. Usa e abusa da tua imaginação! Participa e habilita-te a ganhar 1 bilhete de cinema para ires com a tua família, assistir ao �lme “Vaiana”. Aceitas o desa�o?

Pronto para mais um ano cheio de aventuras? Os “Cofrinhos” ajudam-te a organizar o teu ano lectivo. Corta e personaliza os teus cadernos com as etiquetas e o horário escolar das nossas mascotes.

“OS COFRINHOS VÃO À ESCOLA”

Envia-nos o teu desenho até ao dia 30 de novembro por correio ou entrega presencialmente no atendimento ao público do Cofre.Para mais informações consulta o regulamento em www.cofre.org

AS MASCOTESCOFRINHA COFRINHO

www.cofre.org 27

quEmÉ quEm

EquiPA dE limPEzA E lAvAndARiA quintA dE stA. iRiA

Mónica Barbaschamo-me Mónica e tenho 37 anos, sou da zona da covilhã. iniciei funções na Quinta de Santa iria na secção de lim-peza no dia 24 de Março de 2016. Existe uma polivalência em todas as secções na Quinta, o que permite adquirir mais conhecimentos a nível profissional. inse-ri-me bastante bem na minha equipa de trabalho devido ao apoio e companheiris-mo das minhas colegas.

Arazy Mendestenho 24 anos sou de nacionalidade San-tomense. tenho cinco irmãos, e sou a primogénita. Vim para Portugal estudar através de um protocolo que estava en-tre a câmara Municipal de Manteigas e a câmara Distrital de água grande (capital de São tomé). tirei o curso profissional de técnico Auxiliar de Saúde no Externato Nossa Senhora de fátima em Manteigas. Desde a minha infância que sempre sonhei em ser médica, quando surgiu a oportuni-dade de fazer o curso de Auxiliar de Saú-de, senti que o meu sonho de ser médica estava cada vez mais próximo de se tor-

nar realidade. Assim que terminei o curso Profissional, por falta de condições finan-ceiras, pus de lado o sonho de me formar em medicina e comecei a trabalhar. Entre-tanto surgiu a oportunidade de trabalhar na Quinta de Santa iria como empregada de limpeza. Neste momento gosto do meu trabalho mesmo não sendo o ramo que sempre sonhei, gosto do ambiente, da har-monia do sítio e o convívio com amigos.

Silvina Santoschamo-me Silvina Santos, nasci em Ver-delhos, concelho da covilhã, há 52 anos. resido em caria, sou mãe de três filhos e já avó de três netinhas muito lindas. co-mecei a trabalhar no cofre em outubro de 2012 na Secção de Limpezas, ao lon-go destes 4 anos tenho conhecido pes-soas de norte a sul do país e feito gran-des amizades. É uma função que gosto de desempenhar. A equipa com quem trabalho é para mim com uma família. Venha visitar-nos.

Bruna Carriçocaríssimos associados, chamo-me bru-na, tenho 31 anos e resido na Vila do tei-

xoso. Quando tinha 21 anos decidi mudar de vida e sair de Portugal, fui para Andor-ra, onde estive cerca de 7 anos. A melhor experiência da minha vida, conheci pes-soas extraordinárias, aprendi uma nova língua, uma nova cultura e outra maneira de encarar a vida. regressei de coração cheio e trouxe o melhor de mim…a minha filha iris que tem 4 aninhos. comecei a trabalhar no centro de Lazer da Quinta de Santa iria em Junho de 2014 na sec-ção de limpeza, onde permaneço até à data e espero continuar. faco parte de uma equipa dinâmica na qual tenho ad-quirido muitos conhecimentos. gosto do que faço. Espero pela vossa visita.

Lurdes AlvesEu sou a Lurdes Alves, entrei para o co-fre no dia 5 de Agosto de 2016 para a Secção de Llimpezas. Estou a gostar de trabalhar na Quinta onde pouco a pou-co vou fazendo novas amizades. Vive-se um ambiente familiar. Dou o meu melhor naquilo que sei fazer para que tudo esteja nas perfeitas con-dições para vos receber. obrigado pela vossa visita.

do Cofre

CLUBEjuNIOR´

Nome:

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AS MASCOTESCOFRINHA COFRINHO

Condições

Inclui: avião (TAP) Lisboa / Veneza – Roma / Lisboa + transfer aeroporto / hotel / aeroporto + 10 noites de estadia em hotel de 4 estrelas em regime de meia pensão + almoços em restaurantes locais + transporte privado durante todo o circuito + visitas acompanhadas por guia local em algumas cidades + entradas incluídas na Basília de S. Marco, Basília S. Francesco, Museu Vaticano com Capela Sistina, Ruínas de Pompeia e Jardine Villa D’Este Tivoli + acompanhamento por representante Abreu durante toda a viagem + seguro multiviagens + taxas de aeroporto, segurança e combustível (€134,70). Exclui: bebidas + despesas de carácter particular + tudo o que não estiver devidamente mencionado como incluído no programa. Nota: os preços foram calculados com base nas tarifas vigentes. Poderão eventualmente ser alterados caso se verifiquem variações significativas. Não efectuamos qualquer tipo de reserva. Os passaportes necessitar ter pelo menos 6 meses de validade após a data de regresso.

