23
CENTRO DE TREINAMENTO NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS Maria Luiza Guzzo Vist Enfermeira Especialista em Urgências e Emergências e em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem Porto Alegre, 2013 C-vist

NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS - cvist.com.br · C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros 5 Alvéolos são pequenos sacos aéreos nos pulmões que recebem

Embed Size (px)

Citation preview

CENTRO DE TREINAMENTO

NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS

Maria Luiza Guzzo Vist Enfermeira Especialista em Urgências e Emergências e em Educação Profissional na Área de Saúde:

Enfermagem

Porto Alegre, 2013

C-vist

CENTRO DE TREINAMENTO

©2013 C-Vist – Centro de Treinamento. Alguns direitos reservados.

NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS

Maria Luiza Guzzo Vist Enfermeira Especialista em Urgências e Emergências e em Educação Profissional na Área de Saúde:

Enfermagem

C-Vist – Centro de Treinamento Rua Frei Germano, 275/301 | Partenon | Porto Alegre | RS

(51) 9249-2384 | [email protected] http://www.cvist.com.br

Porto Alegre, 2013

C-vist

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4

2 SISTEMA RESPIRATÓRIO .......................................................................................................... 4

3 PRIMEIROS SOCORROS ............................................................................................................ 6

3.1 Avaliação da Via Aérea e Ventilação .................................................................................... 8

3.2 Desobstrução Manual da Via Aérea ..................................................................................... 8

3.3 Manobras Manuais para Desobstrução da Via Aérea no Paciente Inconsciente ........................ 8

3.4 Parada e Insuficiência Respiratória .................................................................................... 12

3.5 Parada Cardiorrespiratória ................................................................................................. 13

3.6 Hemorragias ....................................................................................................................... 18

3.7 Queimaduras ...................................................................................................................... 21

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 23

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

4

1 INTRODUÇÃO

Este curso de noções de primeiros socorros pretende apresentar uma abordagem

introdutória para o primeiro atendimento às vítimas de paradas e insuficiências respiratórias

e cardiorrespiratórias, hemorragias e queimaduras, destacando aspectos anatômicos do

corpo humano e técnicas necessárias para manter a vida e integridade física das vítimas até a

chegada do socorro avançado.

2 SISTEMA RESPIRATÓRIO

As vias aéreas são muito importantes no manejo da reanimação

cardiorrespiratória. Quando não se mantém a oxigenação e a ventilação, ocorre uma lesão

cerebral secundária, agravando a lesão cerebral primaria causada pelo trauma. Portanto

devemos assegurar à permeabilidade das vias aéreas mantendo a oxigenação e ventilação de

suporte a vítima, são etapas importantes na redução de lesão cerebral e no aumento das

chances de vida.

A oxigenação cerebral e a oferta de oxigênio para os outros órgãos, proporcionada

pelo manejo adequado das vias aéreas continua sendo muito importante no atendimento pré-

hospitalar.

O sistema respiratório desempenha três funções importantes:

• fornece oxigênio às células vermelha (sangue), que o carregam para todas as células do corpo;

• no metabolismo aeróbico, essas células usam o oxigênio como combustível para produzir energia;

• retira do organismo o dióxido de carbono (CO2).

Noções de Anatomia do Sistema Respiratório:

O sistema respiratório é composto pelas vias aéreas superiores e inferiores, que incluem os

pulmões. Todas as partes são importantes para que ocorram as trocas gasosas.

Vias aéreas trajeto que permite que o ar atmosférico entre pelo nariz, boca, faringe, traqueia,

brônquios e bronquíolos até chegar aos alvéolos. A cada inspiração, um adulto de porte médio

inala cerca de 500 ml de ar. Cerca de 150 ml de ar fica nas vias aéreas, nunca atingindo os

alvéolos para participar do processo das trocas gasosas. O espaço no qual o ar fica retido é

conhecido como espaço morto. Esse ar não é utilizado para a oxigenação por que não alcança

os alvéolos.

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

5

Alvéolos são pequenos sacos aéreos nos

pulmões que recebem o ar fresco, que

contém 21% de oxigênio das vias aéreas e

captam o dióxido de carbono do sangue.

Trocas gasosas é o processo no qual o

oxigênio entra na corrente sanguínea e o

dióxido de carbono é eliminado.

Vias aéreas superiores: formadas pelo

nariz, boca faringe e a laringe.

Vias aéreas inferiores: compreendem a

traqueia, os brônquios e os bronquíolos.

Componente neuromuscular: composto

pelo centro respiratório encefálico, os

nervos que vão aos músculos respiratórios

e os que vêm deles.

