No país das Amazonas comunicação de pesquisa 3o fórum

5/12/2018 No pa s das Amazonas comunica o de pesquisa 3o f rum - slidepdf.com

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“No país das Amazonas”



diálogo com o público



adivinha



perífraseNa apresentação dotema o diálogo e a

adivinha são antesrecursos de um gênero

literário de que lançomão na apresentaçãoda pesquisa...



perífrase

São perguntas retóricas,

cujo objetivo é gerar umatensão cognitiva para

produzir estranhamento diante do que é familiar ....



Reflexões de Marco Aurélio

“Para ver as coisas

devemos (…) olhá-lascomo se não tivessem

sentido nenhum, como sefossem uma adivinha.”



- Pensando no

título da minhacomunicação...

(“No país das amazonas” )



- E na imaginação sobre o

tema dessa comunicaçãode pesquisa...



Que país é esse?



Quem ou o que sãoas Amazonas?



“No país das Amazonas”



Uso das aspas?



citação



Sobre o filme...

Documentáriopioneiro sobre aAmazônia, para

exibição naExposiçãocomemorativa doCentenário da

Independência, naqual recebemedalha de Ouro.

(Penido, 2000: p 1112)



Sobre o filme...

“Silvino Santosdesvenda aAmazônia para o

público do Sul,registrando asfábricas, os barcos,os seringais, o

gado, a castanha,os índios.”

(Penido, 2000: p 1112-3)



título-citaçãosíntese questões

- o dialogismo e a intertextualidade queconectam diversas versões da mitologia das

Amazonas

- relações entre a produção do conhecimentono campo da arqueologia e da etnologia

sobre a região amazônica e a (re)invenção daidentidade nacional



dialogismo eintertextualidade



comparação defragamentos da mitologia



- Vocês conhecem algumaversão sobre a mitologia dasAmazonas?

- Através de que linguagens(cinema, literatura, artesvisuais, teatro, narrativas

orais) essas versões conhecidasforam divulgadas para vocês?



Nos capítulos decisivos de Amanhecer ,

último livro da saga Crepúsculo de StephanieMeyer, que corresponde aos dois últimosfilmes da franquia cinematográfica da saga,vemos em cena as Amazonas lutarem ao lado

dos Cullen e outros clãs aliados contra ostemidos Volturi. As heróinas Sena, Zafrina eCaxiri que representam o clã das Amazonassão originárias da região próxima de onde

vivem atualmente os povos indígenas Tikuna,na confluência dos rios Negro e Solimões.



filme de viagem

Do ponto de vista estético, No país das Amazonas é

considerado um gênerodestacado do cinema dosprimeiros tempos, mas pouco

comum no Brasil: o filme deviagem, ou travelogue



dialogismo e intertextualidade

imagens/figuras de linguagem e

pensamento

representações de mulheres

personificação de regiões e continentes



América



mulheres continente



Personificação América



personificação da África



Theodor de Bry, Grandes Voyages,vol III, 1592



Theodor de Bry, Woman Breastfeeding Over Her Shoulder ,from Small Voyages , vol. 6 1604. (not in Americas but in Africa)



Levinus Hulsius, Map: The Isle of the Amazons , 1598



Levinus Hulsius, Isle of the Amazons (detail), 1598

http://etext.lib.virginia.edu/kinney/newest/nova.jpg



Levinius Hulsius, Amazons Recruiting, 1598

http://etext.lib.virginia.edu/kinney/medium/amazonfling.jpg



Levinius Hulsius, Amazons Recruiting, 1598

Theodor de Bry, Map: ‘Tabula Geographica

http://etext.lib.virginia.edu/kinney/medium/amazonfling.jpg



y, p g pnova Omnium … Regni Guiana’, detail 1599



cosmografia moderna

Nas cosmografias modernas, o paísem questão está localizado nasproximidades do grande rio

Amazonas, que nasce no sopé dosAndes e deságua na costa atlântica,e é personificado através de figuras

de mulheres guerreiras, que seconfundem muitas vezes com aspersonificações da América.



relatos de viagem

Além de figurarem nas cosmografias de Thevet e De Bryque vimos acima, essas personagens também sãoencontradas em outros relatos do século XVI: nos

diários de Colombo (em duas viagens – Martinica eIlhas Canárias) e de Hernan Cortez; no relato do FreiGaspar de Carvajal sobre a expedição de Orellana ePizarro (que inspirou o nome do rio Amazonas).

