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09 16 de Abril de 2015 Sessão Intercultural: Foral Manuelino, Legados por Terras de Figueiró Decorreu no dia 11 de Abril um intercâmbio cultural entre a Universidade Sénior de Figueiró dos Vinhos e o Instituto Cultural D. António Ferreira Gomes do Porto. De manhã foi inaugurada na sala de exposições da Casa da Cultura a XXII Exposição individual de pintura de Levi Guerra. Pág. 7 II Feira Tradicional em Aguda Concurso Intermunicipal de Ideias Projecto “Smart Fridge” representou Figueiró dos Vinhos Página 6 Página 6 Aguda vai ser o palco, nos dias 1, 2 e 3 de Maio, da Feira Tradicional. Animação, Associativismo e solidariedade vão marcar presença.

N.º9 / Abril de 2015

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Page 1: N.º9 / Abril de 2015

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16 de Abril de 2015

Sessão Intercultural:Foral Manuelino, Legados por Terras de Figueiró

Decorreu no dia 11 de Abrilum intercâmbio culturalentre a Universidade Séniorde Figueiró dos Vinhos e oInstituto Cultural D. AntónioFerreira Gomes do Porto.De manhã foi inaugurada nasala de exposições da Casada Cultura a XXII Exposiçãoindividual de pintura de LeviGuerra.

Pág. 7

II Feira Tradicional em AgudaConcurso Intermunicipal de Ideias

Projecto “Smart Fridge” representou Figueiró dos Vinhos

Página 6Página 6

Aguda vai ser o palco, nosdias 1, 2 e 3 de Maio, daFeira Tradicional.

Animação, Associativismo esolidariedade vão marcarpresença.

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16 de Abril de 20152 .

Pegadas e Bigodes Abandonar e maltratar animais é crime?

PSD de Figueiró dos Vinhos descontente com o rumo autárquico

A lei que criminaliza os maus-tratos contra ani-mais, entrou em vigor no dia 01 de Outubro de2014 e determina que “quem, sem motivo legí-timo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outrosmaus tratos físicos a um animal de companhia épunido com pena de prisão até um ano ou compena de multa até 120 dias”. A mesma lei indicaque para os que efetuarem tais atos e dos quais“resultar a morte do animal, a privação de impor-tante órgão ou membro ou a afetação grave epermanente da sua capacidade de locomoção”,o mesmo será “punido com pena de prisão atédois anos ou com pena de multa até 240 dias”.

Em relação aos animais de companhia, a lei de-termina que, “quem, tendo o dever de guardar,vigiar ou assistir animal de companhia, o aban-donar, pondo desse modo em perigo a sua ali-mentação e a prestação de cuidados que lhe sãodevidos, é punido com pena de prisão até seismeses ou com pena de multa até 60 dias”.

Após 6 meses da entrada em vigor da lei que cri-minaliza os maus-tratos a animais, a GNR já re-cebeu 1415 denúncias. Depois de averiguadas,30 dessas denúncias originaram processos-crime, segundo os dados do Serviço de Proteçãoda Natureza e do Ambiente.É dever do cidadão denunciar ao Serviço de Pro-teção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) ou àGuarda Nacional Republicana (GNR), quaisqueratos de violência contra animais, negligência eoutros tipos de maus-tratos, posse ilegal e/ou ir-responsável, abandono, tráfico, promoção delutas e outras situações anormais que coloquemem causa a segurança e o bem-estar dos ani-mais, bem como a segurança e a saúde públicas. Além da criminalização dos maus tratos aos ani-mais de companhia, a lei alarga ainda os direitosdas associações zoófilas, que passam a ter maispoderes em matéria de denúncia e acompanha-mento destes processos-crime.A Associação Pegadas e Bigodes saúda a alte-ração à lei, considerando que foi dado um passoimportante no caminho cívico da sociedade por-tuguesa, mas lamenta que seja uma lei apenaspara animais de companhia e que tenham ficadoexcluídos os animais das touradas, circos ou ex-plorações agropecuárias. A Associação Pegadase Bigodes felicita também o aumento das denún-cias e respetivas averiguações, mas pretendeque a lei não fique apenas no papel e que osagressores sejam devidamente punidos.

Do PSD de Figueiró dos Vinhos recebemos o se-guinte comunicado, que transcrevemos na ínte-gra:

O PSD de Figueiró dos Vinhos acompanha a crí-tica da maioria dos Figueiroenses acerca daprestação do Executivo Socialista que governa aCâmara Municipal desde finais de 2013, ex-pressa nos vários sentimentos facilmente perce-tíveis para todos:1- DESILUSÃO: Em virtude das inúmeras pro-messas feitas e não cumpridas, das expetativascriadas e não confirmadas, do desenvolvimentoe progresso apregoados desmentidos por umConcelho cada vez mais pobre, desertificado,sem espaço para os mais jovens e sem perspe-tivas de futuro. Desilusão, ainda, pela promessade um Presidente e de uma maioria jovem, dinâ-mica e tolerante que nunca se viu e que se temrevelado incapaz de resolver os problemas doConcelho. Claudicam perante as primeiras difi-culdades permitindo a liderança de outros, por-tadores de soluções e métodos de um passadonegro na nossa história democrática.2- PREOCUPAÇÃO: Pela inexistência de ideias,imaginação, criatividade ou qualquer inovaçãoque possa dar ao Concelho de Figueiró dos Vi-nhos esperança e futuro. O Presidente da Câ-mara e a sua maioria têm revelado uma enormeincapacidade de diálogo com todos os quepodem ajudar a resolver os problemas que afec-tam os Figueiroenses, nomeadamente o PSDque tem sido arredado da maioria das questõescom impacto na vida dos cidadãos. Como é sa-bido o Concelho tem vindo a perder serviços naárea da saúde pela incapacidade desta Câmaraem os segurar ao mesmo tempo que tem sido in-capaz de abrir outros nas áreas da Justiça, deque é exemplo o Julgado de Paz e da Educaçãocomo a Escola Profissional Agostinho Roseta(para os quais trabalhou o Executivo anterior).3- REPÚDIO: Pela campanha propagandísticalevada a cabo pelo PS através de revistas, jor-nais, newsletters e folhetos, vangloriando-se deobra que não foi por si projectada ou iniciada epara a qual o PSD e o Executivo anterior contri-buiu com a sua acção e o seu trabalho de que éexemplo o Parque Empresarial ou o empreendi-mento da Quinta das Lameiras. O Executivo So-cialista exibe a obra que herdou mas deveria tera honestidade política de reconhecer quem paraela contribuiu de forma decisiva. Repúdio, ainda, pela cobertura que é dada por

esta maioria socialista e pelo PS à conflitualidadesocial, ao insulto, à intolerância e ao ódio que co-loca Figueiroenses contra Figueiroenses prota-gonizados por gente que nas redes sociais e noanonimato semeiam a discórdia e atacam quemnão concorda com esta Câmara ou os que têmapenas e só opiniões diferentes.4- FALTA DE VERDADE: Quando o Presidenteda Câmara se refere à divida procurando justifi-car a sua incapacidade para resolver os proble-mas do Concelho. O Presidente da Câmarasabia exactamente qual era a realidade finan-ceira do Município quando se candidatou aolugar e quando fez promessas aos Figueiroen-ses, tendo inclusivamente participado activa-mente na construção do Plano de SaneamentoFinanceiro aprovado por uma Assembleia Muni-cipal de maioria socialista. A título de exemplo de1989 a 2005 (gestão PS) a dívida da Câmaraaumentou 1.500%. De 2005 a 2013 (gestãoPSD) a dívida ficou-se pelos 77% de aumento.Ao mesmo tempo que diz que não há dinheirovai fazendo avenças a seu belo prazer e revistasde propaganda em causa própria desbaratandoassim muitos milhares de euros que seriam maisbem empregues a ajudar os Figueiroenses maisnecessitados.Não quis baixar o IMI (os Figueiroenses vãopagar mais, agora que a cláusula de salvaguardafoi abolida) nem quis baixar o IRS, chegandomesmo a chumbar uma proposta do PSD nessesentido penalizando, assim, os Figueiroenses jáde si, muito causticados por uma carga fiscal ele-vada.O Executivo PS está a pagar a divida que estácalendarizada e acordada no Plano de Sanea-mento Financeiro que eles próprios condiciona-ram, não lhe assistindo, também, neste domínioo direito de iludir os Figueiroenses. Diga-se quealguma redução da despesa decorre também daaposentação de funcionários e ainda por resci-sões por parte de trabalhadores da Autarquia quese sentiram desmotivados vendo-se obrigados arescindir e a abandonar as suas carreiras. O PSD de Figueiró dos Vinhos lamenta o ma-rasmo e a apatia em que o nosso Concelho seencontra, sem estratégia e sem perspectivas demelhoria futura, mas garante aos Figueiroensesque continuará a trabalhar em prol da paz social,fazendo uma oposição construtiva e dando o seumelhor contributo para melhorar as condições devida de todos, construindo uma alternativa séria,sólida e credível que contará estamos certos como apoio inequívoco dos Figueiroenses no pró-ximo acto eleitoral autárquico.Viva Figueiró dos VinhosMarço de 2015

A Comissão Politica Concelhia do PSD de Fi-gueiró dos Vinhos

Cartas anónimasCom uma frequência superior àquilo que seriadesejável, chegam à Redacção cartas, mensa-gens e outras informações anónimas, denun-ciando situações ou factos que se passam porestes lados.A denúncia anónima deixou de se compreendernuma sociedade integrada num Estado de Di-reito, livre e democrática, onde qualquer cidadãotem o direito de expressar livremente a sua opi-nião. Pelo contrário, a denúncia, porque anó-nima, perde toda a sua credibilidade, e passa dacategoria de “notícia” a “mexerico”.Não confundir no entanto esta situação comoutra, essa sim perfeitamente legítima e com-preensível, que é o “pedido de anonimato”.Qualquer cidadão pode, não apenas perante aimprensa, como perante as autoridades, denun-ciar aquilo que acha que deve ser denunciado,e pedir o anonimato. No caso da imprensa, aprotecção das fontes encontra-se regulada atra-vés do Estatuto do Jornalista. Nos casos de pedido de anonimato, já é possí-vel a interacção com o denunciante, investi-gando e confirmando a veracidade dos factosalegados, e fazendo assim um trabalho jornalís-tico com toda a seriedade.O apelo aos nossos leitores é de que não nosenviem informações anónimas, seja por carta,telefone, e-mail, blog ou outra qualquer forma.Em vez disso contactem-nos dando conta dassituações, e se for caso disso e assim o enten-derem solicitem o anonimato, que será devida-mente respeitado.Até lá, cartas e outras informações anónimasterão da minha parte o tratamento jornalísticoque se justifica: Arquivo Geral.

