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 Noções Administrativas : Administração pública Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram satisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. Em outras palavras, administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos, sendo dividida em administração direta e indireta.  A administração direta é aquela exercida pelo conjunto dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Nesse caso, os órgãos não possuem personalidade jurídica própria, patrimônio, nem autonomia administrativa. Diferentemente da  administração direta, a qual o Estado exerce suas funções diretamente; na administração indireta, o Estado transfere a sua titularidade ou execução das funções para que outras pessoas jurídicas, ligadas a ele, possam realizar.  A administração indireta é composta pelas autar-quias, fundações, sociedades de  economia mista, empresas pú-blicas e outras entidades de direito privado. Tais entidades possuem personalidade jurí dica própria, patrimônio e autonomia administrativa. A concessão que o Estado dá ao concessionário deve ser feita sempre através de licitação.  Características básicas das organizações formais modernas: Conceito de Organização - É o estabelecimento de uma estrutura formal de autoridade , mediante a qual se definem e coordenam as fases e os métodos de trabalho para se atingir objetivos específi-cos. Estrutura: É o conjunto formal de dois ou mais elementos que subsiste inalterado, seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos. A estrutura se mantém mesmo com a alteração de um dos elementos ou das relações. Sob o po nto de vista formal, uma organização empresarial consiste em um conjunto de encargos funcionais e hierárquicos, orientados para o objetivo econômico de produzir bens ou serviços. A estrutura orgânica deste conjunto de encargos está condicio-nada à natureza do ramo de atividade, aos meios de trabalho, às circunstâncias sócio-econômicas da comunidade e à maneira de conceber a atividade empresarial. As principais característica s da organizaçã o formal são:  1. Divisão do Trabalho;  2. Especialização;  3. Hierarquia;  4. Distribuição da autoridade e da responsabilidade;  5. Racionalismo. 1. Divisão do Trabalho   O objetivo imediato e fundamental de todo e qualquer tipo de organização é a produção. Para ser eficiente, a produção deve basear-se na divisão do trabalho, que nada mais é do que a maneira pela qual um processo complexo pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas. O procedimento de dividir o trabalho começou a ser praticado mais intensamente com o advento da Revolução Industrial, provocando uma mudança radical no conceito de produção, principalmente no fabrico maciço de grandes quantidades através do uso da máquina, substituindo o artesanato, e o uso do trabalho especializado na linha de montagem.

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Noções Administrativas:

Administração pública

Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuramsatisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. Emoutras palavras, administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação deserviços públicos, sendo dividida em administração direta e indireta.

 

A administração direta é aquela exercida pelo conjunto dos Poderes da União, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios. Nesse caso, os órgãos não possuem personalidade jurídica própria,patrimônio, nem autonomia administrativa.

Diferentemente da

 

administração direta, a qual o Estado exerce suas funções diretamente; naadministração indireta, o Estado transfere a sua titularidade ou execução das funções para queoutras pessoas jurídicas, ligadas a ele, possam realizar. A administração indireta é composta pelasautar-quias, fundações, sociedades de economia mista, empresas pú-blicas e outras entidades de

direito privado. Tais entidades possuem personalidade jurídica própria, patrimônio e autonomiaadministrativa.

A concessão que o Estado dá ao concessionário deve ser feita sempre através de licitação. 

Características básicas das organizações formais modernas:

Conceito de Organização- É o estabelecimento de uma estrutura formal de autoridade, mediante aqual se definem e coordenam as fases e os métodos de trabalho para se atingir objetivos específi-cos.

Estrutura: É o conjunto formal de dois ou mais elementos que subsiste inalterado, seja na

mudança, seja na diversidade de conteúdos. A estrutura se mantém mesmo com a alteração de um doselementos ou das relações.

Sob o ponto de vista formal, uma organização empresarial consiste em um conjunto de encargosfuncionais e hierárquicos, orientados para o objetivo econômico de produzir bens ou serviços.

A estrutura orgânica deste conjunto de encargos está condicio-nada à natureza do ramo deatividade, aos meios de trabalho, às circunstâncias sócio-econômicas da comunidade e à maneira deconceber a atividade empresarial.

As principais características da organização formal são:

  1. Divisão do Trabalho;  2. Especialização;  3. Hierarquia;  4. Distribuição da autoridade e da responsabilidade;  5. Racionalismo.

1. Divisão do Trabalho 

  O objetivo imediato e fundamental de todo e qualquer tipo de organização é a produção.Para ser eficiente, a produção deve basear-se na divisão do trabalho, que nada mais é do que a maneirapela qual um processo complexo pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas.