A caixa torácica está formada

pelas costelas que são fixadas posteriormente na coluna vertebral e anteriormente ao

esterno.

Principais músculos respiratórios: diafragma, intercostais e alguns músculos do

pescoço e da cintura escapular.

Mecânica Respiratória

A mecânica respiratória consiste nos movimentos de inspiração e expiração. Na inspiração

ocorre à dilatação da caixa torácica, o diafragma se contrai e o conteúdo abdominal é

impulsionado para baixo e nos movimentos da expiração ocorre diminuição do tórax.

Fatores importantes na mecânica respiratória: a participação dos músculos torácicos, do

diafragma, pressão negativa na cavidade pleural e estímulos nervosos.

As trocas gasosas são realizadas nos alvéolos, que são permeáveis ao oxigênio e

gás carbônico retendo as impurezas do ar que é inspirado, eliminando estas impurezas através

dos vasos linfáticos. Possuímos em torno de 300 milhões de alvéolos, que são envoltos por

capilares venosos e arteriais responsáveis pelo processo das trocas gasosas.

Respiração

Respiração é uma das características dos seres vivos, consistindo na absorção pelo

Figura 1 - Sistema respiratório

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

6

organismo de oxigênio e a eliminação do gás

carbônico que resulta de oxidações celulares.

Encontramos o centro respiratório

na medula bulbar, que trabalha de forma

involuntária e automática, mas que pode sofrer

a ação de reações químicas e da composição do

sangue, reflexos nervosos e psíquicos. O mais

importante excitante é o aumento da taxa de

gás carbônico no sangue.

Função do sistema cardiovascular

Transportar sangue oxigenado dos pulmões às células do organismo e sangue com

dióxido de carbono das células do organismo para os pulmões. Se a oxigenação do sangue nos

pulmões diminui por insuficiência respiratória ou se o fornecimento de sangue através do

débito cardíaco for reduzido por uma função cardiovascular deficiente, haverá a diminuição

da oferta de oxigênio às células e ocorrerá a hipóxia nos tecidos. Então as células devem

mudar das vias que requer oxigênio para vias que não requer oxigênio, gerando ácido láctico

e outros ácidos e o paciente entrará em acidose metabólica.

3 PRIMEIROS SOCORROS

A atuação do socorrista frente a uma situação emergencial seja num acidente com

várias vítimas ou diante de pessoas com mal súbito deve seguir uma rotina e respeitar etapas

fundamentais de atendimento:

• assumir a situação; • avaliar a cena; • avaliar as vítimas; • estabelecer prioridades de atendimento; • iniciar medidas de suporte básico de vida.

ASSUMIR A SITUAÇÃO

Entendemos com isto assumir a LIDERANÇA do atendimento dando ordens claras

para evitar o PÂNICO, tranquilizar as vítimas, coordenar as ações de ajuda e solicitar

atendimento qualificado.

AVALIAR A CENA

Garantir a segurança dos socorristas e do doente.

Figura 2 - Sistema respiratório

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

7

A segurança da cena deve ter prioridade máxima. Isso não inclui apenas a

segurança do doente, mas também a segurança dos socorristas. Com base nas informações e

na visualização do cena podemos imaginar os possíveis ricos.

Em uma colisão de carros, as ameaças podem ser representadas por trânsito,

materiais perigosos, fogo e queda de fios elétricos.

Em caso de uma vítima baleada, devemos nos lembrar que o criminoso ainda pode

estar no local. Um socorrista que se expõe a riscos desnecessários pode tornar-se outra vítima.

• a) SUPORTE BÁSICO DE VIDA – Consiste em intervenções que podem ser realizadas por leigos treinados, para garantir o reconhecimento das emergências comuns, o acesso ao suporte avançado de vida em cardiologia e vias aéreas, respiração, oxigenação e circulação adequadas.

• b) SUPORTE AVANÇADO DE VIDA – Atendimento especializado para a manutenção das funções vitais com a utilização de equipamentos e medicamentos.

AVALIAR AS VÍTIMAS

A abordagem inicial das vítimas consiste na avaliação e identificação das condições

clínicas e lesões que produzem risco iminente de vida e, concomitantemente, estabelecer

condutas para a estabilização das funções vitais. As condições clínicas que representam o risco

de vida são obstruções das vias aéreas, respiração ineficaz, trauma cervical, instabilidade

circulatória e, às vezes, alterações no nível de consciência. Posicione a vítima, abra as vias

aéreas, tranquilize a vítima, nunca dê água ou qualquer outra bebida para a vítima.