Também há referências ãs Amazonas nos escritos donaturalista La Condomine (que viajou pelo Brasil no secXVIII).

G d C j l



Gaspar de Carvajal

icamiabas ouconiupuiaras



Gaspar de Carvajal

“A estas nós as vimos, que andavamcombatendo diante de todos os índios

como capitãs, e lutavam tãocorajosamente que os índios nãoousavam mostrar as espáduas, e ao quefugia diante de nós, o matavam a

pauladas. Eis a razão por que os índiostanto se defendiam.”



Gaspar de Carvajal

“Estas mulheres são muito alvas e altas,com o cabelo muito comprido,

entrançado e enrolado na cabeça. Sãomuito membrudas e andam nuas empelo, tapadas as suas vergonhas, com

os seus arcos e flechas nas mãos,fazendo tanta guerra como dez índios.”



Gaspar de Carvajal

“Ele disse que estas índias coabitam com índios detempos em tempos, e quando lhes vem aqueledesejo, juntam grande porção de gente de guerra evão fazer guerra a um grande senhor que reside e

tem a sua terra junto à destas mulheres, e à forçaos trazem às suas terras e os têm consigo o tempoque lhes agrada, e depois que se acham prenhas ostornam a mandar para a sua terra sem lhes fazeroutro mal; e depois quando vem o tempo de parir,se têm filho o matam ou o mandam ao pai; se éfilha, a criam com grande solenidade e a educamnas coisas de guerra.”

l



etmologia

cCf La Condomine(1701-1774), atradução do nome

das Amazonas naslínguas indígenas émulheres sem marido , mulheres

excelentes...

lh



povo-mulher

Para Darcy Ribeiro: «Um povo-mulher contando só com elas, sem

homens próprios, se servindo deestrangeiros como reprodutores éplausível e até praticável. Um povo

só de machos é uma utopiaselvagem» (O povo brasileiro )

iamaricumã



iamaricumãxinguanos/ suiá

nome de um coletivo feminino

donas da flauta jakuí e do pátio

donas dos cantos

donas do ritual de furação de orelha

donas dos remédios e do veneno

As Iamaricumá



As IamaricumáAs mulheres sem o seio direito

Atendendo ao chamado da mulher de um

chefe, que dizia para as outras abandonarema aldeia, pois os homens estavam virando bicho , as mulheres deixaram sua aldeia,sempre entoando seus cantos....

As Iamaricumá



As IamaricumáAs mulheres sem o seio direito

“As Iamaricumá continuam viajando sempre.Caminham dia e noite sem parar. Ascrianças de braço foram jogadas nas lagoas e

se transformaram em peixes. Até hoje asIamaricumá caminham, sempre enfeitadas ecantando. Usam arco e flechas e não têm oseio direito para melhor manejar o arco.”

(Cláudio e Orlando Villas-Boas - Xingu: os Índios, seus Mitos )

Nguné Elü (O dia em que a luat ) 28 i 2004



menstruou) - 28 min., 2004

O eclipse ocorrido durante uma das oficinas de realização devídeo na aldeia Kuikuro (Parque Indígena do Xingu, MT)reflete-se na vida cotidiana, afetando pessoas, bichos,plantas, corpos celestes e objetos. O vídeo registra práticas

rituais de hoje e histórias de antigamente associados a esseimportante acontecimento para os índios do Alto Xingu. Ficha técnica: Cineastas indígenas: Takumã Kuikuro, Maricá Kuikuro,

Amunegi Kuikuro, Mahajugi “Jairão” Kuikuro, AhukakáKuikuroNarradores indígenas: Kalusi Kuikuro, Jauapá Kuikuro,

Tehuko Kuikuro, Tapualu Kuikuro, Ahukaká Kuikuro

Imbé Gikegü (Cheiro de pequi)



g ( p q )36min, 2006

“É tempo de festa e alegria no Alto Xingu. Aestação seca está chegando ao fim. O cheirode chão molhado mistura-se ao doce perfumede pequi. Mas nem sempre foi assim: se nãofosse por uma morte, o pequi talvez jamaisexistisse.Ligando o passado ao presente, osrealizadores kuikuro contam uma estória deperigos e prazeres, de sexo e traição, ondehomens e mulheres, beija-flores e jacarésconstroem um mundo comum.”http://www.videonasaldeias.org.br/2009/video.php?c=34

versões indígenas



versões indígenas

As versões indígenas sobre a mitologia dasAmazonas foram difundidas por meio de canções,

narrativas, grafismos e filmes. Uma boa fonte parapesquisar essas versões são os mitos compiladospor Levi-Strauss em Do mel às cinzas e A origem dos modos à mesa . Ou os filmes Ngune Élü e ImbéGikegü - produzidos por realizadores de vídeo dopovo Kuikuro.