O procedimento de dividir o trabalho começou a ser praticado mais intensamente com o advento daRevolução Industrial, provocando uma mudança radical no conceito de produção, principalmente nofabrico maciço de grandes quantidades através do uso da máquina, substituindo o artesanato, e o uso dotrabalho especializado na linha de montagem.

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2. Especialização 

  Constitui uma maneira de aumentar a eficiência e de diminuir os custos de produção.Simplificando as tarefas, atribuindo a cada posto de trabalho tarefas simples e repetitivas que requeirampouca experiência do executor e escassos conhecimentos prévios, reduzem-se os períodos deaprendizagem, facilitando substituições de uns indivíduos por outros, permitindo melhorias de métodos deincentivos no trabalho e, conseqüentemente, aumentando o rendimento de produção.

3. Hierarquia 

  Uma das conseqüências do princípio da divisão do trabalho é a diversificação funcionaldentro da organização. Porém, uma pluralidade de funções desarticuladas entre si não forma umaorganização eficiente. Como decorrência das funções especializadas, surge inevitavelmente a decomando, para dirigir e controlar todas as atividades para que sejam cumpridas harmoniosamente.Portanto, a organização precisa, além de uma estrutura de funções, de uma estrutura hierárquica, cujamissão é dirigir as operações dos níveis que lhes estão subordinados. Em toda organização formalexiste uma hierarquia. Esta divide a organização em camadas ou escalas ou níveis de autoridade, tendo ossuperiores autoridade sobre os inferiores. À medida que se sobe na escala hierárquica, aumenta a

autoridade do ocupante do cargo.4. Distribuição da Autoridade e da Responsabilidade 

  A hierarquia na organização formal representa a autoridade e a responsabilidade emcada nível da estrutura. Por toda a organização, existem pessoas cumprindo ordens de outras situadas emníveis mais elevados, o que denota suas posições relativas, bem como o grau de autoridade em relação àsdemais.

A autoridade é, pois, o fundamento da responsabilidade, dentro da organização formal, eladeve ser delimitada explicitamente. De um modo geral, a generalidade do direito de comandar diminui à

medida que se vai do alto para baixo na estrutura hierárquica.A "autoridade" é o direito de dar ordens e o poder de exigir obediência, conceituando-a, ao mesmotempo, como poder formal e poder legitimado.Assim, como a condição básica para a tarefa administrativa, a autoridade investe o administrador dodireito reconhecido de dirigir subordinados, para que desempenhem atividades dirigidas pra aobtenção dos objetivos da empresa. 

A autoridade formal é sempre um poder, uma faculdade, concedidos pela organização aoindivíduo que nela ocupe uma posição determinada em relação aos outros.

5. Racionalismo da Organização Formal 

  Uma das características básicas da organização formal é o racionalismo. Uma organizaçãoé substancialmente um conjunto de encargos funcionais e hierárquicos a cujas prescrições e normasde comportamento todos os seus membros se devem sujeitar. O princípio básico desta forma deconceber uma organização é que, dentro de limites toleráveis, os seus membros se comportarãoracionalmente, isto é, de acordo com as normas lógicas de comportamento prescritas para cada umdeles. Dito de outra forma, a formulação orgânica de um conjunto lógico de encargos funcionais ehierárquicos está baseada no princípio de que os homens vão funcionar efetivamente de acordo com talsistema racional.Toda organização se estrutura a fim de atingir os seus objetivos, procurando com a sua estruturaorganizacional a minimização de esforços e a maximização do rendimento. O maior lucro, pelo menorcusto, dentro de um certo padrão de qualidade.

  Conceito de Organização Formal 

  a) Organização Formal - é a organização baseada na divisão de trabalhoque especializa órgãos e pessoas em deter-minadas atividades.

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  b) Organização Formal - é a Instituição estabe-lecida para atingirobjetivos específicos explícitos, constituindo um sistema preestabelecido de relações estruturaisimpessoais, re-sultando daí, um relacionamento formal entre as pessoas, permite reduzir a ambigüidade eaumentar a previsão do comporta-mento.

  As principais características da OF, são :  1) divisão do trabalho;  2) especialização  3) hierarquia;  4) autoridade;  5) responsabilidade;  6) racionalismo;  7) coordenação.   As Organizações formais são caracterizadas pela existência de regras, regulamentos e

estrutura hierárquica que ordenam as relações entre seus membros.

TIPOS TRADICIONAIS DE ORGANIZAÇÃO 

Existem três tipos tradicionais básicos de estrutura organizacional: a organização linear, a organizaçãofuncional e a organização linha-staff.