ESTABELECER PRIORIDADES

Estabelecer prioridades no atendimento significa que o socorrista deve selecionar

a vítima que necessita atendimento prioritário (risco iminente de vida) e portanto deverá ser

atendida em primeiro lugar. Fazer esta triagem nem sempre é tarefa fácil. Esta sistematização

organiza e orienta os socorristas em relação às manobras prioritárias no suporte básico à vida.

INICIAR MEDIDAS DE SUPORTE BÁSICO À VIDA

Tendo sido estabelecida a prioridade de atendimento o socorrista inicia as

manobras de suporte básico de vida. Ambas utilizam a sistematização preconizada por órgãos

oficiais de assistência às emergências como o ATLS, ACLS entre outros. Esta sistematização

segue a regra do “ABCDE”.

• “A” - Airway Via aérea com controle da coluna cervical

• “B” - Breathing and ventilation

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

8

Respiração e ventilação • “C” - Circulation with hemorrage control

Circulação e controle das hemorragias • “D” - Disability: neurologic status

Avaliação neurológica - nível de consciência • “E” - Exposure with control of hipothermia

Exposição do paciente com controle da hipotermia.

3.1 Avaliação da Via Aérea e Ventilação

Quando o nível de consciência da vítima é reduzido, devemos avaliar a via aérea

antes das demais lesões.

Na avaliação primária devemos observar o posicionamento da via aérea: Ao fazer

contato visual com a vítima, devemos observar o seu posicionamento. As vítimas em posição

dorsal são suscetíveis à obstrução da via aérea pela queda da língua que é a causa mais comum

de obstrução. Todo doente com redução do nível de consciência deve ser reavaliado com

frequência devido ao risco de ocorrer a obstrução da via aérea.

Independente da técnica realizada para a abertura das vias aéreas o socorrista

deve ter em mente o risco de lesão cervical em vítimas de trauma.

O uso de qualquer uma das técnicas para abertura da via aérea necessita de

estabilização simultânea da coluna cervical em posição neutra até total imobilização.

3.2 Desobstrução Manual da Via Aérea

Primeiro passo: realizar uma rápida inspeção visual na orofaringe, observando a

presença de pedaços de alimentos, dentes quebrados e sangue. O socorrista devem usar

barreira de proteção (luva) para a retirada desse material da boca da vítima. O

posicionamento do doente em decúbito lateral, quando não contraindicado por um possível

trauma medular, permite que a gravidade auxilie a eliminação de secreções, sangue e vômitos.

3.3 Manobras Manuais para Desobstrução da Via Aérea no Paciente Inconsciente

Tração da mandíbula no trauma: quando há suspeita de traumatismo craniano,

cervical ou facial, o socorrista deve manter a coluna cervical alinhada em posição neutra.

Essa manobra de tração da mandíbula permite abrir a via aérea com pouco ou

nenhum movimento da cabeça e da coluna cervical.

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

9

Figura 3 - Tração de mandíbula

Elevação do mento no trauma: essa técnica é utilizada para aliviar a obstrução

anatômica em pacientes que respiram espontaneamente.

Ambas as técnicas resultam na movimentação da mandíbula anteriormente.

Obstrução das vias aéreas por corpo estranho - OVACE ou engasgo

A obstrução ou engasgo acomete um

número grande de adultos e devem ser

prevenidos. Quando tratada de forma rápida

a manobra adequada pode evitar que essa

obstrução evolua pra uma parada

respiratória ou parada cardiopulmonar.

As obstruções de vias aéreas podem ser

classificadas:

• obstrução severa ou total: quando a vítima não emite som nenhum, apresenta cianose (coloração azulada), na pele, nos lábios e extremidades ou está inconsciente.

• obstrução leve ou parcial: quando a vítima consegue, mesmo com esforço, tossir, emitir algum som de respiração.

Ao nos depararmos com uma vítima em obstrução de vias aérea severa ou total,

devemos agir da seguinte forma:

Se a vítima apresentar forte estresse respiratório, ausência de sons, tosse ineficaz, promova

as manobras de desobstrução caso contrário estimule a tosse por parte da vítima.

As manobras consistem em que o atendente se posicione atrás da vítima com uma boa base

de pernas e pés firmes no chão, para evitar quedas, os braços em volta da região abdominal

Figura 4 - Tração de mandíbula

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

10

com a mão fechada entre a cicatriz umbilical e o processo xifoide e a outra mão deve recobrir

a mão que está em contato com o abdômen da vítima e promova compressões em forma de

“J”, ou seja, para dentro e para cima sucessivamente até a liberação da passagem de ar ou até

a inconsciência da vítima.