versões indígenas



versões indígenas

Nas versões indígenas, personagenscomo o jacaré e a mulher grampo... e

outros figuram em cenas, que tem comopano de fundo uma moral ou ética paraa convivência “civilizada”, que impedeas pessoas de virarem bichos do mato,

como aconteceu na história dasIamaricumá.

fundo e forma



fundo e forma

Do ponto de vista estético, um estilo romanesco

surge no seio da própria mitologia... em termosformais, novo estilo está ligado a transformaçõesque afetam o conteúdo das narrativas.(Levi-Strauss)



nomes indígenas para

mulheres guerreiras,sem marido,

sem seio etcsão todos traduzidos pelapalavra amazonas

etmologia



etmologia

O significado do nome

amazonas evidencia

características

comuns às diferentesversões do mito...

etmologia



etmologia

Na língua grega:

a + mazos mulheres sem seio

antianeiras q ue lutam como homens

androktones matadores de homens

etmologia



etmologia

Na língua dos citas...oioparta : matadores de homens

Na língua iraniana...

hamazan : guerreiros

Na língua persa...

hamazakaran : fazer a guerra

Pentesiléiapintor de Pistóxenos



pintor de Pistóxenos (entre Guerras Médicas e do Peloponeso 479-474 a. C.)

fragmentos de mitologia



fragmentos de mitologia

As versões da mitologia das Amazonasreiventadas através de diferentes estilos elinguagens estéticas ao longo dos séculos,evocam imagens especulares projetadas

sobre a América e outras regiões exóticas doOriente e da África. Característica comum àsdiferentes narrativas sob um ponto de vistaliterário é a romanesco: todas têm como

elemento comum a aventura de guerreiros eviajantes em terras exóticas e amorestrágicos.

lugares imaginários



lugares imaginários

O país das Amazonas é um espaçomultissituado ou multilocalizado... Trata-sede lugares imaginários e em constante

deslocamento na mentalidade coletiva, assimcomo o Eldorado animado pelos estúdiosDisney ou o Reino das Caveiras de Cristal embusca do qual está o personagem Indiana

Jones, e que não correspondem exatamenteàs coordenadas geográficas do Google ououtros sistemas de localização espacial.

espaço multilocalizado



espaço multilocalizado

As narrativas sobre o país das Amazonasfazem referência à essa geografia fantástica,e a multilocalização dessas sociedades de

mulheres sem homens e de um seio só noOriente, Ásia, Leste europeu, África (regiãodo Mar Negro: estepes da Rússia / Turquia(Êfeso e outras cidades) / Capadócia; na

bacia do rio Termodonte/ Líbia / Mar deAzov e ilhas da Trácia, no Daomé ouBenin...).

cena do vaso etrusco



cena do vaso etrusco

Trata-se do héroi grego imortalizado em poemas, romances e

filmes sobre a Guerra de Tróia, e da encantadora aliada dos

teucros, Pentesiléia. Uma das rainhas de Lesbos, ela

comandava a decúria de amazonas, que defenderam Troâde

após a morte de Heitor, lutando ao lado do rei Príamo.

O encontro entre Aquiles e Pentesiléia tem lugar no campo

de batalha: a guerreira sucumbe golpeada pelo herói em

combate, que apaixonado pela beleza dos seus olhos, choroucopiosamente sua morte.

Versões gregas



Versões gregas

A participação das Amazonas na guerra é cantada por Homero no

Livro II de A Odisséia, O sonho e a convocação dos exércitos : Zeus

ordena através de um sonho ao rei dos reis, Agamenon, que arme

os navios para que os gregos voltem à sua pátria , porém, Ulisses

dirigindo-se ao átrida e a Nestor de Pilos, discursa para convencê-los a lutar. Em revista aos cabos (comandantes e chefes) da

Grécia, a Musa é evocada para lembrar a valentia de aqueus,

helenos, mirmidões e demais exércitos da Grécia. Ao mesmo

tempo, seus inimigos voltam ao campo de batalha, depois de

repreendidos por Minerva, e, dentre os aliados de Ílion, Heitor

divisa as guerreiras de Mirina (canto 709-16, LII).

versões gregas



versões gregas

No que diz respeito à Antiguidade, as fontes

literárias sobre o encontro entre Aquiles e

Pentesiléia são escassas: esse motivomitológico é representado em fragmentos do

Aethiopis , de Arctino de Mileto (datar sec IV)

e no épico de Quinto de Esmirna sobre aguerra de Tróia.