ORGANIZAÇÃO LINEARÉ a estrutura organizacional mais simples e antiga, baseada na autoridade linear.

A autoridade linear é uma decorrência do princípio da unidade de comando: significa que cadasuperior tem autoridade única e absoluta sobre seus subordinados e que não a reparte com ninguém. A organização linear ou estrutura linear tem suas origens na organização dos antigos exércitos e naorganização eclesiástica dos tempos medievais.

Entre o superior e os subordinados existem linhas diretas e únicas de autoridade(que significa o

direito organizacional de exigir o cumprimento de ordens e execução de tarefas) e de responsabilidade(que significa o dever ou incumbência de seguir ordens e executar tarefas). Devido a estas linhas deautoridade e responsabilidade ocorre a cadeia escalar. 

Características:

o Autoridade única ou linear- (decorre do princípio da unidade de comando;

o Linhas formais de comunicação- ( somente na linha do organograma); 

o Centralização das decisões- ( convergência de autoridade) 

o Aspecto piramidal.

VANTAGENS-. Estrutura simples e de fácil compreensão; Delimitação nítida de responsabili-dades; Facilidade de implantação; Constância das relações formais geram Estabilidade;Mais indicada parapequenas empresas.

DESVANTAGENS- inflexibilidade(dificulta inovação; não responde às mudanças rápidas); Autocracia; Generalização da Chefia ( chefe é gargalo de comunicações); Impede a especialização;Congestionamento das linha formais de comunicação; Comunicações indiretas sujeitas a distorções.

APLICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES LINEARES

empresas pequenas;

estágios iniciais;

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tarefas rotineiras ou padronizadas;

organizações de vida curta;

rapidez mais importante que a qualidade;

muita utilização de consultoria externa.

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL 

A organização funcional é a estrutura organizacional que aplica o princípio funcional ou princípio daespecialização das funções.

O staff ou assessoria funcional decorre desse princípio, que separa, distingue eespecializa. 

Nota-se que à medida que as empresas crescem e o seu ambiente se torna mutável e

competitivo, aumenta consideravelmente a necessidade de órgãos especializados capazes de

proporcionar conselhos e inovações rápidas e substanciais. Essa flexibilidade indispensável à organização

competitiva e inovadora é um dos principais fracassos da estrutura linear. Esta somente funciona em umambiente estável e rotineiro.

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL (princípio da especialização - Taylor)

Características :

Autoridade dividida ou funcional; não é hierárquica , é especializada;

Linhas diretas de comunicação;

Descentralização das decisões;

Ênfase na especialização.

VANTAGENS : Máxima especialização; Melhor supervisão e técnica possível; Contato diretoentre órgãos e cargos;( comu-nicação direta); Separa as funções (atividades) de planejamento e controle eexecução.

DESVANTAGENS:Diluição da autoridade de comando; Subordinação múltipla; Tendência àconcorrência entre especia-listas (pouca visão de conjunto); Multiplicidade de objetivos geram maistensão e conflitos internos;Confusão quanto aos objetivos.

APLICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES FUNCIONAIS

Empresa pequena, especialistas entrosados e objetivos bem definidos;

Por curto período de tempo, para implantação de rotinas e procedimentos

ORGANIZAÇÃO TIPO Linha-Staff- Critérios de distinção entre linha e staff .Relacionamentocom o objetivo ( fim e meio).Tipo de autoridade ( linha-pessoas; staff-idéias e planos)

Funções de STAFF;Prestação de serviço;Consultoria e asses-soria; Monitorização ; Planejamento econtrole.

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ORGANIZAÇÃO LINHA-STAFF

Com o crescimento e complexidade das tarefas das empresas, a estrutura linear mostrou-se insuficiente

para proporcionar eficiência e eficácia.As unidades e posições de linha (que têm autoridade linear)

passaram a se concentrar no alcance dos objetivos principais da empresa e a delegar autoridade sobre

serviços especializados e atribuições marginais a outras unidades e posições da empresa. Assim, as

unidades e posições de linha se livraram de uma série de atividades e tarefas para se dedicarem

exclusivamente aos objetivos básicos da empresa, como produzir, vender etc. As demais unidades eposições da empresa que receberam aqueles encargos passaram a denominar-e assessoria (staff),

cabendo-lhes a prestação de serviços especializados e de consultoria técnica, influenciando

indiretamente o trabalho dos órgãos de linha por meio de sugestões, recomendações, consultoria,

prestação de serviços como planejamento, controle, levantamentos, relatórios etc. Assim, os órgãos de

staff assessoram os órgãos de linha por meio de sua especialização técnica. Enquanto os especialistas

de staff se aprofundam em um determinado campo de ativida-des, os gerentes de linha tornam-se os

detentores da hierarquia da organização. 

CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO LINHA-STAFFFusão da estrutural linear e funcional;

Coexistência das linhas formais de comunicação e as linhas diretas;

Separação de órgãos operacionais (executivos) e de apoio ( assessoria)

Predominância da hierarquia (linha) sobre a especialização ( staff)

VANTAGENS DA ORGANIZAÇÃO LINHA-STAFF

Assegura assessoria especializada e inovadora mantendo a unidade de comando;

Atividade conjunta e coordenada dos órgãos de linha e staff.

DESVANTAGENS DA LINHA-STAFF

Possibilita conflitos;

Dificuldade de obter o equilíbrio entre linha e staff 

APLICAÇÃO: Grandes empresas

DEPARTAMENTALIZAÇÃO  

Quando uma empresa é pequena e constituída de poucas pessoas, nenhum arranjo formal paradefinir e agrupar as suas atividades é necessário. As pequenas empresas não requerem diferenciaçãoouespecialização para distinguir o trabalho de uma pessoa ou unidade dos demais. Mas, à medida queas empresas se tornam maiores e envolvem atividades mais diversificadas, elas são forçadas a dividiras principais tarefas empresariais e transformá-las em responsabilidades departa-mentais oudivisionais.

 Departamento designa uma área, divisão ou um segmento distinto de uma empresa sobre oqual um administrador (seja diretor, gerente, chefe, supervisor etc) tem autoridade para odesempenho de atividades específicas. 

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Assim, um departamento ou divisão é empregado com um significado genérico e aproximativo:pode ser um órgão de produção, uma divisão de vendas, a seção de contabilidade, a unidade depesquisa e desenvolvimento ou o setor de compras.

O desenho departamental decorre da diferenciação de atividades dentro da empresa. À medidaque ocorre a especiali-zação com o trabalho e o aparecimento de funções especializadas, a empresa passa anecessitar de coordenação dessas diferentes atividades, agrupando-as em unidades maiores.

Daí o princípio da homogeneidade: as funções devem ser atribuídas a unidades organizacionaisna base da homogeneidade de conteúdo, no sentido de alcançar operações mais eficientes eeconômicas. As funções são homogêneas na medida em que o seu conteúdo apresente semelhanças entresi. O desenho departamental é mais conhecido como departamenta-lização ou divisionalização.

A departamentalização é uma característica típica das grandes empresas e está relacionadacom o tamanho da empresa e com a naturezade suas operações.

Quando a empresa cresce, as suas atividades não podem ser supervisionadas diretamente peloproprietário ou pelo diretor. Essa tarefa de supervisão pode ser facilitada atribuindo-se a diferentes

departamentos a responsabilidade pelas diferentes fases ou aspectos dessa atividade.O desenho departamental ou departamentalização apresenta uma variedade de tipos.

Os principais tipos de departamentalização são:

  a)funcional;  b)por produtos e serviços;  c)por base territorial;  d) por clientela:  e) por processo;  f) por projeto;  g) matricial.

Processo organizacional:

PLANEJAMENTO DA AÇÃO EMPRESARIAL

As empresas não funcionam na base da pura improvisação. A estratégia empresarial é

basicamente uma atividade racional que envolve a identificação das oportunidades e das ameaças do

ambiente onde opera a empresa, bem como a avaliação das forças e fraquezas da empresa, sua

capacidade atual ou potencial em se antecipar às necessidades e demandas do mercado ou em

competir sob condições de risco com os concorrentes.

A estratégia deve ser capaz de combinar as oportunidades ambientais com a capacidade

empresarial em um nível de equilíbrio ótimo entre o que a empresa quer e o que ela realmente pode

fazer.

A estratégia constitui uma abordagem integrada, relacionando as vantagens da empresa com osdesafios do ambiente, no sentido de assegurar o alcance dos objetivos básicos da empresa.

A estratégia se preocupa com o "o que fazer" e não com "como fazer". Em outros termos, aestratégia exige toda uma implementação dos meios necessários para a sua execução.

A implementação exige planejamento. Isto é, a estratégia empresarial precisa de um planobásico:

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- o planejamento estratégico- para a empresa poder lidar com todas estas forças em conjunto.Precisa apoiar-se em uma multiplicidade de planos situados carreira abaixo dentro da estrutura daorganização.

Para levar adiante o planejamento estratégico requer planos táticos e cada um deles requer planos operacionais, combinando esforços para obter efeitos sinergísticos. 

O  planejamento estratégico é definido no nível institucional da empresa e exige a participaçãointegrada dos demais níveis empresariais: do nível intermediário por meio dos planos táticos e do

 nível operacional por intermédio dos planos operacionais.