Essa manobra é bem eficaz e em cerca de 90% dos

casos promove a liberação das vias aéreas, mas não

desconsidere uma avaliação posterior ao evento por

parte de um médico, afim de, eximir possíveis lesões

internas.

Se a vítima ficar inconsciente, peça ajuda para acionar

o sistema médico especializado e realize as manobras

de RCP, verificando a boca da vítima para ver se

visualiza o objeto obstrutor a cada ventilação e após

as 30 compressões, não faça varredura digital ás cegas

na boca da vítima.

Se o atendente visualizar o objeto remova-o e verifique a respiração da vítima e

se necessário continue com a reanimação.

Se o tórax expandir é sinal que a via aérea esta pérvia, realize uma avaliação rápida

da vítima e permaneça com a reanimação se necessário até a chegada do atendimento

Resumo dos principais pontos de discussão e alterações nas recomendações da

Diretrizes da AHA 2010 para reanimação cardiopulmonar para adultos por socorristas leigos:

Figura 5 - Obstrução severa ou total das vias aéreas

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

11

Figura 6 - Algoritmo de SBV adulto simplificado

Fonte: AHA, Guidelines RCP/ACE,2010

Figura 7 - Procedimento de RCP

Quando a vítima não responde, não apresenta respiração ou se apresentar respiração anormal ou apenas gasping: ACIONE IMEDIATAMENTE O SERVIÇO DE EMERGÊNCIA!

Após acionar o serviço de emergência, inicie a reanimação cardiopulmonar (RCP) imediatamente. Dar ênfase em RCP de alta qualidade, permitindo o retorno total do tórax após cada compressão. Comprima com força e rápido. Alterações na sequência da RCP: C-A-B em vez de A-B-C. Socorrista que atua sozinho, iniciar com as compressões torácicas antes de aplicar a ventilações resgate, 30 compressões torácicas. O procedimento Ver, Ouvir e sentir se há respiração foi Removido da sequência da RCP.

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

12

Após a aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar sozinho deverá abrir

a via aérea da vítima e aplicar duas ventilações com máscara/ barreira de proteção.

3.4 Parada e Insuficiência Respiratória

A parada respiratória é a ausência de movimentos respiratórios.

Na insuficiência respiratória os movimentos respiratórios são inadequados para

manter níveis sanguíneos normais de oxigênio e dióxido de carbono.

As vítimas em parada respiratória requerem ventilação com pressão positiva

mediante ventilação boca-a-boca/máscara ou bolsa/máscara. Pessoas em insuficiência

respiratória podem necessitar de ventilação através de pressão positiva ou a oferta de

oxigênio suplementar para garantir a oxigenação adequada dos tecidos.

Usando barreira de proteção, faça duas ventilações de resgate usando a técnica

BOCA a BOCA ou BOCA a MÁSCARA, mantenha as vias aéreas abertas enquanto realiza as

ventilações.

Figura 8 - Respiração boca-a-boca ou boca-nariz ou boca-máscara

Coloca-se a vítima em decúbito dorsal com os braços ao longo do corpo;

Posicionar-se ao lado da cabeça da vítima;

Abrir a via aérea usando as manobras

Colocar sua boca com firmeza sobre a boca e/ou nariz da vítima; se fizer boca a boca, feche bem as narinas da vítima (usando o polegar e o indicador);

Soprar para dentro da boca e/ou nariz da vítima, até notar elevação do seu tórax (um sopro longo e contínuo para expandir os alvéolos);

Deixar a vítima expirar livremente;

Repetir o movimento de 12 a 20 vezes por minuto (aproximadamente 15 vezes no adulto e 20 vezes na criança).

É possível assim produzir uma FiO² de 16-18%. O valor da PaO² é habitualmente superior a 75mmHg e nos pacientes com pulmões sadios a saturação da hemoglobina pode ser superior a 90%.

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

13

Considerações:

• as ventilações devem ter volume suficiente para elevar o tórax da vítima e está elevação não deve durar mais que 01(um) segundo;

• se não houver elevação na primeira ventilação, refaça a abertura de vias aéreas e efetue novamente a ventilação;

• na técnica BOCA a BOCA, vede o nariz da vítima com os dedos da mão que se encontra sobre a testa da vítima.

3.5 Parada Cardiorrespiratória

Condição súbita e inesperada de deficiência absoluta de oxigenação tissular seja

por ineficácia circulatória ou por cessação da função respiratória. Considerada emergência

médica extrema, cujo resultado é a lesão cerebral irreversível e morte dentro de minutos se

medidas adequadas para restabelecer a ventilação e a circulação não forem tomadas.

