Noções de Direito Administrativo para Concursos Públicos

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Noes de Direito Administrativo para Concursos Pblicos

Administrao pblica: princpios bsicos. Poderes administrativos: poder vinculado; poder discricionrio; poder hierrquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polcia; uso e abuso do poder. Servios Pblicos: conceito e princpios. Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulao, revogao e convalidao; discricionariedade e vinculao. Contratos administrativos: conceito e caractersticas. Lei n 8.666/93 e alteraes. Servidores pblicos: cargo, emprego e funo pblicos. Lei n 8.112/90 (regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio) e alteraes: Das disposies preliminares; Do provimento, vacncia, remoo, redistribuio e substituio. Dos direitos e vantagens: do vencimento e da remunerao; das vantagens; das frias; das licenas; dos afastamentos; das concesses de tempo de servio; do direito de petio. Do regime disciplinar: dos deveres e proibies; da acumulao; das responsabilidades; das penalidades; do processo administrativo disciplinar. Processo administrativo (Lei n 9.784/99). Lei n 8.429/92: das disposies gerais; dos atos de improbidade administrativa.

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* Administrao pblica: princpios bsicos PRINCPIOS BSICOS DA ADMINISTRAO PBLICA. PODERES/DEVERES DO ADMINISTRADOR PBLICO. (Meirelles) Princpios bsicos da administrao pblica O artigo 37 da Constituio Federal de 05.10.1988, estabelece as normas ou regras a serem observadas obrigatria e permanentemente para que se faa uma boa Administrao Pblica. Os princpios a serem observados so os seguintes. a) Legalidade. Administrador Pblico em toda sua trajetria funcional, est sujeito aos ditames da lei e exigncias do bem comum. O afastamento desse caminho, expe o agente, a responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso. (responsvel com relao aos atos praticados; pressupe aplicao de pena; civil, relao entre os cidados relativa aos bens e suas relaes; criminal, formao de culpa e aplicao da pena). Ao Administrador Pblico no lcito a liberdade para agir com vontade pessoal. Deve executar suas aes, desempenhar sua funo, conforme determina a lei. Ao agente no permitido deixar de fazer o que a Lei determina, o que implica em omisso. Em Sntese, se o resultado do ato violou a lei, regulamento ou qualquer ato normativo, caracteriza a ilegalidade da ao. b) Moralidade. A validade de todo e qualquer ato administrativo, passa no somente pela distino do legal, justo, conveniente, oportuno, mas sobretudo deve ser honesto. Assim, o ato administrativo, dever considerar a norma jurdica e a tica da prpria instituio, pois nem tudo que legal, honesto. A moral administrativa impe-se ao agente pblico como norma de conduta interna. Deve considerar sempre a finalidade de sua ao que o bem comum. A moralidade integra o Direito. Decises de tribunais, estabelecem que o controle jurisdicional se restringe ao exame da legalidade do ato administrativo, o que no significa somente a conformao do ato com a lei, mas tambm com a moral administrativa e o interesse coletivo. c) - Impessoalidade/finalidade A Constituio Federal estabelece Impessoalidade, entretanto os autores referem Finalidade. A Finalidade estabelece ao Administrador Pblico, que s execute o ato para o seu fim legal, ou seja, exclusivamente conforme a norma do Direito, e assim pois, de forma impessoal . Implica em excluir a promoo pessoal de

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autoridade ou servidor de suas realizaes administrativas. A finalidade da Administrao Pblica o interesse pblico, e o no cumprimento, implica em desvio de finalidade, condenada como abuso de poder. d) Publicidade a divulgao do ato para conhecimento de todos. Caracteriza o incio da validade para todos os efeitos externos. Leis, atos e contratos administrativos que produzem conseqncias fora do rgo que os pratica, exigem publicidade. requisito bsico de eficcia e moralidade. Ato irregular no se torna vlido com q publicao. Nem os regulares dispensam a publicao, se a lei o exige. So admitidas algumas excesses: para os atos relacionados com a segurana nacional; investigaes policiais; ou preservao de interesse superior da Administrao, declarado previamente como sigiloso. Assegura conhecimento e controle pelos interessados diretos e pelo povo em geral, atravs da aplicao de instrumentos constitucionais, como mandado de segurana, direito de petio, ao popular... A publicidade tambm no pode proporcionar promoo pessoal do agente pblico. e) Dever de eficincia Reforma da Constituio Federal, incluiu no art. 37, este dever, como Princpio da Administrao Pblica, a ser observado por toda entidade da Administrao Direta e Indireta. o dever de executar a boa administrao. O agente tem o dever de executar suas atividades com presteza, perfeio e rendimento funcional. Vai alm do conceito do princpio da legalidade. Exige resultados positivos e satisfatrio atendimento das necessidades pblicas. Entre outras coisas, submete o Executivo ao controle de resultado; fortalece o sistema de mrito; sujeita a Administrao Indireta superviso ministerial, quanto eficincia administrativa; recomenda a demisso ou dispensa do servidor comprovadamente ineficiente. O controle dever abranger os aspectos qualitativos e quantitativos do servio, avaliando seu rendimento efetivo, custo operacional, utilidade para a populao e para a Administrao. Envolve o aspecto administrativo, econmico e tcnico.

* Poderes administrativos: poder hierrquico e poder disciplinar Os Poderes Administrativos so inerentes Administrao Pblica e possuem carter instrumental, ou seja, so instrumentos de trabalho essenciais para que a Administrao possa desempenhar as suas funes atendendo o interesse pblico. Os poderes so verdadeiros poderes-deveres, pois a Administrao no apenas pode como tem a obrigao de exerc-los.

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PODER HIERRQUICO aquele pelo qual a Administrao distribui e escalona as funes de seus rgos, ordena e rever a atuao de seus agentes, estabelece a relao de subordinao entre os servidores pblicos de seu quadro de pessoal. No seu exerccio do-se ordens, fiscaliza-se, delega-se e avoca-se. PODER DISCIPLINAR aquele atravs do qual a lei permite a Administrao Pblica aplicar penalidades s infraes funcionais de seus servidores e demais pessoas ligadas disciplina dos rgos e servios da Administrao. A aplicao da punio por parte do superior hierrquico um poder-dever, se no o fizer incorrer em crime contra Administrao Pblica (Cdigo Penal, art. 320).

Ex : Aplicao de pena de suspenso ao servidor pblico. Poder disciplinar no se confunde com Poder Hierrquico. No Poder hierrquico a administrao pblica distribui e escalona as funes de seus rgos e de seus servidores. No Poder disciplinar ela responsabiliza os seus servidores pelas faltas cometidas.

* Servios Pblicos: conceito e princpios

Servio Pblico todo aquele prestado pela Administrao ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundrias da coletividade ou simples convenincias do Estado. A atribuio primordial da Administrao Pblica oferecer utilidades aos administrados, no se justificando sua presena seno para prestar servios coletividade. Esses servios podem ser essenciais ou apenas teis comunidade, da a necessria distino entre servios pblicos e servios de utilidade pblica; mas, em sentido amplo e genrico, quando aludimos a servio pblico, abrangemos ambas as categorias. Celso Bandeira de Melo , inspirado na Doutrina Francesa do Direito Administrativo, aponta os seguintes princpios como bsicos para a formao do conceito e do regime jurdico dos servios pblicos a serem prestados pelo estado: a) Princpio da obrigatoriedade do Estado de prestar o servio pblico um encargo inescusvel que deve ser prestado pelo Poder Pblico de forma direta ou indireta. A Administrao Pblica responder pelo dano causado em decorrncia de sua omisso. b) Princpio da supremacia do interesse pblico os servios devem atender as necessidades da

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coletividade. c) Princpio da adaptabilidade o Estado dever adequar os servios pblicos modernizao e atualizao das necessidades dos administrados. d) Princpio da universalidade os servios devem estar disponveis a todos. e) Princpio da impessoalidade no pode haver discriminao entre os usurios. f) Princpio da Continuidade os servios no devem ser suspensos ou interrompidos afetando o direito dos usurios. g) Princpio da Transparncia - trazer ao conhecimento pblico e geral dos administrados a forma como o servio foi prestados, os gastos e a disponibilidade de atendimento. h) Princpio da motivao - o Estado tem que fundamentar as decises referentes aos servios pblicos. i) Princpio da modicidade das tarifas as tarifas devem ser cobradas em valores que facilitem o acesso ao servio posto a disposio do usurio. j) Princpio do Controle deve haver um controle rgido e eficaz sobre a correta prestao dos servios pblicos. Para Hely Lopes Meirelles - so princpios do servio pblico: a) Princpio da permanncia (continuidade); b) Princpio da generalidade (universalidade); c) Princpio da modicidade; d) Princpio da Cortesia o usurio tem direito a um bom atendimento. J Jos dos Santos Carvalho Filho traz os seguintes princpios: a) Princpio da generalidade; b) Princpio da continuidade; c) Princpio da eficincia d) Princpio da modicidade. o Estado deve prestar um servio adequado com o menor dispndio possvel. Pelo observado no h grandes divergncias na doutrina ptria. Na legislao tambm encontramos esses princpios: Lei 8.987/94: Art. 6o Toda concesso ou permisso pressupe a prestao de servio adequado ao pleno atendimento dos usurios, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. 1o Servio adequado o que satisfaz as condies de regularidade, continuidade, eficincia, segurana, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestao e modicidade das tarifas.