DIREÇÃO DA AÇÃO EMPRESARIAL 

Após o planejamento e a organização da ação empresarial, o próximo passo é a função dedireção. As pessoas precisam ser admitidas, aplicadas em seus cargos, doutrinadas e treinadas: elasprecisam conhecer aquilo que se espera delas e como elas devem desempenhar seus cargos; precisam serguiadas e motivadas para alcançarem os resultados que delas se espera.

PARTICIPANTES DE UMA ORGANIZAÇÃO 

  a) Empregados: São as pessoas que contribuem com seu tempo e esforço para a

organização, fornecendo habilidades e conhecimentos em troca de salários e de outros incentivos que a

organização proporciona.

  b) Investidores: são as pessoas ou instituições que contribuem com os investimentos

financeiros que proporcionam a estrutura de capital e os meios para o financiamento das operações da

empresa e esperam um retorno para o seu investimento.

  c) Fornecedores: são as pessoas ou instituições que contribuem com recursos para a

produção, sejam matérias primas, tecnologia, serviços (como consultorias, assessoria, propaganda,

manutenção etc.), energia elétrica, componentes etc, em troca da remuneração de seusprodutos/serviços e condições de continuidade de suas operações.

  d) Distribuidores: são as pessoas ou instituições que adquirem os produtos ou serviços

produzidos pela organização e os distribuem para o mercado de clientes ou consumidores em troca da

remuneração de suas atividades e continuidade de suas operações.

  e) Consumidores: são as pessoas ou instituições que adquirem os produtos ou serviços

produzidos pela organização para utilizá-los e consumi-los na expectativa de satisfação de suas

necessidades.

COMUNICAÇÃO

COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL 

Ser um comunicador habilidoso é essencial para ser um bom administrador e líder de equipe.A a comunicação também deve ser administrada em toda a organização. Serão discutidas as comunicaçõesde cima para baixo, de baixo para cima, horizontal e informal nas organizações.

COMUNICAÇÃO DE CIMA PARA BAIXO 

A comunicação de cima para baixo refere-se ao fluxo de informação que parte dos níveis maisaltos da hierarquia da organização, chegando aos mais baixos.

Os funcionários devem receber a informação de que precisam para desempenhar suas funçõese se tornar (e permanecer) membros leais da organização.

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Muitas vezes, os funcionários ficam sem a informação adequada. Um problema é a sobrecarga de

informação: os funcionários são bombardeados com tanta informação que não conseguem absorver tudo.Grande parte da informação não é muito importante, mas seu volume faz com que muitos pontos relevantesse percam.

Quanto menor o número de níveis de autoridade através dos quais as comunicações devempassar, tanto menor será a perda ou distorção da informação.

Administração da comunicação de cima para baixo 

Os administradores podem fazer muitas coisas para melhorar a comunicação de cima para baixo.Em primeiro lugar, a administração deve desenvolver procedimentos e políticas de comunicação. Emsegundo lugar, a informação deve estar disponível àqueles que dela necessitam. Em terceiro lugar, ainformação deve ser comunicada de forma adequada e eficiente. 

As linhas de comunicação devem ser tão diretas, breves e pessoais quanto possível. Ainformação deve ser clara, consistente e pontual - nem muito precoce nem (o que é um problemamais comum) muito atrasada.

COMUNICAÇÃO DE BAIXO PARA CIMA 

A comunicação de baixo para cima vai dos níveis mais baixos da hierarquia para os mais altos.

Os administradores devem facilitar a comunicação de baixo para cima.

Mas os administradores devem também motivar as pessoas a fornecer informações valiosas.

COMUNICAÇÃO HORIZONTAL 

Muita informação precisa ser partilhada entre pessoas do mesmo nível hierárquico. Essacomunicação horizontal pode ocorrer entre pessoas da mesma equipe de trabalho.

Outro tipo de comunicação importante deve ocorrer entre pessoas de departamentos diferentes.Especialmente em ambientes complexos, nos quais as decisões de uma unidade afetam a outra, ainformação deve ser partilhada horizontalmente. 

COMUNICAÇÃO FORMAL E INFORMAL 

As comunicações organizacionais diferem em sua formalida-de.

As comunicações formais são oficiais, episódios de transmissão de informação sancionadospela organização. Podem mover-se de baixo para cima, de cima para baixo ou horizontalmente, muitasvezes envolvendo papel.

A comunicação informal é menos oficial.

CONTROLE 

A função de controle está relacionada com as demais funções do processo administrativo: o

 planejamento, a organização e a direção repercutem nas atividades de controle da ação empresarial. 