PontualidadeUm dia comentei com um amigo meu inglês, quetinha lido em algum lado que no país dele se po-

diam acertar os relógios pela passagem doscomboios, e perguntei-lhe se era assim mesmo.Respondeu-me que se calhar para acertar o re-lógio ao segundo não era muito fiável, mas aominuto, com toda a certeza.Ser pontual exige trabalho, rigor e muita disci-plina. E depois?Um estudo de um conhecido jornal financeironorte-americano, já dos finais do século pas-sado, arrasava os empresários portugueses,apontando-lhes, entre outros, o defeito de nãoserem pontuais. Não é surpresa para nós, por-tugueses, que temos o (mau) hábito de chegaratrasados. Mas é um facto que este (mau) há-bito causa constrangimentos e prejuízos econó-micos de muitos milhões de euros, e mina anossa tão almejada meta de aumentar a produ-tividade.É pois um imperativo nacional que a nossagente se comece a preocupar em cumprir horá-rios. Todos sabemos como por vezes é difícil, emuitas vezes, mesmo contrariados, chegamosatrasados, quantas vezes por culpa de terceirosque não cumpriram os seus tempos.Nestes casos, uma explicação e um pedido dedesculpas, embora não resolva nada, é bem-vindo por quem esteve à espera e tem o restodo seu dia profissional comprometido.Sendo um (mau) hábito fortemente enraizado nanossa população, cumpre às elites, nomeada-mente as políticas, tentar resolver o problema,começando por dar o exemplo. Se a reuniãoestá marcada para as 14h00 não deve começaràs 14h30, se a inauguração é às 17h00, às17h30 é hora de a acabar e não de a começar.Se a peça de teatro é anunciada para as21h30… etc., etc.Ser pontual exige trabalho, rigor, disciplina, masé também um sinal de boa educação e de res-peito pelos outros.

António B. Carreira

Notas da Redacção

Os novos Órgãos Sociais da Federação dosBombeiros do Distrito de Leiria, saídos das elei-ções que decorreram no dia 31 de Janeiro emPombal, tomaram posse hoje, dia 16 de Abril,em cerimónia que decorreu em Leiria no quar-tel-sede dos Bombeiros Voluntários de Leiria.Do município de Figueiró dos Vinhos, destaquepara a Assembleia-Geral, cuja presidência vaiser ocupada por Filipe Silva, presidente da di-

recção dos Bombeiros Voluntários de Figueiródos Vinhos. No Conselho Fiscal Paulo RenatoNogueira foi eleito como suplente. Para presidente da direcção foi eleito Rui Mi-guel Matos Cosme Vargas Henriques deÓbidos,e para presidente do Conselho Fisca, BaltazarSilva Lopespresidente da direcção dos Bombei-ros Voluntários de Castanheira de Pêra

Filipe Silva eleito presidente da Assembleia-Geral

Órgãos Sociais da Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria tomaram posse

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Propriedade: FERCORBER – Madeiras e Materiais de Cons-trução, Lda. NIF 501 611 673Editor: FERCORBER – Madeiras e Materiais de Construção,Lda. NIF 501 611 673 - Sede: Av. de São Domingos, nº 51, 3280-013 Castanheira de Pera

Registo na ERC Entidade Reguladora para a Comunicação So-cial nº 126547Director: Fernando Correia BernardoDirector adjunto: António Manuel Bebiano CarreiraSubdirector: Francisca Maria Correia de CarvalhoPaginação: António Bebiano CarreiraImpressão: Coraze – Oliveira de Azeméis Tel. 256 040 526 / 910 253 116 / 914 602 969E-Mail: [email protected] desta edição: 5.000 exemplares

Contactos:E-Mail Geral:[email protected]ção: [email protected]. 236 432 243 - 236 438 799 Fax 236 432 302Sede e redacção: Av. São Domingos, nº 51 – 2º3280-013 Castanheira de PeraInternet:http://www.oribeiradepera.com/category/o-figueiroense/Todos os artigos são da responsabilidade de quem os escreve

Ficha Técnica

16 de Abril de 2015 3 .

Edição para o concelho de Figueiró dos Vinhos

Encontra-se à venda na “PAPELARIA JARDIM” Telefone nº 236 553 464Rua Dr. Manuel Simões Barreiros – 3260 – FIGUEIRO DOS VINHOSNesta Papelaria, recebem-se pedidos e pagamentos de assinaturas e de publicaçõesobrigatórias ou quaisquer outras de carácter pessoal. Os assinantes de “O Ribeira de Pera” e de “O Figueiroense” usufruem de descontode 15% nas publicações obrigatórias e 20% nas restantes.Também pode tratar directamente com a redacção de “O Figueiroense” Av. São Do-mingos, nº 51, Castanheira de Pera, Telefone nº 236 438 799 Fax 236 438 302 [email protected]

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Junta de Freguesia de Aguda: 236 622 602 – Fax 236 621 889Junta de Freguesia de Arega: Telf/fax; 236 644 915Junta de Freguesia de Campelo: Telf/fax: 236 434 645U. Freg. Figº Vinhos e Bairradas: Telf/fax: 236553573Clube Figueiroense - Casa da Cultura: 236 559 600Associação Desportiva de Fig. Vinhos: 236 552 770Museu e Centro de Artes: 236 552 195Universidade Sénior: 236 559 002Papelaria Jardim: 236 553 464Escola de Condução “Figueiroense”: 236 553 326 – 961 533 240

Tribunal Judicial: 236 093 540 – Fax; 236 093 559Ministério Público; 236 093 559 – Fax; 236 093 558Guarda Nacional Republicana: 236 559 300Bombeiros Voluntários: 236 552 122Centro de Saúde: 236 551 727Farmácias:

Farmácia Correia 236 552 312Farmácia Vidigal 236 552 441Farmácia Serra 236 552339Farmácia “Campos” (Aguda) 236 622 692Médicos:

Dr. Manuel Alves da Piedade: 236 552 418Dr. José Pedro Manata: 236 098 565 – 918 085 902Drª Marisa e Luís Violante (só sábados) 236 551 250 – 914 081 251Advogados:

Dr. Ana Lúcia Manata: 236 551 095 – 912 724 959Dr. Nuno dos Santos Fernandes; 236 552 172 – 919 171 456Dr. Rui Lopes Rodrig. (Só aos sábados) 239 093 941 – 966 153 715Agencia Funerárias:

Alfredo Martins; 236 553 077 - 969 846 284

José Carlos Coelho, Ldª; 236 552 555 – 917 217 112

Por: Fernando Correia Bernardo

EditorialAs contas com a História são outras

Portugal vive no momento presente, um dos pe-ríodos mais vergonhosos da sua história.O desemprego, a falência de bancos, sem serbem esclarecido o desvio de muitos mil milhõesde euros em prejuízo das poupanças de cida-dãos, as execuções e venda em praça de casasde desempregados; as prisões de um ex - pri-meiro-ministro, de um ex - ministro e a conde-nação criminal de mais outros dois ministros ede um pressuposto chefe de grupo parlamentardo PSD, deixa a humanidade triste, receosa enão receosa de dizer que - em Portugal existecorrupção -.Por muito que o PS. se esforce para não seabordar o tema, a evidência é patente, óbviasem causar quaisquer dúvidas.Nos tempos que correm, tudo se pretende dis-farçar, branquear, confundir, ou até, como paraaí já se viu, apelidar os Juízes de incompeten-tes. Porém, três Tribunais, 1ª. Instância, Rela-ção e Supremo, todos a comungarem damesma opinião, veio “ ilibar” o Juiz que deter-

minou a prisão.Com a história, daqui a cem anos, as contasserão outras e então, a história de Portugal, emfolhas de fundo negro, transmitirá a vergonhaocorrida na primeira e segunda década do Séc.XXI.Para os que então viverem será dado a ler que- o Partido Socialista teve um ex - primeiro mi-nistro preso, não por questão politica, mas porconduta tida por crime. Também a histó-ria narrará que o PSD teve nas mesmas déca-das um ex - ministro preso e um chefeparlamentar.Tal será, daqui a cem anos, uma mancha quesujará a história de Portugal, sabendo entãoessa geração do próximo século, que Portugalfoi um País de heróis; grandes marinheiros, nãose podendo omitir, os gatunos quer do PS, querdo PSD.A história falará mais alto.

PoemaFIGUEIRÓ DOS VINHOS

Não me cansarei jamais de elogiarEsta terra com donzelas tão bonitasDe Jardins esplendorosos e enfeitadosCom as flores mais coloridas de encontrar.

Terra onde as pessoas sabem trabalhar, Terra de pessoas inteligentes e benditas, Onde a cara das bonecas mais catitas, Os homens faz a toda a hora sonhar!

Figueiró é condão, sina e magiaPassear nas ruas com muita alegria, Entusiasmados com as donzelas quentes.

Figueiró no distrito de Leiria, Terra onde o povo tem valentia, E as pessoas bebem uns copos contentes!

Alcides Martins

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4 . 16 de Abril de 2015

Fissão da FusãoUm conto original de Sérgio Godinho

A MariaOlhamos pela janela do quarto de Maria evemos, enquanto o sol nos ilumina os contornosda face, um belo jardim. Um lugar de sonhopara qualquer criança. Perto dos cintilantes baloiços estava situadauma árvore cheia de fruto. Podemos ver como,incessantemente, Maria pede ao seu pai paraa pegar ao colo, tendo em vista colher algo.Mais pela brincadeira do que pelo fruto em si.O verdadeiro fruto era o sorriso na sua cara.Ao entrar em casa mostra, alegre, à sua mãe,o fruto que colheu. O pai abraça a mãe e ambosolham, com toda a sincronia, para Maria, aper-cebendo-se da dádiva que receberam. A felici-dade em estado puro.Seguia-se um desejado passeio ao doce sabordo calor que tanto os caracterizava. Juntos se-guiam! Existia apenas luz. Até as sombras pa-reciam deixar de existir. Alegres foi comoficaram na foto que tiraram para a posteridade.Maria corria. Maria gargalhava. Maria era umamenina feliz.