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1 - ( ESAF - 2009 - SEFAZ-SP - Analista de Finanas e Controle - Prova 1 / Direito Administrativo / Agentes Pblicos - Disposies Constitucionais; ) Acerca dos servios pblicos, assinale a opo correta. * a) Vrios so os conceitos encontrados na doutrina para servios pblicos, podendo-se destacar como toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exera diretamente ou por meio de outras pessoas (delegados), com o objetivo de satisfazer s necessidades coletivas, respeitando-se, em todo caso, o regime jurdico inteiramente pblico. * b) Pode-se dizer que toda atividade de interesse pblico servio pblico. * c) A legislao do servio pblico tem avanado, apresentando modelos mais modernos de prestao, em que se destaca, por exemplo, a parceria pblico-privada, com duas previses legais: patrocinada ou administrativa. * d) So princpios relacionados ao servio pblico: continuidade do servio pblico, imutabilidade do regime jurdico e o da igualdade dos usurios. * e) Para que seja encarada a atividade do Estado como servio pblico, deve-se respeitar a gratuidade quando de sua aquisio pelo usurio.

GABARITO: 1-C

* Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulao, revogao e convalidao; discricionariedade e vinculao Ato Administrativo o ato jurdico praticado pela Administrao Pblica; todo o ato lcito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos; S pode ser praticado por agente pblico competente; Elementos ou Requisitos do ato administrativo. Sujeito Competente. No basta que o sujeito tenha capacidade, necessrio que tenha competncia. Competncia decorre sempre de lei. Finalidade: o resultado que a Administrao quer alcanar com a prtica do ato. o legislador que define a finalidade que o ato deve alcanar, no havendo liberdade de deciso para o administrador pblico. Forma. Concepo restrita forma como a exteriorizao do ato. Ex. forma escrita ou verbal, de decreto, de portaria, de resoluo. Concepo ampla exteriorizao do ato e todas as formalidades que devem ser observadas durante o processo de formao da vontade da Administrao e requisitos de publicidade do ato.

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A motivao integra o conceito de forma, pois a exposio dos fatos e do direito que serviram de fundamento para a prtica do ato Motivo: razes de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. Motivo diferente de motivao: Motivao a exposio dos motivos, demonstrao por escrito de que os pressupostos de fato realmente existiram. Teoria dos motivos determinantes: a validade do ato fica atrelada aos motivos indicados como seu fundamento, de tal forma que, se inexistentes ou falsos, implicam em sua nulidade. Quando a Administrao apresenta os motivos do ato, mesmo que a lei no exija a motivao, ele s ser vlido se os motivos forem verdadeiros. Objeto ou contedo: o efeito jurdico imediato que o ato produz lcito, possvel, moral e determinado. Atributos do ato administrativo consistem nas caractersticas que demonstram a submisso a um regime jurdico de direito pblico. Presuno de legitimidade (conformidade do ato com o ordenamento) e veracidade (presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administrao). Imperatividade: os atos administrativos se impem a terceiros, independentemente de sua concordncia. Auto-executoriedade: ato administrativo pode ser executado pela prpria Administrao Pblica, sem necessidade de interveno do Poder Judicirio. Discricionariedade e vinculao. O ato vinculado, quando a lei estabelece que, perante certas condies, a Administrao deve agir de tal forma, sem liberdade de escolha. O ato discricionrio, quando a lei deixa certa margem de liberdade de deciso diante do caso concreto, de modo que a autoridade poder escolher, segundo critrios de convenincia e oportunidade, qual o melhor caminho para o interesse pblico. Discricionariedade nunca total, alguns aspectos so sempre vinculados lei (sujeito, finalidade, forma). Legalidade e Mrito. Como certos elementos do ato sempre so vinculados, no existe ato administrativo totalmente discricionrio. No ato vinculado, todos os elementos vm estabelecidos previamente em lei. No ato discricionrio, alguns elementos vm exatamente determinados em lei, contudo outros so deixados deciso da Administrao, com maior ou menor liberdade de apreciao da oportunidade e convenincia. Ato vinculado s analisado sob o aspecto da legalidade conformidade do ato com a lei. Ato discricionrio deve ser analisado sob aspecto da legalidade e do mrito (oportunidade e convenincia diante do interesse pblico a atingir). Mrito o juzo de convenincia e oportunidade que s existe nos atos discricionrios. Teoria de Invalidao do Ato Administrativo Anulao, revogao e convalidao. Anulao a extino do ato administrativo por motivo de ilegalidade, feita pela Administrao Pblica ou pelo Poder Judicirio, produzindo uma eficcia retroativa (efeitos ex tunc). Revogao a extino do ato administrativo discricionrio, por questo de mrito, feita pela Administrao Pblica, preservando os efeitos produzidos no passado (efeitos ex nunc). Convalidao: ato produzido pela Administrao Pblica, para suprir vcios sanveis em um ato ilegal, com efeitos retroativos ao momento de sua expedio, em deciso na qual se evidencie no acarretar leso ao interesse pblico nem prejuzo a terceiros.

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1 - ( FCC - 2009 - TCE-GO - Tcnico de Controle Externo - rea Administrativa / Direito Administrativo / Atos Administrativos; ) So, dentre outros, elementos do ato administrativo: * a) a autoexecutoriedade, a imperatividade e a presuno de legalidade. * b) a forma, o mrito e a razoabilidade. * c) a discricionariedade, a vinculao e a arbitrariedade. * d) o objeto, o motivo e a finalidade. * e) o sujeito, a competncia e o destinatrio.

GABARITO: 1-D

* Contratos administrativos: conceito e caractersticas

O contrato nada mais do que um ajuste de vontades, onde as partes assumem obrigaes e direitos. A diferena reside no fato de que os contratos administrativos tem como uma das partes a Administrao Pblica. Para Hely Lopes Meirelles, o contrato administrativo o ajuste que a Administrao Pblica, agindo nessa qualidade, firma com particular ou outra entidade administrativa para a consecuo de objetivos de interesse pblico, nas condies estabelecidas pela prpria Administrao. A conceituao trazida por Maria Sylvia Zanella di Pietro similar, ... os ajustes que a Administrao, nessa qualidade, celebra com pessoas fsicas ou jurdicas, pblicas ou privadas, para a consecuo de fins pblicos, segundo regime jurdico de direito pblico. Nesse diapaso o enunciado do artigo 2, pargrafo nico da Lei 8.666/93, que estabelece: Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre rgos ou entidades da Administrao Pblica e particulares, em que haja um acordo de vontades para formao de vnculo e a estipulao de obrigaes recprocas, seja qual for a denominao utilizada. Assim como os demais contratos, o contrato administrativo consensual, comutativo e oneroso. H de ser, o contrato administrativo formal, ou seja, necessariamente escrito. E mais, em regra, dever ser intuito personae isto , dever ser cumprida pelo prprio contratante, proibida (em regra) a transferncia da obrigao a outrem, ou mesmo a substituio do executor.Apostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 9