Circuito Italiano

25 jun. a 5 jul.’17Itinerário:

1º dia: Lisboa / Veneza

2º dia: Veneza

3º dia: Veneza / Bolonha / Pisa / Florença

4º dia: Florença / Siena / Florença

5º dia: Florença / Assis / Roma

6º dia: Roma / Vaticano / Roma

7º dia: Roma

8º dia: Roma / Pompeia / Costa Amalfitana / Nápoles

9º dia: Nápoles / Capri / Nápoles

10º dia: Nápoles / Roma

11º dia: Roma / Lisboa

Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • NIF: 500 297 177 • 2016

AGÊNCIAS DE VIAGENS

ESCOLHADO CONSUMIDOR

A Agência de Viagensescolhida pelos portugueses. 2016

SEGURANÇA E COMPETÊNCIA

A Agência em que os portugueses mais confiam para viajar.

Consulte as facilidades de pagamento em: www.cofre.orgPara mais informações e reservas:

Cofre: 21 324 10 60Agência Abreu: 21 355 21 70

A sua marca de confiança

Preço por pessoa:

Duplo Individual

Mínimo 20 participantes

€ 2.352 € 2.629

Mínimo 30 participantes

€ 2.079 € 2.354

Mínimo 40 participantes

€ 1.949 € 2.225

29www.cofre.org

novosóCioPaulo Fael, sócio nº 105619

PERFil

Nasci na Covilhã, onde passei a infância e para onde voltei depois de me licenciar em Enge-nharia Mecânica, na

Universidade de Coimbra. Da in-fância, recordo as brincadeiras com os meus irmãos e amigos, o barulho ritmado das fábricas de lanifícios, os passeios de domingo com a família, as viagens a Tomar a casa da família materna e a Vale de Cambra, onde viviam os avós. Os tempos conturba-dos do pós 25 de abril e o seu impac-to na atividade profissional do meu pai - na qualidade de pequeno indus-trial de lanifícios. Assim tive neces-sidade de gastar os tempos livres a ajudá-lo nas actividades fabris, du-rante os últimos anos de liceu. Foi duro para um adolescente prescindir dos amigos, do convívio. Somos qua-tro irmãos e a minha mãe era profes-sora do ensino secundário.

Em criança desejava ser mecânico de automóveis e na juventude tive o sonho de entrar no mundo das com-petições automóveis mas hoje ape-nas quero juntar-me aos meus alunos

em projectos pedagógicos nomeada-mente na ‘Eco-marathon Shell’ (*) em que tenho participado ao longo de mais de uma década.

O meu maior desafio profissional foi concluir o Doutoramento em En-genharia Mecânica e ser reconhecido como um bom profissional nomeada-mente pelos meus alunos.

Se me perguntam quais os filmes que marcaram a minha vida foram «Voando Sobre um Ninho de Cucos», porque na época foi um filme denso, profundo e protagonizado por exce-lentes atores, como Jack Nicholson. Quanto à leitura agora estou a ler «A Queda de um Anjo», de Camilo Cas-telo Branco, que o Expresso ofereceu recentemente aos seus leitores.

Gosto de estar em casa com a mi-nha família e no Verão na Praia dos Salgados. Gosto mais do campo mas vamos mais à praia que é o que a fa-mília gosta.

A minha especialidade gastronó-mica é «lombo à Paulo Fael», inven-tado nos tempos em que a minha mulher tinha aulas à noite e me com-petia fazer o jantar. Calhou bem…

Nasceu em 24 de Dezembro de 1960 na covilhã. frequentou o ensino bási-co e secundário na covilhã até 1978, quando ingressou no curso de Enge-nharia Mecânica na Universidade de coimbra. três dias depois de acabar o curso, em julho de 1983, casou e voltou para a covilhã onde ingressou como Assistente estagiário no Depar-tamento de física do então instituto Universitário da beira interior, hoje Universidade da beira interior. Douto-rado por esta Universidade em 2007, é desde então Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Eletro-mecânica da Ubi. tem 3 filhos.

Biografia

Atualmente vivo na Covilhã, a mi-nha mulher é professora do Ensino Secundário. Temos três filhos (32, 28 e 18 anos).

Se não vivesse em Portugal gosta-ria de viver na Escócia por ser verde, calma e fresca.