A FilipaOlhamos pela janela do quarto de Filipa evemos, enquanto o escuro da noite nos abre aspupilas, um sombrio jardim. Um lugar medonhopara qualquer criança.Perto de uns baloiços esquecidos pelo tempoestava situadauma árvore apo-drecida. Podemosver como, inces-santemente, Filipapede ao seu paipara a pegar aocolo, tendo emvista um lugar maisalto. Mais pelo re-conforto que olugar em si. O ver-dadeiro lugar maisalto era a lágrimaque iria parar deescorrer.Ao entrar em casa esconde, decadente, da sua

mãe, a lágrima que escorria. O pai grita com amãe e ambos discutem, sem qualquer sintonia,envolvendo Filipa, atribuindo culpas da maldi-ção que lhes tinha sido atribuída. A angústia emestado cru. Seguia-se uma maldita caminhada ao amargo

sabor do frio quetanto os caracteri-zava. Afastados searrastavam! Existiaapenas escuridão.Até as sombraspareciam deixar deexistir. Pesarososfoi como ficaramna foto que outroalguém tirava paraa posteridade.Filipa estava imó-vel. Filipa chorava.Filipa era uma me-nina triste.

A Maria FilipaA Felicidade… Haverá conceito mais subjetivodo que o de Felicidade? Para uns pode ser re-ceber um doce, para outros uma pequena vitó-ria e para outros um abraço. Pode até ser issotudo para a mesma pessoa em alturas distintas.A definição de Felicidade é praticamente inatin-gível, contudo podemos sempre debater-nossobre ela. Haveria valorização da mesma sema tristeza? Se o mundo fosse constantementefeito de uma monotonia de Felicidades, do sim-ples preenchimento de qualquer falha que te-nhamos, seríamos felizes? Daríamos o realvalor a um abraço no momento certo? Daítodos sermos uma Maria Filipa. A Felicidade ea tristeza fazem parte de todos nós. Todos. É oequilíbrio que nos vai encontrando, que vamosconstruindo e moldando: É aí que reside a be-leza da vida.

Quando da troca de correspondência com ojovem escritor figueiroense Sérgio Godinhoacerca da possibilidade da sua colaboração comeste jornal, que já é felizmente uma realidade,este desafiou-me a fazer uma crítica ao seu re-cente romance “És Livre Para Me Amar” (ChiadoEditora), ofertando-me, para o efeito, um livro.Como um livro é um livro, e um colaborador é umcolaborador, não poderia recusar, mas ressalveiuma situação: eu não faria uma crítica, porquenão me acho capacitado para tal, mas aceitei dara minha opinião e publicá-la n’ O Figueiroense.É um livro que se lê bem e depressa, tanto porser relativamente pequeno (84 páginas), comopelo interesse que desperta ao longo da leiturae pela lucidez da prosa, simples e eficaz. Asvezes que voltei atrás na leitura foi apenas paradesfrutar de novo da beleza de alguns trechos…A história corre à volta de um grupo de jovens ur-banos e das suas venturas e desventuras navida, nomeadamente as amorosas, mas tambémas profissionais ou simples eventos fortuitos que

marcam uma vida. E sobre a história não avançomuito mais que isto para não correr o risco dedesvendar o livro e assim desincentivar o possí-vel leitor de o explorar.A formação académica (em psicologia) do autorestá bem patente na forma quase estanque comoconstrói o perfil das suas personagens, e sepreocupa que elas “obedeçam” a esse desígnioao longo do livro, nomeadamente nas suas reac-ções em determinadas situações. Sendo um en-redo relativamente simples, adquire no entantoalguma complexidade quando o escritor conse-gue conjugar pequenos e independentes enredoscom o enredo principal, abordando simultanea-mente várias “vidas” que vão compondo a teiacomum.Sendo o primeiro romance, e como o primeiro ro-mance raramente é o melhor, o futuro adivinha-se risonho para o escritor. E explico:Imagine uma loja (absolutamente hipotética e ir-real) onde se adquirem materiais e ferramentaspara se construir um livro. De entre as muitas es-colhas, pode-se optar pelas mais simples, e fá-ceis de usar, ou as mais complexas, que, comoum carro de competição, são muito eficazes masmuito difíceis de utilizar. De entre estas podemver-se nas prateleiras por exemplo o violão comque Jorge Amado conferia musicalidade aosseus textos, o tear onde Eça tecia os seus argu-mentos, as paletas de cores de Camilo e JúlioDinis, a máquina fotográfica das descrições deFerreira de Castro, o vidro que dava nitidez aospoemas de Carlos Drummond ou máquina de fa-bricar “eus” de Pessoa.Sérgio Godinho entrou, e como se preparavapara construir o seu “primeiro”, o hipotético ven-dedor levou-o à secção do brick a brack. Sérgiotorceu o nariz e dirigiu-se à área VIP, onde cons-ciente dos riscos, escolheu as melhores e maisdifíceis ferramentas. E o carro não saiu da es-trada.

António B. Carreira

És Livre Para Me AmarSérgio Godinho

Teatro em Figueiró dos Vinhos

O último mês foi fértil em actividades ligadas aoTeatro, com a Casa da Cultura a dar o palco paraduas peças.No dia 28 de Março, comemorando o Dia Mundialdo Teatro que se assinala a 27 do mesmo mês,a Casa da Cultura recebeu a peça “Daqui Fala oMorto”, levada à cena pelo grupo “AcomTeSer”da Sertã.No próximo dia 18 de Abril o Teatro Olimpo apre-senta a peça “O Triunfo das Personagens” naCasa da Cultura de Figueiró dos Vinhos.

A peça shakesperiana “Romeu e Julieta” servede pretexto para dois atores partirem em buscada verdadeira essência do Teatro, usando-acomo instrumento de libertação do EU. Nesse“processo” de descoberta, as respetivas perso-nagens acabam por deparar com diversas ques-tões de resposta quase impossível, como porexemplo, o que é o amor e o que é a beleza…O texto e a encenação são de Casimiro Simõese do elenco fazem parte Marisa Gomes, RicardoVinagre e Sílvia Ferrete.

O Museu do Aljube – Resistência e Liberdade,em Lisboa, que estava previsto abrir em 2014, atempo das comemorações do 40.º aniversário do25 de Abril, vai ser inaugurado em Abril desteano.A inauguração do Museu do Aljube, apresentadocomo “um espaço de memória e de evocação daluta pela liberdade e da resistência à ditadura emPortugal”, esteve inicialmente prevista para ascomemorações dos 40 anos do 25 de Abril, quedecorreram no ano passado.O edifício foi entregue em 25 de Abril de 2009pelo Ministério da Justiça à Câmara de Lisboa,por iniciativa do então ministro Alberto Costa(PS).Presume-se que o Aljube tenha sido uma prisãopolítica a partir de 1928. Aí eram encarcerados,interrogados e torturados pela polícia política ospresos do sexo masculino.Nos anos 40 do século passado, o espaço aco-lheu muitos dos presos políticos durante a fasede interrogatório, que decorria geralmente nasede da polícia política (PIDE), na rua AntónioMaria Cardoso, em Lisboa. De entre os muitos

presos políticos que passaram pelos calabouçosdo Aljube, contam-se alguns da nossa região,como Abílio Alves Amorim, natural do Casalinho,Castanheira de Pera, que aí esteve detido em1954.De acordo com o projecto inicial, no futuro museuserá possível ver vestígios arqueológicos e a his-tória do edifício (piso -1), funcionará uma loja doMuseu e exposições temporárias (piso 0), umaexposição permanente (pisos 1 e 2), será possí-vel ver uma reconstituição dos “curros” (piso 2),funcionará um centro de documentação (piso 3)e um auditório e cafetaria (piso 4).O Museu da República e Maçonaria, situado naVila Isaura, nos Troviscais Cimeiros em Pedró-gão Grande, uma iniciativa do nosso colaboradorAires Henriques, colaborou na constituição doespólio do Museu do Aljube com cerca de 20 fo-tografias da época, muito raras. Entre estas, des-taque para “O Parlatório”, que vai ser exibida emformato gigante no local onde ficava situado oparlatório original, desaparecido em 1975 a se-guir à desactivação da cadeia.

António B. Carreira / Fonte Jornal Público

Museu do Aljube em Lisboa vai ser inaugurado a 25 de Abril.

Museu dos Troviscais Cimeiros colabora no espólio

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. 516 de Abril de 2015

A Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, as-sinalou de uma forma conjunta o “Dia Mundialda Actividade Física” e o “Dia Mundial daSaúde”, tendo realizado diversas actividades re-lacionadas com as duas temáticas.O objectivo foi dar um contributo no sentido desensibilizar a população para, por um lado, asvirtualidades e benefícios da prática do exercí-cio físico enquanto importante complemento deuma vida saudável e com qualidade, e por outrosensibilizar para a prevenção de várias doençasatravés de uma avaliação de parâmetros debem estar físico com a colaboração do Centrode Saúde.A iniciativa realizou-se no Pavilhão Gimnodes-portivo de Figueiró dos Vinhos e procurou en-volver toda a população desde a mais jovem àmais idosa, e contou com a presença de JorgeAbreu, presidente da Câmara Municipal, que na

sua intervenção realçou a importância da acti-vidade física no bem estar geral e da saúde emparticular.O programa constou de avaliação dos parâme-tros de saúde, com a colaboração do Centro deSaúde, uma sessão de exercícios pelo movi-mento e no final um lanche partilhado.

Caminhada Solidária e aula de ZumbaNo dia 12 de Abril, o Projecto “Agir Sempre” emparceria com o Município de Figueiró dos Vi-nhos e a Santa Casa da Misericórdia, organizouuma Caminhada Solidária e aula de Zumba,com o objectivo angariar produtos de higienepessoal e doméstica para as famílias acompa-nhadas no Espaço Social.Os participantes entregaram dois produtos dehigiene pessoal ou de uso doméstico, como do-nativo.

Dia Mundial da Actividade Física e Dia Mundial da Saúde

O Município de Figueiró dos Vinhos vai promo-ver durante o mês de Maio dois workshops queirão decorrer na Biblioteca Municipal.“Plantas Aromáticas e Medicinais – Farmáciados quintais” é o tema do primeiro workshopque será realizado no dia 9 de maio. O objetivoserá conhecer algumas plantas aromáticas emedicinais, aprender a cultivá-las em vaso esaber como podem ser usadas em casa e nasaúde.O segundo workshop é dedicado a todos quan-tos pretendam adquirir técnica na pintura cria-tiva facial e na modelagem de balões, temabastante útil para pais e animadores. Esteworkshop será realizado no dia 16 de maio.Os interessados poderão inscrever-se até aodia 30 de abril e 9 de maio, respetivamente, di-rigindo-se à Biblioteca Municipal ou pelo tele-fone 236559230.