Outra regra importante a ser observada a da vinculao da Administrao ao interesse pblico. de se observar que o contrato administrativo est adstrito ao cumprimento dos elementos constitutivos do contrato, quais sejam, competncia, finalidade, forma, motivo, objeto, capacidade e consenso. So espcies de contrato administrativo: 1. Contrato de obra pblica neste contrato figura como objeto a construo ou reforma, ou ampliao de um imvel pblico; 2. Contrato de prestao de servio que tem por objeto todo e qualquer servio prestado a Administrao, quer para atender as necessidades da populao, quer para o atendimento das necessidades da prpria administrao, incluindo-se nessa categoria os contratos de transporte, manuteno, comunicao, reparos, etc; 3. Contratos de fornecimento para aquisio de bens e coisas mveis para a Administrao; 4. Contrato de concesso onde a Administrao concede a terceiros a realizao de determinada atividade. Esta espcie de contrato divide-se em trs espcies, a saber, concesso de obra pblica, concesso de servio pblico e concesso de uso de bem pblico. Os contratos administrativos tm ainda por peculiaridade, contarem com clusulas exorbitantes, que como ensina Hely Lopes Meirelles ... podem consignar as mais diversas prerrogativas no interesse pblico, tais como a ocupao do domnio pblico, o poder expropriatrio e a atribuio de arrecadar tributos, concedidos ao particular contratante para a cabal execuo do contrato. Todavia, as principais so as que se exteriorizam na possibilidade de alterao e resciso unilateral do contrato; no equilbrio econmico e financeiro; na reviso de preos e tarifas; na inoponibilidade da exceo de contrato no cumprido; no controle do contrato e na aplicao de penalidades contratuais pela Administrao. Merece ainda referencia a possibilidade de se aplicarem aos contratos administrativos teoria do fato do prncipe e a teoria da impreviso. As clusulas exorbitantes mencionadas merecem ser mais bem explicadas, como se ver a seguir: A ocupao do domnio pblico Traduz-se no poder de dominao ou de regulamentao que o Estado exerce sobre os bens do seu patrimnio (bens pblicos), ou sobre os bens do patrimnio privado bens particulares de interesse pblico ou sobre as coisas inapropriveis individualmente, mas de fruio geral da coletividade res nullius. Neste sentido amplo e genrico o domnio pblico abrange no s os bens das pessoas jurdicas de Direito Pblico interno como as demais coisas que, por sua utilidade coletiva, merecem a proteo do Poder Pblico, tais como as guas, as jazidas, as florestas, a fauna, o espao areo e as que interessam ao patrimnio histrico e artstico nacional. O poder expropriatrio O poder expropriatrio nos casos de utilidade pblica e de interesse social, apesar de discricionrio, s legitimamente exercitvel nos limites traados pela Constituio e nos casos expressos em lei, observandose ainda, o devido procedimento legal. A atribuio de arrecadar tributos De acordo com o disposto no artigo 7 caput do Cdigo Tributrio Nacional: A competncia tributria indelegvel, salvo atribuio das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, servios, atos ou decises administrativas em matria tributria, conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico a outra, nos termos do 3 do artigo 18 da Constituio.Apostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 10

Assim, o detentor da capacidade tributria ativa possui atribuies para fiscalizar e arrecadar tributos. A possibilidade de alterao e resciso unilateral do contrato A possibilidade de alterao e resciso unilateral dos contratos administrativos um poder-dever da Administrao, sendo permitido intervir no contrato estabelecido. A Administrao caber interceder unilateralmente nos contratos, mesmo que nenhuma clusula expressa o consigne. Tal possibilidade deriva do dever de atendimento necessidades de interesse pblico. Vale dizer que tais alteraes no dependem de clusula expressa para se concretizarem. Todavia, no poder a Administrao olvidar de princpios constitucionais como o contraditrio e a ampla defesa. O equilbrio econmico e financeiro e a reviso de preos e tarifas O Equilbrio Econmico-financeiro dos contratos, nada mais do que o ajuste inicial firmado entre a Administrao e o contratado. Ocorrendo alteraes contratuais, cumpre a Administrao adequar as condies e restabelecer o equilbrio econmico-financeiro da relao. Tal composio prevista na Lei de Licitaes. Assim, o reequilbrio financeiro poder se dar nas hipteses mencionadas na lei 8.666/93. A reviso de preos e tarifas a atualizao do valor inicialmente pactuado em decorrncia de alteraes mercadolgicas que repercutam no contrato. O reajuste de preos tambm est previsto na Lei 8.666/93. Assim, o reajuste se dar com base em ndices previamente fixados no contrato e poder ocorrer aps 12 (doze) meses, a contar da data de apresentao da proposta ou do oramento. O reajuste de preos faculdade concedida a Administrao para evitar o rompimento do equilbrio econmico-financeiro do pacto inicial. A inoponibilidade da exceo de contrato no cumprido A clusula da exceo do contrato no cumprido ou exceptio non adimplenti contractus, no se aplica a Administrao. Vale mencionar que somente o Poder Pblico, poder cessar o contrato quando a outra parte no adimplir com suas obrigaes. Tal clusula remete ao principio da continuidade do servio pblico. O controle do contrato e a aplicao de penalidades contratuais pela Administrao A administrao caber controlar o perfeito andamento do contrato. Portanto, ao Poder Pblico permitido fiscalizar, supervisionar, intervir e acompanhar a execuo do contrato. Cabe a Administrao verificar se o contratado est sendo cumprido os moldes do que foi firmado. ainda, facultada a Administrao intervir para assegurar a continuidade do servio. Tem tal clusula a funo de fazer com que a Administrao zele pela execuo dos trabalhos, fornecendo quando necessria orientao e impondo modificaes. As penalidades contratuais encontram previso na Lei de Licitaes, inc. IV do art. 58, a aplicao de sanes pela inexecuo total ou parcial do contrato, sendo uma prerrogativa do Poder Pblico. Tais Penalidades esto elencadas no artigo 87 da Lei de Licitaes: a advertncia, a multa, a suspenso temporria em contratar com a Administrao e a declarao de idoneidade para licitar ou contratar com o Poder Pblico. A teoria do fato do prncipe a teoria da impreviso O fato do prncipe emana omissiva ou comissivamente, da prpria administrao contratante, ao passo que, medidas legislativas de carter geral, se ajustariam ao campo reservado teoria da impreviso.

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A teoria da impreviso, sob inspirao da clusula rebus sic stantibus, tem no fato do prncipe uma das causas mais constantes de sua manifestao, assentada que est em premissas do carter extraordinrio, no previsvel, inevitvel e excessivamente oneroso de dada situao ensejada por ao, de carter geral e abstrato, protagonizada pelo Estado (Prncipe). A teoria da impreviso, categoria maior no mbito dos contratos, consiste em acontecimentos gerais, de naturezas diversas, desencadeados por fatos no previstos e imprevisveis, de conseqncias inafastveis no plano da relao contratual a configurar onerosidade excessiva. J o fato do prncipe, uma das suas manifestaes, caracterizada por ato de agente investido em funo pblica revestido de carter geral e abstrato (feio normativa), que igualmente tem repercusso na realidade do contrato, quebrando o seu equilbrio econmico-financeiro. Por fim, no se pode olvidar das clausula obrigatrias que devero constar dos contratos administrativos, conforme regra inserta na Lei de Licitaes. So elas: I. O objeto e seus elementos caractersticos; II. O regime de execuo ou a forma de fornecimento; III. O preo e as condies de pagamento, os critrios, data-base e periodicidade do reajustamento de preos, os critrios de atualizao monetria entre a data do adimplemento das obrigaes e do efetivo pagamento; IV. Os prazos de inicio de etapa de execuo, de concluso, de entrega, de observao e de recebimento definitivo, conforme o caso; V. O crdito pelo qual correr a despesa, com a indicao da classificao funcional programtica e da categoria econmica; VI. As garantias oferecidas para assegurar sua plena execuo, quando exigidas; VII. Os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabveis e os valores da multas; VIII. Os casos de resciso; IX. O reconhecimento dos direitos da Administrao em caso de resciso administrativa prevista no artigo 77, desta Lei; X. As condies de importao, a data e a taxa de cmbio para converso, quando for caso; XI. A vinculao ao edital de convocao ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e a proposta do licitante vencedor; XII. A legislao aplicvel execuo do contrato especialmente aos casos omissos; XIII. A obrigao do contrato de manter, durante toda a execuo do contrato, em compatibilidade com as obrigaes por ele assumidas, todas as condies de habilitao e qualificao exigidas na licitao. de se observar ainda, que nos contratos administrativos ficar a critrio da Administrao exigir a prestao de garantia nas contrataes de obras, servios e compras. Tal previso encontra guarida na Lei de Licitaes que especificou como modalidade de garantias: cauo em dinheiro, em ttulos da dvida pblica ou fidejussria e fiana bancria. Quanto durao dos prazos do contrato administrativo, cumpre observar que estes no podero, salvo excees expressas na Lei de Licitaes, ser firmados por tempo indeterminado. E mais, a vigncia doApostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 12