A maioria dos casos de parada cardiorrespiratória ocorre em casa, no trabalho ou

em via pública. Como o cérebro não suporta períodos prolongados de hipóxia, a recuperação

dos pacientes atendidos prontamente por leigos é maior do que daqueles atendidos no

hospital após perda de tempo com a remoção.

O período ideal para se iniciar medidas de reanimação cardiopulmonar é o

primeiro minuto após a parada.

Causas de PCR

• obstrução de vias aéreas superiores (asfixias); • cardiopatias- lesões torácicas (trauma); • pneumopatias; • anafilaxias; • convulsões; • hipoglicemias; • choque; • eletrocução; • intoxicações, consumo de drogas; • neuropatias; • sinais indicativos de parada cardiorrespiratória; • diminuição do nível de consciência; • ausência de movimentos respiratórios ou respiração agônica; • ausência de pulso em grandes artérias; • em lactentes pesquisa-se o pulso braquial;

• dilatação das pupilas, sinal tardio: surge 45 seg. após a PCR.

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

14

Tratamento

Suporte básico de vida (SBV): Conjunto de medidas não invasivas que são

adotadas para retardar a morte cerebral e consistem na oxigenação e perfusão de órgãos

vitais até que se possam instituir as medidas de suporte avançado de vida.

• restaurar a circulação; • desobstruir vias aéreas; • restaurar a respiração.

Suporte avançado de vida (SAV): É a manutenção das funções vitais (ventilação e

circulação) através da utilização de equipamentos, drogas e técnicas especializadas.

A frequência de compressão deve ser no mínimo, de 100/minuto.

A profundidade de compressão, o esterno adulto deve ser comprimido, no

mínimo, 2 polegadas (5cm).

SOBRE a linha intermamilar, no centro do tórax da vítima, colocar o calcanhar da

mão (região tênar/hipotênar), com o braço esticado e formando um ângulo de 90° ao tórax

da vítima, comprimir por trinta vezes intercalando com duas ventilações a um ritmo de 100

compressões por minuto, utilizando as duas mãos.

Fibrilação

Arritmia movimento descoordenado do coração, causando a perda da capacidade

de bombear o sangue. É um fenômeno gravíssimo, pois é irreversível naturalmente, que

requer a utilização de um desfibrilador elétrico para a reanimação de uma vítima.

Sintomas de fibrilação ventricular:

• inconsciência; • palidez; • sem respiração; • sem pulso; • alterações da pupila.

Causas de fibrilação ventricular:

• choque elétrico, mecânico, térmico ou químico; • estrangulamento ou afogamento; • cirurgia; • trauma torácico; • cateterismo cardíaco; • hipotermia artificial; • drogas; • origem clínica.

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

15

Desfibrilador externo automático

O DEA deve ser usado imediatamente nos casos de PCR, em vítimas adultas e que a

origem da PCR, denote causa cardíaca, onde o ritmo mais presente é a FIBRILAÇÃO VENTRICULAR,

mas nos casos de PCR em que a causa seja de origem respiratória, deve ser aplicado após a

realização de 5 ciclos ou dois minutos de RCP, devido ao ritmo mais presente nos casos de PCR,

oriundas de Parada Respiratória, ser a Assístolia, ritmo não chocável pelo DEA.

A utilização do DEA deve-se a execução de quatro passos básicos que em todos os

aparelhos, de todos os modelos, são executados na mesma ordem, esse aparelhos dispõem

de indicadores sonoros e luminosos dos passos a serem realizados pelo socorrista, são eles:

LIGAR O APARELHO: Alguns aparelhos ligam ao se abrir a tampa e outros se deve

apertar o botão ON/POWER. Enquanto o aparelho não entrar no modo analisar não deverão

ser interrompidas as compressões durante a instalação das pás.

Figura 9 - Desfibrilador externo automático (DEA)

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

16

Conectar as pás: os eletrodos ou pás do D.E.A devem ser conectadas ao aparelho

(em alguns modelos) e posterior colocá-los no tórax da vitima na posição correta (acima do

mamilo direito e abaixo do mamilo esquerdo).

Em alguns casos aonde não há as pás adequadas para a vítima pediátrica, pode-se

usar as pás de adulto, observando se a relação de tamanho das pás para o tórax não e

excedida, se ocorrer então deverá ser colocada abaixo do mamilo esquerdo e abaixo da

escapula esquerda (anteroposterior).