Workshops na Biblioteca Municipal

A primeira fase da “7ª Edição da Geração De-positrão”, da ERP Portugal, revelou que, entre32 escolas participante do distrito de Leiria, jáforam recolhidos mais de 9.000 quilos de REEE(Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletró-nicos) e RP&A (Resíduos de Pilhas e Acumula-dores).A Escola Secundária de Figueiró dos Vinhos

ocupa a primeira posição entre as escolas daregião leiriense, tendo recolhido mais de 1.900quilos destes resíduos. “No final do ano lectivo serão premiadas dezescolas, distribuídas por 2 categorias: peso ab-soluto e peso por aluno de resíduos recolhidos.Para além da actividade de recolha, as escolastambém serão reconhecidas pela elaboraçãode trabalhos criativos dedicados ao tema dacorrecta gestão de equipamentos e pilhas emfim de vida, segmentados por níveis de escola-ridade”, indica a ERP Portugal, que implementaa campanha em parceria com o Programa Eco-Escolas.

Geração Depositrão: Secundária de Figueiró dos Vinhos na frente

No âmbito da geminação existentecom o Município de Saint Maximin(França), o Município de Figueiródos Vinhos promove o concurso defotografia “A VER Figueiró dos Vi-nhos” Os interessados poderão participaraté ao dia 15 de junho nesta primeiraedição, promovida pelo Município deFigueiró para fomentar, reconhecer,premiar e difundir a criatividade dosfotógrafos, bem como uma novasformas de olhar Figueiró dos Vinhos.Cada participante poderá apresentarum máximo de duas fotografias nascategorias a concurso: patrimóniohistórico; património natural; fauna eflora de Figueiró dos Vinhos.As fotografias vencedoras integrarãouma exposição itinerante internacio-nal, juntamente com fotografias dosconcursos dos Municípios de SaintMaximin (França) e Perkata (Hun-gria).

Concurso de Fotografia “A VER Figueiró dos Vinhos”

Convocada pelo presidente Carlos Silva tendocomo o ponto único da Ordem de Trabalhos a“Eleição do Presidente de Junta de Freguesiaa integrar o Conselho Municipal de Educação…”, decorreu no dia 10 de Abril às 18h30 umasessão extraordinária da Assembleia Municipal.Apresentaram-se a escrutínio, pelo PS o presi-dente da freguesia de Arega, Nuno Rodrigues,e pelo PSD Filipe Silva, presidente da União defreguesias de Figueiró dos Vinhos e Bairradas.

Na contagem dos votos, Filipe Silva ficou emvantagem com 10 votos, contra 9 do seu opo-sitor.Recordamos que os lugares na Assembleia Mu-nicipal de Figueiró dos Vinhos têm a seguintedistribuição partidária: PS 9 (7 eleitos mais 2presidentes de junta), PSD 9 (7 eleitos mais 2presidentes de junta) e CDS um representanteeleito.

Assembleia Municipal Extraordinária

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Rádio São Migue l - 93 .5 FMRádio Pampi lhosa - 97 .8 FM

Grupo Fercorber, Av. São Domingos, nº 513280-013 Castanheira de Pera

Linha aberta 236 438 200Rádio São Miguel 93.5 --> das 10:00 H às 12:00 H Rádio Pampilhosa 97.8 --> das 16:00 H às 18:00 HServiços Comerciais: 236 438 202 Estúdios em Pampilhosa da Serra: 235 098 049

6 . 16 de Abril de 2015

A Final Intermunicipal do Concursode Ideias “Empreendedorismo nasEscolas”, promovido pela Comuni-dade Intermunicipal da Região deLeiria decorreu no dia 20 de Marçode 2015, no auditório da BibliotecaMunicipal de Pombal. O projecto “Urban Box”, apresen-tado pelos alunos AlexandreTomás, Damien Carvalho e Fran-cisco Matias, que frequentam o 2ºano do curso profissional de “Téc-nico de Design”, da Escola Secun-dária Rodrigues Lobo (Leiria), soba orientação da professora ElsaSilva, foi o vencedor, entre os dez projectos aconcurso. A ideia de produzir um equipamentomodular, composto por um conjunto de cacifospagos e um estacionamento para bicicletas, foimais forte do que todas as outras e arrecadouo 1º prémio, uma “Missão Lisboa”. Em 2º lugar classificou-se o projecto “uHeat”:um objecto que permite aquecer qualquer lí-quido onde e quando quisermos, composto porduas partes distintas, uma descartável quesofre relação exotérmica, e outra reutilizável,que permite o aquecimento de líquidos instan-taneamente. Esta ideia foi apresentada pelosalunos do 12º ano, Bernardo Carapito, BrunoFerreira e João Santiago, da Escola Secundáriada Batalha, que vão poder aproveitar uma “Mis-são a S. João da Madeira”. O 3º lugar foi ocupado pelo projecto “Casco-nhos”, um bombom de chocolate e castanhas,apresentado sob a forma de uma castanha.Esta ideia foi defendida pelas alunas RitaNeves, Joana Vidal e Rodrigo Antunes, orien-tadas pela professora Cristina Escalhão, da Es-cola EB 2,3 Bissaya Barreto, da Castanheira dePera, que ganharam um cheque prenda, novalor de 100,00€, para cada aluno. Consegui-ram o terceiro lugar, apesar de serem os maisnovos concorrentes e o único projecto prove-niente de uma turma do terceiro ciclo do ensinobásico. Uma prova de que o empreendedo-rismo não tem idade para ser exercido, e, comodisse o apresentador do concurso, “de peque-nino de torce o pepino”.O projecto “SOS Urgências”, dispositivo dealerta que possibilita uma triagem mais rigorosanas urgências hospitalares, apresentado pelosalunos Micael Morgado, Fábio Costa e FilipaCastro, da Escola Profissional e Artística da Ma-rinha Grande, recebeu uma menção honrosa. De Figueiró dos Vinhos veio o projecto “SmartFridge”, apresentado pelos alunos Bárbara An-dreia, Fábio Lopes e João Nogueira, orientadospelas professoras Paulo Santos e Linda Vaz, do10ºC da Escola Secundária de Figueiró dos Vi-nhos.O projecto consiste na criação de um chip, queseria introduzido no frigorífico e de uma aplica-ção para smartphone que permitiria ao seu uti-lizador aceder à quantidade e à validade dos

produtos presentes no frigorífico. A ideia surgiuao verificarem que as pessoas levam muitotempo a ver a validade dos produtos e quanti-dades existentes nos seus frigoríficos, fazendolistas de compras que acabam por perder. De-pois, já no supermercado, acabam por comprara mais ou a menos. Esta ideia espera ter um impacto económico etecnológico ao nível da riqueza para a regiãocom criação de novos postos de trabalho e im-pacto social a nível regional e nacional, na eco-nomia doméstica e poupança.A qualidade e originalidade das ideias de negó-cio apresentadas pelos alunos das escolas do3º ciclo do ensino básico e do ensino secundá-rio e profissional da Região de Leiria dificulta-ram a tarefa do júri, representado por elementosda CIMRL, IEFP, ILP e NERLEI, que teve emconsideração os critérios de avaliação previa-mente definidos: grau de inovação da ideia,exequibilidade, impacto para o território daCIMRL, estruturação e desenvolvimento daideia (maturação do projecto).Ao evento assistiram cerca de 180 pessoasentre alunos, professores, pais e entidades ofi-ciais, tendo marcado presença vários autarcasdos municípios envolvidos. Fernando Lopes eValdemar Alves, presidentes das Câmaras deCastanheira de Pera e Pedrógão Grande entre-garam os prémios Menção Honrosa e TerceiroLugar, enquanto Jorge Abreu, presidente da Câ-mara Municipal de Figueiró dos Vinhos integrouo júri do concurso.O projecto de Empreendedorismo de BaseLocal (nas Escolas) foi criado com o objectivode desenvolver uma estratégia integrada paraa promoção do espírito empreendedor dos maisjovens na Região de Leiria, através de um con-junto de acções que pretendem fomentar o em-preendedorismo e apoiar novas ideias e éco-financiado pelo FEDER, no âmbito do Pro-grama Operacional Regional do Centro.Estes jovens merecem agora uma oportunidadepara se imporem no mercado, esperando-seque a intervenção das várias estruturas técni-cas e políticas envolvidas neste processo, eneste concurso em particular, não se esgotenas intenções.

António B. Carreira

Aguda vai ser o palco, nos dias 1, 2 e 3 deMaio, da Feira Tradicional, evento que decorrepela segunda vez nesta freguesia de Figueiródos Vinhos.O recinto, localizado no Largo do Pelourinho naSede da freguesia, vai ter música ambiente econtará com 21 participantes, entre tasquinhas,artesanato e actividades e produtos locais, pro-venientes de associações e artesões da fregue-sia e arredores. O certame vai ser inauguradono dia 1, pelas 13h00 pelo presidente da Câ-mara Municipal, Jorge Abreu.No decorrer do certame, a Associação da Es-cola dos Moninhos vai promover um jantar deangariação de fundos, e também a Comissãode Melhoramentos da Freguesia de Aguda vaiinaugurar a sua Loja Social.O evento é organizado pela Junta de Freguesia,e promete muitas surpresas. Para além da música ambiente, vai decorrer nosábado dia 2 de Maio, no Espaço Multiusos doPolidesportivo um baile com o Duo Ritmofonia,que terá entrada gratuita.

António B. Carreira

Concurso Intermunicipalde Ideias

II Feira Tradicional em Aguda

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7 .16 de Abril de 2015

O Departamento de Ciências Sociais e Huma-nas, das Escolas Secundária e José Malhoa deFigueiró dos Vinhos, promoveu a apresentaçãoaos alunos, do Foral Manuelino de Figueiró dosVinhos, que conta já com mais de 500 anos deexistência (1514-2014).Nesse sentido, efectuaram-se duas conferên-cias, em colaboração com a Biblioteca Escolar,em cada uma das escolas referidas, proferidaspelo Engº Miguel Portela, contextualizando aHistória e a época do Foral outorgado por D.Manuel I a Figueiró, em 16 de Abril de 1514. Omesmo conferencista tem vindo a apresentartrabalhos paralelos em toda a região, nomesmo âmbito, nomeadamente, em Pussos eMaçãs de Dona Maria, onde dissertou sobre o

significado histórico e o conteúdo destes docu-mentos quinhentistas, que vieram na época re-forçar o poder concelhio e solidificar o direitode cidadania dos seus habitantes.Tendo contextualizado o documento e expli-cado o seu conteúdo, convidou os alunos aparticipar, contribuindo para o despertar doseuconhecimento da nossa história local.Os forais quinhentistas foram documentos ful-crais na vida das populações das terras portu-guesas, na medida em que regulavam a vidajurídica, administrativa, económica e social dosseus habitantes no século XVI e seguintes,

pelo que a sua outorga por D. Manuel I veio de-terminar, em larga parte, o percurso sócio-eco-

nómico e mesmo cultural dos povos que vive-ram sob a sua jurisdição.De cada foral manue-lino eram feitos três exemplares: um deles àguardada Torre do Tombo, de forma sumáriaou extensa; outro que era enviado ao concelho,de forma de códice em pergaminho e encader-nação adequada e, um terceiro, de forma idên-tica que ficava na posse do senhor desse lugar.Em Outubro de 2012, foi reencontrado tambémpor Miguel Portela, nos Açores, um exemplaroriginal, em pergaminho, do Foral Manuelinode Figueiró dos Vinhos, datado de 1514, quese julgava perdido. Após contacto com a insti-tuição que detém a sua guarda, confirmou-seaí a existência de um exemplar manuscrito doforal figueiroense, do qual apenas se conheciauma versão reduzida, existente na Torre doTombo.