contrato estar adstrita ao crdito oramentrio. Prev ainda a legislao em comento a possibilidade de prorrogao do contrato, nos prazos de inicio de etapas de execuo, nos prazos de concluso e nos prazos de entrega. Finalmente, conclui-se que os contratos administrativos buscam, no mais das vezes, a satisfao do interesse pblico, so dotados de clusulas exorbitantes e contem em seu bojo clusulas de cunho obrigatrio. E mais, os contratos administrativos no podem ser considerados mera formalidade, devendo ser rigorosamente cumpridos e formalmente editados pelos rgos da Administrao Pblica. 1 - ( CESPE - 2009 - TRE-MA - Analista Judicirio - rea Judiciria / Direito Administrativo / Licitaes; Contratos Administrativos; ) No que concerne aos institutos da licitao e dos contratos no mbito da administrao pblica, assinale a opo correta. * a) Os contratos administrativos devem ser formalizados por instrumento lavrado em cartrio de notas, sob pena de invalidade. * b) Nenhuma clusula estranha ao edital de licitao pode ser acrescentada ao contrato posteriormente celebrado pela administrao pblica, sob pena de nulidade do ato. * c) Constitui hiptese de dispensa de licitao a contratao de servios tcnicos, de natureza singular, de profissionais de notria especializao. * d) A adjudicao ato administrativo discricionrio. * e) A licitao fracassada autoriza a contratao direta por parte da administrao, por constituir hiptese de dispensa de licitao.

2 - ( FCC - 2009 - TCE-GO - Tcnico de Controle Externo - rea Administrativa / Direito Administrativo / Contratos Administrativos; ) Considere as afirmaes abaixo: I. Os contratos administrativos so interpretados de acordo com os preceitos de direito privado, aplicandose subsidiariamente as normas de direito pblico. II. A resciso do contrato administrativo por iniciativa da Administrao sempre implica indenizao ao particular. III. Os contratos administrativos podem ser modificados unilateralmente pela Administrao para melhor adequao ao interesse pblico, respeitados os direitos do contratado. Est correto o que se afirma APENAS em * a) II e III. * b) I e II. * c) III. * d) II. * e) I.

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GABARITO: 1-B 2-C

* Licitao: princpios, modalidades, dispensa e inexigibilidade

Licitao o procedimento administrativo formal em que a Administrao Pblica convoca, mediante condies estabelecidas em ato prprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentao de propostas para o oferecimento de bens e servios. A licitao objetiva garantir a observncia do princpio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administrao, de maneira a assegurar oportunidade igual a todos os interessados e possibilitar o comparecimento ao certame ao maior nmero possvel de concorrentes. A Lei n 8.666 de 1993, ao regulamentar o artigo 37, inciso XXI, da Constituio Federal, estabeleceu normas gerais sobre licitaes e contratos administrativos pertinentes a obras, servios, inclusive de publicidade, compras, alienaes e locaes no mbito dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. De acordo com essa Lei, a celebrao de contratos com terceiros na Administrao Pblica deve ser necessariamente precedida de licitao, ressalvadas as hipteses de dispensa e de inexigibilidade de licitao. Os seguintes princpios bsicos que norteiam os procedimentos licitatrios devem ser observados, dentre outros: # Princpio da Legalidade Nos procedimentos de licitao, esse princpio vincula os licitantes e a Administrao Pblica s regras estabelecidas, nas normas e princpios em vigor. # Princpio da Isonomia Significa dar tratamento igual a todos os interessados. condio essencial para garantir em todas as fases da licitao. # Princpio da Impessoalidade Esse princpio obriga a Administrao a observar nas suas decises critrios objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionariedade e o subjetivismo na conduo dos procedimentos da licitao. # Princpio da Moralidade e da Probidade Administrativa A conduta dos licitantes e dos agentes pblicos tem que ser, alm de lcita, compatvel com a moral, tica, os bons costumes e as regras da boa administrao.

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# Princpio da Publicidade Qualquer interessado deve ter acesso s licitaes pblicas e seu controle, mediante divulgao dos atos praticados pelos administradores em todas as fases da licitao. # Princpio da Vinculao ao Instrumento Convocatrio Obriga a Administrao e o licitante a observarem as normas e condies estabelecidas no ato convocatrio. Nada poder ser criado ou feito sem que haja previso no ato convocatrio. # Princpio do Julgamento Objetivo Esse princpio significa que o administrador deve observar critrios objetivos definidos no ato convocatrio para o julgamento das propostas. Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critrios no previstos no ato convocatrio, mesmo que em benefcio da prpria Administrao. Modalidades de Licitao Modalidade de licitao a forma especfica de conduzir o procedimento licitatrio, a partir de critrios definidos em lei. O valor estimado para contratao o principal fator para escolha da modalidade de licitao, exceto quando se trata de prego, que no est limitado a valores. Alm do leilo e do concurso, as demais modalidades de licitao admitidas so exclusivamente as seguintes: CONCORRNCIA Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados que na fase de habilitao preliminar comprovem possuir requisitos mnimos de qualificao exigidos no edital para execuo do objeto da licitao. TOMADA DE PREOS Modalidade realizada entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condies exigidas para cadastramento at o terceiro dia anterior data do recebimento das propostas, observada a necessria qualificao. CONVITE Modalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto da licitao, escolhidos e convidados em nmero mnimo de trs pela Administrao. O convite a modalidade de licitao mais simples. A Administrao escolhe quem quer convidar, entre os possveis interessados, cadastrados ou no. A divulgao deve ser feita mediante afixao de cpia do convite em quadro de avisos do rgo ou entidade, localizado em lugar de ampla divulgao.

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No convite possvel a participao de interessados que no tenham sido formalmente convidados, mas que sejam do ramo do objeto licitado, desde que cadastrados no rgo ou entidade licitadora ou no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores SICAF. Esses interessados devem solicitar o convite com antecedncia de at 24 horas da apresentao das propostas. No convite para que a contratao seja possvel, so necessrias pelo menos trs propostas vlidas, isto , que atendam a todas as exigncias do ato convocatrio. No suficiente a obteno de trs propostas. preciso que as trs sejam vlidas. Caso isso no ocorra, a Administrao deve repetir o convite e convidar mais um interessado, enquanto existirem cadastrados no convidados nas ltimas licitaes, ressalvadas as hipteses de limitao de mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, circunstncias estas que devem ser justificadas no processo de licitao. Para alcanar o maior nmero possvel de interessados no objeto licitado e evitar a repetio do procedimento, muitos rgos ou entidades vm utilizando a publicao do convite na imprensa oficial e em jornal de grande circulao, alm da distribuio direta aos fornecedores do ramo. A publicao na imprensa e em jornal de grande circulao confere ao convite divulgao idntica da concorrncia e tomada de preos e afasta a discricionariedade do agente pblico. Quando for impossvel a obteno de trs propostas vlidas, por limitaes do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, essas circunstncias devero ser devidamente motivada e justificados no processo, sob pena de repetio de convite. Limitaes de mercado ou manifesto desinteresse das empresas convidadas no se caracterizam e nem podem ser justificados quando so inseridas na licitao condies que s uma ou outra empresa pode atender. PREGO a modalidade licitao em que disputa pelo fornecimento de bens e servios comuns feita em sesso pblica. Os licitantes apresentam suas propostas de preo por escrito e por lances verbais, independentemente do valor estimado da contratao. Ao contrrio do que ocorre em outras modalidades, no Prego a escolha da proposta feita antes da anlise da documentao, razo maior de sua celeridade. A modalidade prego foi instituda pela Medida Provisria 2.026, de 4 de maio de 2000, convertida na Lei n 10.520, de 2002, regulamentada pelo Decreto 3.555, de 2000. O prego modalidade alternativa ao convite, tomada de preos e concorrncia para contratao de bens e servios comuns. No obrigatria, mas deve ser prioritria e aplicvel a qualquer valor estimado de contratao. Escolha da modalidade de Licitao

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A escolha das modalidades concorrncia, tomada de preos, e convite definida pelos seguintes limites: Concorrncia:

Obras e servios de engenharia acima de R$ 1.500.000,00. Compras e outros servios acima de R$ 650.000,00. Tomada de Preos

Obras e servios de engenharia acima de R$ 150.000,00 at R$ 1.500.000,00. Convite

Obras e servios de engenharia acima de R$ 15.000,00 at R$ 150.000,00. Compras e outros servios acima de R$ 8.000,00 at R$ 80.000,00. Quando couber convite, a Administrao pode utilizar a tomada de preos e, em qualquer caso, a concorrncia. Quando se tratar de bens e servios que no sejam de engenharia, a Administrao pode optar pelo prego. Dispensa e Inexigibilidade A licitao regra para a Administrao Pblica, quando contrata obras, bens e servios. No entanto, a lei apresenta excees a essa regra. So os casos em que a licitao legalmente dispensada, dispensvel ou inexigvel. A possibilidade de compra ou contratao sem a realizao de licitao se dar somente nos casos previstos em lei.