Aquiles e Pentesiléia



q

Esse episódio da guerra de Tróia é extensamente

reinventado e representado em momentos distintos:

no Renascimento e também apartir do século XVIIIe XIX... e no tempo presente (poema Sombras com

Aquiles e Pentesiléia de Vasco Graça Moura , 1999)

ou prosas e textos jornalísticos em que questõessobre nações e nacionalismos estão em pauta.

retomando questõesbl ti d



problematizadas

- o dialogismo e a intertextualidade queconectam diversas versões da mitologia dasAmazonas

- relações entre a produção do conhecimentono campo da arqueologia e da etnologia

sobre a região amazônica e a (re)invenção daidentidade nacional



produção do conhecimento científicosobre região amazônica pela arqueologia

e

(re)invenção da identidade nacional



De acordo com a descriçãodo filme No país das

Amazonas, qual imagem éprojetada sobre a região ?

título-citação



ç

“Silvino Santosdesvenda aAmazônia para opúblico do Sul,

registrando asfábricas, os barcos,os seringais, ogado, a castanha,

os índios.”(Penido, 2000: p 1112-3)

mitos da propaganda



p p g

Documentáriopioneiro sobre aAmazônia, paraexibição na

Exposiçãocomemorativa doCentenário daIndependência, na

qual recebemedalha de Ouro.

(Penido, 2000: p 1112)

Capitalismo mitológico...



p g

...ou mitologia capitalista?



g p

O filme “O cineasta da selva” (1997) deAurélio Michiles, conta a estória deparceria entre Silvino Santos e do

“Desembargador”, Joaquim Gonçalvezde Araújo, rico empresário ecomerciante, que financiou No país das

Amazonas e outros filmes do diretor.

mitos da propaganda



Em 1910, Silvino Santos trabalhava como fótografo em Manaus...“Logo foi atraído pelo cinema, por caminhos contraditórios etransversos: J. C. Arana, um dos maiores acionistas da PeruvianAmazon Rubber Company, acusado de promover massacrescontra povos indígenas da região, foi processado pelas cortes de justiça de Londres e precisava apresentar material que mostrasse

a sua “verdade”. Essa “verdade” não teria melhor suporte do que ocinema, que mostraria a “realidade”. Em Manaus, convidou ofotógrafo Silvino Santos para a empreitada. Antes, porém, ele teriaque aprender a utilizar essa nova tecnologia. Foi mandado a Parispara estagiar nos estúdios da Pathé-Frères e nos laboratórios

Lumière e, em 1913, realizou o documentário sobre a empresa noPutumayo.”

(Cinema no Amazonas, Selda V. da Costa e Narciso J. F. Lobo)

mito de fundação do Brasil



A investigação arqueológica e etnológicapara a redescoberta da república das Amazonas foi apresentada como umprograma de investigação por JoaquimSilva (historiador e autor de livrosdidáticos) no IHGB, assim como por

outros sócios ao longo de todo o séculoXIX.

genealogia do Estado-Nação



Durante o Império Brasileiro, osrelatos de viagem e cosmografias do

século XVI vinculados aos vestígiosarqueológicos, foram utilizados paracriar para o Brasil uma genealogia

de país civilizado.

Civilização nos trópicos?



“As mulheres guerreiras foramidentificadas nos séculos XVIII e XIX

como sendo uma tribo indígena,herdeiras de antigas civilizaçõesdesconhecidas de nosso país.”

J. Langer, As amazonas: história e cultura material no Brasil Oitocentista

Civilização nos Trópicos?



“Exploradores estrangeiros como LaCondamine e o conde de Castelnauperpetuaram a existência dessa

sociedade mítica no mundo moderno,demonstrando que o assunto estavadistante de ser considerado apenas um

episódio quimérico.” J. Langer, As amazonas: história e cultura material no Brasil Oitocentista

Falsificação ou peça genuína?