Soube do Cofre através da minha a filha mais nova que foi a uma ati-vidade promovida pelo Cofre, na Quinta de S. Iria (Covilhã), e resolvi pesquisar sobre as vantagens de se ser sócio. O que mais me atraiu no momento foi a possibilidade de ela poder vir a utilizar a residência uni-versitária de Lisboa, quando entras-se para a Faculdade. •

(*) ‘Eco-marathon Shell’ é uma competi-ção promovida por esta petrolífera em que equipas de Universidades, Politécnicos e até Escolas Secundárias de todo o mundo cons-troem pequenos veículos monolugares, com o objectivo de consumirem o menos possível de energia (combustível ou electricidade). Na Europa a competição decorrereu este ano num circuito urbano em Londres entre 30 de Junho e 3 de Julho e onde juntou mais de 200 equipas e mais de 2000 estudantes.

HINO OFICIAL DO COFREREgulAmEnto do ConCuRso PARA A lEtRA do Hino oFiCiAl do CoFRE dE PREvidênCiA dos FunCionáRios E AgEntEs do EstAdo nA PAssAgEm dos sEus 115 Anos

O presente Regulamento define os critérios para a realização do Concurso que se destina a esco-lher uma composição (Letra) a ser oficializada como Hino Oficial do Cofre de Previdência.

Disposições Gerais1 – A entidade promotora deste

Concurso é o CA do Cofre e a Comissão das Festas do 115 anos.

2 – O concurso destina-se aos só-cios/as, e familiares directos como marido/mulher, filhos/as e netos/as.

3 – A composição deverá ter cer-ca de dois minutos e os versos deverão ser de preferência de redondilha maior (7 sílabas métricas).

4 – Os autores deverão entregar os originais para apreciação das seguintes formas:

• Em mão na sede do Cofre Rua do Arsenal, Letra E - Aparta-do 2500, 1112-803 Lisboa, das 09h00 às 17h00 todos os dias úteis.

• Por carta registada com aviso de recepção.

5 – As imposições técnicas são as seguintes:

5.1 – Os textos deverão ser en-tregues em envelope fechado contendo no interior outros 2 (dois) envelopes;

5.2 – Num primeiro envelope, deverá constar o texto original em papel com 5 (cinco) cópias;

5.3 – No outro envelope, o tex-to em formato Microsoft Word e um documento com as indi-cações pessoais (nome, número de sócio (ou do familiar) mora-da, profissão, e-mail, telefone e data de nascimento) do/s candi-dato/s numa folha de papel;

5.4 – Nas folhas do trabalho não pode constar qualquer in-dicação sobre o concorrente, sob pena de este vir a ser ex-cluído;

6 – O prazo termina no dia 31 de Novembro de 2016 às 24h00.

7 – Não serão aceites trabalhos cuja data do carimbo dos correios seja posterior à data limite;

8 – Podem ser apresentados traba-lhos colectivos.

9 – Cada candidato só pode apre-sentar um trabalho.

10 – Os critérios de avaliação serão os seguintes:

• Criatividade/inovação;

• Qualidade literária;

• Coerência e coesão do texto;

• Obediência às características do género em questão.

11 – O júri que avaliará e escolhe-rá a letra do hino vencedor será composto por cinco ele-mentos, sendo dois membros do Conselho de Administra-ção do Cofre; uma persona-lidade com doutoramento na área da Música; um elemento com conhecimentos na área da História e por último um

elemento Músico e docente no Conservatório de Música de Santarém.

11.1 – Composição do júri: Tomé Jardim (Presidente do CA do Cofre); Francisco Pin-teus (Pelo CA); Pedro Duarte Rodrigues (doutoramento em música e crítico musical); Luí-sa Paiva Boléo (Directora da Revista Cofre); Ricardo Gama (Autor da música)

12 – O Prémio constará de um di-ploma e de um fim-de-sema-na para duas pessoas num dos Centros de Lazer do Cofre na época média/baixa e divulga-ção na revista do Cofre.

13 – O júri reunirá o número de vezes que entender necessá-rias para apreciação e avalia-ção dos trabalhos a concurso;

13.1 – Da decisão do Júri não haverá recurso.

14 – Os autores cederão a proprie-dade intelectual da obra de pleno direito e por prazo in-determinado ao Cofre de Pre-vidência.

15 – Os concorrentes não premia-dos poderão levantar os origi-nais, dois meses após a divul-gação e entrega do prémio.