O instituto da Dispensa de Licitao tem provocado polmicas quando invocado pelos rgos licitadores, obrigados ao cumprimento das disposies insertas na LEI N 8.666, de 21 de JUNHO DE 1993, que Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal, institui normas para licitaes e contratos da Administrao Pblica e d outras providncias. Alis, no s tem causado controvrsias, escndalos que a mdia revela, bem assim inquritos, sindicncias, demisses de funcionrios pblicos de alto e baixo escalo que, por ignorncia ou m f, pretendem usar e abusar do instituto logo que a necessidade se faz presente. A lei translcida e no permite equvocos, apontando as hipteses em que a dispensa pode e deve ser exercitada, no permitindo interpretaes ampliadas para se eximirem da obrigatoriedade de licitar. Alm disso, a doutrina derredor do tema riqussima. Assim, o Art. 24, I (Redao dada pela Lei n 9.648, de 27.5.98) usque XXIV, Pargrafo nico, elenca os casos em que a licitao dispensvel. Entretanto, nunca ocioso dizer que, no raras vezes, o inciso IV do Art. 24, chamado plo, indevida e propositadamente,

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servindo-se, o intrprete de m f, dos vocbulos emergncia e urgncia, naquele inciso insertos, para encobrir um mal planejamento ou uma programao -toa da Administrao. Da porque, giza o Ar. 8, ipsis litteris: A execuo das obras e dos servios deve programar-se, sempre, em sua totalidade, previstos seus custos atual e final e considerados os prazos de execuo. Certamente, incuriosa no planejamento, provocando atrasos na execuo do objeto da licitao o que, sem dvida, implicaria em aumento de custos no pode a Administrao, simploriamente, elidir o que a lei quer sob alegaes de cumprimento do que negligenciou quando da elaborao do edital, lei interna do procedimento licitatrio, e contratar diretamente. Por isso, assim se expressa o Pargrafo nico do Art. 8 verbis: proibido o retardamento imotivado da execuo de obra ou servio, ou de suas parcelas, se existente previso oramentria para sua execuo total, salvo insuficincia financeira ou comprovado motivo de ordem tcnica, justificados em despacho circunstanciado da autoridade a que se refere o art. 26 desta Lei. Segundo o magistrio do Prof. HELY LOPES MEIRELLES, A emergncia h de ser reconhecida e declarada em cada caso, a fim de justificar a dispensa da licitao para obra, servios, compras ou alienaes relacionadas com a anormalidade que a Administrao visa corrigir, ou com o prejuzo a ser evitado. Nisto se distingue dos casos de guerra, grave perturbao da ordem ou calamidade pblica em que a anormalidade ou risco generalizado, autorizando a dispensa de licitao em toda a rea atingida pelo evento. (Hely Lopes Meirelles, Licitao e Contrato Administrativo, 5 edio, p. 94) Mesmo assim, bom frisar, no bastam as justificativas pertinentes da dispensa, previstas no Art. 26, caput, mas a contratao direta deve ser precedida da formalidade, tambm, exigida no Pargrafo nico do predito artigo, verbis: O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, ser instrudo, no que couber, com os seguintes elementos: I caracterizao da situao emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso; II razo da escolha do fornecedor ou executante; III justificativa do preo; IV documento de aprovao dos projetos de pesquisa aos quais os bens sero alocados (Inciso includo pela Lei n 9.648, de 27.5.98). Finalmente, bom que se diga, os funcionrios que compem a Comisso de Licitao e os rgos requisitantes, responsveis pelos pedidos de licitao, devem atentar para os dispositivos elencados no Captulo IV DAS SANES ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA JUDICIAL; Seo I Disposies Gerais; Seo II Das Sanes Administrativas; Seo III Dos crimes e das Penas; Seo IV Do Processo e do Procedimento Judicial, principalmente, ao que dispe o Art. 89: verbis: Dispensar ou inexigir licitao fora das hipteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes dispensa ou inexigibilidade: Pena Deteno, de 3 (trs) a 5 (cinco) anos, e multa. Quanto inexigibilidade de licitao, a lei clara e, portanto, no se faz necessrio a consulta ao seu esprito. A sua disciplina est prescrita no Art. 25, I, II, II, 1, 2 e Art. 26, Pargrafo nico I, II, II e IV. A caracterstica, nica desse instituto singular, a inviabilidade de competio, especialmente naquilo que predeterminam os dispositivos supracitados. A doutrina exaustiva em exemplos de inexigibilidade de licitao

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1 - ( FAE - 2008 - TJ-PR - Juiz / Direito Administrativo / Licitaes; ) Assinale a alternativa correta: * a) o prego uma modalidade de licitao alternativa ao leilo e ao concurso, e por isso pode ser utilizado pela Administrao Pblica nos mesmos casos em que a lei os admite. * b) a tomada de preos modalidade de licitao entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitao preliminar, comprovem possuir requisitos mnimos de qualificao exigidos no edital para a execuo de seu objeto. * c) no regime das licitaes e contratos administrativos o contratado, na execuo do contrato, jamais poder subcontratar partes da obra, servio ou fornecimento. * d) a Administrao Pblica no poder celebrar o contrato com preterio da ordem de classificao das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatrio, sob pena de nulidade. GABARITO: 1-D * Servidores pblicos: cargo, emprego e funo pblicos A Constituio Federal distribui competncia entre as pessoas jurdicas (Unio, Estados-membros, Distrito Federal e Municpios); rgos e servidores pblicos. Por sua vez, estes ocupam cargos, empregos ou exercem funes. Assim, cargo , seguindo o art. 3 da Lei n 8.112/90, o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Ento, cargo a menor diviso de servidor competncia funcional atribuda a um funcionrio. criado por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso (art. 3, nico, Lei n 8.112/90). O cargo pblico pode ser de provimento efetivo ou em comisso e essa caracterstica quanto possibilidade comisso, de permanncia no cargo deve ser prevista na lei que o cria. Assim, se o preenchimento pressupe continuidade e permanncia no cargo, ser este efetivo; de outro modo, temporrio o provimento do cargo em comisso, tambm chamado de confiana, pois est atrelado confiana que determinada autoridade tem em seu auxiliar, como no caso dos Ministros de Estado. Este cargo no comporta maiores direitos ao seu titular momentneo, no gerando direito ao cargo, tampouco aposentadoria pelo regime dos servidores pblicos (art. 37, II, V e art. 40, 13, CF/88). S tem acesso a cargo pblico o servidor, ou funcionrio, estatutrio. De outro lado, ao celetista cabe o pblico, emprego pblico que tambm um conjunto de atribuies, mas que se diferencia exclusivamente pelo

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vnculo que une seus titulares ao Estado. Assim, funcionrio (estatutrio) ser titular de um cargo, empregado (celetista) ser titular de um emprego. J a funo se refere a uma atribuio especfica, pelo Poder Pblico, a um agente. Ou seja, o acrscimo de algumas atribuies quelas j destinadas ao agente, em especial no que concerne a chefia, direo ou assessoramento. Assim, exige-se que, para exerc-la, j seja concursado. O agente tem suas atividades normais dentro do cargo que ocupa e adquire mais algumas, como por exemplo, para ser chefe de uma seo. Em contra partida, h acrscimo na remunerao (art. 61, I, Lei n 8.112/90). Essa possibilidade est prevista no art. 37, V, da CF/88. Maria Sylvia Zanella di Prieto ainda lembra outra situao quando se fala em funo, que aquela exercida por servidores contratados temporariamente com base no art. 37, IX, para as quais no se exige, necessariamente concurso pblico, porque, s vezes, a prpria urgncia da contratao incompatvel com a demora do procedimento; a Lei n 8.112/90 definia, no artigo 233, 3, as hipteses em que o concurso era dispensado; esse dispositivo foi revogado pela Lei n 8.745, de 9-12-93, que agora disciplina a matria, com as alteraes introduzidas pela Lei n 9.849, de 26-10-99. Assim, quer seja em um caso, quer seja noutro, no h necessidade de prvio concurso pblico, pois, naquele, exige-se que j seja servidor, neste, exige-se urgncia na contratao. Bem por isso, o inciso II do art. 37 o exige somente para investidura em cargo ou emprego. Colocada essa distino, ressalte-se que quando a CF se refere a funo nos artigos 38 e 61, 1, a, est se referindo obviamente s funes privativas do agente concursado, e no ao temporrio.

guardar: Para guardar Cargo: conjunto de atribuies, criado por lei, destinado a funcionrios pblicos. Emprego: conjunto de atribuies, criado por lei, destinado a empregados pblicos. Funo: conjunto de atribuies acrescidas s atribuies dos funcionrios e empregados que desempenham cumulativamente com seu cargo/emprego o papel de chefia, direo ou assessoramento; ou conjunto de atribuies de empregados temporrios em que seja dispensado o concurso por razes de urgncia.