Muitas vezes se torna necessário modificar o planejamento, a organização ou a direção, para que os

sistemas de controle possam ser mais eficazes.

Avaliação : Para determinar a eficácia da mudança nas empresas, e necessário definir indicadores

que permitam avaliações periódicas por entidades externas independentes.

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Descentralização e Desconcentração Administrativas

Toda a atuação administrativa do Estado pode ser enquadrada como atuação centralizada oudescentralizada e concentrada ou desconcentrada, conforme a organização e as técnicas de repartição deatribuições adotada pelas diferentes Administrações.

O Estado realiza suas funções administrativas por meio de órgãos, agentes e pessoas jurídicas. 

O Estado adota duas formas básicas no desempenho de suas atribuições administrativas:centralização e descentralização.

Ocorre a chamada centralização administrativa quando o Estado executa suas tarefas por meiodos órgãos e agentes integrantes da Administração Direta. Nesse caso, os serviços são prestados pelosórgãos do Estado, despersonalizados, integrantes de uma mesma pessoa política (União, DF, estadosou municípios), sem outra pessoa jurídica interposta. 

Em resumo, a centralização administrativa, ou o desempenho centralizado de funçõesadministrativas, consubstancia-se na execução de atribuições pela pessoa política que representa a

Administração Pública competente - União, estado-membro, municípios ou DF – 

dita, por isso,Administração Centralizada. Não há participação de outras pessoas jurídicas na prestação doserviço centralizado.

Ocorre a chamada descentralização administrativa quando o Estado (União, DF, estados oumunicípios) desempenha algumas de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. Adescentralização pressupõe duas pessoas jurídicas distintas: o Estado e a entidade que executará oserviço, por ter recebido do Estado essa atribuição. A descentralização administrativa acarreta aespecialização na prestação do serviço descentralizado.

A doutrina aponta duas formas mediante as quais o Estado pode efetivar a chamada

descentralização administrativa: outorga e delegação.

A descentralização será efetivada por meio de outorga quando o Estado cria uma entidade e a elatransfere, mediante previsão em lei, determinado serviço público.

A outorga normalmente é conferida por prazo indeterminado. O Estado descentraliza aprestação dos serviços, outorgando-os a outras entidades (autarquias, empresas públicas, sociedades deeconomia mista e fundações públicas), que são criadas para o fim de prestá-los.

Somente as autarquias, hoje, são criadas diretamente por meio de lei específica. As outrasentidades da Administração Indireta têm sua criação autorizada em lei específica, mas seu nascimento

só se dá a partir de ato próprio do Poder Executivo e registro de seus estatutos no Registro Públicocompetente (de qualquer forma, a lei específica autorizadora preverá que a entidade poderá ser criada paraa realização de determinado serviço público, outorgando-o). Portanto, quando o serviço público estáprevisto no ato que origina a entidade da Administra-ção Indireta como atribuição própria sua, diz-se quehá outorga desse serviço à entidade.

A descentralização será efetivada por meio de delegação quando o Estado transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço, para que o ente delegado o preste ao público emseu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado, contudo. A delegação énormalmente efetivada por prazo determinado. Há delegação, por exemplo, nos contratos de concessão

ou nos atos de permissão, em que o Estado transfere aos concessionários e aos permissionários apenas aexecução temporária de determinado serviço.

Em resumo, a descentralização administrativa pressupõe a existência de duas pessoas jurídicas: a titular originária da função e a pessoa jurídica que é incumbida de exercê-la. Se essaincumbência consubstanciar-se numa outorga, será criada por lei, ou em decorrência de autorização

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legal, uma pessoa jurídica que receberá a titularidade do serviço outorgado. É o que ocorre na criação deentidades (pessoas jurídicas) da Administração Indireta prestadoras de serviços públicos. Se a atribuição doserviço for feita mediante delegação, a pessoa jurídica delegada receberá, por contrato ou atounilateral, a incumbência de prestar o serviço em seu próprio nome, por prazo determinado, sobfiscalização do Estado. A delegação não implica a transferência da titularidade do serviço à pessoadelegada, mas apenas a concessão, a permissão ou a autorização temporária para a execução doserviço.

Cabe aqui uma observação: um serviço público pode ser prestado de forma direta ou indireta.

A prestação de serviços públicos mediante concessão, permissão ou autorização é consideradaforma de prestação indireta. Diversamente, a prestação de serviços públicos realizada pela AdministraçãoCentralizada (ou Administração Direta), por meio de seus órgãos, sem a contratação de terceiros, constituimodalidade de prestação direta.