Nota: Exemplos de redondilhas. De Camões:

Cor/re/ sem/ ve/la e/ sem/ le/meO tempo desordenado,Dum grande vento levado;O que perigo não temeÉ de pouco experimentado (…)

Descontos e benefícios para os nossos associados

P R O T O C O L O SNOVOS

Os associados do Cofre e seus acompanhantes têm 50% de desconto nos espetáculos de quinta e sexta feira e de 25% ao sábado e domingo, em todos os sectores com excepção do 2º balcão e 3º balcão. Campanha válida durante o mês de novembro. Local: Casino do Estoril Reservas: 214 667 796 ou 210 135 050 Sessões: quinta a sábado - 21:30; domingo - 17:00

Redução de 20% sobre o preço de tabela em todos os seus serviços (excepto situações de atendimento ao domicilio).

mais informações: www.cofre.org - Tel. 213 241 060

EXCLUSIVO

COFRE DE PREVIDÊNCIA

-10%D E D ES C O N TOem todos os departamentos

Desconto aplicável até 28 de Fevereiro de 2017, mediante apresentação de cartão de sócio.

2 0 %

m u s i c a l - L a f e r i a ´

5 0 %

M J C l i n i c s - m o n t i j o

PRoPostA dE AdmissãoFoRmuláRio dE insCRição dE sóCio do CoFRE dE PREvidênCiA

A IDENTIFICAÇÃO

1 Nome completo (em maiúsculas) __________________________________________________________________________________________________________________________________________2 B.I./C.C.* _________________ 3 Data de nascimento ___/___/___ 4 NIF* ___________________5 Naturalidade _____________________________ 6 Concelho ______________________________7 Filiação (pai) ______________________________________________________________________8 Filiação (mãe) _____________________________________________________________________9 Estado civil ________________ 10 Cônjuge ______________________________________________11 Morada ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________12 Localidade ____________________________ 13 Código postal _____________________________14 Telefone _______________ 15 Telemóvel _______________ 16 E-mail _______________________

* Anexar fotocópia do documento

B DECLARA qUE PRETENDE INSCREVER-SE COMO SÓCIO

nos termos da alínea a) b) c) do nº 1 do art. 19º dos Estatutos aprovados pelo Decreto Lei 465/76, com o subsídio por morte de ___ ___ ___ ___ ___, ___ €

nos termos da alínea c) do nº 3 do art. 4º dos Estatutos aprovados pelo Decreto Lei 465/76, sem subsídio por morte**.categoria _________________________________________ vencimento ___ ___ ___ ___, ___ €serviço ___________________________________________ ministério _______________________________________serviço processador do vencimento ____________________________________________________________________morada ____________________________________________________________________________________________local e data ______________________ ___/ ___/ ___ assinatura do candidato ________________________________

** Anexar fotocópia do último recibo de vencimento/pensão

C DECLARAÇÃO DOS SERVIÇOS DO CANDIDATO A SÓCIO Confirmo as declarações prestadas.assinatura do responsável autenticada com o selo em uso _________________________________________________

D RESERVADO AOS SERVIÇOS DO COFRE

sócio nº ________________________ admitido em ___/ ___/ ___ nos termos da alínea ___do nº___ do art.___dos estatutosidade __________________________ subsídio inscrito ___ ___ ___ ___, ___ € quota mensal ___ ___ ___ ___ €

o funcionário o coordenador o secretário-adjunto do cofre

_______________________________ ________________________________ _______________________________

Descontos e benefícios para os nossos associados

P R O T O C O L O SNOVOS

Os associados do Cofre e seus acompanhantes têm 50% de desconto nos espetáculos de quinta e sexta feira e de 25% ao sábado e domingo, em todos os sectores com excepção do 2º balcão e 3º balcão. Campanha válida durante o mês de novembro. Local: Casino do Estoril Reservas: 214 667 796 ou 210 135 050 Sessões: quinta a sábado - 21:30; domingo - 17:00

Redução de 20% sobre o preço de tabela em todos os seus serviços (excepto situações de atendimento ao domicilio).

mais informações: www.cofre.org - Tel. 213 241 060

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REgAliAs dos AssoCiAdos

ABONO REEMBOLSÁVEL Os associados, com pelo menos 1 ano de vida associativa, podem usufruir de um abono reembolsável para acorrer a despesas com melho-ramentos da habitação permanente ou, ainda, para saúde do próprio ou dos seus familiares.O abono máximo é de 5.000€ des-de que não ultrapasse 5 meses de vencimento e é amortizável até 60 prestações mensais, à taxa de 8%. Este limite de financiamento pode ser ultrapassado em casos devida-mente comprovados e justificados que possam envolver risco de vida ou deficiência permanente.

FINANCIAMENTO DE CASA PRÓPRIA Financiamento para aquisição de casa, construção ou transferência de hipoteca, para o Cofre, para habitação própria e permanente. O montante máximo de financiamento a cada só-cio é de 125.000€, à taxa de 3,25%, a amortizar até 30 anos em regime de prestações constantes ou progressivas.