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* Lei n. 8.112/90 (Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio): Das disposies preliminares; Do provimento, vacncia, remoo, redistribuio e substituio. Dos direitos e vantagens: do vencimento e da remunerao; das vantagens; das frias; das licenas; dos afastamentos; do direito de petio. Do regime disciplinar: dos deveres e proibies; da acumulao; das responsabilidades; das penalidades

Das Disposies Preliminares Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundaes pblicas federais. Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor a pessoa legalmente investida em cargo pblico. Art. 3o Cargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso. Art. 4o proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei. Do Provimento, Vacncia, Remoo, Redistribuio e Substituio Captulo I Do Provimento Seo I Disposies Gerais Art. 5o So requisitos bsicos para investidura em cargo pblico: I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos polticos; III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais; IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo; V - a idade mnima de dezoito anos; VI - aptido fsica e mental. 1o As atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em lei. 2o s pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras; para tais pessoas sero reservadas at 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.Apostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 21

3o As universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. (Includo pela Lei n 9.515, de 20.11.97) Art. 6o O provimento dos cargos pblicos far-se- mediante ato da autoridade competente de cada Poder. Art. 7o A investidura em cargo pblico ocorrer com a posse. Art. 8o So formas de provimento de cargo pblico: I - nomeao; II - promoo; III - ascenso;(Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) IV - transferncia; (Execuo suspensa pela RSF n 46, de 1997) (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) V - readaptao; VI - reverso; VII - aproveitamento; VIII - reintegrao; IX - reconduo. Seo II Da Nomeao Art. 9o A nomeao far-se-: I - em carter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; II - em comisso, inclusive na condio de interino, para cargos de confiana vagos. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Pargrafo nico. O servidor ocupante de cargo em comisso ou de natureza especial poder ser nomeado para ter exerccio, interinamente, em outro cargo de confiana, sem prejuzo das atribuies do que atualmente ocupa, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o perodo da interinidade. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 10. A nomeao para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prvia habilitao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidos a ordem de classificao e o prazo de sua validade. Pargrafo nico. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoo, sero estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administrao Pblica Federal e seus regulamentos. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Seo III Do Concurso PblicoApostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 22

Art. 11. O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrio do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipteses de iseno nele expressamente previstas.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) (Regulamento) Art. 12. O concurso pblico ter validade de at 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo. 1o O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser publicado no Dirio Oficial da Unio e em jornal dirio de grande circulao. 2o No se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado. Seo IV Da Posse e do Exerccio Art. 13. A posse dar-se- pela assinatura do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei. 1o A posse ocorrer no prazo de trinta dias contados da publicao do ato de provimento. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicao do ato de provimento, em licena prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo ser contado do trmino do impedimento. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 3o A posse poder dar-se mediante procurao especfica. 4o S haver posse nos casos de provimento de cargo por nomeao. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 5o No ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio e declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica. 6o Ser tornado sem efeito o ato de provimento se a posse no ocorrer no prazo previsto no 1o deste artigo. Art. 14. A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial. Pargrafo nico. S poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmente para o exerccio do cargo. Art. 15. Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo de confiana. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1o de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio, contados da data da posse. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

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2o O servidor ser exonerado do cargo ou ser tornado sem efeito o ato de sua designao para funo de confiana, se no entrar em exerccio nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 3o autoridade competente do rgo ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exerccio. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 4o O incio do exerccio de funo de confiana coincidir com a data de publicao do ato de designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese em que recair no primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a trinta dias da publicao. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 16. O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados no assentamento individual do servidor. Pargrafo nico. Ao entrar em exerccio, o servidor apresentar ao rgo competente os elementos necessrios ao seu assentamento individual. Art. 17. A promoo ou a ascenso no interrompem o tempo de exerccio, que contado no novo posicionamento na carreira a partir da data da publicao do ato que promover ou ascender o servidor. Art. 17. A promoo no interrompe o tempo de exerccio, que contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicao do ato que promover o servidor. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 18. O servidor que deva ter exerccio em outro municpio em razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou posto em exerccio provisrio ter, no mnimo, dez e, no mximo, trinta dias de prazo, contados da publicao do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuies do cargo, includo nesse prazo o tempo necessrio para o deslocamento para a nova sede. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1o Na hiptese de o servidor encontrar-se em licena ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo ser contado a partir do trmino do impedimento. (Pargrafo renumerado e alterado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2o facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput (Includo pela Lei n 9.527, de caput. 10.12.97) Art. 19. Os servidores cumpriro jornada de trabalho fixada em razo das atribuies pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a durao mxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mnimo e mximo de seis horas e oito horas dirias, respectivamente. (Redao dada pela Lei n 8.270, de 17.12.91) 1o O ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana submete-se a regime de integral dedicao ao servio, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administrao. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2o O disposto neste artigo no se aplica a durao de trabalho estabelecida em leis especiais. (Includo pela Lei n 8.270, de 17.12.91) Art. 20. Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito aApostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 24

estgio probatrio por perodo de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptido e capacidade sero objeto de avaliao para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (vide EMC n 19) I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V- responsabilidade. 1o 4 (quatro) meses antes de findo o perodo do estgio probatrio, ser submetida homologao da autoridade competente a avaliao do desempenho do servidor, realizada por comisso constituda para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuzo da continuidade de apurao dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. (Redao dada pela Lei n 11.784, de 2008 2o O servidor no aprovado no estgio probatrio ser exonerado ou, se estvel, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no pargrafo nico do art. 29. 3o O servidor em estgio probatrio poder exercer quaisquer cargos de provimento em comisso ou funes de direo, chefia ou assessoramento no rgo ou entidade de lotao, e somente poder ser cedido a outro rgo ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comisso do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, de nveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 4o Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidas as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formao decorrente de aprovao em concurso para outro cargo na Administrao Pblica Federal. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 5o O estgio probatrio ficar suspenso durante as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, 1o, 86 e 96, bem assim na hiptese de participao em curso de formao, e ser retomado a partir do trmino do impedimento. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Seo V Da Estabilidade Art. 21. O servidor habilitado em concurso pblico e empossado em cargo de provimento efetivo adquirir estabilidade no servio pblico ao completar 2 (dois) anos de efetivo exerccio. (prazo 3 anos vide EMC n 19) Art. 22. O servidor estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Seo VI Da Transferncia Art. 23. Transferncia a passagem do servidor estvel de cargo efetivo para outro de igualApostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 25

denominao, pertencente a quadro de pessoal diverso, de rgo ou instituio do mesmo Poder. (Execuo suspensa pela RSF n 46, de 1997) 1 A transferncia ocorrer de ofcio ou a pedido do servidor, atendido o interesse do servio, mediante o preenchimento de vaga.(Execuo suspensa pela RSF n 46, de 1997) 2 Ser admitida a transferncia de servidor ocupante de cargo de quadro em extino para igual situao em quadro de outro rgo ou entidade.(Execuo suspensa pela RSF n 46, de 1997) (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Seo VII Da Readaptao Art. 24. Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica. 1o Se julgado incapaz para o servio pblico, o readaptando ser aposentado. 2 A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida. 2o A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de escolaridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Seo VIII Da Reverso