A prestação será direta quando a entidade recebeu outorga do serviço e o presta com seuspróprios recursos, com o próprio aparelhamento da entidade, sem a contratação de tercei-ros.Teremos,nesse caso, serviço descentralizado de prestação direta.

A prestação será indireta quando a entidade for contratada para realizar o serviço que não seencontra sob sua titulari-dade .(a Administração Direta pode, por exemplo, contratar uma empresapública para o fornecimento de merenda a uma escola pública) ou quando a entidade da AdministraçãoIndireta contratar terceiros, para a prestação de serviço de que seja titular.

DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA:A desconcentração é simples técnicaadministrativa, e é utilizada, tanto na Administração Direta, quando na Indireta.

Ocorre a chamada desconcentração quando a entidade da Administração, encarregada de executarum ou mais serviços, distribui competências, no âmbito de sua própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e

eficiente a prestação dos serviços.

A desconcentração pressupõe, obrigatoriamente, a existência de uma só pessoa jurídica. Emoutras palavras, a desconcentra-ção sempre se opera no âmbito interno de uma mesma pessoa

 jurídica, constituindo uma simples distribuição interna de competências dessa pessoa.

Ocorre desconcentração, por exemplo, no âmbito da Administração Direta Federal, quando aUnião distribui as atribuições decorrentes de suas competências entre diversos órgãos de sua própriaestrutura, como os ministérios (Ministério da Educação, Ministério dos Transportes etc.); etc.).

Como se vê, a desconcentração, é mera técnica administrativa de distribuição interna de

funções, ocorre, tanto na prestação de serviços pela Administração Direta, quanto pela Indireta. Dequalquer forma, temos desconcentração tanto em um município que se divide internamente em órgãos,cada qual com atribuições definidas, como em uma sociedade de economia mista de um estado, um bancoestadual, por exemplo, que organiza sua estrutura interna em superintendências, departamentos ou seções,com atribuições próprias e distintas, a fim de melhor desempenhar suas funções institucionais.

A prestação concentrada de um serviço ocorreria em uma pessoa jurídica que não apresentassedivisões em sua estrutura interna.

Concentração é quando determinada pessoa jurídica extingue órgãos ou unidades integrantes de sua

estrutura, absorvendo nos órgãos ou unidades restantes, os serviços que eram de competência dos queforam extintos. Nesse caso, terá ocorrido concentração administrativa em relação à situação anteriormenteexistente. Deve-se tomar cuidado aqui, pois a existência de órgãos significa que a pessoa jurídica a queeles pertencem exerce suas atribuições desconcentradamente. Cada órgão composto dessa pessoa

 jurídica também exerce desconcentra-damente suas atribuições, por meio dos órgãos que o com-põem. 

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CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 

Conceito 

Tanto o sistema da concentração como o sistema da desconcentração   dizemrespeito à organização administrativa de uma determinada pessoa coletiva pública.

O problema da maior ou menor concentração ou desconcentração existente não temnada a ver com as relações entre o Estado e as demais pessoas colectivas : é umaquestão que se põe apenas dentro do Estado, ou apenas dentro de qualquer outraentidade pública (é uma questão interna). 

A concentração ou desconcentração têm como pano de fundo a organizaçãovertical dos serviços públicos, consistindo basicamente na ausência ou na existência dedistribuição vertical de competência entre os diversos graus ou escalões da hierarquia. 

A “ concentração de competência ”, ou a “administração concentrada”  é o sistema emque o superior hierárquico mais elevado é o único órgão competente para tomar

decisões,  ficando os subalternos limitados às tarefas de preparação e execução dasdecisões daquele.

A “ desconcentração de competência ”, ou “administração desconcentrada”, é o sistemaem que o poder decisório se reparte entre superior e um ou vários órgãos subalternos, osquais, todavia, permanecem, em regra, sujeitos à direção e supervisão daquele. 

A desconcentração traduz-se num processo de descongestionamento  decompetências, conferindo-se a funcionários ou agentes subalternos certos poderes decisórios,os quais numa administração concentrada estariam reservados exclusivamente ao superior. 

Não existem sistemas integralmente concentrados, nem sistemas absolutamentedesconcentrados.

83. Vantagens e Inconvenientes 

A principal razão pela qual se desconcentram competências consiste em procuraraumentar a eficiência dos serviços públicos. 

A tendência moderna, mesmo nos países centralizados, é para favorecer edesenvolver fortemente a desconcentração. 