FINANCIAMENTO PARA OBRAS DE BENEFICIAÇÃO Pode ser concedido empréstimo, até ao montante de 20.000€, a amorti-zar até 15 anos, para obras de bene-ficiação a efectuar em casa própria dos sócios, destinada a habitação permanente, desde que não estejam hipotecadas ou cuja hipoteca seja transferida para o Cofre. Neste úl-timo caso o valor do financiamento não pode ultra- passar os 125.000€.

BOLSA DE ESTUDO / BOLSA SÉNIOR O Cofre atribui anualmente bolsas de estudo aos filhos e netos dos só-cios, e ainda bolsas seniores, igual-mente anuais, aos associados, côn-juges, pais e sogros. Estão abertas as candidaturas para a atribuição de Bolsas de Estudo refe-rentes ao ano lectivo de 2016/2017. O prazo limite para entrega da do-cumentação necessária é dia 31 de Dezembro do corrente ano. Con-sulte o regulamento e descarregue o formulário disponíveis em www.cofre.org.

RESIDêNCIAS UNIVERSITÁRIAS Localizadas na imediação de di-ferentes transportes públicos as Residências de Lisboa e Porto aco-modam estudantes universitários oriundos de todo o país. Totalmente equipadas, dispõem de quartos indi-viduais e partilhados, cozinhas com frigoríficos, despenseiros e todo o equipamento necessário para as ta-refas do dia-a-dia. Dispõem ainda de espaços de estudo interiores e exteriores e fácil acesso a serviços como farmácias, restaurantes, jar-dins e comércio.

CENTROS DE LAzER Para as suas férias ou dias de lazer, tem à sua disposição a Quinta de Sta. Iria (Covilhã) e a Praia do Vau (Portimão), ambos com piscina e campo multiusos, numa envolvente que apela a momentos de total des-

contracção. O Cofre solicita a espe-cial atenção para a leitura do Regu-lamento dos Centros de Lazer.

CARTÃO DE SAÚDE COFRE PREVIDêNCIA Foi criado em 2012 o Cartão de Saúde Cofre Previdência que per-mite aceder à rede médica de pres-tadores Future Healthcare a preços convencionados.

REEMBOLSO DE VENCIMENTOS PERDIDOS POR DOENÇA Os sócios podem usufruir do reem-bolso de vencimentos perdidos por doença, não podendo exceder a par-te do vencimento base perdido pelo sócio, durante noventa dias em cada ano, nem exceder o produto da per-centagem de 7,5% sobre o subsídio inscrito, excepto para os sócios que não tenham subsídio inscrito, para os quais será considerado o valor equivalente à soma de 10 quotas (Acta n.º 35/12 de 3 de julho).Para ser concedido o reembolso é ne-cessário que o sócio o solicite até ao último dia do terceiro mês seguinte ao do desconto no vencimento.

OUTRAS REGALIAS: ❱ Imóveis para Arrendamento

❱ Subsídio por Morte

❱ Residências Sénior

❱ Renda Vitalícia

❱ Protocolos

mais esclarecimentos para se fazer associado contacte: telf.: 213 241 060 (09:00-12:30 e 13:30-16:00) e/ ou [email protected]

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A apresentação do Roteiro do Professor juntou vários docen-tes de diferentes agrupamentos e grupos lectivos no Campus de Ciência da Quinta de Sta. Iria. No dia 10 de Setembro, a ma-nhã começou com a apresenta-ção pelo Prof. Máximo Ferreira, dedicada às actividades lúdico-educativas aplicadas no ensino e aprendizagem das ciências, especialmente desenhadas e adaptadas para distintos grupos escolares. Logo de seguida, a Prof. Ana Maria Dias deslum-brou os presentes com uma ses-são mais holística, fundindo a Astronomia com os universos da Arte e da Literatura. Dos óleos de Van Gogh à fotogra-fia de Thierry Cohen, muitos foram os exemplos desta união da observação do céu com pin-ceis e objectivas. Mas também a Literatura contém muitos mar-cos demonstrativos do interesse dos escritores pelo firmamento. Viajando entre Cantos dos Lu-síadas, poesia infantil ou pela narrativa queirosiana, desven-dam-se personagens e textos de quem encontra nas estrelas alguma inspiração.

O programa terminou com uma viagem no Espaço e acti-vidades práticas pelo Campus, descobrindo as funcionalidades pedagógicas do planetário, ex-plorando os módulos Apollo e outros modelos existentes, bem como o observatório com os seus equipamentos e potencialidades. Esperamos ter contribuído para um ano lectivo mais rico em Co-nhecimento.

APREsEntAção do RotEiRo do PRoFEssoR

Nota: poderá consultar todos os nossos programas no Sitio do Cofre, clicando em Instalações> Campus de Ciência> Roteiro do professor (Visitas de Estudo) ou na página inicial em “Ver Mais” na janela do “Campus de Ciência”.