(Regulamento Dec. n 3.644, de 30.11.2000)Art. 25. Reverso o retorno atividade de servidor aposentado: (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) I - por invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) II - no interesse da administrao, desde que: (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) a) tenha solicitado a reverso; (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) b) a aposentadoria tenha sido voluntria; (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) c) estvel quando na atividade; (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores solicitao; (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) e) haja cargo vago. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 1o A reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 2o O tempo em que o servidor estiver em exerccio ser considerado para concesso daApostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 26

aposentadoria. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 4o O servidor que retornar atividade por interesse da administrao perceber, em substituio aos proventos da aposentadoria, a remunerao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente aposentadoria. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 5o O servidor de que trata o inciso II somente ter os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 6o O Poder Executivo regulamentar o disposto neste artigo. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Art. 26. A reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao. Pargrafo nico. Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. (Revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Art. 27. No poder reverter o aposentado que j tiver completado 70 (setenta) anos de idade. Seo IX Da Reintegrao Art. 28. A reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. 1o Na hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31. 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito indenizao ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade. Seo X Da Reconduo Art. 29. Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrer de: I - inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo; II - reintegrao do anterior ocupante. Pargrafo nico. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor ser aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30. Seo XI Da Disponibilidade e do Aproveitamento Art. 30. O retorno atividade de servidor em disponibilidade far-se- mediante aproveitamento obrigatrio em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado.Apostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 27

Art. 31. O rgo Central do Sistema de Pessoal Civil determinar o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da Administrao Pblica Federal. Pargrafo nico. Na hiptese prevista no 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do rgo central do Sistema de Pessoal Civil da Administrao Federal SIPEC, at o seu adequado aproveitamento em outro rgo ou entidade. (Pargrafo includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 32. Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada por junta mdica oficial. Captulo II Da Vacncia Art. 33. A vacncia do cargo pblico decorrer de: I - exonerao; II - demisso; III - promoo; IV - ascenso; (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) V - transferncia (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) VI - readaptao; VII - aposentadoria; VIII - posse em outro cargo inacumulvel; IX - falecimento. Art. 34. A exonerao de cargo efetivo dar-se- a pedido do servidor, ou de ofcio. Pargrafo nico. A exonerao de ofcio dar-se-: I - quando no satisfeitas as condies do estgio probatrio; II - quando, tendo tomado posse, o servidor no entrar em exerccio no prazo estabelecido.

Art. 35. A exonerao de cargo em comisso e a dispensa de funo de confiana dar-se-: (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) I - a juzo da autoridade competente; II - a pedido do prprio servidor. Captulo III Da Remoo e da Redistribuio Seo I Da RemooApostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 28

Art. 36. Remoo o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede. Pargrafo nico. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoo: (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) I - de ofcio, no interesse da Administrao; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) II - a pedido, a critrio da Administrao; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administrao: (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) a) para acompanhar cnjuge ou companheiro, tambm servidor pblico civil ou militar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, que foi deslocado no interesse da Administrao; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) b) por motivo de sade do servidor, cnjuge, companheiro ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada comprovao por junta mdica oficial; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) c) em virtude de processo seletivo promovido, na hiptese em que o nmero de interessados for superior ao nmero de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo rgo ou entidade em que aqueles estejam lotados.(Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Seo II Da Redistribuio Art. 37. Redistribuio o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no mbito do quadro geral de pessoal, para outro rgo ou entidade do mesmo Poder, com prvia apreciao do rgo central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) I - interesse da administrao; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) II - equivalncia de vencimentos; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) III - manuteno da essncia das atribuies do cargo; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) IV - vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) V - mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao profissional; (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) VI - compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais do rgo ou entidade. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1o A redistribuio ocorrer ex officio para ajustamento de lotao e da fora de trabalho s necessidades dos servios, inclusive nos casos de reorganizao, extino ou criao de rgo ou entidade. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2o A redistribuio de cargos efetivos vagos se dar mediante ato conjunto entre o rgo central do SIPEC e os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal envolvidos. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97)Apostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 29

3o Nos casos de reorganizao ou extino de rgo ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no rgo ou entidade, o servidor estvel que no for redistribudo ser colocado em disponibilidade, at seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. (Pargrafo renumerado e alterado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 4o O servidor que no for redistribudo ou colocado em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do rgo central do SIPEC, e ter exerccio provisrio, em outro rgo ou entidade, at seu adequado aproveitamento. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Captulo IV Da Substituio Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou funo de direo ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial tero substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omisso, previamente designados pelo dirigente mximo do rgo ou entidade. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1o O substituto assumir automtica e cumulativamente, sem prejuzo do cargo que ocupa, o exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacncia do cargo, hipteses em que dever optar pela remunerao de um deles durante o respectivo perodo. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2o O substituto far jus retribuio pelo exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio, que excederem o referido perodo. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nvel de assessoria.

Ttulo III Dos Direitos e Vantagens Captulo I Do Vencimento e da Remunerao Art. 40. Vencimento a retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico, com valor fixado em lei. Art. 41. Remunerao o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecunirias permanentes estabelecidas em lei. 1o A remunerao do servidor investido em funo ou cargo em comisso ser paga na formaApostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 30

prevista no art. 62. 2o O servidor investido em cargo em comisso de rgo ou entidade diversa da de sua lotao receber a remunerao de acordo com o estabelecido no 1o do art. 93. 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de carter permanente, irredutvel. 4o assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuies iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos trs Poderes, ressalvadas as vantagens de carter individual e as relativas natureza ou ao local de trabalho. 5o Nenhum servidor receber remunerao inferior ao salrio mnimo. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 Art. 42. Nenhum servidor poder perceber, mensalmente, a ttulo de remunerao, importncia superior soma dos valores percebidos como remunerao, em espcie, a qualquer ttulo, no mbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal. Pargrafo nico. Excluem-se do teto de remunerao as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61. Art. 43. A menor remunerao atribuda aos cargos de carreira no ser inferior a 1/40 (um quarenta avos) do teto de remunerao fixado no artigo anterior. (Revogado pela Lei n 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei n 9.624, de 2.4.98) Art. 44. O servidor perder: I - a remunerao do dia em que faltar ao servio, sem motivo justificado; (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) II - a parcela de remunerao diria, proporcional aos atrasos, ausncias justificadas, ressalvadas as concesses de que trata o art. 97, e sadas antecipadas, salvo na hiptese de compensao de horrio, at o ms subseqente ao da ocorrncia, a ser estabelecida pela chefia imediata. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Pargrafo nico. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de fora maior podero ser compensadas a critrio da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exerccio. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 45. Salvo por imposio legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidir sobre a remunerao ou provento. (Regulamento) Pargrafo nico. Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha de pagamento a favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, na forma definida em regulamento. Art. 46. As reposies e indenizaes ao errio, atualizadas at 30 de junho de 1994, sero previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo mximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 1o O valor de cada parcela no poder ser inferior ao correspondente a dez por cento daApostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 31

remunerao, provento ou penso. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no ms anterior ao do processamento da folha, a reposio ser feita imediatamente, em uma nica parcela. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.22545, de 4.9.2001) 3o Na hiptese de valores recebidos em decorrncia de cumprimento a deciso liminar, a tutela antecipada ou a sentena que venha a ser revogada ou rescindida, sero eles atualizados at a data da reposio. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Art. 47. O servidor em dbito com o errio, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ter o prazo de sessenta dias para quitar o dbito. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Pargrafo nico. A no quitao do dbito no prazo previsto implicar sua inscrio em dvida ativa. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Art. 48. O vencimento, a remunerao e o provento no sero objeto de arresto, seqestro ou penhora, exceto nos casos de prestao de alimentos resultante de deciso judicial.

Captulo II Das Vantagens Art. 49. Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizaes; II - gratificaes; III - adicionais. 1o As indenizaes no se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. 2o As gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condies indicados em lei. Art. 50. As vantagens pecunirias no sero computadas, nem acumuladas, para efeito de concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento. Seo I Das Indenizaes Art. 51. Constituem indenizaes ao servidor: I - ajuda de custo; II - dirias; III - transporte. IV - auxlio-moradia.(Includo pela Lei n 11.355, de 2006) Art. 52. Os valores das indenizaes estabelecidas nos incisos I a III do art. 51, assim como as condies para a sua concesso, sero estabelecidos em regulamento. (Redao dada pela Lei n 11.355, deApostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 32