Trata-se de um volume encadernado em couro,com ferragens de cobre (brasão régio e esferasarmilares) nas capas, escrito em pergaminho eligeiramente truncado, apresentando nas folhasde guarda fragmentos de um códice em latim.Este manuscrito, apesar de ser uma versãomais completa, encontra-se prejudicado pelafalta de algumas folhas, entre elas a da por-tada, onde se veria a iluminura alusiva ao reiD. Manuel, e a do fólio de encerramento doforal, onde constava a data e as assinaturasautógrafas do monarca e dos oficiais da chan-celaria responsáveis pela emissão do foral.Sendo um valioso códice, manuelino, constitui

uma peça fundamen-tal da história do mu-nicípio de Figueiró dosVinhos.Miguel Portela é umFigueiroense que setem dedicado à inves-tigação sobre a Histó-

ria do Norte do Distrito de Leiria, tendo jáproduzido numerosas conferências, em todo opaís e com várias obras publicadas.

Foral Manuelino de Figueiró dos Vinhos 1514-2014 – 500 AnosApresentação aos alunos das Escolas Secundária e José Malhoa de

Figueiró dos Vinhos pelo Engº Miguel Portela

Decorreu no dia 11 de Abril um intercâmbio cul-tural entre a Universidade Sénior de Figueiródos Vinhos e o Instituto Cultural D. António Fer-reira Gomes do Porto.De manhã foi inaugurada na sala de exposiçõesda Casa da Cultura a XXII Exposição individualde pintura de Levi Guerra.

À tarde no auditório aconteceu a Sessão Cul-tural.O presidente da Câmara Municipal, JorgeAbreu deu as boas vindas aos presentes e sa-lientou a importância deste tipo de actividades,no que foi secundado pelo Reitor da Universi-dade Sénior de Figueiró dos Vinhos, Jorge Pe-reira e Fernando Pires, antigo funcionário daautarquia. A Sessão contou com duas palestras: uma deMiguel Portela, sobre “Forais Manuelinos emTerras de Monsalude” e outra de MargaridaLucas sobre “Arquitectura Manuelina na regiãoNorte do distrito de Leiria”, que teve a participa-ção dos alunos de História da Universidade Sé-nior.Antes, Levi Guerra fez uma apresentação sobre

“José Malhoa: a minha visão”.No final o público presente pode observar umdesfile de trajes quinhentistas, encerrando asessão com um lanche quinhentista.

Levi GuerraLevi Guerra é médico, cientista, pintor, escritor,Professor Catedrático aposentado da Facul-dade de Medicina da Universidade do Porto.Dirigiu os serviços de Biologia Médica e Nefro-logia, assim como o departamento de Medicina.Ocupou também o cargo de director do serviçode Nefrologia no Hospital de Santo António echefiou, entre 1988 e 1991, o Hospital de SãoJoão. Com mais de 100 artigos científicos de investi-gação de base e clínicas publicados, foi o pri-meiro cientista a trazer a público um caso dedoença de Legionários em Portugal, no ano de1981. Foi Prémio Nacional de Saúde 2013.A carreira multifacetada do professor serve aquipara justificar os diferentes pontos de vista comque se pode abordar Levi Guerra, que se con-sidera “um médico que pinta há mais de 30anos”. Traduzindo a sua experiência e um percursomultifacetado em diversos registos de expres-sões diferenciadas e, trazidos para as suas mui-tas pinturas na tentativa de criar uma narrativatambém, multifacetada.A ética médica, a obrigação cívica e a religiãode Levi Guerra ajudam a perceber a admiraçãoque sente por valores como: o ser humano emconstante processo de mudança e aprendiza-gem e a crença, sendo exemplo os quadros alu-sivos à Páscoa, patentes em Figueiró dosVinhos.Não abdicando contudo, de pintar os seus es-tados de espírito e as diferentes perspectivascom que encara a vida e o quotidiano.Esta grandeza também pode ser contempladanos seus auto-retratos.Muitos dos seus quadros já foram exibidos em

diversos locais tais como o Auditório da Funda-ção A LORD, Galeria da Biblioteca Almeida Gar-rett, etc.

Instituto Cultural D. António Ferreira GomesNascido no Porto em 1997 sob o impulso bro-tado da preocupação de se dar apoio a quem,entrado na era da disponibilidade de tempo quea reforma traz, encontre na cultura o melhor le-nitivo para se motivar intelectualmente e se dis-por a continuar a ser útil, o Instituto Cultural D.António Ferreira Gomes tem-se concretizadonum projecto muito diversificado.A vida da Instituição assenta nas matérias mi-nistradas e na competência de quem as minis-tra.A vida cultural pulula entre “aulas” e visitas cul-turais, decorrendo paralelamente com ocasio-nais eventos de cunho mais social como são asrefeições festivas, as exposições e as tertúlias.Não se cultiva a passividade nem o “passartempo”. Também não se avaliam saberes nemse controlam presenças, nem os programasdas disciplinas são fixos. Mas há uma mensa-gem permanente e subjacente e é que cadapessoa se abra ao “estímulo intelectual” que davida do Instituto brota e se projecte na vida decada um.Por fim, há um aspecto dinâmico-social impor-tante e que decorre da feliz circunstância das

pessoas se encontrarem regularmente nas“aulas” ou ocasionalmente nos outros eventoscurriculares da Instituição. Esse tempo dinâ-mico satisfaz a necessidade de se combater asolidão de quem a possa experimentar e servepara que se difunda um espírito de solidarie-dade humana que é, a todos os títulos, um beminestimável.

http://www.icafg.pt/

Universidade Sénior de Figueiró dos Vinhos(USFIG)A Universidade Sénior de Figueiró dos Vinhosé uma instituição aberta a todos os interessa-dos e destinada a pessoas maiores de 50 anos,de ambos os sexos.O seu objectivo essencial é dinamizar e orga-nizar regularmente actividades sócio culturaiseducativas, recreativas, de aprendizagem e en-sino informal, esta projecto é criado e geridopela Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos,e funciona na Casa Municipal da Juventude deFigueiró dos Vinhos.A Universidade Sénior de Figueiró dos Vinhosestá aberta à participação de pessoas de dife-rentes saberes, idades e locais visando, entreoutros, o incentivo ao voluntariado social, noâmbito da Lei n.º71/98 de 3 de Novembro e De-creto-Lei nº 389/99 de 30 de Setembro.http://usfig.blogspot.pt/p/quem-somos.htm

Sessão InterculturalForal Manuelino, Legados por Terras de Figueiró

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8 . 16 de Abril de 2015

Singral Cimeiro, na freguesia de Campelo,concelho de Figueiró dos Vinhos, a 646metros de altitude, geograficamente in-serido numa zona serra predominando afloresta, mais uma vez serviu de local paraos naturais residentes que ainda restam,bem como os ausentes por motivos profis-sionais, não esquecendo um grupo de ami-gos, no passado dia 29 de Marçopromoverem na sede da “Associação deMelhoramentos” uma tarde de convívio.O evento foi patrocinado pelo nosso amigoFausto, que sendo descendente do Singralnão esquece as suas origens, e é proprie-

tário do restaurante “A Parreirinha” em Mi-randa do Corvo.Pela manhã, transportando no seu veiculotodo os ingredientes necessários e não es-quecendo o muito habitual e saborosovinho tinto, acompanhado por um grupo deconvivas, dirigiram-se para o Singral, e aíchegados tomaram conta da “associação”e deram inicio à confecção de uma muitoapetitosa “sopa de pedra” satisfazendo asdelícias de todos os presentes. O convívio,prosseguiu pela tarde onde não faltou a an-imação e as habituais “febras” assadas atéo sol se despedir dos convivas.

Almoços e Convívios SerranosSingral Cimeiro

Um grupo: entre estes, o Fausto promotor do convívio, e Ramiro

Uma parte do grupo participanteO já conhecido acordeonista responsável

pela animação

Também não fugindo à regra dos ha-bituais convívios promovidos duranteo ano pela direcção da associação“O Penico” em Alge, integrado nacelebração da Páscoa, é levado acabo, como habitual, um convívio fa-miliar entre os “Algenses” residentese seus familiares ausentes por mo-tivos profissionais e amigos. Foi o que no passadio dia 4, na sededa “associação” ocorreu com umatarde muito animada iniciada comum muito apetitoso almoço,prosseguindo pela também tradi-cional animação da responsabilidadedo amigo “Fernando dos Pneus”, atése dar o início de funcionamento dosfogareiros para assar não só as ha-bituais febras, como os tradicionaiscouratos, sempre acompanhados dobom vinho.