AContECEu no CoFRE | quintA stA. iRiAfOTOs: sónia Ferreira e joana nabais

Réveillon2016/2017

Vau

Reservas e informações: [email protected] - 213 241 060

INCLUI WELCOME DRINK, JANTAR BUFFET, CEIA E ANIMAÇÃO.

JANTAR DE RÉVEILLON NO HOTEL JÚPITER

Valores de estadia no Centro de Lazer do Vau de acordo com a tabela em vigor

PVP. 80 € POR PAX

tREkking

AContECEu no CoFRE | quintA stA. iRiAfOTOs nuno Adriano

Percorrendo o maciço central da Serra da Estrela, com espelhos de água fresca e transparente de um lado e paisagens de cor-tar a respiração em todas as di-recções, foi o que os dois grupos de caminhantes vivenciaram no trekking “À Conquista das La-goas” do passado dia 10 de Se-tembro.

Com vista para vales glaciares e lagoas em altitude, foram ce-nários únicos em alta montanha no Parque Natural da Serra da Estrela onde todos puderam re-laxar e registar os seus próprios momentos.

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AContECEu no CoFRE | PRogRAmA CoFRE-ABREuTEXTO e fOTOs maria inácia guerreiro, sócia nº 75481

A viagem iniciou-se em Lisboa bem cedinho por volta das 6h30. Após confirmação de todos os participantes seguimos de auto-carro com destino ao Porto.

Entre todos reinava a boa dis-posição tendo todo o percurso decorrido de forma tranquila.

Chegados ao Porto, percorre-mos a pé a Avenida dos Aliados e visitámos a centenária estação de S. Bento que nos deslumbrou com os lindos azulejos que cobrem as paredes do seu interior. De segui-da ainda houve oportunidade de visitar a bonita catedral e, do seu miradouro, olhar do alto sobre a cidade onde se destaca a bela Torre dos Clérigos.

Chegada a hora do almoço fo-mos contemplados com a mag-nífica gastronomia portuense. O dia estava soalheiro e o passeio continuou pela Baixa do Por-to desfrutando do sol e da pai-sagem sobre o Rio Douro onde os barcos rabelos e os barcos de cruzeiro davam vida e enchiam de cor as suas águas.

Atravessámos a pé a famo-sa Ponte D. Luis I e eis-nos em Gaia para o digestivo do vinho do Porto numa das famosas ca-ves da região. Ao final do dia, seguimos rumo ao hotel para o descanso merecido.

O dia seguinte amanheceu cheio de neblina e às 8h00 no cais de Gaia, iniciou-se o cru-zeiro com destino à Régua. As águas do rio eram calmas, não havia vento, e pudemos apreciar toda a beleza das suas margens com a verde vegetação e alguma fauna selvagem.

PAssEio no douRo

A bordo foi servido o peque-no-almoço e mais tarde também o almoço. Entre nós havia alguns turistas estrangeiros e a boa dis-posição reinou entre todos.

Rio acima, fomos confrontados com a passagem pelas barragens de Crestuma-Lever e Carrapate-lo, com um desnível de 15 e 35 m.

Chegados à Régua seguimos de autocarro com destino a Bragan-ça. Antes do jantar percorri o cen-tro histórico da cidade e do hotel apreciando o mais deslumbrante pôr-do-sol que alguma vez havia visto.

No dia seguinte, acordei cedo e às 7h00 abri a janela do quarto

onde mais uma vez fui deslumbra-da com um encantador nascer do sol. Pela manhã percorremos a pé a zona envolvente do castelo bem como as muralhas interiores. De seguida descemos até ao centro histórico da cidade onde se desta-ca a belíssima Sé, e a limpeza das ruas com os seus canteiros flori-dos. Aproveitando o tempo, ainda fomos visitar a bela a ldeia históri-ca de Montesinho.

Chegados ao almoço, foi-nos ser-vido um maravilhoso manjar num restaurante típico onde não faltou o presunto, queijo e chouriço assa-do regado com os bons vinhos da região.

De regresso a Lisboa, com uma breve paragem em Miran-dela, atravessei uma das pontes a pé e por alguns minutos con-templei toda a zona envolvente. E assim, chegados a Lisboa e ao ponto de partida, ficou na me-mória a recordação de três dias maravilhosos.

Resta-me agradecer ao Cofre esta oportunidade, a todos os participantes pela sua simpatia, ao motorista do autocarro e ao guia Eurico pelo profissionalis-mo demonstrado.

A todos o meu muito obrigado.Bem hajam.Até breve... assim espero.

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AContECEu no CoFRE | PRogRAmA CoFRE-ABREuTEXTO e fOTOs Ana Pereira vaz, sócia nº 61932

RiviERA FRAnCEsA E lAgos itAliAnos

Fiz parte do grupo de sócios do Cofre nesta viagem e, vou ten-tar transmitir muito sucintamen-te aos leitores da nossa Revista a forma como decorreu. Foi muito bem organizada e penso que os objetivos foram cumpridos.