Figura 10 - Desfibrilador externo automático (DEA)

Analisar o ritmo: alguns aparelhos analisam o ritmo tão logo as pás estejam

conectadas de forma correta, alguns outros requerem que o socorrista aperte o botão do

modo analisar, essa análise e exclusiva do aparelho não tendo o socorrista a interferência no

resultado. Para que a análise seja feita com precisão o socorrista deve solicitar e verificar se

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

17

todos que circundam a vítima estão afastados e se a vítima não esta sob movimentação

nenhuma. As compressões só cessam no momento em que o aparelho entra no modo analisar.

CHOQUE: Se o aparelho detectar o ritmo Fibrilação Ventricular (F.V.)

automaticamente carregará e indicará ao atendente que aperte o botão de descarga do

choque, avisando para que todos se mantenham afastados, o atendente executa o choque,

caso contrário, se o aparelho não detectar uma F.V. o aparelho orientará o atendente a avaliar

a vítima e iniciar a R.C.P. se necessário.

As chances de reversão do ritmo F.V. no primeiro choque são bastante

significativas, mas esse ritmo não se sustenta, necessitando então, das compressões cardíacas

imediatamente após o primeiro choque.

CONSIDERAÇÕES:

Crianças de 1 a 8 anos de idade, o socorrista deve usar um sistema atenuador de

carga pediátrico, se disponível, caso não tenha um DEA com sistema atenuador pediátrico,

deve-se usar um DEA padrão.

Em bebês com menos de 1 ano de idade, é preferível um desfibrilador manual. Se

não houver um desfibrilador manual disponível, aconselha-se um DEA/DAE com atenuação de

carga pediátrica. Se nenhum disponível, usa-se um DEA/DAE sem atenuador de carga.

O tórax da vítima deve estar seco e sem pelos para a utilização das pás.

Não utilize pás pediátricas, use somente pás de adulto.

Este equipamento pode ser utilizado por qualquer pessoa treinada, mas o

aparelho deve estar sob responsabilidade de um diretor técnico (médico) da instituição que

determinará seu protocolo de utilização.

Somente utilizar o aparelho, depois de realizado toda à avaliação inicial protocolar

da vítima.

O desfibrilador elétrico é um capacitor, um equipamento portátil com tecnologia

de onda bifásica para uso em qualquer ambiente. O aparelho é utilizado em unidades de

resgate aéreo e terrestre e fornece suporte avançado à vida.

O DEA (Desfibrilador externo automático), oferece a possibilidade de ser utilizado

por leigos treinados e sob supervisão médica. De operação simples, com alta sensibilidade e

especificidade no diagnóstico de arritmias cardíacas.

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

18

3.6 Hemorragias

Hemorragia é definida como uma perda súbita de volume sanguíneo circulante. O

volume de sangue de um adulto normal corresponde a 7% do seu peso corporal ideal,

aproximadamente 5.000 ml, e não o seu peso real, pois em indivíduos obesos poderíamos

superestimar o cálculo.

Em crianças considera-se 8 a 9% do seu peso corporal (80 a 90ml/kg).

As hemorragias com consequente hipovolemia estão entre as principais causas de

morte em pacientes traumatizados. O diagnóstico está baseado na clínica de inadequada

perfusão tecidual e na história do trauma.

O sangramento pode ser dramático ou sutil. Temos que lembrar que "nenhum

sangramento é insignificante, cada hemácia é importante."

Técnicas:

Figura 11 - Compressão direta + elevação

Compressão direta: o controle da

hemorragia deve ocorrer com prioridade na

compressão direta sobre o local de sangramento,

porém, a capacidade de controlar o sangramento

vai depender do tipo de laceração do vaso, de sua

capacidade de entrar em espasmo, do tamanho e

de sua pressão e capacidade de coagulação.

Quando se faz compressão direta sobre o vaso lesionado, estamos reduzindo o tamanho da

abertura, reduzindo ainda mais o fluxo sanguíneo, mesmo que não ocorra a interrupção, a

hemorragia pode diminuir até que o sistema de coagulação do sangue possa contê-la. A

compressão direta é considerada uma técnica segura e eficaz.

Quando as bandagens mais externas estiverem encharcadas de sangue, podem

ser trocadas, mas a bandagem que está em contato com o ferimento não deve ser retirada.

Torniquete: Devido aos possíveis efeitos adversos de torniquetes e à dificuldade

de sua correta aplicação, seu uso para controlar hemorragias das extremidades é indicado

somente se a aplicação de pressão direta não for eficaz ou possível e se o prestador de

primeiro socorros tiver treinamento no uso de torniquete.