Convívio de Páscoa Promovido pela Associação “O PENICO” de Alge

As fotos transmitem a animação

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. 916 de Abril de 2015

Por Aires B. Henriques

Miguel PortelaInvestigador

Major Neutel de Abreu

Continua no próximo número

A campanha dos NamarraisÉ a partir daqui, encarada como a fase final daestratégia político-militar de pacificação do nortede Moçambique (e que para a História ficou co-nhecida como a campanha dos Namarrais), queNeutel de Abreu verá melhorada a sua reputaçãoao serviço do Exército Português.“Em Setembro de 1905 é nomeado ComandanteMilitar de Moginqual, onde - dispondo agora demaior autoridade -, inicia uma ainda mais pro-funda penetração para o interior, montandonovos postos no território”.O ano de 1907, por sua vez, é apontado como oda fundação da cidade de Nampula, como meioe solução prática para confirmar a ocupação dosterritórios imposta pelas determinações da Con-ferência de Berlim de 1885, a par de uma baseestável para o desenvolvimento do comércio eda agricultura na região.“Em Maio de 1909 é nomeado Capitão-Mor deMacuana, com sede no Itóculo, e, no fim desseano, regressa ao comando de Mogincual. Entre-tanto as gentes de Fareley voltam a exercer asua pressão e, em 11 de Maio de 1910, Neutelde Abreu recebe ordens para fazer parte dumacoluna comandada pelo Major Massano de Amo-rim, que põe termo às rebeliões locais”.“A 31 de Agosto de 1910 é promovido no postode capitão e, em princípios de 1912, desloca-separa a região do Ribaué para dominar as gentesdo régulo Murrula que se começavam a suble-var”. É desta época também a sua adesão à Maço-

naria portuguesa, sendo iniciado na mesma – se-gundo os livros mestres do Grande OrienteLusitano Unido - com 39 anos de idade”[2] na Loja

Oriental[3], em 2 de Maio de 1912, inscrevendocomo sua profissão a de “Capitão do quadro Oci-dental” e optando pelo nome simbólico de “Ma-nhonho”[4]. Desconhecemos das suas razões esignificado. Mas sabe-mos que os indígenas otratavam por “Mahon”,“ao que parece porsempre dizer “on, on”quando se lhes dirigiazangado”, conside-rando-o “uma espéciede deus, inquebrável,imune às balas, indes-trutível” [5], sobre o qualse contavam vários fei-tos inacreditáveis, comoos que: “fez desviar docaminho um leão (queprovavelmente estavasaciado); fez choverapós um longo períodode seca (um golpe desorte que lhe valeu alealdade de um régulo); ou como fez sair fogo daterra seca (com alguma pólvora que trazia nosbolsos à mistura)”.Posteriormente “é nomeado Capitão-Mor doMossuril, regressando ao seu lugar no Macuanaem Janeiro de 1916. Recebe a medalha de ourode Serviços Distintos no Ultramar, da qual já pos-suía duas de prata”.Quando na Europa rebenta a I Grande Guerra,Neutel de Abreu tem 43 anos de idade e em Mo-çambique as tropas alemãs davam nota da suahostilidade, atacando em Agosto de 1914 o posto

de Mazina. Mas só dois anos depois - em Marçode 1916 - a Alemanha declara formalmenteguerra a Portugal, pelo que é organizada umanova expedição a Moçambique. “Neutel de Abreudisponibiliza-se para o que for preciso e, perantea degradação da situação no território, acaba porser incumbido de recrutar pessoal para as ope-rações e chefiar uma coluna destinada a abrir umitinerário de Mocimboa da Praia a Chomba, numaextensão de cerca de 150 km, atrás do planaltodos Macondes – onde estes dominavam - aindainsubmissos e instigados à revolta pelos ale-mães”.A subsequente submissão dos macondes, a jun-tar ao êxito de outras missões. dispensam-no dasprovas de aptidão para promoção a Major; “comorecompensa dos relevantes serviços prestadosem Moçambique e pelas provas do seu valorcomo oficial patenteado durante a sua carreiramilitar”. Por isso, a 24 de Agosto de 1918 é pro-movido a Major e “novas condecorações são-lheconferidas”.“Com a saúde bastante abalada”, chega a Lou-renço Marques (a actual cidade de Maputo) paraser sujeito a uma junta médica, mas o Governa-dor-Geral “dissuade-o da aposentação e con-cede-lhe uma licença graciosa de dois anos.Porém, os esforços - que despendera durantetantos anos de dedicação - arruinaram-lhe asaúde”, acabando por ser reformado em Feve-reiro de 1920, com apenas 49 anos de idade.Por esta altura, no âmbito do universo maçónicoque frequentava, foram-lhe concedidos os graus25º a 29º por Decreto nº 13 do Grande OrienteLusitano Unido, de 3/7/1919, e – a seu pedido -passado atestado de quite em sessão de 10 de

Junho de 1920, “por não poder continuar nos tra-balhos de Loja”.Neutel de Abreu terminava, assim, a sua car-reira militar, a par dos rituais maçónicos a que(cerca de oito) anos antes se propusera, “masnão a tarefa que a si próprio impusera e resolveficar no Mongiqual - terra a que tanto queria - ededicar-se à agricultura” na plantação que aímantinha.

[2] Existe discrepância entre a idade registada ea real que, aparentemente, aponta para os 41anos (1912-1871).[3] A Loja Oriental nº 255, praticante do REAA, foifundada em 1906 em Moçambique e trabalhouaté ao período da clandestinidade. Vide Dicioná-rio de Maçonaria Portuguesa, pelo Prof. Dr. A. H.de Oliveira Marques, Editorial Delta, 1986, apágs. / cols. 1063.[4] Desconhecemos o significado e a razão daopção por este nome. Manhonho é usado comosobrenome na região de Miranda do Douro /Trás-os-Montes, assim como alcunha na zona daRaia com Espanha, em particular na zona dosantigos contrabandistas de Quadrazais, no con-celho do Sabugal. Em Moçambique correspondea uma povoação na Província de Gaza, conhe-cida como referência horária e estação metereo-lógica.[5] Vide “Os fantasmas de Rovuma” (a epopeiados soldados portugueses em África na I GuerraMundial), por Ricardo Marques, a págs. 206.

Continuação do número anterior

Régulo Mukapera(Foto José dos SantosRufino - Álbum Distritode Moçambique -1929)

As Ferrarias da Foz de Alge e da Machuca tive-ram, no século XVII, com a superintendência deFrancisco Dufour e de seu filho, Pedro Dufour,uma importância manifesta na História Industrialdo País.A estes dois notáveis superintendentes se deveo grande impulso no arranque e desenvolvimentodas Reais Ferrarias de Figueiró e Tomar, assimcomo no que respeita à exploração do cobre noAlgarve e à indústria do fabrico de papel em Fi-gueiró (PORTELA, Miguel, “A Superintendênciados Tenentes de Artilharia Francisco Dufour ePedro Dufour nas Reais Ferrarias da Foz de Algee Machuca”, apresentado no XXI Colóquio deHistória Militar, Nos 250 Anos da Chegada doConde de Lippe a Portugal: necessidade, refor-mas e consequências da presença de militaresestrangeiros no Exército Português. Actas da Co-missão Portuguesa de História Militar, 2013, pp.505-520).Sabemos que em 1651 Domingos Cavaleiro foifeito meirinho das Ferrarias de Figueiró, com oprivilégio de trazer vara fora da jurisdição, por al-vará passado a 14 de janeiro desse dito ano. To-davia, só em 1655 é concedido a FranciscoDufour o cargo de superintendente das Ferrariasde Tomar e Figueiró (Arquivo Histórico do Minis-tério das Obras Públicas, Superintendência dasFerrarias de Tomar e Figueiró, Registo de corres-pondência recebida, 1655-1761, fls. 27-27v.). Sa-bemos, também, que em 1686 era meirinho dasreferidas Ferrarias Vicente Moniz (Arquivo Distri-tal de Leiria (A.D.L.), Livro de Baptismos de Fi-gueiró dos Vinhos (L.B.F.V.), Dep. IV-33-E-40,

assento n.º 4, fl. 159/69, datado de 9 de setembrode 1686, «por padrinhos: Viçente Monis meirinhodos Engenhos de ferro (…)».A função do meirinho estipulava nos diversos Re-gimentos das Ferrarias que o nomeado para ocargo aplicasse todas as diligências que o supe-rintendente proferisse ao serviço das Reais Fer-rarias.Domingos Cavaleiro terá nascido por volta doano de 1594, possivelmente na vila de Figueiródos Vinhos, onde residiu (Arquivo da Universi-dade de Coimbra, Processo de Ordenação Sa-cerdotal de Francisco Temudo, datado de 14 demaio de 1664, Ordens Menores, Caixa 529, DIII-S1ªE-E8-T4-N.º27, fl. 6, «Domingos Cavaleiromorador nesta ditta villa (…) disse ser de setentaannos poco mais ou menos.»).Domingos Cavaleiro foi casado com Isabel Luís,(A.D.L., L.B.F.V., Dep. IV-33-E-40, assento n.º 7,fl. 14, datado de 8 de outubro de 1652, «Por pa-drinhos: (…) Izabel Luis molher de Domingos Ca-valleiro»). Desta união nasceu uma filha de nomeFrancisca, que veio a falecer a 22 de dezembrode 1657 (A.D.L., L.B.F.V., Dep. IV 33-E-40, as-sento n.º 1, fl. 32, datado de 29 de junho 1656,«por padrinhos: (…) Francisca filha de DomingosCavaleiro», Livro de Defuntos de Figueiró dos Vi-nhos, Dep. IV-33-E-40, assento n.º 24, fl. 88,«Francisca filha de Domingos Cavaleiro destavilla faleceo em 22 de dezembro de 657.»).A 18 de outubro de 1654, o Regimento da Supe-rintendência das Ferrarias de Tomar e Figueiró(Foz de Alge e Machuca) era promulgado, «tendoconsideração á utilidade que se segue a meu ser-

viço de se conservarem as Ferrarias, que Mandeifazer nos limites das Villas de Thomar, e Figueiró,e que no Regimento que lhes deo em dezoito deOutubro de seiscentos cincoenta e quatro (…)»(Regimento de Dom Pedro II, datado de 11 dejunho de 1692, Impresso na Regia Officina Typo-grafica, p. 1).A necessidade de armas para o exército decor-rente da Guerra da Independência justificou o de-senvolvimento da indústria mineira nesta região,ficando assim regulamentada no Regimento de1654 a concentração, no mesmo local da explo-ração mineira, do fabrico de armas de fogo e mu-nições (PORTELA, Miguel, A exploração de ferrona região de Penela, Figueiró dos Vinhos eTomar nos séculos XVI e XVII, Edição do autor,Figueiró dos Vinhos, 2014).De acordo com o Regimento de 1692, o distritodas Ferrarias de Figueiró correspondia à áreadas seguintes localidades: «Pereiro à Villa de Al-vaiazere, continue as cinco Villas de Chão deCouce, e dahi a Penella, e de Penella a Miranda,e ao Pedrogão-Grande pelo Zezere abaixo até áVilla de Dornes, e da Fabrica nova serão as Villasda Certã, Pedrogão-Pequeno, e Proença a nova,e Arega.».As Reais Ferrarias da Foz de Alge e da Machuca atra-vessaram continuamente dificuldades quer adminis-trativas, pela incúria de muitos dos seusadministradores, quer mesmo por incapacidade emmanufaturar e escoar nos mercados adequados o quede melhor se produzia. Apesar destas vicissitudes,elas marcaram determinantemente a vida económicade Figueiró dos Vinhos, da região e mesmo do país.