Os locais visitados foram e são duma grande e rara beleza, be-leza esta melhorada pelos parti-cipantes, sempre pontuais, bem dispostos, com espírito de grupo e entreajuda. Estamos todos de parabéns. Não esquecer o pro-fissionalismo da Agência Abreu, incluindo o Guia, Sr. Filipe Ro-drigues, que também fez parte deste sucesso.

Hoje sinto-me mais rica. Como se lê num poema de Martha Me-deiros:“QUEM MORRE?”Morre lentamenteQuem não viaja,Quem não lê,Quem não houve música,Quem não encontra graça em si mesmo

Um obrigada a todos, ao Cofre também e, que continue a orga-nizar estas maravilhosas excur-sões, pois assim os Sócios não se esquecem de ser felizes.

FAÇA-SE ASSINANTE

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UM JORNAL DE REFERÊNCIA NA REGIÃO

notíCiAs

diA mundiAl dA músiCA

Em 1975, foi instituído O Dia Mun-dial da Música pelo International Music Council, Organização Não Go-vernamental fundada em 1948 sob o patrocínio da UNESCO. A ideia era difundir os valores da Paz e da Amizade através da Música, que é assinalada a 1 de Outubro em todo o Mundo.Assim, neste ambiente de festa, teve lugar um concerto pelo coro “Cho-rus´Up”, da SFUP (Sociedade Fi-larmónica União Pinheirense), no Auditório da Residência Sénior de Loures, com repertório de música erudita a popular em que os Residen-tes puderam disfrutar de um momen-to aprazível que alimentou os senti-dos e a alma, pois a música tem esse dom “Mágico”. Os instrumentos que

acompanharam, tiveram o seu mo-mento áureo com o Adufe no “Milho Verde”. A plateia aplaudiu entusiasta e o coro teve de repetir…A tarde terminou com todos a cantar e com um delicioso lanche, para se

partilhar a alegria da música, que é arte e encanta a quem a ouve e sen-te, pois através dela pudemos e de-vemos construir um “caminho”, num único sentido, a vida de cada um de nós, através do, e, pelo “outro”.

REsidênCiAsÉnioR dE louREsTEXTO Paula marques fOTOs mafalda queiroz

42 www.cofre.org

Beatriz nabais

Foi no passado dia 6 de Outubro que acolhemos na Quinta de Sta. Iria uma iniciativa promovida pelo Centro Hospital Cova da Beira, a X Semana do Bebé.

A Semana do Bebé, comemora 10 anos de vida e sob o lema “10 anos, 10 desejos, uma década de histórias”, esta iniciativa visa a promoção da me-lhoria da qualidade de vida e saúde infantil. Este ano o Cofre de Previ-dência uniu-se ao evento, presentean-do um grupo de 30 crianças, alunos da escola do 1º ciclo dos Montes Her-mínios do Tortosendo, com uma tarde de descoberta científica, no Campus de Ciência da Quinta de Sta. Iria.

O Professor Máximo dinamizou vá-rias sessões adequadas ao nível etário dos visitantes, durante as quais houve tempo para brincar e para breves ex-plicações com grande intervenção das crianças presentes. Estas actividades decorreram na sala de formação, no planetário e no observatório, onde foi possível ter uma ideia sobre o céu visto da Terra e explorar as várias ré-plicas de módulos onde viajaram os astronautas juntamente com alguns dos equipamentos utilizados por es-pecialistas em Astronomia e muitas outras curiosidades sobre o sistema solar. No final, houve tempo para responder a todas as questões sobre a temática apresentada.

Este tipo de sessões e atividades didáticas, são importantes, no âmbi-to escolar pois facilitam a aquisição de conceitos de forma lúdica, promo-vendo a aprendizagem de temas refe-rentes à Astronomia que têm impacto real no nosso quotidiano.

As crianças ficaram encantadas, saíram com um largo sorriso no rosto e ficou a promessa de um regresso à Quinta, a que chamaram de “Paraíso Escondido”.

notíCiAsdo CoFRE

quintA dEstA. iRiATEXTO e fOTOs Beatriz nabais

V I S I T A S D E E S T U D ODA QUINTA DE STA. IRIA

CAMPUS DE CIENCIA^

Observação

Visitas

Planetário

O Campus de Ciência da Quinta de Sta. Iria está preparado para receber grupos escolares.

As visitas são feitas por professores da área e os programas adaptados aos diferentes graus de escolaridade.

Para inscrições e mais informações:email: [email protected] telf.: 275 920 170 (Quinta Sta. Iria) ou 210 123 008 (Serv. Central, das 09:00-12:30 e 13:30-16:00)

Encontra-se aberto concurso até 16 de Dezembro

de 2016, inclusive, para atribuição aos sócios, de

fogos em regime de arrendamento.