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

19

São várias as experiências com o uso de

torniquetes para controlar hemorragias em campos

de batalha e não há dúvida de que eles funcionam nas

circunstâncias corretas e com o treinamento

adequado. No entanto, não existem dados sobre o

uso de torniquetes por prestadores de primeiros

socorros. Os efeitos adversos dos torniquetes, que podem incluir isquemia e gangrena da

extremidade, bem como choque ou até mesmo a morte, parecem estar relacionados à quantidade de

tempo que permanecem aplicados e sua eficácia é parcialmente dependente do tipo de torniquete.

Em geral, torniquetes especialmente projetados são melhores do que os improvisados.

Figura 13 - Compressão direta + elevação + compressão indireta

Curativo compressivo: é a colocação de uma

compressa grossa presa fortemente a um ferimento para conter a

hemorragia. A pressão da mão é substituída pela bandagem.

Aplicações de compressas frias: as

compressas frias são indicadas nos casos de hemorragia

capilar, tendo o cuidado de não aplicar por tempo

prolongado.

Classificação das hemorragias

As hemorragias podem ser classificadas quanto à porcentagem de sangue perdido;

quanto à sua localização; quanto aos tipos de vasos sangrantes e quanto ao fator desencadeante.

Quanto a porcentagem de sangue perdido:

Classe I: perda de 10 a 15% do volume sanguíneo. Os sinais e sintomas clínicos são

mínimos. Equivale a uma doação de sangue.

Classe II: perda de 15 a 30% do volume circulante. Alguns sinais clínicos começam

a se evidenciar: ansiedade, taquicardia, aumento da FR, retardo no enchimento capilar, PAS

pode estar normal. Paciente necessita de reposição volêmica com soro (cristaloides).

Classe III: perda entre 30 a 40% do volume circulante. Paciente apresenta sinais de

má perfusão tecidual: confusão mental, taquicardia (FC acima de 120bpm), taquipneia, pulso

filiforme, hipotensão arterial sistólica. Necessita de reposição volêmica com cristaloides e

transfusão sanguínea.

Figura 12 - Torniquete (contraindicado!)

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

20

Classe IV: perda de aproximadamente 40% da volemia. Sinais clínicos evidentes:

taquicardia, taquipneia, alteração neurológica importante (COMA), pressão arterial praticamente

inaudível. Exige reposição volêmica com sangue e em muitos casos intervenção cirúrgica.

Quanto à localização:

Externa: são consideradas hemorragias externas aquelas em que o sangue se

exterioriza logo após a sua ocorrência.

Interna: são as hemorragias que se interiorizam para dentro das cavidades

naturais. Não são de identificação óbvia, pois não são visíveis. É necessário alto grau de

suspeição do socorrista, baseado no mecanismo da lesão, presença de marcas ou ferimentos

externos e sinais e sintomas de choque.

Quanto ao tipo de vaso que sangra:

Hemorragia arterial: quando o sangramento é proveniente de uma artéria.

Caracterizada pela saída em jato forte de sangue vermelho vivo, que acompanha os

movimentos pulsáteis do coração.

Hemorragia venosa: é originada pelo rompimento de uma veia. O sangue que jorra

é vermelho-escuro (pobre em oxigênio) e se exterioriza continuamente como se “babasse”. É

mais frequente que a arterial e de mais fácil controle, já que o sangue sai com menor pressão

e mais lentamente. Hemorragia Capilar – ocorre nos pequenos ferimentos, em que os vasos

atingidos são capilares, sejam de artérias ou veias. O sangue é de cor intermediária entre o

vermelho-vivo e o vermelho-escuro e brota em pequenas gotas.

Quanto ao fator desencadeante:

Hemorragia traumática: decorre da ação de um instrumento contundente,

perfurante ou cortante sobre a pele. Muitas vezes o traumatismo contunde apenas a pele,

resultando em uma contusão, isto é, não se realiza a ferida, mas pode haver rompimento de

vasos. Se o vaso rompido for de certo calibre, o sangue inunda os tecidos vizinhos, formando

uma pequena coleção de sangue que denominamos de HEMATOMA. Se os vasos rompidos

forem bem pequenos, o sangue que invade os tecidos, por ser em pequena quantidade,

formam marcas arroxeadas, denominadas de EQUIMOSES.

Hemorragia patológica: são as que ocorrem sem traumatismo algum. São

ocasionadas por certas enfermidades que enfraquecem as paredes dos vasos e a simples

pressão do sangue faz com que estes se rompam.

Tipos de hemorragia externa:

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

21

Otorragia: saída de sangue pelo conduto auditivo externo. É observada nas

fraturas de crânio e em traumatismos no conduto auditivo externo.