84. Espécies de Desconcentração 

Tais espécies podem apurar-se à luz de três critérios fundamentais  – quanto aos níveis,quanto aos graus e quanto às formas. Assim: 

a) Quanto ao “níveis de desconcentração”, há que distinguir entre desconcentração a nível central e desconcentração a nível local , consoante ela se inscreva no âmbito dosserviços da Administração central ou no âmbito dos serviços da Administração local; 

b) Quanto aos “graus de desconcentração”, ela pode ser absoluta ou relativa : no

primeiro caso, a desconcentração é tão intensa e é levada tão longe que os órgãos por elaatingidos se transformam de órgãos subalternos em órgãos independentes; no segundo, adesconcentração é menos intensa e, embora atribuindo certas competências próprias a órgãossubalternos, mantém a subordinação destes ao poder do superior (que constitui a regra geral noDireito português). 

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c) Por último, quanto às “formas de desconcentração”, temos de um lado adesconcentrarão originária , e do outro a desconcentração derivada :

desconcentrarão originária= decorre imediatamente da lei, é o caso da outorga de poderes .

desconcentração derivada= decorre também da lei mas, só se efetiva mediante um ato específico praticado por agente competente, é o caso da delegação de poderes.

85. A Delegação de Poderes. Conceito 

A lei, atribui a um órgão a competência normal para a prática de determinados atos,ouseja, delega parte da competência. 

Do ponto de vista do Direito Administrativo, a “delegação de competências”  (ou“delegação de poderes”)  é o ato pelo qual um órgão da Administração, normalmentecompetente para decidir em determinada matéria, permite de acordo com a lei, que outroórgão ou agente pratiquem atos administrativos sobre a mesma matéria. 

São três os requisitos da delegação de poderes, de harmonia com a definição dada: 

a) Em primeiro lugar, é necessária uma tal lei que preveja expressamente afaculdade de um órgão delegar poderes a outro;

b) Em segundo lugar, é necessária a existência de dois órgãos, ou de um órgão eum agente, da mesma pessoa coletiva pública, ou de dois órgãos normalmentecompetente (o delegante) e outro, o órgão eventualmente competente (o delegado); 

c) Por último, é necessária a prática do ato/efetivação do ato de delegação

propriamente dito, isto é, o ato pelo qual o delegante concretiza a delegação dos seuspoderes no delegado, permitindo-lhe a prática de certos atos na matéria sobre a qual énormalmente competente. 

CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO 

90. Conceito 

A concentração e a desconcentração  são figuras que se reportam à organizaçãointerna de cada pessoa coletiva pública, ao passo que a centralização e a descentralizaçãopõem em causa várias pessoas coletivas públicas ao mesmo tempo. 

No plano jurídico, diz-se “centralizado”,  o sistema em que todas as atribuiçõesadministrativas de um dado país são por lei conferidas ao Estado, não existindo, portanto,quaisquer outras pessoas coletivas públicas incumbidas do exercício da funçãoadministrativa. 

Chamar-se-á, pelo contrário, “descentralizado”,  o sistema em que a funçãoadministrativa não esteja apenas confiada ao Estado, mas também a outras pessoas

coletivas territoriais. 91. Vantagens e Inconvenientes

A centralização tem, teoricamente, algumas vantagens:  assegura melhor quequalquer outro sistema a unidade do Estado; garante a homogeneidade da ação política e

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administrativa desenvolvida no país; e permite uma melhor coordenação do exercício dafunção administrativa. 

Pelo contrário, a centralização tem numerosos inconvenientes. Gera a hipertrofia doEstado, provocando o gigantismo do poder central; é fonte de ineficácia da acçãoadministrativa, porque quer confiar tudo ao Estado; é causa de elevados custosfinanceiros relativamente ao exercício da acção administrativa.

Vantagens da descentralização: primeiro, a descentralização garante as liberdadeslocais, servindo de base a um sistema pluralista de Administração Pública, que é por suavez uma forma de limitação ao poder político; segundo, a descentralização proporciona aparticipação dos cidadãos na tomada das decisões públicas em matérias que concernemaos interesses, e a participação é um dos grandes objectivos do Estado moderno (art. 2ºCRP); depois, a descentralização permite aproveitar para a realização do bem comum asensibilidade das populações locais relativamente aos seus problemas, e facilita amobilização das iniciativas e das energias locais para as tarefas de administraçãopública; a descentralização tem a vantagem de proporcionar, em princípio, soluções maisvantajosas do que a centralização, em termos de custo-eficácia. 

Mas a descentralização também oferece alguns inconvenientes: o primeiro é o degerar alguma descordenação no exercício da função administrativa; e o segundo é o deabrir a porta ao mau uso dos poderes discricionários da Administração por parte depessoas nem sempre bem preparadas para os exercer.