Consulte toda a informação em:

- www.cofre.org;

- Presencialmente nas Relações Públicas do Cofre;

- Através do telefone 213241060.

CONCURSO DE ARRENDAMENTO

Nome: Sócio nº :

NIF: Telemóvel:

Morada:

Código Postal: Localidade:

Email:

Preço por adulto: 25,00 euros.Crianças até aos 3 anos (inclusive): gratuito. Crianças dos 4 aos 9 anos: 12,50 euros.Inclui: Almoço, lanche, espectáculos e animação. Exclui: Transportes e eventuais alojamentos. A Quinta Acordeon dispõe de parque de estacionamento.Em caso de desistência, o sócio indemnizará o Cofre das despesas de cancelamento.Mais informações e reservas: [email protected] Telefone : 213 241 060

As inscrições só serão validadas após o respectivo pagamento.Os pagamentos terão de dar entrada até ao dia 25 de Novembro e poderão ser efectuados através de pagamento de serviços ou presencialmente nas tesourarias do Cofre (Rua dos Sapateiros, 58 ou na Rua do Arsenal, Letra F, Lisboa).

F I C H A D E I N S C R I C A O~,3 D E Z E M B R O

Data: _____/________/______ Assinatura:______________________________

Nº de adultos: Nº de crianças <3 anos: Nº de crianças >3 anos:

Algum dos inscritos tem restrição alimentar? Se sim, indique qual/quais?

QUINTA ACORDEONRua Principal Fonte do Feto, Santo António da Charneca

Reservado aos serviços: Docº____________ de ___/___/____ _____________ euros

A N I V E R S Á R I O

1. DADOS PESSOAIS

2. INSCRIÇÃO

3. CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

4. PREÇOS e INFORMAÇÕES

LOCALIZAÇÃO

Moita

MontijoBarreiro

Palmela Setúbal

AlcocheteLisboaPonte 25 de Abril

LisboaPonte Vasco da Gama

Santo Antónioda Charneca

A12

A33

A2 Sul

IC21

INFORMAÇÕES

QUINTA ACORDEONRua Principal Fonte do Feto, Santo António da Charneca

A N I V E R S Á R I O

12:00 - Concentração e recepção aos sócios13:00 - Almoço15:00 - Cerimónia protocolar 16:00 - Apresentação de Sevilhanas17:00 - Espectáculo “Lord of the Voices” com Fernando Pereira

PROGRAMA

19:00 - Lanche19:45 - Actuação Trio “Três Bairros” com Ricardo Gama e João Correia

COFRE DE PREVIDÊNCIA:Inscrições e mais informações: [email protected] www.cofre.org 213 241 060

38.616646 - 9.015963 www.acordeon.pt

QUINTA ACORDEON

PREÇO POR ADULTO: 25,00 eurosNome: Sócio nº :

NIF: Telemóvel:

Morada:

Código Postal: Localidade:

Email:

Preço por adulto: 25,00 euros.Crianças até aos 3 anos (inclusive): gratuito. Crianças dos 4 aos 9 anos: 12,50 euros.Inclui: Almoço, lanche, espectáculos e animação. Exclui: Transportes e eventuais alojamentos. A Quinta Acordeon dispõe de parque de estacionamento.Em caso de desistência, o sócio indemnizará o Cofre das despesas de cancelamento.Mais informações e reservas: [email protected] Telefone : 213 241 060

As inscrições só serão validadas após o respectivo pagamento.Os pagamentos terão de dar entrada até ao dia 25 de Novembro e poderão ser efectuados através de pagamento de serviços ou presencialmente nas tesourarias do Cofre (Rua dos Sapateiros, 58 ou na Rua do Arsenal, Letra F, Lisboa).

F I C H A D E I N S C R I C A O~,3 D E Z E M B R O

Data: _____/________/______ Assinatura:______________________________

Nº de adultos: Nº de crianças <3 anos: Nº de crianças >3 anos:

Algum dos inscritos tem restrição alimentar? Se sim, indique qual/quais?

QUINTA ACORDEONRua Principal Fonte do Feto, Santo António da Charneca

Reservado aos serviços: Docº____________ de ___/___/____ _____________ euros

A N I V E R S Á R I O

1. DADOS PESSOAIS

2. INSCRIÇÃO

3. CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

4. PREÇOS e INFORMAÇÕES

Juntos há 115 anos!Reserve este dia e participe na festa do Cofre.

Contamos consigo!

A N I V E R S Á R I O

3deZEMBRO

RECEPCAO AO S ASSOCIADOSALMocO e lanchecerimonia protocolarANIMACAO COM ESPECTACULOs“LORD OF THE VOICES”SEVILHANASTrio "tres bairros"

q u i n taacordeon

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