Epistaxe: sangramento dos vasos do nariz. Pode ocorrer por alterações na pressão

atmosférica, crise hipertensiva, traumatismos, etc. Manter a pessoa sentada, com a cabeça

reta e respirando pela boca. Apertar as narinas firmemente por 8 a 10 minutos. Se não cessar

o sangramento, fazer tamponamento.

Hemoptise: saída de sangue pela boca, originado do aparelho respiratório. O

sangue flui em jatos, simulando golfadas, precedido de tosse, de cor vermelho vivo e de

aspecto espumoso. Pode ser causado por tuberculose, pneumopatias, edema agudo de

pulmão, etc. Colocar a vítima em repouso com a cabeça virada para o lado e encaminhar para

serviço de saúde.

Estomatorragia: é a saída de sangue pela boca por lesões na cavidade oral. Pode

acontecer nas avitaminoses, extrações dentárias, ferimentos.

Hematêmese: perda de sangue pela boca oriundo do tubo digestivo. É comum nas

varizes esofagianas, úlceras gástricas, traumatismos. Podem ocorrer náuseas que terminam

em vômitos de aspecto sanguinolento escuro, devido a ação do suco gástrico (borra de café).

Deitar a vítima sem travesseiro, não deixar ingerir nada pela boca, cuidar para não aspirar,

encaminhar para atendimento especializado.

Hematúria: é a eliminação de urina sanguinolenta. Ocorre em lesões do aparelho

urinário, nefropatias, cálculos renais, fraturas pélvicas.

Melena: perdas de sangue pelo orifício anal. Sangue de cor preta e odor forte. Em

lesões próximas ao ânus o sangue é vermelho-vivo. Ocorrem em rupturas de hemorróidas,

sangramentos no tubo digestivo, lesões traumáticas de órgãos abdominais que sangram para

dentro de uma víscera oca.

Metrorragia: é a hemorragia genital. Ocorre nos tumores uterinos e traumatismos

do aparelho genital feminino.

3.7 Queimaduras

São lesões causadas quando a pele entra em contato com temperaturas extremas

e substâncias corrosivas.

O grau da lesão varia conforme o agente causador da queimadura e a intensidade

e extensão da pele atingida, quanto maior a aérea, maior é o risco de infecção.

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

22

• 1º grau: atinge a 1ª camada da pele, epiderme, vermelho no local, sem bolhas. • 2º grau: caracterizada por vermelhidão e formação de bolhas d’água; • 3º grau: atinge camadas profundas da pele, ocasionando a destruição das

terminações nervosas e sensitivas do tecido.

Consideramos como pequeno queimado com queimaduras menos de 10% da área

corpórea e acima de 10% da área queimada como um grande queimado.

A consequência dos acidentes com queimaduras de grande extensão tem:

• Infecção presença de microorganismos nas lesões ocorrendo uma infecção generalizada;

• Insuficiência renal pela não formação da urina; • Choque devido à necrose da área queimada; • Vamos atender uma vítima queimada: O que fazer? • Em queimaduras de pequena extensão lavar o local com água corrente, em

temperatura ambiente; • Não aplicar pomadas, vaselina, pasta de dente, babosa; • Atenção as vias aéreas, sinais vitais, sinais de apoio; • As roupas não queimadas podem ser retiradas; as roupas aderidas a pele

deixá-las; • Não furar bolhas; • Podem ser protegidas as áreas queimadas com pano limpo; • Queimaduras em olhos, proteger com gaze.

Figura 14 - Regra dos nove: Pediátrico

Reposição de fluido nas primeiras 24h = 4ml x porcentagem da área queimada x peso (kg)

Figura 15 - Regra dos nove: Adulto

C-Vist – Maria Luiza Guzzo Vist – Noções de Primeiros Socorros

23

REFERÊNCIAS

AMERICAN HEART ASSOCIATION. SBV para provedores de saúde. Dallas: AHA, 2002.

AMERICAN HEART ASSOCIATION. Guidelines CPR/ECC: destaques das diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE. Dallas: AHA, 2010 Disponível em: <http://guidelines.ecc.org/>. Acesso em 11 ago. 2013.

AMERICAN HEART ASSOCIATION. Currents in emergency cardiovascular care: highlights of the 2005 American Heart Association Guilelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Currents in Emergency Cardiovascular Care, 16. Dallas, 2005, p. 1-26.

CARVALHO, Werther Brunow. Emergências e terapia intensiva pediátrica. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2004.

NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. Primeiros socorros: educação à distância. Rio de Janeiro: SENAI, 2001.

SILVA, Evandro de Sena. Reanimação no trauma: manejo e técnica. São Paulo: Martinari: 2012.