Achados da viagem exploratório do Conde deCastelnau (1843-1847) exibidos no Museu doLouvre (1847) eram atribuídos às amazonas:“Em uma ilustração fornecida por Castelnau em1850, observamos uma estatueta representandoum ser humano com as mãos justapostas no peito ecom a base parecendo mesclar-se a um símio. Aspernas fecham-se entre um símbolo em relevo.”

Johnny Langger, As amazonas: história e cultura material no Brasil Oitocentista

explicações atualidade



peças da cultura Santarémtradição amazônica

(fabricadas de 1870- até opresente)



Cf Langger,

“Não temos maiores informações paraestabelecer uma conclusão definitivasobre o assunto.”

As amazonas: história e cultura material no Brasil Oitocentista



Analisando oimaginário sobre a

Amazônia...

projeções



Os quadros de paisagem esboçados

nas etnografias e relatos de viagemsobre a região amazônica, desde oséculo XIX até hoje, representam os

povos da floresta como sociedadesdiscretas (baixa densidadepopulacional), nômades e com umacultura material muito pobre e

vivendo em um espaço selvagem eintocado.

projeções



A história da Amazônia é marcada pelafigura do viajante, do conquistador, viajante-cientista [naturalista], personagens que'descobrem' o rio Amazonas e penetram nafloresta em busca de riquezas minerais do dofamoso El Dorado.

Stela O. C. Penido – O cinema na Amazônia

projeções



“... o mito das amazonas remete a umreferencial de exotismo . Conceber formas desociedade onde o homem não existe é própriode locais onde a natureza predomina sobre a

razão, onde as expressões animaissuplantam as leis estabelecidas e osprincípios de éticaHumana.”

J. Langger, As amazonas: história e cultura material no Brasil Oitocentista

noções de tempo e espaço



Escalada de tempo evolutiva inscreveu noespaço sociedades que sintetizavam

conceitos de mudança social e decivilização...

Quem eram os indígenas civizados,

quem eram os selvagens?

antigas civilizações



Em seu livro Relation d’un voyage fait dans l’intérieur de l’Amérique

méridionale (1745), La Condaminedocumentou narrativas indígenascontemporâneos sobre uma repúblicade mulheres que teria existido em

outros tempos, nas terras do Rio Negro .

variações sobre o mesmo tema



A região do Rio Negro é bastante conhecidoatravés de relatos de viagem (Carvajal,Oviedo, Raleigh e outros cronistas coloniais)e das pesquisas arqueológicas sobrepetróglifos, lajes, gravismos e pinturasrupestres...



cidades

emblemas de civilização

Redescobrindoo país das Amazonas...



Os quadros de paisagem esboçados nos trechos do relato defrei Carvajal contrastam com outras imagens da regiãoamazônica veiculadas na literatura de viagem, desde oséculo XIX até os dias de hoje, que representam os povos dafloresta como grupos muito reduzidos e isolados uns dos

outros. A crônica do dominicano descreve cidadesmonumentais, cujos padrões de assentamento, densidadepopulacional e organização social complexa condizem comdescobertas arqueológicas recentes, reveladas atravésimagens de satélite e trabalho de campo, em sítiosescavados nos estados do Mato Grosso, Pará, Rondônia,Acre e Amazonas. Paradoxalmente, o desmatamentopredatório na Amazônia possibilitou achar a civilizaçãoamazônica dos romances de mundos perdidos.

referências sobre redescoberta...



GOMES, D. C. (org.) Cotidiano e poder na Amazônia pré-colonial. SãoPaulo: EDUSP, 2009.

HAAG, C. O sonho do Eldorado amazônico: a arqueologia brasileira e aeterna busca por civilizações ocultas na Floresta Amazônica. PESQUISA

FAPESP, 160, jun.2009, p 78-83.(PDF disponível para dowload no site:http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3885&bd=1&pg=1

JUNIOR, G. Amazônia perdida e achada: cdescobrem que primeiroshabitantes formavam civilizações organizadas e complexas. PESQUISA

FAPESP, 152, out. 2008, p 90-3.(PDF disponível para dowload no site:http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3664&bd=1&pg=1&lg=

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3885&bd=1&pg=1

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3664&bd=1&pg=1&lg=

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3664&bd=1&pg=1&lg=

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3885&bd=1&pg=1



Outras projeções sobre a

região amazônica...

Documents

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