Domingos Cavaleiro: meirinho das Ferrarias de Figueiró

Apêndice documental 1651, janeiro, 14, Lisboa - Alvará passado a Domin-gos Cavaleiro, o qual fora feito meirinho das Ferrariasde Figueiró, com o privilégio de trazer vara fora dajurisdição.Arquivo Nacional da Torre do Tombo - Registo Geralde Mercês, Liv. 21, fls. 148-148v.[fl. 148]Eu ElRey faço saber aos que este alvara virem, quetendo respeito a Domingos Cavaleyro ter as partese sufficiencia necessarias para servir o officio demeyrinho das ferrarias de Figueyró, como rellatou emsua informação Ruy Correa Lucas, Tenente Geral daArtilharia; Hey por bem e me praz de lhe fazer mercedo dito officio, com o qual, terá o previllegio de trazervara fora da jurisdição, e não havera ordenado algummais, que o que se lhe der de sallario quando forlonge a alguma deligencia do serviço das dittas fer-rarias a alvidrará pelo superintendente dellas, com-forme o trabalho que tiver, e se lhe lançara nas feriasque nas taes ferrarias se fazem e quando trabalha-rem // [fl. 148v.] e se vir seu serviço, lhe mandareynomear o que for justo: Pelo que mando ao ditto su-perintendente, que pella maneira refferida lhe de aposse do ditto officio e lho deixe servir com declara-ção, que havendo eu por meu serviço de lho tirar, ouextinguir em algum tempo por qualquer cauza queseja, lhe não ficara por isso minha fazenda obrigadaa satisfação alguma, e na minha chancelaria lhe seradado juramento dos santos evangelhos, que bem, everdadeiramente serva, guardando em tudo meu ser-viço, o direito as partes; de que se fara assento nascostas deste, que por firmeza de tudo lhe mandeypassar este alvara por mym assynado, o qual queroque valha como carta etc.ª. Luiz da Costa Correa ofez em Lixboa a 14 de Janeiro de 651 annos. Fran-cisco Guedes Pereyra o fiz escrever.

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10 . 16 de Abril de 2015

NECROLOGIA

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Belmira da Conceição MendesNasceu a 08/06/1929Faleceu a 01/03/2015Natural de AgudaFigueiro dos Vinhos,Residente em Fato, Aguda

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António Fernando da Cruz SilvaNasceu a 18/10/1951

Faleceu a 04/03/2015Natural de Figueiró dos Vin-hos,residente em Bairro SãoJoão Batista

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Gracinda Augusta Marques FernandesNasceu a 20/06/1928Faleceu a 06/03/2015Natural de Chão de Couce,Ansião, residente emFigueiró dos Vinhos

Arminda Ladeira dos SantosNasceu a 27/08/1917

Faleceu a 09/03/2015Natural de Campelo,Residente em Figueiró dos Vinhos

BairradasFaleceu

Adélia Maria dos Reis

Eterna saudade de seu marido, filhas, genros,netos e bisnetos e restante família.

Nasceu a 22 de Julho de 1936Faleceu a 19 de Março de 2015

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. 1116 de Abril de 2015

Desporto - Futebol: Desporto - Futebol: Associação Desportiva de Figueiró dos VinhosAssociação Desportiva de Figueiró dos Vinhos

Partida a contar para a 6ª Jornada da Zona Nortedo Campeonato Distrital de Leiria da 1ª Divisão,em futebol, escalão de seniores, disputada noEstádio Municipal Afonso Lacerda, em Figueiródos Vinhos, na tarde de domingo dia 12 de Abril,com sol e algum calor.Desportiva e Caseirinhos partiam para este jogocom 1 e 4 pontos, último e penúltimo classifica-dos respectivamente, ambos com tarefa muito di-fícil, para não dizer impossível, de alcançar oslugares cimeiros da tabela classificativa.Com arbitragem de Pedro Figueiredo, auxiliadopor José Marques do lado dos bancos, e JoséAgostinho do lado do peão, as equipas alinharamda seguinte forma:Associação Desportiva de Figueiró dos Vinhos:Didi (GR), Flechas (Sub Cap.), Ricardo, Fredy,Batista, Beto, Hingá, Diogo (João Graça aos 59min.), Xico (Jeta aos 45 min.), Rafael (Russo aos45 min.) e Gouveia. Suplentes: Mickael (GR),Tiago, Ferreira e Matine. Treinador: João Al-meida.Associação Cultural e Desportiva de Caseirinhos:Tiago (GR), José António (Sub. Cap.) (João Fra-goso aos 75 min.), Dilan Santos, Daniel Rosa,Tiago Alexandre (Tiago Marques aos 83 min.),João Carlos, Rafael Silva (Cap.), Rui Correia, An-tony Mendes, Tiago Vinhas (João Fernandes aos69 min.) e Pedro Silva. Suplentes: Gonçalo (GR),Rui Humberto, Damien e Gaspar. Treinador:Quim Silva.Jogo muito equilibrado nos dois meios tempos,com as equipas muito bem encaixadas tactica-mente, com ligeiríssimo ascendente para a Des-portiva.No primeiro tempo registo para duas boas oca-

siões de golo da Desportiva, a pri-meira logo aos 4 minutos, quandoRafael e Xico se isolam em velo-cidade, Rafael passa para Xicoque isolado frente ao guarda -redes Tiago não consegue concre-tizar quando já se gritava golo noAfonso Lacerda. Aos 25 minutosfoi a vez de Rafael rematar de ca-beça por cima da trave da balizados Caseirinhos, correspondendoa um cruzamento da esquerda deDiogo. Duas oportunidades tam-bém para a equipa de Pombal,

ambas por intermédio de Rui Correia, um jogadormuito rápido que criou muitas dificuldades à de-fesa da Desportiva. Aos 16 minutos entrou emvelocidade na área pelo lado esquerdo, e comtodas as condições para marcar atirou ao lado.Aos 44 minutos isola-se de novo pela esquerdae remata para uma boa defesa de Didi.No segundo tempo o equilíbrio continuou a ser ofacto mais marcante, com um golo anulado euma oportunidade de golo para cada lado. Aos47 minutos golo anulado aos Caseirinhos por forade jogo, o mesmo acontecendo à Desportiva aominuto 63 na sequência de um pontapé de canto.Aos 62 minutos Gouveia corresponde de cabeçaa um cruzamento da esquerda feito por Batista,mas a bola sai por cima da trave. Já para alémdo tempo regulamentar, ao minuto 92, novo dueloentre Rui Correia e Didi, com este a negar maisuma vez o golo ao atacante de Pombal, que sen-tenciaria o jogo.No final o resultado pode considerar-se justoatendendo ao equilíbrio evidenciado pelas duasequipas.A Desportiva continua a ocupar o último lugar databela classificativa com 2 pontos, graças aosdois empates conseguidos nestas duas últimasjornadas, com 8 golos marcados e 13 sofridos. No próximo domingo, dia 19, desloca-se à MataMourisca, Pombal, joga de novo fora a 26 de Abrilcom o Boavista, e recebe o Alegre e Unido a 3de Maio e a Ilha a 10 de Maio.Classificação à 6ª Jornada: 1º G. D. Ilha 13 pon-tos, 2º Avelarense 12, 3º Boavista 11, 4º MataMourisca 9, 5º Recreio Pedroguense 7, 6º Casei-rinhos 5, 7º Alegre e Unido 4, 8º Desportiva 2.

António B. Carreira

Jogo disputado no Estádio Municipal Afonso La-cerda em Figueiró dos Vinhos, a contar para asegunda jornada da série A do grupo B do Cam-peonato Distrital de Leiria da 1ª Divisão em Ini-ciados, no domingo dia 22 de Março, numamanhã com algum sol mas também algum frio.A Desportiva vinha de uma vitória fora alcançadano campo da Almagreira por 1-4, o que dava al-guma confiança aos jogadores, embora o Chãode Couce também tivesse vencido fora na pri-meira jornada, por 0-2 frente à Ilha.Sem equipa de arbitragem nomeada pela Asso-ciação de Futebol de Leiria, coube à equipa dacasa resolver o problema, tendo a partida sidoarbitrada por Rui Leitão, treinador adjunto daequipa de sub-13, assistido por João Franciscoe Paulo Reis, ambos da equipa de veteranos.Constituição das equipas:Associação Desportiva de Figueiró dos Vi-nhos: Patrick (GR), Renato (Gui aos 55 minu-tos), Zé Pedro, Alexandre (Cap.), Pedro Gomes,Zé Lopes (Alex aos 55 min.), Paulo Costa, Ri-cardo (Duarte aos 34 min.), Manuel Paiva (Ro-gério Simões aos 55 min.), André Leitão e RubenCoelho. Treinador: Eurico.Lusitano Ginásio de Chão de Couce: Fran-cisco (GR), Duarte, Pedro, Luís (Rodrigo aos 35min.), Gonçalo, Cláudio, Diogo, Renato, Ivo,Bruno e João. Suplentes: Gui (GR), Gonçalito eFlávio. Treinador: Hugo Marques.Analisando a equipa da Desportiva, pode-seconstatar a inclusão nos convocados de 5 joga-dores provenientes da equipa de Sub-13: Gui,Alex, Rogério Simões, André Leitão e RubenCoelho, estes dois últimos como titulares, queEurico chamou ao escalão superior não apenaspara colmatar ausências mas também para darminutos de jogo aos futuros iniciados.Jogo muito equilibrado, com Chão de Couce acomandar nos primeiros 23 minutos, tendo tido

mesmo uma boa ocasião para marcar aos 20 mi-nutos, quando Bruno entra na área da Desportivacom a bola controlada e remata forte, mas Pa-trick correspondeu com uma excelente defesanegando o golo à equipa forasteira. Aos 23 mi-nutos veio a resposta da Desportiva, com umcontra ataque rápido finalizado por Pedro Gomesque atira ao poste, e depois na recarga propor-ciona ao guarda-redes Francisco uma boa de-fesa.Embalados por esta excelente oportunidade, osjovens jogadores de Figueiró dos Vinhos passa-ram a dominar a partida e a criar algumas situa-ções de perigo, até que 3 minutos já para alémda hora regulamentar, Manuel Paiva em jogadade insistência consegue furar a defensiva oposi-tora e isolado, em posição frontal só com oguarda-redes pela frente, remata para o 1-0, re-sultado com que se alcançou o intervalo.No segundo tempo o Lusitano Ginásio de Chãode Couce voltou ao jogo com vontade de virar oresultado, mas a defesa da Desportiva estavaem manhã de grande inspiração e ia resolvendobem as situações. E quando não conseguia, es-tava lá Patrick para evitar o pior, como aos 59minutos quando corresponde com mais uma ex-celente defesa a um remate da equipa adversá-ria. Aos 65 minutos, Duarte que entrara ainda naprimeira parte em substituição de Ricardo, entrapelo lado direito da área e remata cruzado, coma bola a passar ao lado da baliza com Franciscojá batido.O resultado final de 1-0 é inteiramente justo paraa Desportiva, que embora tenha tardado a entrarno jogo, quando o fez foi de forma determinada,estando também muito regular nos processosdefensivos.Calendário da Desportiva: 15/03/2015: Alma-greira 1 – Desportiva 4; 22/03/2015: Desportiva1 – Chão de Couce 0; 29/03/2015: Ilha – Des-portiva; 04/04/2015: Sporting Pombal 1 – Des-portiva 2; 12/04/2015: Desportiva 1– Pelariga 1;19/04/2015: Desportiva – Almagreira;26/04/2015: Chão de Couce – Desportiva;03/05/2015: Desportiva – Ilha; 10/05/2015: Des-portiva – Sporting Pombal; 17/05/2015: Pelariga– Desportiva.Classificação à 5ª Jornada: 1º Ilha 15 pontos, 2ºDesportiva 10, 3º Sporting de Pombal 9.