2006) Subseo I Da Ajuda de Custo Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalao do servidor que, no interesse do servio, passar a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente, vedado o duplo pagamento de indenizao, a qualquer tempo, no caso de o cnjuge ou companheiro que detenha tambm a condio de servidor, vier a ter exerccio na mesma sede. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1o Correm por conta da administrao as despesas de transporte do servidor e de sua famlia, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. 2o famlia do servidor que falecer na nova sede so assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do bito. Art. 54. A ajuda de custo calculada sobre a remunerao do servidor, conforme se dispuser em regulamento, no podendo exceder a importncia correspondente a 3 (trs) meses. Art. 55. No ser concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. Art. 56. Ser concedida ajuda de custo quele que, no sendo servidor da Unio, for nomeado para cargo em comisso, com mudana de domiclio. Pargrafo nico. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo ser paga pelo rgo cessionrio, quando cabvel. Art. 57. O servidor ficar obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, no se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias. Subseo II Das Dirias Art. 58. O servidor que, a servio, afastar-se da sede em carter eventual ou transitrio para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, far jus a passagens e dirias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinria com pousada, alimentao e locomoo urbana, conforme dispuser em regulamento. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 1o A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede, ou quando a Unio custear, por meio diverso, as despesas extraordinrias cobertas por dirias.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigncia permanente do cargo, o servidor no far jus a dirias. 3o Tambm no far jus a dirias o servidor que se deslocar dentro da mesma regio metropolitana, aglomerao urbana ou microrregio, constitudas por municpios limtrofes e regularmente institudas, ou em reas de controle integrado mantidas com pases limtrofes, cuja jurisdio e competncia dos rgos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipteses

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em que as dirias pagas sero sempre as fixadas para os afastamentos dentro do territrio nacional. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 59. O servidor que receber dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. Pargrafo nico. Na hiptese de o servidor retornar sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput caput. Subseo III Da Indenizao de Transporte Art. 60. Conceder-se- indenizao de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento. Subseo IV Do Auxlio-Moradia (Vide Medida Provisria n 301 de 2006) Subseo IV Do Auxlio-Moradia (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) Art. 60-A. O auxlio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um ms aps a comprovao da despesa pelo servidor. (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) Art. 60-B. Conceder-se- auxlio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) I - no exista imvel funcional disponvel para uso pelo servidor; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) II - o cnjuge ou companheiro do servidor no ocupe imvel funcional; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) III - o servidor ou seu cnjuge ou companheiro no seja ou tenha sido proprietrio, promitente comprador, cessionrio ou promitente cessionrio de imvel no Municpio aonde for exercer o cargo, includa a hiptese de lote edificado sem averbao de construo, nos doze meses que antecederem a sua nomeao; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxlio-moradia; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) V - o servidor tenha se mudado do local de residncia para ocupar cargo em comisso ou funo de confiana do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, nveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) VI - o Municpio no qual assuma o cargo em comisso ou funo de confiana no se enquadre nas hipteses do art. 58, 3o, em relao ao local de residncia ou domiclio do servidor; (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) VII - o servidor no tenha sido domiciliado ou tenha residido no Municpio, nos ltimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comisso ou funo de confiana, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse perodo; e (Includo pela Lei n 11.355, de 2006)Apostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 34

VIII - o deslocamento no tenha sido por fora de alterao de lotao ou nomeao para cargo efetivo. (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) IX - o deslocamento tenha ocorrido aps 30 de junho de 2006. (Includo pela Lei n 11.490, de 2007) Pargrafo nico. Para fins do inciso VII, no ser considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comisso relacionado no inciso V. (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) Art. 60-C. O auxlio-moradia no ser concedido por prazo superior a 8 (oito) anos dentro de cada perodo de 12 (doze) anos. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 Pargrafo nico. Transcorrido o prazo de 8 (oito) anos dentro de cada perodo de 12 (doze) anos, o pagamento somente ser retomado se observados, alm do disposto no caput deste artigo, os requisitos do caput do art. 60-B desta Lei, no se aplicando, no caso, o pargrafo nico do citado art. 60-B. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 Art. 60-D. O valor mensal do auxlio-moradia limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comisso, funo comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 1o O valor do auxlio-moradia no poder superar 25% (vinte e cinco por cento) da remunerao de Ministro de Estado. (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 2o Independentemente do valor do cargo em comisso ou funo comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento at o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Includo pela Lei n 11.784, de 2008 Art. 60-E. No caso de falecimento, exonerao, colocao de imvel funcional disposio do servidor ou aquisio de imvel, o auxlio-moradia continuar sendo pago por um ms. (Includo pela Lei n 11.355, de 2006) Seo II Das Gratificaes e Adicionais Art. 61. Alm do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, sero deferidos aos servidores as seguintes retribuies, gratificaes e adicionais: (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) I - retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento; (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) II - gratificao natalina; III - adicional por tempo de servio; (Revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) IV - adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas; V - adicional pela prestao de servio extraordinrio; VI - adicional noturno; VII - adicional de frias; VIII - outros, relativos ao local ou natureza do trabalho.

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IX - gratificao por encargo de curso ou concurso. (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) Subseo I Da Retribuio pelo Exerccio de Funo de Direo, Chefia e Assessoramento (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em funo de direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de Natureza Especial devida retribuio pelo seu exerccio.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Pargrafo nico. Lei especfica estabelecer a remunerao dos cargos em comisso de que trata o inciso II do art. 9o. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI a incorporao da retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de Natureza Especial a que se referem os arts. 3o e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Pargrafo nico. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estar sujeita s revises gerais de remunerao dos servidores pblicos federais. (Includo pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001) Subseo II Da Gratificao Natalina Art. 63. A gratificao natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio no respectivo ano. Pargrafo nico. A frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como ms integral. Art. 64. A gratificao ser paga at o dia 20 (vinte) do ms de dezembro de cada ano. Pargrafo nico. (VETADO). Art. 65. O servidor exonerado perceber sua gratificao natalina, proporcionalmente aos meses de exerccio, calculada sobre a remunerao do ms da exonerao. Art. 66. A gratificao natalina no ser considerada para clculo de qualquer vantagem pecuniria. Subseo III Do Adicional por Tempo de Servio Art. 67. O adicional por tempo de servio devido razo de 1% (um por cento) por ano de servio pblico efetivo, incidente sobre o vencimento de que trata o art. 40. Pargrafo nico. O servidor far jus ao adicional a partir do ms em que completar o anunio. Art. 67. O adicional por tempo de servio devido razo de cinco por cento a cada cinco anos de servio pblico efetivo prestado Unio, s autarquias e s fundaes pblicas federais, observado o limite mximo de 35% incidente exclusivamente sobre o vencimento bsico do cargo efetivo, ainda que investido o servidor em funo ou cargo de confiana. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) (Revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 2001, respeitadas as situaes constitudas at 8.3.1999) Pargrafo nico. O servidor far jus ao adicional a partir do ms em que completar o qinqnio. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) (Revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 2001,Apostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 36

respeitadas as situaes constitudas at 8.3.1999) Subseo IV Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substncias txicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade dever optar por um deles. 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminao das condies ou dos riscos que deram causa a sua concesso. Art. 69. Haver permanente controle da atividade de servidores em operaes ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos. Pargrafo nico. A servidora gestante ou lactante ser afastada, enquanto durar a gestao e a lactao, das operaes e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em servio no penoso e no perigoso. Art. 70. Na concesso dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, sero observadas as situaes estabelecidas em legislao especfica. Art. 71. O adicional de atividade penosa ser devido aos servidores em exerccio em zonas de fronteira ou em localidades cujas condies de vida o justifiquem, nos termos, condies e limites fixados em regulamento. Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substncias radioativas sero mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiao ionizante no ultrapassem o nvel mximo previsto na legislao prpria. Pargrafo nico. Os servidores a que se refere este artigo sero submetidos a exames mdicos a cada 6 (seis) meses. Subseo V Do Adicional por Servio Extraordinrio Art. 73. O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50% (cinqenta por cento) em relao hora normal de trabalho. Art. 74. Somente ser permitido servio extraordinrio para atender a situaes excepcionais e temporrias, respeitado o limite mximo de 2 (duas) horas por jornada. Subseo VI Do Adicional Noturno Art. 75. O servio noturno, prestado em horrio compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, ter o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqenta e dois minutos e trinta segundos. Pargrafo nico. Em se tratando de servio extraordinrio, o acrscimo de que trata este artigo incidirApostilas Aprendizado Urbano Todos os direitos reservados 37

sobre a remunerao prevista no art. 73. Subseo VII Do Adicional de Frias Art. 76. Independentemente de solicitao, ser pago ao servidor, por ocasio das frias, um adicional correspondente a 1/3 (um tero) da remunerao do perodo das frias. Pargrafo nico. No caso de o servidor exercer funo de direo, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comisso, a respectiva vantagem ser considerada no clculo do adicional de que trata este artigo. Subseo VIII Da Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) Art. 76-A. A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso devida ao servidor que, em carter eventual: (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) (Regulamento) I - atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal; (Includo pela Lei n 11.314 de 2006) II - participar de banca examinadora ou de comisso para exames orais, para anlise curricular, para correo de provas discursivas, para elaborao de questes de provas ou para julgamento