António B. Carreira

Futebol – SenioresA. Desportiva de Figº Vinhos 0 – A. C. D. Caseirinhos 0

Futebol – IniciadosDesportiva 1 – Chão de Couce 0

Jogo disputado no Municipal Afonso Lacerda emFigueiró dos Vinhos, na manhã de sábado dia 11de Abril, com sol e temperatura agradável. A par-

tida contava para a 11ª jornada da série A dogrupo B do Campeonato Distrital da 1ª Divisãode Leiria em futebol de 7, escalão de Sub-13.Sem equipa de arbitragem nomeada para estejogo pela Associação de Futebol de Leiria, coubeà equipa da casa nomear um árbitro, tarefa quecoube a To-Zé Medeiros.Composição das equipas:Associação Desportiva de Figueiró dos Vi-nhos: Rodrigo (GR), Cortês, Piri, Zézito, Duarte,Janecko, Guilherme Pinto, Ricardito, André,Tomás, Alex, Henriques, Ruben e Guilherme Me-deiros. Treinador: Tó Martins.Grupo Desportivo Guiense: Pedro Sebastião(GR), Fábio, Gonçalo, Diogo, Hugo Jordão, Ra-fael, Francisco, Simão, Tiago, Duarte e Alexan-dre. Primeira parte equilibrada, com o marcador a so-

frer a primeira alteração apenas aos 13 minutos,com Guilherme Medeiros a abrir o activo. A res-posta adversária veio logo no minuto seguintepor intermédio de Diogo que restabeleceu aigualdade. A partida prosseguiu com oportunida-des para ambos os lados, até que já perto do finaldo primeiro tempo, aos 26 minutos, Janecko decabeça abre a sua contagem pessoal para estejogo, pondo a Desportiva de novo em vantagem.No último minuto deste tempo André fez um cha-péu ao guarda-redes Pedro e aumentou a van-tagem para 3-1.Na segunda parte o domínio da Desportiva foiabsoluto, com Guilherme Medeiros a aumentar acontagem para 4-1 logo ao minuto 31. Até ao finalda segunda parte Janecko haveria de marcar pormais cinco vezes, aos 43, 44, 47, 50 e 58 minu-tos, levando o marcador até aos 9-1. O Guiense

conseguiu ainda reduzir ao minuto 58 para 9-2,com o golo a ser apontado por Duarte. Nas con-tas finais da Desportiva contam-se 6 golos paraJanecko, 2 para Guilherme Medeiros e 1 paraAndré.A Desportiva ocupa agora o 5º lugar na série com16 pontos, correspondentes a 5 vitórias, 1 em-pate e 5 derrotas, com 49 golos marcados e 39sofridos.Classificação à 11ª Jornada: 1º Sporting de Pom-bal B 28 pontos, 2º Boavista 27, 3ºs Alvaiázere eCarnide 22, 5º Desportiva 16, 6º Recreio Pedro-guense 9, 7º Guiense 6, 8º Almagreira 0.Nas próximas jornadas a Desportiva vai jogar nosábado dia 18 a Pedrógão Grande, recebe o Car-nide a 2 de Maio e desloca-se a Almagreira a 9de Maio para a última jornada desta série A.

António B. Carreira

Futebol – Sub-13A. Desportiva de Figº Vinhos 9 – Grupo Desportivo Guiense 2

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Futebol – JúnioresDesportiva 6 – Avelarense 1

Jogou-se no dia 21 de Março o jogo em atrasoreferente à 12ª jornada da série A da primeirafase do Campeonato Distrital de Leiria da 1ª Di-visão de futebol, escalão de juniores. Lembramosque esta partida estava agendada para o dia 28de Fevereiro, mas foi adiada por falta de policia-mento.Com a última jornada da série a ter sido dispu-tada no dia 14, o mais importante já estava deci-dido, ou seja, que equipas passam à 2ª fase,tendo ficado apuradas para o grupo de subidaRanha, Avelarense e Figueiró dos Vinhos. Fal-tava apenas decidir quem iria ser o vencedor dasérie, já que Desportiva e Avelarense tinham che-gado à última jornada separados por apenas umponto. Esta decisão era necessária, não apenaspelo prestígio de ganhar a série, mas tambémpara efeitos do sorteio para o calendário da se-gunda fase.Com arbitragem de Joni Correia, auxiliado porVítor Pinto do lado do banco e João Carvalho nopeão, as equipas apresentaram-se da seguinteforma:Associação Desportiva de Figueiró dos Vi-nhos: Carlitos (GR), Formiga Mini, Damásio (S.Cap.), João Gomes, Ervilhas, Joca (Cap), Ar-mando (Portista aos 89 min.), João Esteves, Ra-fael (Jeta aos 29 min.), e Ricky. Suplente: JorgeSilva (GR). Treinador: Fernando Silva.Atlético Clube Avelarense: Xico (GR), Daniel,Diggs (Serra aos 87 min), Rodrigo (Marco aos 74min.), Bruno, Pires (S. Cap.) (Daniel Simões aos89 min.), João Pedro (Cap.), Frota, Puto (Vascoaos 89 min.), Bexanas e João Marcelo. Treina-dor: Paulo Miguel.Há dias assim, em que quase tudo corre bem auma equipa e quase tudo corre mal a outra, e éassim que se consegue explicar o desnível nomarcador, que embora reflicta o que se passou

no jogo, não é a imagem da diferença entre asduas equipas.E o quase que referimos anteriormente vem ape-nas do que se passou logo no primeiro minuto,com a defensiva da Desportiva a falhar uma in-tercepção, erro muito bem aproveitado pelo Ave-larense que ainda o relógio não tinha cumpridoo primeiro minuto e já vencia por 0-1, golo do nº69, Bexanas.O golo abanou a Desportiva, que apenas aos 14minutos conseguiu chegar à baliza contrária atra-vés de um pontapé de canto, perante um Avela-rense que ia dominando e criando perigo junto àárea de Carlitos.Do pontapé de canto marcado por Ricky saiuuma emenda de cabeça por parte de João Este-ves, por cima da trave da baliza defendida porXico. Nada de muito importante, se não tivessesido a partir deste lance que os jovens de Fi-gueiró começaram a equilibrar a partida, que apartir dos 20 minutos já era completamente do-minada pela Desportiva. Aos 24 e 29 minutos temduas boas oportunidades para marcar, ambaspor intermédio de Armando que isolado não con-segue enganar o guarda-redes Xico.Aos 29 minutos o treinador da Desportiva, Fer-nando Silva, mete Jeta no jogo em substituiçãode Rafael, e o ataque de Figueiró ganha maisacutilância.Substituição que se mostrou acertada já que aos35 minutos, na sequência de um pontapé decanto sobre o lado esquerdo marcado por Ricky,Jeta emenda de cabeça para golo, restabele-cendo a igualdade.Até ao final da primeira parte João Esteves aos36 minutos podia ter aumentado a vantagem comum chapéu ao guarda-redes Xico que saiu porcima da trave, até que aos 40 minutos emendade cabeça um cruzamento para fazer o 2-1. OAvelarense respondeu aos 45 minutos com um

remate de muito longe que levou a bola à traveda baliza, com Carlitos já batido.No segundo tempo o Avelarense entrou com von-tade de virar o resultado, e conseguiu equilibraro jogo, até que aos 56 minutos o guarda-redesXico defende uma bola com a mão, na opiniãodo árbitro, fora da grande área, junto à meia-lua,que lhe valeu um cartão amarelo e muitos pro-testos pela decisão. Joca marca rasteiro porentre a barreira defensiva do Avelarense e faz o3-1 para a sua equipa.A partir deste lance o jogo entrou numa fase degrande intensidade, com ambas as equipas acriar muito perigo junto das balizas contrárias. OAvelarense bem ia tentando, conseguindomesmo alguns lances de bola parada neste pe-ríodo, mas nada saía bem à turma do Avelar. ADesportiva, pelo contrário ia afinando a pontaria,e depois de duas flagrantes oportunidades degolo aos 64 minutos por intermédio de Jeta, au-menta a vantagem para 4-1 ao minuto 68, comArmando desta vez a não perdoar isolado frente

a Xico. De novo Armando aos 87 minutos elevaa contagem para 5-1, na sequência de uma jo-gada confusa dentro da área do Avelarense, eJeta aos 90 fecha a contagem com um chapéu aXico.Resultado justo embora com números exagera-dos, salientando-se que a equipa do Avelar so-freu neste jogo mais de 50% dos golos que tinhasofrido até então (11).Já é conhecido entretanto o calendário para a se-gunda fase: 4 de Abril: Avelarense 0 – Desportiva3; 11/04: Desportiva 4 – Boavista 5; 18/04: Des-portiva – Unidos; 25/04: Óbidos – Desportiva;02/05: Desportiva – Ranha; 09/05: Desportiva –Avelarense; 16/05: Boavista – Desportiva; 23/05:Unidos – Desportiva; 30/05: Desportiva – Óbidos;06/06: Ranha – Desportiva.Classificação à 2ª Jornada: 1ºs Óbidos e Boa-vista 6 pontos, 3ºs Desportiva e Unidos 3, 5ºsAvelarense de Ranha 0.

António B. Carreira